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REGIÃO
NORDESTE:
LITORAL
Prof. Esp. Ruth Franco
UNIFACID wyden
LITORAL
O litoral nordestino representa mais de 40% do
litoral do território brasileiro;
Praias com um clima quente com temperaturas
médias quase sempre acima dos 20 °C , com a
água do mar quente e esverdeada;
Alimentação com forte herança portuguesa e
indígena;
Base: peixe, frutos do mar, farinha de mandioca,
macaxeira, goma para a preparação da tapioca,
carne de sol, farinha de milho para o cuscuz,
rapadura, mel de engenho ou melado de cana.
2
Macaxeira: sempre presente na mesa do nordestino, presente também
em outras regiões brasileiras com o nome de aipim, mandioca mansa,
mandioca de mesa ou simplesmente mandioca.
É um tubérculo muito parecido com a mandioca brava (mandioca própria
para fabricação de farinha), porém não apresenta substância tóxica para
o consumo.
3
* Ingredientes característicos e comuns a outras regiões:
tomate, cebola, arroz, batata, inhame, abóbora (ou jerimum),
cebola, coco, feijão, limão, ovos, coentro, cebolinha, pimenta
ardida e pimenta de cheiro;
* Peixes: robalo, a tainha, o vermelho, a cioba, a cavala e a
ginga;
* Crustáceos: pitu, caranguejo, lagosta e, majoritariamente,
camarão, também criado em cativeiro.
4
Os pratos de peixe normalmente são preparados cozidos, na forma de
moquecas, sendo o excedente de caldo transformado em deliciosos
pirões, com a adição da farinha de mandioca. As moquecas também são
preparadas com crustáceos como o camarão, e a lagosta.
5
Nas barracas de praia, é comum o uso do peixe frito e dos caldos de
peixe, de ostra, de sururu.
O caranguejo cozido com leite de coco, e alguns temperos, é um prato
muito apreciado, sendo comum encontrar siri e guaiamum um pouco
maior que o caranguejo e de cor azulada, preparados de forma
semelhante ao caranguejo.
6
Acompanhamentos das refeições, tanto de peixe como de carne:
usualmente, macaxeira cozida, macaxeira frita, batata frita, além do
arroz, do feijão verde, da farinha de mandioca, ou farofa, e da
salada de tomate e cebola.
O feijão verde é o tipo de feijão fradinho, ou feijão de corda, colhido
ainda na vagem verde, seus grãos são esverdeados, ainda não
maduros na totalidade e é consumido cozido, temperado com
coentro, manteiga de garrafa e temperado com cebola e alho.
7
A manteiga de garrafa, ou manteiga da terra é a manteiga obtida através
do cozimento da nata (ou creme do leite).
Esse cozimento faz com que a água presente na nata evapore, resultando
somente a gordura do leite. A manteiga é acondicionada em garrafas e se
mantém líquida, considerando-se a temperatura ambiente do Nordeste
brasileiro. Seu uso é muito apreciado no feijão verde, na macaxeira
cozida, na farofa d’água, e na carne de sol.
8
A farofa d’água (farofa de bolão) é preparada com a farinha de mandioca
escaldada com uma mistura de água quente (não fervente) aromatizada
com cebola roxa, manteiga de garrafa, coentro, sal e pimenta do reino.
Essa mistura quente é colocada sobre a farinha de mandioca, mexida
constantemente até ficar umedecida e com alguns grumos de farinha.
Finalizada com mais coentro e cebolinha.
9
Apesar de os hábitos culinários serem baseados em ingredientes
vindos do mar, os litorâneos também se alimentam de carne bovina,
caprina e de galinha.
Os vegetais entram na alimentação como a macaxeira, abóbora,
batata, inhame, coco, leite e água de coco.
Como acompanhamento, sempre estarão presentes a farinha de
mandioca e a goma para tapioca e o milho.
10
A carne de sol, iguaria sertaneja, é muito apreciada no litoral nordestino.
Trata-se da carne bovina, salgada e conservada na sombra e no vento
(não colocada diretamente no sol devido ao clima muito quente), para
retirada da umidade.
A carne de sol possui um teor de salga muito menor que o charque.
11
OBSERVAÇÃO:
Embora no litoral nordestino haja o
consumo da carne bovina, o gado
bovino é criado na região do
sertão, onde a pecuária é forte, em
contrapartida ao turismo que é
mais desenvolvido no litoral.
O consumo da galinha caipira também é muito comum. Na receita
original, seu preparo é “ao molho pardo” ou “à cabidela” (cozida com o
próprio sangue do animal).
Geralmente, os acompanhamentos são arroz, feijão verde, farofa ou
farinha (para preparar o pirão) e macaxeira.
12
A dieta do nordestino do litoral é, comumente, composta por café da
manhã, almoço e jantar.
No café da manhã é usual, além do café, leite, alguma fruta, cuscuz de
milho, tapioca com coco e leite de coco. E, em algumas regiões,
acrescenta-se algum tubérculo como macaxeira ou inhame, peixe ou
carne frita.
No almoço é servido arroz, feijão ou feijão verde, peixe ensopado com o
pirão ou carne assada ou refogada, macaxeira e farinha ou farofa. Caso o
prato acompanhe pirão, não é usual servir farofa ou farinha de mandioca.
No jantar é servido tapioca com manteiga, sopa com alguma massa
cozida, cuscuz e peixe ou carne.
13
Frutas típicas da região são: o caju, cajá, mangaba, graviola, seriguela,
acerola, manga, melão, carambola, pinha, coco, além da laranja, limão,
banana e mamão.
As frutas normalmente são utilizadas em sucos, refrescos e na
fabricação de doces.
O consumo da água de coco é bem significativo.
Os doces merecem destaque na cultura nordestina, sobretudo na área
litorânea. Desde o início da colonização, a região sediou os principais
engenhos açucareiros do Brasil e, ainda hoje, há um número
considerável de usinas de açúcar.
14
As famílias dos senhores de engenho, normalmente numerosas, criavam
seus próprios doces: era marca de status ter doces com o nome das
famílias.
Muitos são famosos até hoje, como o bolo Souza Leão, preparado com
manteiga, calda de açúcar, massa de mandioca, ou massa puba (massa
de mandioca fermentada) e leite de coco, e bolo Luiz Felipe, feito com
ovos, açúcar, farinha de trigo, manteiga, leite de coco e queijo do reino.
15
Tipicamente pernambucanos: bolo de rolo (é feito com finíssimas
camadas de massa preparadas com farinha de trigo, açúcar,
manteiga e ovos, recheado com goiabada e enroladas, fazendo
uma delicada espiral de cor e sabor inigualável);
Bolo de noiva pernambucano, preparado com manteiga, açúcar
mascavo, ovos, vinho do porto, frutas cristalizadas, ameixas secas,
uvas passas, farinha de trigo e especiarias.
Atualmente, o bolo de rolo e o bolo Souza Leão são reconhecidos
como patrimônio cultural e imaterial do estado de Pernambuco.
16
O açúcar, na forma de calda ou adicionado às frutas na forma de
marmelada, sempre foi utilizado, desde os tempos remotos da Idade
Média, nos conventos e mosteiros, para conservação das frutas na
época da safra, para serem consumidas o ano inteiro.
17
Entre os demais doces encontrados na doçaria nordestina, podemos
elencar:
Doces de coco verde;
Cocada;
Doce de caju;
“Caju passa”;
Bolo de macaxeira;
Bolo da moça;
Bom-bocado;
Pé de moleque;
Bolo preto (feito com massa puba, rapadura, farinha de mandioca e
especiarias);
Cuscuz de tapioca;
Cartola (queijo tipo manteiga, banana, açúcar e canela);
bem como os doces de frutas em calda, emblemáticas desde os tempos
da colonização. 18
Artigo: "POR UM OLHAR GASTRONÔMICO NA ESCRITA DA
HISTÓRIA: (RE)SIGNIFICAÇÕES ALIMENTARES NA COLONIZAÇÃO PARAIBANA",
disponível em: http://www.ufpb.br/evento/index.php/anpuhpb/XVI/paper/viewFile/2529/5
76
Artigo: "Ensaio sobre a identidade cultural cearense a partir do "Baião de
Dois"", disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/vie
w/2123/2277
Artigo: "A DOCE SOCIEDADE PERNAMBUCANA ? UMA RÁPIDA
ANÁLISE DO LIVRO AÇÚCAR DE GILBERTO FREYRE", disponível em:
https://www.atenaeditora.com.br/wpcontent/uploads/2018/03/EbookPrinc%C3%ADpios-
eFundamentosdasCi%C3%AAncias1.pdf#page=24
Artigo: "Folkgastronomia x folkmarketing: um estudo sobre o bolo Souza
Leão, patrimônio imaterial de Pernambuco", disponível em: https://www.revistas.uepg.
br/index.php/folkcom/article/view/1442/1009
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  • 2. LITORAL O litoral nordestino representa mais de 40% do litoral do território brasileiro; Praias com um clima quente com temperaturas médias quase sempre acima dos 20 °C , com a água do mar quente e esverdeada; Alimentação com forte herança portuguesa e indígena; Base: peixe, frutos do mar, farinha de mandioca, macaxeira, goma para a preparação da tapioca, carne de sol, farinha de milho para o cuscuz, rapadura, mel de engenho ou melado de cana. 2
  • 3. Macaxeira: sempre presente na mesa do nordestino, presente também em outras regiões brasileiras com o nome de aipim, mandioca mansa, mandioca de mesa ou simplesmente mandioca. É um tubérculo muito parecido com a mandioca brava (mandioca própria para fabricação de farinha), porém não apresenta substância tóxica para o consumo. 3
  • 4. * Ingredientes característicos e comuns a outras regiões: tomate, cebola, arroz, batata, inhame, abóbora (ou jerimum), cebola, coco, feijão, limão, ovos, coentro, cebolinha, pimenta ardida e pimenta de cheiro; * Peixes: robalo, a tainha, o vermelho, a cioba, a cavala e a ginga; * Crustáceos: pitu, caranguejo, lagosta e, majoritariamente, camarão, também criado em cativeiro. 4
  • 5. Os pratos de peixe normalmente são preparados cozidos, na forma de moquecas, sendo o excedente de caldo transformado em deliciosos pirões, com a adição da farinha de mandioca. As moquecas também são preparadas com crustáceos como o camarão, e a lagosta. 5
  • 6. Nas barracas de praia, é comum o uso do peixe frito e dos caldos de peixe, de ostra, de sururu. O caranguejo cozido com leite de coco, e alguns temperos, é um prato muito apreciado, sendo comum encontrar siri e guaiamum um pouco maior que o caranguejo e de cor azulada, preparados de forma semelhante ao caranguejo. 6
  • 7. Acompanhamentos das refeições, tanto de peixe como de carne: usualmente, macaxeira cozida, macaxeira frita, batata frita, além do arroz, do feijão verde, da farinha de mandioca, ou farofa, e da salada de tomate e cebola. O feijão verde é o tipo de feijão fradinho, ou feijão de corda, colhido ainda na vagem verde, seus grãos são esverdeados, ainda não maduros na totalidade e é consumido cozido, temperado com coentro, manteiga de garrafa e temperado com cebola e alho. 7
  • 8. A manteiga de garrafa, ou manteiga da terra é a manteiga obtida através do cozimento da nata (ou creme do leite). Esse cozimento faz com que a água presente na nata evapore, resultando somente a gordura do leite. A manteiga é acondicionada em garrafas e se mantém líquida, considerando-se a temperatura ambiente do Nordeste brasileiro. Seu uso é muito apreciado no feijão verde, na macaxeira cozida, na farofa d’água, e na carne de sol. 8
  • 9. A farofa d’água (farofa de bolão) é preparada com a farinha de mandioca escaldada com uma mistura de água quente (não fervente) aromatizada com cebola roxa, manteiga de garrafa, coentro, sal e pimenta do reino. Essa mistura quente é colocada sobre a farinha de mandioca, mexida constantemente até ficar umedecida e com alguns grumos de farinha. Finalizada com mais coentro e cebolinha. 9
  • 10. Apesar de os hábitos culinários serem baseados em ingredientes vindos do mar, os litorâneos também se alimentam de carne bovina, caprina e de galinha. Os vegetais entram na alimentação como a macaxeira, abóbora, batata, inhame, coco, leite e água de coco. Como acompanhamento, sempre estarão presentes a farinha de mandioca e a goma para tapioca e o milho. 10
  • 11. A carne de sol, iguaria sertaneja, é muito apreciada no litoral nordestino. Trata-se da carne bovina, salgada e conservada na sombra e no vento (não colocada diretamente no sol devido ao clima muito quente), para retirada da umidade. A carne de sol possui um teor de salga muito menor que o charque. 11 OBSERVAÇÃO: Embora no litoral nordestino haja o consumo da carne bovina, o gado bovino é criado na região do sertão, onde a pecuária é forte, em contrapartida ao turismo que é mais desenvolvido no litoral.
  • 12. O consumo da galinha caipira também é muito comum. Na receita original, seu preparo é “ao molho pardo” ou “à cabidela” (cozida com o próprio sangue do animal). Geralmente, os acompanhamentos são arroz, feijão verde, farofa ou farinha (para preparar o pirão) e macaxeira. 12
  • 13. A dieta do nordestino do litoral é, comumente, composta por café da manhã, almoço e jantar. No café da manhã é usual, além do café, leite, alguma fruta, cuscuz de milho, tapioca com coco e leite de coco. E, em algumas regiões, acrescenta-se algum tubérculo como macaxeira ou inhame, peixe ou carne frita. No almoço é servido arroz, feijão ou feijão verde, peixe ensopado com o pirão ou carne assada ou refogada, macaxeira e farinha ou farofa. Caso o prato acompanhe pirão, não é usual servir farofa ou farinha de mandioca. No jantar é servido tapioca com manteiga, sopa com alguma massa cozida, cuscuz e peixe ou carne. 13
  • 14. Frutas típicas da região são: o caju, cajá, mangaba, graviola, seriguela, acerola, manga, melão, carambola, pinha, coco, além da laranja, limão, banana e mamão. As frutas normalmente são utilizadas em sucos, refrescos e na fabricação de doces. O consumo da água de coco é bem significativo. Os doces merecem destaque na cultura nordestina, sobretudo na área litorânea. Desde o início da colonização, a região sediou os principais engenhos açucareiros do Brasil e, ainda hoje, há um número considerável de usinas de açúcar. 14
  • 15. As famílias dos senhores de engenho, normalmente numerosas, criavam seus próprios doces: era marca de status ter doces com o nome das famílias. Muitos são famosos até hoje, como o bolo Souza Leão, preparado com manteiga, calda de açúcar, massa de mandioca, ou massa puba (massa de mandioca fermentada) e leite de coco, e bolo Luiz Felipe, feito com ovos, açúcar, farinha de trigo, manteiga, leite de coco e queijo do reino. 15
  • 16. Tipicamente pernambucanos: bolo de rolo (é feito com finíssimas camadas de massa preparadas com farinha de trigo, açúcar, manteiga e ovos, recheado com goiabada e enroladas, fazendo uma delicada espiral de cor e sabor inigualável); Bolo de noiva pernambucano, preparado com manteiga, açúcar mascavo, ovos, vinho do porto, frutas cristalizadas, ameixas secas, uvas passas, farinha de trigo e especiarias. Atualmente, o bolo de rolo e o bolo Souza Leão são reconhecidos como patrimônio cultural e imaterial do estado de Pernambuco. 16
  • 17. O açúcar, na forma de calda ou adicionado às frutas na forma de marmelada, sempre foi utilizado, desde os tempos remotos da Idade Média, nos conventos e mosteiros, para conservação das frutas na época da safra, para serem consumidas o ano inteiro. 17
  • 18. Entre os demais doces encontrados na doçaria nordestina, podemos elencar: Doces de coco verde; Cocada; Doce de caju; “Caju passa”; Bolo de macaxeira; Bolo da moça; Bom-bocado; Pé de moleque; Bolo preto (feito com massa puba, rapadura, farinha de mandioca e especiarias); Cuscuz de tapioca; Cartola (queijo tipo manteiga, banana, açúcar e canela); bem como os doces de frutas em calda, emblemáticas desde os tempos da colonização. 18
  • 19. Artigo: "POR UM OLHAR GASTRONÔMICO NA ESCRITA DA HISTÓRIA: (RE)SIGNIFICAÇÕES ALIMENTARES NA COLONIZAÇÃO PARAIBANA", disponível em: http://www.ufpb.br/evento/index.php/anpuhpb/XVI/paper/viewFile/2529/5 76 Artigo: "Ensaio sobre a identidade cultural cearense a partir do "Baião de Dois"", disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/vie w/2123/2277 Artigo: "A DOCE SOCIEDADE PERNAMBUCANA ? UMA RÁPIDA ANÁLISE DO LIVRO AÇÚCAR DE GILBERTO FREYRE", disponível em: https://www.atenaeditora.com.br/wpcontent/uploads/2018/03/EbookPrinc%C3%ADpios- eFundamentosdasCi%C3%AAncias1.pdf#page=24 Artigo: "Folkgastronomia x folkmarketing: um estudo sobre o bolo Souza Leão, patrimônio imaterial de Pernambuco", disponível em: https://www.revistas.uepg. br/index.php/folkcom/article/view/1442/1009 19 Sugestões de leitura