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De onde vem a expressão “amor platônico”?<br />Platão filósofo do amor<br />Por Marcus Siani, via internet<br />Do filósofo grego Platão (428 ou 427 a.C. – 348 ou 347 a.C.), é claro. Mais especificamente de seu diálogo O Banquete, um dos textos-chaves da cultura clássica ocidental. O cenário é um jantar comemorativo em que Platão, Sócrates e outros convivas discutem as diferentes formas de amor, em busca de uma definição  universal. A conversa vai, assim, do amor mais básico, para procriação, ao que os filósofos reunidos consideram a forma mais elevada do sentimento: o amor puro, abstrato, fundamentado na parceria intelectual e espiritual. Esse seria o “amor Platônico” original. “Para Platão, o plano da experiência humana é inferior ao das idéias e dos conceitos. Por isso, o amor é tratado como um conceito, como um ideal”, afirma o helenista Trajano Vieira, professor de literatura grega da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “O platonismo teve forte influencia nos primeiros séculos do cristianismo, religião  que está impregnada por essa hierarquia amorosa”, diz ele. “Mas é importante observar que aquilo que o senso comum entende hoje por amor platônico – o amor sem contato físico – é diferente do que está em Platão. Para ele, esse amor idealizado não exclui o contato físico e sim o transcende.”<br />Fonte: Revista Superinteressante, fevereiro de 2001, página 34. Edição 161  <br />Qual é a caverna mais profunda da Terra?<br />Por Fernando Luiz Cruz Oliva, São Vicente, SP<br />Até dezembro passado, a mais extensa galeria subterrânea conhecida era a caverna de Lamprechtsofen-Vogelschacht, nos Alpes austríacos, com 1632 metros de profundidade. Em janeiro, porém, um e-mail enviado à Super pelo espeleólogo (estudioso de cavernas) brasileiro José Antonio Scaleante trouxe a notícia ainda quentinha: uma equipe de espanhóis e ucranianos havia descoberto uma nova passagem na caverna Voronja, na Georgia (ex-União Soviética), que aumentava sua extensão para 1710 metros. Mesmo assim, o consenso entre os geólogos é de  que conhecemos apenas metade das cavernas existentes no  mundo – e que a mais profunda de todas ainda está para ser descoberta. No Brasil, onde se conhece no máximo 10% das galerias subterrâneas, esse recorde pertence à Gruta do Centenário, em Mariana, Minas Gerais, com 400 metros de profundidade. “Mas como as placas de calcário que formam o solo brasileiro são pouco inclinadas, dificilmente encontraremos uma gruta muito mais profunda do que essa”, afirma Scaleante.<br />Fonte: Revista Superinteressante, fevereiro de 2001, página 34. Edição 161<br />
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