SlideShare uma empresa Scribd logo
Da origem do Hip-Hop à ave Capoeira.
Você sabia que existe no Brasil uma ave chamada Capoeira? Alguns apontam que a relação entre dança e ave
está no fato de que o macho dessa espécie é muito ciumento e trava diversas lutas com o rival para marcar os
seus domínios.
· O ritmo blues nasceu dos primeiros gritos dos escravos negros levados pelos ingleses para os Estados
Unidos, até meados do século XIX. Foram homens e mulheres provenientes de tribos Ashanti do continente
africano.
· As cores do Olodum representam o verde das florestas equatoriais da África; o vermelho do sangue da
raça negra; o amarelo do ouro da África; o preto do orgulho da Raça negra e o branco a Paz mundial.
Essas são as cores da diáspora africana e constituem uma identidade internacional contra o racismo e a
favor dos povos descendentes de África.
· As inúmeras tentativas de fuga, algumas com êxito, e a coragem do escravo brasileiro em afrontar os seus
algozes, fizeram da música negra um misto de dor, orgulho, revolta e regozijo. Os sambas originais são um
exemplo disso.
· O termo Hip-Hop foi estabelecido, por volta de 1968, pelo negro Afrika Banbaataa, inspirado em dois
movimentos:o primeiro ligado à cultura dos guetos norte -americanos, já o segundo estava na forma de
dançar: saltar (hop) movimentando os quadris (hip).
· Sabemos que o Tango nasceu no Rio da Prata, entre o Uruguai e a Argentina, no final do século XIX. Mas a
sua origem tem diversas versões: uma delas afirma que sua origem é africana, baseados numa dança
denominada Tangano. Outra versão diz que a origem da palavra é africana e significa algo parecido a quilombo.
Já uma última defende que o tango evoluiu a partir do ritmo do candomblé africano.
· A origem da palavra forró gera controvérsias. A versão popular diz que o term o vem do inglês “ for all“
- frase escrita na porta dos locais onde se dançava – outra versão diz que a origem vem do termo
africano "forrobodó", que significaria festa, bagunça, baile popular.
· No Brasil, a brincadeira de boi varia de região para região. Basicamente é um bailado popular brasileiro,
cômico-dramático, organizado em cortejo, com personagens humanos (Pai Francisco, Mateus, Bastião,
Arlequim, Catirina, Capitão Boca-Mole, etc.), animais (o Boi, a Ema, a Cobra, o Cavalo-Marinho, etc.) e
fantásticos (a Caipora, o Diabo, o Morto-Carregando-o-Vivo, o Babau, o Jaraguá, etc.), cujas peripécias giram
em torno da morte e ressurreição do boi.
· A vinda dos africanos trouxe ingredientes bem conhecidos do nosso dia-a-dia: o coco, a banana, o
café, a pimenta malagueta e o azeite-de-dendê. Também os populares:inhame, quiabo, gengibre,
amendoim, melancia e o jiló. Além de diversos pratos que transformaram a culinária brasileira uma das
mais apreciadas no mundo.
Conheça curiosidadesdo Dia da Consciência Negra
A data é oficialmente celebrada no dia 20 de novembro
Na primeira série de artigos sobre o dia da consciência negra, vamos abordar algumas curiosidades sobre essa
data comemorativa. Acompanhe nos próximos dias algumas dicas de festividades, além de alguns contra-
sensos sobre o feriado.
O dia da Consciência negra é um feriado (facultativo) em homenagem a Zumbi dos Palmares, sendo
comemorado no dia da assinatura da abolição da Escravatura. A data do feriado Consciência Negra 2013 é dia
20 de novembro e que em 2013 cai em uma quarta-feira.
No Brasil, cerca de 80 milhões
de indivíduos que se declaram de “raça negra”. Foto: arquivo pessoal
Mas existem algumas informações bem interessantes sobre o dia da consciência negra. O Palmares no nome
de Zumbi se refere ao local onde ele formou seu quilombo, uma espécie de reino, ou de república - como alguns
consideram - que era auto-sustentável e servia de local de fuga para muitos escravos negros escapados das
fazendas, prisões e senzalas. O reino chegou a alcançar quase o tamanho de Portugal, ficava no interior da
antiga Bahia, hoje estado do Alagoas, e a ter mais de 30 mil habitantes.
Outro ponto que nem todo mundo sabe é a dimensão que a raça negra tem no Brasil. Você sabia, por exemplo,
que em dados oficiais, o Brasil é a segundo maior população de afro descendentes, ficando atrás apenas da
Nigéria? São cerca de 80 milhões de indivíduos que se declaram de “raça negra”. Mas você sabia também que
o Brasil foi a segunda maior nação escravista dos últimos séculos? E que foi o último país a abolir a escravidão?
O penúltimo país das Américas a abolir o tráfico negreiro? E que foi o maior importador de escravos da história
moderna?
Não precisamos dizer que tudo isso gerou um efeito negativo sobre a imagem dos negros, que até hoje, mesmo
depois da abolição da escravatura e da criação de leis contra o racismo, sofrem preconceito racial. Tudo porque
a raça negra foi incorporada à nossa sociedade por meio da escravidão. E todas essas já citadas leis de
proteção contra o preconceito racial, nada mais são do que uma forma tardia de pagar o que a sociedade deve
aos milhões de negros que sofreram nos anos da escravidão.
A data foi criada para homenagear e chamar a atenção de todos contra o racismo e a discriminação.
Foto: Arquivo Pessoal/ Eduardo Andreassi
Mas diferente do que se pensa, nem todos são a favor dessa proteção. O feriado da consciência negra, por
exemplo, sofre ataques de várias direções, seja de pessoas descontentes com o excesso de feriados, seja por
meio de opiniões contrárias à valorização do negro na sociedade.
Contra-sensos sobre a data - O dia da Consciência Negra é também para conscientização dos negros e não
negros de que as culturas africanas são partes integrantes e imprescindíveis da formação do homem e da
mulher brasileiros. Uma data criada para homenagear e chamar a atenção de todos contra o racismo e a
discriminação, ressaltando as dificuldades que os negros passam há séculos.
Hoje no Brasil mais da metade da população é de origem Negra e descendes. Em contrapartida, os
mesmos ganham salários mais baixos do que brancos e amarelos e morrem mais cedo em
conseqüência do difícil acesso a cuidados de saúde, da precariedade das condições de vida e da
violência.
Até hoje os negros sofrem preconceito racial mesmo depois da abolição da escravatura e da criação de leis
contra o racismo.
Mesmo com a criação de leis de proteção contra o preconceito racial, visando dar mais humanismo e
oportunidades aos afro-descendentes – incorporados à nossa sociedade por meio da escravidão, ainda
temos muito a ser feito. O racismo, assim como outros males, está impregnado nessa nossa “Cultura”.
A meu ver (baseado em fatos), comemorar essa data segue duas vertentes: Homenageiam os negros,
redimindo-se tardiamente dos males que foram causados à raça Negra e ao mesmo tempo, da a entender a
muitos, que eles são menos capacitados do que os brancos.
O Brasil e o mundo têm muito chão para andar até extinguir de vez o racismo de sua cultura, e muito mais
trilhas a caminhar para estabelecer uma cultura própria.
Somos descendentes de imigrantes, índios, asiáticos e negros que foram trazidos pela escravidão, colonizados
por Portugueses – os primeiros a povoarem o Brasil foram os degredados de Portugal - e vieram para extrair
nossas riquezas.
Acompanhe no próximo texto algumas opções de comemorações
25 curiosidades sobre a
escravidão que você não sabia
Esta lista foi extraída e adaptada de diferentes fontes, como maniade história e guia dos curiosos.
– Os primeiros navios negreiros foram trazidos peloportuguês MartimAfonso de Sousa, em 1532.A contabilidade oficial estima
que, entre essa data e 1850, algo como5 milhões de escravos negros entraram noBrasil. Porém, alguns historiadores calculam que
pode ter sido o dobro.
– Os navios negreiros que traziam os escravos da África até o Brasil eramchamados de tumbeiros, devido àmorte de milhares de
africanos durante a travessia. Estas mortes ocorriamdevido aos maus-tratos sofridos pelos escravos,pelas más condições de higiene
e por doenças causas pela faltade vitaminas, comono casodo escorbuto.
– É possível traçara origemdos escravos em três grandes grupos: os da região do atual Sudão, em que os iorubás, também
chamados nagôs, predominam;os que vieram das tribos do norte da Nigéria, a maioria muçulmanos,chamados de malês oualufás; e
o grupo dos bantos, capturados nas colônias portuguesas de Angola e Moçambique.
– Quando chegava ao Brasil, o africano erachamadode “peça” e vendido em leilões públicos, comouma boa mercadoria: lustravam
seus dentes, raspavam os seus cabelos, aplicavam óleos para esconderdoenças do corpo e fazera pele brilhar, assim comoeram
engordados para garantirum bom preço.
– Um escravo valia mais quando era homeme adulto.Um escravoera consideradoadulto quando tinha entre 12e 30 anos. Eles
trabalhavam emmédia das 6 horas da manhã às 10 da noite, quase sem descanso, e amadureciammuitorápido.Com 35anos, já
tinham cabelos brancos e bocas desdentadas.
– Os cativos recebiam,uma vez por dia, apenas um caldo ralode feijão.Para enriquecer um pouco a mistura, eles aproveitavam as
partes do porco que os senhores desprezavam: língua, rabo, pés e orelhas. Foi assim que, de acordo coma tradição,surgiua
feijoada.
– A Festa de NossaSenhorado Rosário, a padroeira dos escravos do Brasil colonial, foi realizadapela primeira vez em
Olinda(PE), noano de 1645. A santajá eracultuada naÁfrica, levadapelos portugueses comoforma de cristianizar os
negros. Eles eram batizados quandosaíam da Áfricaou quandochegavam ao Brasil.
– Na cidade de Serro (MG), acontece a maiorde todas as festas em homenagema santa, emjulho, desde 1720.De acordocoma
lenda, um dia Nossa Senhora do Rosário saiudo mar. Ao ser chamada por índios, nãose mexeu. O mesmo aconteceucom
marinheiros brancos.A santasó atendeuaos escravos,que tocaram bem forteos seus tambores.
– Crianças brancas e negras andavam nuas e brincavamaté os 5 ou6 anos anos de idade. Tinhamos mesmos jogos,baseados em
personagens fantásticos do folcloreafricano. Mas aos 7 anos,a criançanegra enfrentavasua condiçãoe precisava começar a
trabalhar.
– Cada senhor de engenho tinhaautorizaçãoparaimportar120escravos por anoda África.Ehavia uma lei que estipulava
em 50 o númeromáximo de chibatadas que um escravo podialevar pordia.
– A cozinhaeramuitovalorizadana casa-grande.Conquistaram o gostodos europeus e brasileiros os pratos de origem
africana, como vatapáe caruru,comuns na mesa patriarcal nordestina. A cozinhaficava num anexo da casa,separada dos
cômodos principais por depósitos ou áreas internas.
– Normalmente,divisões internas da senzala separavam homens e mulheres. Mas,algumas vezes, era permitidoaos poucos
casais aceitos pelo senhormorarem em barracos separados, de pau-a-pique, cobertos com folhas de bananeira.
– Aos domingos,os escravos tinham direitode cultivar mandioca e hortaliças para consumo próprio. Podiam,inclusive,
vendero excedente nacidade.A medidacombatiaa fome do campo, pois a monoculturade exportação não davaespaçoa
produtos de subsistência.
– Quando a noite caia, o som dos batuques e dos passos de dança dominavaa senzala. As festas e outras manifestações
culturais eram admitidas, pois a maioriados senhores acreditava que issodiminuia as chances de revolta.
– Com a expansão das cidades, multiplicam-seescravos urbanos em ofícios especializados, comopedreiros, vendedores de galinhas,
barbeiros e rendeiras. Os carregadores zanzam de um lado a outro, levandobaús, barris, móveis e, claro, brancos.
– Escravos de Ganho eramescravos que tinha permissão de venderouprestarserviços na rua. Emtroca, ele deveria dar uma
porcentagemdos ganhos a seudono.
– Em algumas regiões, os escravos africanos eram divididos em três categorias: o “boçal”, que recusava falar o português, resistindo
à cultura europeia; o “ladino”, que falava o português; e o “crioulo”, o escravoque nascia no Brasil. Geralmente, ladinos e crioulos
recebiam melhor tratamento, trabalhos mais brandos e perspectiva de ascenção social.
– Os negros nuncativeram umaatitude passiva diante da escravidão. Muitos quebravam ferramentas de trabalho e
colocavam fogonas senzalas. Outros cometiam suicídio, muitas vezes comendo terra. Outros,ainda,entregavam-se ao
banzo, grande tristezaque podia levarà morte por inanição. A forma comum de rebeldia, noentanto, eraa fuga.
– Segundoalguns historiadores, a capoeiranasceu de um ritual angolanochamado n’golo(dançada zebra),umacompetição
que os rapazes das aldeias faziam paraver quem ficariacom a moça que atingisse a idade paracasar. Com o tempo,a
prática se transformou em exibição de habilidade e destreza.
– A palavra capoeiranãoé de origem africana. Ela vem do tupi (kapu’era). Trazida para o Brasil porintermédiodos navios
negreiros,a capoeirafoi desenvolvidanos quilombos pernambucanos do séculoXVI. As características de lutae dança
adquiridas nopaís podem classificá-lacomoumamanifestaçãocultural genuinamente brasileira.
– O berimbau é um instrumento de percussão trazidoda África (mbirimbau). Ele sóentrou nahistóriada capoeira no século
XX. Antes, o instrumentoerausado pelos vendedores ambulantes paraatrair os clientes. O arco vem do caule de um arbusto
chamado biriba, comum noNordeste,que é fácil de envergar.
– Até a abolição da escravatura, a lei puniaos praticantes de capoeiracom penas de até 300 açoites e o calabouço.De 1889 a
1937, a capoeira eracrime previstopeloCódigoPenal.Uma simples demonstraçãodava seis meses de cadeia.Em 1937, o
presidente GetúlioVargas foi ver umaexibição, gostou e acabou com a proibição.
– Após a independência de Portugal, em 1822, uma das primeiras medidas do governofoi proibir que alunos negros
frequentassemas mesmas escolas que os brancos.Um dos motivos apontados é que temiam eles pudessem transmitir
doenças contagiosas.
– O movimentoabolicionista tinha mais de 60 anos quando a Lei Áurea foi assinada,em 1888. Mobilizava muitos intelectuais da
época, comoescritores, políticos, juristas,e também a população de uma forma geral.
– Em 1823, domPedro I chegoua redigir um documentodefendendo o fimda escravidãono Brasil,mas a libertaçãosó ocorreu65
anos depois.
Condição do Negro no Brasil Atual
Trabalho enviado por: Renato dos Santos Simões
Data: 06/12/2004
 12334 v isualizações

 Adicionar aos favoritos
 Voltar
CONDIÇÃO DO NEGRO NO BRASIL ATUAL
Porque disfarçado, o racismo ainda é a forma mais clara de discriminação na sociedade brasileira, apesar de não
admitir o brasileiro seu preconceito. "A emoção das pessoas, o sentimento inferior delas é que é racista. Quando
racionalizam, elas não se reconhecem assim, não identificam em suas atitudes componentes de discriminação",
analisa Alcione Araújo, escritor e dramaturgo. O brasileiro tem dificuldade em assumir o seu racismo devido ao
processo de convivência cordial que distorce o conflito. Devido a isto, por estar dissimulado, hipócrita, é difícil de ser
combatido.
A discriminação racial está espalhada pelo Brasil. Escola e mídia apresentam um modelo branco de valorização. O
acesso aos espaços políticos, aos bens sociais, à produção do pensamento, a riqueza, tem sido determinado pela
lógica escravocrata. O espaço negro é reduzido. O negro é discriminado e não é reconhecido em suas atividades.
Entretanto, as narrativas de humilhações e dificuldades entram em choque com o fato concreto que é a presença e
importância fundamental dos negros e seus descendentes na cultura e nas artes brasileiras. Grandes nomes como o
do escultor Aleijadinho, do autor Machado de Assis, do jurista Rui Barbosa, todos mulatos, devem ser lembrados como
engrandecedores de nossa sociedade.
O preconceito está sempre queimando e maltratando alguém. Note-se na atitude de Pio Guerra ao desqualificar a
Senadora Benedita da Silva, na comparação com o mito norte-americano Marilyn Monroe; na grosseria da composição
Veja os Cabelos Dela, de Tiririca, perdoada como gracinha inocente; ou em pesquisas informais, como a realizada
entre vinte e oito pessoas de pigmentação clara, residentes num mesmo prédio da Zona Norte carioca: ninguém
admitiu o racismo, apesar do uso de expressões clássicas do tipo "bom crioulo", "negro de alma branca", "é negro, mas
é educado", "fulano de tal tem cabelo duro".
A discriminação dá-se de duas formas: direta ou indireta. Diz-se discriminação direta a adoção de regras gerais que
estabelecem distinções através de proibições. É o preconceito expressado de maneira clara como, por exemplo, a
proibição ou o tratamento desigual a um indivíduo ou grupo que poderia ter os mesmos direitos e o são negados.
A discriminação indireta está internamente relacionada com situações aparentemente neutras, mas que criam
desigualdades em relação a outrem. Esta última maneira de preconceito é a mais comum no Brasil.
Segundo o escritor e dramaturgo Alcione Araújo, "é espantosa a naturalidade com que as pessoas públicas,
principalmente artistas famosos, manifestam seus preconceitos. Essas pessoas parecem não perceber o que estão
fazendo e como colaboram para a internalização do preconceito, já que suas falas são tidas como verdades, repelidas
nas novelas, multiplicadas pela mídia."
As práticas de racismo são diversas e se apresenta de diversas formas. Por meio das estatísticas sobre escolaridade,
mercado de trabalho, criminalidade, presença nas artes e outros pode-se perceber o problema na prática.
Como exemplo, numa pesquisa realizada, informalmente, entre 28 pessoas de pele branca, residentes em um mesmo
prédio da zona norte carioca, ninguém admitiu o racismo apesar do uso de expressões como "bom crioulo", "negro de
alma branca" e outras.
No Vestibular da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS, os mais de 15.000 candidatos se depararam
com um frase da prova de língua portuguesa que trazia preconceito de cor explícito. A frase "Ela é bonita, mas é negra.
Embora negra ela é bonita" gerou protestos por parte de alguns candidatos, que se sentiram constrangidos, e membros
do Movimento Negro Unificado - MNU que alegaram o constrangimento que a questão submeteu aos candidatos
tornando desigual a competição e moveram uma ação encabeçada pelo Conselho Estadual dos Direitos do Negro que
se orientam pela Lei 7716, que pune com pena de um a três anos de reclusão e multa, os crimes resultantes de
discriminação ou preconceito de raça, cor, étnica, religião ou procedência nacional.
Há também um dificuldade do negro no acesso aos espaços políticos, aos bens sociais, à produção do pensamento, à
riqueza. A sociedade tem sido, apesar dos mais de 100 anos da Lei Áurea, regida por uma lógica escravocrata e
machista.
A desigualdade racial brasileira é denunciada pela pesquisa da Federação do Órgão para Assistência Social e
Educacional - FASE, que traz índices que levam à conclusão de que a qualidade de vida da população negra está
próxima a dos países mais pobres. As famílias negras ainda são marginalizadas no processo produtivo, sendo assim
os seus filhos também são marginalizados. Desta forma, no momento em que a criança deveria estar na escola ela
está na rua procurando sobreviver. De 2000 menores carentes, conforme o UNICEF, 1600 são negros.
Tratando especificamente do mercado de trabalho, inúmeras são as atitudes racistas que acabam dificultando a
inserção do negro em áreas que exigem maior especialização. A exigência de "boa aparência", o assédio à mulher, a
ocupação de cargos inferiores, a remuneração diferenciada do negro em relação ao branco nos mesmos cargos, a
violência física (que chega a ocorrer em alguns casos) são exemplos do problema.
Iniciativas para diminuir e extinguir o racismo são necessárias para a sociedade brasileira, principalmente do auxílio da
escola, mídia e universidades.
A empresária Cátia Lopes de Souza fundou a revista black People com o intuito de falar de negros e para negros
tentando atenuar o racismo e interferir no destino do povo. Dentre as concepções racistas vistas e vivenciadas por
Cátia, ela relata a visão do brasileiro: "O negro é exótico, como um animal para ser observado, mas não serve para ter
aproximação". Estudado como um segmento da sociedade que se atrasou na dinâmica da nossa sociedade, sendo por
isso parte do passado e do progresso, se marginalizou na medida em que não se integrou. Somente através da
integração (biológica, social e cultural) o negro poderia se incorporar ao corpo da nação brasileira.
O NEGRO E O MERCADO DE TRABALHO
"O processo de alijamento e exclusão sofrido pelos afro-brasileiros tem tido, ao longo do tempo, a função perversa de
constituir um exército de reserva de mão-de-obra barata, à disposição de um empresariado ávido de lucros e
totalmente divorciado de sua responsabilidade social."
Discriminado e marginalizado, a imagem do negro perante a sociedade é de desqualificado, incapaz, impondo-se-lhe a
restrição no mercado de trabalho. Em posições...
A situação dos negros no mundo
atual
Por Juliana Miranda
A busca por igualdade de oportunidades vem marcando a história
dos negros no Brasil e no mundo. As marcas da desigualdade histórica
ainda estão presentes nos dias de hoje.
Muitos negros permanecem marginalizados, sofrem com o racismo e a
discriminação e não encontram condições igualitárias de educação e
desenvolvimento profissional. Um estudo recente apontou que em
fábricas um trabalhador branco ganha até 75% mais do que um negro.
É claro que os negros alcançaram algumas vitórias, mas a realidade
ainda está longe da ideal. Ainda vivemos o mito da democracia racial, e
segundo o IBGE precisaremos de pelo menos 20 anos de políticas
afirmativas no Brasil para fomentar a igualdade entre negros e brancos.
Atualmente, a população negra no Brasil ainda está em desvantagem em
relação aos brancos em todos os itens, como violência, renda, educação,
saúde, emprego, habitação e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Segundo um relatório da ONU, não existe região ou estado brasileiro em
que a condição de vida da população negra seja melhor do que a da
população branca.
A ONU sugere que todos os países busquem uma ação conjunta entre
governo e sociedade para combater o racismo no país e melhorar as
condições de vida da população negra.
Saiba o que é democracia racial.
Em países de primeiro mundo, como Estados Unidos, existe um cenário
bastante peculiar, onde muitos negros se encontram marginalizados, e
tantos outros se destacam nas melhores universidades e empresas do
país. Uma marca dessa mudança da sociedade foi vista na reeleição de
Barack Obama, primeiro presidente negro dos Estados Unidos.
Fonte: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/a-situacao-dos-negros-no-mundo-atual.html

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (18)

06
0606
06
 
Exerccios sobre africanos_no_brasil
Exerccios sobre africanos_no_brasilExerccios sobre africanos_no_brasil
Exerccios sobre africanos_no_brasil
 
Livreto para grafica o escravo negro no brasil colonial - trafico e cotidiano
Livreto para grafica   o escravo negro no brasil colonial - trafico e cotidianoLivreto para grafica   o escravo negro no brasil colonial - trafico e cotidiano
Livreto para grafica o escravo negro no brasil colonial - trafico e cotidiano
 
Fatores psicossociais sulamericanos
Fatores psicossociais sulamericanosFatores psicossociais sulamericanos
Fatores psicossociais sulamericanos
 
Atividades os povos africanos topico 4 historia fund
Atividades os povos africanos topico 4 historia fundAtividades os povos africanos topico 4 historia fund
Atividades os povos africanos topico 4 historia fund
 
Escravidão no Brasil
Escravidão no BrasilEscravidão no Brasil
Escravidão no Brasil
 
Cultura Afro Brasileira
Cultura Afro   BrasileiraCultura Afro   Brasileira
Cultura Afro Brasileira
 
A chegada dos portugueses por simone helen drumond
A chegada dos portugueses por simone helen drumondA chegada dos portugueses por simone helen drumond
A chegada dos portugueses por simone helen drumond
 
Ava historia 7ano
Ava historia 7anoAva historia 7ano
Ava historia 7ano
 
Diagnostica historia 7ano
Diagnostica historia 7anoDiagnostica historia 7ano
Diagnostica historia 7ano
 
1 ceara-colonia e-imperio
1 ceara-colonia e-imperio1 ceara-colonia e-imperio
1 ceara-colonia e-imperio
 
A escravidao
A escravidaoA escravidao
A escravidao
 
Consciencia negra
Consciencia negraConsciencia negra
Consciencia negra
 
Escravatura no seculo xvIII1
Escravatura no seculo xvIII1Escravatura no seculo xvIII1
Escravatura no seculo xvIII1
 
5.lucrativo comércio de seres humanos
5.lucrativo comércio de seres humanos5.lucrativo comércio de seres humanos
5.lucrativo comércio de seres humanos
 
Trab. socio miscigenação cultural brasileira
Trab. socio miscigenação cultural brasileiraTrab. socio miscigenação cultural brasileira
Trab. socio miscigenação cultural brasileira
 
O povo brasileiro
O povo brasileiroO povo brasileiro
O povo brasileiro
 
Os negros no brasil colônia
Os negros no brasil colôniaOs negros no brasil colônia
Os negros no brasil colônia
 

Destaque (8)

Homofobia trabalho de geo
Homofobia trabalho de geoHomofobia trabalho de geo
Homofobia trabalho de geo
 
Homofobia
Homofobia Homofobia
Homofobia
 
Homofobia
HomofobiaHomofobia
Homofobia
 
Preconceito e homofobia
Preconceito e homofobia Preconceito e homofobia
Preconceito e homofobia
 
O que é homofobia.
O que é homofobia.O que é homofobia.
O que é homofobia.
 
Homofobia e homossexualidade
Homofobia e homossexualidade Homofobia e homossexualidade
Homofobia e homossexualidade
 
A homofobia
A homofobiaA homofobia
A homofobia
 
Preconceito homofobia
Preconceito homofobiaPreconceito homofobia
Preconceito homofobia
 

Semelhante a Da origem do hip

A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdfA escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdfGabrielaDuarte699486
 
Cultura Afro Brasileira
Cultura Afro BrasileiraCultura Afro Brasileira
Cultura Afro Brasileiraluizschinemann
 
Cultura afro-brasileira
Cultura afro-brasileiraCultura afro-brasileira
Cultura afro-brasileiraVictor Mattos
 
Consciência Negra
Consciência NegraConsciência Negra
Consciência Negrasecretaria
 
Dia nacional da consciência negra
Dia nacional da consciência negraDia nacional da consciência negra
Dia nacional da consciência negraCarlos Thiago
 
Novembro Preto A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo
Novembro Preto  A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo Novembro Preto  A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo
Novembro Preto A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo Emerson Mathias
 
Raizes_Culturais_Brasileiras__Africanos__ensino_basico.pdf
Raizes_Culturais_Brasileiras__Africanos__ensino_basico.pdfRaizes_Culturais_Brasileiras__Africanos__ensino_basico.pdf
Raizes_Culturais_Brasileiras__Africanos__ensino_basico.pdfMaria Claudia F.Graca
 
Cultura Afro Brasileira B Roxo
Cultura Afro Brasileira B RoxoCultura Afro Brasileira B Roxo
Cultura Afro Brasileira B RoxoANA CRISTINA
 
Educação para as relações étnico-raciais e ensino de cultura Afro brasileira.
Educação para as relações étnico-raciais e ensino de cultura Afro brasileira.Educação para as relações étnico-raciais e ensino de cultura Afro brasileira.
Educação para as relações étnico-raciais e ensino de cultura Afro brasileira.Glauco Ricciele
 

Semelhante a Da origem do hip (20)

A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdfA escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
 
Cultura Afro Brasileira
Cultura Afro BrasileiraCultura Afro Brasileira
Cultura Afro Brasileira
 
Afro Brasileira
Afro BrasileiraAfro Brasileira
Afro Brasileira
 
Cultura afro-brasileira
Cultura afro-brasileiraCultura afro-brasileira
Cultura afro-brasileira
 
Consciência Negra
Consciência NegraConsciência Negra
Consciência Negra
 
áFrica 2012
áFrica 2012áFrica 2012
áFrica 2012
 
Dia da consciencia negra. texto
Dia da consciencia negra.   textoDia da consciencia negra.   texto
Dia da consciencia negra. texto
 
áFrica entre nós 06 08
áFrica entre nós 06 08áFrica entre nós 06 08
áFrica entre nós 06 08
 
Dia nacional da consciência negra
Dia nacional da consciência negraDia nacional da consciência negra
Dia nacional da consciência negra
 
Novembro Preto A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo
Novembro Preto  A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo Novembro Preto  A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo
Novembro Preto A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo
 
Raizes_Culturais_Brasileiras__Africanos__ensino_basico.pdf
Raizes_Culturais_Brasileiras__Africanos__ensino_basico.pdfRaizes_Culturais_Brasileiras__Africanos__ensino_basico.pdf
Raizes_Culturais_Brasileiras__Africanos__ensino_basico.pdf
 
Cultura Afro Brasileira B Roxo
Cultura Afro Brasileira B RoxoCultura Afro Brasileira B Roxo
Cultura Afro Brasileira B Roxo
 
_África.ppt
_África.ppt_África.ppt
_África.ppt
 
Educação para as relações étnico-raciais e ensino de cultura Afro brasileira.
Educação para as relações étnico-raciais e ensino de cultura Afro brasileira.Educação para as relações étnico-raciais e ensino de cultura Afro brasileira.
Educação para as relações étnico-raciais e ensino de cultura Afro brasileira.
 
Dia da consciência negra
Dia da consciência negraDia da consciência negra
Dia da consciência negra
 
Dia da consciência negra
Dia da consciência negraDia da consciência negra
Dia da consciência negra
 
Escravatura
EscravaturaEscravatura
Escravatura
 
Geografia a
Geografia  aGeografia  a
Geografia a
 
Consciência negra.pptx3
Consciência negra.pptx3Consciência negra.pptx3
Consciência negra.pptx3
 
Consciência negra.pptx3
Consciência negra.pptx3Consciência negra.pptx3
Consciência negra.pptx3
 

Último

Desastres ambientais e vulnerabilidadess
Desastres ambientais e vulnerabilidadessDesastres ambientais e vulnerabilidadess
Desastres ambientais e vulnerabilidadessRodrigoGonzlez461291
 
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
direito-administrativo-28c2aa-ed-2015-josc3a9-dos-santos-carvalho-filho.pdf
direito-administrativo-28c2aa-ed-2015-josc3a9-dos-santos-carvalho-filho.pdfdireito-administrativo-28c2aa-ed-2015-josc3a9-dos-santos-carvalho-filho.pdf
direito-administrativo-28c2aa-ed-2015-josc3a9-dos-santos-carvalho-filho.pdfLeandroTelesRocha2
 
Atividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docx
Atividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docxAtividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docx
Atividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docxSolangeWaltre
 
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...cristianofiori1
 
A NEUROPEDAGOGIA NO PROCESSO DE ENCINAGEM.pdf
A NEUROPEDAGOGIA NO PROCESSO DE ENCINAGEM.pdfA NEUROPEDAGOGIA NO PROCESSO DE ENCINAGEM.pdf
A NEUROPEDAGOGIA NO PROCESSO DE ENCINAGEM.pdfmarcos oliveira
 
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco LeiteOs Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leiteprofesfrancleite
 
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdfcurso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdfLeandroTelesRocha2
 
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptxPERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptxtchingando6
 
Apresentação Formação em Prevenção ao Assédio
Apresentação Formação em Prevenção ao AssédioApresentação Formação em Prevenção ao Assédio
Apresentação Formação em Prevenção ao Assédioifbauab
 
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdfGRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdfrarakey779
 
Atividade com a música Xote da Alegria - Falamansa
Atividade com a música Xote  da  Alegria    -   FalamansaAtividade com a música Xote  da  Alegria    -   Falamansa
Atividade com a música Xote da Alegria - FalamansaMary Alvarenga
 
Poema - Reciclar é preciso
Poema            -        Reciclar é precisoPoema            -        Reciclar é preciso
Poema - Reciclar é precisoMary Alvarenga
 
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxCIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxMariaSantos298247
 
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdfO autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdfLetícia Butterfield
 
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividadeAproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividadeLigia Galvão
 
História do Brasil e Geral - Cláudio Vicentino
História do Brasil e Geral - Cláudio VicentinoHistória do Brasil e Geral - Cláudio Vicentino
História do Brasil e Geral - Cláudio VicentinoThayaneLopes10
 
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptxDIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptxcleanelima11
 
Slides Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24.pptx
Slides Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24.pptxSlides Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24.pptx
Slides Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdfProjeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdfBibliotecas Infante D. Henrique
 

Último (20)

Desastres ambientais e vulnerabilidadess
Desastres ambientais e vulnerabilidadessDesastres ambientais e vulnerabilidadess
Desastres ambientais e vulnerabilidadess
 
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
 
direito-administrativo-28c2aa-ed-2015-josc3a9-dos-santos-carvalho-filho.pdf
direito-administrativo-28c2aa-ed-2015-josc3a9-dos-santos-carvalho-filho.pdfdireito-administrativo-28c2aa-ed-2015-josc3a9-dos-santos-carvalho-filho.pdf
direito-administrativo-28c2aa-ed-2015-josc3a9-dos-santos-carvalho-filho.pdf
 
Atividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docx
Atividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docxAtividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docx
Atividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docx
 
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
 
A NEUROPEDAGOGIA NO PROCESSO DE ENCINAGEM.pdf
A NEUROPEDAGOGIA NO PROCESSO DE ENCINAGEM.pdfA NEUROPEDAGOGIA NO PROCESSO DE ENCINAGEM.pdf
A NEUROPEDAGOGIA NO PROCESSO DE ENCINAGEM.pdf
 
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco LeiteOs Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
 
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdfcurso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
 
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptxPERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
 
Apresentação Formação em Prevenção ao Assédio
Apresentação Formação em Prevenção ao AssédioApresentação Formação em Prevenção ao Assédio
Apresentação Formação em Prevenção ao Assédio
 
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdfGRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
 
Atividade com a música Xote da Alegria - Falamansa
Atividade com a música Xote  da  Alegria    -   FalamansaAtividade com a música Xote  da  Alegria    -   Falamansa
Atividade com a música Xote da Alegria - Falamansa
 
Poema - Reciclar é preciso
Poema            -        Reciclar é precisoPoema            -        Reciclar é preciso
Poema - Reciclar é preciso
 
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxCIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
 
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdfO autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
 
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividadeAproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
 
História do Brasil e Geral - Cláudio Vicentino
História do Brasil e Geral - Cláudio VicentinoHistória do Brasil e Geral - Cláudio Vicentino
História do Brasil e Geral - Cláudio Vicentino
 
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptxDIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
 
Slides Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24.pptx
Slides Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24.pptxSlides Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24.pptx
Slides Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24.pptx
 
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdfProjeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
 

Da origem do hip

  • 1. Da origem do Hip-Hop à ave Capoeira. Você sabia que existe no Brasil uma ave chamada Capoeira? Alguns apontam que a relação entre dança e ave está no fato de que o macho dessa espécie é muito ciumento e trava diversas lutas com o rival para marcar os seus domínios. · O ritmo blues nasceu dos primeiros gritos dos escravos negros levados pelos ingleses para os Estados Unidos, até meados do século XIX. Foram homens e mulheres provenientes de tribos Ashanti do continente africano. · As cores do Olodum representam o verde das florestas equatoriais da África; o vermelho do sangue da raça negra; o amarelo do ouro da África; o preto do orgulho da Raça negra e o branco a Paz mundial. Essas são as cores da diáspora africana e constituem uma identidade internacional contra o racismo e a favor dos povos descendentes de África. · As inúmeras tentativas de fuga, algumas com êxito, e a coragem do escravo brasileiro em afrontar os seus algozes, fizeram da música negra um misto de dor, orgulho, revolta e regozijo. Os sambas originais são um exemplo disso. · O termo Hip-Hop foi estabelecido, por volta de 1968, pelo negro Afrika Banbaataa, inspirado em dois movimentos:o primeiro ligado à cultura dos guetos norte -americanos, já o segundo estava na forma de dançar: saltar (hop) movimentando os quadris (hip). · Sabemos que o Tango nasceu no Rio da Prata, entre o Uruguai e a Argentina, no final do século XIX. Mas a sua origem tem diversas versões: uma delas afirma que sua origem é africana, baseados numa dança denominada Tangano. Outra versão diz que a origem da palavra é africana e significa algo parecido a quilombo. Já uma última defende que o tango evoluiu a partir do ritmo do candomblé africano. · A origem da palavra forró gera controvérsias. A versão popular diz que o term o vem do inglês “ for all“ - frase escrita na porta dos locais onde se dançava – outra versão diz que a origem vem do termo africano "forrobodó", que significaria festa, bagunça, baile popular. · No Brasil, a brincadeira de boi varia de região para região. Basicamente é um bailado popular brasileiro, cômico-dramático, organizado em cortejo, com personagens humanos (Pai Francisco, Mateus, Bastião, Arlequim, Catirina, Capitão Boca-Mole, etc.), animais (o Boi, a Ema, a Cobra, o Cavalo-Marinho, etc.) e fantásticos (a Caipora, o Diabo, o Morto-Carregando-o-Vivo, o Babau, o Jaraguá, etc.), cujas peripécias giram em torno da morte e ressurreição do boi. · A vinda dos africanos trouxe ingredientes bem conhecidos do nosso dia-a-dia: o coco, a banana, o café, a pimenta malagueta e o azeite-de-dendê. Também os populares:inhame, quiabo, gengibre, amendoim, melancia e o jiló. Além de diversos pratos que transformaram a culinária brasileira uma das mais apreciadas no mundo. Conheça curiosidadesdo Dia da Consciência Negra A data é oficialmente celebrada no dia 20 de novembro
  • 2. Na primeira série de artigos sobre o dia da consciência negra, vamos abordar algumas curiosidades sobre essa data comemorativa. Acompanhe nos próximos dias algumas dicas de festividades, além de alguns contra- sensos sobre o feriado. O dia da Consciência negra é um feriado (facultativo) em homenagem a Zumbi dos Palmares, sendo comemorado no dia da assinatura da abolição da Escravatura. A data do feriado Consciência Negra 2013 é dia 20 de novembro e que em 2013 cai em uma quarta-feira. No Brasil, cerca de 80 milhões de indivíduos que se declaram de “raça negra”. Foto: arquivo pessoal Mas existem algumas informações bem interessantes sobre o dia da consciência negra. O Palmares no nome de Zumbi se refere ao local onde ele formou seu quilombo, uma espécie de reino, ou de república - como alguns consideram - que era auto-sustentável e servia de local de fuga para muitos escravos negros escapados das fazendas, prisões e senzalas. O reino chegou a alcançar quase o tamanho de Portugal, ficava no interior da antiga Bahia, hoje estado do Alagoas, e a ter mais de 30 mil habitantes. Outro ponto que nem todo mundo sabe é a dimensão que a raça negra tem no Brasil. Você sabia, por exemplo, que em dados oficiais, o Brasil é a segundo maior população de afro descendentes, ficando atrás apenas da Nigéria? São cerca de 80 milhões de indivíduos que se declaram de “raça negra”. Mas você sabia também que o Brasil foi a segunda maior nação escravista dos últimos séculos? E que foi o último país a abolir a escravidão? O penúltimo país das Américas a abolir o tráfico negreiro? E que foi o maior importador de escravos da história moderna? Não precisamos dizer que tudo isso gerou um efeito negativo sobre a imagem dos negros, que até hoje, mesmo depois da abolição da escravatura e da criação de leis contra o racismo, sofrem preconceito racial. Tudo porque a raça negra foi incorporada à nossa sociedade por meio da escravidão. E todas essas já citadas leis de proteção contra o preconceito racial, nada mais são do que uma forma tardia de pagar o que a sociedade deve aos milhões de negros que sofreram nos anos da escravidão.
  • 3. A data foi criada para homenagear e chamar a atenção de todos contra o racismo e a discriminação. Foto: Arquivo Pessoal/ Eduardo Andreassi Mas diferente do que se pensa, nem todos são a favor dessa proteção. O feriado da consciência negra, por exemplo, sofre ataques de várias direções, seja de pessoas descontentes com o excesso de feriados, seja por meio de opiniões contrárias à valorização do negro na sociedade. Contra-sensos sobre a data - O dia da Consciência Negra é também para conscientização dos negros e não negros de que as culturas africanas são partes integrantes e imprescindíveis da formação do homem e da mulher brasileiros. Uma data criada para homenagear e chamar a atenção de todos contra o racismo e a discriminação, ressaltando as dificuldades que os negros passam há séculos. Hoje no Brasil mais da metade da população é de origem Negra e descendes. Em contrapartida, os mesmos ganham salários mais baixos do que brancos e amarelos e morrem mais cedo em conseqüência do difícil acesso a cuidados de saúde, da precariedade das condições de vida e da violência. Até hoje os negros sofrem preconceito racial mesmo depois da abolição da escravatura e da criação de leis contra o racismo. Mesmo com a criação de leis de proteção contra o preconceito racial, visando dar mais humanismo e oportunidades aos afro-descendentes – incorporados à nossa sociedade por meio da escravidão, ainda temos muito a ser feito. O racismo, assim como outros males, está impregnado nessa nossa “Cultura”. A meu ver (baseado em fatos), comemorar essa data segue duas vertentes: Homenageiam os negros, redimindo-se tardiamente dos males que foram causados à raça Negra e ao mesmo tempo, da a entender a muitos, que eles são menos capacitados do que os brancos. O Brasil e o mundo têm muito chão para andar até extinguir de vez o racismo de sua cultura, e muito mais trilhas a caminhar para estabelecer uma cultura própria. Somos descendentes de imigrantes, índios, asiáticos e negros que foram trazidos pela escravidão, colonizados por Portugueses – os primeiros a povoarem o Brasil foram os degredados de Portugal - e vieram para extrair nossas riquezas. Acompanhe no próximo texto algumas opções de comemorações 25 curiosidades sobre a escravidão que você não sabia
  • 4. Esta lista foi extraída e adaptada de diferentes fontes, como maniade história e guia dos curiosos. – Os primeiros navios negreiros foram trazidos peloportuguês MartimAfonso de Sousa, em 1532.A contabilidade oficial estima que, entre essa data e 1850, algo como5 milhões de escravos negros entraram noBrasil. Porém, alguns historiadores calculam que pode ter sido o dobro. – Os navios negreiros que traziam os escravos da África até o Brasil eramchamados de tumbeiros, devido àmorte de milhares de africanos durante a travessia. Estas mortes ocorriamdevido aos maus-tratos sofridos pelos escravos,pelas más condições de higiene e por doenças causas pela faltade vitaminas, comono casodo escorbuto. – É possível traçara origemdos escravos em três grandes grupos: os da região do atual Sudão, em que os iorubás, também chamados nagôs, predominam;os que vieram das tribos do norte da Nigéria, a maioria muçulmanos,chamados de malês oualufás; e o grupo dos bantos, capturados nas colônias portuguesas de Angola e Moçambique. – Quando chegava ao Brasil, o africano erachamadode “peça” e vendido em leilões públicos, comouma boa mercadoria: lustravam seus dentes, raspavam os seus cabelos, aplicavam óleos para esconderdoenças do corpo e fazera pele brilhar, assim comoeram engordados para garantirum bom preço. – Um escravo valia mais quando era homeme adulto.Um escravoera consideradoadulto quando tinha entre 12e 30 anos. Eles trabalhavam emmédia das 6 horas da manhã às 10 da noite, quase sem descanso, e amadureciammuitorápido.Com 35anos, já tinham cabelos brancos e bocas desdentadas.
  • 5. – Os cativos recebiam,uma vez por dia, apenas um caldo ralode feijão.Para enriquecer um pouco a mistura, eles aproveitavam as partes do porco que os senhores desprezavam: língua, rabo, pés e orelhas. Foi assim que, de acordo coma tradição,surgiua feijoada. – A Festa de NossaSenhorado Rosário, a padroeira dos escravos do Brasil colonial, foi realizadapela primeira vez em Olinda(PE), noano de 1645. A santajá eracultuada naÁfrica, levadapelos portugueses comoforma de cristianizar os negros. Eles eram batizados quandosaíam da Áfricaou quandochegavam ao Brasil. – Na cidade de Serro (MG), acontece a maiorde todas as festas em homenagema santa, emjulho, desde 1720.De acordocoma lenda, um dia Nossa Senhora do Rosário saiudo mar. Ao ser chamada por índios, nãose mexeu. O mesmo aconteceucom marinheiros brancos.A santasó atendeuaos escravos,que tocaram bem forteos seus tambores. – Crianças brancas e negras andavam nuas e brincavamaté os 5 ou6 anos anos de idade. Tinhamos mesmos jogos,baseados em personagens fantásticos do folcloreafricano. Mas aos 7 anos,a criançanegra enfrentavasua condiçãoe precisava começar a trabalhar. – Cada senhor de engenho tinhaautorizaçãoparaimportar120escravos por anoda África.Ehavia uma lei que estipulava em 50 o númeromáximo de chibatadas que um escravo podialevar pordia.
  • 6. – A cozinhaeramuitovalorizadana casa-grande.Conquistaram o gostodos europeus e brasileiros os pratos de origem africana, como vatapáe caruru,comuns na mesa patriarcal nordestina. A cozinhaficava num anexo da casa,separada dos cômodos principais por depósitos ou áreas internas. – Normalmente,divisões internas da senzala separavam homens e mulheres. Mas,algumas vezes, era permitidoaos poucos casais aceitos pelo senhormorarem em barracos separados, de pau-a-pique, cobertos com folhas de bananeira. – Aos domingos,os escravos tinham direitode cultivar mandioca e hortaliças para consumo próprio. Podiam,inclusive, vendero excedente nacidade.A medidacombatiaa fome do campo, pois a monoculturade exportação não davaespaçoa produtos de subsistência. – Quando a noite caia, o som dos batuques e dos passos de dança dominavaa senzala. As festas e outras manifestações culturais eram admitidas, pois a maioriados senhores acreditava que issodiminuia as chances de revolta. – Com a expansão das cidades, multiplicam-seescravos urbanos em ofícios especializados, comopedreiros, vendedores de galinhas, barbeiros e rendeiras. Os carregadores zanzam de um lado a outro, levandobaús, barris, móveis e, claro, brancos.
  • 7. – Escravos de Ganho eramescravos que tinha permissão de venderouprestarserviços na rua. Emtroca, ele deveria dar uma porcentagemdos ganhos a seudono. – Em algumas regiões, os escravos africanos eram divididos em três categorias: o “boçal”, que recusava falar o português, resistindo à cultura europeia; o “ladino”, que falava o português; e o “crioulo”, o escravoque nascia no Brasil. Geralmente, ladinos e crioulos recebiam melhor tratamento, trabalhos mais brandos e perspectiva de ascenção social. – Os negros nuncativeram umaatitude passiva diante da escravidão. Muitos quebravam ferramentas de trabalho e colocavam fogonas senzalas. Outros cometiam suicídio, muitas vezes comendo terra. Outros,ainda,entregavam-se ao banzo, grande tristezaque podia levarà morte por inanição. A forma comum de rebeldia, noentanto, eraa fuga. – Segundoalguns historiadores, a capoeiranasceu de um ritual angolanochamado n’golo(dançada zebra),umacompetição que os rapazes das aldeias faziam paraver quem ficariacom a moça que atingisse a idade paracasar. Com o tempo,a prática se transformou em exibição de habilidade e destreza. – A palavra capoeiranãoé de origem africana. Ela vem do tupi (kapu’era). Trazida para o Brasil porintermédiodos navios negreiros,a capoeirafoi desenvolvidanos quilombos pernambucanos do séculoXVI. As características de lutae dança adquiridas nopaís podem classificá-lacomoumamanifestaçãocultural genuinamente brasileira.
  • 8. – O berimbau é um instrumento de percussão trazidoda África (mbirimbau). Ele sóentrou nahistóriada capoeira no século XX. Antes, o instrumentoerausado pelos vendedores ambulantes paraatrair os clientes. O arco vem do caule de um arbusto chamado biriba, comum noNordeste,que é fácil de envergar. – Até a abolição da escravatura, a lei puniaos praticantes de capoeiracom penas de até 300 açoites e o calabouço.De 1889 a 1937, a capoeira eracrime previstopeloCódigoPenal.Uma simples demonstraçãodava seis meses de cadeia.Em 1937, o presidente GetúlioVargas foi ver umaexibição, gostou e acabou com a proibição. – Após a independência de Portugal, em 1822, uma das primeiras medidas do governofoi proibir que alunos negros frequentassemas mesmas escolas que os brancos.Um dos motivos apontados é que temiam eles pudessem transmitir doenças contagiosas. – O movimentoabolicionista tinha mais de 60 anos quando a Lei Áurea foi assinada,em 1888. Mobilizava muitos intelectuais da época, comoescritores, políticos, juristas,e também a população de uma forma geral. – Em 1823, domPedro I chegoua redigir um documentodefendendo o fimda escravidãono Brasil,mas a libertaçãosó ocorreu65 anos depois. Condição do Negro no Brasil Atual Trabalho enviado por: Renato dos Santos Simões Data: 06/12/2004  12334 v isualizações   Adicionar aos favoritos  Voltar CONDIÇÃO DO NEGRO NO BRASIL ATUAL Porque disfarçado, o racismo ainda é a forma mais clara de discriminação na sociedade brasileira, apesar de não admitir o brasileiro seu preconceito. "A emoção das pessoas, o sentimento inferior delas é que é racista. Quando racionalizam, elas não se reconhecem assim, não identificam em suas atitudes componentes de discriminação", analisa Alcione Araújo, escritor e dramaturgo. O brasileiro tem dificuldade em assumir o seu racismo devido ao
  • 9. processo de convivência cordial que distorce o conflito. Devido a isto, por estar dissimulado, hipócrita, é difícil de ser combatido. A discriminação racial está espalhada pelo Brasil. Escola e mídia apresentam um modelo branco de valorização. O acesso aos espaços políticos, aos bens sociais, à produção do pensamento, a riqueza, tem sido determinado pela lógica escravocrata. O espaço negro é reduzido. O negro é discriminado e não é reconhecido em suas atividades. Entretanto, as narrativas de humilhações e dificuldades entram em choque com o fato concreto que é a presença e importância fundamental dos negros e seus descendentes na cultura e nas artes brasileiras. Grandes nomes como o do escultor Aleijadinho, do autor Machado de Assis, do jurista Rui Barbosa, todos mulatos, devem ser lembrados como engrandecedores de nossa sociedade. O preconceito está sempre queimando e maltratando alguém. Note-se na atitude de Pio Guerra ao desqualificar a Senadora Benedita da Silva, na comparação com o mito norte-americano Marilyn Monroe; na grosseria da composição Veja os Cabelos Dela, de Tiririca, perdoada como gracinha inocente; ou em pesquisas informais, como a realizada entre vinte e oito pessoas de pigmentação clara, residentes num mesmo prédio da Zona Norte carioca: ninguém admitiu o racismo, apesar do uso de expressões clássicas do tipo "bom crioulo", "negro de alma branca", "é negro, mas é educado", "fulano de tal tem cabelo duro". A discriminação dá-se de duas formas: direta ou indireta. Diz-se discriminação direta a adoção de regras gerais que estabelecem distinções através de proibições. É o preconceito expressado de maneira clara como, por exemplo, a proibição ou o tratamento desigual a um indivíduo ou grupo que poderia ter os mesmos direitos e o são negados. A discriminação indireta está internamente relacionada com situações aparentemente neutras, mas que criam desigualdades em relação a outrem. Esta última maneira de preconceito é a mais comum no Brasil. Segundo o escritor e dramaturgo Alcione Araújo, "é espantosa a naturalidade com que as pessoas públicas, principalmente artistas famosos, manifestam seus preconceitos. Essas pessoas parecem não perceber o que estão fazendo e como colaboram para a internalização do preconceito, já que suas falas são tidas como verdades, repelidas nas novelas, multiplicadas pela mídia." As práticas de racismo são diversas e se apresenta de diversas formas. Por meio das estatísticas sobre escolaridade, mercado de trabalho, criminalidade, presença nas artes e outros pode-se perceber o problema na prática. Como exemplo, numa pesquisa realizada, informalmente, entre 28 pessoas de pele branca, residentes em um mesmo prédio da zona norte carioca, ninguém admitiu o racismo apesar do uso de expressões como "bom crioulo", "negro de alma branca" e outras. No Vestibular da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS, os mais de 15.000 candidatos se depararam com um frase da prova de língua portuguesa que trazia preconceito de cor explícito. A frase "Ela é bonita, mas é negra. Embora negra ela é bonita" gerou protestos por parte de alguns candidatos, que se sentiram constrangidos, e membros do Movimento Negro Unificado - MNU que alegaram o constrangimento que a questão submeteu aos candidatos tornando desigual a competição e moveram uma ação encabeçada pelo Conselho Estadual dos Direitos do Negro que se orientam pela Lei 7716, que pune com pena de um a três anos de reclusão e multa, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, étnica, religião ou procedência nacional. Há também um dificuldade do negro no acesso aos espaços políticos, aos bens sociais, à produção do pensamento, à riqueza. A sociedade tem sido, apesar dos mais de 100 anos da Lei Áurea, regida por uma lógica escravocrata e machista. A desigualdade racial brasileira é denunciada pela pesquisa da Federação do Órgão para Assistência Social e Educacional - FASE, que traz índices que levam à conclusão de que a qualidade de vida da população negra está próxima a dos países mais pobres. As famílias negras ainda são marginalizadas no processo produtivo, sendo assim os seus filhos também são marginalizados. Desta forma, no momento em que a criança deveria estar na escola ela está na rua procurando sobreviver. De 2000 menores carentes, conforme o UNICEF, 1600 são negros. Tratando especificamente do mercado de trabalho, inúmeras são as atitudes racistas que acabam dificultando a inserção do negro em áreas que exigem maior especialização. A exigência de "boa aparência", o assédio à mulher, a
  • 10. ocupação de cargos inferiores, a remuneração diferenciada do negro em relação ao branco nos mesmos cargos, a violência física (que chega a ocorrer em alguns casos) são exemplos do problema. Iniciativas para diminuir e extinguir o racismo são necessárias para a sociedade brasileira, principalmente do auxílio da escola, mídia e universidades. A empresária Cátia Lopes de Souza fundou a revista black People com o intuito de falar de negros e para negros tentando atenuar o racismo e interferir no destino do povo. Dentre as concepções racistas vistas e vivenciadas por Cátia, ela relata a visão do brasileiro: "O negro é exótico, como um animal para ser observado, mas não serve para ter aproximação". Estudado como um segmento da sociedade que se atrasou na dinâmica da nossa sociedade, sendo por isso parte do passado e do progresso, se marginalizou na medida em que não se integrou. Somente através da integração (biológica, social e cultural) o negro poderia se incorporar ao corpo da nação brasileira. O NEGRO E O MERCADO DE TRABALHO "O processo de alijamento e exclusão sofrido pelos afro-brasileiros tem tido, ao longo do tempo, a função perversa de constituir um exército de reserva de mão-de-obra barata, à disposição de um empresariado ávido de lucros e totalmente divorciado de sua responsabilidade social." Discriminado e marginalizado, a imagem do negro perante a sociedade é de desqualificado, incapaz, impondo-se-lhe a restrição no mercado de trabalho. Em posições... A situação dos negros no mundo atual Por Juliana Miranda A busca por igualdade de oportunidades vem marcando a história dos negros no Brasil e no mundo. As marcas da desigualdade histórica ainda estão presentes nos dias de hoje. Muitos negros permanecem marginalizados, sofrem com o racismo e a discriminação e não encontram condições igualitárias de educação e desenvolvimento profissional. Um estudo recente apontou que em fábricas um trabalhador branco ganha até 75% mais do que um negro. É claro que os negros alcançaram algumas vitórias, mas a realidade ainda está longe da ideal. Ainda vivemos o mito da democracia racial, e segundo o IBGE precisaremos de pelo menos 20 anos de políticas afirmativas no Brasil para fomentar a igualdade entre negros e brancos.
  • 11. Atualmente, a população negra no Brasil ainda está em desvantagem em relação aos brancos em todos os itens, como violência, renda, educação, saúde, emprego, habitação e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Segundo um relatório da ONU, não existe região ou estado brasileiro em que a condição de vida da população negra seja melhor do que a da população branca. A ONU sugere que todos os países busquem uma ação conjunta entre governo e sociedade para combater o racismo no país e melhorar as condições de vida da população negra. Saiba o que é democracia racial. Em países de primeiro mundo, como Estados Unidos, existe um cenário bastante peculiar, onde muitos negros se encontram marginalizados, e tantos outros se destacam nas melhores universidades e empresas do país. Uma marca dessa mudança da sociedade foi vista na reeleição de Barack Obama, primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Fonte: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/a-situacao-dos-negros-no-mundo-atual.html