A presidente do sindicato dos servidores municipais se reuniu com o prefeito e secretário de fazenda para discutir benefícios. O ticket alimentação poderá aumentar 21% para R$100. O seguro de vida para motoristas não é permitido por lei. As férias-prêmio serão pagas de forma escalonada quando houver verba disponível. Professores com perdas salariais terão recomposição planejada em quatro anos, começando com o que for possível em 2018.
Diretoria - Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Arcos
Sindicato reivindica benefícios para servidores de Arcos
1. Página 04 Arcos, 08 de julho de 2017
Sindicato reivindica benefícios para
os servidores municipais deArcos
INFORME PUBLICITÁRIO
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores
Municipais de Arcos (STMA), professora Vitória
Veloso, e mais três integrantes da diretoria se reu-
niram com o prefeito Denílson Teixeira e o secre-
tário municipal de Fazenda, Ivan Fontes, no dia 22
de junho. A finalidade do encontro foi tratar de as-
suntos de interesse dos servidores municipais de
Arcos. Veja na sequência.
Ticket Alimentação poderá ter aumento
de 21%
A presidente do STMA cobrou do prefeito o au-
mento do valor do ticket alimentação dos servido-
res, cuja expectativa é que passaria para R$ 160,00.
No entanto, de acordo com informações apuradas pelo
CCO nesta semana, junto à Assessoria de Comunica-
ção da Prefeitura, neste ano deverá passar de R$82,39
para R$100 reais, um aumento de 21,37%. “Está
sendo elaborado o Projeto de Lei que será enviado para
Câmara Municipal e o seu pagamento será efetuado
logo após a publicação da lei aprovada”, informou a
Assessoria.
Na reunião realizada dia 22 de junho, o prefeito jus-
tificou: “Não tem como você pegar uma coisa que
está defasada há anos e recompor no primeiro ano”,
ressaltando que em anos anteriores os reajustes não
acompanharam a inflação. Denílson também afir-
mou que em 2018 a recomposição será feita acima
da inflação.
Seguro de vida dos motoristas
A presidente do STMA questionou o porquê da
demora em efetivar o seguro de vida para os moto-
ristas da Prefeitura. O CCO entrou em contato com
a Assessoria de Comunicação da Prefeitura no início
desta semana, com a finalidade de atualizar as infor-
mações sobre esse assunto. Recebemos a seguinte
resposta: “Sobre o seguro de vida para motoristas da
Prefeitura, o Município não tem legalidade para insti-
tuir tal benefício, tendo em vista que conforme Consulta
776313 – Tribunal de Contas do Estado de Minas Ge-
rais, o pagamento de seguro de vida para seus servido-
res como benefício extraordinário não é possível, exce-
to, em situação especial que envolva risco à integrida-
de física do servidor e que a despesa seja precedida de
autorização legal e de prévia licitação. Por
oportuno, dentre os requisitos especificados também
pela Consulta, para a concessão do mencionado bene-
fício serão necessários: previsão em lei de iniciativa do
Poder Executivo municipal; prévia dotação orçamen-
tária; autorização específica em lei de diretrizes
orçamentárias; licitação prévia para contratar com em-
presas privadas; observância dos limites de despesas
com pessoal da Câmara, definidos pela Lei de Res-
ponsabilidade Fiscal e pela Constituição da República.
Ou seja, não existe dotação orçamentária e nem auto-
rização específica na LDO para este exercício, o que
impossibilita tal beneficio”.
Férias-prêmio: escala de pagamento
Vitória Veloso questionou, ainda, a questão das
férias-prêmio dos servidores. Sugeriu que fosse fei-
ta uma escala para pagamento das férias-prêmio para
todos os servidores. Denílson Teixeira afirmou, na
reunião, que isso será feito. “A Raquel [Raquel Ti-
búrcio, secretária de Administração] me prometeu
que vai começar este ano já, porque já tem escala
pronta”. No início desta semana, o CCO questionou à
Assessoria de Comunicação da Prefeitura quando terá
início o pagamento. A resposta obtida foi a seguinte:
Presidente(3ª),diretorasefuncionáriadoSTMAem reuniãocomoprefeito deArcoseosecretáriomunicipaldeFazenda
“Quanto às férias-prêmio, a Secretaria Municipal de
Fazenda está fazendo um levantamento para verificar
a disponibilidade financeira e orçamentária para o pa-
gamento”.
Direitos dos professores de educação
básica nível IV
Outro assunto tratado durante a reunião realiza-
da dia 22 de junho foi sobre as perdas salariais dos
Professores de Educação Básica nível IV (PEB IV)
e supervisores da rede municipal de ensino em Ar-
cos, o que vem acontecendo desde 2012, quando a
responsabilidade pelas turmas de 6º ao 9º ano foi
transferida para o Estado.
De acordo com informações do STMA, 57 pro-
fissionais da educação em Arcos foram prejudica-
dos. Sem turmas de 6º ao 9º ano para lecionarem,
não tiveram outra opção a não ser o trabalho em
secretarias e bibliotecas escolares, embora não se-
jam secretários e nem bibliotecários, e sim, profes-
sores.
Outro questionamento feito ao prefeito pela pre-
sidente do STMA é quanto ao reajuste que vem
sendo concedido aos professores ‘P IV’ e supervi-
sores da rede municipal de ensino em Arcos. Se-
gundo Vitória Veloso, esse reajuste é inferior ao
piso salarial nacional. “Em 2016, enquanto o piso
salarial nacional teve reajuste de 11,36%, os pro-
fessores P IV [da rede municipal em Arcos] tive-
ram reajuste de 10%. Em 2017, quando o reajuste
foi de 7,64%, os professores P IV tiveram reajuste
de 6,47%. Em 2016, a diferença foi de 1,36%; em
2017, de 1,17%”, exemplifica.
Uma das professoras presentes à reunião disse ao
prefeito: “Vejo como urgente a questão do P IVe das
supervisoras”.
Denílson Teixeira afirmou que reconhece os ansei-
os desses profissionais de educação. Disse que “é um
absurdo o que as supervisoras ganham e é um absurdo
a questão do P IV”.
O prefeito afirmou que não se omite diante de sua
responsabilidade, mas dá autonomia aos secretários.
“Se tomarem uma decisão de pagar este ano e constar
que tem o dinheiro para pagar, eu assino. Eu dei auto-
nomia para a Raquel resolver o que puder ser resolvido
este ano”, ressaltou.
Segundo Vitória Veloso, as perdas salariais come-
çaram em agosto de 2013, quando foi colocado em prá-
tica, no Município, o piso salarial nacional.
Secretário de Fazenda afirma que será dado
o primeiro passo
Diante de todos os argumentos, o secretário de Fa-
zenda, Ivan Fontes, explicou que, como gestor, é inviá-
vel conceder, neste ano, os 16% de aumento conside-
rados em análise feita pela secretária de Administra-
ção. “O P IV ficou de lado durante esses últimos anos.
Eu quero dar aumento, mas não tenho condição hoje.
O Denílson pode até me pedir hoje, mas eu não vejo
condição de dar esse aumento substancial, no valor que
vocês querem”. Ele também disse que já havia solicita-
do à secretária municipal de Administração, que fizes-
se o levantamento do montante que professores perde-
ram desde o início. Assim que Raquel atender à de-
manda, será agendada nova reunião com o STMA.
Ivan Fontes finalizou com uma promessa: “Até
30 de agosto será feito o PPA (Plano Plurianual) e a
LOA (Lei Orçamentária Anual), e a gente pode fa-
zer isso sim (previsão orçamentária para começar a
atender às reivindicações dos professores P IV e
supervisoras). O que eu posso deixar aqui é uma
promessa pra vocês: preparar para o ano que vem,
para fazermos uma coisa melhor. Se você der o pri-
meiro passo, facilita”.
Em resposta à pergunta do CCO, o prefeito tam-
bém afirmou que será prevista a questão dos profes-
sores P IV e supervisoras no planejamento do Orça-
mento de 2018, porém, dimensionada em quatro anos
[2018, 2019, 2020 e 2021]. Denílson enfatizou que não
tem jeito de fazer a recomposição toda em um único
ano, mas que “não é justo ficar do jeito que está”. E
acrescentou: “O que puder ser resolvido neste ano
vai se resolver. Eu vou cobrar, pelo menos pra re-
compor o que puder neste ano”.
O Plano Plurianual tem vigência a partir do segun-
do ano de um mandato até o final do primeiro ano do
mandato seguinte.
A presidente do STMA informa que estará atenta
e seguirá lutando pelos direitos de todos os servido-
res.