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Susana Rosado-Ganhão, FAUTL
Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012         INTRODUçÃO
<<Quando era jovem vivia numa casa do séc. XVII, na Keizergracht,
em Amesterdão. Numa das salas grandes havia pinturas segundo a
velha técnica de “trompe l’oeil” sobre as portas. Estas pinturas,
executadas em várias tonalidades de cinzento, produziam um
efeito tão escultural, que se poderia supor serem baixos-relevos em
mármore – uma ilusão que nunca deixava de surpreender.
(…) [Este era um] ideal de representação
 renascentista.
O mundo tridimensional tinha de ser
representado sobre a superfície plana,
tão fielmente quanto possível – de
forma a que a vista não pudesse
discernir a imagem da realidade.
A imagem deveria evocar a realidade.
  A sugestão espacial é tão forte, tão
exagerada que só o tacto nos revela
tratar-se de imagens sobre uma
superfície.>>
                       In “O Espelho Mágico de M.C.Escher”.
                       Bruno Ernst

                               Fig 1 – Pieter de Wit, pintura “trompe l’oeil” de
                                        uma casa nobre de Amesterdão
Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012           INTRODUçÃO




                                         Fig 2 – Espelho Mágico, litografia, 1946
Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012   Sobre o Artista
Maurits Cornelis Escher nasceu em 1898, em Leeurwarden, sendo o
filho mais novo do Engenheiro hidráulico G.A. Escher.
Não era um bom aluno! A escola era um pesadelo!
O único rasgo de luz eram as duas horas de desenho, todas as
semanas.
O pai de Escher achava que o filho devia ser
arquitecto, pois tinha claramente talento
artístico. Assim, em 1919, Escher foi para
Harlem estudar na Escola de Arquitectura
e Artes Decorativas. Dentro de poucos dias
verificou-se que o talento do jovem estudante
inclinava mais para as artes decorativas
do que para a Arquitectura.
No relatório oficial da Escola lia-se <<…ele é
demasiado pertinaz, demasiado
literato-filosófico; a este jovem falta fantasia e
ideias espontâneas, é demasiado pouco artista.>>
Em 1922, Escher deixou a Escola de Arte.
Tinha adquirido uma boa base em desenho; e
 uma boa preparação e domínio
considerável da técnica de xilogravura.
                                                   Fig 3 –Auto-retrato, xilogravura,1923
A partir daqui viajou pela Europa praticando sua arte.
Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012        Sobre o Artista

  Nos anos 70 e 80, quase todas as galerias de obras de arte
  gráfica, mesmo as holandesas, se abstiveram de fazer uma
  colecção apropriada da obra de Escher. Ele não era reconhecido
  como artista.




                                        Fig 4 –Metamorfose I, xilogravura,1937

   Os críticos de arte não sabiam o que fazer com a obra dele e
   simplesmente ignoraram-na.
   Inicialmente só matemáticos, cristalógrafos e físicos mostraram
   grande interesse.

   “Apesar de não possuir conhecimento ou treino nas ciências exactas, sinto muitas
   vezes que tenho mais em comum com os matemáticos do que com os meus colegas
   artistas”. M.C.Escher
Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012       Sobre o Artista


Historicamente, Escher não pode ser
enquadrado pois seguiu objectivos
completamente diferentes dos seus
contemporâneos.

A partir de 1937 interessavam-lhe a
regul,aridade     e   as    estruturas
matemáticas,continuidade e infinito
e o problema
inerente a todas as imagens:

Reprodução de 3 dimensões sobre
uma superfície bidimensional.


                                                                    Fig 5 –Natureza morta com espelho, litografia,1934
Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012         Sobre o Artista

Estes temas têm as suas leis próprias que têm de ser descobertas e
observadas. Aqui não domina o acaso.
A “compreensão”da obra está ligada ao prazer de uma descoberta.




           Fig 6 –Belveder, litografia,1958                    Fig 7 –Queda de água, litografia,1961
Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012      Sobre o Artista

                                                             A sua arte é sempre acompanhada por
                                                             uma emoção passiva, pelo arrepio
                                                             intelectual, de ali descobrir uma
                                                             estrutura convincente que vai contra a
                                                             nossa experiência quotidiana, pondo
                                                             mesmo esta em debate.

                                                             Conceitos fundamentais como em cima
                                                             e em baixo, dentro e fora, direita e
                                                             esquerda, perto e longe parecem ser, de
                                                             repente, relativos permutáveis.

                                                             Encontramos     relações  inteiramente
                                                             novas   entre   pontos,  superfícies e
                                                             espaços, entre causa e efeito, que
                                                             formam estruturas espaciais, evocando
                                                             mundos ao mesmo tempo estranhos e,
                                                             no entanto, absolutamente possíveis.

Fig 8 –Mural de azulejo, Liceu cristão liberal, Haia, 1960
Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012                              A Ilusão


 Quando       uma     mão
 desenha outra mão e
 quando esta segunda
 mão se ocupa, ao mesmo
 tempo,     a    desenhar
 zelosamente a primeira
 mão e quando tudo isto
 é   representado     num
 bocado de papel preso
 com    tachas   a    uma
 prancha...    E     então
 quando tudo isto, ainda
 por cima, é desenhado,
 podemos com certeza
 falar de uma espécie de
 super-ilusão.                                                     Fig 9 –Desenhar, litografia, 1948
Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012               A Ilusão

Porque desenho é ilusão – sugestão no lugar da realidade –
poderíamos dar mais um passo e dum mundo bidimensional
deixar produzir um tridimensional.

                                                                            Quando      este   réptil
                                                                            alcança o dodecaedro,
                                                                            depois de passar pelo
                                                                            livro de zoologia e por
                                                                            um esquadro, arqueja
                                                                            de triunfo e sopra
                                                                            fumo das narinas. Mas
                                                                            o jogo acaba quando
                                                                            salta do almofariz de
                                                                            latão para o bloco de
                                                                            esboços. Transforma-se
                                                                            de novo numa figura
                                                                            que    fica     entalada
                                                                            numa        rede      de
                                                                            hexágonos regulares.

                       Fig 10 –Répteis, litografia, 1943
Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012   A Ilusão

Inspirado numa das suas viagens a Malta, Escher produziu a
litografia “Varanda”, em 1945.


                                                   Na “Varanda” o centro da
                                                   composição está quadriplicado
                                                   em relação aos cantos. É como se
                                                   tivesse sido desenhada sobre pele
                                                   elástica e fosse depois soprada
                                                   por trás.

                                                   Notamos que em volta do centro
                                                   se deu um alargamento: as
                                                   linhas horizontais e verticais
                                                   foram,     por     assim dizer,
                                                   empurradas para fora, contra o
                                                   limite do círculo.


            Fig 11 –Varanda, litografia, 1945
Fig 11 –Varanda, litografia, 1945                 Fig 12 –Esboço da Varanda antes da simetria e da
                                                                                 deformação do centro




                                                                                    Fig 14 –A deformação do centro
Fig 13 – A construção do sistema de rede para o abaulamento do centro
A arte de Alhambra

 Nenhum tema, nenhum objecto preocupou tanto Escher como a
 divisão cíclica de superfícies.

Escher usou claramente, em dois temas estreitamente relacionados,
a divisão regular de superfícies: o tema da metamorfose e o de
ciclos.




                                      Fig 4 –Metamorfose I, xilogravura,1937

Na metamorfose vemos formas abstractas indeterminadas
transformarem-se em formas concretas nitidamente limitadas e,
de novo, em formas abstractas.
A Metamorfose I é o típico quadro de metamorfose onde não
aparece qualquer ciclo.
Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012
A arte de Alhambra

Dia e Noite é, também, uma gravura de metamorfose, onde mal
se encontra o elemento cíclico.




                                       Fig 15 –Dia e Noite, xilogravura, 1939




Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012
A arte de Alhambra

 Escher, no seu livro Regelmatige vlakverdeling (Divisão Regular
 de superfícies) de 1958, mostra-nos com mestria, em textos e
 imagem, como se produz uma metamorfose.




                                         Fig 16 –A criação de uma metamorfose.
Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012
Construções impossíveis




               Fig 23 –Relatividade, em Lego, 2003.                     Fig 17 –Relatividade, litografia, 1953.




Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012
Construções impossíveis




                         Fig 19 –Efeito das linhas telegráficas.




Fig 18 –Em cima e em baixo, litografia, 1947.
Construções impossíveis




                                                                   Fig 20 –Natureza morta e rua, litografia, 1937.




Fig 6 –Belveder, litografia, 1958.


                                     Fig 21 –A “grade louca”, fotografada pelo Dr. Cochran, Chicago.
Construções impossíveis




Fig 7 –Queda de água, litografia,1961
Construções impossíveis




Fig 22 – Escada acima e escada abaixo, litografia,1960
Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012        Referências



 Ernst, Bruno                (1991)         O    espelho         mágico    de   M.C.   Escher.
 Evergreen.

 Escher, M.C. (1989) Gravuras e Desenhos. Evergreen.

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A ilusão da realidade nas obras de M.C. Escher

  • 2. Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012 INTRODUçÃO <<Quando era jovem vivia numa casa do séc. XVII, na Keizergracht, em Amesterdão. Numa das salas grandes havia pinturas segundo a velha técnica de “trompe l’oeil” sobre as portas. Estas pinturas, executadas em várias tonalidades de cinzento, produziam um efeito tão escultural, que se poderia supor serem baixos-relevos em mármore – uma ilusão que nunca deixava de surpreender. (…) [Este era um] ideal de representação renascentista. O mundo tridimensional tinha de ser representado sobre a superfície plana, tão fielmente quanto possível – de forma a que a vista não pudesse discernir a imagem da realidade. A imagem deveria evocar a realidade. A sugestão espacial é tão forte, tão exagerada que só o tacto nos revela tratar-se de imagens sobre uma superfície.>> In “O Espelho Mágico de M.C.Escher”. Bruno Ernst Fig 1 – Pieter de Wit, pintura “trompe l’oeil” de uma casa nobre de Amesterdão
  • 3. Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012 INTRODUçÃO Fig 2 – Espelho Mágico, litografia, 1946
  • 4. Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012 Sobre o Artista Maurits Cornelis Escher nasceu em 1898, em Leeurwarden, sendo o filho mais novo do Engenheiro hidráulico G.A. Escher. Não era um bom aluno! A escola era um pesadelo! O único rasgo de luz eram as duas horas de desenho, todas as semanas. O pai de Escher achava que o filho devia ser arquitecto, pois tinha claramente talento artístico. Assim, em 1919, Escher foi para Harlem estudar na Escola de Arquitectura e Artes Decorativas. Dentro de poucos dias verificou-se que o talento do jovem estudante inclinava mais para as artes decorativas do que para a Arquitectura. No relatório oficial da Escola lia-se <<…ele é demasiado pertinaz, demasiado literato-filosófico; a este jovem falta fantasia e ideias espontâneas, é demasiado pouco artista.>> Em 1922, Escher deixou a Escola de Arte. Tinha adquirido uma boa base em desenho; e uma boa preparação e domínio considerável da técnica de xilogravura. Fig 3 –Auto-retrato, xilogravura,1923 A partir daqui viajou pela Europa praticando sua arte.
  • 5. Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012 Sobre o Artista Nos anos 70 e 80, quase todas as galerias de obras de arte gráfica, mesmo as holandesas, se abstiveram de fazer uma colecção apropriada da obra de Escher. Ele não era reconhecido como artista. Fig 4 –Metamorfose I, xilogravura,1937 Os críticos de arte não sabiam o que fazer com a obra dele e simplesmente ignoraram-na. Inicialmente só matemáticos, cristalógrafos e físicos mostraram grande interesse. “Apesar de não possuir conhecimento ou treino nas ciências exactas, sinto muitas vezes que tenho mais em comum com os matemáticos do que com os meus colegas artistas”. M.C.Escher
  • 6. Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012 Sobre o Artista Historicamente, Escher não pode ser enquadrado pois seguiu objectivos completamente diferentes dos seus contemporâneos. A partir de 1937 interessavam-lhe a regul,aridade e as estruturas matemáticas,continuidade e infinito e o problema inerente a todas as imagens: Reprodução de 3 dimensões sobre uma superfície bidimensional. Fig 5 –Natureza morta com espelho, litografia,1934
  • 7. Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012 Sobre o Artista Estes temas têm as suas leis próprias que têm de ser descobertas e observadas. Aqui não domina o acaso. A “compreensão”da obra está ligada ao prazer de uma descoberta. Fig 6 –Belveder, litografia,1958 Fig 7 –Queda de água, litografia,1961
  • 8. Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012 Sobre o Artista A sua arte é sempre acompanhada por uma emoção passiva, pelo arrepio intelectual, de ali descobrir uma estrutura convincente que vai contra a nossa experiência quotidiana, pondo mesmo esta em debate. Conceitos fundamentais como em cima e em baixo, dentro e fora, direita e esquerda, perto e longe parecem ser, de repente, relativos permutáveis. Encontramos relações inteiramente novas entre pontos, superfícies e espaços, entre causa e efeito, que formam estruturas espaciais, evocando mundos ao mesmo tempo estranhos e, no entanto, absolutamente possíveis. Fig 8 –Mural de azulejo, Liceu cristão liberal, Haia, 1960
  • 9. Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012 A Ilusão Quando uma mão desenha outra mão e quando esta segunda mão se ocupa, ao mesmo tempo, a desenhar zelosamente a primeira mão e quando tudo isto é representado num bocado de papel preso com tachas a uma prancha... E então quando tudo isto, ainda por cima, é desenhado, podemos com certeza falar de uma espécie de super-ilusão. Fig 9 –Desenhar, litografia, 1948
  • 10. Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012 A Ilusão Porque desenho é ilusão – sugestão no lugar da realidade – poderíamos dar mais um passo e dum mundo bidimensional deixar produzir um tridimensional. Quando este réptil alcança o dodecaedro, depois de passar pelo livro de zoologia e por um esquadro, arqueja de triunfo e sopra fumo das narinas. Mas o jogo acaba quando salta do almofariz de latão para o bloco de esboços. Transforma-se de novo numa figura que fica entalada numa rede de hexágonos regulares. Fig 10 –Répteis, litografia, 1943
  • 11. Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012 A Ilusão Inspirado numa das suas viagens a Malta, Escher produziu a litografia “Varanda”, em 1945. Na “Varanda” o centro da composição está quadriplicado em relação aos cantos. É como se tivesse sido desenhada sobre pele elástica e fosse depois soprada por trás. Notamos que em volta do centro se deu um alargamento: as linhas horizontais e verticais foram, por assim dizer, empurradas para fora, contra o limite do círculo. Fig 11 –Varanda, litografia, 1945
  • 12. Fig 11 –Varanda, litografia, 1945 Fig 12 –Esboço da Varanda antes da simetria e da deformação do centro Fig 14 –A deformação do centro Fig 13 – A construção do sistema de rede para o abaulamento do centro
  • 13. A arte de Alhambra Nenhum tema, nenhum objecto preocupou tanto Escher como a divisão cíclica de superfícies. Escher usou claramente, em dois temas estreitamente relacionados, a divisão regular de superfícies: o tema da metamorfose e o de ciclos. Fig 4 –Metamorfose I, xilogravura,1937 Na metamorfose vemos formas abstractas indeterminadas transformarem-se em formas concretas nitidamente limitadas e, de novo, em formas abstractas. A Metamorfose I é o típico quadro de metamorfose onde não aparece qualquer ciclo. Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012
  • 14. A arte de Alhambra Dia e Noite é, também, uma gravura de metamorfose, onde mal se encontra o elemento cíclico. Fig 15 –Dia e Noite, xilogravura, 1939 Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012
  • 15. A arte de Alhambra Escher, no seu livro Regelmatige vlakverdeling (Divisão Regular de superfícies) de 1958, mostra-nos com mestria, em textos e imagem, como se produz uma metamorfose. Fig 16 –A criação de uma metamorfose. Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012
  • 16. Construções impossíveis Fig 23 –Relatividade, em Lego, 2003. Fig 17 –Relatividade, litografia, 1953. Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012
  • 17. Construções impossíveis Fig 19 –Efeito das linhas telegráficas. Fig 18 –Em cima e em baixo, litografia, 1947.
  • 18. Construções impossíveis Fig 20 –Natureza morta e rua, litografia, 1937. Fig 6 –Belveder, litografia, 1958. Fig 21 –A “grade louca”, fotografada pelo Dr. Cochran, Chicago.
  • 19. Construções impossíveis Fig 7 –Queda de água, litografia,1961
  • 20. Construções impossíveis Fig 22 – Escada acima e escada abaixo, litografia,1960
  • 21. Faculdade de Arquitectura | 5ª Edição das Rotas Matemáticas da UTL | 2012 Referências Ernst, Bruno (1991) O espelho mágico de M.C. Escher. Evergreen. Escher, M.C. (1989) Gravuras e Desenhos. Evergreen.