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ENFERMAGEM EM UTI: MONITORIZAÇÃO INVASIVA
E NÃO INVASIVA
Profº Admilson Soares de Paula
HISTÓRIA DA UTI
• 1854 – Guerra Criméia – Florence Nightingale;
• Evolução das “Salas de Recuperação Pós-
Anestésica” na década de 20 – EUA;
• 1ª UTI foi criada em 1926 em Boston;
• 1ª UTI no Brasil foi na década de 70, no
Hospital Sírio Libanês em São Paulo.
CONCEITO
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destina-se
ao acolhimento de pacientes em estado grave
com chances de sobrevida, que requerem
monitoramento constante (24 horas) e cuidados
mais complexos que o de outros pacientes.
• Assistência médica, de enfermagem,
laboratorial e imagem 24h;
TIPOS
• UTI ADULTO;
• UTI PEDIÁTRICA;
• UTI NEONATAL;
• UTI MIXTA (NEONATAL E PEDIÁTRICA);
• UTI ESPECIALIZADA:
• CARDIOLÓGICA;
• NEUROLÓGICA;
• CIRÚRGICA, ENTRE OUTRAS.
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO
• Deve ocupar área física própria, de acesso
restrito, acesso fácil às unidades relacionadas
(Elevadores de serviço, CC, Hemodinâmica,
Radiologia, etc.);
• Mínimo 5 leitos – ideal entre 8 e 12;
• Disposição dos leitos: área comum ou quartos
fechados;
• Pacientes devem estar alocados de modo que
sua visualização direta pela equipe de saúde
seja possível;
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO
• Posto de enfermagem – confortável,
proporcionar visualização de todos os leitos e
permitir todas as funções de trabalho;
• Sala de utensílios limpos e sujos;
• Banheiros;
• Salas de descanso;
• Copa;
• Secretaria administrativa, entre outros.
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
• Cama com ajustes de posição, grades laterais e
rodízios – 01 por leito;
• Equipamento de monitorização continua de
eletrocardiograma – 01 por leito (Reserva Op.:
01/10 leitos);
• Equipamento de monitorização de pressão
arterial não invasiva – 01 por leito (Reserva Op.:
01/10 leitos);
• Equipamento de monitorização de oximetria de
pulso – 01 por leito (Reserva Op.: 01/10 leitos);
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
• Equipamento de monitorização de pressão
invasiva – 01 para cada 05 leitos (Reserva Op.: de
01/10 leitos);
• Equipamento de infusão contínua e controlada de
fluidos – 04 por leito (Reserva Op.: 01/03 leitos);
• Ventilador Pulmonar Mecânico – 01 por leito
(Reserva Op.: 01/05 leitos, devendo cada
equipamento dispor de, no mínimo, 2 circuitos);
• Ressuscitador manual do tipo balão autoinflável –
01 por leito (Reserva Op.: de 01/02 leitos);
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
• Termômetro – 01 por leito;
• Estetoscópio – 01 por leito;
• Conjunto de nebulização – 01 por leito;
• Carro de emergência – 01 para cada 10 leitos;
• Marca-passo cardíaco temporário – 01 para
cada 10 leitos;
• Eletrocardiograma portátil – 01 para cada 10
leitos;
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
• Geladeira exclusiva para medicamentos;
• Materiais para entubação;
• Materiais de curativo;
• Materiais de drenagem de tórax;
• Materiais de punção periférica;
• Materiais de aceso venoso profundo;
• Etc.
RECURSOS HUMANOS
• Médico diarista/rotineiro: 01 (um) para cada 10
(dez) leitos ou fração, nos turnos matutino e
vespertino;
• Médicos plantonistas: no mínimo 01 (um) para
cada 10 (dez) leitos ou fração, em cada turno;
• 01 Enfermeiro coordenador, exclusivo da
unidade, responsável pela área de enfermagem;
• 01 Enfermeiro, exclusivo da unidade, para cada
10 leitos, ou fração, por turno.
• 01 Tec. De enfermagem para cada 02 leitos, ou
fração, por turno.
RECURSOS HUMANOS
• Fisioterapeutas: no mínimo 01 (um) para cada
10 (dez) leitos ou fração, nos turnos matutino,
vespertino e noturno, perfazendo um total de
18 horas diárias de atuação;
• Auxiliares administrativos: no mínimo 01 (um)
exclusivo da unidade;
• Funcionários exclusivos para serviço de
limpeza da unidade, em cada turno.
MONITORIZAÇÃO
MONITOR CARDÍACO MULTIPARAMENTRO
O monitor multiparametro é um equipamento
que mostra, simultaneamente, a frequência
cardíaca com o traçado de eletrocardiograma, a
saturação de O2, a capnografia, a pressão
arterial (invasiva e não invasiva), pressão venosa
central (PVC), a temperatura e a frequência
respiratória do paciente.
Alguns modelos permitem repetição de dados
de diversos pacientes em um único monitor,
formando uma central de monitorização.
MONITOR CARDÍACO MULTIPARAMENTRO
MONITORIZAÇÃO NÃO INVASIVA
• Escalas (Glasgow, Braden, Rass, dor, tec.)
• Pulso;
• Respiração;
• Pressão Arterial Não Invasiva (PNI);
• Temperatura;
• Oximetria de pulso;
• ECG;
Monitorização não invasiva
OXIMETRIA DE PULSO
• Método não invasivo capaz de estimar a
oxigenação do sangue arterial periférico;
• Analise dos gases foi por muito tempo a única
forma de detecção de hipoxemia;
• A Saturação de O² se dá pela alteração de
coloração existente entre o sangue arterial
(vermelho vivo) e o venoso (cianótico);
• Saturação por amostra de sangue (SatO²);
• Saturação por oxímetro de pulso (SpO²);
Monitorização não invasiva
OXIMETRIA DE PULSO
• O oxímetro de pulso fornece leitura da saturação
do sangue, avaliando o comportamento de
absorção da oxi-hemoglobina e desoxi-
hemoglobina em relação aos comprimentos de
luz vermelha e infravermelha. O aparelho possui
um receptáculo para acomodar a porção distal do
dedo, com um dos lados contendo um
fotoemissor e do outro um fotodetector;
• Além da SpO², os aparelhos também podem
mostrar a frequência cardíaca e a amplitude do
pulso.
Monitorização não invasiva
OXIMETRIA DE PULSO
Monitorização não invasiva
OXIMETRIA DE PULSO
• Indicada em vários setores, principalmente
UTI;
• Detecção precoce de hipoxemia;
• Ajuste de FiO²;
• Ajuste de parâmetros de Ventilador Mecânico;
• Auxílio no desmame ventilatório.
• Valores normais variam entre 95% e 100%.
• Locais preferenciais de mensuração: dedos e
lóbulo da orelha.
Monitorização não invasiva
MONITORIZAÇÃO CARDÍACA
• Representação gráfica sobre uma tela ou
papel da atividade elétrica do coração;
• Na UTI é contínua;
• A análise do traçado permite detecção de
alterações como arritmias, isquemias e
distúrbios eletrolíticos;
• Podem ser usados 3, 4 ou 5 eletrodos;
• Valores normais no adulto: 60 a 100 bpm.
Monitorização não invasiva
MONITORIZAÇÃO CARDÍACA
Monitorização não invasiva
MONITORIZAÇÃO CARDÍACA
Monitorização não invasiva
MONITORIZAÇÃO CARDÍACA
Monitorização não invasiva
MONITORIZAÇÃO CARDÍACA
MONITORIZAÇÃO INVASIVA
• Glicemia;
• Gasometria (arterial e venosa central);
• Pressão Invasiva
• Pressão Arterial Média (PAM);
• Pressão venosa Central (PVC);
• Pressão Intra-Abdominal (PIA);
• Etc.
MONITORIZAÇÃO INVASIVA
Sistemas de monitoramento de pressão invasiva
O monitoramento de pressão é uma ferramenta
básica para a monitorização clínica do paciente.
Existe no mercado uma grande variedade de
marcas e modelos de cateteres, sistemas e
transdutores para monitorização (descartáveis).
Esse ultimo converte um sinal fisiológico
mecânico (Pressões) em um sinal elétrico, que é
ampliado, filtrado e exibido no monitor em
forma de valor numérico expresso em mmHg.
MONITORIZAÇÃO INVASIVA
Sistemas de monitoramento de pressão invasiva
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Monitorização Invasiva
PAM
A monitorização da pressão arterial média é obtida
por meio de cateter intra-arterial conectado ao
sistema de mensuração da pressão.
• Transmissão de pressão através do meio líquido;
• Punção médica;
• Amplamente usada em pacientes críticos;
• Sítios de punção mais comuns: radial e femural;
Monitorização Invasiva
PAM
Monitorização Invasiva
PAM
Indicações:
• Choque de qualquer etiologia;
• Pacientes cursando com instabilidade
hemodinâmica;
• Infusão continua de drogas vasoativas;
• Intervenções cirúrgicas;
• Pós PCR;
• Politraumatismo;
• Etc.
Monitorização Invasiva
PAM
A PAM é representa graficamente por uma curva
característica, com dois componentes:
Anacrótico e o dicrótico.
Monitorização Invasiva
PAM
• A fórmula indicada para calcular PAM
corresponde ao valor da pressão arterial
sistólica + 2 vezes o valor da pressão arterial
diastólica dividido por 3.
• O valor normal de PAM em adultos equivale a
70 a 105 mmHg.
Monitorização Invasiva
PAM
Função da enfermagem:
• Organizar material a ser utilizado na punção;
• Auxiliar o médico;
• Preparar o monitor de pressão invasiva;
• Manter o cateter pérvio, mantendo bolsa pressurizada
(300 mmHg);
• Manter posição do transdutor no eixo flebostático;
• Zerar o sistema;
• Retirar o cateter intra-arterial;
• Etc.
Monitorização Invasiva
PAM
Monitorização Invasiva
PVC
A pressão venosa central é um parâmetro
hemodinâmico determinado pela interação entre
volume intravascular, função do ventrículo direito,
tônus vasomotor e pressão intratorácica.
• Valores normais no adulto variam entre 0 e 8
mmHg;
• PVC elevada: ICC, tamponamento cardíaco,
volume líquidos aumentado, etc.
• PVC baixa: Hipovolemia por hemorragia, perda de
liquido, vasodilatação induzida por
medicamentos.
Monitorização Invasiva
PVC
A aferição da PVC torna-se possível após instalação
de um cateter venoso central, localizado na veia
cava superior, que é indicado nos seguintes casos:
• Uso de drogas vasoativas;
• Monitorização de PVC e saturação venosa central
de o²;
• Uso de nutrição parenteral total.
A inserção do CVC é realizada pelo médico
acompanhado da equipe de enfermagem.
As principais vias de acesso são: veia jugular interna
e veia subclávia. Pode ocorrer implantação de PICC.
Monitorização Invasiva
PVC
Monitorização Invasiva
PVC
Monitorização Invasiva
PVC
Monitorização Invasiva
PVC
Após a instalação do acesso central, a PVC pode
ser medida de duas formas:
• Contínua, por meio de um transdutor de
pressão, com medida expressa em mmHg;
• Intermitente, por meio de um equipo
bifurcado preenchido com coluna de água,
com medida expressa em cmH²O;
• mmHg x cmH²O.
Monitorização Invasiva
PVC
Função da enfermagem:
• Organizar material a ser utilizado na punção venosa
central;
• Auxiliar o médico;
• Preparar o monitor de pressão invasiva;
• Manter o cateter pérvio, mantendo bolsa pressurizada
(300 mmHg)
• Manter posição do transdutor no eixo flebostático;
• Zerar o sistema;
• Retirar o cateter venoso central;
• Etc.
Monitorização Invasiva
PIA
A perfusão de órgãos em qualquer cavidade corporal ou
compartimento pode ser comprometida quando a
pressão intracompartimental exceder a pressão nos
capilares.
• Valor normal de PIA entre 0 e 12 mmHg;
• Valores alterados por Ventilação mecânica, obesidade,
gravidez (PIA entre 12 e 15 mmHg);
• A PIA é determinada pelo volume das vísceras, sólidas
e ocas, pelo espaço ocupado por lesões (ascite,
tumores, hemorragias) e por condições que limitam a
expansibilidade da cavidade abdominal.
Monitorização Invasiva
PIA
• A Hipertensão intra-abdominal é definida
como sustentação ou repetidas da elevações
patológicas da PIA maior que 12 mmHg;
Monitorização Invasiva
PIA
Mensuração de Pressão de Perfusão Abdominal
PPA = PAM – PIA
Quando a PIA está acima de 20 mmHg há
redução significativa da perfusão capilar,
resultando em isquemia e ativação dos
mediadores inflamatórios, aumentando a perda
de fluido extravascular, maior influxo de fluido
para os tecidos, aumento do volume intra-
abdominal e aumento da PIA, perpetuando o
ciclo.
Monitorização Invasiva
PIA
A Síndrome Compartimental abdominal é
definida como sustentação da PIA acima de 20
mmHg, com ou sem PPA menor que 60 mmHg,
associado à nova disfunção ou falência orgânica.
Pressão
Abdominal
Normal
Hipertensão
Abdominal
Síndrome
Compartimental
Aguda
0 5-7 12 20
Pressão intra-abdominal (mmHg)
Monitorização Invasiva
PIA
O quadro de HIAb e SCA evidenciam alterações
nos sistemas cardiovascular, respiratório, renal,
nervoso central, gastrointestinal, hepático, etc.
Monitorização Invasiva
PIA
A PIA pode ser obtida pela mensuração da
pressão intravesical ou intragástrica.
Pode ser monitorada continuamente por meio
de um transdutor de pressão ou
intermitentemente com uma coluna de água.
Para a mensuração o paciente deve estar com
sonda vesical de demora, com sonda de três
vias, preferencialmente, ou de duas vias,
inserido uma agulha de forma séptica na
conexão da sonda com a bolsa coletora.
REFLEXÃO
“O que quer que você faça, faça bem feito. Faça
tão bem feito que quando as pessoas te virem
fazendo, elas queiram voltar e ver você fazer de
novo e queiram trazer outros para mostrar o
quão bem você faz aquilo que faz.” (Walt
Disney)
MUITO OBRIGADO!
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
RESOLUÇÃO Nº 7, DE 24 DE FEVEREIRO DE 2010. Disponível em
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0007_24_0
2_2010.html. Acesso em 15 de maio 2019.
KNOBEL, Elias. Terapia Intensiva: enfermagem. Co-autores Claudia
Regina Laselva, Denis Faria Moura Júnior. São Paulo: Editora Atheneu,
2010.
Monitorização invasiva e não invasiva – fundamentação para o
cuidado / organizadores Júlio Cesar Batsita Santana, Clayton Lima
Melo, Bianca Santana Dutra. São Paulo: Editora Atheneu, 2013.
OLIVEIRA, Reynaldo Gomes de. Blackbook – Enfermagem. Belo
Horizonte: Blackbook Editora, 2016.
RESOLUÇÃO COFEN Nº 527/2016 – Revogada pela Resolução Cofen nº
543/2017.
Enf. Jonair T. Vieira

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ENFERMAGEM EM Unidade de terapia intensiva

  • 1. ENFERMAGEM EM UTI: MONITORIZAÇÃO INVASIVA E NÃO INVASIVA Profº Admilson Soares de Paula
  • 2. HISTÓRIA DA UTI • 1854 – Guerra Criméia – Florence Nightingale; • Evolução das “Salas de Recuperação Pós- Anestésica” na década de 20 – EUA; • 1ª UTI foi criada em 1926 em Boston; • 1ª UTI no Brasil foi na década de 70, no Hospital Sírio Libanês em São Paulo.
  • 3. CONCEITO A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destina-se ao acolhimento de pacientes em estado grave com chances de sobrevida, que requerem monitoramento constante (24 horas) e cuidados mais complexos que o de outros pacientes. • Assistência médica, de enfermagem, laboratorial e imagem 24h;
  • 4. TIPOS • UTI ADULTO; • UTI PEDIÁTRICA; • UTI NEONATAL; • UTI MIXTA (NEONATAL E PEDIÁTRICA); • UTI ESPECIALIZADA: • CARDIOLÓGICA; • NEUROLÓGICA; • CIRÚRGICA, ENTRE OUTRAS.
  • 5. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO • Deve ocupar área física própria, de acesso restrito, acesso fácil às unidades relacionadas (Elevadores de serviço, CC, Hemodinâmica, Radiologia, etc.); • Mínimo 5 leitos – ideal entre 8 e 12; • Disposição dos leitos: área comum ou quartos fechados; • Pacientes devem estar alocados de modo que sua visualização direta pela equipe de saúde seja possível;
  • 6.
  • 7. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO • Posto de enfermagem – confortável, proporcionar visualização de todos os leitos e permitir todas as funções de trabalho; • Sala de utensílios limpos e sujos; • Banheiros; • Salas de descanso; • Copa; • Secretaria administrativa, entre outros.
  • 8. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS • Cama com ajustes de posição, grades laterais e rodízios – 01 por leito; • Equipamento de monitorização continua de eletrocardiograma – 01 por leito (Reserva Op.: 01/10 leitos); • Equipamento de monitorização de pressão arterial não invasiva – 01 por leito (Reserva Op.: 01/10 leitos); • Equipamento de monitorização de oximetria de pulso – 01 por leito (Reserva Op.: 01/10 leitos);
  • 9. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS • Equipamento de monitorização de pressão invasiva – 01 para cada 05 leitos (Reserva Op.: de 01/10 leitos); • Equipamento de infusão contínua e controlada de fluidos – 04 por leito (Reserva Op.: 01/03 leitos); • Ventilador Pulmonar Mecânico – 01 por leito (Reserva Op.: 01/05 leitos, devendo cada equipamento dispor de, no mínimo, 2 circuitos); • Ressuscitador manual do tipo balão autoinflável – 01 por leito (Reserva Op.: de 01/02 leitos);
  • 10. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS • Termômetro – 01 por leito; • Estetoscópio – 01 por leito; • Conjunto de nebulização – 01 por leito; • Carro de emergência – 01 para cada 10 leitos; • Marca-passo cardíaco temporário – 01 para cada 10 leitos; • Eletrocardiograma portátil – 01 para cada 10 leitos;
  • 11. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS • Geladeira exclusiva para medicamentos; • Materiais para entubação; • Materiais de curativo; • Materiais de drenagem de tórax; • Materiais de punção periférica; • Materiais de aceso venoso profundo; • Etc.
  • 12. RECURSOS HUMANOS • Médico diarista/rotineiro: 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, nos turnos matutino e vespertino; • Médicos plantonistas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, em cada turno; • 01 Enfermeiro coordenador, exclusivo da unidade, responsável pela área de enfermagem; • 01 Enfermeiro, exclusivo da unidade, para cada 10 leitos, ou fração, por turno. • 01 Tec. De enfermagem para cada 02 leitos, ou fração, por turno.
  • 13. RECURSOS HUMANOS • Fisioterapeutas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, nos turnos matutino, vespertino e noturno, perfazendo um total de 18 horas diárias de atuação; • Auxiliares administrativos: no mínimo 01 (um) exclusivo da unidade; • Funcionários exclusivos para serviço de limpeza da unidade, em cada turno.
  • 15. MONITOR CARDÍACO MULTIPARAMENTRO O monitor multiparametro é um equipamento que mostra, simultaneamente, a frequência cardíaca com o traçado de eletrocardiograma, a saturação de O2, a capnografia, a pressão arterial (invasiva e não invasiva), pressão venosa central (PVC), a temperatura e a frequência respiratória do paciente. Alguns modelos permitem repetição de dados de diversos pacientes em um único monitor, formando uma central de monitorização.
  • 17. MONITORIZAÇÃO NÃO INVASIVA • Escalas (Glasgow, Braden, Rass, dor, tec.) • Pulso; • Respiração; • Pressão Arterial Não Invasiva (PNI); • Temperatura; • Oximetria de pulso; • ECG;
  • 18. Monitorização não invasiva OXIMETRIA DE PULSO • Método não invasivo capaz de estimar a oxigenação do sangue arterial periférico; • Analise dos gases foi por muito tempo a única forma de detecção de hipoxemia; • A Saturação de O² se dá pela alteração de coloração existente entre o sangue arterial (vermelho vivo) e o venoso (cianótico); • Saturação por amostra de sangue (SatO²); • Saturação por oxímetro de pulso (SpO²);
  • 19. Monitorização não invasiva OXIMETRIA DE PULSO • O oxímetro de pulso fornece leitura da saturação do sangue, avaliando o comportamento de absorção da oxi-hemoglobina e desoxi- hemoglobina em relação aos comprimentos de luz vermelha e infravermelha. O aparelho possui um receptáculo para acomodar a porção distal do dedo, com um dos lados contendo um fotoemissor e do outro um fotodetector; • Além da SpO², os aparelhos também podem mostrar a frequência cardíaca e a amplitude do pulso.
  • 21. Monitorização não invasiva OXIMETRIA DE PULSO • Indicada em vários setores, principalmente UTI; • Detecção precoce de hipoxemia; • Ajuste de FiO²; • Ajuste de parâmetros de Ventilador Mecânico; • Auxílio no desmame ventilatório. • Valores normais variam entre 95% e 100%. • Locais preferenciais de mensuração: dedos e lóbulo da orelha.
  • 22. Monitorização não invasiva MONITORIZAÇÃO CARDÍACA • Representação gráfica sobre uma tela ou papel da atividade elétrica do coração; • Na UTI é contínua; • A análise do traçado permite detecção de alterações como arritmias, isquemias e distúrbios eletrolíticos; • Podem ser usados 3, 4 ou 5 eletrodos; • Valores normais no adulto: 60 a 100 bpm.
  • 27. MONITORIZAÇÃO INVASIVA • Glicemia; • Gasometria (arterial e venosa central); • Pressão Invasiva • Pressão Arterial Média (PAM); • Pressão venosa Central (PVC); • Pressão Intra-Abdominal (PIA); • Etc.
  • 28. MONITORIZAÇÃO INVASIVA Sistemas de monitoramento de pressão invasiva O monitoramento de pressão é uma ferramenta básica para a monitorização clínica do paciente. Existe no mercado uma grande variedade de marcas e modelos de cateteres, sistemas e transdutores para monitorização (descartáveis). Esse ultimo converte um sinal fisiológico mecânico (Pressões) em um sinal elétrico, que é ampliado, filtrado e exibido no monitor em forma de valor numérico expresso em mmHg.
  • 29. MONITORIZAÇÃO INVASIVA Sistemas de monitoramento de pressão invasiva
  • 30. MONITORIZAÇÃO INVASIVA Sistemas de monitoramento de pressão invasiva
  • 31. MONITORIZAÇÃO INVASIVA Sistemas de monitoramento de pressão invasiva
  • 32. MONITORIZAÇÃO INVASIVA Sistemas de monitoramento de pressão invasiva
  • 33. Monitorização Invasiva PAM A monitorização da pressão arterial média é obtida por meio de cateter intra-arterial conectado ao sistema de mensuração da pressão. • Transmissão de pressão através do meio líquido; • Punção médica; • Amplamente usada em pacientes críticos; • Sítios de punção mais comuns: radial e femural;
  • 35. Monitorização Invasiva PAM Indicações: • Choque de qualquer etiologia; • Pacientes cursando com instabilidade hemodinâmica; • Infusão continua de drogas vasoativas; • Intervenções cirúrgicas; • Pós PCR; • Politraumatismo; • Etc.
  • 36. Monitorização Invasiva PAM A PAM é representa graficamente por uma curva característica, com dois componentes: Anacrótico e o dicrótico.
  • 37. Monitorização Invasiva PAM • A fórmula indicada para calcular PAM corresponde ao valor da pressão arterial sistólica + 2 vezes o valor da pressão arterial diastólica dividido por 3. • O valor normal de PAM em adultos equivale a 70 a 105 mmHg.
  • 38. Monitorização Invasiva PAM Função da enfermagem: • Organizar material a ser utilizado na punção; • Auxiliar o médico; • Preparar o monitor de pressão invasiva; • Manter o cateter pérvio, mantendo bolsa pressurizada (300 mmHg); • Manter posição do transdutor no eixo flebostático; • Zerar o sistema; • Retirar o cateter intra-arterial; • Etc.
  • 40. Monitorização Invasiva PVC A pressão venosa central é um parâmetro hemodinâmico determinado pela interação entre volume intravascular, função do ventrículo direito, tônus vasomotor e pressão intratorácica. • Valores normais no adulto variam entre 0 e 8 mmHg; • PVC elevada: ICC, tamponamento cardíaco, volume líquidos aumentado, etc. • PVC baixa: Hipovolemia por hemorragia, perda de liquido, vasodilatação induzida por medicamentos.
  • 41. Monitorização Invasiva PVC A aferição da PVC torna-se possível após instalação de um cateter venoso central, localizado na veia cava superior, que é indicado nos seguintes casos: • Uso de drogas vasoativas; • Monitorização de PVC e saturação venosa central de o²; • Uso de nutrição parenteral total. A inserção do CVC é realizada pelo médico acompanhado da equipe de enfermagem. As principais vias de acesso são: veia jugular interna e veia subclávia. Pode ocorrer implantação de PICC.
  • 45. Monitorização Invasiva PVC Após a instalação do acesso central, a PVC pode ser medida de duas formas: • Contínua, por meio de um transdutor de pressão, com medida expressa em mmHg; • Intermitente, por meio de um equipo bifurcado preenchido com coluna de água, com medida expressa em cmH²O; • mmHg x cmH²O.
  • 46. Monitorização Invasiva PVC Função da enfermagem: • Organizar material a ser utilizado na punção venosa central; • Auxiliar o médico; • Preparar o monitor de pressão invasiva; • Manter o cateter pérvio, mantendo bolsa pressurizada (300 mmHg) • Manter posição do transdutor no eixo flebostático; • Zerar o sistema; • Retirar o cateter venoso central; • Etc.
  • 47. Monitorização Invasiva PIA A perfusão de órgãos em qualquer cavidade corporal ou compartimento pode ser comprometida quando a pressão intracompartimental exceder a pressão nos capilares. • Valor normal de PIA entre 0 e 12 mmHg; • Valores alterados por Ventilação mecânica, obesidade, gravidez (PIA entre 12 e 15 mmHg); • A PIA é determinada pelo volume das vísceras, sólidas e ocas, pelo espaço ocupado por lesões (ascite, tumores, hemorragias) e por condições que limitam a expansibilidade da cavidade abdominal.
  • 48. Monitorização Invasiva PIA • A Hipertensão intra-abdominal é definida como sustentação ou repetidas da elevações patológicas da PIA maior que 12 mmHg;
  • 49. Monitorização Invasiva PIA Mensuração de Pressão de Perfusão Abdominal PPA = PAM – PIA Quando a PIA está acima de 20 mmHg há redução significativa da perfusão capilar, resultando em isquemia e ativação dos mediadores inflamatórios, aumentando a perda de fluido extravascular, maior influxo de fluido para os tecidos, aumento do volume intra- abdominal e aumento da PIA, perpetuando o ciclo.
  • 50. Monitorização Invasiva PIA A Síndrome Compartimental abdominal é definida como sustentação da PIA acima de 20 mmHg, com ou sem PPA menor que 60 mmHg, associado à nova disfunção ou falência orgânica. Pressão Abdominal Normal Hipertensão Abdominal Síndrome Compartimental Aguda 0 5-7 12 20 Pressão intra-abdominal (mmHg)
  • 51. Monitorização Invasiva PIA O quadro de HIAb e SCA evidenciam alterações nos sistemas cardiovascular, respiratório, renal, nervoso central, gastrointestinal, hepático, etc.
  • 52. Monitorização Invasiva PIA A PIA pode ser obtida pela mensuração da pressão intravesical ou intragástrica. Pode ser monitorada continuamente por meio de um transdutor de pressão ou intermitentemente com uma coluna de água. Para a mensuração o paciente deve estar com sonda vesical de demora, com sonda de três vias, preferencialmente, ou de duas vias, inserido uma agulha de forma séptica na conexão da sonda com a bolsa coletora.
  • 53.
  • 54. REFLEXÃO “O que quer que você faça, faça bem feito. Faça tão bem feito que quando as pessoas te virem fazendo, elas queiram voltar e ver você fazer de novo e queiram trazer outros para mostrar o quão bem você faz aquilo que faz.” (Walt Disney) MUITO OBRIGADO!
  • 55. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RESOLUÇÃO Nº 7, DE 24 DE FEVEREIRO DE 2010. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0007_24_0 2_2010.html. Acesso em 15 de maio 2019. KNOBEL, Elias. Terapia Intensiva: enfermagem. Co-autores Claudia Regina Laselva, Denis Faria Moura Júnior. São Paulo: Editora Atheneu, 2010. Monitorização invasiva e não invasiva – fundamentação para o cuidado / organizadores Júlio Cesar Batsita Santana, Clayton Lima Melo, Bianca Santana Dutra. São Paulo: Editora Atheneu, 2013. OLIVEIRA, Reynaldo Gomes de. Blackbook – Enfermagem. Belo Horizonte: Blackbook Editora, 2016. RESOLUÇÃO COFEN Nº 527/2016 – Revogada pela Resolução Cofen nº 543/2017. Enf. Jonair T. Vieira

Notas do Editor

  1.  Em 1854 inicia-se a Guerra da Criméia no qual a Inglaterra, França e Turquia declaram guerra à Rússia. Em condições precárias de cuidados, havia uma alta mortalidade entre os soldados hospitalizados e as mortes chegaram ao índice de 40%. Um número muito alto, não? Foi aí que Florence e mais 38 voluntárias partiram para os Campos de Scurati, assumindo o atendimento e a mortalidade caiu para 2%.  O que aconteceu de tão diferente? Simples: a enfermeira classificou os doentes de acordo com o grau de dependência, dispondo-os nas enfermarias, de tal maneira que os mais graves ficassem próximos à área de trabalho da enfermagem, para maior vigilância e melhor atendimento, ou seja, aquela era uma unidade de monitoração de paciente grave, é ali que nasce o projeto embrionário do que são hoje nossas UTI. DIVIDIU HOMENS DE MULHERES, ADULTOS DE CRIANÇAS, GRAVES E MENOS GRAVES
  2. UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVO – minimo 5 leitos CTI CENTRO DE TRATAMENTO INTENSIVO : o agrupamento, numa mesma área física, de mais de uma Unidade de Terapia Intensiva. OFERTAR SUPORTE AVANÇADO DE VIDA (recuperar ou dar suporte às funções vitais dos pacientes) A PACIENTES QUE TENHAM CHANCE DE SOBREVIVER, OU POTENCIALMENTE GRAVES, Assim, as unidades de terapia intensiva são equipadas com aparelhos capazes de reproduzir as funções vitais dos internados como respiradores artificiais E HEMODIALISE
  3. 1 quarto de isolamento para cada 10 leitos. Modulo do paciente – projetado para apoiar todas as funções necessárias de saúde: bancada, tomadas (mínimo 11, ideal 16) 110/220, iluminação, fonte de água para hemodiálise, sistema de gases (2 de oxigênio, 01 de ar comprimido, desejável 2) e vácuo (2), relógio visível em cada box, etc.
  4. Material entubação: Laringoscopio, laminas, e canulas endotraqueais de varios tamanhos.
  5. 4 horas de enfermagem, por paciente, no cuidado mínimo; –  6 horas de enfermagem, por paciente, no cuidado intermediário; –  10 horas de enfermagem, por paciente, no cuidado de alta dependência (18); – 10 horas de enfermagem, por paciente, no cuidado semi-intensivo; –  18 horas de enfermagem, por paciente, no cuidado intensivo.
  6. Escala de glasglow é uma escala de ordem neurológica capaz de medir e avaliar o nível de consciência de uma pessoa que tenha sofrido um traumatismo craniano. Escala de braden medir o risco dos pacientes críticos de desenvolverem lesões por pressão. Escala de rass é uma escala utilizada para avaliar o grau de sedação e agitação de um paciente que necessite de cuidados críticos ou esteja sob agitação psicomotora.
  7. Tamanho da arteria deve ser calibroso para acomodar o cateter sem obstruir o fluxo; facil acesso; potencial de colonização; confortavel ao paciente;
  8. Junção cavo atrial, ou atrial no cateter de swan ganz Picc veia
  9. Picc veia basilica, cefalica e cubital mediana.
  10. Cmh²o dividido por 1,36 igual a mmHg.