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Estágio 1
PESQUISA
Oneironautas
Andar por aí a viver no vento,
Sonhar com dias que não hoje nem ontem
Ser uno com tudo sem ligação a nada
Vaguear em si próprio e correr para longe de si.
E aquele porquê constante,
Aquela insegurança da existência?
Aquele medo de que se não sou real não mereço,
e se sou, mereço porquê?
Ciclos eternos nas almas infinitas
(se infinitas não fossem talvez nem ciclos tivessem).
Curiosos e arrogantes,
como se a verdade fosse uma porta,
E como se essa porta estivesse aberta.
E como se lá dentro estivesse a verdade.
E como se a verdade fosse uma porta...
Ah.. que dor!
E um suspiro...
Ah... que alívio...
E um grito!
Paredes que se encostam ás costas,
Calçadas que se firmam nos pés.
E a cabeça cai das núvens e bate com os cornos no
chão:
PUM!
Agora é real!
É caír no abismo naquele sonho de criança,
É tropeçar na borda da calçada e acordar de repente.
É ouvir vozes a despertarem o desassossego,
É correr e não conseguir lá chegar,
É fugir e não se saber de quê.
É amar a luz e a cor que não existe,
É descobrir sensações
É poder amar a vida e ser feliz
É ter e dar e receber e partilhar ilusões
É infinitamente luz e cor e tentação.
É a solidão tão una que se sente completa...
Quem se procura, quem se encontra,
quem se descobre e quem se pergunta,
São eles, os Oneironautas!
Autor anómimo
Quando dormimos à noite, o nosso corpo passa por
uma série de ciclos do sono. O adulto médio passa
por 4 a 5 ciclos completos do sono num período de
8 horas. Cada ciclo dura cerca de 90 a 110 minutos e
contém cinco estágios distintos.
Cada pessoa tem ciclos do sono totalmente individu-
ais, e cada ciclo, por sua vez, difere dos outros incon-
fundivelmente. Esses ciclos do sono podem ser alter-
ados por fatores como alimentação, atividade física,
medicamentos, álcool, drogas, distúrbios do sono e
privação de sono.
1. Durante o estágio 1 do ciclo de sono, o nosso
sono é leve.
2. No estágio 2, o nosso sono torna-se progressiva-
mente mais profundo.
3. Nos estágios 3 e 4, também chamados de perío-
dos de NREM, o nosso sono encontra-se na fase mais
profunda. Nesses estágios, o nosso corpo recupera-se
dos esforços do dia.
À medida que o sono vai progredindo, os estágios 3
e 4 começam a encurtar e o período REM começa a
aumentar.
4. O estágio 5 do sono, (cerca de 70 a 90 minu-
tos depois de adormecermos e de forma recorrente
ao longo da noite) também chamado de fase REM, é
caracterizado por alterações fisiológicas acentuadas,
como respiração acelerada, maior atividade cerebral,
movimentos oculares rápidos e relaxamento muscular.
Nessa fase, a pessoa sonha.
A hiperatividade do cérebro conjuga-se com uma
ausência quase total de movimento, que dá o nome
de «sono paradoxal» à fase REM. As pessoas acorda-
das durante o sono REM costumam descrever sonhos
estranhos.
Sono REM
O sono REM caracteriza-se por uma intensa atividade
registada no eletroencefalograma (EEG) seguida por
flacidez e paralisia funcional dos músculos esqueléti-
cos. Nesta fase, a atividade cerebral é semelhante à do
estado de vigília. Deste modo, o sono REM é também
denominado por vários autores como sono paradoxal,
podendo mesmo falar-se em estado dissociativo.
Nesta fase do sono, a atividade onírica é intensa, sendo
sobretudo sonhos envolvendo situações emocional-
mente muito fortes.
É durante essa fase que é feita integração da atividade
quotidiana, isto é, a separação do comum do impor-
tante. Estudos também demonstram que é durante o
REM que sonhos ocorrem. A fase representa 20 a 25%
do tempo total de sono e surge em intervalos de ses-
senta a noventa minutos. É essencial para o bem-estar
físico e psicológico do indivíduo.
O sono NREM (ou não-REM) ocupa cerca de 75% do
tempo do sono e divide-se em quatro períodos distin-
tos conhecidos como estágios 1, 2, 3 e 4.
Estágio 1: Começa com uma sonolência. Dura aprox-
imadamente cinco minutos. A pessoa adormece. É
caracterizado por um EEG semelhante ao do estado
de vigília. Esse estágio tem uma duração de um a dois
minutos, estando o indivíduo facilmente despertável.
Predominam sensações de vagueio, pensamentos in-
certos, mioclonias das mãos e dos pés, lenta contração
e dilatação pupilar. Nessa fase, a atividade onírica
está sempre relacionada com acontecimentos vividos
recentemente.
Estágio 2: Caracteriza-se por a pessoa já dormir,
porém não profundamente. Dura cerca de cinco a
quinze minutos. O eletroencefalograma mostra fre-
quências de ondas mais lentas, aparecendo o complexo
K. Nessa fase, os despertares por estimulação táctil,
fala ou movimentos corporais são mais difíceis do que
no anterior estágio. Aqui a atividade onírica já pode
surgir sob a forma de sonho com uma história integra-
da.
Estágio 3: Tem muitas semelhanças com o estágio 4,
daí serem quase sempre associados em termos bib-
liográficos quando são caracterizados. Nessas fases,
os estímulos necessários para acordar são maiores.
Do estágio 3 para o estágio 4, há uma progressão da
dificuldade de despertar. Esse estágio tem a duração de
cerca de quinze a vinte minutos.
	 Estágio 4: São quarenta minutos de sono pro-
O SONHO
fundo. É muito difícil acordar alguém nessa fase de
sono. Depois, a pessoa retorna ao terceiro estágio (por
cinco minutos) e ao segundo estágio (por mais quinze
minutos). Entra, então, no sono REM.
Este estágio NREM do sono caracteriza-se pela
secreção do hormônio do crescimento em grandes
quantidades, promovendo a síntese proteica, o cresci-
mento e reparação tecidular, inibindo, assim, o catab-
olismo. O sono NREM tem, pois, um papel anabólico,
sendo essencialmente um período de conservação e
recuperação de energia física.
SONHO LÚCIDO
Sonho lúcido - é o termo que refere-se à percepção
consciente que temos de um determinado estado ou
condição enquanto sonhamos, resultando em uma
experiência da qual temos uma recordação muito clara
(“lúcida”) e nítida, normalmente aparentando termos
tido controle e capacidade direta sobre nossas ações
e, algumas vezes, o próprio desenrolar do conteúdo
do sonho. A experiência completa do início ao fim é
chamada de sonho lúcido. Stephen LaBerge, um pop-
ular autor e pesquisador do assunto, definiu o sonho
lúcido como “sonhando enquanto sabemos que esta-
mos sonhando.”
nception foi desenvolvido por Christopher Nolan,
baseando-se na noção de “explorar a ideia de pessoas
dividindo um espaço de sonhos. Isso te dá a habilidade
de acessar o inconsciente de alguém. Como isso seria
usado e abusado?”7 Ainda mais, ele pensou “extrair
uma informação do cérebro de alguém seria o uso
óbvio disso, porque computadores podem ser rouba-
dos... até certo ponto, ou até esse filme eu digo, a ideia
de que alguém pode roubar algo da cabeça de outra
pessoa era impossível. Então, para mim, pareceu fas-
cinante o abuso e o mal uso dessa tecnologia.”7 Nolan
tirou inspirações dos trabalhos de Jorge Luis Borges.8
Nolan ficou pensando nessas ideias desde que tinha
dezesseis anos, intrigado de como ele iria acordar e de-
pois, quando se cai em um sono leve, saber e ter con-
sciência de estar sonhando. Ele também teve consciên-
cia que poderia estudar o lugar onde se pode alterar
os eventos do sonho.9 Ele disse, “Tentei trabalhar a
ideia da manipulação e do arranjo de um sonho con-
sciente ser uma habilidade que essas pessoa possuem.
O roteiro é baseado nesses conceitos e experiências
básicas.”9
Desenvolvimento
Inicialmente, Nolan escreveu um tratamento de 80
páginas sobre os ladrões de sonhos.8 Originalmente,
Nolan via Inception como um filme de terror,8 porém
eventualmente ele o re-escreveu como um filme de
ação mesmo pensando que “eles são deliberadamente
superficiais em termos emocionais.”9 Enquanto re-
visava o roteiro decidiu que nesse gênero o filme não
funcionava porque a história “se baseia fortemente
na ideia de um estado interior, a ideia de sonhos e
memória. Eu percebi e precisei aumentar os ganhos
emocionais.”9 Nolan trabalhou no roteiro por dez
anos.7 Quando começou a pensar no filme, Nolan
se inspirou em outras produções tais como The Ma-
trix, Dark City e Memento, dizendo “são baseados
nos princípios que o mundo a sua volta pode não ser
real.”9
Nolan mostrou pela primeira vez o roteiro a Warner
Bros. em 2001, porém, achou que precisava de mais
experiência em filmes de grande orçamento.4 Ele logo
percebeu que um filme como Inception precisaria de
um investimento alto devido ao fato que “quando se
está falando sobre os sonhos, o potencial da mente
humana é infinito. Precisa funcionar em uma grande
escala.”4 Depois de finalizar The Dark Knight, Nolan
decidiu fazer Inception e passou seis meses completan-
do o roteiro.4 Nolan disse que a chave para comple-
tar o roteiro foi imaginar o que aconteceria se várias
pessoas dividissem o mesmo sonho. “Quando você
remove a individualidade, se cria um infinito número
de possibilidades onde as pessoas podem interagir com
validade, peso e consequências dramáticas.10
LaBerge e seus associados chamaram as pessoas que
exploram intencionalmente as possibilidades dos “son-
hos lúcidos” de “onironautas” (literalmente do grego
querendo dizer “exploradores de sonhos”). O tema
atrai a atenção de psicólogos, autores independentes,
grupos da Nova Era, místicos, ocultistas, artistas e
muitos outros.
Os chamados “sonhadores lúcidos” normalmente
descrevem seus sonhos como animados, coloridos,
e fantásticos. Muitos comparam a uma experiência
espiritual e dizem que este fato mudou sua maneira de
viver ou sua percepção em relação ao mundo que vive.
Alguns afirmam que os sonhos lúcidos são como uma
“hiper-realidade”, aparentando muitas vezes serem
mais reais que a própria realidade em vigília” e que to-
dos os elementos que compõem a realidade dos sonhos
são amplificados. Sonhos lúcidos são prodigiosamente
recordados em comparação a outros tipos de sonhos,
até mais que os próprios pesadelos, que supostamente
podem ser prescritos como um meio de livrar-se de um
sonho dramático ou alarmante.
Embora seja difícil de obter um conhecimento claro e
coerente sobre as múltiplas interpretações destas ex-
periências — especialmente considerando sua natureza
altamente subjetiva — a veracidade dos sonhos lúci-
dos é cientificamente verificada. Pode ser classificada
como um protociência, até que haja um maior conhe-
cimento científico sobre o assunto. Pesquisadores tal
como Allan Hobson, com estudos na área da Neurofisi-
ologia dos sonhos tem ajudado no avanço das pesqui-
sas para o melhor entendimento dos mecanismos dos
sonhos lúcidos, levando o assunto para um campo
científico e sujeito a menores fatores especulativos.
Paralisia do sono
Uma observação feita é que existem níveis de sonho
lúcido no qual consegue-se controlar o sonho como
um todo de forma tão realista que perde-se a noção do
que é real e do que é sonho: não sabe-se distinguir se
está sonhando ou acordado. Como nos diz Muniz:
Algumas pessoas relatam que, às vezes, sofrem uma
paralisia corporal ao se deitarem para dormir. Afirmam
que, deitadas, perdem os movimentos e a capacidade
de falar, ficando com o corpo pesado e “duro”, preso
à cama. Então, dizem, ouvem vozes, escutam passos,
vêem estranhas cenas ou pessoas e se desesperam.
Como no geral a cultura ocidental não contém muitas
experiências no campo onírico e nem tampouco para
o contato com o mundo do inconsciente visto que
mesmo os nomes foram introduzidos por Freud pouco
mais de 1 século atrás, a maior parte da comunidade
não está preparada para experiências desta natureza.
Como resultado, alguém que atinja a paralisia do sono
termina sem saber o que fazer, eventualmente é toma-
do pelo medo. Alguns experimentam intenso terror,
supondo que estão enlouquecendo ou prestes a morrer.
Outros, supersticiosos, creem que o diabo os persegue
e até que os sufoca. O medo se deve ao desconheci-
mento.
Referências culturais
Na cultura Hmong, paralisia do sono descreve uma ex-
periência chamada “dab tsog” ou “demônio apertador”
da frase composta “dab” (demônio) e “tsog” (apertar,
esmagar). Frequentemente, a vítima afirma enxer-
gar uma figura pequena, não maior que uma criança,
sentando em sua cabeça ou peito.
Na cultura vietnamita, a paralisia do sono é conhe-
cida como “ma de”, que significa “segurado por um
fantasma”. Muitas pessoas nesta cultura acreditam que
fantasmas entram no corpo das pessoas causando a
paralisia.
Na China, paralisia do sono é conhecida como “pin-
yin: guǐ yā shēn” ou “pinyin: guǐ yā chuáng”, o que
pode ser traduzido literalmente como “corpo pressio-
nado por um fantasma” ou “cama pressionada por um
fantasma”.
Na cultura japonesa, a paralisia do sono é conhecida
como kanashibari, que significa literalmente “atado ao
metal”.
Na cultura popular húngara a paralisia do sono é
chamada “lidércnyomás” (“lidérc pressionante”) e
pode ser atribuída a um número de entidades sobre-
naturais como “lidérc” (aparições), “boszorkány”
(bruxas), “tündér” (fadas) ou “ördögszerető”.4
Na cultura brasileira, a paralisia do sono pode ter
originado a lenda da Pisadeira, segundo a qual, duran-
te o sono, uma mulher lendária pisa sobre o peito da
pessoa que está dormindo, enquanto esta vê tudo e não
pode fazer nada.
Alguns estudos sugerem que existem vários fatores
que aumentam a probabilidade da ocorrência de parali-
sia do sono e de alucinação. Eles incluem:
•	 indução consciente da paralisia (que também
é uma técnica comum para entrar em um estado de
sonho lúcido ou projeção da consciência),
•	 agenda de sono irregular (cochilos e/ou
privação do sono),
•	 stress elevado,
•	 mudanças súbitas no ambiente ou na vida de
alguém
•	 um sonho lúcido que imediatamente precede o
episódio
•	 sono induzido através de medicamentos como
anti-histaminas e
•	 nível elevado de cansaço
Segundo o DSM-IV-TR, “40-50% das pessoas que
dormem normalmente relatam episódios isolados de
paralisia do sono pelo menos uma vez na vida.” Que-
ixas comuns associadas à PS são incapacidade de loco-
moção, fala ou até dificuldades na respiração, embora
o diafragma continue operando de forma intacta. As
paralisias do sono são geralmente vinculadas à aluci-
nações no início do sono (hipnagógicas) ou ao desper-
tar (hipnapômpicas) oníricas, supostamente causadas
pela “intrusão de elementos dissociados do sono REM
na vigília.”3
A paralisia do sono corresponde a um estado não usual
de consciência no qual atingimos lucidamente o limiar
entre a vigília e o sonho. Em outras palavras: nossa
consciência se encontra em um ponto limítrofe entre
o mundo vígil e o mundo onírico. Obviamente, não
estou me referindo à narcolepsia ou a estados patológi-
cos similares, nos quais a pessoa desfalece mantendo
a consciência em situações arriscadas como durante o
trabalho ou no trânsito.
Não confundir a paralisia do sono, que é inofensiva,
com narcolepsia, que é um distúrbio. É importante dif-
erenciar o patológico do inócuo. A inofensiva paralisia
analisada neste estudo surge quando nos acomodamos
para relaxar, dormir ou “tirar um cochilo”. Ocorre
em situações facilitadoras do sono, podendo aparecer
na fase inicial ou final deste. Não se impõe contra a
nossa vontade em situações inadequadas ou de risco,
como durante o ato de dirigir ou trabalhar. Esse estado
limítrofe nos oferece a oportunidade de experimen-
tar um tipo especial de sonho: o sonho lúcido. Se, ao
invés de nos deixarmos tomar pelo medo, soubermos
aproveitar a situação de imobilidade para trabalhar
com a imaginação, adentraremos conscientemente ao
nosso mundo dos sonhos.
Durante a paralisia do sono, estamos às portas do
nosso universo onírico. Em tal fase, podemos reverter
o processo letárgico ou dar-lhe continuidade. Se nos
aterrorizarmos ante a impossibilidade de movimento e
as percepções alteradas, o reverteremos. Se nos manti-
vermos tranquilos e permitirmos que o processo natu-
ral do sono tenha continuidade, teremos a experiência
fantástica do sonho lúcido. É uma experiência cobiça-
da por muitos.
Nos sonhos normais, nunca percebemos que esta-
mos sonhando. Sempre acreditamos estar acordados:
fugimos dos perigos, nos preocupamos em resolver os
problemas com os quais nos deparamos, tememos as
reações das pessoas e animais com os quais estamos
sonhando, etc.
No sonho lúcido, esta falta de discernimento não ex-
iste. O sonhador compreende que está sonhando e age
de acordo com esta compreensão.
Durante a fase intermediária entre o sono e a vigília,
começamos a ter percepções alteradas, os primeiros
contatos imediatos com o mundo fantástico. Os nossos
pensamentos adquirem alto grau de nitidez e podem
ser vistos e ouvidos como se pertencessem ao mundo
exterior. As vozes, sons, imagens e toques que per-
cebemos são imaginais, isto é, são formas mentais.
Não obstante, seu impacto realístico e nitidez (numi-
nosidade) são intensos e espantam as pessoas que ain-
da não estão familiarizadas com isso. Nossos medos,
desejos, anelos, frustrações, etc, se corporificam em
imagens mentais cujas formas apresentam afinidade
com o teor dos sentimentos que as geraram.
Aqueles que almejam a experiência do sonho lúci-
do procuram induzir a paralisia do sono por meio do
relaxamento consciente tal como fazem os praticantes
de auto-hipnose antes de se autossugestionarem. Ao
atingi-la, saltam para o outro lado de suas existências.
Caso tenhamos interesse em aproveitar a paralisia
corporal para obtermos uma experiência onírica
consciente, podemos nos valer de um procedimento
muito simples: uma vez atingida a imobilidade, pro-
jetamos uma imagem mental qualquer que nos agrade
procurando vivenciá-la lucidamente, ou seja, nos
empenhamos em interagir com a mesma sem perder a
recordação de que é mental e onírica. Então, logo nos
vemos dentro de um sonho lúcido.
Poderíamos dizer, em outros termos, que colaboramos
conscientemente com o processo natural do sono-son-
ho ao invés de detê-lo pelo medo. Após o estado de
paralisia corporal vem o estado de sonho propriamente
dito. Se vivenciarmos lucidamente as imagens mentais
que se formam nesta fase inicial do sonho, logo as
mesmas se apresentam ante a nossa consciência como
se fossem tridimensionais.
Muitas vezes, a paralisia do sono é denominada pe-
sadelo, o que nem sempre é correto. Um pesadelo é
um sonho terrível, não só com monstros, assassina-
tos, torturas, sangue, cadáveres, etc. mas nos tempos
modernos, podemos ter outro tipo de pesadelos, menos
associados aos perigos que seriam mais acentuados
nos dias dos primeiros seres-humanos, atualmente po-
demos ter pesadelos relacionados com os tempos mod-
ernos, acordar assustado com a simples sensação de ter
chegado atrasado ao emprego, o nosso cérebro nos dá
lições de sobrevivência enquanto inconscientes disso
mesmo. A paralisia é a imobilidade do corpo, a inca-
pacidade de mover-se e de se levantar. É acompanhada
por alucinações e, às vezes, por uma pseudo-asfixia.
Filósofos ocidentais eram céticos quanto ao tema re-
ligião e sonhos, por alegarem que não haveria controle
consciente durante os sonhos, mas estudos recentes
analisando movimentos dos olhos (REM) durante o
sono mostram resultados cientificamente comprova-
dos com sonhos lúcidos, que se contrapõem às teorias
anteriores.
Pensadores, cientistas e matemáticos como René
Descartes e Friedrich August Kekulé von Stradonitz
tiveram em sonhos visões reveladoras. Descartes, em
viagem à Alemanha, teve uma visão em sonho de um
novo sistema matemático e científico. Kekulé propôs a
fórmula hexagonal do benzeno após sonhar com uma
cobra que mordia sua própria cauda. O grande pai da
tabela periódica, Dmitri Mendeleiev, afirmou ter tido
um sonho no qual era mostrado o modelo da tabela
periódica atual.
Inception – filme
A Origem é um filme de ficção científica lançado
em 2010. Escrito, dirigido e produzido pelo britâni-
co Christopher Nolan. DiCaprio faz o papel de Dom
Cobb, um ladrão especializado em extrair informações
do inconsciente dos seus alvos durante o sonho. Inca-
paz de visitar seus filhos, Cobb tem a chance de vê-los
em troca de um último trabalho: fazer a inserção,
plantar a origem de uma ideia na mente de um rival de
seu cliente.
O desenvolvimento do filme começou em 2001,
quando Nolan escreveu um tratamento de 80 páginas
sobre ladrões de sonhos, apresentando a ideia para a
Warner Bros. A história foi originalmente concebida
como um filme de ação, inspirado nos conceitos de
sonhos lúcidos e incubação de sonhos. Sentindo que
precisava de mais experiência em filmes de grande
orçamento,4 Nolan optou por outros longas e decidiu
trabalhar mais seis meses no roteiro de Inception antes
que a Warner o comprasse, em fevereiro de 2009. As
filmagens passaram por seis países e quatro conti-
nentes, começando em Tóquio, em junho de 2009, e
terminando no Canadá, em novembro do mesmo ano.
O compositor Hans Zimmer compôs a trilha sonora do
filme usando trechos da canção “Non, je ne regrette
rien”, de Edith Piaf.
Inception foi desenvolvido por Christopher Nolan,
baseando-se na noção de “explorar a ideia de pessoas
dividindo um espaço de sonhos. Isso te dá a habilidade
de ter acesso ao inconsciente de alguém. Como isso
seria usado e abusado?” Ainda mais, ele pensou “ex-
trair uma informação do cérebro de alguém seria o uso
óbvio disso, porque computadores podem ser rouba-
dos... até certo ponto, ou até esse filme eu digo, a ideia
de que alguém pode roubar algo da cabeça de outra
pessoa era impossível. Então, para mim, pareceu fas-
cinante o abuso e o mal uso dessa tecnologia.” Nolan
tirou inspirações dos trabalhos de Jorge Luis Borges.
Nolan ficou a pensar nessas ideias desde que tinha
dezasseis anos, intrigado de como ele iria acordar e de-
pois, quando se cai em um sono leve, saber e ter con-
sciência de estar sonhando. Ele também teve consciên-
cia que poderia estudar o lugar onde se pode alterar
os eventos do sonho. Ele disse, “Tentei trabalhar a
ideia da manipulação e do arranjo de um sonho con-
sciente ser uma habilidade que essas pessoa possuem.
O roteiro é baseado nesses conceitos e experiências
básicas.”
Inicialmente, Nolan escreveu um tratamento de 80
páginas sobre os ladrões de sonhos. Originalmente,
Nolan via Inception como um filme de terror, porém
eventualmente ele o re-escreveu como um filme de
ação mesmo pensando que “eles são deliberadamente
superficiais em termos emocionais.” Enquanto revis-
ava o roteiro decidiu que nesse gênero o filme não
funcionava porque a história “se baseia fortemente
na ideia de um estado interior, a ideia de sonhos e
memória. Eu percebi e precisei aumentar os ganhos
emocionais.” Nolan trabalhou no roteiro por dez anos.
Quando começou a pensar no filme, Nolan se inspirou
em outras produções tais como The Matrix, Dark City
e Memento, dizendo “são baseados nos princípios que
o mundo a sua volta pode não ser real.”
Nolan mostrou pela primeira vez o roteiro a Warner
Bros. em 2001, porém, achou que precisava de mais
experiência em filmes de grande orçamento. Ele logo
percebeu que um filme como Inception precisaria de
um investimento alto devido ao fato que “quando se
está falando sobre os sonhos, o potencial da mente
humana é infinito. Precisa funcionar em uma grande
escala.” Depois de finalizar The Dark Knight, Nolan
decidiu fazer Inception e passou seis meses completan-
do o roteiro. Nolan disse que a chave para completar
o roteiro foi imaginar o que aconteceria se várias
pessoas dividissem o mesmo sonho. “Quando você
remove a individualidade, se cria um infinito número
de possibilidades onde as pessoas podem interagir com
validade, peso e consequências dramáticas.
Uma percepção consciente que temos de um determi-
nado estado enquanto sonhamos... é como se sonhasse-
mos sabendo que estamos sonhando...
É... isso são os chamados “sonhos lucidos”,
que normalmente são descritos como animados, color-
idos, e fantásticos. Muitos comparam a uma experiên-
cia espiritual e dizem que este fato mudou sua maneira
de viver ou sua percepção em relação ao mundo em
que vive. Alguns afirmam que os sonhos lúcidos são
como uma “hiper-realidade”, aparentando muitas vez-
es serem mais reais que a própria realidade.
Estar ciente de estar sonhando enquanto se sonha,
acredito que seja um estado perigoso da mente ou
subconsciente que nos faz acreditar no poder de que
por ventura podemos ter de mudar a realidade das
coisas. Isso normalmente acontece enquanto estamos
no meio de um sonho normal e de repente percebe-
mos que estamos dormindo e que estamos sonhando...
então estamos “lúcidos”, e podemos entrar em mais
de um nível de lucidez, do nível mais baixo ao mais
alto. No nível mais baixo, podemos estar parcialmente
consciente de que estamos sonhando, mas não po-
demos raciocinar o suficiente para perceber-mos que
as pessoas, eventos e ações no sonho não são reais,
não representam ameaça alguma. No nível mais alto,
podemos estar completamente consciente de que
estamos dormindo, e podemos ter o controle completo
sobre nossas ações no sonho.
Existem muitas questões a serem respondidas sobre
os Sonhos Lúcidos e sobre o ato de sonhar por sí só.
Alguns estudiosos e seus seguidores costumam chamar
as pessoas que conseguem explorar a capacidade de
sonhar lucidamente de “Oneironautas” (palavra grega
que significa “exploradores de sonhos”).
http://centrodeartigos.com/pergunteme/cultura/
ask47378-Quais_sao_os_oneironautas.html
Onironauta chamados as pessoas que cobram um
estado semelhante ao despertar a consciência duran-
te o sonho (este tipo de sonhos é chamado de sonho
lúcido), permitindo-lhes reconhecer o estado de son-
ho como tal, e experimentar esses sonhos com maior
grau de controle, e lembre-se de forma mais clara ao
acordar. A maioria dos seres humanos experimentam
estes sonhos lúcidos espontâneos em algum momento
de suas vidas (especialmente na infância e adolescên-
cia), embora muitas pessoas que mantêm essa capaci-
dade em um diário ou quase toda a sua vida e regular-
mente Eles podem chegar a ser surpreendido quando
eles percebem que nem todas as pessoas compartilham
essa característica. Os autores chamaram esta oneiro-
nautas estado pode causar uma variedade de métodos
de eficácia variável, dependendo largamente da pessoa
que implementa o método e concreto. Alguns segui-
dores da Nova Era, também conhecida por este nome
que diz que projeção astral prática.
Essas pessoas não são necessariamente seguidores da
Nova Era ou do oculto, mas muitas vezes dizer que
qualquer um pode alcançar esse estado de espírito
para começar a mudar a atitude que você tem para
com os seus próprios sonhos. Considere-se um fato
de que este desprezo dos sonhos na cultura ocidental
moderna, é um fator determinante para a baixa clareza
opinião destes, e os pequenos detalhes que são lemb-
rados ao acordar. É este o altruísmo social, o que leva
as pessoas a sonhar lucidamente espontaneamente e
as pessoas que não pensam da maneira “normal” de
sonho é seu, quando na verdade as duas formas pode
ser considerado “normal”. Apesar de não existirem
estatísticas.
Há psicólogos e psiquiatras que consideram induzir
sonhos lúcidos uma avenida terapêutica útil para o
tratamento de certos problemas psicológicos. Terapêu-
tico ou iniciante Onironauta (geralmente) é controlar
fins sono recreativas, se livrar de seus pesadelos, au-
to-conhecimento e inspiração pessoal ou empresarial.
Porque o sono e sonho lúcido é uma experiência subje-
tiva, que diz respeito apenas a percepção do indivíduo
ONEIRONAUTAS
que sonha, sonho e terapia de indução métodos lúci-
dos tendem a ser colocado entre os chamados terapias
alternativas.
CAÇADORES DE SONHOS
Filtro dos sonhos, apanhadores de sonhos, caçadores
de sonhos ou catasonhos ou ainda espanta pesadelos1
(em inglês dreamcatcher) é um amuleto da cultura in-
dígena ojibwa (ou chippewa), cuja construção consiste
em um aro de vara de salgueiro-chorão e revestido
com tiras de couro, ao qual são atrelados vários fios
formando uma sorte de teia de aranha, por vezes com
contas enfiadas, onde lhe são penduradas geralmente
uma pena ao centro mais algumas poucas e/ou outros
pequenos objetos de significância pessoal especial.
Origem e lendas
Os Ojíbuas acreditam que, quando a noite cai, o ar se
enche de sonhos, bons e ruins. Alguns destes sonhos,
mesmo sendo pesadelos, podem conter uma mensagem
importante do Grande Espírito para nós. É justamente
para separar estes sonhos e energias más que existem
os dream catchers e conta a lenda que começou da
seguinte forma:
Diz ela que antigamente havia duas tribos em guerra.
A raiva e o rancor que geraram energias desarmônicas,
que faziam com que as crianças tivessem pesadelos.
Então a deusa grande mãe búfala desceu à terra e
pediu ao xamã da aldeia que fizesse um aro com um
galho de salgueiro. Os bons sonhos sabiam para onde
ir, passando pelo furo central. Aos primeiros raios de
sol, as energias ruins se dissipavam.
Apesar destes amuletos terem tido origem entre a
nação Ojibwa, durante o período do Movimento Pan-
ameríndio (ou the Pan-Indian Movement, em inglês)
das décadas de 1960 e 1970, esses foram adotados por
muitos outros grupos e nações indígenas da América
do Norte, sendo considerados um símbolo de união
e de confraternização entre os póvos ameríndios do
norte do continente. Muito embora certos indivíduos
e coletivos indígenas tenham expressado a opinião de
que houve uma super-comercialização desse objeto, e
que carecem da devida autenticidade para poder servir
de emblema geral aos povos originais da terra.
A tradição manda que as teias coloridas sejam pendur-
adas sobre o berço dos bebês e a caminha das crianças.
Os sonhos bons, sabendo exatamente aonde ir, conseg-
uem passar pelo buraco central da teia, ao passo que os
sonhos ruins ficam perdidos e acabam presos nos fios.
Quando os primeiros raios de sol surgem, os sonhos
maus desaparecem.
Uma pena é colocada no centro, representando o ar ou
a respiração, essencial para a vida. O bebê, observando
a pena dançar ao vento, aprende uma lição sobre a im-
portância do ar. Além disto, a pena de coruja, femini-
na, simboliza a sabedoria. A pena de águia, masculina,
serve para dar coragem.
Hoje em dia, os caçadores de sonhos estão por todo o
lado. É possível encontrá-los em quase todas as lojas
de artigos esotéricos e ainda noutras lojas e bancas
doutros tipos. Este objecto já foi tão banalizado que o
podemos ver tatuado no corpo de muitas pessoas. E,
embora o nome, caçador de sonhos (ou dream catcher,
em inglês), já seja bem sugestivo, nem toda a gente
sabe para que servem estes belos objetos redondos,
enfeitados com penas e contas.
Os dream catchers surgiram nos Estados Unidos da
América. Quase todas as tribos de índios americanos,
há muitos anos, já os incorporaram às suas tradições. E
as lendas sobre eles correm por toda parte.
Embora hoje todas estas nações indígenas produzam
os seus próprios dream catchers, a história destes
começa com os índios Ojibwe (ou Chippewa).
A história dos dream catchers
Os sonhos desempenhavam um papel fundamental na
vida dos Ojibwe. Para este povo que vivia na região
dos Grandes Lagos americanos e que hoje também se
espalha por outras regiões do Novo México, aprender
a decifrar as mensagens reveladas nos sonhos era a
tarefa mais importante que as pessoas tinham durante
sua passagem pela Terra.
Os Ojibwe acreditam que, quando a noite cai, o ar se
enche de sonhos, bons e maus. Alguns destes sonhos,
mesmo sendo pesadelos, podem conter uma mensagem
importante para nós, o que os torna bons sonhos. Mas
existem muitos outros sonhos e más energias flutuan-
do à nossa volta e esses podem fazer-nos mal e é para
afastá-los que surgiram os dream catchers.
Conta a lenda que surgiram da seguinte forma:
Antigamente havia duas tribos em guerra. A raiva e o
rancor que geraram energias desarmônicas, que faziam
com que as crianças tivessem pesadelos. Então a deusa
grande mãe búfala desceu à terra e pediu ao feiticeiro
da aldeia que fizesse um aro com um galho de salgue-
iro.
A tradição manda que as teias coloridas sejam pendur-
adas sobre o berço dos bebês e as camas das crianças.
Os sonhos bons, sabendo exatamente aonde ir, conseg-
uem passar pelo buraco central da teia, ao passo que os
sonhos maus ficam perdidos e acabam presos nos fios.
Quando os primeiros raios de sol surgem, os sonhos
maus desaparecem. Os círculos são feitos com ramos
flexíveis de salgueiros e revestidos com tiras de couro.
Uma pena é colocada no centro, representando o ar ou
a respiração, essencial para a vida. O bebê, observando
a pena dançar ao vento, aprende uma lição sobre a im-
portância do ar. Além disto, a pena de coruja, femini-
na, simboliza a sabedoria. A pena de águia, masculina,
serve para dar coragem.
Para captar os sonhos dos adultos, os dream catchers
são trançados em fibra e não com ramos de salgueiros.
Por isso são mais resistentes.
Apesar destes amuletos terem tido origem na nação
Ojibwa, durante o período do Movimento Panamerín-
dio (ou the Pan-Indian Movement, em inglês) das
décadas de 1960 e 1970, esses foram adotados por
muitos outros grupos e nações indígenas da América
do Norte, sendo considerados um símbolo de união
e de confraternização entre os povos ameríndios do
norte do continente. Muito embora certos indivíduos
e coletivos indígenas tenham expressado a opinião de
que houve uma super-comercialização desse objeto, e
que carecem da devida autenticidade para poder servir
de emblema geral aos povos originais da terra.
Como a Aranha deu a teia de sonhos para os seres
humanos
Existem muitas histórias relacionadas com aranhas
e Mulheres-Aranhas entre as várias nações de índios
americanos. Em muitas destas tradições, por exemp-
lo, a Mulher-Aranha é um personagem fundamental e
sábio, ora mensageira do Sol, ora avó do próprio Sol e
organizadora da vida na Terra. Existem várias lendas
relacionadas com os dream catchers. Esta que escolhe-
mos é apenas uma das versões.
Uma aranha fiava sua teia próximo à cama da avó (No-
komi). Todos os dias ela observava a aranha trabalhar.
Alguns dias depois, o neto entrou e, ao ver a aranha
na teia, pegou uma pedra para matá-la. Mas a avó não
deixou. O garoto achou estranho, mas respeitou o seu
desejo. A velha mulher voltou-se para observar mais
uma vez o trabalho do animal e, então, a aranha falou:
“Obrigada por salvar minha vida. Vou dar-lhe um pre-
sente por isso. Na próxima Lua nova vou fiar uma teia
na sua janela. Quero que você observe com atenção e
aprenda como tecer os fios. Porque esta teia vai servir
para capturar todos os maus sonhos e as energias ruins.
O pequeno furo no centro vai deixar passar os bons
sonhos e fazê-los chegarem até você.
Quando a Lua chegou, a avó viu a aranha tecer sua teia
mágica e, agradecida, não cabia em si de felicidade
pelo maravilhoso presente: “Aprenda”, dizia a aranha.
Finalmente, exausta, a avó dormiu. Quando os pri-
meiros raios de sol surgiram no céu, ela acordou e viu
a teia brilhando como jóia graças às gotas de orvalho
capturadas nos fios. A brisa trouxe penas de pomba
que também ficaram presas na teia, dançando alegre-
mente e, por último, um corvo pousou na teia e deixou
uma longa pena pendurada. Por entre as malhas da
teia, o Pai Sol sorria alegremente. E a avó, feliz, ensi-
nou todos da tribo a fazerem os filtros de sonhos. E até
hoje eles vêm afastando os pesadelos de muita gente.
Wake
Induced
Lucid
Dreams
FBAUL - Design de Comunicação
DC1 | 2º Semestre
Profª Cândida Ruivo
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  • 2. Oneironautas Andar por aí a viver no vento, Sonhar com dias que não hoje nem ontem Ser uno com tudo sem ligação a nada Vaguear em si próprio e correr para longe de si. E aquele porquê constante, Aquela insegurança da existência? Aquele medo de que se não sou real não mereço, e se sou, mereço porquê? Ciclos eternos nas almas infinitas (se infinitas não fossem talvez nem ciclos tivessem). Curiosos e arrogantes, como se a verdade fosse uma porta, E como se essa porta estivesse aberta. E como se lá dentro estivesse a verdade. E como se a verdade fosse uma porta... Ah.. que dor! E um suspiro... Ah... que alívio... E um grito! Paredes que se encostam ás costas, Calçadas que se firmam nos pés. E a cabeça cai das núvens e bate com os cornos no chão: PUM! Agora é real! É caír no abismo naquele sonho de criança, É tropeçar na borda da calçada e acordar de repente. É ouvir vozes a despertarem o desassossego, É correr e não conseguir lá chegar, É fugir e não se saber de quê. É amar a luz e a cor que não existe, É descobrir sensações É poder amar a vida e ser feliz É ter e dar e receber e partilhar ilusões É infinitamente luz e cor e tentação. É a solidão tão una que se sente completa... Quem se procura, quem se encontra, quem se descobre e quem se pergunta, São eles, os Oneironautas! Autor anómimo
  • 3. Quando dormimos à noite, o nosso corpo passa por uma série de ciclos do sono. O adulto médio passa por 4 a 5 ciclos completos do sono num período de 8 horas. Cada ciclo dura cerca de 90 a 110 minutos e contém cinco estágios distintos. Cada pessoa tem ciclos do sono totalmente individu- ais, e cada ciclo, por sua vez, difere dos outros incon- fundivelmente. Esses ciclos do sono podem ser alter- ados por fatores como alimentação, atividade física, medicamentos, álcool, drogas, distúrbios do sono e privação de sono. 1. Durante o estágio 1 do ciclo de sono, o nosso sono é leve. 2. No estágio 2, o nosso sono torna-se progressiva- mente mais profundo. 3. Nos estágios 3 e 4, também chamados de perío- dos de NREM, o nosso sono encontra-se na fase mais profunda. Nesses estágios, o nosso corpo recupera-se dos esforços do dia. À medida que o sono vai progredindo, os estágios 3 e 4 começam a encurtar e o período REM começa a aumentar. 4. O estágio 5 do sono, (cerca de 70 a 90 minu- tos depois de adormecermos e de forma recorrente ao longo da noite) também chamado de fase REM, é caracterizado por alterações fisiológicas acentuadas, como respiração acelerada, maior atividade cerebral, movimentos oculares rápidos e relaxamento muscular. Nessa fase, a pessoa sonha. A hiperatividade do cérebro conjuga-se com uma ausência quase total de movimento, que dá o nome de «sono paradoxal» à fase REM. As pessoas acorda- das durante o sono REM costumam descrever sonhos estranhos. Sono REM O sono REM caracteriza-se por uma intensa atividade registada no eletroencefalograma (EEG) seguida por flacidez e paralisia funcional dos músculos esqueléti- cos. Nesta fase, a atividade cerebral é semelhante à do estado de vigília. Deste modo, o sono REM é também denominado por vários autores como sono paradoxal, podendo mesmo falar-se em estado dissociativo. Nesta fase do sono, a atividade onírica é intensa, sendo sobretudo sonhos envolvendo situações emocional- mente muito fortes. É durante essa fase que é feita integração da atividade quotidiana, isto é, a separação do comum do impor- tante. Estudos também demonstram que é durante o REM que sonhos ocorrem. A fase representa 20 a 25% do tempo total de sono e surge em intervalos de ses- senta a noventa minutos. É essencial para o bem-estar físico e psicológico do indivíduo. O sono NREM (ou não-REM) ocupa cerca de 75% do tempo do sono e divide-se em quatro períodos distin- tos conhecidos como estágios 1, 2, 3 e 4. Estágio 1: Começa com uma sonolência. Dura aprox- imadamente cinco minutos. A pessoa adormece. É caracterizado por um EEG semelhante ao do estado de vigília. Esse estágio tem uma duração de um a dois minutos, estando o indivíduo facilmente despertável. Predominam sensações de vagueio, pensamentos in- certos, mioclonias das mãos e dos pés, lenta contração e dilatação pupilar. Nessa fase, a atividade onírica está sempre relacionada com acontecimentos vividos recentemente. Estágio 2: Caracteriza-se por a pessoa já dormir, porém não profundamente. Dura cerca de cinco a quinze minutos. O eletroencefalograma mostra fre- quências de ondas mais lentas, aparecendo o complexo K. Nessa fase, os despertares por estimulação táctil, fala ou movimentos corporais são mais difíceis do que no anterior estágio. Aqui a atividade onírica já pode surgir sob a forma de sonho com uma história integra- da. Estágio 3: Tem muitas semelhanças com o estágio 4, daí serem quase sempre associados em termos bib- liográficos quando são caracterizados. Nessas fases, os estímulos necessários para acordar são maiores. Do estágio 3 para o estágio 4, há uma progressão da dificuldade de despertar. Esse estágio tem a duração de cerca de quinze a vinte minutos. Estágio 4: São quarenta minutos de sono pro- O SONHO
  • 4. fundo. É muito difícil acordar alguém nessa fase de sono. Depois, a pessoa retorna ao terceiro estágio (por cinco minutos) e ao segundo estágio (por mais quinze minutos). Entra, então, no sono REM. Este estágio NREM do sono caracteriza-se pela secreção do hormônio do crescimento em grandes quantidades, promovendo a síntese proteica, o cresci- mento e reparação tecidular, inibindo, assim, o catab- olismo. O sono NREM tem, pois, um papel anabólico, sendo essencialmente um período de conservação e recuperação de energia física. SONHO LÚCIDO Sonho lúcido - é o termo que refere-se à percepção consciente que temos de um determinado estado ou condição enquanto sonhamos, resultando em uma experiência da qual temos uma recordação muito clara (“lúcida”) e nítida, normalmente aparentando termos tido controle e capacidade direta sobre nossas ações e, algumas vezes, o próprio desenrolar do conteúdo do sonho. A experiência completa do início ao fim é chamada de sonho lúcido. Stephen LaBerge, um pop- ular autor e pesquisador do assunto, definiu o sonho lúcido como “sonhando enquanto sabemos que esta- mos sonhando.” nception foi desenvolvido por Christopher Nolan, baseando-se na noção de “explorar a ideia de pessoas dividindo um espaço de sonhos. Isso te dá a habilidade de acessar o inconsciente de alguém. Como isso seria usado e abusado?”7 Ainda mais, ele pensou “extrair uma informação do cérebro de alguém seria o uso óbvio disso, porque computadores podem ser rouba- dos... até certo ponto, ou até esse filme eu digo, a ideia de que alguém pode roubar algo da cabeça de outra pessoa era impossível. Então, para mim, pareceu fas- cinante o abuso e o mal uso dessa tecnologia.”7 Nolan tirou inspirações dos trabalhos de Jorge Luis Borges.8 Nolan ficou pensando nessas ideias desde que tinha dezesseis anos, intrigado de como ele iria acordar e de- pois, quando se cai em um sono leve, saber e ter con- sciência de estar sonhando. Ele também teve consciên- cia que poderia estudar o lugar onde se pode alterar os eventos do sonho.9 Ele disse, “Tentei trabalhar a ideia da manipulação e do arranjo de um sonho con- sciente ser uma habilidade que essas pessoa possuem. O roteiro é baseado nesses conceitos e experiências básicas.”9 Desenvolvimento Inicialmente, Nolan escreveu um tratamento de 80 páginas sobre os ladrões de sonhos.8 Originalmente, Nolan via Inception como um filme de terror,8 porém eventualmente ele o re-escreveu como um filme de ação mesmo pensando que “eles são deliberadamente superficiais em termos emocionais.”9 Enquanto re- visava o roteiro decidiu que nesse gênero o filme não funcionava porque a história “se baseia fortemente na ideia de um estado interior, a ideia de sonhos e memória. Eu percebi e precisei aumentar os ganhos emocionais.”9 Nolan trabalhou no roteiro por dez anos.7 Quando começou a pensar no filme, Nolan se inspirou em outras produções tais como The Ma- trix, Dark City e Memento, dizendo “são baseados nos princípios que o mundo a sua volta pode não ser real.”9 Nolan mostrou pela primeira vez o roteiro a Warner Bros. em 2001, porém, achou que precisava de mais experiência em filmes de grande orçamento.4 Ele logo percebeu que um filme como Inception precisaria de um investimento alto devido ao fato que “quando se está falando sobre os sonhos, o potencial da mente humana é infinito. Precisa funcionar em uma grande escala.”4 Depois de finalizar The Dark Knight, Nolan decidiu fazer Inception e passou seis meses completan- do o roteiro.4 Nolan disse que a chave para comple- tar o roteiro foi imaginar o que aconteceria se várias pessoas dividissem o mesmo sonho. “Quando você remove a individualidade, se cria um infinito número de possibilidades onde as pessoas podem interagir com validade, peso e consequências dramáticas.10 LaBerge e seus associados chamaram as pessoas que exploram intencionalmente as possibilidades dos “son- hos lúcidos” de “onironautas” (literalmente do grego querendo dizer “exploradores de sonhos”). O tema atrai a atenção de psicólogos, autores independentes, grupos da Nova Era, místicos, ocultistas, artistas e muitos outros. Os chamados “sonhadores lúcidos” normalmente descrevem seus sonhos como animados, coloridos, e fantásticos. Muitos comparam a uma experiência espiritual e dizem que este fato mudou sua maneira de viver ou sua percepção em relação ao mundo que vive. Alguns afirmam que os sonhos lúcidos são como uma “hiper-realidade”, aparentando muitas vezes serem mais reais que a própria realidade em vigília” e que to- dos os elementos que compõem a realidade dos sonhos são amplificados. Sonhos lúcidos são prodigiosamente recordados em comparação a outros tipos de sonhos, até mais que os próprios pesadelos, que supostamente podem ser prescritos como um meio de livrar-se de um sonho dramático ou alarmante.
  • 5. Embora seja difícil de obter um conhecimento claro e coerente sobre as múltiplas interpretações destas ex- periências — especialmente considerando sua natureza altamente subjetiva — a veracidade dos sonhos lúci- dos é cientificamente verificada. Pode ser classificada como um protociência, até que haja um maior conhe- cimento científico sobre o assunto. Pesquisadores tal como Allan Hobson, com estudos na área da Neurofisi- ologia dos sonhos tem ajudado no avanço das pesqui- sas para o melhor entendimento dos mecanismos dos sonhos lúcidos, levando o assunto para um campo científico e sujeito a menores fatores especulativos. Paralisia do sono Uma observação feita é que existem níveis de sonho lúcido no qual consegue-se controlar o sonho como um todo de forma tão realista que perde-se a noção do que é real e do que é sonho: não sabe-se distinguir se está sonhando ou acordado. Como nos diz Muniz: Algumas pessoas relatam que, às vezes, sofrem uma paralisia corporal ao se deitarem para dormir. Afirmam que, deitadas, perdem os movimentos e a capacidade de falar, ficando com o corpo pesado e “duro”, preso à cama. Então, dizem, ouvem vozes, escutam passos, vêem estranhas cenas ou pessoas e se desesperam. Como no geral a cultura ocidental não contém muitas experiências no campo onírico e nem tampouco para o contato com o mundo do inconsciente visto que mesmo os nomes foram introduzidos por Freud pouco mais de 1 século atrás, a maior parte da comunidade não está preparada para experiências desta natureza. Como resultado, alguém que atinja a paralisia do sono termina sem saber o que fazer, eventualmente é toma- do pelo medo. Alguns experimentam intenso terror, supondo que estão enlouquecendo ou prestes a morrer. Outros, supersticiosos, creem que o diabo os persegue e até que os sufoca. O medo se deve ao desconheci- mento. Referências culturais Na cultura Hmong, paralisia do sono descreve uma ex- periência chamada “dab tsog” ou “demônio apertador” da frase composta “dab” (demônio) e “tsog” (apertar, esmagar). Frequentemente, a vítima afirma enxer- gar uma figura pequena, não maior que uma criança, sentando em sua cabeça ou peito. Na cultura vietnamita, a paralisia do sono é conhe- cida como “ma de”, que significa “segurado por um fantasma”. Muitas pessoas nesta cultura acreditam que fantasmas entram no corpo das pessoas causando a paralisia. Na China, paralisia do sono é conhecida como “pin- yin: guǐ yā shēn” ou “pinyin: guǐ yā chuáng”, o que pode ser traduzido literalmente como “corpo pressio- nado por um fantasma” ou “cama pressionada por um fantasma”. Na cultura japonesa, a paralisia do sono é conhecida como kanashibari, que significa literalmente “atado ao metal”. Na cultura popular húngara a paralisia do sono é chamada “lidércnyomás” (“lidérc pressionante”) e pode ser atribuída a um número de entidades sobre- naturais como “lidérc” (aparições), “boszorkány” (bruxas), “tündér” (fadas) ou “ördögszerető”.4 Na cultura brasileira, a paralisia do sono pode ter originado a lenda da Pisadeira, segundo a qual, duran- te o sono, uma mulher lendária pisa sobre o peito da pessoa que está dormindo, enquanto esta vê tudo e não pode fazer nada. Alguns estudos sugerem que existem vários fatores que aumentam a probabilidade da ocorrência de parali- sia do sono e de alucinação. Eles incluem: • indução consciente da paralisia (que também é uma técnica comum para entrar em um estado de sonho lúcido ou projeção da consciência), • agenda de sono irregular (cochilos e/ou privação do sono), • stress elevado, • mudanças súbitas no ambiente ou na vida de alguém • um sonho lúcido que imediatamente precede o episódio • sono induzido através de medicamentos como anti-histaminas e • nível elevado de cansaço Segundo o DSM-IV-TR, “40-50% das pessoas que dormem normalmente relatam episódios isolados de paralisia do sono pelo menos uma vez na vida.” Que- ixas comuns associadas à PS são incapacidade de loco- moção, fala ou até dificuldades na respiração, embora o diafragma continue operando de forma intacta. As paralisias do sono são geralmente vinculadas à aluci- nações no início do sono (hipnagógicas) ou ao desper- tar (hipnapômpicas) oníricas, supostamente causadas pela “intrusão de elementos dissociados do sono REM na vigília.”3 A paralisia do sono corresponde a um estado não usual de consciência no qual atingimos lucidamente o limiar entre a vigília e o sonho. Em outras palavras: nossa consciência se encontra em um ponto limítrofe entre o mundo vígil e o mundo onírico. Obviamente, não estou me referindo à narcolepsia ou a estados patológi- cos similares, nos quais a pessoa desfalece mantendo a consciência em situações arriscadas como durante o trabalho ou no trânsito.
  • 6. Não confundir a paralisia do sono, que é inofensiva, com narcolepsia, que é um distúrbio. É importante dif- erenciar o patológico do inócuo. A inofensiva paralisia analisada neste estudo surge quando nos acomodamos para relaxar, dormir ou “tirar um cochilo”. Ocorre em situações facilitadoras do sono, podendo aparecer na fase inicial ou final deste. Não se impõe contra a nossa vontade em situações inadequadas ou de risco, como durante o ato de dirigir ou trabalhar. Esse estado limítrofe nos oferece a oportunidade de experimen- tar um tipo especial de sonho: o sonho lúcido. Se, ao invés de nos deixarmos tomar pelo medo, soubermos aproveitar a situação de imobilidade para trabalhar com a imaginação, adentraremos conscientemente ao nosso mundo dos sonhos. Durante a paralisia do sono, estamos às portas do nosso universo onírico. Em tal fase, podemos reverter o processo letárgico ou dar-lhe continuidade. Se nos aterrorizarmos ante a impossibilidade de movimento e as percepções alteradas, o reverteremos. Se nos manti- vermos tranquilos e permitirmos que o processo natu- ral do sono tenha continuidade, teremos a experiência fantástica do sonho lúcido. É uma experiência cobiça- da por muitos. Nos sonhos normais, nunca percebemos que esta- mos sonhando. Sempre acreditamos estar acordados: fugimos dos perigos, nos preocupamos em resolver os problemas com os quais nos deparamos, tememos as reações das pessoas e animais com os quais estamos sonhando, etc. No sonho lúcido, esta falta de discernimento não ex- iste. O sonhador compreende que está sonhando e age de acordo com esta compreensão. Durante a fase intermediária entre o sono e a vigília, começamos a ter percepções alteradas, os primeiros contatos imediatos com o mundo fantástico. Os nossos pensamentos adquirem alto grau de nitidez e podem ser vistos e ouvidos como se pertencessem ao mundo exterior. As vozes, sons, imagens e toques que per- cebemos são imaginais, isto é, são formas mentais. Não obstante, seu impacto realístico e nitidez (numi- nosidade) são intensos e espantam as pessoas que ain- da não estão familiarizadas com isso. Nossos medos, desejos, anelos, frustrações, etc, se corporificam em imagens mentais cujas formas apresentam afinidade com o teor dos sentimentos que as geraram. Aqueles que almejam a experiência do sonho lúci- do procuram induzir a paralisia do sono por meio do relaxamento consciente tal como fazem os praticantes de auto-hipnose antes de se autossugestionarem. Ao atingi-la, saltam para o outro lado de suas existências. Caso tenhamos interesse em aproveitar a paralisia corporal para obtermos uma experiência onírica consciente, podemos nos valer de um procedimento muito simples: uma vez atingida a imobilidade, pro- jetamos uma imagem mental qualquer que nos agrade procurando vivenciá-la lucidamente, ou seja, nos empenhamos em interagir com a mesma sem perder a recordação de que é mental e onírica. Então, logo nos vemos dentro de um sonho lúcido. Poderíamos dizer, em outros termos, que colaboramos conscientemente com o processo natural do sono-son- ho ao invés de detê-lo pelo medo. Após o estado de paralisia corporal vem o estado de sonho propriamente dito. Se vivenciarmos lucidamente as imagens mentais que se formam nesta fase inicial do sonho, logo as mesmas se apresentam ante a nossa consciência como se fossem tridimensionais. Muitas vezes, a paralisia do sono é denominada pe- sadelo, o que nem sempre é correto. Um pesadelo é um sonho terrível, não só com monstros, assassina- tos, torturas, sangue, cadáveres, etc. mas nos tempos modernos, podemos ter outro tipo de pesadelos, menos associados aos perigos que seriam mais acentuados nos dias dos primeiros seres-humanos, atualmente po- demos ter pesadelos relacionados com os tempos mod- ernos, acordar assustado com a simples sensação de ter chegado atrasado ao emprego, o nosso cérebro nos dá lições de sobrevivência enquanto inconscientes disso mesmo. A paralisia é a imobilidade do corpo, a inca- pacidade de mover-se e de se levantar. É acompanhada por alucinações e, às vezes, por uma pseudo-asfixia. Filósofos ocidentais eram céticos quanto ao tema re- ligião e sonhos, por alegarem que não haveria controle consciente durante os sonhos, mas estudos recentes analisando movimentos dos olhos (REM) durante o sono mostram resultados cientificamente comprova- dos com sonhos lúcidos, que se contrapõem às teorias anteriores. Pensadores, cientistas e matemáticos como René Descartes e Friedrich August Kekulé von Stradonitz tiveram em sonhos visões reveladoras. Descartes, em viagem à Alemanha, teve uma visão em sonho de um novo sistema matemático e científico. Kekulé propôs a fórmula hexagonal do benzeno após sonhar com uma cobra que mordia sua própria cauda. O grande pai da tabela periódica, Dmitri Mendeleiev, afirmou ter tido um sonho no qual era mostrado o modelo da tabela periódica atual. Inception – filme A Origem é um filme de ficção científica lançado em 2010. Escrito, dirigido e produzido pelo britâni- co Christopher Nolan. DiCaprio faz o papel de Dom
  • 7. Cobb, um ladrão especializado em extrair informações do inconsciente dos seus alvos durante o sonho. Inca- paz de visitar seus filhos, Cobb tem a chance de vê-los em troca de um último trabalho: fazer a inserção, plantar a origem de uma ideia na mente de um rival de seu cliente. O desenvolvimento do filme começou em 2001, quando Nolan escreveu um tratamento de 80 páginas sobre ladrões de sonhos, apresentando a ideia para a Warner Bros. A história foi originalmente concebida como um filme de ação, inspirado nos conceitos de sonhos lúcidos e incubação de sonhos. Sentindo que precisava de mais experiência em filmes de grande orçamento,4 Nolan optou por outros longas e decidiu trabalhar mais seis meses no roteiro de Inception antes que a Warner o comprasse, em fevereiro de 2009. As filmagens passaram por seis países e quatro conti- nentes, começando em Tóquio, em junho de 2009, e terminando no Canadá, em novembro do mesmo ano. O compositor Hans Zimmer compôs a trilha sonora do filme usando trechos da canção “Non, je ne regrette rien”, de Edith Piaf. Inception foi desenvolvido por Christopher Nolan, baseando-se na noção de “explorar a ideia de pessoas dividindo um espaço de sonhos. Isso te dá a habilidade de ter acesso ao inconsciente de alguém. Como isso seria usado e abusado?” Ainda mais, ele pensou “ex- trair uma informação do cérebro de alguém seria o uso óbvio disso, porque computadores podem ser rouba- dos... até certo ponto, ou até esse filme eu digo, a ideia de que alguém pode roubar algo da cabeça de outra pessoa era impossível. Então, para mim, pareceu fas- cinante o abuso e o mal uso dessa tecnologia.” Nolan tirou inspirações dos trabalhos de Jorge Luis Borges. Nolan ficou a pensar nessas ideias desde que tinha dezasseis anos, intrigado de como ele iria acordar e de- pois, quando se cai em um sono leve, saber e ter con- sciência de estar sonhando. Ele também teve consciên- cia que poderia estudar o lugar onde se pode alterar os eventos do sonho. Ele disse, “Tentei trabalhar a ideia da manipulação e do arranjo de um sonho con- sciente ser uma habilidade que essas pessoa possuem. O roteiro é baseado nesses conceitos e experiências básicas.” Inicialmente, Nolan escreveu um tratamento de 80 páginas sobre os ladrões de sonhos. Originalmente, Nolan via Inception como um filme de terror, porém eventualmente ele o re-escreveu como um filme de ação mesmo pensando que “eles são deliberadamente superficiais em termos emocionais.” Enquanto revis- ava o roteiro decidiu que nesse gênero o filme não funcionava porque a história “se baseia fortemente na ideia de um estado interior, a ideia de sonhos e memória. Eu percebi e precisei aumentar os ganhos emocionais.” Nolan trabalhou no roteiro por dez anos. Quando começou a pensar no filme, Nolan se inspirou em outras produções tais como The Matrix, Dark City e Memento, dizendo “são baseados nos princípios que o mundo a sua volta pode não ser real.” Nolan mostrou pela primeira vez o roteiro a Warner Bros. em 2001, porém, achou que precisava de mais experiência em filmes de grande orçamento. Ele logo percebeu que um filme como Inception precisaria de um investimento alto devido ao fato que “quando se está falando sobre os sonhos, o potencial da mente humana é infinito. Precisa funcionar em uma grande escala.” Depois de finalizar The Dark Knight, Nolan decidiu fazer Inception e passou seis meses completan- do o roteiro. Nolan disse que a chave para completar o roteiro foi imaginar o que aconteceria se várias pessoas dividissem o mesmo sonho. “Quando você remove a individualidade, se cria um infinito número de possibilidades onde as pessoas podem interagir com validade, peso e consequências dramáticas.
  • 8. Uma percepção consciente que temos de um determi- nado estado enquanto sonhamos... é como se sonhasse- mos sabendo que estamos sonhando... É... isso são os chamados “sonhos lucidos”, que normalmente são descritos como animados, color- idos, e fantásticos. Muitos comparam a uma experiên- cia espiritual e dizem que este fato mudou sua maneira de viver ou sua percepção em relação ao mundo em que vive. Alguns afirmam que os sonhos lúcidos são como uma “hiper-realidade”, aparentando muitas vez- es serem mais reais que a própria realidade. Estar ciente de estar sonhando enquanto se sonha, acredito que seja um estado perigoso da mente ou subconsciente que nos faz acreditar no poder de que por ventura podemos ter de mudar a realidade das coisas. Isso normalmente acontece enquanto estamos no meio de um sonho normal e de repente percebe- mos que estamos dormindo e que estamos sonhando... então estamos “lúcidos”, e podemos entrar em mais de um nível de lucidez, do nível mais baixo ao mais alto. No nível mais baixo, podemos estar parcialmente consciente de que estamos sonhando, mas não po- demos raciocinar o suficiente para perceber-mos que as pessoas, eventos e ações no sonho não são reais, não representam ameaça alguma. No nível mais alto, podemos estar completamente consciente de que estamos dormindo, e podemos ter o controle completo sobre nossas ações no sonho. Existem muitas questões a serem respondidas sobre os Sonhos Lúcidos e sobre o ato de sonhar por sí só. Alguns estudiosos e seus seguidores costumam chamar as pessoas que conseguem explorar a capacidade de sonhar lucidamente de “Oneironautas” (palavra grega que significa “exploradores de sonhos”). http://centrodeartigos.com/pergunteme/cultura/ ask47378-Quais_sao_os_oneironautas.html Onironauta chamados as pessoas que cobram um estado semelhante ao despertar a consciência duran- te o sonho (este tipo de sonhos é chamado de sonho lúcido), permitindo-lhes reconhecer o estado de son- ho como tal, e experimentar esses sonhos com maior grau de controle, e lembre-se de forma mais clara ao acordar. A maioria dos seres humanos experimentam estes sonhos lúcidos espontâneos em algum momento de suas vidas (especialmente na infância e adolescên- cia), embora muitas pessoas que mantêm essa capaci- dade em um diário ou quase toda a sua vida e regular- mente Eles podem chegar a ser surpreendido quando eles percebem que nem todas as pessoas compartilham essa característica. Os autores chamaram esta oneiro- nautas estado pode causar uma variedade de métodos de eficácia variável, dependendo largamente da pessoa que implementa o método e concreto. Alguns segui- dores da Nova Era, também conhecida por este nome que diz que projeção astral prática. Essas pessoas não são necessariamente seguidores da Nova Era ou do oculto, mas muitas vezes dizer que qualquer um pode alcançar esse estado de espírito para começar a mudar a atitude que você tem para com os seus próprios sonhos. Considere-se um fato de que este desprezo dos sonhos na cultura ocidental moderna, é um fator determinante para a baixa clareza opinião destes, e os pequenos detalhes que são lemb- rados ao acordar. É este o altruísmo social, o que leva as pessoas a sonhar lucidamente espontaneamente e as pessoas que não pensam da maneira “normal” de sonho é seu, quando na verdade as duas formas pode ser considerado “normal”. Apesar de não existirem estatísticas. Há psicólogos e psiquiatras que consideram induzir sonhos lúcidos uma avenida terapêutica útil para o tratamento de certos problemas psicológicos. Terapêu- tico ou iniciante Onironauta (geralmente) é controlar fins sono recreativas, se livrar de seus pesadelos, au- to-conhecimento e inspiração pessoal ou empresarial. Porque o sono e sonho lúcido é uma experiência subje- tiva, que diz respeito apenas a percepção do indivíduo ONEIRONAUTAS
  • 9. que sonha, sonho e terapia de indução métodos lúci- dos tendem a ser colocado entre os chamados terapias alternativas. CAÇADORES DE SONHOS Filtro dos sonhos, apanhadores de sonhos, caçadores de sonhos ou catasonhos ou ainda espanta pesadelos1 (em inglês dreamcatcher) é um amuleto da cultura in- dígena ojibwa (ou chippewa), cuja construção consiste em um aro de vara de salgueiro-chorão e revestido com tiras de couro, ao qual são atrelados vários fios formando uma sorte de teia de aranha, por vezes com contas enfiadas, onde lhe são penduradas geralmente uma pena ao centro mais algumas poucas e/ou outros pequenos objetos de significância pessoal especial. Origem e lendas Os Ojíbuas acreditam que, quando a noite cai, o ar se enche de sonhos, bons e ruins. Alguns destes sonhos, mesmo sendo pesadelos, podem conter uma mensagem importante do Grande Espírito para nós. É justamente para separar estes sonhos e energias más que existem os dream catchers e conta a lenda que começou da seguinte forma: Diz ela que antigamente havia duas tribos em guerra. A raiva e o rancor que geraram energias desarmônicas, que faziam com que as crianças tivessem pesadelos. Então a deusa grande mãe búfala desceu à terra e pediu ao xamã da aldeia que fizesse um aro com um galho de salgueiro. Os bons sonhos sabiam para onde ir, passando pelo furo central. Aos primeiros raios de sol, as energias ruins se dissipavam. Apesar destes amuletos terem tido origem entre a nação Ojibwa, durante o período do Movimento Pan- ameríndio (ou the Pan-Indian Movement, em inglês) das décadas de 1960 e 1970, esses foram adotados por muitos outros grupos e nações indígenas da América do Norte, sendo considerados um símbolo de união e de confraternização entre os póvos ameríndios do norte do continente. Muito embora certos indivíduos e coletivos indígenas tenham expressado a opinião de que houve uma super-comercialização desse objeto, e que carecem da devida autenticidade para poder servir de emblema geral aos povos originais da terra. A tradição manda que as teias coloridas sejam pendur- adas sobre o berço dos bebês e a caminha das crianças. Os sonhos bons, sabendo exatamente aonde ir, conseg- uem passar pelo buraco central da teia, ao passo que os sonhos ruins ficam perdidos e acabam presos nos fios. Quando os primeiros raios de sol surgem, os sonhos maus desaparecem. Uma pena é colocada no centro, representando o ar ou a respiração, essencial para a vida. O bebê, observando a pena dançar ao vento, aprende uma lição sobre a im- portância do ar. Além disto, a pena de coruja, femini- na, simboliza a sabedoria. A pena de águia, masculina, serve para dar coragem. Hoje em dia, os caçadores de sonhos estão por todo o lado. É possível encontrá-los em quase todas as lojas de artigos esotéricos e ainda noutras lojas e bancas doutros tipos. Este objecto já foi tão banalizado que o podemos ver tatuado no corpo de muitas pessoas. E, embora o nome, caçador de sonhos (ou dream catcher, em inglês), já seja bem sugestivo, nem toda a gente sabe para que servem estes belos objetos redondos, enfeitados com penas e contas.
  • 10. Os dream catchers surgiram nos Estados Unidos da América. Quase todas as tribos de índios americanos, há muitos anos, já os incorporaram às suas tradições. E as lendas sobre eles correm por toda parte. Embora hoje todas estas nações indígenas produzam os seus próprios dream catchers, a história destes começa com os índios Ojibwe (ou Chippewa). A história dos dream catchers Os sonhos desempenhavam um papel fundamental na vida dos Ojibwe. Para este povo que vivia na região dos Grandes Lagos americanos e que hoje também se espalha por outras regiões do Novo México, aprender a decifrar as mensagens reveladas nos sonhos era a tarefa mais importante que as pessoas tinham durante sua passagem pela Terra. Os Ojibwe acreditam que, quando a noite cai, o ar se enche de sonhos, bons e maus. Alguns destes sonhos, mesmo sendo pesadelos, podem conter uma mensagem importante para nós, o que os torna bons sonhos. Mas existem muitos outros sonhos e más energias flutuan- do à nossa volta e esses podem fazer-nos mal e é para afastá-los que surgiram os dream catchers. Conta a lenda que surgiram da seguinte forma: Antigamente havia duas tribos em guerra. A raiva e o rancor que geraram energias desarmônicas, que faziam com que as crianças tivessem pesadelos. Então a deusa grande mãe búfala desceu à terra e pediu ao feiticeiro da aldeia que fizesse um aro com um galho de salgue- iro. A tradição manda que as teias coloridas sejam pendur- adas sobre o berço dos bebês e as camas das crianças. Os sonhos bons, sabendo exatamente aonde ir, conseg- uem passar pelo buraco central da teia, ao passo que os sonhos maus ficam perdidos e acabam presos nos fios. Quando os primeiros raios de sol surgem, os sonhos maus desaparecem. Os círculos são feitos com ramos flexíveis de salgueiros e revestidos com tiras de couro. Uma pena é colocada no centro, representando o ar ou a respiração, essencial para a vida. O bebê, observando a pena dançar ao vento, aprende uma lição sobre a im- portância do ar. Além disto, a pena de coruja, femini- na, simboliza a sabedoria. A pena de águia, masculina, serve para dar coragem. Para captar os sonhos dos adultos, os dream catchers são trançados em fibra e não com ramos de salgueiros. Por isso são mais resistentes. Apesar destes amuletos terem tido origem na nação Ojibwa, durante o período do Movimento Panamerín- dio (ou the Pan-Indian Movement, em inglês) das décadas de 1960 e 1970, esses foram adotados por muitos outros grupos e nações indígenas da América do Norte, sendo considerados um símbolo de união e de confraternização entre os povos ameríndios do norte do continente. Muito embora certos indivíduos e coletivos indígenas tenham expressado a opinião de que houve uma super-comercialização desse objeto, e que carecem da devida autenticidade para poder servir de emblema geral aos povos originais da terra. Como a Aranha deu a teia de sonhos para os seres humanos Existem muitas histórias relacionadas com aranhas e Mulheres-Aranhas entre as várias nações de índios americanos. Em muitas destas tradições, por exemp- lo, a Mulher-Aranha é um personagem fundamental e sábio, ora mensageira do Sol, ora avó do próprio Sol e organizadora da vida na Terra. Existem várias lendas relacionadas com os dream catchers. Esta que escolhe- mos é apenas uma das versões. Uma aranha fiava sua teia próximo à cama da avó (No- komi). Todos os dias ela observava a aranha trabalhar. Alguns dias depois, o neto entrou e, ao ver a aranha na teia, pegou uma pedra para matá-la. Mas a avó não deixou. O garoto achou estranho, mas respeitou o seu desejo. A velha mulher voltou-se para observar mais uma vez o trabalho do animal e, então, a aranha falou: “Obrigada por salvar minha vida. Vou dar-lhe um pre- sente por isso. Na próxima Lua nova vou fiar uma teia na sua janela. Quero que você observe com atenção e aprenda como tecer os fios. Porque esta teia vai servir para capturar todos os maus sonhos e as energias ruins. O pequeno furo no centro vai deixar passar os bons sonhos e fazê-los chegarem até você. Quando a Lua chegou, a avó viu a aranha tecer sua teia mágica e, agradecida, não cabia em si de felicidade pelo maravilhoso presente: “Aprenda”, dizia a aranha. Finalmente, exausta, a avó dormiu. Quando os pri- meiros raios de sol surgiram no céu, ela acordou e viu a teia brilhando como jóia graças às gotas de orvalho capturadas nos fios. A brisa trouxe penas de pomba que também ficaram presas na teia, dançando alegre- mente e, por último, um corvo pousou na teia e deixou uma longa pena pendurada. Por entre as malhas da teia, o Pai Sol sorria alegremente. E a avó, feliz, ensi- nou todos da tribo a fazerem os filtros de sonhos. E até hoje eles vêm afastando os pesadelos de muita gente.
  • 11. Wake Induced Lucid Dreams FBAUL - Design de Comunicação DC1 | 2º Semestre Profª Cândida Ruivo Prof. Vitor Almeida Catarina Marques 7454 Délia Abigaela Micu 7327 Mafalda Moura 7493 Marina Ricciardi 6866