Este documento fornece diretrizes para médicos de família sobre a indicação de esterilização feminina, cobrindo os riscos, taxas de falha e arrependimento da laqueadura. Recomenda uma avaliação multiprofissional do casal para esclarecer dúvidas e assegurar que entendem o caráter definitivo do procedimento antes de assinarem um termo de consentimento.
Este estudo investigou a existência de uma "cultura da cesárea" no Brasil, onde as taxas de cesárea são extremamente altas. Os autores entrevistaram 909 mulheres que deram à luz recentemente em dois hospitais no Rio de Janeiro. A maioria absoluta (75,5%) das mulheres disse que não queria uma cesárea, citando a recuperação mais difícil e a dor maior como razões. Apenas 17% solicitaram cesárea, principalmente durante o trabalho de parto, sugerindo que as circunstâncias do
Aspectos relacionados à preferência pela via de partoadrianomedico
O estudo avaliou as preferências de 400 mulheres sobre a via de parto em um hospital universitário. A maioria (72,8%) preferia o parto vaginal. Ter companheiro, maior nível de educação, menor renda familiar e menor tempo de ruptura de membranas influenciaram na escolha pelo parto vaginal. Houve discordância entre as causas alegadas pelas mulheres e as indicações médicas para cesárea.
Este documento apresenta os resultados de uma pesquisa sobre fatores associados a complicações após abortos ilegais no Brasil. A pesquisa encontrou que mulheres que tiveram abortos realizados por médicos em clínicas ou hospitais e usando métodos modernos tiveram menos complicações, enquanto abortos feitos em casa ou por não-profissionais tiveram mais complicações. Quanto mais avançada a gravidez no momento do aborto, maior o risco de complicações. Idade mais jovem não esteve associada a mais complicações.
O Ministério da Saúde ampliará a faixa etária para realização do exame papanicolau de mulheres de 25 a 59 anos para 25 a 64 anos. A mudança leva em conta o aumento da expectativa de vida e o tempo que o HPV demora para causar câncer de colo do útero. Alguns médicos acham que o exame deveria ser anual a partir da primeira relação sexual. A vacina contra HPV não é oferecida no SUS ainda.
O documento discute o alto índice de partos cesarianos no Brasil em comparação com as recomendações da OMS e as vantagens do parto normal. Profissionais da saúde explicam que a medicalização excessiva e a falta de informação das gestantes contribuem para a alta taxa de cesarianas e defendem um parto humanizado e respeitoso das escolhas da mulher.
Síntese de Evidências para Politicas de Saúde - Mortalidade Materna no Estado...http://bvsalud.org/
Este documento resume três estratégias para reduzir a mortalidade materna no estado do Piauí, Brasil: (1) rastreamento da pré-eclâmpsia mediando pressão arterial e proteinúria; (2) regionalização e uso de telessaúde para melhorar o acesso aos cuidados; (3) administração precoce de aspirina para gestantes de alto risco. Ele analisa evidências sobre esses métodos e discute considerações para implementação.
Este documento discute as reações emocionais das mulheres com câncer ginecológico submetidas à cirurgia de exenteração pélvica. A literatura mostra que essas pacientes frequentemente sentem ansiedade, medo da morte e baixa autoestima devido aos efeitos da cirurgia. Sua sexualidade também é afetada, com redução da satisfação e excitação sexual. A compreensão dessas reações pode ajudar os profissionais de saúde a apoiar melhor essas pacientes.
Este estudo populacional brasileiro teve como objetivos identificar fatores de risco e preditores para aborto induzido e comparar duas metodologias para estimar a frequência de aborto induzido. Foram entrevistadas 3.002 mulheres de 15 a 49 anos usando questionários e duas metodologias (urna e perguntas indiretas) para coletar informações sobre aborto. Análises estatísticas identificaram associações entre aborto induzido e características sócio-econômicas, demográficas e reprodut
Este estudo investigou a existência de uma "cultura da cesárea" no Brasil, onde as taxas de cesárea são extremamente altas. Os autores entrevistaram 909 mulheres que deram à luz recentemente em dois hospitais no Rio de Janeiro. A maioria absoluta (75,5%) das mulheres disse que não queria uma cesárea, citando a recuperação mais difícil e a dor maior como razões. Apenas 17% solicitaram cesárea, principalmente durante o trabalho de parto, sugerindo que as circunstâncias do
Aspectos relacionados à preferência pela via de partoadrianomedico
O estudo avaliou as preferências de 400 mulheres sobre a via de parto em um hospital universitário. A maioria (72,8%) preferia o parto vaginal. Ter companheiro, maior nível de educação, menor renda familiar e menor tempo de ruptura de membranas influenciaram na escolha pelo parto vaginal. Houve discordância entre as causas alegadas pelas mulheres e as indicações médicas para cesárea.
Este documento apresenta os resultados de uma pesquisa sobre fatores associados a complicações após abortos ilegais no Brasil. A pesquisa encontrou que mulheres que tiveram abortos realizados por médicos em clínicas ou hospitais e usando métodos modernos tiveram menos complicações, enquanto abortos feitos em casa ou por não-profissionais tiveram mais complicações. Quanto mais avançada a gravidez no momento do aborto, maior o risco de complicações. Idade mais jovem não esteve associada a mais complicações.
O Ministério da Saúde ampliará a faixa etária para realização do exame papanicolau de mulheres de 25 a 59 anos para 25 a 64 anos. A mudança leva em conta o aumento da expectativa de vida e o tempo que o HPV demora para causar câncer de colo do útero. Alguns médicos acham que o exame deveria ser anual a partir da primeira relação sexual. A vacina contra HPV não é oferecida no SUS ainda.
O documento discute o alto índice de partos cesarianos no Brasil em comparação com as recomendações da OMS e as vantagens do parto normal. Profissionais da saúde explicam que a medicalização excessiva e a falta de informação das gestantes contribuem para a alta taxa de cesarianas e defendem um parto humanizado e respeitoso das escolhas da mulher.
Síntese de Evidências para Politicas de Saúde - Mortalidade Materna no Estado...http://bvsalud.org/
Este documento resume três estratégias para reduzir a mortalidade materna no estado do Piauí, Brasil: (1) rastreamento da pré-eclâmpsia mediando pressão arterial e proteinúria; (2) regionalização e uso de telessaúde para melhorar o acesso aos cuidados; (3) administração precoce de aspirina para gestantes de alto risco. Ele analisa evidências sobre esses métodos e discute considerações para implementação.
Este documento discute as reações emocionais das mulheres com câncer ginecológico submetidas à cirurgia de exenteração pélvica. A literatura mostra que essas pacientes frequentemente sentem ansiedade, medo da morte e baixa autoestima devido aos efeitos da cirurgia. Sua sexualidade também é afetada, com redução da satisfação e excitação sexual. A compreensão dessas reações pode ajudar os profissionais de saúde a apoiar melhor essas pacientes.
Este estudo populacional brasileiro teve como objetivos identificar fatores de risco e preditores para aborto induzido e comparar duas metodologias para estimar a frequência de aborto induzido. Foram entrevistadas 3.002 mulheres de 15 a 49 anos usando questionários e duas metodologias (urna e perguntas indiretas) para coletar informações sobre aborto. Análises estatísticas identificaram associações entre aborto induzido e características sócio-econômicas, demográficas e reprodut
O documento discute o aborto em todo o mundo, incluindo sua legalidade, segurança e impacto na saúde das mulheres. Também aborda o uso de anticoncepcionais e como melhores serviços de planejamento familiar podem reduzir as taxas de aborto.
O documento discute a idade ideal para iniciar a mamografia como método de rastreamento do câncer de mama. Renomados especialistas debatem o tema e apontam que, embora controverso, a mamografia a partir dos 40 anos é a estratégia mais eficaz, reduzindo a mortalidade em até 30-40% ao permitir detecção precoce. No entanto, o rastreamento deve levar em conta o risco individual de cada paciente.
O documento discute a assistência à saúde da mulher, destacando a necessidade de entendê-la dentro de seu contexto histórico, social e cultural, indo além do sistema reprodutivo. A mulher está sujeita a agravos de sua condição feminina, como violência doméstica. Deve-se priorizar a centralidade e diversidade na assistência, centrando-se na mulher e reconhecendo suas diferentes necessidades.
Este estudo avaliou o perfil de 57 mulheres com câncer de ovário diagnosticadas entre 2001-2006 em Jundiaí, SP. A idade média foi de 55 anos e a maioria era casada e branca. Fatores de risco comuns incluíram uso de anticoncepcional, multiparidade e história familiar de câncer. O estudo fornece dados sobre pacientes com câncer de ovário na região para auxiliar no planejamento de ações de diagnóstico precoce.
Este artigo discute a violência obstétrica no Brasil e propõe ações de prevenção quaternária, como: (1) elaboração de planos de parto no pré-natal pelas equipes de APS; (2) inclusão de outros profissionais, incluindo médicos de família, no cuidado do parto de baixo risco; e (3) participação de profissionais da APS no movimento pela humanização do parto.
Malformações do sistema nervoso central; Os autores estudaram 32 recém-nascidos com malformação do sistema nervoso central. Destacam a importância do estudo das malformações desde que consistem na segunda causa de morbidade e mortalidade neonatal.
O documento discute o câncer no Brasil e no mundo, apresentando dados sobre incidência, mortalidade e tipos mais frequentes. Também aborda o 11o Fórum Oncoguia, que reuniu especialistas para debater políticas de saúde em oncologia focando em equidade, empatia e justiça para pacientes com câncer.
Aspectos biopsicossociais que interferem na saúde da mulherLorena Padilha
O documento descreve a evolução histórica da compreensão da gravidez e do parto ao longo dos séculos, desde visões mitológicas e religiosas até avanços científicos e médicos recentes. A mortalidade materna e infantil foi reduzida com o desenvolvimento da medicina pero a medicalização excessiva também trouxe problemas ao tratar a mulher como mero objeto.
Este documento resume:
1) A taxa de cesáreas no Brasil aumentou de 32% em 1994 para 52% em 2010, sendo maior nos hospitais privados.
2) Mulheres que tiveram cesáreas tiveram mais riscos de morte e infecção do que partos normais.
3) Foram realizadas iniciativas para qualificar a atenção obstétrica e reduzir cesáreas desnecessárias, mas mais esforços são necessários.
ABORTO E LEGISLAÇÃO: OPINIÃO DE MAGISTRADOS E PROMOTORES DE JUSTIÇA BRASILEIROSmesaredondaaborto
Este estudo analisou as opiniões de juízes e promotores brasileiros sobre a legislação do aborto no país e as circunstâncias em que o aborto deveria ser permitido. A maioria (78%) opinou que as circunstâncias legais para o aborto deveriam ser ampliadas ou que o aborto não deveria ser considerado crime. As opiniões mais favoráveis ao aborto envolveram risco à vida da gestante, anencefalia fetal, malformações graves e gravidez por estupro. A religião foi a variável mais associada às opini
1) O estudo analisou a frequência de defeitos congênitos no Rio Grande do Sul entre 2001-2005, comparando diagnósticos no nascimento com causas de morte até 1 ano.
2) Foram analisados 25 defeitos representando 81,7% dos casos diagnosticados e 86,7% das mortes.
3) Alguns defeitos parecem ter sido subdiagnosticados no nascimento, especialmente cardiopatias e outros que requerem exames especiais.
Nesta sexta-feira (10 de abril de 2015) o Centro Latino Americano de Perinatologia - CLAP publicou essa importante nota técnica da OMS sobre cesarianas.
É mencionado o sistema de classificação de Robson para taxas hospitalares.
O documento ressalta que a indicação de cirurgia cesariana deve ser precisa para evitar iatrogenias.
O documento discute a saúde da mulher brasileira, com foco nas principais causas de mortalidade como doenças cardiovasculares e câncer, e mortalidade relacionada à gravidez e aborto. Apresenta dados sobre as altas taxas de mortalidade materna no Brasil em comparação a outros países, e como a saúde da mulher está ligada a fatores sociais como raça, classe social e condições de trabalho precárias.
Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento 2008gisa_legal
1) O estudo analisou 29,770 recém-nascidos para estimar a prevalência de cardiopatias congênitas diagnosticadas ao nascimento e seus fatores associados.
2) A prevalência de cardiopatia foi de 9,58 por 1,000 recém-nascidos vivos e 87,72 por 1,000 natimortos.
3) As cardiopatias apresentaram-se isoladas, associadas a outras anomalias, ou como parte de síndromes, sendo associadas a baixo peso ao nascer, idade materna avançada e sexo feminino
Este estudo avaliou 126 prontuários de pacientes com menos de 18 anos com câncer de cabeça e pescoço no Hospital do Câncer de Pernambuco entre 1995-2000. 23 casos (18,3%) tinham tumores malignos nesta região, predominando no gênero masculino (65,2%) e faixa etária de 13-18 anos (65,2%). A nasofaringe foi a localização mais comum (21,7%), com carcinomas (48%) e rabdomiossarcomas (30%) sendo os tipos histológicos frequentes.
O documento discute os sentidos do nascimento e as práticas atuais em relação ao parto no Brasil. Em 3 pontos: 1) Há um excesso de cesarianas desnecessárias no Brasil que traz riscos à saúde da mãe e do bebê. 2) Movimentos de humanização do parto defendem o direito da mulher a um parto respeitoso e sem intervenções desnecessárias. 3) O parto normal deve ser valorizado, é um processo natural do corpo feminino e a mulher deve ter autonomia sobre sua experiência de nascimento.
Aula 2 - Ginecologia - Infertilidade, saúde sexual e reprodutiva, planejament...Caroline Reis Gonçalves
INFERTILIDADEPolíticas públicas do Ministério da Saúde: saúde sexual e reprodutiva no Brasil. Planejamento familiar câncer de colo do útero, câncer de mama
Aspectos relacionados à preferência pela via de partoadrianomedico
O estudo avaliou as preferências de 400 mulheres sobre a via de parto em um hospital universitário. A maioria (72,8%) preferia o parto vaginal. Ter companheiro, maior nível de educação, menor renda familiar e menor tempo de ruptura de membranas influenciaram na escolha pela via vaginal. Houve discordância entre as causas alegadas pelas mulheres e as indicações médicas para cesárea.
O documento discute riscos reprodutivos e contracepção. Ele apresenta os objetivos de reduzir gravidezes não planejadas e oferecer métodos contraceptivos efetivos às mulheres com risco reprodutivo. Também discute diferentes métodos contraceptivos e seus níveis de eficácia no uso típico e perfeito.
O documento discute a história do planejamento familiar, desde a abertura da primeira clínica de planejamento familiar nos EUA em 1916 até os métodos contraceptivos atuais. Ele também aborda a importância do planejamento familiar para evitar gravidezes indesejadas e abortos clandestinos, e descreve os principais métodos contraceptivos como a pílula, DIU, contracepção de emergência e esterilização cirúrgica.
1. O documento analisa os fatores associados à marcação antecipada de parto cesáreo no Brasil com base nos dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde de 2006.
2. Variáveis como local de pré-natal e parto, parturição, meses de gravidez e complicações durante a gravidez foram estatisticamente significativas para explicar a marcação antecipada de cesárea.
3. A chance de cesárea eletiva é menor para mulheres que fizeram pré-natal e parto em serviços do SUS.
O documento discute o aborto em todo o mundo, incluindo sua legalidade, segurança e impacto na saúde das mulheres. Também aborda o uso de anticoncepcionais e como melhores serviços de planejamento familiar podem reduzir as taxas de aborto.
O documento discute a idade ideal para iniciar a mamografia como método de rastreamento do câncer de mama. Renomados especialistas debatem o tema e apontam que, embora controverso, a mamografia a partir dos 40 anos é a estratégia mais eficaz, reduzindo a mortalidade em até 30-40% ao permitir detecção precoce. No entanto, o rastreamento deve levar em conta o risco individual de cada paciente.
O documento discute a assistência à saúde da mulher, destacando a necessidade de entendê-la dentro de seu contexto histórico, social e cultural, indo além do sistema reprodutivo. A mulher está sujeita a agravos de sua condição feminina, como violência doméstica. Deve-se priorizar a centralidade e diversidade na assistência, centrando-se na mulher e reconhecendo suas diferentes necessidades.
Este estudo avaliou o perfil de 57 mulheres com câncer de ovário diagnosticadas entre 2001-2006 em Jundiaí, SP. A idade média foi de 55 anos e a maioria era casada e branca. Fatores de risco comuns incluíram uso de anticoncepcional, multiparidade e história familiar de câncer. O estudo fornece dados sobre pacientes com câncer de ovário na região para auxiliar no planejamento de ações de diagnóstico precoce.
Este artigo discute a violência obstétrica no Brasil e propõe ações de prevenção quaternária, como: (1) elaboração de planos de parto no pré-natal pelas equipes de APS; (2) inclusão de outros profissionais, incluindo médicos de família, no cuidado do parto de baixo risco; e (3) participação de profissionais da APS no movimento pela humanização do parto.
Malformações do sistema nervoso central; Os autores estudaram 32 recém-nascidos com malformação do sistema nervoso central. Destacam a importância do estudo das malformações desde que consistem na segunda causa de morbidade e mortalidade neonatal.
O documento discute o câncer no Brasil e no mundo, apresentando dados sobre incidência, mortalidade e tipos mais frequentes. Também aborda o 11o Fórum Oncoguia, que reuniu especialistas para debater políticas de saúde em oncologia focando em equidade, empatia e justiça para pacientes com câncer.
Aspectos biopsicossociais que interferem na saúde da mulherLorena Padilha
O documento descreve a evolução histórica da compreensão da gravidez e do parto ao longo dos séculos, desde visões mitológicas e religiosas até avanços científicos e médicos recentes. A mortalidade materna e infantil foi reduzida com o desenvolvimento da medicina pero a medicalização excessiva também trouxe problemas ao tratar a mulher como mero objeto.
Este documento resume:
1) A taxa de cesáreas no Brasil aumentou de 32% em 1994 para 52% em 2010, sendo maior nos hospitais privados.
2) Mulheres que tiveram cesáreas tiveram mais riscos de morte e infecção do que partos normais.
3) Foram realizadas iniciativas para qualificar a atenção obstétrica e reduzir cesáreas desnecessárias, mas mais esforços são necessários.
ABORTO E LEGISLAÇÃO: OPINIÃO DE MAGISTRADOS E PROMOTORES DE JUSTIÇA BRASILEIROSmesaredondaaborto
Este estudo analisou as opiniões de juízes e promotores brasileiros sobre a legislação do aborto no país e as circunstâncias em que o aborto deveria ser permitido. A maioria (78%) opinou que as circunstâncias legais para o aborto deveriam ser ampliadas ou que o aborto não deveria ser considerado crime. As opiniões mais favoráveis ao aborto envolveram risco à vida da gestante, anencefalia fetal, malformações graves e gravidez por estupro. A religião foi a variável mais associada às opini
1) O estudo analisou a frequência de defeitos congênitos no Rio Grande do Sul entre 2001-2005, comparando diagnósticos no nascimento com causas de morte até 1 ano.
2) Foram analisados 25 defeitos representando 81,7% dos casos diagnosticados e 86,7% das mortes.
3) Alguns defeitos parecem ter sido subdiagnosticados no nascimento, especialmente cardiopatias e outros que requerem exames especiais.
Nesta sexta-feira (10 de abril de 2015) o Centro Latino Americano de Perinatologia - CLAP publicou essa importante nota técnica da OMS sobre cesarianas.
É mencionado o sistema de classificação de Robson para taxas hospitalares.
O documento ressalta que a indicação de cirurgia cesariana deve ser precisa para evitar iatrogenias.
O documento discute a saúde da mulher brasileira, com foco nas principais causas de mortalidade como doenças cardiovasculares e câncer, e mortalidade relacionada à gravidez e aborto. Apresenta dados sobre as altas taxas de mortalidade materna no Brasil em comparação a outros países, e como a saúde da mulher está ligada a fatores sociais como raça, classe social e condições de trabalho precárias.
Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento 2008gisa_legal
1) O estudo analisou 29,770 recém-nascidos para estimar a prevalência de cardiopatias congênitas diagnosticadas ao nascimento e seus fatores associados.
2) A prevalência de cardiopatia foi de 9,58 por 1,000 recém-nascidos vivos e 87,72 por 1,000 natimortos.
3) As cardiopatias apresentaram-se isoladas, associadas a outras anomalias, ou como parte de síndromes, sendo associadas a baixo peso ao nascer, idade materna avançada e sexo feminino
Este estudo avaliou 126 prontuários de pacientes com menos de 18 anos com câncer de cabeça e pescoço no Hospital do Câncer de Pernambuco entre 1995-2000. 23 casos (18,3%) tinham tumores malignos nesta região, predominando no gênero masculino (65,2%) e faixa etária de 13-18 anos (65,2%). A nasofaringe foi a localização mais comum (21,7%), com carcinomas (48%) e rabdomiossarcomas (30%) sendo os tipos histológicos frequentes.
O documento discute os sentidos do nascimento e as práticas atuais em relação ao parto no Brasil. Em 3 pontos: 1) Há um excesso de cesarianas desnecessárias no Brasil que traz riscos à saúde da mãe e do bebê. 2) Movimentos de humanização do parto defendem o direito da mulher a um parto respeitoso e sem intervenções desnecessárias. 3) O parto normal deve ser valorizado, é um processo natural do corpo feminino e a mulher deve ter autonomia sobre sua experiência de nascimento.
Aula 2 - Ginecologia - Infertilidade, saúde sexual e reprodutiva, planejament...Caroline Reis Gonçalves
INFERTILIDADEPolíticas públicas do Ministério da Saúde: saúde sexual e reprodutiva no Brasil. Planejamento familiar câncer de colo do útero, câncer de mama
Aspectos relacionados à preferência pela via de partoadrianomedico
O estudo avaliou as preferências de 400 mulheres sobre a via de parto em um hospital universitário. A maioria (72,8%) preferia o parto vaginal. Ter companheiro, maior nível de educação, menor renda familiar e menor tempo de ruptura de membranas influenciaram na escolha pela via vaginal. Houve discordância entre as causas alegadas pelas mulheres e as indicações médicas para cesárea.
O documento discute riscos reprodutivos e contracepção. Ele apresenta os objetivos de reduzir gravidezes não planejadas e oferecer métodos contraceptivos efetivos às mulheres com risco reprodutivo. Também discute diferentes métodos contraceptivos e seus níveis de eficácia no uso típico e perfeito.
O documento discute a história do planejamento familiar, desde a abertura da primeira clínica de planejamento familiar nos EUA em 1916 até os métodos contraceptivos atuais. Ele também aborda a importância do planejamento familiar para evitar gravidezes indesejadas e abortos clandestinos, e descreve os principais métodos contraceptivos como a pílula, DIU, contracepção de emergência e esterilização cirúrgica.
1. O documento analisa os fatores associados à marcação antecipada de parto cesáreo no Brasil com base nos dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde de 2006.
2. Variáveis como local de pré-natal e parto, parturição, meses de gravidez e complicações durante a gravidez foram estatisticamente significativas para explicar a marcação antecipada de cesárea.
3. A chance de cesárea eletiva é menor para mulheres que fizeram pré-natal e parto em serviços do SUS.
1) Mortes maternas e perinatais podem ser evitadas com medidas de prevenção e atenção adequada durante a gravidez e parto.
2) Taxas de mortalidade materna e perinatal no Brasil são altas em comparação a países desenvolvidos, com a maioria das mortes sendo evitáveis.
3) Embora partos domiciliares planejados possam ter benefícios psicossociais, estudos apontam risco aumentado de mortalidade perinatal e neonatal em comparação a partos hospitalares.
1) O documento contém instruções para realização de uma prova, incluindo nome completo, atenção às questões, conferir cálculos e não é permitido sair da sala sem autorização ou usar materiais alheios.
2) A prova contém 20 questões sobre temas de saúde da mulher, como pré-natal, câncer de colo de útero, vacina HPV, menstruação, ISTs, direitos reprodutivos e violência.
3) Deve-se assinalar V ou F, escolher a alternativa correta ou preencher lacunas para
O documento discute o problema do aborto inseguro na América Latina e no Brasil. Ele afirma que a região possui algumas das legislações mais restritivas sobre aborto no mundo e estima que ocorrem cerca de 4 milhões de abortos clandestinos por ano na região, colocando em risco a saúde e a vida de muitas mulheres. No Brasil, estima-se que ocorram entre 750 mil e 1,4 milhão de abortos clandestinos anualmente. A ilegalidade torna o procedimento mais perigoso e dific
O documento discute que, apesar de 81% dos brasileiros conhecerem alguém com câncer, há grande desinformação sobre as causas da doença. Especialistas alertam para a necessidade de políticas públicas mais eficientes para diagnóstico e tratamento do câncer, que deve se tornar a principal causa de morte mundial até 2030.
1) As taxas de cesáreas no Brasil estão acima dos níveis recomendados pela OMS, chegando a 30% na saúde pública e 80% na saúde privada;
2) Muitas cesáreas realizadas no Brasil são desnecessárias do ponto de vista médico e estão relacionadas a fatores sócio-culturais;
3) É importante conscientizar as mulheres e médicos sobre os riscos das cesáreas desnecessárias e os benefícios do parto normal.
1) O aborto induzido é muito comum entre mulheres de baixa renda no Brasil, com 21,4% das mulheres casadas relatando já ter feito um aborto induzido.
2) A maioria dos abortos induzidos (50,9%) são feitos por médicos, porém a qualidade dos cuidados é questionável devido à ilegalidade.
3) Razões econômicas são a principal justificativa para o aborto induzido, revelando a necessidade de melhor acesso a planejamento familiar.
O documento discute a infertilidade, suas principais causas e formas de tratamento. Ele explica que a infertilidade pode ser definida como a ausência de gravidez após um ano de relações sexuais regulares sem contracepção. As causas podem ser femininas, masculinas ou uma combinação dos dois, e incluem fatores como endometriose, varicocele, problemas hormonais ou de qualidade do esperma. O tratamento depende da causa e vai de coito programado e inseminação artificial até fertilização in vitro. As taxas de sucesso variam de acordo
Preservação da fertilidade em homens jovens com câncer: conceitos atuais e fu...Conrado Alvarenga
1) O documento discute a preservação da fertilidade em homens jovens com câncer, cobrindo conceitos atuais e futuras estratégias.
2) A quimioterapia e radioterapia podem causar infertilidade, mas técnicas como congelamento de sêmen podem preservar a fertilidade.
3) Novas estratégias como transplante de células germinativas podem restaurar a fertilidade no futuro.
O documento discute a medicalização da mulher ao longo da história, como a religião e depois a medicina foram usadas para oprimir e controlar o corpo feminino. Também aborda controvérsias em torno de exames de rastreamento como mamografia e citopatológico e a importância da tomada de decisão compartilhada.
O documento descreve a experiência de tratamento de um câncer de colo uterino na perspectiva das políticas públicas de saúde no Brasil. Ele discute a história da mulher na sociedade brasileira e o desenvolvimento das políticas de saúde para mulheres no país, incluindo o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher em 1984. O estudo é baseado no relato de experiência de uma autora que teve Neoplasia Intraepitelial Cervical grau III.
Debate em Saúde: A mamografia na prevenção do câncer de mama: qual a idade id...Silvio Bromberg
A medicina está longe de ser uma ciência exata. Tal qual uma partitura musical que permite várias interpretações, lidar com doentes e doenças também permite diferentes opções, ainda que solidamente embasadas em conhecimentos técnico-científicos. Dessa diversidade de abordagem surge a idéia desta subseção, na qual áreas da medicina são abordadas e discutidas em diferentes ângulos, por renomados especialistas.
Debate em Saúde: A mamografia na prevenção do câncer de mama: qual a idade id...Silvio Bromberg
A medicina está longe de ser uma ciência exata. Tal qual uma partitura musical que permite várias interpretações, lidar com doentes e doenças também permite diferentes opções, ainda que solidamente embasadas em conhecimentos técnico-científicos. Dessa diversidade de abordagem surge a idéia desta subseção, na qual áreas da medicina são abordadas e discutidas em diferentes ângulos, por renomados especialistas.
O documento discute a história e importância do planejamento familiar no Brasil e no mundo, desde a abertura das primeiras clínicas no século 20 até as políticas públicas atuais. Aponta que programas de planejamento familiar reduziram a fecundidade global em um terço e poderiam economizar bilhões em saúde. Também descreve leis e programas brasileiros que ampliaram o acesso a contraceptivos e esterilização voluntária.
O documento discute os tipos de aborto, incluindo espontâneo e induzido. Também aborda as causas de aborto espontâneo, métodos para induzir o aborto e possíveis consequências positivas e negativas da legalização do aborto.
- As crianças que são amamentadas por mais tempo têm menor morbidade e mortalidade, menos maloclusão dentária e maior inteligência do que aquelas amamentadas por menos tempo ou não amamentadas. Estes benefícios persistem até mais tarde na vida.
- A amamentação também beneficia as mães, podendo prevenir câncer de mama, aumentar o intervalo entre partos e reduzir riscos de diabetes e câncer de ovário.
- Embora a amamentação seja reconhecidamente importante, apenas 37% das crianças em países de baixa e
Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
LIVRO MPARADIDATICO SOBRE BULLYING PARA TRABALHAR COM ALUNOS EM SALA DE AULA OU LEITURA EXTRA CLASSE, COM FOCO NUM PROBLEMA CRUCIAL E QUE ESTÁ TÃO PRESENTE NAS ESCOLAS BRASILEIRAS. OS ALUNOS PODEM LER EM SALA DE AULA. MATERIAL EXCELENTE PARA SER ADOTADO NAS ESCOLAS
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
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Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Critérios para esterelização
1. Diretriz para indicação de esterilização feminina pelo Médico de Família e
Comunidade
Autores:
Adolfo Oscar Gigglberger Bareiro
Hamilton Lima Wagner
Supervisão:
Airton Tetelbom Stein
Eno Dias de Castro Filho
CONFLITO DE INTERESSE:
Nenhum conflito de interesse declarado.
Definição do Problema
Qual o índice de falha do método escolhido? Quais os riscos associados ao
procedimento? Como diminuir a possibilidade de arrependimento futuro ao se
indicar para o casal um método anticoncepcional definitivo?
Palavras Chaves (MESH)
Foram consultadas as bases de dados Medline, através do PUBMED, a base de
dados Cochrane de Revisões Sistemáticas, através da BVS, as bases de dados
secundárias Uptodate e Dynamic Medical. A estratégia de busca para a consulta
na base de dados Medline foi estruturada na forma de PICO (Paciente,
Intervenção, Controle e Outcome ou Desfecho), resultando na seguinte sintaxe:
Tubal Ligation AND (Sterilization Reversal OR Patient Satisfaction OR Consumer
Satisfaction OR Adverse Effects OR Patient Care Team). Foram acrescidos os
seguintes filtros: English, Spanish, Portuguese, Male, Female, Humans,
Bioethics, que resultaram em 156 artigos. Pelo título, foram selecionados os 61
artigos de maior relevância. Estes foram classificados pela sua força de
evidência segundo as normas do “Oxford Centre for Evidence Based Medicine”.
2. Finalmente, foram escolhidos 15 referências. Com a estratégia de vasectomy ou
vasectomia buscou-se na base secundária do Cochrane, Dynamicmedical
(Dynamed) e no UpTodade, foram escolhidas 2 referências. O estudo original
de coorte, multicêntrico, realizado pela força tarefa americana sobre
esterilização (vasectomia e laqueadura) não foi obtido, somente aqueles que se
valeram dos seus dados. Isto que fez rebaixar-se a classe de recomendação
para “D” na maioria dos casos.
Critérios de Inclusão
Foram incluídos artigos que tratam do arrependimento após laqueadura e
dos riscos inerentes ao procedimento, do aconselhamento interdisciplinar dos
casais quanto ao procedimento, aqueles que avaliem a chance de gravidez após
o procedimento, publicados na língua inglesa, portuguesa ou espanhola e
metodologicamente adequados.
Critérios de Exclusão
Artigos que abordem sobre técnicas específicas de cada um dos
procedimentos, os publicados a respeito de técnicas de reanastomoses, os que
abordem populações étnicas específicas.
Magnitude
No Brasil, em 1966, 77% das mulheres casadas ou que conviviam em
união estável usavam algum método contraceptivo, sendo que 40% delas eram
laqueadas e 21% utilizavam anticoncepcional oral (D) (1).
Dados demográficos nacionais mostram que a prevalência da laqueadura
em 1996 era de 21,1% (25-29 anos) e de 37,6 % (30-34 anos). Essas taxas
eram maiores entre as mulheres em união estável, 26,9% e 42,7% para as
mesmas faixas de idade (C) (2).
Em 2004, 38.276 laqueaduras foram realizadas na rede pública brasileira
(3).
3. Transcendência
Nos últimos vinte anos a prevalência de esterilização feminina cresceu.
Atualmente é o método anticoncepcional mais prevalente entre as mulheres em
idade fértil, como mostrou a Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde
(PNDS). Os motivos principais para a realização da laqueadura foram o desejo
de não ter mais filhos, falta de condições de criá-los ou já ter o número ideal de
filhos (C) (4). Com o objetivo de melhorar a assistência à saúde reprodutiva da
mulher surgiu, no Brasil, o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher
em 1983 e a regulamentação da laqueadura em 1997. Sendo um método
definitivo, há possibilidade de impacto na autoconsciência da mulher e de
frustração em caso de mudança de expectativas diante de uma nova relação
afetiva estável.
Vulnerabilidade
Num estudo realizado em Campinas, 1.012 mulheres laqueadas
responderam a um questionário aplicado pelos pesquisadores revelando que
pacientes acima de 35 anos com escolaridade até o ensino fundamental
estavam mais sujeitas a escolher a laqueadura como método
anticoncepcional(C) (4). Já num outro estudo, envolvendo 145 paciente que
procuravam reversão da laqueadura, 73,4% tinham entre 26-35 anos (C) (2). O
trabalho interdisciplinar, assim como a participação, esclarecimento e orientação
do casal no momento da tomada da decisão, é fundamental para diminuir as
chances futuras de arrependimento (D) (1). A eficácia da equipe interdisciplinar
trabalhando com grupos específicos de pacientes (população geriátrica,
aconselhamento ou pós-cirúrigico) é muito importante quando o objetivo é a
diminuição de chance de arrependimento em se tratando de uma decisão tão
importante como a da esterilização (5) (D).
4. 1. Introdução
O Ministério de Saúde, através da lei nº 9.263 de 12 de janeiro de 1996 e
da resolução nº 928 de 19.8.1997, dispõe que a esterilização voluntária será
permitida nas seguintes situações: homens e mulheres com capacidade civil
plena e maiores que vinte e cincos anos de idade ou, pelo menos, dois filhos
vivos, e em mulheres com risco a sua vida ou saúde ou do futuro concepto,
testemunhado em relatório escrito por dois médicos.. Será observado o prazo
mínimo de 60 dias entre a manifestação de vontade e o ato cirúrgico. Além do
mais, constitui dever do SUS promover condições e recursos informativos,
educacionais, científicos e técnicos que assegurem o livre exercício do
planejamento familiar. Para isto, serão oferecidos ao casal todos os métodos
anticoncepcionais ética e cientificamente aceitáveis, garantida a liberdade de
opção (6). Entretanto, não existem diretrizes clínicas no país, baseadas em
evidências, adequadas para orientar mais amplamente o médico de família e
comunidade na indicação deste procedimento, seus riscos e probabilidades de
arrependimento envolvidas. Esta diretriz visa suprir esta lacuna.
3. Laqueadura
Índice de Falha
A taxa de falha depende da técnica cirúrgica, tempo da cirurgia e idade da
paciente. O índice de falha da laqueadura gira em torno de 2% em 10 anos. O
estudo CREST (Revisão Colaborativa sobre Esterilização nos Estados Unidos)
mostrou que, em 10 anos, a taxa de falha cumulativa é de 18,5 em 1000
pacientes (D) (7).
Complicações
5. Gravidez ectópica: As mulheres que realizaram a laqueadura têm
maior chance de apresentar gravidez ectópica quando comparadas
com as não laqueadas. A proporção de gravidez ectópica é 3
vezes maior entre 4-10 anos após a esterilização do que nos 3
primeiros anos. Na Dinamarca, 76% das gravidezes em mulheres
pós-laqueadas foram ectópicas, com maior chance de ruptura do
que em mulheres não laqueadas com gravidez ectópica (D) (7).
Mudanças menstruais: Em um estudo comparativo de pacientes
submetidas à laqueadura com as não laqueadas não se encontrou
diferenças consistentes no que diz respeito aos níveis hormonais.
Há um aumento no fluxo menstrual naquelas que usavam
anticoncepcionais orais antes da laqueadura (D) (7). Outro estudo
comparando 9514 mulheres esterilizadas com outras 573 não
esterilizadas, cujos maridos tinham realizado vasectomia, não
mostrou diferença entre os dois grupos no que diz respeito a
anormalidades menstruais (D) (8). Um estudo brasileiro, com 300
mulheres acompanhadas por 5 anos após o procedimento, afirma
não haver relação entre laqueadura e alterações menstruais. Outra
explicação das alterações menstruais é a interrupção do DIU ou
anticoncepcional oral. O DIU predispõe ao aumento da quantidade
e duração do fluxo menstrual, e o contraceptivo oral à sua redução.
Cessado o uso, estas pacientes retornariam aos padrões
menstruais irregulares anteriores (B) (9).
Câncer ovariano: Estudos realizados em alguns países concordam
que as mulheres apresentam um risco diminuído de câncer
ovariano após a laqueadura (C) (7, 10, 11).
Densidade Mineral Óssea: Um estudo brasileiro realizado em
Campinas faz supor que a laqueadura não produz alteração
orgânica capaz de interferir na massa óssea de mulheres
climatéricas (C) (12).
6. Risco de Histerectomia: o risco depende da idade da paciente no
momento da intervenção; sendo assim, as mulheres que foram
submetidas à laqueadura entre os 20-29 anos têm maior chance
de uma futura histerectomia; porém, não há uma explicação
biológica para tal afirmação (C) (13).
Morbi-mortalidade: a morbidade é indicada pelas taxas de
readmissão hospitalar após o procedimento, aumento nos dias de
internação e realização de laparotomia secundária a laparoscopia
prévia. As complicações associadas ao procedimento são sepsis,
hemorragia, infarto agudo do miocárdio, embolia pulmonar e
complicações anestésicas (hipoventilação principalmente), sendo
esta última a principal causa de morte. Paciente com comorbidade
associada no momento do procedimento tem maior chance de
complicações (D) (7).
Arrependimento
Após cinco anos de acompanhamento de 3672 mulheres que realizaram
laqueadura, ocorreu arrependimento em 7% das mulheres (C) (14). Mulheres
solteiras, esterilizadas no período do pós-parto imediato, com idade menor que
30 anos no momento da laqueadura apresentaram uma maior freqüência de
arrependimento num seguimento de 14 anos após a esterilização; os dois
principais motivos foram o desejo de nova gravidez (33%) e separação seguida
por um novo relacionamento (23.9%) (C) (15). Entre as mulheres que iniciaram
um novo relacionamento, a chance ainda é maior quando este parceiro novo não
possui filhos e deseja gerá-los para formar a nova família (C) (8).
Prazer sexual
Num total de 4576 mulheres estudadas, 80% delas manifestaram que não
houve mudanças na libido, enquanto que as restantes tiveram um efeito positivo
no desempenho sexual após a laqueadura (C) (16).
7. 3. Recomendações para o Casal
Atividade educativa: conforme expressado na lei, para o exercício
do direito ao planejamento familiar devem ser oferecidos todos os
métodos e técnicas de concepção e contracepção ética e
cientificamente aceitos, sendo garantida a liberdade de escolha (7).
Este primeiro contato com o casal é extremamente importante já
que o MFC deverá fornecer todas as informações relacionadas aos
métodos anticoncepcionais (ação, índice de falha, natureza do
método, efeitos benéficos ou colaterais possíveis) e esclarecer as
dúvidas que surgirem(D) (1).
Atendimento por equipe multidisciplinar: após o primeiro contato, o
casal será atendido pela psicóloga, ou enfermeira ou assistente
social para nova avaliação das expectativas, temores ou
esclarecimento de dúvidas que eventualmente surgirem a respeito
do método escolhido (D) (1). Nesta ocasião poderá ser realizada
uma atividade educativa específica (vasectomia ou laqueadura).
No caso da laqueadura, a paciente deve ser informada
especificamente quanto ao índice de falha, morbi-mortalidade
(sepsis, tromboembolia, dor pélvica, sangramento, perfuração
visceral, alergia ao anestésico), probabilidade de arrependimento,
risco de gravidez ectópica e a não relação da laqueadura com
possíveis mudanças menstruais (B) (6). As mulheres com menos
de 30 anos, mais ainda se solteiras, devem ser especialmente
convidadas a uma reflexão maior e informadas de pertencerem ao
grupo com maior risco de arrependimento. Caso tome a decisão
pela laqueadura, o casal assina um termo de consentimento onde
expressam sua ciência quanto ao caráter definitivo, existência de
outros métodos não definitivos e seu desejo quanto à laqueadura
ou vasectomia (D) (1).
8. Cirurgia: após o prazo estipulado por lei (60 dias) poderá então ser
realizado o procedimento escolhido conscientemente, pelo
paciente (7).
4. Fluxograma
Paciente Deseja Laqueadura
Ação Educativa com MFC
Preenche pré-requisitos legais e ainda deseja laqueadura?
Sim
Não
Avaliação multiprofissional
(ação educative específica)
Ainda deseja laqueadura? Orientar outro método
anticoncepcional
Sim Não
Encaminhamento para
laqueadura
9. 5. Referências
1. Penteado LG, Cabral F, Díaz M, Díaz J, Girón L, Simmons R.
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2. Fernandes AMS, Arruda MS, Palhares MAR, Benetti ND, Moreira
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Público de Esterilidade Conjugal. RBGO, 23 (02), 69-73, 2001.
3. Ministério da Saúde do Brasil. Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/noticias_detalh
e.cfm?co_seq_noticia=24468. Acesso em: 22 de Novembro de
2006.
4. Carvalho LEC, Cecatti JG, Osis MJD, Sousa MH. Número ideal de
filhos como fator de risco para laqueadura tubária. Cad Saúde
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