1) A doença celíaca consiste numa intolerância ao glúten que causa inflamação e atrofia das vilosidades intestinais, melhorando com dieta livre de glúten.
2) Afeta cerca de 1% da população ocidental e está associada a outras doenças autoimunes.
3) O tratamento é uma dieta rigorosamente livre de glúten para toda a vida, podendo requerer suplementos nutricionais.
O diabete melito caracteriza-se pelo aumento das concentrações de glicose circulante associado a anormalidades no metabolismo dos carboidratos, dos lipídeos e das proteínas, além de uma variedade de complicações micro e macrovasculares.
Doença celíaca, é mais comum do que se pensava, e pode causar danos sérios a saúde, e o tratamento é a dieta isenta do glutén, presente na farinha de trigo e outros. Você pode ter e não saber!
Baixa estatura em criança infantil juvenil 2ª a desnutrição, doenças crônicas...Van Der Häägen Brazil
Dietoterapia, sem interrupções, assegurará às crianças um crescimento adequado; são apresentados os novos conceitos referentes às formas de apresentação da doença (ativa, silenciosa, latente e potencial) e sua associação com outras enfermidades e são focalizados principalmente o valor e a eficácia da determinação dos anticorpos séricos antigliadina e dos autoanticorpos anti-reticulina, antiendomísio e antitransglutaminase tecidual, no auxílio ao diagnóstico e seguimento da doença celíaca.
O diabete melito caracteriza-se pelo aumento das concentrações de glicose circulante associado a anormalidades no metabolismo dos carboidratos, dos lipídeos e das proteínas, além de uma variedade de complicações micro e macrovasculares.
Doença celíaca, é mais comum do que se pensava, e pode causar danos sérios a saúde, e o tratamento é a dieta isenta do glutén, presente na farinha de trigo e outros. Você pode ter e não saber!
Baixa estatura em criança infantil juvenil 2ª a desnutrição, doenças crônicas...Van Der Häägen Brazil
Dietoterapia, sem interrupções, assegurará às crianças um crescimento adequado; são apresentados os novos conceitos referentes às formas de apresentação da doença (ativa, silenciosa, latente e potencial) e sua associação com outras enfermidades e são focalizados principalmente o valor e a eficácia da determinação dos anticorpos séricos antigliadina e dos autoanticorpos anti-reticulina, antiendomísio e antitransglutaminase tecidual, no auxílio ao diagnóstico e seguimento da doença celíaca.
A Sociedade Brasileira de Diabetes
(SBD) lança anualmente as Diretrizes
com o objetivo de acompanhar os novos
conhecimentos científicos na área
de Diabetologia e entregar à sociedade
médica o que há de mais atual no tema.
DIABETES MELLITUS TIPO 2, ENDOCRINOLOGIA, RESUMO RELEVANTE ATUALIZADOVan Der Häägen Brazil
ESSAS DOENÇAS SE ENQUADRAM EM VÁRIAS CATEGORIAS. AS DOENÇAS ENDÓCRINAS AFETAM A PRODUÇÃO HORMONAL E EM ESPECIAL ESSA DOENÇAS SEM SINTOMATOLOGIA, E POPULARMENTE “COME PELAS BEIRADAS”, QUANDO CHEGA A DAR SINTOMAS JÁ É MUITO GRAVE, MAS A DEFINIÇÃO NA ENDOCRINOLOGIA E NEUROENDOCRINOLOGIA DE FORMA RESUMIDA NESSA ÁREA É DE FATO MUITO ABRANGENTE; NÃO É INCOMUM NÓS TROCARMOS O CUSTO DE NOSSA SAÚDE POR UM BEM MATERIAL, MAS PARA CADA 10 ANOS DE VIDA PODEMOS PERDER DE 1 A 2 ANOS DE VIDA, ISSO SE NÃO FOR COMPENSADA O MAIS BREVE POSSÍVEL, ATÉ PORQUE 46% DE DIABÉTICOS TIPO 2 NEM SABE DA SUA PRESENÇA CONFORME RELATOS INTERNACIONAIS OMS
A Sociedade Brasileira de Diabetes
(SBD) lança anualmente as Diretrizes
com o objetivo de acompanhar os novos
conhecimentos científicos na área
de Diabetologia e entregar à sociedade
médica o que há de mais atual no tema.
DIABETES MELLITUS TIPO 2, ENDOCRINOLOGIA, RESUMO RELEVANTE ATUALIZADOVan Der Häägen Brazil
ESSAS DOENÇAS SE ENQUADRAM EM VÁRIAS CATEGORIAS. AS DOENÇAS ENDÓCRINAS AFETAM A PRODUÇÃO HORMONAL E EM ESPECIAL ESSA DOENÇAS SEM SINTOMATOLOGIA, E POPULARMENTE “COME PELAS BEIRADAS”, QUANDO CHEGA A DAR SINTOMAS JÁ É MUITO GRAVE, MAS A DEFINIÇÃO NA ENDOCRINOLOGIA E NEUROENDOCRINOLOGIA DE FORMA RESUMIDA NESSA ÁREA É DE FATO MUITO ABRANGENTE; NÃO É INCOMUM NÓS TROCARMOS O CUSTO DE NOSSA SAÚDE POR UM BEM MATERIAL, MAS PARA CADA 10 ANOS DE VIDA PODEMOS PERDER DE 1 A 2 ANOS DE VIDA, ISSO SE NÃO FOR COMPENSADA O MAIS BREVE POSSÍVEL, ATÉ PORQUE 46% DE DIABÉTICOS TIPO 2 NEM SABE DA SUA PRESENÇA CONFORME RELATOS INTERNACIONAIS OMS
O envelhecimento do organismo humano é um processo caracterizado pelo declínio funcional dos diversos sistemas orgânicos, com redução da capacidade de manter a homeostase normal e de responder a fatores de estresse endógenos e exógenos. Esta perda de capacidade funcional pode ser retardada, amenizada e, ocasionalmente, evitada através de intervenções preventivas primárias, secundárias e terciárias. O sistema endócrino-metabólico representa uma complexa rede de regulação de funções como o crescimento, a reprodução, a nutrição e o equilíbrio hidroeletrolítico, além de intermediar a comunicação entre diversos grupos celulares, sejam estes contíguos ou distantes. A perda ou redução funcional de um eixo deste sistema pode afetar diretamente outros eixos endócrinos, ao passo que quadros de disfunção hormonal podem ser secundários a distúrbios concomitantes e independentes nos diversos níveis da regulação endócrina.
Doença celíaca: clínica; gestão do dia-a-dia (contaminação cruzada); testemunhos clínicos.
Testemunhos escritos na primeira pessoa, pelo que transmitem uma visão pessoal sobre um processo nem sempre fácil. As suas histórias funcionam a um nível visual, como se fossem o próprio rosto da DC. Longe de se tratar de relatos com rigor científico sobre doença celíaca, estes testemunhos relatam sintomas e processos de diagnóstico, assim como as dificuldades inerentes a uma dieta sem glúten num formato acessível aos leigos na matéria.
Se, pela leitura deste livro, alguém conseguir o seu diagnóstico e recuperar a sua saúde, o propósito deste projecto cumpriu-se.
Se o leitor identificar em si alguns dos sintomas que são aqui mencionados, procure o seu médico assistente de modo a estabelecer um diagnóstico antes de iniciar uma dieta sem glúten.
A obesidade é multifatorial. A obesidade é uma doença crônica, de origem multifatorial,caracterizada pelo excesso de gordura corporal e está associada ao desenvolvimento de doenças crônico - degenerativas, Importante para condições de morbidade e mortalidade do que a própria obesidade.O excesso de gordura depositado na região abdominal é o maior desencadeante da síndrome metabólica,aumentando a associação dos fatores de riscos para outras doenças como as cardiovasculares ,etc.
O mal do século XXI não é o câncer nem as doenças cardíacas, e sim a compulsão por carboidratos, principalmente o trigo, centeio, cevada e outros cereais que contém glúten. Nossa cultura está impregnada de crenças a favor do consumo de cereais.
Quem somos .................................................................................... 7
01 Você sabe o que é Doença Celíaca? ...................................... 8
02 E o que é glúten? ................................................................. 8
03 Como a doença foi descoberta? ............................................ 8
04 Quais os principais sintomas?............................................... 9
05 Quando a Doença Celíaca se manifesta? ............................... 10
06 O que é Dermatite Herpetiforme? ......................................... 11
07 Como se faz o diagnóstico da Doença Celíaca? ..................... 12
08 O que a biópsia mostra? ...................................................... 13
09 Qual o tratamento da Doença Celíaca? ................................. 13
10 Diabetes e Doença Celíaca ................................................... 15
11 Intolerância a Lactose e Doença Celíaca ............................... 15
12 Alimentos permitidos na Dieta sem Glúten ........................... 15
13 Cuidados no Ambiente Escolar ............................................. 16
14 Estratégias para manutenção da Dieta Livre de Glúten .......... 17
15 Onde exigir os seus Direitos ................................................. 18
16 Receitas sem Glúten ............................................................. 27
17 Referências Bibliográficas .................................................... 43
DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA (ESTEATOSE HEPÁTICA) EM IDOSOSVan Der Häägen Brazil
TEM SUA ORIGEM CADA VEZ MAIS COMPREENDIDA NA RESISTÊNCIA À INSULINA COMO FATOR CENTRAL E OUTROS FATORES COMO A OBESIDADE ( SOBREPESO, OBESIDADE, OBESIDADE ABDOMINAL, INTRA-ABDOMINAL, CENTRAL, VISCERAL), HIPERTRIGLICERIDEMIA, HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS TIPO 2.
DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA (ESTEATOSE HEPÁTICA) EM IDOSOS Van Der Häägen Brazil
TEM SUA ORIGEM CADA VEZ MAIS COMPREENDIDA NA RESISTÊNCIA À INSULINA COMO FATOR CENTRAL E OUTROS FATORES COMO A OBESIDADE (SOBREPESO, OBESIDADE, OBESIDADE ABDOMINAL, INTRA-ABDOMINAL, CENTRAL, VISCERAL), HIPERTRIGLICERIDEMIA, HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS TIPO 2.
1. centro de informação do medicamento
CIM
fichatécnican.º74
A doença celíaca (DC) consiste numa intolerância ao glúten que se caracteriza por uma inflamação crónica da mu-
cosa do intestino delgado1-3
com atrofia das vilosidades e hiperplasia das criptas,2,4
e por melhoria clínica e histoló-
gica após retirada do glúten da dieta,1,4-6
causando perda na capacidade de absorção intestinal.1,2
O glúten é o maior constituinte proteico de muitos cereais.7
Estão implicados o trigo, o centeio, a cevada,1-4,7-10
a
aveia1,3,4,8
e o triticale.11
Epidemiologia
A DC pode ter apresentações muito variáveis, o que dificulta a estimativa da sua prevalência.4
Até há alguns anos
era considerada uma doença rara, mas pensa-se actualmente que seja a doença crónica mais frequente da civili-
zação ocidental,2
com uma incidência de 0,52,9
a 1,0% na maioria das sociedades norte-americanas e euro-
peias.1,4,9
A prevalência da DC é mais elevada nos familiares em primeiro grau de doentes,1,2,6,7
parecendo estar também re-
lacionada com algumas patologias, cujos doentes apresentam um risco maior de DC.2,7,9
(ver Sintomas)
Fisiopatologia
A DC é causada pela sensibilidade à gliadina constituinte do glúten, que vai actuar como um antigénio.8
O passo
crucial parece ser a alteração dos péptidos da gliadina pela transglutaminase dos tecidos; estes péptidos altera-
dos vão ser apresentados aos receptores das células T intestinais e reconhecidos como estranhos, estimulando
uma resposta imunitária.2,7
A lesão intestinal inicia-se com um aumento do infiltrado linfocitário, seguido de hi-
perplasia das células das criptas e atrofia das microvilosidades,2,8
e conduz à libertação de citoquinas inflamató-
rias.2,9
Estas causam dano tecidular na mucosa e activam as células plasmáticas para produzir anticorpos contra
a gliadina, a transglutaminase tecidular e o endomísio,9
um elemento do tecido conjuntivo que envolve o mús-
culo liso.4
Os péptidos da gliadina são preferencialmente apresentados às células T intestinais por um número limitado de
haplotipos de antigénios leucocitários humanos (HLA),7,9
nomeadamente o HLA DQ2 e o HLA DQ8,2-4,7,9
estando es-
tes presentes em 90-95% dos doentes, o que sugere uma forte componente genética associada à DC.3
Sintomas
As manifestações clínicas da DC são muito diversas e dependem de factores como a idade do doente,3,7
quantidade
de cereais ingerida na dieta,3,10
grau de sensibilidade ao glúten3
, etc. Podem oscilar entre a ausência total de sin-
tomas1,2,8
até formas clássicas, com desnutrição, diarreia e distensão abdominal.1,2
Os sintomas da DC podem começar na infância ou na idade adulta.10
Os sintomas estão ausentes na criança até
que esta ingira alimentos contendo glúten8,12,13
e instalam-se habitualmente no 2º ano de vida.1,14
A criança começa
a não aumentar de peso, apresenta anorexia, perda de massa muscular e hipotonia,5,6
acompanhados por diarreia7,12,14
que pode consistir em fezes pálidas, volumosas e com mau odor8,12,14
e distensão abdominal.7,8,14
Pode haver ede-
ma, se a hipoproteinémia for suficientemente grave.6,8
Em crianças mais velhas associa-se a baixa estatura,5-7
atra-
sos no crescimento,6-8,11
raquitismo,5,6
anemia,5-8,11
defeitos na dentição6,7
e alterações de carácter.5,11,14
Os adultos com DC queixam-se habitualmente de fadiga5,7,11
e têm vulgarmente sintomas gastrointestinais inespe-
cíficos7
que podem incluir dor abdominal,3,7,8
distensão abdominal,3,6,8,10
diarreia5-8,10,11
ou obstipação,3,6,11
flatulên-
cia6,7,10,11
ou esteatorreia.6-8,11
Contudo, a maioria dos adultos apresenta formas atípicas da doença,1,3,4,7
com atrofia
das microvilosidades associada a manifestações extra-intestinais, ou doença silenciosa, quando a atrofia intestinal
não está associada a qualquer sintomatologia.1,3,4
Uma elevada percentagem de doentes apresenta dermatite her-
petiforme,3,6,7,9
caracterizada por depósitos granulares de IgA na junção dermoepidérmica5,6
e que consiste em
vesículas acompanhadas de prurido intenso,3,6,11
com distribuição simétrica localizada nos cotovelos, joelhos, glú-
teos,6,11
face, pescoço, tronco,6
palmas das mãos, plantas dos pés ou couro cabeludo.3
As manifestações extra-intestinais da DC podem consistir em anemia e osteopénia/osteoporose1,3,4,7,11
relacionadas
com deficiência na absorção de ferro, folato, vitamina B12, cálcio e vitamina D,1,7,9
baixa estatura,4,8,14,15
infertilida-
de,1,2,4-9,11,14
aborto recorrente,2,6,9,11
puberdade tardia,2,6
alterações neurológicas7,14
ou psiquiátricas,6,7,14
úlceras af-
tosas,6-8,14
defeitos no esmalte dentário,11,14
hemorragias por deficiência de vitamina K,1,6,11
hemossiderose pulmonar
idiopática,1,6
entre outras.
Existem determinadas patologias às quais a DC parece estar associada, já que a sua incidência nestes doentes é
significativamente superior à da população em geral: diabetes mellitus tipo 1,1-3,7,9,11
síndroma de Down,1-3,7,9
pa-
cientes com doenças autoimunes2,3,7
como doença autoimune da tiróide1,7,11
ou doença hepática autoimune,1,7
cir-
rose biliar primária,1,11
nefropatia por IgA,1,9
lúpus eritematoso sistémico,7,11
síndroma de Sjögren,1,9
deficiência em
imunoglobulina de tipo A,1-3,7,9
alterações genéticas como síndroma de Turner1,3
e de Williams,3
síndroma do intes-
tino irritável, psoríase, alopécia areata,9
doença de Addison,9,11
artrite reumatóide e vitíligo.7
A incidência de algumas doenças malignas encontra-se aumentada em doentes com DC,1,7
como linfoma intesti-
nal,1,4-6,11,12
adenocarcinoma do intestino delgado, carcinoma esofágico5-7,9
e orofaríngeo,6,7,9
cancro hepático primá-
rio, linfomas Hodgkin e não-Hodgkin7
e carcinoma do intestino grosso.5,7
Existem algumas evidências de que uma
dieta pobre em glúten pode reduzir o risco de malignidade nestes doentes.4,7
Tratamento
O tratamento da DC consiste no compromisso de seguir durante toda a vida uma dieta estritamente isenta de glú-
ten,1-3,7,8,10
que vai parar os sintomas e permitir a cura do dano intestinal.2,10
A ingestão, mesmo que de pequenas
quantidades, pode impedir a remissão ou induzir relapso.8
A DC não tratada expõe os doentes a um risco aumentado
de malignidades, osteoporose,1,2
anemia1
e doenças autoimunes.2,5
O diagnóstico atempado é importante para me-
lhorar a qualidade de vida do doente e diminuir os riscos a longo prazo da doença não tratada.7
Não está ainda esta-
belecido se deve ser recomendada uma dieta isenta de glúten a pacientes com doença assintomática.1,7,9
Doença celíaca
2. centro de informação do medicamento
CIM
Alguns doentes respondem mal, ou não respondem de todo, à evicção do glúten, por diagnóstico incorrecto ou porque
a doença é refractária.1,8
Em doentes que não respondem à dieta deve também ser considerada a possibilidade de
não adesão ou de ingestão inadvertida.1,3
A suplementação vitamínica pode ser necessária no início da dieta1,2,8
Os doentes devem ser rastreados para deficiên
cias nutricionais e, dependendo da deficiência, podem ser tratados com suplementos de vitaminas, minerais e hema-
tínicos, como ferro, folato, cálcio e vitamina D.2,7
Os casos ligeiros podem não requerer suplementação.1,8
O papel da aveia na DC permanece controverso.5-7
Segundo alguns, a aveia possui também, mas em menor grau, o
constituinte tóxico para os doentes celíacos;1,3,4,8
outros afirmam o contrário.2,7
Existem alguns estudos que sugerem
que a ingestão de aveia é segura em muitos doentes;1,5-7
outros indicam que, em alguns indivíduos, uma dieta con-
tendo aveia pode provocar mais sintomas intestinais.1
Contudo, uma vez que a aveia é frequentemente processada
com outros cereais como trigo1,2,5-7
ou centeio,1
pode ocorrer contaminação cruzada, o que leva a que não se possa
recomendar a sua ingestão,1,2,6,7
a menos que se possa garantir que se trata de aveia pura;6,7
mesmo assim, a sua
introdução na dieta deve ser feita em pequenas quantidades.7
Os produtos lácteos devem evitar-se durante os primeiros meses após o início da dieta, porque frequentemente co-
existe com a DC uma deficiência de lactase secundária,3,12
por atrofia das microvilosidades.12
Depois de 1 a 2 meses
de dieta sem glúten podem reintroduzir-se os lacticínios de forma progressiva, desde que tolerados pelo doente.3
O glúten é tão amplamente utilizado que a sua eliminação completa da dieta é muito difícil de conseguir e manter.3,12
O glúten está presente de forma generalizada em alimentos já preparados3,7
nos quais a farinha de trigo se utiliza
como espessante.6
Actualmente já existem no mercado produtos especiais sem glúten.10
O glúten também pode es-
tar presente como excipiente em medicamentos.6,11
Os doentes necessitam de listas detalhadas de alimentos a evitar e aconselhamento de um nutricionista familiarizado
com a DC,8
devendo ser educados sobre fontes menos óbvias de glúten e aconselhados a ler meticulosamente os ró-
tulos.7
A tabela abaixo é meramente informativa e não dispensa um aconselhamento especializado. As associações
de doentes desempenham um papel fundamental no apoio e acompanhamento de doentes e suas famílias. Em Por-
tugal podem recorrer, por exemplo, à Associação Portuguesa de Celíacos – http://www.celiacos.org.pt/.
Tabela. Alimentação do doente celíaco
Alimentos que contêm glúten Alimentos que podem conter glúten* Alimentos sem glúten
Pães, farinhas, produtos de
pastelaria, cereais de pequeno
‑almoço e massa preparados a
partir de trigo, centeio,
cevada,5,10,13,14
aveia5,13,14
ou
sêmola de trigo;10
Produtos manufacturados em cuja
composição entrem qualquer das
farinhas dos cereais citados;14
Chocolates,3,14
excepto se existe
declaração expressa do
fabricante;14
Leite e alimentos com malte;14
Infusões e bebidas preparadas
com cereais, como a
cerveja;5,6,14,15
Whisky elaborado por destilação
de malte.3,15
Qualquer alimento preparado ou manufacturado
se o comerciante não específica que não contém
glúten;14
Alimentos com amido modificado ou amidos não
identificados;11
Molhos, sopas de pacote,5,8,10,15
sobremesas
instantâneas5,15
ou produtos pré-cozinhados,
como filetes, hambúrgueres, batatas fritas
congeladas15
e vegetais em creme ou panados;10
Produtos de charcutaria;3,14,15
Queijos fundidos;13,14,15
Patés e conservas;3,14
Doces e rebuçados;11,14
Gelados;3,8
Compotas e sumos;15
Café e chá instantâneos;14
Molho de soja;11
Banha.15
Pães, produtos de pastelaria e cereais preparados a
partir de farinhas de milho, batata, arroz ou soja;10
Milho, arroz,10,14,15
tapioca (farinha e amido)14
e
soja;14,15
Massa preparada a partir de arroz ou de outros
ingredientes permitidos;10
Frutos, vegetais e legumes não processados;10,13,14
Carne, peixe10,13,14,15
e marisco frescos13,14
e ovos;13,14,15
Leite,10,14,15
manteiga, nata 14,15
requeijão, 14
ou
iogurtes15
e queijos não processados;10,15
Leguminosas secas;10,15
Frutos secos naturais;13
Sal, vinagre, pimenta;14
Açúcar e mel;14
Café e chá naturais,14,15
cacau puro e sumos de
fruta;15
Azeite, margarina13,14,15
e óleos;15
Refrigerantes.14,15
* Só podem ser ingeridos os que declaradamente estão isentos de glúten.
Ana Paula Mendes
Bibliografia
1. Holtmeier W., Caspary W. Orphanet Journal of Rare Diseases, 2006; 1: 3. Disponível em: http://www.ojrd.com/content/pdf/1750-
1172-1-3.pdf (acedido a 21-12-2006).
2. Farré C. El Farmacéutico, 2003; 306: 60-75.
3. Rodrigo L. Rev Esp Enferm Dig, 2006; 98: 397-407. Disponível em: http://www.grupoaran.com/mrmUpdate/lecturaPDFfromXML.
asp?IdArt=458114&TO=RVN&Eng=0 (acedido a 21-12-2006).
4. Celiac Disease. Evidence Report/Technology Assessment. Agency for Healthcare Research and Quality. June 2004. Disponível
em: http://www.ahrq.gov/clinic/epcsums/celiacsum.pdf (acedido a 21-12-2006).
5. Ciclitira P. Guidelines for the management of patients with Coeliac Disease. British Society of Gastroenterology. April 2002. Dis-
ponível em: http://www.bsg.org.uk/pdf_word_docs/coeliac.doc (acedido a 11-12-2006).
6. Ciclitira P. Gastroenterology, 2001; 10: 1526-40. Disponível em: http://download.journals.elsevierhealth.com/pdfs/journals/0016-
5085/PIIS001650850170162X.pdf (acedido a 11-12-2006).
7. Leffler D., Saha S., Farrell R. Am J Manag Care, 2003; 9: 825-31. Disponível em: http://www.ajmc.com/files/articlefiles/AJMC-
2003decLeffler.pdf (acedido a 21-12-2006).
8. Beers M., Berkow R. eds. The Merck Manual, 17th ed, Whitehouse Station, Merck Research Laboratories, 1999.
9. Dugan J. M. MJA, 2004; 180: 524-6. Disponível em:
http://www.mja.com.au/public/issues/180_10_170504/dug10818_fm.pdf (acedido a 21-12-2006).
10. Stevens L., Lynm C., Glass R. JAMA, 2005; 293: 2432. Disponível em: http://jama.ama-assn.org/cgi/reprint/293/19/2432 (ace-
dido a 21-12-2006).
11. Anon. Enfermedad Celíaca. Celiac Disease Foundation. Disponível em: http://www.celiac.org/spanish-brochure.php (acedido
em 12-10-2006).
12. Anon. Farmacéuticos, 2002; 267: 44-6.
13. Mora I. Enfermedad celíaca. AEPap. Disponível em: http://www.aepap.org/familia/celiaca.htm (acedido a 12-10-2006).
14. Guerrero-Fdez J., Guerrero J., Guiote M. Enfermedad celiaca (celiaquía). Disponível em: http://www.aeped.es/infofamilia/te-
mas/enfceliaca.htm (acedido a 20-10-2006).
15. Lopes A. Cadernos da Direcção-Geral da Saúde, 2004; 3: 20-1. Disponível em: http://www.dgs.pt/upload/membro.id/fichei-
ros/i006158.pdf (acedido a 27-12-2006).