O documento descreve os princípios básicos da tomografia computadorizada, incluindo seu histórico, funcionamento, componentes, parâmetros técnicos e termos utilizados. A TC utiliza raios X e detectores para gerar imagens detalhadas dos tecidos corporais em cortes finos.
5. • Funcionamento Básico:
• Utiliza um tubo de raios x que gira sobre um eixo
longitudinal, fazendo radiografias transversais do
objeto.
• As imagens obtidas são convertidas pelos
detectores em pulso elétrico e, posteriormente
por um computador em cortes tomográficos
9. • Imagem em TC:
• Pixel: é a menor unidade que compõe a imagem
digital
• Voxel: é a representação volumétrica do Pixel
10.
11. • Componentes:
• Gantry:
• é onde ficam inseridos os elementos necessários para
a produção, detecção do feixe de raios x. Bem como
elementos mecânicos para realizar as rotações em
torno do eixo longitudinal da cama.
• laser para centralização
• movimento de inclinação
13. • Componentes:
• Tubo RX:
• Desenvolvido para suportar tempos grandes de
exposição, e com focos finos
• Atualmente confeccionados em metal, resfriados a
óleo.
• US$ 80.000,00
14.
15. • Componentes:
• Detectores:
• transformam a radiação x incidente em um pulso
elétrico, que será posteriormente digitalizado
• estão localizados contra a janela de colimação do
tubo de raios x. Sendo eles únicos ou em arranjos, em
formato de leque.
16. • Componentes:
• Detectores - Características:
• Alta eficiência na captura de raios x,
• Alta absorção de raios x;
• Alta eficiência de conversão de raios x em sinal
elétrico,
• Estabilidade,
• Tempo de resposta baixo
• “Dynamic Range”: eficiente em baixas e altas
energias
17. • Componentes:
• Detectores – Tipos:
• Sólidos:
• Iodeto de Sódio – 1ª. Geração
• Tungstato de Cádmio
• Vantagem: eficiência próxima de 100%
• Desvantagem: Menor resolução
• Gasosos:
• Xenônio ou Criptônio
• Vantagem: Boa resolução
• Desvantagem: eficiência de 60 a 90%
• Atualmente são usados detectores de material
cerâmico, ligados a um fotodiodo que produz o pulso
elétrico
18.
19. • Componentes:
• Console:
• Computador de comando, onde são planejados os
estudos, quantidade de cortes, kV, mAs,...
• Digitaliza e reconstrói os sinais provindos dos
detectores, apresenta a imagem completa
20. • Componentes:
• Câmera Multiformato:
• Computador onde será feita a fotografia do exame,
selecionando os parâmetros do filme como:
• Layout: 4x5, 3x4, 3x3, 4x4,...
• Zoom: amplificação da imagem
• Janela: nível e amplitude
26. • Tomografia Helicoidal
• Vantagens:
• Reduz o tempo de realização de exames
• Diminui artefatos de movimento
• Requer menos quantidade contraste
• Possibilita reconstruções em volumes (MPR, MIP)
• Possibilita aquisições completas em apenas uma
apnéia inspiratória
27. MultiSlice
Tomografia com multidetectores
possuem mais de uma fileira de detectores
para cada volta completa do tubo de raios X em
torno do paciente, mais de um corte é gerado
simultaneamente
O número de cortes possíveis depende do
número de fileiras de detectores disponíveis no
aparelho e de sua associação
28. MultiSlice
Tomografia com multidetectores
O primeiro aparelho, lançado no início da década
de 90, possibilitava a aquisição da imagem de
dois cortes simultâneos por giro completo do tubo
de raios X
Atualmente os equipamentos MDCT fazem
exames muito rápido, como, crânio em 1s, corpo
inteiro em 5s
33. • Coeficiente de atenuação (μ):
• Em uma imagem tomográfica, diferentes tecidos
produzirão diferentes níveis de atenuação do
feixe de raios x.
• dependem da densidade do tecido e do seu
número atômico
34. • Unidades Hounsfield (HU)
• São os valores atribuídos pelo computador a
cada coeficiente de atenuação medidos durante a
exposição e que corresponderão a um tom de
cinza
35. • Osso Rochoso = +3000HU
• Osso Médio = +1000HU
• Sangue coagulado = +55 a +75HU
• Fígado = +40 a +70HU
• Rins = +40 a +70HU
• Músculo = +35 a +70HU
• Substância Branca = +36 a +46HU
• Substância Cinzenta = +13 a +18HU
• Sangue = +13 a +18HU
• Líquor = +15HU
• Tumores = +5 a +15HU
• Gordura = -150 a -400HU
• Ar = -1000HU
38. Parâmetros Técnicos
• FOV:
• Field of View:
• Refere ao campo de visão, ou seja, área de interesse.
É o tamanho da área da fatia.
• Deve ser selecionado de acordo com a região do
corpo a ser estudada.
39. • FOV:
Relação entre FOV,
tamanho da matriz,
voxel e pixel em uma
imagem tomográfica
Imagens tomográficas
possuem normal-
mente imagens de
matriz 512x512 ou
256x256 pixels
42. • Slices:
• Cortes:
• deve ser selecionado a quantidade de cortes (fatias)
que cobrirá toda a parte de interesse do exame.
• Lembre-se que cada corte gasta um pouco do tubo de
raios x, por isso, devemos ser precisos na
determinação da área de estudo.
• Ex.: Crânio – 20cortes
43.
44. • Thickness:
• Espessura:
• Refere a grossura do nosso corte (fatia), profundidade
do voxel, será determinada pela colimação do feixe.
• Para selecionar esse parâmetros devemos levar em
conta o tamanho do região do nosso estudo
• Ex.: Crânio Fossa Posterior – 5mm
Crânio Supratentorial – 10mm
45.
46.
47. • Index:
• Incremento ou Deslocamento:
• Refere-se a espaço entre um corte e outro,
determinado pelo avanço da mesa de exames
• Como na espessura do corte, devemos levar em
conta o tamanho do objeto do nosso estudo, para não
perdermos nada
• Ex.: C.A.I. espessura: 1mm
incremento: 0,5mm
48.
49. • PILOT (surview ou :
• Escanograma:
• Radiografia digital feita conforme determinação do
operador em AP, PA ou Perfil
• Será usada para programação do exame
• Ex.: PF Crânio e AP Abdome
50.
51.
52.
53.
54.
55. • Pitch:
• Passo:
• Parâmetro presente apenas em tomógrafos
helicoidais, definido pelo deslocamento da mesa
durante a rotação (ou revolução) contínua do tubo de
raios x, dividido pela largura da colimação.
Incremento de mesa x número de rotações
Espessura do corte
56. • Pitch:
Incremento de mesa x número de rotações
Espessura do corte
• Para uma fatia de 5mm, o paciente pode mover-
se 10mm durante o tempo que leva o tubo pra
girar 360º, levando a um pitch de 2.
57.
58. • Filtros:
• Standart: sem algoritmo, filtro mole usado
comumente para visualizar partes moles
• Smooth: filtro intermediário usado para dar
contorno suave em estruturas
• Bone: filtro duro, usado para detalhamento de
partes ósseas, dando mais detalhes em fraturas e
formações ósseas
59.
60.
61. • Raw Data:
• Gravação em disco rígido dos dados brutos da
aquisição, sem ser aplicado nenhum filtro.
• A partir dos dados brutos podemos fazer as
reconstruções aplicando novos filtros e/ou
centralização da imagem
63. • Centro
• Centro do FOV é a intersecção dos eixos x e y.
(0x0)
• Podemos reconstruir o exame a partir do raw
data, centralizando, aumentando o FOV, mudar o
filtro,...
64.
65.
66. • Window:
• Janelas:
• A Escala de Hounsfield tem uma amplitude muito
grande de tons de cinza (mais de 3000). Como o olho
humano não tem a capacidade de distinguir todos
esses tons é necessário que se trabalhe com apenas
uma parte da escala. Determinamos então a
amplitude da escala que iremos utilizar:
67. • Window:
• Janelas:
• Window Width (WW) – Amplitude da janela,
determina a porção a escala de hounsfield que será
usada na imagem.
• Exemplo: WW=300 teremos 300 tons de cinza
Mexe diretamente no
CONTRASTE !!!
68. • Window:
• Janelas:
• Window Level (WL) – nível da janela, este deve ser
o valor do tom de cinza correspondente ao da
densidade média da estrutura que se deseja estudar.
• Exemplo: a densidade do parênquima pulmonar em
um adulto varia de -700 a -900 HU,
devemos então selecionar o nível entre estes valores:
-800HU
Mexe diretamente no fator
BRILHO!!!
69. • Window:
• Janelas:
• Juntando-se os conceitos de amplitude e nível de
janela, podemos observar que quando utilizamos a
seguinte janela: WW=300HU e WL=50HU
significa que os valores da escala com que estamos
trabalhando irão de -100HU até 200HU, ou seja,
150HU pra baixo e 150HU pra cima do nível.
70. Números de TC
• Osso Rochoso = +3000HU
• Osso Médio = +1000HU
• Sangue coagulado = +55 a +75HU
• Fígado = +40 a +70HU
• Rins = +40 a +70HU
• Músculo = +35 a +70HU
• Substância Branca = +36 a +46HU
• Substância Cinzenta = +13 a +18HU
• Sangue = +13 a +18HU
• Líquor = +15HU
• Tumores = +5 a +15HU
• Gordura = -150 a -400HU
• Ar = -1000HU
71. Termos Técnicos
• ROI:
• Region of Interest: região de interesse,
determinada pelo operador, podendo ter vários
formatos.
• Utilizados normalmente para leitura do valor da
densidade (HU) no tecido de interesse ou massa
73. Termos Técnicos
• VOI:
• Volume of Interest: Volume de interesse. Usado
normalmente em reconstruções, serve para
delimitar o volume
74. • MIP:
• Maximum Intensity Projection: Reconstrução
feita a partir de uma aquisição helicoidal, com
efeito 3D.
• MPR:
• Multi-Planar Reformatting :
Reconstrução que possibilita a realização de
cortes em diversos planos.
75. Preparação e Posicionamento do
Paciente
• O paciente deverá ser posicionado em decúbito,
podendo esse ser dorsal (supine), ventral (prone),
lateral esquerdo (left) ou lateral direito (right). Este
parâmetro deve ser selecionado quando inseridos os
dados do exame.
• O paciente também deverá ser posicionado com a
cabeça em direção ao gantry (head in) ou os pés
entrando no gantry (feet in).
• Para os exames de crânio é usado suporte especial
para posicionamento do paciente.
76.
77.
78. Mesa de exames
• Movimentação:
• A mesa de exames pode ser movimentada através dos
comandos no gantry ou liberação de freios.
• Se movimenta para baixo e para cima (up/down) quando
fora do gantry, e longitudinalmente, entrando e saindo do
gantry (in/out)
• Parte da cama fica suspensa, por isso devemos atentar
para a capacidade de peso da mesa, suporta normalmente
pacientes de até 150kg.
• A altura deve ser regulada conforme a área de interesse.
79. Mesa de exames
• Movimentação:
• Feixe laser de localização:
• O laser marca o início do nosso estudo, ou seja, a
base da nossa radiografia digital. E também a altura
desejada da mesa.
• Importante o conhecimento dos pontos de referência
superficiais do corpo
80. Meio de contraste em TC
• Oral:
• Usado em exames de abdome, serve para diferenciar
alças intestinais.
• Bário: composto usado para contraste oral, porém, é
diferente do contraste baritado usado no raio x
convencional. Possui baixa concentração.
• Paciente que executaram exames com contraste oral
no rx convencional, devem aguardar que este
contraste seja eliminado pelo organismo. Pois causa
artefatos na imagem de tomografia.
81. • Oral:
• Iodado: devido ao alto custo do contraste
baritado pra tomografia é comumente usa o
contraste iodado, diluído em água, o gosto é
amargo.
• Diluição: 50ml em 1litro de água
• Posologia: 1 copo a cada hora
no momento do exame
tomar mais 2 copos
82. • Iodado EV
• Iônico:
• Alta osmolalidade
• Bastante tóxico
• Uso mais comum, devido ao baixo custo
• Não iônico:
• Baixa osmolalidade
• Menor toxicidade que o iônico
• Uso raro, alto custo
83. • Anamnese:
• História pregressa do paciente. Muito importante
para complementação de informações que
levarão a um exame bem direcionado e um
diagnóstico preciso.
• Mais importante é anamnese para uso do
contraste iodado, pois este possui diversos
efeitos colaterais que vão desde leves a muito
graves, podendo inclusive ser fatal.
85. • Preparo:
• DIABETES:
• Deve suspender os medicamentos que contenham
Metformin, parar a medicação 48hs antes do exame e
somente voltar a tomar 48hs depois
• Nomes comerciais:
• Gluccoformin®, Glicofage®, Glifage®, Dimefor®
86. • Preparo:
• Para fazer a injeção de contraste o paciente deve
estar em NPO à pelo menos 4hs.
• Esta regra reduz o risco do contraste provocar
vômitos e permite o uso de medicações e
medidas de emergência, tais como, entubação,
anestesia,...
87. • Preparo:
• ALERGIA:
• Fazer preparo com corticóide oral 24hs antes.
• Prednisona 6mg de 8 em 8hs
• Casos mais graves deve ser feito com
acompanhamento de anestesia
• O uso de contraste não iônico também é indicado em
casos graves
88. • Acesso EV:
• Devemos procurar um acesso venoso de bom calibre, e de
preferência fora de região da dobra do braço ou punho.
• Usar Butterfly (scalp) ou Abocath (gelko) de grosso calibre,
pois o MC é bastante viscoso
• O acesso deve ser mantido durante alguns minutos após o
término da injeção e do exame. Para o caso de
intercorrências por reação alérgica do paciente.
89. • O uso de Bomba Injetora
• Equipamento usado para infusão em bolo do meio de
contraste
• Vantagens:
• Fluxo constante
• Feito a distância (reduz dose ocupacional)
• Fluxos altos (velocidade de injeção)
• Desvantagens:
• Distância
• Rompimento veia
• Alto custo das seringas (esterilização)
90.
91.
92. Reações ao MC
• Leves:
• Náusea/Vômitos
• Tosse
• Calor
• Cefaléia discreta
• Tontura
• Ansiedade
• Alteração do paladar
• Prurido
• Rubor
• Calafrios
• Tremores
• Urticária limitada
• Sudorese e palidez leve
• Exantema
• Congestão nasal
• Espirros
• Edema leve em olhos e
boca
• Dor no local da injeção
93. • Moderados:
• Vômitos intensos
• Mudança da freqüência
• Hipertensão
• Hipotensão
• Urticária extensa
• Edema facial moderado
• Rigidez
• Dispinéia/sibilos
• Broncoespasmos
• Laringoespasmos
• Dor em tórax e abdome
• Cefaléia intensa
98. Importante
• Toda injeção de meio de contraste deve ser
acompanhado pelo médico Radiologista ou
médico responsável.
• A responsabilidade do técnico é estar
interado dos procedimentos de urgência,
local de medicações e instrumentos para
auxiliar e executar as instruções médicas
99. História do Paciente
O histórico do paciente é parte integrante do
exame, é a partir dele que será planejado o
exame.
Devem ser coletadas todas informações referentes a:
• Informações clínicas,
• Exames anteriores,
• Doenças anteriores,
• Sinais e sintomas atuais,
• Hipótese diagnóstica
100. Planos de Corte e Reconstrução
• Plano Coronal (frontal)
• Divide o corpo em anterior e posterior
• Plano Sagital
• Divide o corpo em direito e esquerdo
• Plano Transversal (axial)
• Divide o corpo em superior e inferior
• Planos Oblíquos
107. Filmes e Impressoras
Os filmes para tomografia são especiais pois
são sensibilizados não mais pelo raio x, mas
por um feixe de raios laser, na chamada
câmera laser.
A impressora laser reproduz a imagem
selecionada pelo operador, com a mesma
janela de visualização (WL).
108. Filmes e Impressoras
O layout do filme será de acordo com as
exigências da técnica usada ou da
necessidade de demonstrar melhor algum
tecido ou patologia
O seu tamanho é 35x43cm, e pode ser divido
em várias partes:
109. Filmes e Impressoras
DRYVIEW:
“Impressora a seco”
sistema sem o uso de químicos para revelação, usa
um sistema de sensibilização do filme pelo calor.