2. RELAÇÕES SOCIAIS NA ADOLESCÊNCIA
Ampliação e diversificação da rede de relações
sociais.
Família
Escola
Grupo de Iguais
Tudo que acontecer nestes contextos terá
desdobramentos no desenvolvimento do
adolescente.
3. FAMÍLIA E ADOLESCÊNCIA
Mudanças na relação que os adolescentes tem
com os pais, o que não define necessariamente a
configuração de conflitos graves.
Perturbações nas relações familiares: início da
puberdade. Mas tendem a normalizar. Apenas
menos de 10% vivencia conflitos graves.
Conflitos da vida cotidiana: tarefas de casa,
amizades, vestimentas, horários... os pais
continuam a estabelecer regras.
4. FAMÍLIA E ADOLESCÊNCIA
Mudanças cognitivas: afetam a maneira como
pensam sobre si mesmos e sobre os demais.
Formas diferentes de ver as regras,
questionamentos e argumentos.
Discrepância entre as expectativas de pais e filhos
sobre alguns aspectos (ex: começar a sair
sozinho).
Passam mais tempo com iguais, construindo
relações mais igualitárias (respeito e trocas), o que
pode levá-los a desejá-las em sua família também.
5. FAMÍLIA E ADOLESCÊNCIA
Pais: querem manter a autoridade com a mesma
maneira relacional. Posteriormente costumam
flexibilizar sua postura (adaptação).
Quando há relações caracterizadas pela
comunicação e afeto, e se mostram flexíveis, os
conflitos são favoráveis para o desenvolvimento tanto
dos pais quanto dos filhos.
Em geral, 9 à 15 anos ocorre redução no tempo em
que meninos e meninas passam interagindo com sua
família. Permanência solitária em seu quarto e com
grupo de amigos.
6. BUSCA DA AUTONOMIA
Desenvolvimento social: aquisição de níveis de
autonomia cada vez maiores em relação aos seus
pais.
Processo de Individuação: se individualizar, se
tornar autônomo, independente. Ambivalência novos
privilégios e novas responsabilidades (condutas
maduras e infantis).
Autonomia: desvinculação afetiva dos pais,
distanciamento e hostilidade, o que favorece vínculos
extrafamiliares. Pode gerar uma situação de
vulnerabilidade emocional, o que o torna mais
dependente do grupo de iguais.
7. FAMÍLIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Desenvolvimento da Autonomia: relações dos
pais com filhos combinam afeto com o
favorecimento da individualidade, mediante
condutas que estimulam a iniciativa própria
(discussão, opiniões próprias, decisões).
Supervisão de conduta: conhecer quem são os
amigos, interessar-se por suas atividades, estar
próximo mas respeitando seu espaço. Diferente de
vigilância e superproteção.
Adolescência: período de exploração,
experimentação, mesmo que apresente riscos.
8. FAMÍLIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Conduta educativa dos pais: flexibilidade. Filhos
mudam rapidamente, modificar suas expectativas,
normas e práticas educativas que regem a família
para ajustá-las às novas necessidades do
adolescente.
Comunicação entre pais e filhos: canais abertos
em ambos os sentidos. Pais atentos e receptivos
frente as preocupações dos filhos, proporcionando
apoio e informação.
Pais Democráticos: comunicação e afeto, controle
não-coercitivo, conduta responsável dos filhos.
Desenvolvimento saudável, rendimento acadêmico e
menos problemas de conduta.
9. FAMÍLIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Pais Autoritários: relação fria e controladora. Filhos
se mostram obedientes e conformistas, mas a longo
prazo tendem a se rebelar, desenvolvem baixa auto-
estima, sintomas depressivos, hostilidade e rejeição
com os pais.
Pais Permissivos: relação afetuosa, porém déficit
no controle de conduta. Poucos problemas
psicológicos, mas podem desenvolver problemas de
conduta e consumo de drogas .
Pais Indiferentes: distantes. Podem desenvolver
problemas escolares, psicológicos, problemas de
conduta e abuso de drogas.
10. NOVAS CONFIGURAÇÕES FAMILIARES
Divórcio e Separação: maior sofrimento durante
o primeiro ano após a ruptura, novas
configurações, novos papéis, emoções
contraditórias (amor, ódio, lealdades).
Consequências: evitar envolvimento emocional,
deixar atividades acadêmicas ou recreativas.
Tensões nas relações parentais.
11. RELAÇÕES COM IGUAIS
Iguais: maior importância, estabilidade e
intensidade. Contexto de socialização mais
influente.
Maturação Cognitiva:
Falam mais de si mesmos, se compreendem
melhor, reciprocidade, apoio mútuo;
Intimidade (compartilham pensamentos,
sentimentos, expectativas, preocupações) ;
Comportamento Pró-social (habilidades
interpessoais, se ajudam).
Construção do Autoconceito (diferentes
perspectivas).
12. CONFORMISMO E IGUAIS
Consequências negativas entre iguais: Influência
dos iguais como fator de risco para condutas anti-
sociais.
Vulneráveis: necessidade de apoio, relações
familiares ruins, ignorados e rejeitados no grupo.
Distanciamento dos pais, construção da identidade
(vulnerabilidade), pressão dos iguais.
Suscetibilidade: 11 a 13 anos.
Mais autônomos = resiste a pressões do grupo.
13. EVOLUÇÃO DO GRUPO DE AMIGOS
1ª Etapa: agrupamento com membros do mesmo
sexo, contexto escolar, mesma idade, pouco
permeável.
2ª Etapa: interação entre turmas unissexuais,
esporádica que ocorre nos fins de semana.
3ª Etapa: turma mista,15 a 25 membros de ambos os
sexos, meninos mais velhos, menos íntimos,
esporádicos, diferentes turmas (estilos, bairros,
idades).
4ª Etapa: desintegração da turma, se transforma em
uma série de casais relacionados entre si.
14. RELAÇÕES DE CASAL E ADOLESCÊNCIA
Casal: impulso sexual, imitação de comportamentos
adultos, interesse pelo outro sexo ou pelo mesmo
sexo.
Iniciação: fatores sociais...
Meninas: 12 e 14 anos.
Meninos: 13 e 15 anos.
Primeiras relações de casal: importantes para a
vida social e emocional dos adolescentes
(ajustamento socioemocional).
Necessidades: sexual, de afiliação (companhia,
diversão), de afeição e de apoio.
15. CONDUTA SEXUAL E ADOLESCÊNCIA
Comportamento sexual: desejos e necessidades.
Contradição social: pressão e controle para atrasar as
manifestações sexuais x erotização da sociedade pelos
meios de comunicação.
Problemas: insatisfação (idealizações), falta de
informação, gravidez precoce, DSTs, etc.
Masturbação: início – 10 aos 15 anos
Meninos: 15 aos 20 anos (98%) – incentivo social
Meninas: 17 aos 20 anos (62%) – culpa social
16. CONDUTA SEXUAL E ADOLESCÊNCIA
Ocidente: maior liberdade e permissividade, maior
freqüência e precocidade nas relações heterossexuais.
Iniciação sexual com penetração (variações): grandes
cidades, meninos, menos escolarizados, camada
popular, características familiares (grau de controle).
Vida Sexual:
Meninos – precocidade, promiscuidade, maior
valorização do coito.
Meninas – reduzida, menos gratificante, sentimentos
de culpa, sexualidade = afetividade.
17. CONDUTA SEXUAL E ADOLESCÊNCIA
Relações Homossexuais:
Grau de intimidade nas amizades, necessidades
afetivas e sexuais, se torna comum. Mas muitos não
permanece na vida adulta.
Início:
Meninos – 13 anos
Meninas – 15 anos
Falta de interesse heterossexual, primeiros desejos
homossexuais. Define-se no final da adolescência.
Sociedade Homofóbica: camuflam, mantêm relações
heterossexuais. Importante: compartilhar sentimentos
com pessoas de confiança.
18. CONTEXTOS EDUCATIVOS
Fim do Ensino Fundamental e início do Ensino
Médio.
Problemas: diminuição no rendimento escolar,
menor motivação para tarefas escolares, não
comparecimento, abandono da escola.
Ambivalência: importância das amizades, conduta
sexual, professor exerce maior controle, mais
cobranças, distanciamento entre professor e aluno,
aumento da competitividade, comparações sociais.