Este documento descreve um projeto no qual alunos do ensino médio construíram um jornal escolar impresso e online com o objetivo de desenvolver suas habilidades de leitura, escrita e uso de tecnologias. O projeto foi baseado em teorias construtivistas e visava estimular a participação ativa dos alunos no processo de aprendizagem. De acordo com o autor, o projeto teve resultados positivos como maior engajamento dos alunos.

1. MESTRADO ACADÊMICO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
ALUNO: JOSÉ ADEMIR DAMASCENO JÚNIOR
MATRÍCULA: 20162018040034
DISCIPLINA: PRODUÇÃO E REUTILIZAÇÃO DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM
PROFESSORES: DR. DENYS SALES E DRA. JUSCILEIDE CASTRO

2. Seminário 1 - Resenha crítica
ELABORAÇÃO DE UM JORNAL ESCOLAR NO 1º ANO DO ENSINO
MÉDIO POLITÉCNICO: UMA DAS APLICAÇÕES DO COMPUTADOR
NA POLITECNIA

3. INTRODUÇÃO
O avanço tecnológico tem provocado uma mudança de
postura, atitudes e comportamento da sociedade. A
internet, os celulares, tabletes, entre outros, permitem nos
comunicarmos de qualquer lugar em qualquer momento.
Essa evolução tecnológica tem permitido uma maior
velocidade na comunicação entre as pessoas, reduzindo à
distância entre as mesmas, disponibilizando mais
informações em menos tempo.

4. Nessa perspectiva, os alunos dessa sociedade da informação
não devem ser tratados como meros agentes passivos do
conhecimento. Indivíduos que apenas repetirão informações
repassadas por seus professores, estes somente
transmissores do conhecimento.
Numa sociedade onde os alunos são nativos dessa tecnologia,
mesmo com pouca idade já sabem manusear computadores,
devem eles ser estimulados, incentivados, para a construção
do seu conhecimento, de uma forma criativa, participativa e
interativa.

5. Esses jovens estudantes devem construir o seu próprio
conhecimento. Eles devem ser ativos no processo ensino
aprendizado. Nesse contexto, o professor precisa ser
mediador na construção do conhecimento dos seus alunos.
Ele deve se beneficiar com a atração, identificação e
motivação que os estudantes têm pelo mundo do
computador. O mesmo precisa utilizar todos os recursos,
potencial, que essa tecnologia proporciona. O professor, por
meio de sua experiência e conhecimento, conduzirá o
aprendiz através das infinitas possibilidades/caminhos que
as TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação) podem
oferecer.

6. Portanto, o viés da informática como ferramenta educativa
pode constituir-se como um relevante aliado para facilitar
o aprendizado do aluno.
Nesse sentido, a Educomunicação, aprender por meio da
comunicação, interação como o meio intra e extraescolar
(aluno-aluno, aluno-professor e aluno-comunidade-família,
por exemplo), apresenta-se como uma alternativa favorável
para a construção do conhecimento.
Não podemos esquecer também que a relevância da
tecnologia está no uso que se faz dela, pois não podemos
conceber o uso desta para perpetuar um ensino apenas por
transmissão, um conhecimento pronto, acabado, estanque.
O aluno deve ser encorajado através de um aprendizado
por descoberta, investigação, interação.

7. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O conceito da Educomunicação, tendo um pressuposto que
não há como educar sem se comunicar, pode perfeitamente
embasar-se no construtivismo e sócio-interacionismo.
Jean Piaget, principal representante da perspectiva
construtivista, defende que o conhecimento parte da ação do
sujeito com o objeto, que o conhecimento humano se
constrói através da interação do indivíduo com o meio.
Lev Vygotsky, defensor da teoria sócio-interacionista, advoga
que o conhecimento se dá através da interação e construção
coletiva em meio sócio-histórico-cultural (por exemplo,
aluno/aluno, aluno/professor e aluno/computador).

8. METODOLOGIA
Nesse trabalho, o autor utilizou alunos da 1ª série do Ensino
Médio Politécnico, com a colaboração de uma professora de
português, para a construção de um jornal impresso e
também on-line, vislumbrando despertar nos alunos a
motivação, o gosto pela leitura, desenvolver a escrita e
facilitar o processo ensino aprendizado.
Os alunos produziam os textos, utilizando gêneros textuais
diversos (tirinhas, livros, anúncios, filmes, horóscopos, por
exemplo), assuntos de culinária, esportes, entre outros,
todos relacionado com o dia a dia dos estudantes, com o
meio social em que são inseridos.
Os jovens também aprenderam a construir e operar um blog.
A interação entre eles era uma das prioridades do projeto.
Eles interagiam presencialmente, mas também à distância
por meio de trocas de e-mails.

9. O projeto também visava proporcionar nos alunos uma
visão crítica de sua realidade, do mundo em que vivem, e,
a partir disso, transformá-lo.
Eles divulgavam também as matérias do jornal na rede
social facebook.
O projeto buscava também estimular a expressão oral,
melhorar o rendimento dos alunos, a produção textual, a
autoestima e a autoconfiança, através da integração social
estabelecida pelos mesmos ao longo do trabalho.

10. CONCLUSÃO
Este trabalho de conclusão do curso de Mídias na Educação é
focado na inserção das TICs no processo de ensino e
aprendizado, ademais adotando práticas construtivistas,
tendo como modus operandi a contextualização,
interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.
Segundo o autor, o computador apresentou-se como
importante ferramenta educacional, pois os alunos são
nativos digitais, desse modo, a linguagem utilizada e os
recursos da informática são pertinentes à realidade em que
vivem.
Para ele, o projeto possibilitou uma renovação de sua
metodologia de ensino, de sua prática escolar. Os alunos
tornaram-se partícipes na construção do conhecimento,
apresentaram uma visão mais crítica da realidade. O
conhecimento prévio dos alunos foi levado em consideração.

11. Ele completa ainda que esse trabalho teve como objetivo
não só desenvolver a aptidão da linguagem para o pleno
domínio da leitura e escrita nas diversas situações de uso
social da língua portuguesa, mas formando cidadãos mais
críticos que ocuparão seu lugar na sociedade. Nesse
contexto, os alunos aprenderam a descobrir, a pesquisar,
a conhecer, a participar, a interessarem-se por novos
assuntos. Trocaram experiências entre si, conheceram-se,
comunicaram-se, por fim, educaram-se.
O projeto permitiu que ao aluno ir e determinar os
caminhos a seguir de acordo com o seu interesse e ritmo.

12. Apesar das dificuldades encontradas, tais como: falta de
apoio da secretaria de educação, seja por insuficiência de
recursos e formação continuada; “hackeamento” do blog;
problema de acesso ao blogger; o professor apontou mais
pontos positivos do que negativos. Ele acrescentou que o
projeto provocou mudanças positivas no comportamento dos
alunos, tornando-os mais participativos, aprendendo
também os conceitos sociais como espaço, opinião e respeito
á opinião do próximo.

13. REFERÊNCIAS
TAROUCO, Liane Margarida Rockenbach; et al. (Org.).
Objetos de aprendizagem: teoria e prática. Porto Alegre:
Evangraf, 2014.