SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
Baixar para ler offline
MATEMÁTICA II
Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari
amanda@fcav.unesp.br
INTEGRAL DEFINIDA
DEFINIÇÃO.
Sejam (𝑎 =)𝑥0, 𝑥1, 𝑥2, … , 𝑥𝑛(= 𝑏) as extremidades desses subintervalos, e
sejam 𝑥1
∗
, 𝑥2
∗
, … , 𝑥𝑛
∗
pontos amostrais arbitrários nesses subintervalos, de
forma que 𝑥𝑖
∗
esteja no i-ésimo subintervalo [𝑥𝑖−1, 𝑥𝑖]. Então a integral
definida de f de a a b é:
𝑓(𝑥)
𝑏
𝑎
𝑑𝑥 = lim
𝑛→∞
𝑓 𝑥𝑖
∗
∆𝑥
𝑛
𝑖=1
desde que o limite exista e dê o mesmo valor para todas as possíveis escolhas
de pontos amostrais. Se ele existir, dizemos que 𝑓 é integrável em 𝑎, 𝑏 .
Se 𝑓 é uma função contínua definida em
𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏, dividimos o intervalo 𝑎, 𝑏 em n
subintervalos de comprimentos iguais:
∆𝑥 =
𝑏 − 𝑎
𝑛
INTEGRAL DEFINIDA
OBSERVAÇÃO 1. O símbolo ∫ foi introduzido por Leibniz e é
denominado sinal de integral.
• Ele é um 𝑆 alongado e foi assim escolhido porque uma integral é
um limite de somas.
• Na notação
 𝒇(𝒙) é chamado integrando;
 𝒂 e 𝒃 são ditos limites de integração, sendo 𝒂 o limite
inferior e 𝒃 o limite superior.
 𝒅𝒙 indica que a variável dependente é 𝑥.
• O procedimento de calcular a integral é chamado integração.
𝒇(𝒙)
𝒃
𝒂
𝒅𝒙
INTEGRAL DEFINIDA
OBSERVAÇÃO 2. A integral definida ∫ 𝑓(𝑥)
𝑏
𝑎
𝑑𝑥 é um número; ela
não depende de 𝑥.
• Podemos usar qualquer letra para substituir sem alterar o valor da
integral:
𝑓(𝑥)
𝑏
𝑎
𝑑𝑥 = 𝑓(𝑡)
𝑏
𝑎
𝑑𝑡 = 𝑓(𝑟)
𝑏
𝑎
𝑑𝑟
INTEGRAL DEFINIDA
OBSERVAÇÃO 3. A soma 𝑓(𝑥𝑖
∗
)∆𝑥
𝑛
𝑖=1 é chamada soma de Riemann, em
homenagem ao matemático Bernhard Riemann (1826-1866).
• Assim, a definição de integral definida de uma função integrável pode ser
aproximada com qualquer grau de precisão desejado por uma soma de
Riemann.
• Sabemos que se 𝑓 for positiva, então a soma de
Riemann pode ser interpretada como uma soma de
áreas de retângulos aproximantes.
• A integral definida pode ser interpretada como a área
sob a curva de a até b.
INTEGRAL DEFINIDA
• Se 𝑓 assumir valores positivos e negativos, então a
soma de Riemann é a soma das áreas dos
retângulos que estão acima do eixo 𝑥 e do oposto
das áreas dos retângulos que estão abaixo do eixo
𝑥 (as áreas dos retângulos azuis menos as áreas
dos retângulos amarelos).
• Quando tomamos o limite dessas somas de Riemann,
obtemos a situação ao lado. Uma integral definida
pode ser interpretada como área resultante, isto é, a
diferença das áreas: ∫ 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 = 𝐴1 − 𝐴2
𝑏
𝑎
 onde 𝐴1 é a área da região acima do eixo 𝑥 e
abaixo do gráfico de 𝑓 𝑥 , e 𝐴2 é a área da
região abaixo do eixo 𝑥 e acima do gráfico de 𝑓.
INTEGRAL DEFINIDA
Propriedades da Integral Definida
Quando definimos a integral definida , implicitamente assumimos
que 𝑎 < 𝑏.
• A definição dessa integral como o limite das somas de Riemann faz
sentido mesmo que 𝑎 > 𝑏 ou 𝑎 = 𝑏 .
 Se 𝒂 < 𝒃, então ∆𝒙 =
𝒃−𝒂
𝟐
e
com 𝑥𝑖 =
1
2
𝑥𝑖−1 + 𝑥𝑖 =ponto médio de 𝑥𝑖−1, 𝑥𝑖 .
 Se 𝒂 > 𝒃, então ∆𝒙 =
𝒂−𝒃
𝟐
= −
(𝒃−𝒂)
𝟐
e
 Se 𝒂 = 𝒃, então ∆𝒙 =
𝒂−𝒂
𝟐
= 𝟎 e
𝑓(𝑥)
𝑏
𝑎
𝑑𝑥
𝒇(𝒙)
𝒂
𝒂
𝒅𝒙 = 𝟎
𝒇(𝒙)
𝒃
𝒂
𝒅𝒙 = 𝐥𝐢𝐦
𝒏→∞
𝒇 𝒙𝒊 ∆𝒙
𝒏
𝒊=𝟏
𝒇(𝒙)
𝒂
𝒃
𝒅𝒙 = − 𝒇(𝒙)
𝒃
𝒂
𝒅𝒙
INTEGRAL DEFINIDA
Propriedade 1. Considere 𝑐 uma constante real fixa, então:
𝑐
𝑏
𝑎
𝑑𝑥 = 𝑐 𝑏 − 𝑎
Exemplo: Considere 𝑐 = 3 no intervalo 𝟏, 𝟓 , então:
3
𝟓
𝟏
𝑑𝑥 = 3 𝟓 − 𝟏 = 3 4 = 12
𝑦 = 3
𝑥
𝑦
Note que temos um retângulo de
base 5 − 1 = 4 e altura 3, logo:
𝐴 = 𝑏 ∙ 𝑕 = 4 ∗ 3 = 12
INTEGRAL DEFINIDA
Propriedade 2. Sejam 𝑓 𝑥 e 𝑔 𝑥 funções integráveis em 𝑎, 𝑏 ,
então:
𝒇 𝒙 ± 𝒈 𝒙
𝑏
𝑎
𝑑𝑥 = 𝒇 𝒙
𝑏
𝑎
𝑑𝑥 ± 𝑔 𝑥
𝑏
𝑎
𝑑𝑥
Exemplo: Considere 𝑓 𝑥 = 𝑥2 e 𝑔 𝑥 = 𝑥 no intervalo 𝟎, 𝟏 ,
então:
𝒙𝟐 + 𝒙
𝟏
𝟎
𝑑𝑥 = 𝒙𝟐
𝟏
𝟎
𝑑𝑥 + 𝑥
𝟏
𝟎
𝑑𝑥
𝒙𝟐
𝒙
𝒙𝟐
+ 𝑥
𝑥
𝑦
INTEGRAL DEFINIDA
Propriedade 3. Considere 𝑐 uma constante real fixa e 𝑓 𝑥 uma
função integrável em 𝑎, 𝑏 , então:
𝒄 𝒇 𝒙
𝑏
𝑎
𝑑𝑥 = 𝒄 𝑓 𝑥
𝑏
𝑎
𝑑𝑥
Exemplo: Determine a integral abaixo no intervalo 𝟎, 𝟏 ,
conderando ∫ 𝒙𝟐
𝟏
𝟎
𝑑𝑥 =
1
3
𝟑𝑥2
𝟏
𝟎
𝑑𝑥 = 𝟑 𝒙𝟐
𝟏
𝟎
𝑑𝑥 = 𝟑 ⋅
1
3
= 1 𝒙𝟐
𝟑𝒙𝟐
𝑥
𝑦
INTEGRAL DEFINIDA
Propriedade 4. Considere 𝑓 𝑥 uma função integrável em 𝑎, 𝑏 e
𝑐 ∈ 𝑎, 𝑏 , então:
𝑓 𝑥
𝑏
𝑎
𝑑𝑥 = 𝑓 𝑥
𝑐
𝑎
𝑑𝑥 + 𝑓 𝑥
𝑏
𝑐
𝑑𝑥
Exemplo: Sabe-se que ∫ 𝑓 𝑥
𝟏𝟎
𝟎
𝑑𝑥 = 17 e ∫ 𝑓 𝑥
𝟖
𝟎
𝑑𝑥 = 12 ,
determine ∫ 𝑓 𝑥
𝟏𝟎
𝟖
𝑑𝑥
𝑓 𝑥
𝟏𝟎
𝟎
𝑑𝑥 = 𝑓 𝑥
𝟖
𝟎
𝑑𝑥 + 𝑓 𝑥
𝟏𝟎
𝟖
𝑑𝑥 ⟹ 17 = 12 + 𝑓 𝑥
𝟏𝟎
𝟖
𝑑𝑥
∴ 𝑓 𝑥
𝟏𝟎
𝟖
𝑑𝑥 = 17 − 12 = 5
INTEGRAL DEFINIDA
Exercício1. Use as propriedades de integral para calcular
∫ (4 + 6𝑥2
)
1
0
𝑑𝑥, considerando ∫ 𝒙𝟐
𝟏
𝟎
𝑑𝑥 =
1
3
Solução.
𝟒 + 𝟔𝑥2
𝟏
𝟎
𝑑𝑥
𝑃2
= 𝟒
𝟏
𝟎
𝑑𝑥 + 𝟔𝑥2
𝟏
𝟎
𝑑𝑥
𝑃3
= 𝟒 𝑑𝑥
𝟏
𝟎
+ 𝟔 𝑥2
𝟏
𝟎
𝑑𝑥
𝑃1
= 𝟒 𝟏 − 𝟎 + 𝟔
1
3
= 4 + 2 = 6
INTEGRAL DEFINIDA
Propriedades Comparativas (PC)
PC1. Se 𝑓 𝑥 ≥ 0 para 𝑥 ∈ 𝑎, 𝑏 , então
PC2. Se 𝑓 𝑥 ≥ 𝑔(𝑥) para 𝑥 ∈ 𝑎, 𝑏 , então
PC3. Considere 𝑚 e 𝑀 constantes reais fixas. Se 𝑚 ≤ 𝑓 𝑥 ≤ 𝑀 para
𝑥 ∈ 𝑎, 𝑏 , então
𝑚
𝑏
𝑎
𝑑𝑥 ≤ 𝑓 𝑥
𝑏
𝑎
𝑑𝑥 ≤ 𝑀
𝑏
𝑎
𝑑𝑥
𝑚 𝑏 − 𝑎 ≤ 𝑓 𝑥
𝑏
𝑎
𝑑𝑥 ≤ 𝑀(𝑏 − 𝑎)
𝑓 𝑥
𝑏
𝑎
𝑑𝑥 ≥ 0
𝑓 𝑥
𝑏
𝑎
𝑑𝑥 ≥ 𝑔 𝑥
𝑏
𝑎
𝑑𝑥
TEOREMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO
Exemplo: Use a propriedade PC3 para estimar o valor de
∫ 𝑒−𝑥2
1
0
𝑑𝑥, sabendo que 𝑒−1 ≅ 0,3679.
Solução. Note que 𝑓 𝑥 = 𝑒−𝑥2
, então para
• 𝑥 = 0, 𝑓 0 = 𝑒−02
= 1 = 𝑀 (máximo absoluto em 0,1 )
• 𝑥 = 1, 𝑓 1 = 𝑒−12
= 𝑒−1
= 0,3679 = 𝑚 (mínimo absoluto em 0,1 )
Utilizando a propriedade PC3 no intervalo 0,1 temos que:
𝑚 1 − 0 ≤ 𝑓 𝑥
1
0
𝑑𝑥 ≤ 𝑀(1 − 0)
0,3679 1 − 0 ≤ 𝑒−𝑥2
1
0
𝑑𝑥 ≤ 1(1 − 0)
0,3679 ≤ 𝑒−𝑥2
1
0
𝑑𝑥 ≤ 1
INTEGRAL DEFINIDA
Teorema Fundamental do Cálculo – Parte 1 (TFC1)
Se 𝑓 for contínua em 𝑎, 𝑏 , então a função 𝐹 é definida por
𝐹 𝑥 = 𝑓 𝑡
𝑥
0
𝑑𝑡, 𝑥 ∈ 𝑎, 𝑏
é contínua em 𝑎, 𝑏 , derivável em 𝑎, 𝑏 e 𝐹’ 𝑥 = 𝑓 𝑥 .
Exemplo. Encontre a derivada da função 𝐹 𝑥 = ∫ 1 + 𝑡2
𝑥
0
𝑑𝑡
Solução. Uma vez que 𝑓 𝑥 = 1 + 𝑥2 é contínua, utilizando TFC1
temos que:
𝐹’ 𝑥 = 1 + 𝑥2
INTEGRAL DEFINIDA
Teorema Fundamental do Cálculo – Parte 2 (TFC2)
Se 𝑓 for contínua em 𝑎, 𝑏 , então
𝑓 𝑥
𝑏
𝑎
𝑑𝑥 = 𝐹 𝑏 − 𝐹 𝑎 ,
sendo 𝐹(𝑥) uma primitiva de 𝑓(𝑥), ou seja, 𝐹′(𝑥) = 𝑓(𝑥).
Exemplo. Calcule ∫ 𝑒𝑥
3
1
𝑑𝑥
Solução. Uma vez que 𝑓 𝑥 = 𝑒𝑥 é contínua em 1, 3 e uma
primitiva de 𝑓 𝑥 é 𝐹′ 𝑥 = 𝑒𝑥, então:
𝑒𝑥
3
1
𝑑𝑥 = 𝑒𝑥
1
3
= 𝐹 3 − 𝐹 1 = 𝑒3 − 𝑒
INTEGRAL DEFINIDA
Exercício 2. Encontre a área sob a parábola 𝑦 = 𝑥2 de 0 até 1.
Solução. Note que:
• a função 𝑓 𝑥 = 𝑥2 é contínua em 0, 1
• uma primitiva de 𝑓 𝑥 = 𝑥2
é 𝐹 𝑥 =
𝑥3
3
Assim, a área sob a parábola 𝑦 = 𝑥2 de 0 até 1 utilizando o TFC2 é:
𝑥2
1
0
𝑑𝑥 =
𝑥3
3 0
1
= 𝐹 1 − 𝐹 0 =
13
3
−
03
3
=
1
3
INTEGRAL DEFINIDA
Exercício 3. Determine ∫
𝑑𝑥
𝑥
6
3
SOLUÇÃO:
• Note que a função 𝑓 𝑥 =
1
𝑥
é contínua em 3 , 6 , pelo
TFC temos que:
1
𝑥
6
3
𝑑𝑥 = ln 𝑥
3
6
= ln 6 − ln 3
= ln
6
3
= ln 2
𝑦
𝑥
𝑥
𝑦
INTEGRAL DEFINIDA
Exercício 4. O que está errado com esse cálculo?
1
𝑥2
3
−1
𝑑𝑥 =
𝑥−1
−1 −1
3
= −
1
3
− 1 = −
4
3
Solução.
1
𝑥2
3
−1
𝑑𝑥 = 𝑥−2
3
−1
𝑑𝑥 =
𝑥−2+1
−2 + 1 −1
3
=
𝑥−1
−1 −1
3
= −𝑥−1
−1
3
= − 3−1 − −1 −1 = −
1
3
+ 1 = −
1
3
− 1 = −
4
3
Note que:
1. 𝑓 𝑥 ≥ 0 mas ∫ 𝑓 𝑥 < 0
3
−1
, logo não atende a Propriedade PC1.
2. O TFC aplica-se a funções contínuas e ele não poder ser aplicado, pois
temos uma descontinuidade da função 𝑓 𝑥 = 𝑥−2 no intervalo −1, 3 .
Portanto não é possível determinar a integral ∫
1
𝑥2
3
−1
𝑑𝑥.
INTEGRAL DEFINIDA
Exercício de Aplicação. Calcule o centro de massa de uma
placa semicircular de raio 𝑟, sabendo que o centro de massa
da placa está localizado no ponto
𝒙 =
1
𝐴
𝑥𝑓(𝑥)
𝑏
𝑎
𝑑𝑥 𝑒 𝑦 =
1
2𝐴
𝑓 𝑥 2
𝑏
𝑎
𝑑𝑥
SOLUÇÃO. Note que:
𝑓 𝑥 = 𝑟2 − 𝑥2, 𝑎 = −𝑟, 𝑏 = 𝑟 e 𝐴 =
1
2
𝜋𝑟2
INTEGRAL DEFINIDA
SOLUÇÃO.𝑓 𝑥 = 𝑟2 − 𝑥2, 𝑎 = −𝑟, 𝑏 = 𝑟 e 𝐴 =
1
2
𝜋𝑟2
O centro de massa deve estar sobre o eixo y, assim:
𝒙 = 0
𝑦 =
1
2𝐴
𝑓 𝑥 2
𝑏
𝑎
𝑑𝑥 =
1
2
1
2
𝜋𝑟2
𝑟2 − 𝑥2
2
𝑟
−𝑟
𝑑𝑥 =
=
2
2
1
2
𝜋𝑟2
∫ 𝑟2 − 𝑥2
2
𝑟
0
𝑑𝑥 =
2
𝜋𝑟2 ∫ 𝑟2 − 𝑥2
𝑟
0
𝑑𝑥 =
=
2
𝜋𝑟2 𝑟2
∫ 𝑑𝑥
𝑟
−𝑟
− ∫ 𝑥2𝑑𝑥
𝑟
−𝑟
=
2
𝜋𝑟2 𝑟2𝑥 −
𝑥3
3 0
𝑟
=
=
2
𝜋𝑟2 𝑟2
𝑟 −
𝑟3
3
− 𝑟2
0 −
03
3
=
2
𝜋𝑟2 𝑟3
−
𝑟3
3
=
2
𝜋𝑟2
2𝑟3
3
=
4𝑟
3𝜋
Logos, o centro de massa está localizado no ponto 0,
4𝑟
3𝜋
mat_ii_aula-2_integral-definida.pdf

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a mat_ii_aula-2_integral-definida.pdf

Revisão de matemática para vestibular
Revisão de matemática para vestibularRevisão de matemática para vestibular
Revisão de matemática para vestibularLucas Garcia Borges
 
Aula 02 - Primitivas Imediatas
Aula 02  - Primitivas ImediatasAula 02  - Primitivas Imediatas
Aula 02 - Primitivas ImediatasWadiley Nascimento
 
Exrecícior de estruturas algébricas
Exrecícior de estruturas algébricasExrecícior de estruturas algébricas
Exrecícior de estruturas algébricaswilkerfilipel
 
Números complexos praticando1
Números complexos praticando1Números complexos praticando1
Números complexos praticando1Renata Pinto
 
PPT_1_Continuidade de funções_12.º.ppsx
PPT_1_Continuidade de funções_12.º.ppsxPPT_1_Continuidade de funções_12.º.ppsx
PPT_1_Continuidade de funções_12.º.ppsxElisaLopes15
 
Webconferência 07-05 Mat I.pdf0098776421
Webconferência 07-05 Mat I.pdf0098776421Webconferência 07-05 Mat I.pdf0098776421
Webconferência 07-05 Mat I.pdf0098776421AntoniaSilva68
 
Função_Primeiro_Grau.pptx
Função_Primeiro_Grau.pptxFunção_Primeiro_Grau.pptx
Função_Primeiro_Grau.pptxGabyCosta25
 
15 funcoes essenciais_unidade2
15 funcoes essenciais_unidade215 funcoes essenciais_unidade2
15 funcoes essenciais_unidade2AnaMartins532
 
Cálculo Diferencial e Integral - Sucessões - Exercicios resolvidos e propostos
Cálculo Diferencial e Integral - Sucessões - Exercicios resolvidos e propostosCálculo Diferencial e Integral - Sucessões - Exercicios resolvidos e propostos
Cálculo Diferencial e Integral - Sucessões - Exercicios resolvidos e propostosMaths Tutoring
 
Unidade 3 - Parte 1.pdf
Unidade 3 - Parte 1.pdfUnidade 3 - Parte 1.pdf
Unidade 3 - Parte 1.pdfEllenMorais11
 
8ºano mat correcao teste5 8ano_v1
8ºano mat correcao teste5  8ano_v18ºano mat correcao teste5  8ano_v1
8ºano mat correcao teste5 8ano_v1silvia_lfr
 
Exercício 4 transformada de laplace
Exercício 4   transformada de laplaceExercício 4   transformada de laplace
Exercício 4 transformada de laplaceAlessandro Beda
 
8ºano mat correcao questao aula 2(fev 2015)
8ºano mat correcao questao aula 2(fev 2015)8ºano mat correcao questao aula 2(fev 2015)
8ºano mat correcao questao aula 2(fev 2015)silvia_lfr
 
Exercício: Determinar a classe de funções para os coeficientes não constantes...
Exercício: Determinar a classe de funções para os coeficientes não constantes...Exercício: Determinar a classe de funções para os coeficientes não constantes...
Exercício: Determinar a classe de funções para os coeficientes não constantes...Maths Tutoring
 
MODEL-REFERENCE ADAPTIVE SYSTEMS (MRAS)
MODEL-REFERENCE ADAPTIVE SYSTEMS (MRAS)MODEL-REFERENCE ADAPTIVE SYSTEMS (MRAS)
MODEL-REFERENCE ADAPTIVE SYSTEMS (MRAS)Pedro Barata
 

Semelhante a mat_ii_aula-2_integral-definida.pdf (20)

Revisão de matemática para vestibular
Revisão de matemática para vestibularRevisão de matemática para vestibular
Revisão de matemática para vestibular
 
Aula 02 - Primitivas Imediatas
Aula 02  - Primitivas ImediatasAula 02  - Primitivas Imediatas
Aula 02 - Primitivas Imediatas
 
Exrecícior de estruturas algébricas
Exrecícior de estruturas algébricasExrecícior de estruturas algébricas
Exrecícior de estruturas algébricas
 
Matemática 11º ano
Matemática 11º anoMatemática 11º ano
Matemática 11º ano
 
Números complexos praticando1
Números complexos praticando1Números complexos praticando1
Números complexos praticando1
 
PPT_1_Continuidade de funções_12.º.ppsx
PPT_1_Continuidade de funções_12.º.ppsxPPT_1_Continuidade de funções_12.º.ppsx
PPT_1_Continuidade de funções_12.º.ppsx
 
Webconferência 07-05 Mat I.pdf0098776421
Webconferência 07-05 Mat I.pdf0098776421Webconferência 07-05 Mat I.pdf0098776421
Webconferência 07-05 Mat I.pdf0098776421
 
CÁLCULO II.pptx
CÁLCULO II.pptxCÁLCULO II.pptx
CÁLCULO II.pptx
 
Função_Primeiro_Grau.pptx
Função_Primeiro_Grau.pptxFunção_Primeiro_Grau.pptx
Função_Primeiro_Grau.pptx
 
15 funcoes essenciais_unidade2
15 funcoes essenciais_unidade215 funcoes essenciais_unidade2
15 funcoes essenciais_unidade2
 
func-2-var_p3.pdf
func-2-var_p3.pdffunc-2-var_p3.pdf
func-2-var_p3.pdf
 
Cálculo Diferencial e Integral - Sucessões - Exercicios resolvidos e propostos
Cálculo Diferencial e Integral - Sucessões - Exercicios resolvidos e propostosCálculo Diferencial e Integral - Sucessões - Exercicios resolvidos e propostos
Cálculo Diferencial e Integral - Sucessões - Exercicios resolvidos e propostos
 
Unidade 3 - Parte 1.pdf
Unidade 3 - Parte 1.pdfUnidade 3 - Parte 1.pdf
Unidade 3 - Parte 1.pdf
 
8ºano mat correcao teste5 8ano_v1
8ºano mat correcao teste5  8ano_v18ºano mat correcao teste5  8ano_v1
8ºano mat correcao teste5 8ano_v1
 
Exercício 4 transformada de laplace
Exercício 4   transformada de laplaceExercício 4   transformada de laplace
Exercício 4 transformada de laplace
 
8ºano mat correcao questao aula 2(fev 2015)
8ºano mat correcao questao aula 2(fev 2015)8ºano mat correcao questao aula 2(fev 2015)
8ºano mat correcao questao aula 2(fev 2015)
 
Cal amostra
Cal   amostraCal   amostra
Cal amostra
 
Exercício: Determinar a classe de funções para os coeficientes não constantes...
Exercício: Determinar a classe de funções para os coeficientes não constantes...Exercício: Determinar a classe de funções para os coeficientes não constantes...
Exercício: Determinar a classe de funções para os coeficientes não constantes...
 
Aula 1 a 15 vol1
Aula 1 a 15 vol1Aula 1 a 15 vol1
Aula 1 a 15 vol1
 
MODEL-REFERENCE ADAPTIVE SYSTEMS (MRAS)
MODEL-REFERENCE ADAPTIVE SYSTEMS (MRAS)MODEL-REFERENCE ADAPTIVE SYSTEMS (MRAS)
MODEL-REFERENCE ADAPTIVE SYSTEMS (MRAS)
 

Último

10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfdanielemarques481
 
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICADESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICAPabloVinicius40
 

Último (6)

10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
 
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICADESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
 

mat_ii_aula-2_integral-definida.pdf

  • 1. MATEMÁTICA II Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari amanda@fcav.unesp.br
  • 2. INTEGRAL DEFINIDA DEFINIÇÃO. Sejam (𝑎 =)𝑥0, 𝑥1, 𝑥2, … , 𝑥𝑛(= 𝑏) as extremidades desses subintervalos, e sejam 𝑥1 ∗ , 𝑥2 ∗ , … , 𝑥𝑛 ∗ pontos amostrais arbitrários nesses subintervalos, de forma que 𝑥𝑖 ∗ esteja no i-ésimo subintervalo [𝑥𝑖−1, 𝑥𝑖]. Então a integral definida de f de a a b é: 𝑓(𝑥) 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 = lim 𝑛→∞ 𝑓 𝑥𝑖 ∗ ∆𝑥 𝑛 𝑖=1 desde que o limite exista e dê o mesmo valor para todas as possíveis escolhas de pontos amostrais. Se ele existir, dizemos que 𝑓 é integrável em 𝑎, 𝑏 . Se 𝑓 é uma função contínua definida em 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏, dividimos o intervalo 𝑎, 𝑏 em n subintervalos de comprimentos iguais: ∆𝑥 = 𝑏 − 𝑎 𝑛
  • 3. INTEGRAL DEFINIDA OBSERVAÇÃO 1. O símbolo ∫ foi introduzido por Leibniz e é denominado sinal de integral. • Ele é um 𝑆 alongado e foi assim escolhido porque uma integral é um limite de somas. • Na notação  𝒇(𝒙) é chamado integrando;  𝒂 e 𝒃 são ditos limites de integração, sendo 𝒂 o limite inferior e 𝒃 o limite superior.  𝒅𝒙 indica que a variável dependente é 𝑥. • O procedimento de calcular a integral é chamado integração. 𝒇(𝒙) 𝒃 𝒂 𝒅𝒙
  • 4. INTEGRAL DEFINIDA OBSERVAÇÃO 2. A integral definida ∫ 𝑓(𝑥) 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 é um número; ela não depende de 𝑥. • Podemos usar qualquer letra para substituir sem alterar o valor da integral: 𝑓(𝑥) 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 = 𝑓(𝑡) 𝑏 𝑎 𝑑𝑡 = 𝑓(𝑟) 𝑏 𝑎 𝑑𝑟
  • 5. INTEGRAL DEFINIDA OBSERVAÇÃO 3. A soma 𝑓(𝑥𝑖 ∗ )∆𝑥 𝑛 𝑖=1 é chamada soma de Riemann, em homenagem ao matemático Bernhard Riemann (1826-1866). • Assim, a definição de integral definida de uma função integrável pode ser aproximada com qualquer grau de precisão desejado por uma soma de Riemann. • Sabemos que se 𝑓 for positiva, então a soma de Riemann pode ser interpretada como uma soma de áreas de retângulos aproximantes. • A integral definida pode ser interpretada como a área sob a curva de a até b.
  • 6. INTEGRAL DEFINIDA • Se 𝑓 assumir valores positivos e negativos, então a soma de Riemann é a soma das áreas dos retângulos que estão acima do eixo 𝑥 e do oposto das áreas dos retângulos que estão abaixo do eixo 𝑥 (as áreas dos retângulos azuis menos as áreas dos retângulos amarelos). • Quando tomamos o limite dessas somas de Riemann, obtemos a situação ao lado. Uma integral definida pode ser interpretada como área resultante, isto é, a diferença das áreas: ∫ 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 = 𝐴1 − 𝐴2 𝑏 𝑎  onde 𝐴1 é a área da região acima do eixo 𝑥 e abaixo do gráfico de 𝑓 𝑥 , e 𝐴2 é a área da região abaixo do eixo 𝑥 e acima do gráfico de 𝑓.
  • 7. INTEGRAL DEFINIDA Propriedades da Integral Definida Quando definimos a integral definida , implicitamente assumimos que 𝑎 < 𝑏. • A definição dessa integral como o limite das somas de Riemann faz sentido mesmo que 𝑎 > 𝑏 ou 𝑎 = 𝑏 .  Se 𝒂 < 𝒃, então ∆𝒙 = 𝒃−𝒂 𝟐 e com 𝑥𝑖 = 1 2 𝑥𝑖−1 + 𝑥𝑖 =ponto médio de 𝑥𝑖−1, 𝑥𝑖 .  Se 𝒂 > 𝒃, então ∆𝒙 = 𝒂−𝒃 𝟐 = − (𝒃−𝒂) 𝟐 e  Se 𝒂 = 𝒃, então ∆𝒙 = 𝒂−𝒂 𝟐 = 𝟎 e 𝑓(𝑥) 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 𝒇(𝒙) 𝒂 𝒂 𝒅𝒙 = 𝟎 𝒇(𝒙) 𝒃 𝒂 𝒅𝒙 = 𝐥𝐢𝐦 𝒏→∞ 𝒇 𝒙𝒊 ∆𝒙 𝒏 𝒊=𝟏 𝒇(𝒙) 𝒂 𝒃 𝒅𝒙 = − 𝒇(𝒙) 𝒃 𝒂 𝒅𝒙
  • 8. INTEGRAL DEFINIDA Propriedade 1. Considere 𝑐 uma constante real fixa, então: 𝑐 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 = 𝑐 𝑏 − 𝑎 Exemplo: Considere 𝑐 = 3 no intervalo 𝟏, 𝟓 , então: 3 𝟓 𝟏 𝑑𝑥 = 3 𝟓 − 𝟏 = 3 4 = 12 𝑦 = 3 𝑥 𝑦 Note que temos um retângulo de base 5 − 1 = 4 e altura 3, logo: 𝐴 = 𝑏 ∙ 𝑕 = 4 ∗ 3 = 12
  • 9. INTEGRAL DEFINIDA Propriedade 2. Sejam 𝑓 𝑥 e 𝑔 𝑥 funções integráveis em 𝑎, 𝑏 , então: 𝒇 𝒙 ± 𝒈 𝒙 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 = 𝒇 𝒙 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 ± 𝑔 𝑥 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 Exemplo: Considere 𝑓 𝑥 = 𝑥2 e 𝑔 𝑥 = 𝑥 no intervalo 𝟎, 𝟏 , então: 𝒙𝟐 + 𝒙 𝟏 𝟎 𝑑𝑥 = 𝒙𝟐 𝟏 𝟎 𝑑𝑥 + 𝑥 𝟏 𝟎 𝑑𝑥 𝒙𝟐 𝒙 𝒙𝟐 + 𝑥 𝑥 𝑦
  • 10. INTEGRAL DEFINIDA Propriedade 3. Considere 𝑐 uma constante real fixa e 𝑓 𝑥 uma função integrável em 𝑎, 𝑏 , então: 𝒄 𝒇 𝒙 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 = 𝒄 𝑓 𝑥 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 Exemplo: Determine a integral abaixo no intervalo 𝟎, 𝟏 , conderando ∫ 𝒙𝟐 𝟏 𝟎 𝑑𝑥 = 1 3 𝟑𝑥2 𝟏 𝟎 𝑑𝑥 = 𝟑 𝒙𝟐 𝟏 𝟎 𝑑𝑥 = 𝟑 ⋅ 1 3 = 1 𝒙𝟐 𝟑𝒙𝟐 𝑥 𝑦
  • 11. INTEGRAL DEFINIDA Propriedade 4. Considere 𝑓 𝑥 uma função integrável em 𝑎, 𝑏 e 𝑐 ∈ 𝑎, 𝑏 , então: 𝑓 𝑥 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 = 𝑓 𝑥 𝑐 𝑎 𝑑𝑥 + 𝑓 𝑥 𝑏 𝑐 𝑑𝑥 Exemplo: Sabe-se que ∫ 𝑓 𝑥 𝟏𝟎 𝟎 𝑑𝑥 = 17 e ∫ 𝑓 𝑥 𝟖 𝟎 𝑑𝑥 = 12 , determine ∫ 𝑓 𝑥 𝟏𝟎 𝟖 𝑑𝑥 𝑓 𝑥 𝟏𝟎 𝟎 𝑑𝑥 = 𝑓 𝑥 𝟖 𝟎 𝑑𝑥 + 𝑓 𝑥 𝟏𝟎 𝟖 𝑑𝑥 ⟹ 17 = 12 + 𝑓 𝑥 𝟏𝟎 𝟖 𝑑𝑥 ∴ 𝑓 𝑥 𝟏𝟎 𝟖 𝑑𝑥 = 17 − 12 = 5
  • 12. INTEGRAL DEFINIDA Exercício1. Use as propriedades de integral para calcular ∫ (4 + 6𝑥2 ) 1 0 𝑑𝑥, considerando ∫ 𝒙𝟐 𝟏 𝟎 𝑑𝑥 = 1 3 Solução. 𝟒 + 𝟔𝑥2 𝟏 𝟎 𝑑𝑥 𝑃2 = 𝟒 𝟏 𝟎 𝑑𝑥 + 𝟔𝑥2 𝟏 𝟎 𝑑𝑥 𝑃3 = 𝟒 𝑑𝑥 𝟏 𝟎 + 𝟔 𝑥2 𝟏 𝟎 𝑑𝑥 𝑃1 = 𝟒 𝟏 − 𝟎 + 𝟔 1 3 = 4 + 2 = 6
  • 13. INTEGRAL DEFINIDA Propriedades Comparativas (PC) PC1. Se 𝑓 𝑥 ≥ 0 para 𝑥 ∈ 𝑎, 𝑏 , então PC2. Se 𝑓 𝑥 ≥ 𝑔(𝑥) para 𝑥 ∈ 𝑎, 𝑏 , então PC3. Considere 𝑚 e 𝑀 constantes reais fixas. Se 𝑚 ≤ 𝑓 𝑥 ≤ 𝑀 para 𝑥 ∈ 𝑎, 𝑏 , então 𝑚 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 ≤ 𝑓 𝑥 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 ≤ 𝑀 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 𝑚 𝑏 − 𝑎 ≤ 𝑓 𝑥 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 ≤ 𝑀(𝑏 − 𝑎) 𝑓 𝑥 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 ≥ 0 𝑓 𝑥 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 ≥ 𝑔 𝑥 𝑏 𝑎 𝑑𝑥
  • 14. TEOREMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO Exemplo: Use a propriedade PC3 para estimar o valor de ∫ 𝑒−𝑥2 1 0 𝑑𝑥, sabendo que 𝑒−1 ≅ 0,3679. Solução. Note que 𝑓 𝑥 = 𝑒−𝑥2 , então para • 𝑥 = 0, 𝑓 0 = 𝑒−02 = 1 = 𝑀 (máximo absoluto em 0,1 ) • 𝑥 = 1, 𝑓 1 = 𝑒−12 = 𝑒−1 = 0,3679 = 𝑚 (mínimo absoluto em 0,1 ) Utilizando a propriedade PC3 no intervalo 0,1 temos que: 𝑚 1 − 0 ≤ 𝑓 𝑥 1 0 𝑑𝑥 ≤ 𝑀(1 − 0) 0,3679 1 − 0 ≤ 𝑒−𝑥2 1 0 𝑑𝑥 ≤ 1(1 − 0) 0,3679 ≤ 𝑒−𝑥2 1 0 𝑑𝑥 ≤ 1
  • 15. INTEGRAL DEFINIDA Teorema Fundamental do Cálculo – Parte 1 (TFC1) Se 𝑓 for contínua em 𝑎, 𝑏 , então a função 𝐹 é definida por 𝐹 𝑥 = 𝑓 𝑡 𝑥 0 𝑑𝑡, 𝑥 ∈ 𝑎, 𝑏 é contínua em 𝑎, 𝑏 , derivável em 𝑎, 𝑏 e 𝐹’ 𝑥 = 𝑓 𝑥 . Exemplo. Encontre a derivada da função 𝐹 𝑥 = ∫ 1 + 𝑡2 𝑥 0 𝑑𝑡 Solução. Uma vez que 𝑓 𝑥 = 1 + 𝑥2 é contínua, utilizando TFC1 temos que: 𝐹’ 𝑥 = 1 + 𝑥2
  • 16. INTEGRAL DEFINIDA Teorema Fundamental do Cálculo – Parte 2 (TFC2) Se 𝑓 for contínua em 𝑎, 𝑏 , então 𝑓 𝑥 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 = 𝐹 𝑏 − 𝐹 𝑎 , sendo 𝐹(𝑥) uma primitiva de 𝑓(𝑥), ou seja, 𝐹′(𝑥) = 𝑓(𝑥). Exemplo. Calcule ∫ 𝑒𝑥 3 1 𝑑𝑥 Solução. Uma vez que 𝑓 𝑥 = 𝑒𝑥 é contínua em 1, 3 e uma primitiva de 𝑓 𝑥 é 𝐹′ 𝑥 = 𝑒𝑥, então: 𝑒𝑥 3 1 𝑑𝑥 = 𝑒𝑥 1 3 = 𝐹 3 − 𝐹 1 = 𝑒3 − 𝑒
  • 17. INTEGRAL DEFINIDA Exercício 2. Encontre a área sob a parábola 𝑦 = 𝑥2 de 0 até 1. Solução. Note que: • a função 𝑓 𝑥 = 𝑥2 é contínua em 0, 1 • uma primitiva de 𝑓 𝑥 = 𝑥2 é 𝐹 𝑥 = 𝑥3 3 Assim, a área sob a parábola 𝑦 = 𝑥2 de 0 até 1 utilizando o TFC2 é: 𝑥2 1 0 𝑑𝑥 = 𝑥3 3 0 1 = 𝐹 1 − 𝐹 0 = 13 3 − 03 3 = 1 3
  • 18. INTEGRAL DEFINIDA Exercício 3. Determine ∫ 𝑑𝑥 𝑥 6 3 SOLUÇÃO: • Note que a função 𝑓 𝑥 = 1 𝑥 é contínua em 3 , 6 , pelo TFC temos que: 1 𝑥 6 3 𝑑𝑥 = ln 𝑥 3 6 = ln 6 − ln 3 = ln 6 3 = ln 2 𝑦 𝑥
  • 19. 𝑥 𝑦 INTEGRAL DEFINIDA Exercício 4. O que está errado com esse cálculo? 1 𝑥2 3 −1 𝑑𝑥 = 𝑥−1 −1 −1 3 = − 1 3 − 1 = − 4 3 Solução. 1 𝑥2 3 −1 𝑑𝑥 = 𝑥−2 3 −1 𝑑𝑥 = 𝑥−2+1 −2 + 1 −1 3 = 𝑥−1 −1 −1 3 = −𝑥−1 −1 3 = − 3−1 − −1 −1 = − 1 3 + 1 = − 1 3 − 1 = − 4 3 Note que: 1. 𝑓 𝑥 ≥ 0 mas ∫ 𝑓 𝑥 < 0 3 −1 , logo não atende a Propriedade PC1. 2. O TFC aplica-se a funções contínuas e ele não poder ser aplicado, pois temos uma descontinuidade da função 𝑓 𝑥 = 𝑥−2 no intervalo −1, 3 . Portanto não é possível determinar a integral ∫ 1 𝑥2 3 −1 𝑑𝑥.
  • 20. INTEGRAL DEFINIDA Exercício de Aplicação. Calcule o centro de massa de uma placa semicircular de raio 𝑟, sabendo que o centro de massa da placa está localizado no ponto 𝒙 = 1 𝐴 𝑥𝑓(𝑥) 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 𝑒 𝑦 = 1 2𝐴 𝑓 𝑥 2 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 SOLUÇÃO. Note que: 𝑓 𝑥 = 𝑟2 − 𝑥2, 𝑎 = −𝑟, 𝑏 = 𝑟 e 𝐴 = 1 2 𝜋𝑟2
  • 21. INTEGRAL DEFINIDA SOLUÇÃO.𝑓 𝑥 = 𝑟2 − 𝑥2, 𝑎 = −𝑟, 𝑏 = 𝑟 e 𝐴 = 1 2 𝜋𝑟2 O centro de massa deve estar sobre o eixo y, assim: 𝒙 = 0 𝑦 = 1 2𝐴 𝑓 𝑥 2 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 = 1 2 1 2 𝜋𝑟2 𝑟2 − 𝑥2 2 𝑟 −𝑟 𝑑𝑥 = = 2 2 1 2 𝜋𝑟2 ∫ 𝑟2 − 𝑥2 2 𝑟 0 𝑑𝑥 = 2 𝜋𝑟2 ∫ 𝑟2 − 𝑥2 𝑟 0 𝑑𝑥 = = 2 𝜋𝑟2 𝑟2 ∫ 𝑑𝑥 𝑟 −𝑟 − ∫ 𝑥2𝑑𝑥 𝑟 −𝑟 = 2 𝜋𝑟2 𝑟2𝑥 − 𝑥3 3 0 𝑟 = = 2 𝜋𝑟2 𝑟2 𝑟 − 𝑟3 3 − 𝑟2 0 − 03 3 = 2 𝜋𝑟2 𝑟3 − 𝑟3 3 = 2 𝜋𝑟2 2𝑟3 3 = 4𝑟 3𝜋 Logos, o centro de massa está localizado no ponto 0, 4𝑟 3𝜋