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Adm. Jovino Moreira da Silva, M. Sc.
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COOPERATIVISMO
EMPREENDEDORIAL
Propostas e Práticas para
Crises em Regiões Paradoxais
Palestra, março/13 – CETEB
Santa Maria da Vitória - Bahia
SHENG
 A propriedade é uma instituição de
justiça; e a propriedade é um roubo. De
tudo isto resulta que um dia a
propriedade transformada será
uma ideia positiva, completa, social e
verdadeira; uma propriedade que
abolirá a antiga propriedade e tornará
para todos efetiva e benfazeja. E o que
o prova é mais uma vez que a
propriedade é uma contradição.
Proudhon, Filosofia da Miséria
SHENG
Quando novas informações se tornam
acessíveis e as circunstâncias mudam, já não é
possível resolver problemas com as soluções
de ontem. As pessoas estão descobrindo, cada
vez mais, que o que funcionava há dois anos
não vai funcionar na semana que vem. Com
isso, elas têm duas alternativas. Ou ficam se
queixando porque as coisas já não são tão
fáceis como antigamente ou usam sua
capacidade criativa para descobrir novas
respostas, novas soluções e novas ideias.
R. Von Oech
SHENG
COOPERATIVISMO:
Rápida Visão Histórica
Nos últimos 300 anos o mundo econômico e
social passou por várias mudanças de
paradigma decorrentes de revoluções
científicas e políticas, todos eles centrados
na visão material e no racionalismo
econômico com foco maior na
concentração de riquezas e no consumismo
exagerado de recursos naturais não
renováveis.
SHENG
No caso particular do Brasil a degradação
do ambiente começa com a devastação das
florestas e extração desordenada de
madeira, em particular do Pau Brasil,
seguindo-se para a exploração de minerais
preciosos, semipreciosos e metálicos que
abasteciam as empresas industriais da
Europa, em especial da Inglaterra.
SHENG
Na Inglaterra da I Revolução Industrial
começa um movimento de significativa
importância socioeconômica, que sinaliza as
possibilidades de o mundo sair da crise do
racionalismo individualista que tem
promovido a deterioração das riquezas
naturais para beneficiar uma acumulação
de riquezas sem precedentes na história do
Homem.
SHENG
A Revolução Industrial é considerada como
um divisor na história da humanidade, na
medida em que as máquinas passam a
substituir em grande parte as atividades
artesanais.
Com isto, os donos dos meios de produção
concentram cada vez mais renda e um número
cada vez maior de trabalhadores são explorados
de forma desumana.
SHENG
A sociedade dos Probos Pioneiros
de Rochdalle, criada por 28
tecelões ingleses, da região do
mesmo nome, é o marco inicial do que
se conhece hoje como
cooperativismo moderno, em
oposição ao capitalismo, para o resgate
da dignidade humana.
SHENG
O movimento inglês resultou no que
podemos chamar de primeiro passo
para a criação do Cooperativismo
Instrumental, o qual evoluiria para
o nível de um Cooperativismo
Empreendedorial no alvorecer do
século 20.
SHENG
 O movimento cooperativista que resultou do
enfrentamento da burguesia industrial e do capital
industrial na Inglaterra representa a semente que
chamou a atenção de alguns teóricos e ideólogos
dos séculos 19 e 20, em especial de economistas
como Robert Owen, para os perigos do
capitalismo individualista e acumulador de
riquezas que ampliava a divisão do mundo em
dois blocos, tratados como desenvolvido e
subdesenvolvido. E disto resultou a ruptura de
vários paradigmas como parte das revoluções
científicas, políticas, religiosas, sociais e culturais.
SHENG
Neste contexto deve-se ressaltar as
ideias J. S. Mill como o precursor de
um modelo de Economia
Estacionária que está hoje mascarado
pelos teóricos da linha socialista
denominada Decrescimento, que
buscam uma solução para o fracassado
sistema comunista em substituição ao já
moribundo capitalismo real.
SHENG
Nesta rede de conflitos entre as economias e
seus teóricos situamos o Cooperativismo
Empreendedorial (que chamo de
Coopreendedorismo) como uma das
melhores soluções para restaurar e
sustentar uma economia do estado
estável, a fim de recuperarmos, se não
totalmente, pelo menos o suficiente para
que possamos sobreviver em um Planeta
menos poluído e mais humano.
SHENG
Até o momento, vários estudos
procuram tratar o Cooperativismo
segundo uma visão político-ideológica,
além de promover distorções no
sentido de reduzir o valor da
Cooperação dentro do processo
produtivo como geradora de resultados
desejados.
SHENG
Esses estudos procuram atrelar o
cooperativismo a conceitos ideológicos,
distorcendo sua importância como
representante de um sistema maior capaz de
promover o Ser Coletivo e o Indivíduo
Coletivo como elementos fundamentais para
uma organização socioeconômica que vise,
sobretudo, engrandecer o Homem e enriquecê-
lo em todos os sentidos, de modo integral.
SHENG
Este é o retrato, em linhas gerais, que
os promotores da sociedade
competitiva heteronômica (a
sociedade capitalista do Management)
desenha, de um lado, e as organizações
socialista, deformam de outro lado,
sobre o Sistema Cooperativado de
Negócios (SCN).
SHENG
 No caso brasileiro o Sistema Cooperativista não
existe, de forma plena, por falta de coerência
política e social, bem como falta de
conhecimento (ou por falta de dignidade para
reconhecimento), do seu valor econômico, que
resulte, sempre, em uma relação do tipo ganha-
ganha; uma relação entre os indivíduos e entre os
grupos que focalizam Objetivos Comuns.
 Os grupos de interesse não estão dispostos a
aceitar tal coerência e tais práticas cooperativistas
devido à ganância de quererem vencer sozinhos.
SHENG
 A Cooperação como um Sistema representa
um caminho de grande valor e importância para
aqueles que desejam construir organizações
prósperas, proativas, produtivas e inovadoras e
não organizações somente para a sobrevivência.
 Este caminho só é possível de ser atingido
quando se consegue agregar, de forma holística,
os quatro grandes valores (ou Corpos de Ser),
ou Funções que constituem o Homem Total
(ou Integral), os quais mostram-se na Figura 1.
Cooperação: A Função,
o Processo e o Sistema
SHENG
RAZÃO
EMOÇÃO
INTELIGÊNCIA
MATÉRIA
Noosfera
Corpo
Espiritual
Hilosfera
(Corpo
Físico)
Logosfera
Corpo
Racional
Biosfera
Corpo
Emocional
FIGURA 1 – Funções do Sistema de Homem Integral
SHENG
 O Cooperativismo não deve ser apenas uma
visão do corpo físico (Hilosfera) e nem deste
somado ao corpo emocional (Biosfera).
Qualquer construção organizacional que busca a
Cooperação só tem êxito se conjuga estas quatro
funções humanas (que também chamamos de
Corpo).
 A esta reunião de funções (Harmonia) damos o
nome de Processo Integral e, quando projetado
para fins negociais, tem-se um Sistema Integral
Cooperativado de Negócios (SICN).
SHENG
Para se alcançar o cooperativismo pleno ou o
verdadeiro SICN leva-se em conta tanto a
competência intrapessoal quanto a
competência interpessoal, entre outros
fatores que vimos discutindo em nossos
artigos.
Um deles denominamos de Consenso,
Cooperação e Consciência Grupal que
envolve entre outros os seguintes vetores de
transformação humana.
SHENG
Caminhos para a
Sociedade do Futuro
[C]OOPERAÇÃO
[A]MORIZAÇÃO
[C]OLABORAÇÃO
[H]UMORIZAÇÃO
[H]ARMONIZAÇÃO
[H]UMANIZAÇÃO
SHENG
 O que não está padronizado, e à mão do grupo
constituinte cooperativo, e que representa a parte
mais complexa deste processo, é a Consciência
Grupal, assim como alguns outros requisitos que
necessitam da integração das quatro Funções
Humanas da Figura 1.
 Entre estes requisitos vale citar o Conhecimento
como base de gestão integradora, o qual, no caso
do Cooperativismo, envolve a capacidade de
aglutinação grupal com os valores
empreendedoriais dos cooperantes o que, em
nossos estudos e pesquisas estamos chamando de
Coopreendedorismo.
SHENG
 (...) para se alcançar um processo e, logo, um
sistema cooperativado, é necessário,
primeiramente, que os indivíduos desenvolvam
uma Consciência Grupal, “a qual é a soma total
da consciência de cada indivíduo, através de
sinceros esforços, (que) tem unido, fundido e
harmonizado suas consciências com a dos outros”
(SARAYDARIAN).
 A falta deste requisito entre os indivíduos dificulta
a formação de um sólido coletivo que contribuirá
para a construção da Cooperativa. A seguir estão
os oito requisitos da Consciência Grupal,
segundo Saraydarian.
SHENG
 Requisitos para a Consciência Grupal
Os membros do Grupo:
1. devem aprender o valor do respeito e praticá-lo uns com os
outros;
2. devem promover um Objetivo Comum;
3. devem tentar trabalhar em Harmonia uns com os outros,
elevando o objetivo grupal e os objetivos individuais dos membros
que não contradizem o objetivo grupal;
4. devem proteger o grupo e seus companheiros de ataques e
perigos;
5. devem encorajar e evocar forças para desenvolver grandes
potenciais em cada um;
6. devem aprender a ser tolerantes e complacentes com os
outros membros do grupo, dando-lhes oportunidade de se engajar
no trabalho grupal;
7. devem cultivar uma profunda sensibilidade à liderança do
grupo, pela luz do objetivo grupal;
8. devem fomentar a alegria dos outros no grupo
SHENG
O SCN como se percebe pelo conteúdo dos
oitos princípios da Consciência Grupal,
vem a ser um dos melhores sistemas de
organização para a superação de Crises,
sobretudo em condições como as que
predominam contradições e embates entre
Estados Econômicos e entre Ideologias,
como mostra o Círculo Paradoxal da
Figura 2 (SILVA, 1996 p, 18) a seguir.
Sistema Cooperativado de Negócios
(SCN) e as Regiões Paradoxais
SHENG
I
Agroeconomia
IV
Infoeconomia
III
Economía
Industrial
II
Economía
Mercantil
Artesanal
Limite da
Inovação e da
Criatividade
(C)
(SC)
(C)
CIRCULO PARADOXAL onde: C = Conhecimento e SC = Senso Comum
Figura 2 – Os quatro estágios socioeconômicos porque passou a humanidade desde 5.000 A.C.
(SC)
Sistema Cooperativado de Negócios
(SCN) e as Regiões Paradoxais
SHENG
Destacamos que uma Região Paradoxal é
aquela em que coexistem mais de um
estágio socioeconômico ao mesmo
tempo, os quais vêm representados pelo
circulo da Figura 2, considerados como
revoluções que ocorreram no Planeta desde o
momento em que o Homem se fez criador de
conhecimentos.
SHENG
Assim, para enfrentar uma Crise em
regiões paradoxais deve-se começar pela
formação de um Coletivo e pela
definição de um Objetivo Comum com
o que se pode construir um Processo
e/ou um Sistema Cooperativado de
Negócios (SCN).
SHENG
Não estamos interessados na “cooperativa”
que visa solucionar um problema isolado e
urgente de algumas pessoas ou de uma
comunidade específica, a qual, neste caso,
opera de acordo com os procedimentos
associativistas que geram as associações,
como temos visto em muitos exemplos
ocorridos em várias cidades e comunidades
que estudamos e continuamos a estudar e
nas áreas de agronegócios, de educação, etc.
SHENG
A Cooperação e a Cooperatividade não
começam quando surgem as dificuldades
particulares e/ou pessoais, para servir de
solução emergente e como forma de
sobrevivência no confronto com o Caos em
dado momento histórico.
As Cooperativas são soluções para a
prosperidade e não para a sobrevivência.
A Cooperativa pode contribuir para a redução
da pobreza e não para a distribuição de riqueza
e nem mesmo para soluções políticas em uma
comunidade.
SHENG
 A Cooperação vai mais além da emergência do
Fato Social, do Fato Administrativo ou do
Fato Econômico e do Fato Político porque
ela deve estar presente no indivíduo antes
mesmo (ou a priori) de ele se reunir com outros
indivíduos para a formação do multivíduo ou
grupo de interesse.
 Vale dizer que as pessoas não se fragmentam
para formar equipes. As pessoas se engajam e
como tal são incluídas. O consenso natural
que reúne a pluralidade individual não é o
mesmo que unanimidade.
SHENG
A inclusividade é, por isso, um prévio
requisito para que se realize a Cooperação,
entre tantos outros. A Cooperação é uma
Atitude que leva à Determinação das
pessoas engajadas no processo cooperativo.
A inclusividade não elimina a pluralidade e
a liberdade individuais porque o consenso
natural nasce da consciência grupal de
cada cooperante por isso não existe equipe,
mas multivíduos engajados.
SHENG
Pelo menos os fatores a seguir são
importantes para que os indivíduos alcancem
a formação do grupo e a especificação do
objetivo comum (Cf. SARAYDARIAN):
Eles conhecem s si mesmos;
eles conhecem os outros;
eles conhecem o objetivo comum;
eles sabem como alcançar esse objetivo;
eles apoiam, encorajam, entusiasmam uns aos
outros para alcançar o objetivo
SHENG
Há casos de indivíduos que procuram entrar
como membros cotistas em uma cooperativa
porque sua empresa (ou sua vida) está
atravessando uma grande dificuldade (...) e
acreditam que no ambiente cooperativo irão
obter as condições de que necessitam, no
momento, para alcançar sua recuperação.
SHENG
Este é um objetivo individual e nada
demais (...) que reduz a visão de grupo e
distancia os indivíduos do Objetivo
Comum, provocando, em pouco tempo,
distorções estruturais e na harmonia, de
sorte que possam ocasionar o fim do
Processo Cooperativado.
Na Associação predomina o Indivíduo
Pessoal enquanto na Cooperativa
predomina o Indivíduo Coletivo.
SHENG
O que observamos nas regiões paradoxais é que
o choque entre as várias economias a um
mesmo tempo, deixa o indivíduo confuso,
aturdido, em um primeiro momento, levando-o
a buscar as primeiras respostas a suas
dificuldades (e dúvidas) como sendo aquela
solução salvadora que tanto ansiava para sua
situação crítica.
SHENG
Tal atitude tende a inibir a criatividade, a
qual só vai se manifestar (quando consegue
tal), em um segundo momento, quando o
organismo já está deteriorado e caminhando
para a falência (...)
O individuo espera tudo do Estado, do
Poder Divino e dos outros e nunca
espera tudo de si mesmo (parafraseando
um pensamento de Sakyamuni, o Buda).
SHENG
Na medida em que comecemos a depender
menos do Estado e de suas instituições
burocráticas, e passemos a depender mais
dos Sistemas Cooperativados que
criamos em função de um Objetivo
Comum, nos tornamos mais fortes e mais
capazes de superar as dificuldades inerentes
ao choque das economias a que estamos
sujeitos, e, portanto, mais capazes de superar
as Crises.
SHENG
O Ambiente, a Missão e o
SCN
Ao caminhar na direção da necessidade de
construir um SCN devemos estar seguros de
que nossos Objetivos Individuais não irão
provocar rupturas no Sistema
Cooperativado.
Por isso, é importante saber que uma
Cooperativa é uma Organização Ser e não
uma Organização Ter.
SHENG
Isto é importante porque precisamos
definir, com bastante certeza e segurança,
quais são nossas Missões Pessoais
(MP), porque a soma delas resultará
explicitamente, na Missão da
Cooperativa (MC).
Se nossa missão está mais coerente com
nossa vontade de Ter, certamente iremos
ser um complicador no ambiente Ser.
SHENG
A vontade de Ter reclama valores e lamenta,
o tempo todo, a busca pela sobrevivência,
dificultando o desenvolvimento da Sinergia
que sustenta a Cooperatividade.
A vontade de Ser agrega valores e reclama
positivamente pela realização de ações que
possam conduzir à prosperidade, facilitando o
desenvolvimento da Sinergia que conduzirá a
Cooperatividade.
SHENG
Três elementos são importantes para que se
comece a promover a caminhada na direção
de um Ambiente Ser que são Educação,
Disciplina (no sentido de conscientização e
de criação de atitudes positivas) e Ordem
(como organização e modelação intrapessoal
e interpessoal).
A interação e o equilíbrio entre estes
elementos são mostrados no diagrama de
Venn da Figura 3 adiante.
SHENG
Para os fins cooperativos o Ser pode ser
representado pela composição da Figura 3
formada pelos elementos Disciplina,
Educação, e Ordem (que chamo Modelo
DEO) como atitudes pessoais positivas,
enquanto os indivíduos do tipo Ter
confundem estes elementos como atitudes de
interesse apenas pessoal, portanto negativa,
individualista e não coletivista.
SHENG
SER
Educação Disciplina
Ordem (ou
Organização)
Figura 3 – Composição do Ambiente SER
SHENG
Um SCN é um Ambiente Ser e possui uma
estrutura (Organização) fragilmente
heteronômica e fortemente autonômica, cuja
base se deve, entre outros fatores, à existência
da Consciência Grupal e de um Objetivo
Comum, o qual é compartilhado igualmente
e inclusivamente por todos.
O Objetivo Comum tem de ser
compartilhado por cada individualidade
positiva, respeitando e reforçando as
liberdades individuais.
SHENG
Pode-se dizer que:
O SCN é um conjunto eclético e
pluralista de valores e missões que
procura, através da mutualidade e da
reunião de energias empenhar-se pela
realização plena e duradoura de um
Objetivo Comum que também se
denomina Objetivo Mútuo.
SHENG
Esta sequencia que resulta na Cooperação é
chamada também de Mutualidade e
representa a coletivização das
individualidades positivas ou
construtivas, das Vontades do Ser e
renúncia aos valores do Ter.
A Cooperativa, produto maior que
concretiza as vontades e missões pessoais, é
um resultado mutualista da
Consciência Grupal.
SHENG
Cooperativismo, Associativismo
e Coopreendedorismo
 Esta nova modalidade de conhecimento
(Coopreendedorismo) que envolve a dinâmica e
a filosofia do Cooperativismo e as competências
criativas do Empreendedorismo é um esforço
maior para a diferença que separa, porém não de
forma excludente, cada um destes termos quando
estamos lidando com comunidades rurais nas
quais há uma grande participação das mulheres
como ativas empreendedoras.
SHENG
Um ponto importante a considerar é o fato de
que os cooperantes, dentro de uma
cooperativa, desenvolvem e aplicam
capacidades empreendedoriais, enquanto
que os associantes, em uma associação, não
demonstram qualquer qualidade de
comportamento inerente ao empreendedorismo,
até mesmo aquele relativo ao
Empreendedorismo Social (como nas
ONG), com a mesma intensidade com que o
fazem os cooperantes.
SHENG
Em outras palavras, trata-se de a questão do
indivíduo e de suas relações com o mundo, visto
que, seguindo as ideias de Filion (1993), os
elementos que caracterizam o comportamento
empreendedorial são: Os Weltanschauung
(Ego, Prisma de Visão do Mundo); a Liderança;
a Energia; e as Relações, os quais tanto
envolvem elementos sociais quanto elementos
econômicos que estão no mundo.
SHENG
Consideramos estas formas como relação
intrapessoal e interpessoal. A primeira
ocorre quando a pessoa traz do mundo para
dentro de si valores, ideias, modelos, padrões
ou paradigmas e os modelam para dar
consistência ao que se denomina personalidade.
A segunda forma se refere às relações que as
pessoas têm com outras nos grupos de
referência, na comunidade, na sociedade,
utilizando seus valores, seus modelos mentais
como ela adquiriu.
SHENG
Conclusão
 Assim, a ideia de Coopreendedorismo tendo a
organização familiar como principal
promotora do empreendedorismo orientado para
a redução da pobreza e estimulador da inclusão
social, é bastante positiva nas comunidades rurais
do Sudoeste e Oeste Baiano e se tornam, pouco a
pouco, em práticas importantes, mesmo que as
pessoas ainda estejam necessitando de
desenvolvimento educacional consistente sobre
Filosofia Cooperativista. Este processo
educacional é importante a fim de poderem criar
suas próprias Cooperativas em lugar de
Associações politicamente aparelhadas.
SHENG
A grande dificuldade para o
desenvolvimento de cooperativas em regiões
paradoxais do Brasil se deve, sobretudo, às
instituições políticas e à falta de uma
cultura cooperativista em forma de
conteúdo educacional desde os cursos
elementares até o superior como base para
se iniciar mudanças de valores e alcançar a
formação cooperativista para contribuir
com a inclusão nas zonas rurais do Brasil.
SHENG
Portanto, a saída para as Crises é o
Cooperativismo para aquelas pessoas que
vivem nas zonas rurais e que sabem produzir,
porém não sabem vender e comercializar, o que
vai precisar de um desenvolvimento
coopreendedorial para avançar em termos
socioeconômicos.
Assim é possível enfrentar as Crises com bons
resultados para os residentes naquelas regiões e
conseguir uma efetiva redução da pobreza com
boa elevação do IDH
SHENG
Referências
 FILION, L-J. Visão e relação: Elementos para um
Metamodelo de atividade empreendedora. RAE, v.33, n.6,
p.50-61, Nov./Dez., 1993, São Paulo.
 PROUDHON, P-J. Sistema de Contradições Econômicas ou
Filosofia da Miséria. São Paulo: Escala, 2007, 2V.
 SARAYDARIAN, T. A Psicologia da Cooperação e da
Consciência Grupal. São Paulo: Aquariana, 1990.
 SILVA, J. M. Da Economia Material à Economia
Informacional: novos desafios para a Administração.
Vitória da Conquista: NEPAAD/UESB, 1996.
 Von OECH, R. Um ‘TOC’ na Cuca. São Paulo: Cultura.
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Cooperativismo empreendedorial propostas e práticas

  • 1. SHENG Adm. Jovino Moreira da Silva, M. Sc. http://shengadm.blogspot.com jomosil@gmail.com COOPERATIVISMO EMPREENDEDORIAL Propostas e Práticas para Crises em Regiões Paradoxais Palestra, março/13 – CETEB Santa Maria da Vitória - Bahia
  • 2. SHENG  A propriedade é uma instituição de justiça; e a propriedade é um roubo. De tudo isto resulta que um dia a propriedade transformada será uma ideia positiva, completa, social e verdadeira; uma propriedade que abolirá a antiga propriedade e tornará para todos efetiva e benfazeja. E o que o prova é mais uma vez que a propriedade é uma contradição. Proudhon, Filosofia da Miséria
  • 3. SHENG Quando novas informações se tornam acessíveis e as circunstâncias mudam, já não é possível resolver problemas com as soluções de ontem. As pessoas estão descobrindo, cada vez mais, que o que funcionava há dois anos não vai funcionar na semana que vem. Com isso, elas têm duas alternativas. Ou ficam se queixando porque as coisas já não são tão fáceis como antigamente ou usam sua capacidade criativa para descobrir novas respostas, novas soluções e novas ideias. R. Von Oech
  • 4. SHENG COOPERATIVISMO: Rápida Visão Histórica Nos últimos 300 anos o mundo econômico e social passou por várias mudanças de paradigma decorrentes de revoluções científicas e políticas, todos eles centrados na visão material e no racionalismo econômico com foco maior na concentração de riquezas e no consumismo exagerado de recursos naturais não renováveis.
  • 5. SHENG No caso particular do Brasil a degradação do ambiente começa com a devastação das florestas e extração desordenada de madeira, em particular do Pau Brasil, seguindo-se para a exploração de minerais preciosos, semipreciosos e metálicos que abasteciam as empresas industriais da Europa, em especial da Inglaterra.
  • 6. SHENG Na Inglaterra da I Revolução Industrial começa um movimento de significativa importância socioeconômica, que sinaliza as possibilidades de o mundo sair da crise do racionalismo individualista que tem promovido a deterioração das riquezas naturais para beneficiar uma acumulação de riquezas sem precedentes na história do Homem.
  • 7. SHENG A Revolução Industrial é considerada como um divisor na história da humanidade, na medida em que as máquinas passam a substituir em grande parte as atividades artesanais. Com isto, os donos dos meios de produção concentram cada vez mais renda e um número cada vez maior de trabalhadores são explorados de forma desumana.
  • 8. SHENG A sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdalle, criada por 28 tecelões ingleses, da região do mesmo nome, é o marco inicial do que se conhece hoje como cooperativismo moderno, em oposição ao capitalismo, para o resgate da dignidade humana.
  • 9. SHENG O movimento inglês resultou no que podemos chamar de primeiro passo para a criação do Cooperativismo Instrumental, o qual evoluiria para o nível de um Cooperativismo Empreendedorial no alvorecer do século 20.
  • 10. SHENG  O movimento cooperativista que resultou do enfrentamento da burguesia industrial e do capital industrial na Inglaterra representa a semente que chamou a atenção de alguns teóricos e ideólogos dos séculos 19 e 20, em especial de economistas como Robert Owen, para os perigos do capitalismo individualista e acumulador de riquezas que ampliava a divisão do mundo em dois blocos, tratados como desenvolvido e subdesenvolvido. E disto resultou a ruptura de vários paradigmas como parte das revoluções científicas, políticas, religiosas, sociais e culturais.
  • 11. SHENG Neste contexto deve-se ressaltar as ideias J. S. Mill como o precursor de um modelo de Economia Estacionária que está hoje mascarado pelos teóricos da linha socialista denominada Decrescimento, que buscam uma solução para o fracassado sistema comunista em substituição ao já moribundo capitalismo real.
  • 12. SHENG Nesta rede de conflitos entre as economias e seus teóricos situamos o Cooperativismo Empreendedorial (que chamo de Coopreendedorismo) como uma das melhores soluções para restaurar e sustentar uma economia do estado estável, a fim de recuperarmos, se não totalmente, pelo menos o suficiente para que possamos sobreviver em um Planeta menos poluído e mais humano.
  • 13. SHENG Até o momento, vários estudos procuram tratar o Cooperativismo segundo uma visão político-ideológica, além de promover distorções no sentido de reduzir o valor da Cooperação dentro do processo produtivo como geradora de resultados desejados.
  • 14. SHENG Esses estudos procuram atrelar o cooperativismo a conceitos ideológicos, distorcendo sua importância como representante de um sistema maior capaz de promover o Ser Coletivo e o Indivíduo Coletivo como elementos fundamentais para uma organização socioeconômica que vise, sobretudo, engrandecer o Homem e enriquecê- lo em todos os sentidos, de modo integral.
  • 15. SHENG Este é o retrato, em linhas gerais, que os promotores da sociedade competitiva heteronômica (a sociedade capitalista do Management) desenha, de um lado, e as organizações socialista, deformam de outro lado, sobre o Sistema Cooperativado de Negócios (SCN).
  • 16. SHENG  No caso brasileiro o Sistema Cooperativista não existe, de forma plena, por falta de coerência política e social, bem como falta de conhecimento (ou por falta de dignidade para reconhecimento), do seu valor econômico, que resulte, sempre, em uma relação do tipo ganha- ganha; uma relação entre os indivíduos e entre os grupos que focalizam Objetivos Comuns.  Os grupos de interesse não estão dispostos a aceitar tal coerência e tais práticas cooperativistas devido à ganância de quererem vencer sozinhos.
  • 17. SHENG  A Cooperação como um Sistema representa um caminho de grande valor e importância para aqueles que desejam construir organizações prósperas, proativas, produtivas e inovadoras e não organizações somente para a sobrevivência.  Este caminho só é possível de ser atingido quando se consegue agregar, de forma holística, os quatro grandes valores (ou Corpos de Ser), ou Funções que constituem o Homem Total (ou Integral), os quais mostram-se na Figura 1. Cooperação: A Função, o Processo e o Sistema
  • 19. SHENG  O Cooperativismo não deve ser apenas uma visão do corpo físico (Hilosfera) e nem deste somado ao corpo emocional (Biosfera). Qualquer construção organizacional que busca a Cooperação só tem êxito se conjuga estas quatro funções humanas (que também chamamos de Corpo).  A esta reunião de funções (Harmonia) damos o nome de Processo Integral e, quando projetado para fins negociais, tem-se um Sistema Integral Cooperativado de Negócios (SICN).
  • 20. SHENG Para se alcançar o cooperativismo pleno ou o verdadeiro SICN leva-se em conta tanto a competência intrapessoal quanto a competência interpessoal, entre outros fatores que vimos discutindo em nossos artigos. Um deles denominamos de Consenso, Cooperação e Consciência Grupal que envolve entre outros os seguintes vetores de transformação humana.
  • 21. SHENG Caminhos para a Sociedade do Futuro [C]OOPERAÇÃO [A]MORIZAÇÃO [C]OLABORAÇÃO [H]UMORIZAÇÃO [H]ARMONIZAÇÃO [H]UMANIZAÇÃO
  • 22. SHENG  O que não está padronizado, e à mão do grupo constituinte cooperativo, e que representa a parte mais complexa deste processo, é a Consciência Grupal, assim como alguns outros requisitos que necessitam da integração das quatro Funções Humanas da Figura 1.  Entre estes requisitos vale citar o Conhecimento como base de gestão integradora, o qual, no caso do Cooperativismo, envolve a capacidade de aglutinação grupal com os valores empreendedoriais dos cooperantes o que, em nossos estudos e pesquisas estamos chamando de Coopreendedorismo.
  • 23. SHENG  (...) para se alcançar um processo e, logo, um sistema cooperativado, é necessário, primeiramente, que os indivíduos desenvolvam uma Consciência Grupal, “a qual é a soma total da consciência de cada indivíduo, através de sinceros esforços, (que) tem unido, fundido e harmonizado suas consciências com a dos outros” (SARAYDARIAN).  A falta deste requisito entre os indivíduos dificulta a formação de um sólido coletivo que contribuirá para a construção da Cooperativa. A seguir estão os oito requisitos da Consciência Grupal, segundo Saraydarian.
  • 24. SHENG  Requisitos para a Consciência Grupal Os membros do Grupo: 1. devem aprender o valor do respeito e praticá-lo uns com os outros; 2. devem promover um Objetivo Comum; 3. devem tentar trabalhar em Harmonia uns com os outros, elevando o objetivo grupal e os objetivos individuais dos membros que não contradizem o objetivo grupal; 4. devem proteger o grupo e seus companheiros de ataques e perigos; 5. devem encorajar e evocar forças para desenvolver grandes potenciais em cada um; 6. devem aprender a ser tolerantes e complacentes com os outros membros do grupo, dando-lhes oportunidade de se engajar no trabalho grupal; 7. devem cultivar uma profunda sensibilidade à liderança do grupo, pela luz do objetivo grupal; 8. devem fomentar a alegria dos outros no grupo
  • 25. SHENG O SCN como se percebe pelo conteúdo dos oitos princípios da Consciência Grupal, vem a ser um dos melhores sistemas de organização para a superação de Crises, sobretudo em condições como as que predominam contradições e embates entre Estados Econômicos e entre Ideologias, como mostra o Círculo Paradoxal da Figura 2 (SILVA, 1996 p, 18) a seguir. Sistema Cooperativado de Negócios (SCN) e as Regiões Paradoxais
  • 26. SHENG I Agroeconomia IV Infoeconomia III Economía Industrial II Economía Mercantil Artesanal Limite da Inovação e da Criatividade (C) (SC) (C) CIRCULO PARADOXAL onde: C = Conhecimento e SC = Senso Comum Figura 2 – Os quatro estágios socioeconômicos porque passou a humanidade desde 5.000 A.C. (SC) Sistema Cooperativado de Negócios (SCN) e as Regiões Paradoxais
  • 27. SHENG Destacamos que uma Região Paradoxal é aquela em que coexistem mais de um estágio socioeconômico ao mesmo tempo, os quais vêm representados pelo circulo da Figura 2, considerados como revoluções que ocorreram no Planeta desde o momento em que o Homem se fez criador de conhecimentos.
  • 28. SHENG Assim, para enfrentar uma Crise em regiões paradoxais deve-se começar pela formação de um Coletivo e pela definição de um Objetivo Comum com o que se pode construir um Processo e/ou um Sistema Cooperativado de Negócios (SCN).
  • 29. SHENG Não estamos interessados na “cooperativa” que visa solucionar um problema isolado e urgente de algumas pessoas ou de uma comunidade específica, a qual, neste caso, opera de acordo com os procedimentos associativistas que geram as associações, como temos visto em muitos exemplos ocorridos em várias cidades e comunidades que estudamos e continuamos a estudar e nas áreas de agronegócios, de educação, etc.
  • 30. SHENG A Cooperação e a Cooperatividade não começam quando surgem as dificuldades particulares e/ou pessoais, para servir de solução emergente e como forma de sobrevivência no confronto com o Caos em dado momento histórico. As Cooperativas são soluções para a prosperidade e não para a sobrevivência. A Cooperativa pode contribuir para a redução da pobreza e não para a distribuição de riqueza e nem mesmo para soluções políticas em uma comunidade.
  • 31. SHENG  A Cooperação vai mais além da emergência do Fato Social, do Fato Administrativo ou do Fato Econômico e do Fato Político porque ela deve estar presente no indivíduo antes mesmo (ou a priori) de ele se reunir com outros indivíduos para a formação do multivíduo ou grupo de interesse.  Vale dizer que as pessoas não se fragmentam para formar equipes. As pessoas se engajam e como tal são incluídas. O consenso natural que reúne a pluralidade individual não é o mesmo que unanimidade.
  • 32. SHENG A inclusividade é, por isso, um prévio requisito para que se realize a Cooperação, entre tantos outros. A Cooperação é uma Atitude que leva à Determinação das pessoas engajadas no processo cooperativo. A inclusividade não elimina a pluralidade e a liberdade individuais porque o consenso natural nasce da consciência grupal de cada cooperante por isso não existe equipe, mas multivíduos engajados.
  • 33. SHENG Pelo menos os fatores a seguir são importantes para que os indivíduos alcancem a formação do grupo e a especificação do objetivo comum (Cf. SARAYDARIAN): Eles conhecem s si mesmos; eles conhecem os outros; eles conhecem o objetivo comum; eles sabem como alcançar esse objetivo; eles apoiam, encorajam, entusiasmam uns aos outros para alcançar o objetivo
  • 34. SHENG Há casos de indivíduos que procuram entrar como membros cotistas em uma cooperativa porque sua empresa (ou sua vida) está atravessando uma grande dificuldade (...) e acreditam que no ambiente cooperativo irão obter as condições de que necessitam, no momento, para alcançar sua recuperação.
  • 35. SHENG Este é um objetivo individual e nada demais (...) que reduz a visão de grupo e distancia os indivíduos do Objetivo Comum, provocando, em pouco tempo, distorções estruturais e na harmonia, de sorte que possam ocasionar o fim do Processo Cooperativado. Na Associação predomina o Indivíduo Pessoal enquanto na Cooperativa predomina o Indivíduo Coletivo.
  • 36. SHENG O que observamos nas regiões paradoxais é que o choque entre as várias economias a um mesmo tempo, deixa o indivíduo confuso, aturdido, em um primeiro momento, levando-o a buscar as primeiras respostas a suas dificuldades (e dúvidas) como sendo aquela solução salvadora que tanto ansiava para sua situação crítica.
  • 37. SHENG Tal atitude tende a inibir a criatividade, a qual só vai se manifestar (quando consegue tal), em um segundo momento, quando o organismo já está deteriorado e caminhando para a falência (...) O individuo espera tudo do Estado, do Poder Divino e dos outros e nunca espera tudo de si mesmo (parafraseando um pensamento de Sakyamuni, o Buda).
  • 38. SHENG Na medida em que comecemos a depender menos do Estado e de suas instituições burocráticas, e passemos a depender mais dos Sistemas Cooperativados que criamos em função de um Objetivo Comum, nos tornamos mais fortes e mais capazes de superar as dificuldades inerentes ao choque das economias a que estamos sujeitos, e, portanto, mais capazes de superar as Crises.
  • 39. SHENG O Ambiente, a Missão e o SCN Ao caminhar na direção da necessidade de construir um SCN devemos estar seguros de que nossos Objetivos Individuais não irão provocar rupturas no Sistema Cooperativado. Por isso, é importante saber que uma Cooperativa é uma Organização Ser e não uma Organização Ter.
  • 40. SHENG Isto é importante porque precisamos definir, com bastante certeza e segurança, quais são nossas Missões Pessoais (MP), porque a soma delas resultará explicitamente, na Missão da Cooperativa (MC). Se nossa missão está mais coerente com nossa vontade de Ter, certamente iremos ser um complicador no ambiente Ser.
  • 41. SHENG A vontade de Ter reclama valores e lamenta, o tempo todo, a busca pela sobrevivência, dificultando o desenvolvimento da Sinergia que sustenta a Cooperatividade. A vontade de Ser agrega valores e reclama positivamente pela realização de ações que possam conduzir à prosperidade, facilitando o desenvolvimento da Sinergia que conduzirá a Cooperatividade.
  • 42. SHENG Três elementos são importantes para que se comece a promover a caminhada na direção de um Ambiente Ser que são Educação, Disciplina (no sentido de conscientização e de criação de atitudes positivas) e Ordem (como organização e modelação intrapessoal e interpessoal). A interação e o equilíbrio entre estes elementos são mostrados no diagrama de Venn da Figura 3 adiante.
  • 43. SHENG Para os fins cooperativos o Ser pode ser representado pela composição da Figura 3 formada pelos elementos Disciplina, Educação, e Ordem (que chamo Modelo DEO) como atitudes pessoais positivas, enquanto os indivíduos do tipo Ter confundem estes elementos como atitudes de interesse apenas pessoal, portanto negativa, individualista e não coletivista.
  • 45. SHENG Um SCN é um Ambiente Ser e possui uma estrutura (Organização) fragilmente heteronômica e fortemente autonômica, cuja base se deve, entre outros fatores, à existência da Consciência Grupal e de um Objetivo Comum, o qual é compartilhado igualmente e inclusivamente por todos. O Objetivo Comum tem de ser compartilhado por cada individualidade positiva, respeitando e reforçando as liberdades individuais.
  • 46. SHENG Pode-se dizer que: O SCN é um conjunto eclético e pluralista de valores e missões que procura, através da mutualidade e da reunião de energias empenhar-se pela realização plena e duradoura de um Objetivo Comum que também se denomina Objetivo Mútuo.
  • 47. SHENG Esta sequencia que resulta na Cooperação é chamada também de Mutualidade e representa a coletivização das individualidades positivas ou construtivas, das Vontades do Ser e renúncia aos valores do Ter. A Cooperativa, produto maior que concretiza as vontades e missões pessoais, é um resultado mutualista da Consciência Grupal.
  • 48. SHENG Cooperativismo, Associativismo e Coopreendedorismo  Esta nova modalidade de conhecimento (Coopreendedorismo) que envolve a dinâmica e a filosofia do Cooperativismo e as competências criativas do Empreendedorismo é um esforço maior para a diferença que separa, porém não de forma excludente, cada um destes termos quando estamos lidando com comunidades rurais nas quais há uma grande participação das mulheres como ativas empreendedoras.
  • 49. SHENG Um ponto importante a considerar é o fato de que os cooperantes, dentro de uma cooperativa, desenvolvem e aplicam capacidades empreendedoriais, enquanto que os associantes, em uma associação, não demonstram qualquer qualidade de comportamento inerente ao empreendedorismo, até mesmo aquele relativo ao Empreendedorismo Social (como nas ONG), com a mesma intensidade com que o fazem os cooperantes.
  • 50. SHENG Em outras palavras, trata-se de a questão do indivíduo e de suas relações com o mundo, visto que, seguindo as ideias de Filion (1993), os elementos que caracterizam o comportamento empreendedorial são: Os Weltanschauung (Ego, Prisma de Visão do Mundo); a Liderança; a Energia; e as Relações, os quais tanto envolvem elementos sociais quanto elementos econômicos que estão no mundo.
  • 51. SHENG Consideramos estas formas como relação intrapessoal e interpessoal. A primeira ocorre quando a pessoa traz do mundo para dentro de si valores, ideias, modelos, padrões ou paradigmas e os modelam para dar consistência ao que se denomina personalidade. A segunda forma se refere às relações que as pessoas têm com outras nos grupos de referência, na comunidade, na sociedade, utilizando seus valores, seus modelos mentais como ela adquiriu.
  • 52. SHENG Conclusão  Assim, a ideia de Coopreendedorismo tendo a organização familiar como principal promotora do empreendedorismo orientado para a redução da pobreza e estimulador da inclusão social, é bastante positiva nas comunidades rurais do Sudoeste e Oeste Baiano e se tornam, pouco a pouco, em práticas importantes, mesmo que as pessoas ainda estejam necessitando de desenvolvimento educacional consistente sobre Filosofia Cooperativista. Este processo educacional é importante a fim de poderem criar suas próprias Cooperativas em lugar de Associações politicamente aparelhadas.
  • 53. SHENG A grande dificuldade para o desenvolvimento de cooperativas em regiões paradoxais do Brasil se deve, sobretudo, às instituições políticas e à falta de uma cultura cooperativista em forma de conteúdo educacional desde os cursos elementares até o superior como base para se iniciar mudanças de valores e alcançar a formação cooperativista para contribuir com a inclusão nas zonas rurais do Brasil.
  • 54. SHENG Portanto, a saída para as Crises é o Cooperativismo para aquelas pessoas que vivem nas zonas rurais e que sabem produzir, porém não sabem vender e comercializar, o que vai precisar de um desenvolvimento coopreendedorial para avançar em termos socioeconômicos. Assim é possível enfrentar as Crises com bons resultados para os residentes naquelas regiões e conseguir uma efetiva redução da pobreza com boa elevação do IDH
  • 55. SHENG Referências  FILION, L-J. Visão e relação: Elementos para um Metamodelo de atividade empreendedora. RAE, v.33, n.6, p.50-61, Nov./Dez., 1993, São Paulo.  PROUDHON, P-J. Sistema de Contradições Econômicas ou Filosofia da Miséria. São Paulo: Escala, 2007, 2V.  SARAYDARIAN, T. A Psicologia da Cooperação e da Consciência Grupal. São Paulo: Aquariana, 1990.  SILVA, J. M. Da Economia Material à Economia Informacional: novos desafios para a Administração. Vitória da Conquista: NEPAAD/UESB, 1996.  Von OECH, R. Um ‘TOC’ na Cuca. São Paulo: Cultura.
  • 56. SHENG OBRIGADO Adm. Jovino Moreira da Silva, M. Sc. http://shengadm.blogspot.com jomosil@gmail.com