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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA
INSTITUTO SUPERIOR ABERTO
Disciplina: Matemática Aplicada II
Licenciatura em Administração e
Gestão de Empresas e
Administração Pública
Definição: Denomina-se equação diferencial
ordinária toda equação da forma
𝑓 𝑥, 𝑦, 𝑦′
, 𝑦′′
, … , 𝑦 𝑛
= 0 que envolve uma
função incógnita 𝑦 = 𝑦 𝑥 e suas derivadas. Onde
𝑥 é a variável independente e 𝑦 é a variável
dependente (ou variável procurada).
Equações Diferenciais Ordinárias
Definição: Denomina-se ordem de uma equação
diferencial a ordem da mais alta derivada da
função incógnita 𝑦 = 𝑦 𝑥 que ocorre na equação.
Ordem de uma equação diferencial
Definição: Denomina-se grau de uma equação
diferencial o valor do expoente para a derivada mais
alta da equação, quando a equação tem a forma de um
polinómio na função incógnita e em suas derivadas,
como, por exemplo,
𝐴1𝑦 3
+ 𝐴2𝑦 2
+ 𝐴3𝑦 1
+ 𝐴4𝑦 0
= 0.
Grau de uma equação diferencial
Diga qual a ordem e o grau das seguintes equações
diferenciais:
1. 𝑦′′
+ 3𝑦′
+ 6𝑦 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥
2. 𝑦′′ 3
+ 3𝑦′
+ 8𝑦 = 𝑡𝑔 𝑥
3. 𝑦′′ 2
+ 𝑦′ 3
+ 3𝑦 = 𝑥2
Exemplos:
1) 𝑦′′
+ 3𝑦′
+ 6𝑦 = 𝑠𝑒𝑛𝑥, equação diferencial da
2a ordem e 1o grau.
2) 𝑦′′ 3
+ 3𝑦′
+ 8𝑦 = 𝑡𝑔𝑥, equação diferencial
da 2a ordem e 3o grau.
3) 𝑦′′ 2
+ 𝑦′ 3
+ 3𝑦 = 𝑥2
, equação diferencial
da 2a ordem e 2o grau.
Resolução:
Definição: Denomina-se equação diferencial de
variáveis separáveis a equação diferencial da
forma 𝑦′
= 𝑓 𝑥 ∙ 𝑔 𝑦 .
Equações diferenciais de variáveis
separáveis
𝑦′
= 𝑓 𝑥 ∙ 𝑔 𝑦 ⇒
𝑑𝑦
𝑑𝑥
= 𝑓 𝑥 ∙ 𝑔 𝑦 ⇒
𝑑𝑦
𝑔 𝑦
= 𝑓 𝑥 𝑑𝑥,
equação diferencial de variáveis separadas.
Integrando a equação diferencial de variáveis
separadas, vem:
𝑑𝑦
𝑔 𝑦
= 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 + 𝐶.
Equações diferenciais de variáveis
separáveis
Exemplo:
Achar a solução particular da equação
1 + 𝑒𝑥
∙ 𝑦 ∙ 𝑦′
= 𝑒𝑥
, quando 𝑦 0 = 1.
Equações diferenciais de variáveis
separáveis
Resolução:
1 + 𝑒𝑥
∙ 𝑦 ∙ 𝑦′
= 𝑒𝑥
⇒ 1 + 𝑒𝑥
∙ 𝑦 ∙
𝑑𝑦
𝑑𝑥
= 𝑒𝑥
multiplicando ambos os membros por 𝑑𝑥 e
dividindo por 1 + 𝑒𝑥
, teremos: 𝑦𝑑𝑦 =
𝑒𝑥
1+𝑒𝑥 𝑑𝑥,
integrando a equação, vem:
Equações diferenciais de variáveis
separáveis
𝑦𝑑𝑦 =
𝑒𝑥
1+𝑒𝑥 𝑑𝑥 + 𝐶 ⇒
𝑦2
2
=
𝑑 1+𝑒𝑥
1+𝑒𝑥 + 𝐶 ⇒
𝑦2
2
= 𝑙𝑛 1 + 𝑒𝑥
+ 𝐶. Substituindo os valores de 𝑥
e 𝑦 na solução geral, teremos:
12
2
= 𝑙𝑛 1 + 𝑒0
+ 𝐶 ⇒ 𝐶 =
1
2
− 𝑙𝑛 1 + 1 ⇒
𝐶 =
1
2
− 𝑙𝑛 2 .
Equações diferenciais de variáveis
separáveis
Portanto, a solução particular da equação
diferencial dada é:
𝑦2
2
= 𝑙𝑛 1 + 𝑒𝑥
+
1
2
− 𝑙𝑛 2 ⇒
𝑦2
2
=
1
2
+
+ 𝑙𝑛
1+𝑒𝑥
2
⇒ 𝑦2
= 2 ∙
1
2
+ 𝑙𝑛
1+𝑒𝑥
2
Equações diferenciais de variáveis
separáveis
𝑦2
=
2
2
+ 2 ∙ 𝑙𝑛
1+𝑒𝑥
2
⇒ 𝑦2
= 1 + 2𝑙𝑛
1+𝑒𝑥
2
⇒
𝑦 = 1 + 2𝑙𝑛
1+𝑒𝑥
2
Equações diferenciais de variáveis
separáveis
2. Resolver a equação: 𝑦′
∙ 𝑡𝑔 𝑥 = 𝑦
Resolução:
Transformando a equação dada numa equação de
variáveis separadas, vem:
Equações diferenciais de variáveis
separáveis
𝑦′
∙ 𝑡𝑔 𝑥 = 𝑦 ⇒
𝑑𝑦
𝑑𝑥
∙ 𝑡𝑔 𝑥 = 𝑦 ⇒
𝑑𝑦
𝑦
=
𝑑𝑥
𝑡𝑔 𝑥
⇒
𝑑𝑦
𝑦
=
𝑑𝑥
𝑠𝑒𝑛 𝑥
𝑐𝑜𝑠 𝑥
⇒
𝑑𝑦
𝑦
=
𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥
𝑠𝑒𝑛 𝑥
Equações diferenciais de variáveis
separáveis
Integrando-a, obtemos:
𝑑𝑦
𝑦
=
𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥
𝑠𝑒𝑛 𝑥
+ 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛 𝑦 =
𝑑 𝑠𝑒𝑛𝑥
𝑠𝑒𝑛 𝑥
+ 𝐶 ⇒
𝑙𝑛 𝑦 = 𝑙𝑛 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝐶 ⇒
𝑦 = 𝑒𝑙𝑛 𝑠𝑒𝑛 𝑥 +𝐶
⇒ 𝑦 = 𝑒𝑙𝑛 𝑠𝑒𝑛 𝑥
∙ 𝑒𝐶
, aplicando
a propriedade logarítmica 12 e fazendo 𝑒𝐶
= 𝐶,
vem: 𝑦 = 𝑒𝑙𝑛 𝑠𝑒𝑛 𝑥
∙ 𝑒𝐶
⇒ 𝑦 = 𝐶 ∙ 𝑠𝑒𝑛 𝑥
Equações diferenciais de variáveis
separáveis
Definição: Uma equação diferencial 𝑃 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 +
𝑄 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0 1 é homogênea, se as funções
𝑃 𝑥, 𝑦 e 𝑄 𝑥, 𝑦 são homogêneas do mesmo grau.
Uma função 𝑓 𝑥, 𝑦 é homogênea de grau 𝑛 se
𝑓 𝛽𝑥, 𝛽𝑦 = 𝛽𝑛
∙ 𝑓 𝑥, 𝑦 .
Equações diferenciais homogêneas da
primeira ordem
Exemplo:
Verifique se a função 𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑥4 + 𝑦4 é
homogênea
Resolução:
Fazendo 𝑥 = 𝛽𝑥 e 𝑦 = 𝛽𝑦 e substituindo na função
dada, vem:
Equações diferenciais homogêneas da
primeira ordem
𝑓 𝛽𝑥, 𝛽𝑦 = 𝛽𝑥 4 + 𝛽𝑦 4 = 𝛽4𝑥4 + 𝛽4𝑦4
=
= 𝛽4 ∙ 𝑥4 + 𝑦4 = 𝛽4 ∙ 𝑥4 + 𝑦4
𝑓 𝛽𝑥, 𝛽𝑦 = 𝛽4 ∙ 𝑥4 + 𝑦4 = 𝛽2
∙ 𝑥4 + 𝑦4
𝑓 𝛽𝑥, 𝛽𝑦 = 𝛽2
∙ 𝑓 𝑥, 𝑦 .
Equações diferenciais homogêneas da
primeira ordem
Portanto, a função 𝑓 𝑥, 𝑦 é homogênea do
segundo grau.
Equações diferenciais homogêneas da
primeira ordem
A equação 1 pode reduzir-se à forma 𝑦′
= 𝑓
𝑦
𝑥
por meio da substituição 𝑢 =
𝑦
𝑥
ou 𝑦 = 𝑥 ∙ 𝑢, onde
𝑢 é uma nova incógnita ou função incógnita, que
se transforma em equações diferenciais com
variáveis separadas.
Equações diferenciais homogêneas da
primeira ordem
Exemplo:
Resolva a equação diferencial 𝑦′
= −
𝑥+𝑦
𝑥
Resolução:
𝑦′
= −
𝑥+𝑦
𝑥
= −
𝑥
𝑥
−
𝑦
𝑥
= −1 −
𝑦
𝑥
⇒ 𝑦′
= −1 −
𝑦
𝑥
Equações diferenciais homogêneas da
primeira ordem
fazendo
𝑦
𝑥
= 𝑢 ⇒ 𝑦 = 𝑥 ∙ 𝑢, derivando ambos os
membros e considerando 𝑢 como função de 𝑥,
teremos:
𝑦′
= 𝑥 ∙ 𝑢 ′
= 𝑥′
∙ 𝑢 + 𝑥 ∙ 𝑢′
= 𝑢 + 𝑥 ∙ 𝑢′
⇒
𝑦′
= 𝑢 + 𝑥 ∙ 𝑢′
. Substituindo na equação
diferencial 𝑦′
= −1 −
𝑦
𝑥
, vem:
Equações diferenciais homogêneas da
primeira ordem
𝑢 + 𝑥 ∙ 𝑢′
= −1 − 𝑢 ⇒ 𝑥 ∙ 𝑢′
= −1 − 𝑢 − 𝑢 ⇒ 𝑥 ∙
𝑢′
= −2𝑢 − 1, como 𝑢′
=
𝑑𝑢
𝑑𝑥
, então:
𝑥
𝑑𝑢
𝑑𝑥
= −2𝑢 − 1, multiplicando ambos os membros
por 𝑑𝑥 e dividindo por 𝑥 −2𝑢 − 1 , teremos:
Equações diferenciais homogêneas da
primeira ordem
𝑑𝑢
−2𝑢−1
=
𝑑𝑥
𝑥
⇒
𝑑𝑢
− 2𝑢+1
=
𝑑𝑥
𝑥
⇒ −
𝑑𝑢
2𝑢+1
=
𝑑𝑥
𝑥
multiplicando ambos os membros por menos um,
vem:
𝑑𝑢
2𝑢+1
= −
𝑑𝑥
𝑥
Integrando-a, obtemos:
𝑑𝑢
2𝑢+1
= −
𝑑𝑥
𝑥
+ 𝐶
Equações diferenciais homogêneas da
primeira ordem
1
2
𝑑 2𝑢+1
2𝑢+1
= −
𝑑𝑥
𝑥
+ 𝐶 ⇒
1
2
𝑙𝑛 2𝑢 + 1 = −𝑙𝑛 𝑥 + 𝐶,
multiplicando ambos os membros por dois, vem:
𝑙𝑛 2𝑢 + 1 = −2𝑙𝑛 𝑥 + 2𝐶 ⇒ 2𝑢 + 1 = 𝑒−2𝑙𝑛 𝑥 +2𝐶
⇒
2𝑢 + 1 = 𝑒𝑙𝑛 𝑥−2 +2𝐶
= 𝑒𝑙𝑛 𝑥−2
∙ 𝑒2𝐶
Equações diferenciais homogêneas da
primeira ordem
Aplicando a propriedade logarítmica 𝑎log𝑎 𝑏
= 𝑏,
teremos: 2𝑢 + 1 = 𝑥−2
∙ 𝐶 ⇒ 2𝑢 = 𝑥−2
∙ 𝐶 − 1 ⇒
𝑢 =
1
2
𝐶 ∙ 𝑥−2
− 1 , substituindo 𝑢 por
𝑦
𝑥
obtemos
a solução geral da equação diferencial dada, isto é,
𝑦
𝑥
=
1
2
𝐶 ∙ 𝑥−2
− 1 ⇒
Equações diferenciais homogêneas da
primeira ordem
𝑦 =
𝑥
2
𝐶 ∙ 𝑥−2
− 1 =
1
2
𝐶 ∙ 𝑥 ∙ 𝑥−2
− 𝑥 ⇒
𝑦 =
1
2
𝐶 ∙ 𝑥−1
− 𝑥 ⇒ 𝑦 =
1
2
𝐶
𝑥
− 𝑥
Equações diferenciais homogêneas da
primeira ordem
Definição: Denomina-se Equação Diferencial
Linear da Primeira Ordem toda equação diferencial
que pode ser reduzida à forma canónica
𝑦′
+ 𝑃 𝑥 ∙ 𝑦 = 𝑄 𝑥 , onde 𝑃 𝑥 e 𝑄 𝑥 são
funções da variável 𝑥, podendo eventualmente ser
constantes.
Equações diferenciais lineares da
primeira ordem
Seja 𝑦′
+ 𝑃 𝑥 ∙ 𝑦 = 𝑄 𝑥 1 , equação diferencial
linear da primeira ordem. Considerando a sua
equação diferencial homogênea 𝑦′
+ 𝑃 𝑥 ∙ 𝑦 = 0
2 , equação diferencial de variável separável.
A solução geral da equação diferencial linear da
primeira ordem, isto é, 𝑦 = 𝐶 ∙ 𝑒− 𝑃 𝑥 𝑑𝑥
=
𝑒 𝑃 𝑥 𝑑𝑥
𝑄 𝑥 𝑑𝑥 + 𝐶1 𝑒− 𝑃 𝑥 𝑑𝑥
Equações diferenciais lineares da
primeira ordem
Exemplo:
Achar a solução geral da equação diferencial
𝑦′
− 𝑡𝑔 𝑥 ∙ 𝑦 =
1
𝑐𝑜𝑠 𝑥
Resolução:
Equações diferenciais lineares da
primeira ordem
A equação homogênea é da forma 𝑦′
− 𝑡𝑔 𝑥 𝑦 = 0
que é equação diferencial de variáveis separáveis.
𝑦′
− 𝑡𝑔 𝑥 𝑦 = 0 ⇒
𝑑𝑦
𝑑𝑥
− 𝑡𝑔 𝑥 ∙ 𝑦 = 0 multiplicando
ambos os membros por 𝑑𝑥 e dividindo por 𝑦, teremos:
𝑑𝑦
𝑦
− 𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥 = 0, integrando a equação, obtemos:
Equações diferenciais lineares da
primeira ordem
𝑑𝑦
𝑦
− 𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥 = 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛 𝑦 −
𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥
𝑐𝑜𝑠 𝑥
= 𝐶 ⇒
𝑙𝑛 𝑦 −
−𝑑 𝑐𝑜𝑠 𝑥
𝑐𝑜𝑠 𝑥
𝑑𝑥 = 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛 𝑦 +
𝑑 𝑐𝑜𝑠 𝑥
𝑐𝑜𝑠 𝑥
= 𝐶 ⇒
𝑙𝑛 𝑦 + 𝑙𝑛 𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 𝐶. Aplicando a propriedade
log𝑎(𝑏) + log𝑎(𝑐) = log𝑎 𝑏 ∙ 𝑐
𝑙𝑛 𝑦 ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 𝐶 ⇒ 𝑦 ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 𝑒𝐶
⇒
𝑦 ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 𝐶 ⇒ 𝑦 =
𝐶
𝑐𝑜𝑠 𝑥
1
Equações diferenciais lineares da
primeira ordem
Derivando 1 e considerando 𝐶 como função de 𝑥, vem:
𝑦′ =
𝐶
𝑐𝑜𝑠 𝑥
′
=
𝐶′𝑐𝑜𝑠 𝑥 −𝐶 𝑐𝑜𝑠 𝑥 ′
𝑐𝑜𝑠2 𝑥
=
𝑦′ =
𝐶′𝑐𝑜𝑠 𝑥 +𝐶∙𝑠𝑒𝑛 𝑥
𝑐𝑜𝑠2 𝑥
=
𝐶′𝑐𝑜𝑠 𝑥
𝑐𝑜𝑠2 𝑥
−
𝐶
𝑐𝑜𝑠 𝑥
𝑡𝑔 𝑥
𝑦′
=
𝐶′
𝑐𝑜𝑠 𝑥
−
𝐶
𝑐𝑜𝑠 𝑥
𝑡𝑔 𝑥 2 . Substituindo 1 e 2 na
equação diferencial dada, vem:
Equações diferenciais lineares da
primeira ordem
𝐶′
𝑐𝑜𝑠 𝑥
−
𝐶
𝑐𝑜𝑠 𝑥
𝑡𝑔 𝑥 +
𝐶
𝑐𝑜𝑠 𝑥
𝑡𝑔 𝑥 =
1
𝑐𝑜𝑠 𝑥
⇒
𝐶′
𝑐𝑜𝑠 𝑥
=
1
𝑐𝑜𝑠 𝑥
⇒ 𝐶′ =
𝑐𝑜𝑠 𝑥
𝑐𝑜𝑠 𝑥
⇒
𝑑𝐶
𝑑𝑥
= 1 ⇒
𝑑𝐶 = 𝑑𝑥, integrando a equação, obtemos:
𝑑𝐶 = 𝑑𝑥 + 𝐶1 ⇒ 𝐶 = 𝑥 + 𝐶1 3
Substituindo 3 em 1 , achamos a solução geral da
equação diferencial, isto é, 𝑦 =
𝑥+𝐶1
𝑐𝑜𝑠 𝑥
Equações diferenciais lineares da
primeira ordem
A equação diferencial na forma canónica
𝑃 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑄 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0 1 , é equação
diferencial exacta se, e somente se 𝑃 𝑥, 𝑦 e
𝑄 𝑥, 𝑦 são funções continuas e
𝜕𝑃
𝜕𝑦
=
𝜕𝑄
𝜕𝑥
A integral da equação diferencial 1 é
𝑈 𝑥, 𝑦 = 𝐶, onde 𝑈 𝑥, 𝑦 = 𝑃 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝜑 𝑦
Equações diferenciais exactas da
primeira ordem
Com
𝜕𝑈
𝜕𝑦
= 𝑄 𝑥, 𝑦 e
𝜕𝑈
𝜕𝑥
= 𝑃 𝑥, 𝑦 .
Exemplo: Resolver a equação diferencial
𝑥 + 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑥 + 2𝑦 𝑑𝑦 = 0
Resolução:
𝑃 𝑥, 𝑦 = 𝑥 + 𝑦 e 𝑄 𝑥, 𝑦 = 𝑥 + 2𝑦, verificando
se as derivadas parciais são iguais, vem:
Equações diferenciais exactas da
primeira ordem
𝜕𝑃
𝜕𝑦
=
𝜕 𝑥+𝑦
𝜕𝑦
= 1 e
𝜕𝑄
𝜕𝑥
=
𝜕 𝑥+2𝑦
𝜕𝑥
= 1. Portanto, as
derivadas parciais são iguais, isto é,
𝜕𝑃
𝜕𝑦
=
𝜕𝑄
𝜕𝑥
= 1.
𝑈 𝑥, 𝑦 = 𝑃 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝜑 𝑦 = 𝑥 + 𝑦 𝑑𝑥 + 𝜑 𝑦
𝑈 𝑥, 𝑦 = 𝑥𝑑𝑥 + 𝑦 𝑑𝑥 + 𝜑 𝑦 =
𝑥2
2
+ 𝑥𝑦 + 𝜑 𝑦
𝑈 𝑥, 𝑦 =
𝑥2
2
+ 𝑥𝑦 + 𝜑 𝑦
Equações diferenciais exactas da
primeira ordem
Derivando 𝑈 𝑥, 𝑦 em ordem a 𝑦, vem:
𝜕𝑈
𝜕𝑦
=
𝜕
𝑥2
2
+𝑥𝑦+𝜑 𝑦
𝜕𝑦
= 𝑥 + 𝜑′ 𝑦 ⇒
𝜕𝑈
𝜕𝑦
= 𝑥 + 𝜑′ 𝑦
𝜕𝑈
𝜕𝑦
= 𝑄 𝑥, 𝑦 ⇒ 𝑥 + 𝜑′ 𝑦 = 𝑥 + 2𝑦 ⇒
𝜑′ 𝑦 = 𝑥 + 2𝑦 − 𝑥 ⇒ 𝜑′ 𝑦 = 2𝑦 ⇒
𝑑𝜑
𝑑𝑦
= 2𝑦
Equações diferenciais exactas da
primeira ordem
Multiplicando ambos os membros por 𝑑𝑦, teremos: 𝑑𝜑 =
2𝑦𝑑𝑦, integrando a equação, vem:
𝑑𝜑 = 2 𝑦𝑑𝑦 + 𝐶1 ⇒ 𝜑 𝑦 = 2 ∙
𝑦2
2
+ 𝐶1 ⇒
𝜑 𝑦 = 𝑦2 + 𝐶1. Assim, 𝑈 𝑥, 𝑦 =
𝑥2
2
+ 𝑥𝑦 + 𝑦2 + 𝐶1
Como 𝑈 𝑥, 𝑦 = 𝐶, portanto, a solução geral da equação
diferencial dada é:
Equações diferenciais exactas da
primeira ordem
𝑥2
2
+ 𝑥𝑦 + 𝑦2 + 𝐶1 = 𝐶 ⇒
𝑥2
2
+ 𝑥𝑦 + 𝑦2 = 𝐶 − 𝐶1 ⇒
𝑥2
2
+ 𝑥𝑦 + 𝑦2
= 𝐶, onde 𝐶 = 𝐶 − 𝐶1
Equações diferenciais exactas da
primeira ordem
Equações homogêneas
A equação linear homogénea da 2a ordem com coeficientes
constantes 𝑝 e 𝑞 tem a forma 𝑦′′ + 𝑝𝑦′ + 𝑞 = 0 1
Se 𝑘1 e 𝑘2 são raízes da equação característica
𝑘2
+ 𝑝𝑘 + 𝑞 = 0, então a solução geral da equação 1
pode ser escrita numa das três formas seguintes:
Equações diferenciais lineares de 2a
ordem com coeficientes constantes
Equações homogêneas
𝑦 = 𝐶1𝑒𝑘1𝑥 + 𝐶2𝑒𝑘2𝑥, se 𝑘1, 𝑘2 ∈ ℝ e 𝑘1 ≠ 𝑘2;
𝑦 = 𝑒𝑘1𝑥
𝐶1 + 𝐶2𝑥 , se 𝑘1 = 𝑘2;
𝑦 = 𝑒𝛼𝑥 𝐶1𝑐𝑜𝑠 𝛽𝑥 + 𝐶2𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑥 , se 𝑘1 = 𝛼 + 𝛽𝑖 e
𝑘2 = 𝛼 − 𝛽𝑖, com 𝛽 ≠ 0.
Exemplo1: Achar a solução geral da equação diferencial
𝑦′′ − 5𝑦′ + 6𝑦 = 0
Equações diferenciais lineares de 2a
ordem com coeficientes constantes
Resolução:
A equação característica da equação diferencial acima é:
𝑘2
− 5𝑘 + 6 = 0
𝑘2
− 5𝑘 + 6 = 0 ⇒ 𝑘 − 2 𝑘 − 3 = 0, pela aplicação
da lei do anulamento do produto, vem:
𝑘 − 2 𝑘 − 3 = 0 ⇔ 𝑘 − 2 = 0 ∪ 𝑘 − 3 = 0 ⇔
𝑘 = 2 ∪ 𝑘 = 3
Equações diferenciais lineares de 2a
ordem com coeficientes constantes
Como 𝑘1, 𝑘2 ∈ ℝ e 𝑘1 ≠ 𝑘2, então a solução geral da
equação diferencial dada é da forma 𝑦 = 𝐶1𝑒𝑘1𝑥
+
𝐶2𝑒𝑘2𝑥
Substituindo os valores de 𝑘1 e 𝑘2, obtemos:
𝑦 = 𝐶1𝑒2𝑥 + 𝐶2𝑒3𝑥
Exemplo2: Achar a solução geral da equação diferencial
𝑦′′
+ 2𝑦′
+ 𝑦 = 0
Equações diferenciais lineares de 2a
ordem com coeficientes constantes
Resolução:
A equação característica da equação diferencial acima é:
𝑘2 + 2𝑘 + 1 = 0
𝑘2 + 2𝑘 + 1 = 0 ⇒ 𝑘 + 1 𝑘 + 1 = 0, aplicando a lei
do anulamento do produto, vem:
𝑘2 + 2𝑘 + 1 = 0 ⇒ 𝑘 + 1 𝑘 + 1 = 0 ⇔ 𝑘 + 1 = 0 ∪
𝑘 + 1 = 0 ⇔ 𝑘 = −1 ∪ 𝑘 = −1
Equações diferenciais lineares de 2a
ordem com coeficientes constantes
Como 𝑘1, 𝑘2 ∈ ℝ e 𝑘1 = 𝑘2, então a solução geral da
equação diferencial dada é da forma
𝑦 = 𝑒𝑘1𝑥 𝐶1 + 𝐶2𝑥 . Substituindo os valores de 𝑘1 e 𝑘2,
obtemos: 𝑦 = 𝑒−𝑥
𝐶1 + 𝐶2𝑥 .
Equações diferenciais lineares de 2a
ordem com coeficientes constantes
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Equações diferenciais ordinárias

  • 1. UNIVERSIDADE POLITÉCNICA INSTITUTO SUPERIOR ABERTO Disciplina: Matemática Aplicada II Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas e Administração Pública
  • 2. Definição: Denomina-se equação diferencial ordinária toda equação da forma 𝑓 𝑥, 𝑦, 𝑦′ , 𝑦′′ , … , 𝑦 𝑛 = 0 que envolve uma função incógnita 𝑦 = 𝑦 𝑥 e suas derivadas. Onde 𝑥 é a variável independente e 𝑦 é a variável dependente (ou variável procurada). Equações Diferenciais Ordinárias
  • 3. Definição: Denomina-se ordem de uma equação diferencial a ordem da mais alta derivada da função incógnita 𝑦 = 𝑦 𝑥 que ocorre na equação. Ordem de uma equação diferencial
  • 4. Definição: Denomina-se grau de uma equação diferencial o valor do expoente para a derivada mais alta da equação, quando a equação tem a forma de um polinómio na função incógnita e em suas derivadas, como, por exemplo, 𝐴1𝑦 3 + 𝐴2𝑦 2 + 𝐴3𝑦 1 + 𝐴4𝑦 0 = 0. Grau de uma equação diferencial
  • 5. Diga qual a ordem e o grau das seguintes equações diferenciais: 1. 𝑦′′ + 3𝑦′ + 6𝑦 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 2. 𝑦′′ 3 + 3𝑦′ + 8𝑦 = 𝑡𝑔 𝑥 3. 𝑦′′ 2 + 𝑦′ 3 + 3𝑦 = 𝑥2 Exemplos:
  • 6. 1) 𝑦′′ + 3𝑦′ + 6𝑦 = 𝑠𝑒𝑛𝑥, equação diferencial da 2a ordem e 1o grau. 2) 𝑦′′ 3 + 3𝑦′ + 8𝑦 = 𝑡𝑔𝑥, equação diferencial da 2a ordem e 3o grau. 3) 𝑦′′ 2 + 𝑦′ 3 + 3𝑦 = 𝑥2 , equação diferencial da 2a ordem e 2o grau. Resolução:
  • 7. Definição: Denomina-se equação diferencial de variáveis separáveis a equação diferencial da forma 𝑦′ = 𝑓 𝑥 ∙ 𝑔 𝑦 . Equações diferenciais de variáveis separáveis
  • 8. 𝑦′ = 𝑓 𝑥 ∙ 𝑔 𝑦 ⇒ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑓 𝑥 ∙ 𝑔 𝑦 ⇒ 𝑑𝑦 𝑔 𝑦 = 𝑓 𝑥 𝑑𝑥, equação diferencial de variáveis separadas. Integrando a equação diferencial de variáveis separadas, vem: 𝑑𝑦 𝑔 𝑦 = 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 + 𝐶. Equações diferenciais de variáveis separáveis
  • 9. Exemplo: Achar a solução particular da equação 1 + 𝑒𝑥 ∙ 𝑦 ∙ 𝑦′ = 𝑒𝑥 , quando 𝑦 0 = 1. Equações diferenciais de variáveis separáveis
  • 10. Resolução: 1 + 𝑒𝑥 ∙ 𝑦 ∙ 𝑦′ = 𝑒𝑥 ⇒ 1 + 𝑒𝑥 ∙ 𝑦 ∙ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑒𝑥 multiplicando ambos os membros por 𝑑𝑥 e dividindo por 1 + 𝑒𝑥 , teremos: 𝑦𝑑𝑦 = 𝑒𝑥 1+𝑒𝑥 𝑑𝑥, integrando a equação, vem: Equações diferenciais de variáveis separáveis
  • 11. 𝑦𝑑𝑦 = 𝑒𝑥 1+𝑒𝑥 𝑑𝑥 + 𝐶 ⇒ 𝑦2 2 = 𝑑 1+𝑒𝑥 1+𝑒𝑥 + 𝐶 ⇒ 𝑦2 2 = 𝑙𝑛 1 + 𝑒𝑥 + 𝐶. Substituindo os valores de 𝑥 e 𝑦 na solução geral, teremos: 12 2 = 𝑙𝑛 1 + 𝑒0 + 𝐶 ⇒ 𝐶 = 1 2 − 𝑙𝑛 1 + 1 ⇒ 𝐶 = 1 2 − 𝑙𝑛 2 . Equações diferenciais de variáveis separáveis
  • 12. Portanto, a solução particular da equação diferencial dada é: 𝑦2 2 = 𝑙𝑛 1 + 𝑒𝑥 + 1 2 − 𝑙𝑛 2 ⇒ 𝑦2 2 = 1 2 + + 𝑙𝑛 1+𝑒𝑥 2 ⇒ 𝑦2 = 2 ∙ 1 2 + 𝑙𝑛 1+𝑒𝑥 2 Equações diferenciais de variáveis separáveis
  • 13. 𝑦2 = 2 2 + 2 ∙ 𝑙𝑛 1+𝑒𝑥 2 ⇒ 𝑦2 = 1 + 2𝑙𝑛 1+𝑒𝑥 2 ⇒ 𝑦 = 1 + 2𝑙𝑛 1+𝑒𝑥 2 Equações diferenciais de variáveis separáveis
  • 14. 2. Resolver a equação: 𝑦′ ∙ 𝑡𝑔 𝑥 = 𝑦 Resolução: Transformando a equação dada numa equação de variáveis separadas, vem: Equações diferenciais de variáveis separáveis
  • 15. 𝑦′ ∙ 𝑡𝑔 𝑥 = 𝑦 ⇒ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 ∙ 𝑡𝑔 𝑥 = 𝑦 ⇒ 𝑑𝑦 𝑦 = 𝑑𝑥 𝑡𝑔 𝑥 ⇒ 𝑑𝑦 𝑦 = 𝑑𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑐𝑜𝑠 𝑥 ⇒ 𝑑𝑦 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥 Equações diferenciais de variáveis separáveis
  • 16. Integrando-a, obtemos: 𝑑𝑦 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛 𝑦 = 𝑑 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛 𝑦 = 𝑙𝑛 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝐶 ⇒ 𝑦 = 𝑒𝑙𝑛 𝑠𝑒𝑛 𝑥 +𝐶 ⇒ 𝑦 = 𝑒𝑙𝑛 𝑠𝑒𝑛 𝑥 ∙ 𝑒𝐶 , aplicando a propriedade logarítmica 12 e fazendo 𝑒𝐶 = 𝐶, vem: 𝑦 = 𝑒𝑙𝑛 𝑠𝑒𝑛 𝑥 ∙ 𝑒𝐶 ⇒ 𝑦 = 𝐶 ∙ 𝑠𝑒𝑛 𝑥 Equações diferenciais de variáveis separáveis
  • 17. Definição: Uma equação diferencial 𝑃 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑄 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0 1 é homogênea, se as funções 𝑃 𝑥, 𝑦 e 𝑄 𝑥, 𝑦 são homogêneas do mesmo grau. Uma função 𝑓 𝑥, 𝑦 é homogênea de grau 𝑛 se 𝑓 𝛽𝑥, 𝛽𝑦 = 𝛽𝑛 ∙ 𝑓 𝑥, 𝑦 . Equações diferenciais homogêneas da primeira ordem
  • 18. Exemplo: Verifique se a função 𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑥4 + 𝑦4 é homogênea Resolução: Fazendo 𝑥 = 𝛽𝑥 e 𝑦 = 𝛽𝑦 e substituindo na função dada, vem: Equações diferenciais homogêneas da primeira ordem
  • 19. 𝑓 𝛽𝑥, 𝛽𝑦 = 𝛽𝑥 4 + 𝛽𝑦 4 = 𝛽4𝑥4 + 𝛽4𝑦4 = = 𝛽4 ∙ 𝑥4 + 𝑦4 = 𝛽4 ∙ 𝑥4 + 𝑦4 𝑓 𝛽𝑥, 𝛽𝑦 = 𝛽4 ∙ 𝑥4 + 𝑦4 = 𝛽2 ∙ 𝑥4 + 𝑦4 𝑓 𝛽𝑥, 𝛽𝑦 = 𝛽2 ∙ 𝑓 𝑥, 𝑦 . Equações diferenciais homogêneas da primeira ordem
  • 20. Portanto, a função 𝑓 𝑥, 𝑦 é homogênea do segundo grau. Equações diferenciais homogêneas da primeira ordem
  • 21. A equação 1 pode reduzir-se à forma 𝑦′ = 𝑓 𝑦 𝑥 por meio da substituição 𝑢 = 𝑦 𝑥 ou 𝑦 = 𝑥 ∙ 𝑢, onde 𝑢 é uma nova incógnita ou função incógnita, que se transforma em equações diferenciais com variáveis separadas. Equações diferenciais homogêneas da primeira ordem
  • 22. Exemplo: Resolva a equação diferencial 𝑦′ = − 𝑥+𝑦 𝑥 Resolução: 𝑦′ = − 𝑥+𝑦 𝑥 = − 𝑥 𝑥 − 𝑦 𝑥 = −1 − 𝑦 𝑥 ⇒ 𝑦′ = −1 − 𝑦 𝑥 Equações diferenciais homogêneas da primeira ordem
  • 23. fazendo 𝑦 𝑥 = 𝑢 ⇒ 𝑦 = 𝑥 ∙ 𝑢, derivando ambos os membros e considerando 𝑢 como função de 𝑥, teremos: 𝑦′ = 𝑥 ∙ 𝑢 ′ = 𝑥′ ∙ 𝑢 + 𝑥 ∙ 𝑢′ = 𝑢 + 𝑥 ∙ 𝑢′ ⇒ 𝑦′ = 𝑢 + 𝑥 ∙ 𝑢′ . Substituindo na equação diferencial 𝑦′ = −1 − 𝑦 𝑥 , vem: Equações diferenciais homogêneas da primeira ordem
  • 24. 𝑢 + 𝑥 ∙ 𝑢′ = −1 − 𝑢 ⇒ 𝑥 ∙ 𝑢′ = −1 − 𝑢 − 𝑢 ⇒ 𝑥 ∙ 𝑢′ = −2𝑢 − 1, como 𝑢′ = 𝑑𝑢 𝑑𝑥 , então: 𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥 = −2𝑢 − 1, multiplicando ambos os membros por 𝑑𝑥 e dividindo por 𝑥 −2𝑢 − 1 , teremos: Equações diferenciais homogêneas da primeira ordem
  • 25. 𝑑𝑢 −2𝑢−1 = 𝑑𝑥 𝑥 ⇒ 𝑑𝑢 − 2𝑢+1 = 𝑑𝑥 𝑥 ⇒ − 𝑑𝑢 2𝑢+1 = 𝑑𝑥 𝑥 multiplicando ambos os membros por menos um, vem: 𝑑𝑢 2𝑢+1 = − 𝑑𝑥 𝑥 Integrando-a, obtemos: 𝑑𝑢 2𝑢+1 = − 𝑑𝑥 𝑥 + 𝐶 Equações diferenciais homogêneas da primeira ordem
  • 26. 1 2 𝑑 2𝑢+1 2𝑢+1 = − 𝑑𝑥 𝑥 + 𝐶 ⇒ 1 2 𝑙𝑛 2𝑢 + 1 = −𝑙𝑛 𝑥 + 𝐶, multiplicando ambos os membros por dois, vem: 𝑙𝑛 2𝑢 + 1 = −2𝑙𝑛 𝑥 + 2𝐶 ⇒ 2𝑢 + 1 = 𝑒−2𝑙𝑛 𝑥 +2𝐶 ⇒ 2𝑢 + 1 = 𝑒𝑙𝑛 𝑥−2 +2𝐶 = 𝑒𝑙𝑛 𝑥−2 ∙ 𝑒2𝐶 Equações diferenciais homogêneas da primeira ordem
  • 27. Aplicando a propriedade logarítmica 𝑎log𝑎 𝑏 = 𝑏, teremos: 2𝑢 + 1 = 𝑥−2 ∙ 𝐶 ⇒ 2𝑢 = 𝑥−2 ∙ 𝐶 − 1 ⇒ 𝑢 = 1 2 𝐶 ∙ 𝑥−2 − 1 , substituindo 𝑢 por 𝑦 𝑥 obtemos a solução geral da equação diferencial dada, isto é, 𝑦 𝑥 = 1 2 𝐶 ∙ 𝑥−2 − 1 ⇒ Equações diferenciais homogêneas da primeira ordem
  • 28. 𝑦 = 𝑥 2 𝐶 ∙ 𝑥−2 − 1 = 1 2 𝐶 ∙ 𝑥 ∙ 𝑥−2 − 𝑥 ⇒ 𝑦 = 1 2 𝐶 ∙ 𝑥−1 − 𝑥 ⇒ 𝑦 = 1 2 𝐶 𝑥 − 𝑥 Equações diferenciais homogêneas da primeira ordem
  • 29. Definição: Denomina-se Equação Diferencial Linear da Primeira Ordem toda equação diferencial que pode ser reduzida à forma canónica 𝑦′ + 𝑃 𝑥 ∙ 𝑦 = 𝑄 𝑥 , onde 𝑃 𝑥 e 𝑄 𝑥 são funções da variável 𝑥, podendo eventualmente ser constantes. Equações diferenciais lineares da primeira ordem
  • 30. Seja 𝑦′ + 𝑃 𝑥 ∙ 𝑦 = 𝑄 𝑥 1 , equação diferencial linear da primeira ordem. Considerando a sua equação diferencial homogênea 𝑦′ + 𝑃 𝑥 ∙ 𝑦 = 0 2 , equação diferencial de variável separável. A solução geral da equação diferencial linear da primeira ordem, isto é, 𝑦 = 𝐶 ∙ 𝑒− 𝑃 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑒 𝑃 𝑥 𝑑𝑥 𝑄 𝑥 𝑑𝑥 + 𝐶1 𝑒− 𝑃 𝑥 𝑑𝑥 Equações diferenciais lineares da primeira ordem
  • 31. Exemplo: Achar a solução geral da equação diferencial 𝑦′ − 𝑡𝑔 𝑥 ∙ 𝑦 = 1 𝑐𝑜𝑠 𝑥 Resolução: Equações diferenciais lineares da primeira ordem
  • 32. A equação homogênea é da forma 𝑦′ − 𝑡𝑔 𝑥 𝑦 = 0 que é equação diferencial de variáveis separáveis. 𝑦′ − 𝑡𝑔 𝑥 𝑦 = 0 ⇒ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 − 𝑡𝑔 𝑥 ∙ 𝑦 = 0 multiplicando ambos os membros por 𝑑𝑥 e dividindo por 𝑦, teremos: 𝑑𝑦 𝑦 − 𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥 = 0, integrando a equação, obtemos: Equações diferenciais lineares da primeira ordem
  • 33. 𝑑𝑦 𝑦 − 𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥 = 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛 𝑦 − 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥 𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛 𝑦 − −𝑑 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥 = 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛 𝑦 + 𝑑 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛 𝑦 + 𝑙𝑛 𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 𝐶. Aplicando a propriedade log𝑎(𝑏) + log𝑎(𝑐) = log𝑎 𝑏 ∙ 𝑐 𝑙𝑛 𝑦 ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 𝐶 ⇒ 𝑦 ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 𝑒𝐶 ⇒ 𝑦 ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 𝐶 ⇒ 𝑦 = 𝐶 𝑐𝑜𝑠 𝑥 1 Equações diferenciais lineares da primeira ordem
  • 34. Derivando 1 e considerando 𝐶 como função de 𝑥, vem: 𝑦′ = 𝐶 𝑐𝑜𝑠 𝑥 ′ = 𝐶′𝑐𝑜𝑠 𝑥 −𝐶 𝑐𝑜𝑠 𝑥 ′ 𝑐𝑜𝑠2 𝑥 = 𝑦′ = 𝐶′𝑐𝑜𝑠 𝑥 +𝐶∙𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑐𝑜𝑠2 𝑥 = 𝐶′𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑐𝑜𝑠2 𝑥 − 𝐶 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑡𝑔 𝑥 𝑦′ = 𝐶′ 𝑐𝑜𝑠 𝑥 − 𝐶 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑡𝑔 𝑥 2 . Substituindo 1 e 2 na equação diferencial dada, vem: Equações diferenciais lineares da primeira ordem
  • 35. 𝐶′ 𝑐𝑜𝑠 𝑥 − 𝐶 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑡𝑔 𝑥 + 𝐶 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑡𝑔 𝑥 = 1 𝑐𝑜𝑠 𝑥 ⇒ 𝐶′ 𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 1 𝑐𝑜𝑠 𝑥 ⇒ 𝐶′ = 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑐𝑜𝑠 𝑥 ⇒ 𝑑𝐶 𝑑𝑥 = 1 ⇒ 𝑑𝐶 = 𝑑𝑥, integrando a equação, obtemos: 𝑑𝐶 = 𝑑𝑥 + 𝐶1 ⇒ 𝐶 = 𝑥 + 𝐶1 3 Substituindo 3 em 1 , achamos a solução geral da equação diferencial, isto é, 𝑦 = 𝑥+𝐶1 𝑐𝑜𝑠 𝑥 Equações diferenciais lineares da primeira ordem
  • 36. A equação diferencial na forma canónica 𝑃 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑄 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0 1 , é equação diferencial exacta se, e somente se 𝑃 𝑥, 𝑦 e 𝑄 𝑥, 𝑦 são funções continuas e 𝜕𝑃 𝜕𝑦 = 𝜕𝑄 𝜕𝑥 A integral da equação diferencial 1 é 𝑈 𝑥, 𝑦 = 𝐶, onde 𝑈 𝑥, 𝑦 = 𝑃 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝜑 𝑦 Equações diferenciais exactas da primeira ordem
  • 37. Com 𝜕𝑈 𝜕𝑦 = 𝑄 𝑥, 𝑦 e 𝜕𝑈 𝜕𝑥 = 𝑃 𝑥, 𝑦 . Exemplo: Resolver a equação diferencial 𝑥 + 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑥 + 2𝑦 𝑑𝑦 = 0 Resolução: 𝑃 𝑥, 𝑦 = 𝑥 + 𝑦 e 𝑄 𝑥, 𝑦 = 𝑥 + 2𝑦, verificando se as derivadas parciais são iguais, vem: Equações diferenciais exactas da primeira ordem
  • 38. 𝜕𝑃 𝜕𝑦 = 𝜕 𝑥+𝑦 𝜕𝑦 = 1 e 𝜕𝑄 𝜕𝑥 = 𝜕 𝑥+2𝑦 𝜕𝑥 = 1. Portanto, as derivadas parciais são iguais, isto é, 𝜕𝑃 𝜕𝑦 = 𝜕𝑄 𝜕𝑥 = 1. 𝑈 𝑥, 𝑦 = 𝑃 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝜑 𝑦 = 𝑥 + 𝑦 𝑑𝑥 + 𝜑 𝑦 𝑈 𝑥, 𝑦 = 𝑥𝑑𝑥 + 𝑦 𝑑𝑥 + 𝜑 𝑦 = 𝑥2 2 + 𝑥𝑦 + 𝜑 𝑦 𝑈 𝑥, 𝑦 = 𝑥2 2 + 𝑥𝑦 + 𝜑 𝑦 Equações diferenciais exactas da primeira ordem
  • 39. Derivando 𝑈 𝑥, 𝑦 em ordem a 𝑦, vem: 𝜕𝑈 𝜕𝑦 = 𝜕 𝑥2 2 +𝑥𝑦+𝜑 𝑦 𝜕𝑦 = 𝑥 + 𝜑′ 𝑦 ⇒ 𝜕𝑈 𝜕𝑦 = 𝑥 + 𝜑′ 𝑦 𝜕𝑈 𝜕𝑦 = 𝑄 𝑥, 𝑦 ⇒ 𝑥 + 𝜑′ 𝑦 = 𝑥 + 2𝑦 ⇒ 𝜑′ 𝑦 = 𝑥 + 2𝑦 − 𝑥 ⇒ 𝜑′ 𝑦 = 2𝑦 ⇒ 𝑑𝜑 𝑑𝑦 = 2𝑦 Equações diferenciais exactas da primeira ordem
  • 40. Multiplicando ambos os membros por 𝑑𝑦, teremos: 𝑑𝜑 = 2𝑦𝑑𝑦, integrando a equação, vem: 𝑑𝜑 = 2 𝑦𝑑𝑦 + 𝐶1 ⇒ 𝜑 𝑦 = 2 ∙ 𝑦2 2 + 𝐶1 ⇒ 𝜑 𝑦 = 𝑦2 + 𝐶1. Assim, 𝑈 𝑥, 𝑦 = 𝑥2 2 + 𝑥𝑦 + 𝑦2 + 𝐶1 Como 𝑈 𝑥, 𝑦 = 𝐶, portanto, a solução geral da equação diferencial dada é: Equações diferenciais exactas da primeira ordem
  • 41. 𝑥2 2 + 𝑥𝑦 + 𝑦2 + 𝐶1 = 𝐶 ⇒ 𝑥2 2 + 𝑥𝑦 + 𝑦2 = 𝐶 − 𝐶1 ⇒ 𝑥2 2 + 𝑥𝑦 + 𝑦2 = 𝐶, onde 𝐶 = 𝐶 − 𝐶1 Equações diferenciais exactas da primeira ordem
  • 42. Equações homogêneas A equação linear homogénea da 2a ordem com coeficientes constantes 𝑝 e 𝑞 tem a forma 𝑦′′ + 𝑝𝑦′ + 𝑞 = 0 1 Se 𝑘1 e 𝑘2 são raízes da equação característica 𝑘2 + 𝑝𝑘 + 𝑞 = 0, então a solução geral da equação 1 pode ser escrita numa das três formas seguintes: Equações diferenciais lineares de 2a ordem com coeficientes constantes
  • 43. Equações homogêneas 𝑦 = 𝐶1𝑒𝑘1𝑥 + 𝐶2𝑒𝑘2𝑥, se 𝑘1, 𝑘2 ∈ ℝ e 𝑘1 ≠ 𝑘2; 𝑦 = 𝑒𝑘1𝑥 𝐶1 + 𝐶2𝑥 , se 𝑘1 = 𝑘2; 𝑦 = 𝑒𝛼𝑥 𝐶1𝑐𝑜𝑠 𝛽𝑥 + 𝐶2𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑥 , se 𝑘1 = 𝛼 + 𝛽𝑖 e 𝑘2 = 𝛼 − 𝛽𝑖, com 𝛽 ≠ 0. Exemplo1: Achar a solução geral da equação diferencial 𝑦′′ − 5𝑦′ + 6𝑦 = 0 Equações diferenciais lineares de 2a ordem com coeficientes constantes
  • 44. Resolução: A equação característica da equação diferencial acima é: 𝑘2 − 5𝑘 + 6 = 0 𝑘2 − 5𝑘 + 6 = 0 ⇒ 𝑘 − 2 𝑘 − 3 = 0, pela aplicação da lei do anulamento do produto, vem: 𝑘 − 2 𝑘 − 3 = 0 ⇔ 𝑘 − 2 = 0 ∪ 𝑘 − 3 = 0 ⇔ 𝑘 = 2 ∪ 𝑘 = 3 Equações diferenciais lineares de 2a ordem com coeficientes constantes
  • 45. Como 𝑘1, 𝑘2 ∈ ℝ e 𝑘1 ≠ 𝑘2, então a solução geral da equação diferencial dada é da forma 𝑦 = 𝐶1𝑒𝑘1𝑥 + 𝐶2𝑒𝑘2𝑥 Substituindo os valores de 𝑘1 e 𝑘2, obtemos: 𝑦 = 𝐶1𝑒2𝑥 + 𝐶2𝑒3𝑥 Exemplo2: Achar a solução geral da equação diferencial 𝑦′′ + 2𝑦′ + 𝑦 = 0 Equações diferenciais lineares de 2a ordem com coeficientes constantes
  • 46. Resolução: A equação característica da equação diferencial acima é: 𝑘2 + 2𝑘 + 1 = 0 𝑘2 + 2𝑘 + 1 = 0 ⇒ 𝑘 + 1 𝑘 + 1 = 0, aplicando a lei do anulamento do produto, vem: 𝑘2 + 2𝑘 + 1 = 0 ⇒ 𝑘 + 1 𝑘 + 1 = 0 ⇔ 𝑘 + 1 = 0 ∪ 𝑘 + 1 = 0 ⇔ 𝑘 = −1 ∪ 𝑘 = −1 Equações diferenciais lineares de 2a ordem com coeficientes constantes
  • 47. Como 𝑘1, 𝑘2 ∈ ℝ e 𝑘1 = 𝑘2, então a solução geral da equação diferencial dada é da forma 𝑦 = 𝑒𝑘1𝑥 𝐶1 + 𝐶2𝑥 . Substituindo os valores de 𝑘1 e 𝑘2, obtemos: 𝑦 = 𝑒−𝑥 𝐶1 + 𝐶2𝑥 . Equações diferenciais lineares de 2a ordem com coeficientes constantes