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A palavra adolescência vem do latim
adolescere, que significa crescer. Segundo
Melvin e Volkmar (1993), a palavra
adolescence foi utilizada pela primeira vez na
língua inglesa em 1430, referindo-se às
idades de 14 a 21 anos para os homens e 12
a 21 anos para as mulheres.
Psicologia da Adolescência e Vida adulta
A Identidade: É composta pelos valores,
crenças e metas com que um indivíduo
está comprometido.
“Identidade corresponde ao sentimento de ser,
de crer e de fazer” (Aznar-Farias, 2001). “Formar
uma identidade supõe que o indivíduo tenha
alcançado uma visão integrada de suas aptidões
e capacidades, de seus valores e preferências e
de suas formas de reagir diante das demais
pessoas e de ser percebido por elas” (Kimmel &
Weiner, 1998, pág. 398). A identidade reflete
uma síntese individual das experiências passadas
e perspectivas de novos caminhos, observando
as qualidades, habilidades e expectativas
individuais em relação às expectativas sociais
(Lavoie, 1994, Lewis, 2003).
Os indivíduos são classificados em um
determinado estado de identidade de
acordo com a presença de exploração das
alternativas e com a intensidade com que se
comprometem com uma delas. Cada estado
representa um nível específico de
exploração e de compromisso; é uma
modalidade particular de dirigir-se dentro
da dinâmica do processo de construção da
identidade (Schwartz, 2004).
De acordo com a teoria Psicossocial de
Erikson (1972, 1998), existem dois pólos na
formação da identidade, resultantes do
confronto de forças antagônicas: identidade
do ego - pólo positivo - e difusão de
identidade - pólo negativo. O pólo positivo -
identidade - acontece quando os jovens
escolhem os valores aos quais serão fiéis,
tornando-se, então, conscientes de sua
uniformidade e continuidade no tempo e no
espaço, e percebendo que suas realizações
possuem reconhecimento e significado em
sua cultura (Erikson, 1979).
A identidade deve ser considerada como um construto
multidimensional (Meeus, 1993). Erikson (1972)
considerava o sistema de crenças religiosas e políticas
particularmente importantes no desenvolvimento da
identidade, por estabelecer uma visão de mundo que
facilita a harmonização entre os diversos temas a
serem explorados.
Ao enfocar a adolescência, Marcia (1966) considerou-
a como o período do ciclo da vida onde a escolha
profissional e o comprometimento ideológico são
questões preponderantes, pois estão intimamente
relacionadas com a entrada na vida adulta, onde o
indivíduo irá desempenhar uma ocupação e exercer
seu papel de cidadão.
Segundo Matteson (1992), na
adolescência não ocorre um único
momento de exploração. Os jovens vão
se confrontando com diversas
alternativas, no princípio da
adolescência, mais voltadas às
mudanças corporais e, no final, mais
voltadas às ideologias.
Erikson (1972) afirma que o
desenvolvimento da identidade é
universal, podendo haver variações nas
interações sociais de cultura para
cultura, mantendo-se dentro de um
"ritmo apropriado e na seqüência
adequada que governa toda a
epigênese" (p. 92). O curso da vida
individual deve ser entendido no
contexto de uma comunidade em
permanente mudança.
Kimmel e Weiner (1998) resumem
os compromissos com que as
pessoas estão implicadas em três
tipos de atitudes: ideológicas
(valores e crenças que guiam as
ações); ocupacionais (objetivos
educativos e profissionais); e
interpessoais (papel de gênero,
amizades e relacionamentos
amorosos).
De acordo com o autor (Erikson, 1998), são oito os
estágios do desenvolvimento ao longo da vida, em
cada um dos quais uma conjunção de mudanças leva a
uma crise na personalidade em desenvolvimento. É um
confronto entre duas forças de pólos opostos, e o
indivíduo deve resolver progressivamente os conflitos
e demandas sociais e adquirir atitudes e habilidades
que propiciam a sua evolução no sentido da
maturidade.
O modelo de estado de identidade
é fundamentado na relação entre
os componentes das dimensões.
Os indivíduos são classificados em
um determinado estado de
identidade de acordo com o grau
que exploraram ou estão
explorando as alternativas e com a
intensidade com que se
comprometem com uma delas. No
estado de Difusão.
No estado de Difusão de Identidade, o
adolescente não está em meio à
exploração - embora possa ter havido
no passado - e não chegou a nenhum
compromisso. Pode ter tentado tratar
os temas (ideológico, interpessoal ou
ocupacional) ou os ignorado, mas não
tomou decisões e não está
particularmente preocupado em
aceitar compromissos.
No estado de Pré-fechamento, o
indivíduo apresenta compromissos
formados sem uma exploração
anterior adequada (Schwartz &
Dunham, 2000); persegue metas
ideológicas e profissionais eleitas
por outros (pais, figuras de
autoridade, etc.), adotando crenças,
valores e metas sem crítica a
respeito.
No estado de Moratória, os
compromissos são postergados, o
adolescente debate-se com os
diversos temas da identidade e ainda
não definiu suas escolhas. Está
ativamente 57 explorando
alternativas, porém não estabeleceu
compromisso algum. Em termos de
desenvolvimento, serve como
precursor do estado de identidade
estabelecida.
No estado de Identidade Estabelecida ou
obtenção/conquista/construção de identidade,
o jovem fez suas escolhas e persegue metas
profissionais ou ideológicas. Estabeleceu a sua
própria identidade após um período de
exploração. Representa a consolidação do
senso de si. Indivíduos em identidade
estabelecida tendem a ser mais cuidadosos a
respeito dos temas em que estão envolvidos e
estão mais dispostos a explorar novas
alternativas, caso a situação assim requeira
(Stephen et al, 1992, Schwartz & Dunham,
2000).
Estágios Psicossociais ERiK Erickson
São eles;
1) confiança básica X desconfiança básica;
2) autonomia X vergonha e dúvida;
3) iniciativa X culpa;
4) produtividade X inferioridade;
5) identidade X confusão de identidade;
6) intimidade X isolamento;
7) generatividade X estagnação;
8) integridade X desespero.
Pesquisas empíricas vieram comprovar a existências desses
estágios (Markstrom-Adams, Hofstra & Kougher, 1994,
Fulton, 1997, Markstrom, Sabino, Turner & Berman, 1997).
Trabalho grupo
Adolescência, hoje, não é mais
encarada apenas como uma
preparação para a vida adulta,
mas passou a adquirir sentido
em si mesma.
Família:
A família é um dos mais importantes e cruciais
contextos em que se produz o desenvolvimento
humano (Rodrigo & Palácios, 2003). Até hoje
nada pode substituir seu papel no
desenvolvimento das pessoas, embora surjam
novas formas de ser família e de se viver em
família (Serra, 2002). Os papéis de pais e filhos
estão sofrendo algumas modificações, pois há
adultos vivendo sob o mesmo teto de seus pais.
E com isto, a própria tarefa de construir uma
identidade, não se desenrola da mesma forma
que em gerações anteriores.
Quanto melhor balanceado este processo de
individuação-dependência, mais facilmente
ocorre o desenvolvimento da identidade do ego.
Durante a puberdade, os adolescentes
começam a passar menos tempo com seus pais
e a sentirem-se menos vinculados a eles do
ponto de vista emocional. Entretanto, entre os
adolescentes brasileiros que afirmaram ter um
adulto como referência, a maioria dizia ser
algum familiar: tio, irmão mais velho, primo,
avô pai ou mãe (Cardozo & Freitas, 2001).
Conger (1980) acredita que a única
coisa que os pais podem fazer em
relação aos filhos é “procurar
desenvolver neles um sentido claro e
seguro de identidade própria e um
compromisso com algum sistema de
valores básicos” (p. 111). Izquierdo
(2002) acredita que é preciso “ter
raízes para voar e asas para se
enraizar” (pág. 19).
1. Confiança x Desconfiança: até 2 anos.
Nesse estágio, o bebê interage com seus cuidadores
próximos. Desses primeiros atos de socialização
surge um sentimento de segurança que desenvolverá
a confiança nas pessoas e no ambiente. Os
comportamentos de insegurança, desconfiança e
ansiedade seriam efeitos colaterais de negligência
nessa fase.
2. Autonomia x Vergonha e Dúvida:
entre 2–3 anos.
A fase de aquisição da linguagem
coincide com o senso de autonomia. A
criança começa a entender que é um ser
social dentre outros e a aprender a
manipular objetos. Ser ela própria é
aceitável nesse círculo social
desenvolvendo sua autonomia. Contudo,
críticas repressivas tendem a causar
sentimentos de dúvida ou vergonha. A
vergonha seria uma raiva de si mesmo
pela exposição à censura.
3. Iniciativa x Culpa: entre 4–5 anos.
Uma vez desenvolvida a autonomia, a criança
parte para a iniciativa. Aplica suas capacidades
físicas e mentais para expandir em outras áreas
de forma criativa e social. Amplia sua rede social
além da família imediata, alfabetiza-se e
desenvolve a imaginação. Os mesmos brinquedos
ganham funções diferentes e o mundo ao redor é
mais explorado intensamente. A iniciativa (ou
falta dela) gera a responsabilidade, internalizada
na forma de culpa.
4. Diligência x Inferioridade: entre 6–11
anos.
A liberação da criatividade é um
verdadeiro dique se abre. Surge, então, a
necessidade de controlar a imaginação e
direcionar o foco criativo para processos
de socialização formal, principalmente a
educação. A industriosidade, a diligência
e a perseverança são recompensantes.
Contudo, se há muita cobrança ou
inadmissão de falhas, pode surgir uma
desmotivação e sentimento de
inferioridade.
5. Identidade x Confusão de Identidade: entre 12
– 18 anos.
Já na adolescência domina a demanda pela
identidade. A tensão entre ser diferente e se
conformar às normas de algum grupo para ser
aceito gera a crise de identidade. Há pressão
para assumir um papel na sociedade (qual
carreira seguir? Quem sou na minha família?
Quem sou? Como quem vou me relacionar?)
Acompanhado pelas drásticas e autoconscientes
transformações biológicas, o adolescente muda
rapidamente muito de seus traços de
personalidade. Às vezes, não se reconhece nos
novos papéis, resultando em uma confusão.
6. Intimidade x Isolamento: entre 19—40 anos.
Uma vez estabelecida a identidade, a pessoa
aproxima-se de outras conforme os valores,
gostos e interesses que em conjunto formam
essa mesma identidade. Essa socialização em
faculdades, trabalho ou relacionamento íntimo
requer uma identidade forte, “saber o que
quer”. A incompreensão (mútua ou não) de
outros sujeitos ou a dificuldade em forjar
relações íntimas podem empurrar a pessoa
para o isolamento.
7. Generatividade x Estagnação: entre 40—60
anos.
A socialização adulta anterior pode resultar
em uma carreira, família ou amizades
duradouras. Aqui começa uma atividade
reflexiva de transmissão dos bastões. É o
tempo de educar seus filhos. Socialmente, é
quando se torna comum engajar-se em
causas com uma articulação maior e menos
com improvisos ou paixões espontâneas. O
papel profissional requer tanto
reconhecimento quanto influência em seu
meio, inclusive além das recompensas
meramente utilitárias. Se os projetos frustram
ou sua autoavaliação não é satisfatória, há
uma estagnação e autossabotagem.
8. Integridade x Desespero: entre 60 anos e resto
da vida.
É a fase do balanço. A pessoa madura reflete sua
vida. Sua história e legado são avaliados. Quer por
arrependimento ou gratidão, a pessoa pode se
tornar mais doce. Quer por revolta ou indiferente,
uma pessoa amarga que liga menos para a opinião
alheia. Contudo, se não houver um sentimento de
realização, a tendência é ao desespero e não
conformidade com o fim da vida.
A não resolução satisfatória de uma fase afetaria as
fases subsequentes. Entretanto, Erik Erikson
acreditava que a terapia poderia encontrar meios
para superar e compensar um estágio deficiente.
Referencias bibliográficas
ALVES, Leonardo Marcondes. Erik Erikson: os estágios psicossociais
do desenvolvimento. Ensaios e Notas, 2020. Disponível
em: https://ensaiosenotas.com/2020/06/13/erik-erikson-os-
estagios-psicossociais-do-desenvolvimento/ . Acesso em: 20 mar.
2024.
Assis, S. G., Avanci, J. Q., Silva, C. M. F. P.; Malaquias, J. V., Santos,
N. C. & Oliveira, R. V. C. (2003). A representação social do ser
adolescente: um passo decisivo na promoção da saúde. Ciência &
Saúde Coletiva, 8(3), 669-679.
Erikson, E. H. (1972). Identidade, juventude e Crise. Rio de Janeiro:
Zahar. [edição brasileira]
Erikson, E. H. (1979). Crescimento e crises. In: Millon, T. Teorias
da psicopatologia e personalidade. 2. ed. Rio de Janeiro:
Interamericana. p. 91-104. [edição brasileira] 157
Erikson, E. H. (1998). O ciclo de vida completo. Porto Alegre: Artes
Médicas.
Marcia, J. E. (1989). Identity and intervention. Journal of
Adolescence, 12, 401-410.
O que é Orientação Vocacional
A Orientação Vocacional é um processo
de orientação profissional indicado
especialmente para jovens que estão no
momento de escolher a profissão ou o
curso de graduação, ou que já até
começaram um curso, mas se sentem
frustrados com a escolha. Este trabalho
ajuda o jovem a tomar decisões sobre
carreira e desenvolvimento profissional.
Durante o processo de Orientação Vocacional para
adolescentes, um profissional especializado,
usando técnicas, ferramentas, informações e
conhecimento científico, auxilia o jovem a:
Se conhecer melhor, seus valores e interesses;
Reconhecer suas forças, talentos e habilidades;
Identificar qual área de atuação ou carreira deseja
seguir;
Fazer escolhas com assertividade e consistência.
Por que fazer Orientação Vocacional na
adolescência ?
É justamente nesta etapa da vida, na puberdade
e adolescência, que o jovem está saindo da
infância, do mundo da escola e da família, para
começar a participar, de fato, da vida em
sociedade. Surgem as crises de identidade,
juntamente a uma demanda e necessidade por
se reconhecer e ser reconhecido pelos outros. É
também neste momento em que ele precisa
descobrir novos gostos e assumir
responsabilidades como adulto. Ou seja: tudo-
ao-mesmo-tempo-agora.
Papel da família na Orientação Vocacional para
adolescentes
Muitos fatores influenciam na escolha de uma
profissão: características individuais,
convicções ideológicas e religiosas, valores e
crenças, o contexto político-econômico do
país, a família e os pares. A família é
considerada pelos estudiosos que trabalham
com Orientação Vocacional para adolescentes
um dos principais fatores que podem ajudar
ou dificultar nesse momento da escolha e
na decisão do jovem pela profissão certa.
Plano Orientação Vocacional/Profissional.
• Inclui atividades lúdicas, jogos, que ajudam o
jovem a desvendar: Valores: pilares que
sustentam o fazer.
• Critérios profissionais: são as escolhas
relacionadas à: rotina de trabalho;
• Atividades, Questionários;
• habilidades;
• Testes psicométricos;
• Conteúdos diversos;
Cursos de graduação: existem mais de 280 opções
disponíveis no mercado, fora as profissões do
futuro, que ainda vão surgir! Após o processo de
autoconhecimento, o jovem terá mais propriedade
para selecionar os cursos com os quais tem mais

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  • 1. A palavra adolescência vem do latim adolescere, que significa crescer. Segundo Melvin e Volkmar (1993), a palavra adolescence foi utilizada pela primeira vez na língua inglesa em 1430, referindo-se às idades de 14 a 21 anos para os homens e 12 a 21 anos para as mulheres.
  • 2. Psicologia da Adolescência e Vida adulta A Identidade: É composta pelos valores, crenças e metas com que um indivíduo está comprometido.
  • 3. “Identidade corresponde ao sentimento de ser, de crer e de fazer” (Aznar-Farias, 2001). “Formar uma identidade supõe que o indivíduo tenha alcançado uma visão integrada de suas aptidões e capacidades, de seus valores e preferências e de suas formas de reagir diante das demais pessoas e de ser percebido por elas” (Kimmel & Weiner, 1998, pág. 398). A identidade reflete uma síntese individual das experiências passadas e perspectivas de novos caminhos, observando as qualidades, habilidades e expectativas individuais em relação às expectativas sociais (Lavoie, 1994, Lewis, 2003).
  • 4. Os indivíduos são classificados em um determinado estado de identidade de acordo com a presença de exploração das alternativas e com a intensidade com que se comprometem com uma delas. Cada estado representa um nível específico de exploração e de compromisso; é uma modalidade particular de dirigir-se dentro da dinâmica do processo de construção da identidade (Schwartz, 2004).
  • 5. De acordo com a teoria Psicossocial de Erikson (1972, 1998), existem dois pólos na formação da identidade, resultantes do confronto de forças antagônicas: identidade do ego - pólo positivo - e difusão de identidade - pólo negativo. O pólo positivo - identidade - acontece quando os jovens escolhem os valores aos quais serão fiéis, tornando-se, então, conscientes de sua uniformidade e continuidade no tempo e no espaço, e percebendo que suas realizações possuem reconhecimento e significado em sua cultura (Erikson, 1979).
  • 6. A identidade deve ser considerada como um construto multidimensional (Meeus, 1993). Erikson (1972) considerava o sistema de crenças religiosas e políticas particularmente importantes no desenvolvimento da identidade, por estabelecer uma visão de mundo que facilita a harmonização entre os diversos temas a serem explorados. Ao enfocar a adolescência, Marcia (1966) considerou- a como o período do ciclo da vida onde a escolha profissional e o comprometimento ideológico são questões preponderantes, pois estão intimamente relacionadas com a entrada na vida adulta, onde o indivíduo irá desempenhar uma ocupação e exercer seu papel de cidadão.
  • 7. Segundo Matteson (1992), na adolescência não ocorre um único momento de exploração. Os jovens vão se confrontando com diversas alternativas, no princípio da adolescência, mais voltadas às mudanças corporais e, no final, mais voltadas às ideologias.
  • 8. Erikson (1972) afirma que o desenvolvimento da identidade é universal, podendo haver variações nas interações sociais de cultura para cultura, mantendo-se dentro de um "ritmo apropriado e na seqüência adequada que governa toda a epigênese" (p. 92). O curso da vida individual deve ser entendido no contexto de uma comunidade em permanente mudança.
  • 9. Kimmel e Weiner (1998) resumem os compromissos com que as pessoas estão implicadas em três tipos de atitudes: ideológicas (valores e crenças que guiam as ações); ocupacionais (objetivos educativos e profissionais); e interpessoais (papel de gênero, amizades e relacionamentos amorosos).
  • 10. De acordo com o autor (Erikson, 1998), são oito os estágios do desenvolvimento ao longo da vida, em cada um dos quais uma conjunção de mudanças leva a uma crise na personalidade em desenvolvimento. É um confronto entre duas forças de pólos opostos, e o indivíduo deve resolver progressivamente os conflitos e demandas sociais e adquirir atitudes e habilidades que propiciam a sua evolução no sentido da maturidade.
  • 11. O modelo de estado de identidade é fundamentado na relação entre os componentes das dimensões. Os indivíduos são classificados em um determinado estado de identidade de acordo com o grau que exploraram ou estão explorando as alternativas e com a intensidade com que se comprometem com uma delas. No estado de Difusão.
  • 12. No estado de Difusão de Identidade, o adolescente não está em meio à exploração - embora possa ter havido no passado - e não chegou a nenhum compromisso. Pode ter tentado tratar os temas (ideológico, interpessoal ou ocupacional) ou os ignorado, mas não tomou decisões e não está particularmente preocupado em aceitar compromissos.
  • 13. No estado de Pré-fechamento, o indivíduo apresenta compromissos formados sem uma exploração anterior adequada (Schwartz & Dunham, 2000); persegue metas ideológicas e profissionais eleitas por outros (pais, figuras de autoridade, etc.), adotando crenças, valores e metas sem crítica a respeito.
  • 14. No estado de Moratória, os compromissos são postergados, o adolescente debate-se com os diversos temas da identidade e ainda não definiu suas escolhas. Está ativamente 57 explorando alternativas, porém não estabeleceu compromisso algum. Em termos de desenvolvimento, serve como precursor do estado de identidade estabelecida.
  • 15. No estado de Identidade Estabelecida ou obtenção/conquista/construção de identidade, o jovem fez suas escolhas e persegue metas profissionais ou ideológicas. Estabeleceu a sua própria identidade após um período de exploração. Representa a consolidação do senso de si. Indivíduos em identidade estabelecida tendem a ser mais cuidadosos a respeito dos temas em que estão envolvidos e estão mais dispostos a explorar novas alternativas, caso a situação assim requeira (Stephen et al, 1992, Schwartz & Dunham, 2000).
  • 16. Estágios Psicossociais ERiK Erickson São eles; 1) confiança básica X desconfiança básica; 2) autonomia X vergonha e dúvida; 3) iniciativa X culpa; 4) produtividade X inferioridade; 5) identidade X confusão de identidade; 6) intimidade X isolamento; 7) generatividade X estagnação; 8) integridade X desespero. Pesquisas empíricas vieram comprovar a existências desses estágios (Markstrom-Adams, Hofstra & Kougher, 1994, Fulton, 1997, Markstrom, Sabino, Turner & Berman, 1997). Trabalho grupo
  • 17. Adolescência, hoje, não é mais encarada apenas como uma preparação para a vida adulta, mas passou a adquirir sentido em si mesma.
  • 18. Família: A família é um dos mais importantes e cruciais contextos em que se produz o desenvolvimento humano (Rodrigo & Palácios, 2003). Até hoje nada pode substituir seu papel no desenvolvimento das pessoas, embora surjam novas formas de ser família e de se viver em família (Serra, 2002). Os papéis de pais e filhos estão sofrendo algumas modificações, pois há adultos vivendo sob o mesmo teto de seus pais. E com isto, a própria tarefa de construir uma identidade, não se desenrola da mesma forma que em gerações anteriores.
  • 19. Quanto melhor balanceado este processo de individuação-dependência, mais facilmente ocorre o desenvolvimento da identidade do ego. Durante a puberdade, os adolescentes começam a passar menos tempo com seus pais e a sentirem-se menos vinculados a eles do ponto de vista emocional. Entretanto, entre os adolescentes brasileiros que afirmaram ter um adulto como referência, a maioria dizia ser algum familiar: tio, irmão mais velho, primo, avô pai ou mãe (Cardozo & Freitas, 2001).
  • 20. Conger (1980) acredita que a única coisa que os pais podem fazer em relação aos filhos é “procurar desenvolver neles um sentido claro e seguro de identidade própria e um compromisso com algum sistema de valores básicos” (p. 111). Izquierdo (2002) acredita que é preciso “ter raízes para voar e asas para se enraizar” (pág. 19).
  • 21. 1. Confiança x Desconfiança: até 2 anos. Nesse estágio, o bebê interage com seus cuidadores próximos. Desses primeiros atos de socialização surge um sentimento de segurança que desenvolverá a confiança nas pessoas e no ambiente. Os comportamentos de insegurança, desconfiança e ansiedade seriam efeitos colaterais de negligência nessa fase.
  • 22. 2. Autonomia x Vergonha e Dúvida: entre 2–3 anos. A fase de aquisição da linguagem coincide com o senso de autonomia. A criança começa a entender que é um ser social dentre outros e a aprender a manipular objetos. Ser ela própria é aceitável nesse círculo social desenvolvendo sua autonomia. Contudo, críticas repressivas tendem a causar sentimentos de dúvida ou vergonha. A vergonha seria uma raiva de si mesmo pela exposição à censura.
  • 23. 3. Iniciativa x Culpa: entre 4–5 anos. Uma vez desenvolvida a autonomia, a criança parte para a iniciativa. Aplica suas capacidades físicas e mentais para expandir em outras áreas de forma criativa e social. Amplia sua rede social além da família imediata, alfabetiza-se e desenvolve a imaginação. Os mesmos brinquedos ganham funções diferentes e o mundo ao redor é mais explorado intensamente. A iniciativa (ou falta dela) gera a responsabilidade, internalizada na forma de culpa.
  • 24. 4. Diligência x Inferioridade: entre 6–11 anos. A liberação da criatividade é um verdadeiro dique se abre. Surge, então, a necessidade de controlar a imaginação e direcionar o foco criativo para processos de socialização formal, principalmente a educação. A industriosidade, a diligência e a perseverança são recompensantes. Contudo, se há muita cobrança ou inadmissão de falhas, pode surgir uma desmotivação e sentimento de inferioridade.
  • 25. 5. Identidade x Confusão de Identidade: entre 12 – 18 anos. Já na adolescência domina a demanda pela identidade. A tensão entre ser diferente e se conformar às normas de algum grupo para ser aceito gera a crise de identidade. Há pressão para assumir um papel na sociedade (qual carreira seguir? Quem sou na minha família? Quem sou? Como quem vou me relacionar?) Acompanhado pelas drásticas e autoconscientes transformações biológicas, o adolescente muda rapidamente muito de seus traços de personalidade. Às vezes, não se reconhece nos novos papéis, resultando em uma confusão.
  • 26. 6. Intimidade x Isolamento: entre 19—40 anos. Uma vez estabelecida a identidade, a pessoa aproxima-se de outras conforme os valores, gostos e interesses que em conjunto formam essa mesma identidade. Essa socialização em faculdades, trabalho ou relacionamento íntimo requer uma identidade forte, “saber o que quer”. A incompreensão (mútua ou não) de outros sujeitos ou a dificuldade em forjar relações íntimas podem empurrar a pessoa para o isolamento.
  • 27. 7. Generatividade x Estagnação: entre 40—60 anos. A socialização adulta anterior pode resultar em uma carreira, família ou amizades duradouras. Aqui começa uma atividade reflexiva de transmissão dos bastões. É o tempo de educar seus filhos. Socialmente, é quando se torna comum engajar-se em causas com uma articulação maior e menos com improvisos ou paixões espontâneas. O papel profissional requer tanto reconhecimento quanto influência em seu meio, inclusive além das recompensas meramente utilitárias. Se os projetos frustram ou sua autoavaliação não é satisfatória, há uma estagnação e autossabotagem.
  • 28. 8. Integridade x Desespero: entre 60 anos e resto da vida. É a fase do balanço. A pessoa madura reflete sua vida. Sua história e legado são avaliados. Quer por arrependimento ou gratidão, a pessoa pode se tornar mais doce. Quer por revolta ou indiferente, uma pessoa amarga que liga menos para a opinião alheia. Contudo, se não houver um sentimento de realização, a tendência é ao desespero e não conformidade com o fim da vida. A não resolução satisfatória de uma fase afetaria as fases subsequentes. Entretanto, Erik Erikson acreditava que a terapia poderia encontrar meios para superar e compensar um estágio deficiente.
  • 29. Referencias bibliográficas ALVES, Leonardo Marcondes. Erik Erikson: os estágios psicossociais do desenvolvimento. Ensaios e Notas, 2020. Disponível em: https://ensaiosenotas.com/2020/06/13/erik-erikson-os- estagios-psicossociais-do-desenvolvimento/ . Acesso em: 20 mar. 2024.
  • 30. Assis, S. G., Avanci, J. Q., Silva, C. M. F. P.; Malaquias, J. V., Santos, N. C. & Oliveira, R. V. C. (2003). A representação social do ser adolescente: um passo decisivo na promoção da saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 8(3), 669-679. Erikson, E. H. (1972). Identidade, juventude e Crise. Rio de Janeiro: Zahar. [edição brasileira] Erikson, E. H. (1979). Crescimento e crises. In: Millon, T. Teorias da psicopatologia e personalidade. 2. ed. Rio de Janeiro: Interamericana. p. 91-104. [edição brasileira] 157 Erikson, E. H. (1998). O ciclo de vida completo. Porto Alegre: Artes Médicas. Marcia, J. E. (1989). Identity and intervention. Journal of Adolescence, 12, 401-410.
  • 31. O que é Orientação Vocacional A Orientação Vocacional é um processo de orientação profissional indicado especialmente para jovens que estão no momento de escolher a profissão ou o curso de graduação, ou que já até começaram um curso, mas se sentem frustrados com a escolha. Este trabalho ajuda o jovem a tomar decisões sobre carreira e desenvolvimento profissional.
  • 32. Durante o processo de Orientação Vocacional para adolescentes, um profissional especializado, usando técnicas, ferramentas, informações e conhecimento científico, auxilia o jovem a: Se conhecer melhor, seus valores e interesses; Reconhecer suas forças, talentos e habilidades; Identificar qual área de atuação ou carreira deseja seguir; Fazer escolhas com assertividade e consistência.
  • 33. Por que fazer Orientação Vocacional na adolescência ? É justamente nesta etapa da vida, na puberdade e adolescência, que o jovem está saindo da infância, do mundo da escola e da família, para começar a participar, de fato, da vida em sociedade. Surgem as crises de identidade, juntamente a uma demanda e necessidade por se reconhecer e ser reconhecido pelos outros. É também neste momento em que ele precisa descobrir novos gostos e assumir responsabilidades como adulto. Ou seja: tudo- ao-mesmo-tempo-agora.
  • 34. Papel da família na Orientação Vocacional para adolescentes Muitos fatores influenciam na escolha de uma profissão: características individuais, convicções ideológicas e religiosas, valores e crenças, o contexto político-econômico do país, a família e os pares. A família é considerada pelos estudiosos que trabalham com Orientação Vocacional para adolescentes um dos principais fatores que podem ajudar ou dificultar nesse momento da escolha e na decisão do jovem pela profissão certa.
  • 35. Plano Orientação Vocacional/Profissional. • Inclui atividades lúdicas, jogos, que ajudam o jovem a desvendar: Valores: pilares que sustentam o fazer. • Critérios profissionais: são as escolhas relacionadas à: rotina de trabalho; • Atividades, Questionários; • habilidades; • Testes psicométricos; • Conteúdos diversos; Cursos de graduação: existem mais de 280 opções disponíveis no mercado, fora as profissões do futuro, que ainda vão surgir! Após o processo de autoconhecimento, o jovem terá mais propriedade para selecionar os cursos com os quais tem mais