Pretende-se debater as concepções teórico-metodológicas dos estudos de usuários da informação, criticamente, considerando
a historicidade, a totalidade e as contradições da sociedade capitalista como constituidoras das práticas informacionais
dos sujeitos. As atuais abordagens de estudos de usuários da informação, tradicionais e alternativas, mostram-se
limitadas por não abarcarem a complexidade dos aspectos que formam os sujeitos e a sua constituição social. Desconsideram
a dimensão histórico-social da ação humana, focando somente a ação individual. Entende-se que, para compreender
as práticas informacionais dos sujeitos, é necessário situá-las historicamente, considerando-se que a subjetividade
não está descolada da estrutura social. Para a construção de um método ou de uma forma de olhar crítica, sugere-se
a adoção de categorias de análise desenvolvidas por Pierre Bourdieu. Apresentam-se as categorias habitus, campo
social e capital simbólico para tentar compreender as práticas informacionais construídas no cruzamento entre as
relações sociais baseadas na exploração de uma classe sobre outra (e de dominação de um grupo sobre outro) e compreender
também a percepção subjetiva dos indivíduos
INTERLOCUÇÕES ENTRE A ANÁLISE DE DOMÍNIO E OS ESTUDOS DE USUÁRIOS DA INFORMAÇ...Epic UFMG
O presente artigo propõe uma articulação entre os pressupostos da teoria de análise de
domínio, de Birger Hjørland, e os estudos de usuários da informação, visando identificar
elementos de tal teoria que podem contribuir para a abordagem social dos estudos de usuários.
Buscamos verificar, também, se e como tais pressupostos são utilizados efetivamente em
estudos empíricos de usuários. Através de revisão de literatura dos temas abordados e
recuperação de estudos empíricos na literatura nacional e internacional, realizamos análise de
conteúdo nos documentos selecionados e buscamos responder aos objetivos propostos. Como
resultado identificamos e discutimos os seguintes pontos de articulação entre os temas: o
entendimento de que o sujeito não é um ser cognoscente isolado de um contexto histórico e
sociocultural; o entendimento de que a informação é socialmente produzida, organizada,
disseminada e utilizada; a busca por uma concepção mais completa e holística do conceito de
necessidade de informação; o reconhecimento da importância do conceito de relevância para
os usuários; a compreensão de que se deve buscar um equilíbrio entre as pesquisas na CI.
Concluímos que articulação da abordagem de análise de domínio para explicar práticas
informacionais ainda são incipientes e que ainda são necessárias muitas pesquisas para que se
consolide um modelo de investigação.
O documento discute três modelos de práticas informacionais identificados na literatura da Ciência da Informação. Embora apresentem algumas semelhanças, os modelos diferem entre si por descreverem diferentes atividades e considerarem diferentes elementos como constituintes e/ou influenciadores das práticas informacionais.
Enlace entre os estudos de usuários e os paradigmas da ciência da informação:...Epic UFMG
O documento discute a evolução dos estudos de usuários e dos paradigmas da Ciência da Informação ao longo do tempo. Inicialmente, os estudos de usuários seguiam a abordagem tradicional, com foco nos aspectos quantitativos e na informação como objeto externo. Posteriormente, surgiu a abordagem alternativa, vista a informação como cognitiva. Por fim, a abordagem sociocultural enxerga a informação como construção social e os usuários como sujeitos informacionais inseridos em contextos.
O PARADIGMA SOCIAL DA INFORMAÇÃO E AS TEORIAS SOCIAIS: relações e contribuiçõesEpic UFMG
A partir dos estudos de dissertação da autora e de uma disciplina oferecida pelo Programa
de Pós-Graduação em Ciência da Informação (UFMG), em 2015, buscou-se a
compreensão do atual panorama dos estudos do paradigma social dentro de estudos de
usuários, a fim de avaliar as diversas formas de adotá-lo e desenvolvê-lo na pesquisa de
mestrado. Com a realização de uma revisão teórica dos assuntos abordados, o objetivo é
identificar de que forma os estudos do paradigma social e os estudos das teorias sociais
podem ser relacionados, a fim de contribuir para o desenvolvimento um do outro.
Observou-se que as teorias sociais do interacionismo simbólico e da etnometodologia
possuem intrínseca relação com os princípios defendidos pelo paradigma social de
estudos de usuários, identificando-se uma contribuição importante das teorias sociais
enquanto aporte teórico e metodológico para o desenvolvimento do paradigma social
dentro dos Estudos de Usuários.
ESTUDOS DE USUÁRIOS E PRÁTICAS INFORMACIONAIS: DO QUE ESTAMOS FALANDO? Epic UFMG
Este documento discute as diferenças entre estudos de Comportamento Informacional e Práticas Informacionais no campo de estudos de usuários da informação. Apresenta uma breve história do desenvolvimento deste campo e como a Teoria Social influenciou o conceito de Práticas Informacionais, que aborda as ações e significados dos sujeitos informacionais em diferentes contextos sociais.
Usuários da informação sob a perspectiva fenomenológica: revisão de literatur...Epic UFMG
1. O documento discute como a fenomenologia, especialmente a fenomenologia social de Alfred Schutz, pode contribuir para os estudos de usuários da informação, reforçando o movimento de alargamento das fronteiras da Ciência da Informação.
2. A fenomenologia busca compreender os fenômenos da forma como são vivenciados pelos sujeitos, sem buscar explicações causais, o que pode ajudar a entender os processos de busca e uso da informação.
3. A perspectiva fenomenológica é compatível com o chamado paradigma social
Práticas informacionais: nova abordagem para os estudos de usuários da inform...Epic UFMG
Objetivo. O estudo apresenta abordagens de pesquisa em práticas informacionais e suas implicações para o delineamento
de estudos no âmbito do campo de usuários da informação
PRÁTICAS INFORMACIONAIS: desafios teóricos e empíricos de pesquisaEpic UFMG
Neste texto busca-se apresentar a proposta de um grupo de pesquisa brasileiro voltado para o estudo das práticas informacionais. Para tanto, descreve-se o campo de estudos de usuários e a recente abordagem social, dentro da qual se desenvolve o conceito de práticas informacionais. Na sequência, são apresentados três estudos empíricos conduzidos nessa linha e, em seguida, um histórico das diversas pesquisas conduzidas pelo grupo. Ao final, avalia-se o estado atual da proposta, sua contribuição para o campo e possíveis desdobramentos futuros.
INTERLOCUÇÕES ENTRE A ANÁLISE DE DOMÍNIO E OS ESTUDOS DE USUÁRIOS DA INFORMAÇ...Epic UFMG
O presente artigo propõe uma articulação entre os pressupostos da teoria de análise de
domínio, de Birger Hjørland, e os estudos de usuários da informação, visando identificar
elementos de tal teoria que podem contribuir para a abordagem social dos estudos de usuários.
Buscamos verificar, também, se e como tais pressupostos são utilizados efetivamente em
estudos empíricos de usuários. Através de revisão de literatura dos temas abordados e
recuperação de estudos empíricos na literatura nacional e internacional, realizamos análise de
conteúdo nos documentos selecionados e buscamos responder aos objetivos propostos. Como
resultado identificamos e discutimos os seguintes pontos de articulação entre os temas: o
entendimento de que o sujeito não é um ser cognoscente isolado de um contexto histórico e
sociocultural; o entendimento de que a informação é socialmente produzida, organizada,
disseminada e utilizada; a busca por uma concepção mais completa e holística do conceito de
necessidade de informação; o reconhecimento da importância do conceito de relevância para
os usuários; a compreensão de que se deve buscar um equilíbrio entre as pesquisas na CI.
Concluímos que articulação da abordagem de análise de domínio para explicar práticas
informacionais ainda são incipientes e que ainda são necessárias muitas pesquisas para que se
consolide um modelo de investigação.
O documento discute três modelos de práticas informacionais identificados na literatura da Ciência da Informação. Embora apresentem algumas semelhanças, os modelos diferem entre si por descreverem diferentes atividades e considerarem diferentes elementos como constituintes e/ou influenciadores das práticas informacionais.
Enlace entre os estudos de usuários e os paradigmas da ciência da informação:...Epic UFMG
O documento discute a evolução dos estudos de usuários e dos paradigmas da Ciência da Informação ao longo do tempo. Inicialmente, os estudos de usuários seguiam a abordagem tradicional, com foco nos aspectos quantitativos e na informação como objeto externo. Posteriormente, surgiu a abordagem alternativa, vista a informação como cognitiva. Por fim, a abordagem sociocultural enxerga a informação como construção social e os usuários como sujeitos informacionais inseridos em contextos.
O PARADIGMA SOCIAL DA INFORMAÇÃO E AS TEORIAS SOCIAIS: relações e contribuiçõesEpic UFMG
A partir dos estudos de dissertação da autora e de uma disciplina oferecida pelo Programa
de Pós-Graduação em Ciência da Informação (UFMG), em 2015, buscou-se a
compreensão do atual panorama dos estudos do paradigma social dentro de estudos de
usuários, a fim de avaliar as diversas formas de adotá-lo e desenvolvê-lo na pesquisa de
mestrado. Com a realização de uma revisão teórica dos assuntos abordados, o objetivo é
identificar de que forma os estudos do paradigma social e os estudos das teorias sociais
podem ser relacionados, a fim de contribuir para o desenvolvimento um do outro.
Observou-se que as teorias sociais do interacionismo simbólico e da etnometodologia
possuem intrínseca relação com os princípios defendidos pelo paradigma social de
estudos de usuários, identificando-se uma contribuição importante das teorias sociais
enquanto aporte teórico e metodológico para o desenvolvimento do paradigma social
dentro dos Estudos de Usuários.
ESTUDOS DE USUÁRIOS E PRÁTICAS INFORMACIONAIS: DO QUE ESTAMOS FALANDO? Epic UFMG
Este documento discute as diferenças entre estudos de Comportamento Informacional e Práticas Informacionais no campo de estudos de usuários da informação. Apresenta uma breve história do desenvolvimento deste campo e como a Teoria Social influenciou o conceito de Práticas Informacionais, que aborda as ações e significados dos sujeitos informacionais em diferentes contextos sociais.
Usuários da informação sob a perspectiva fenomenológica: revisão de literatur...Epic UFMG
1. O documento discute como a fenomenologia, especialmente a fenomenologia social de Alfred Schutz, pode contribuir para os estudos de usuários da informação, reforçando o movimento de alargamento das fronteiras da Ciência da Informação.
2. A fenomenologia busca compreender os fenômenos da forma como são vivenciados pelos sujeitos, sem buscar explicações causais, o que pode ajudar a entender os processos de busca e uso da informação.
3. A perspectiva fenomenológica é compatível com o chamado paradigma social
Práticas informacionais: nova abordagem para os estudos de usuários da inform...Epic UFMG
Objetivo. O estudo apresenta abordagens de pesquisa em práticas informacionais e suas implicações para o delineamento
de estudos no âmbito do campo de usuários da informação
PRÁTICAS INFORMACIONAIS: desafios teóricos e empíricos de pesquisaEpic UFMG
Neste texto busca-se apresentar a proposta de um grupo de pesquisa brasileiro voltado para o estudo das práticas informacionais. Para tanto, descreve-se o campo de estudos de usuários e a recente abordagem social, dentro da qual se desenvolve o conceito de práticas informacionais. Na sequência, são apresentados três estudos empíricos conduzidos nessa linha e, em seguida, um histórico das diversas pesquisas conduzidas pelo grupo. Ao final, avalia-se o estado atual da proposta, sua contribuição para o campo e possíveis desdobramentos futuros.
O objetivo deste texto é apresentar a perspectiva de estudos de usuários da informação que
se desenvolve a partir do conceito de “práticas informacionais”. Para isso, inicialmente, é
apresentado o quadro intelectual das ciências humanas e sociais de onde o conceito de
origina. A seguir, apresenta-se um histórico dos estudos de usuários a partir das noções de
“estudos de uso” e “comportamento informacional”, evidenciando-se em que a abordagem
das práticas informacionais diferencia-se destas. Por fim, são apresentados e discutidos
alguns estudos recentes em práticas informacionais como forma de se compreender a
especificidade desta abordagem.
ESTUDOS DE USUÁRIOS CONFORME O PARADIGMA SOCIAL DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO: DES...Epic UFMG
Apresenta exemplos concretos de questões surgidas no âmbito de estudos de usuários
da informação realizados conforme o paradigma social da Ciência da Informação. Em
primeiro lugar mostra um quadro teórico dos estudos de usuários e os desafios
contemporâneos que se colocam para o campo da pesquisa e do ensino. Utiliza
exemplos de pesquisas realizadas no escopo da disciplina Usuários da Informação como
forma de problematizar alguns aspectos relativos a essa aproximação. Conclui que a
realização tais estudos pelo paradigma social acarreta novos problemas até então pouco
discutidos no campo e reforça ainda a característica de ciência humana e social dos
estudos de usuários da informação.
Práticas informacionais dos visitantes do Museu Itinerante Ponto UFMGEpic UFMG
Este artigo explora a interação de visitantes com informações em um museu itinerante, analisando suas práticas informacionais através de observação e entrevistas. Os resultados mostram que diversos fatores influenciam como os visitantes interagem com os elementos do museu, e que os relatos nem sempre correspondem às observações feitas.
PARADIGMA SOCIAL NOS ESTUDOS DE USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO: abordagem interacionistaEpic UFMG
O objetivo deste texto é aproximar a discussão de Rafael
Capurro sobre o “paradigma social” da Ciência da Informação
com os avanços recentes no campo dos estudos de usuários
da informação. Como resultado dessa aproximação, defende-
se o desenvolvimento de uma “abordagem interacionista”
para o campo. A viabilidade de tal proposta é discutida e
avaliada a partir do exame dos resultados de pesquisa de
cinco dissertações de mestrado defendidas recentemente e
debatidas à luz de categorias e conceitos de autores ligados
às abordagens interacionistas e sócio-culturais da Ciência da
Informação e das ciências humanas e sociais.
Práticas pedagógicas na área de usuários da informação em três universidades ...Epic UFMG
Apresenta estudo comparativo das práticas pedagógicas adotadas na condução das
disciplinas relativas ao tema Usuários da Informação em três universidades de diferentes países:
Brasil, Uruguai e Espanha. Com diferentes denominações, a disciplina é oferecida nas
instituições avaliadas para os cursos de Museologia, Arquivologia e Biblioteconomia. Como
procedimento metodológico adotou-se a análise documental em que foram comparados
documentos fornecidos pelos docentes das disciplinas envolvendo: os planos de ensino, a
fundamentação para a escolha bibliográfica, os métodos de ensino, as atividades didáticas
adotadas em sala de aula e os procedimentos de avaliação de cada disciplina. Os principais
resultados apresentam que as instituições ibero-americanas avaliadas têm, em comum, o fato de
abordarem os estudos de usuários conforme seus paradigmas teóricos, além de que em todos os
casos as disciplinas contemplam tanto aspectos teóricos quanto práticas investigativas. Tais
práticas propiciam aos discentes a oportunidade de investigar empiricamente os usuários da
informação em diversificados contextos, sejam eles dentro das instituições (museus, arquivos,
bibliotecas ou outras instituições documentais ou de memória), sejam fora desses ambientes
envolvendo práticas informacionais no contexto organizacional, científico ou ainda no
cotidiano.
ESTUDOS DE USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO: comparação entre estudos de uso, de compor...Epic UFMG
O objetivo deste artigo é apresentar as três abordagens existentes de estudos de usuários da informação: os estudos de uso, os estudos de comportamento informacional e os estudos de práticas informacionais. Após breve apresentação, passa-se à aplicação das categorias de cada uma delas a uma pesquisa empírica realizada com usuários de uma biblioteca de uma casa de apoio para pacientes em tratamento médico relativo a uma doença específica. Busca-se com isso demonstrar, de maneira didática, quais as contribuições e os limites de cada perspectiva de estudo, concluindo-se pela necessidade e importância de que todas sejam estudadas e façam parte do repertório de pesquisadores e profissionais.
Necessidades de otimização dos processos de planejamento e operacionalização ...Rodrigo Moreira Garcia
Este documento discute um estudo sobre o comportamento de busca de informações em bases de dados por alunos de pós-graduação. O estudo observou como os alunos conduziam buscas em bases de dados e identificou problemas que dificultavam o uso pleno do potencial das bases para recuperação de informação, como desconhecimento e dificuldades com interfaces. Os resultados sugerem que estudos sobre o comportamento de busca de usuários podem contribuir para o desenvolvimento de competências para busca e recuperação de informação de forma efetiva.
Partindo de um histórico das pesquisas participativas nos seus diferentes momentos de constituição e propostas relativas às mudanças na produção de conhecimento, na visão de vários autores, o texto tem como perspectiva apresentar e discutir os pressupostos teórico-metodológicos da pesquisa. Busca, também, discutir a pesquisa participativa como uma ação que abre a possibilidade de interconexão entre a pesquisa e a extensão no viver universitário. Entender que a necessidade da convivência na pesquisa como um observador que se torna dependente, produz uma rede de conversações que constitui o domínio explicativo científico, a qual é tomada para compreender as possibilidades de exercício da função de pesquisador, bem como as implicações éticas decorrentes. Assim, é possível que a pesquisa participativa possa constituir-se como algo a permanecer por um longo tempo, quando propõe uma perspectiva metodológica de ação capaz de sustentar trabalhos para além da pesquisa propriamente dita.
O documento discute as redes sociotécnicas e como elas influenciam a produção e disseminação do conhecimento em saúde. Apresenta conceitos de redes sociais e como elas podem ser analisadas. Defende uma abordagem interdisciplinar entre ciências sociais, informação e saúde para compreender como as posições dos atores nas redes afetam a circulação da informação.
O documento apresenta uma proposta de pesquisa participante realizada por estudantes de licenciatura em matemática da Universidade do Estado da Bahia. A pesquisa aborda o conceito de pesquisa participante, suas características, uma proposta de modelo com quatro fases e problemas comuns a esse tipo de pesquisa, como a definição da linguagem utilizada.
Percebe-se uma grande preocupação quanto ao desempenho acadêmico em relação à cultura individual do estudante de nível superior diante de uma pesquisa participativa. Deste modo, faz-se necessária a introdução do processo de aprendizagem como algo natural dentro do meio científico, já que esse tipo de intervenção existe rotineiramente a fim de que o indivíduo pensante saiba intervir não só na sua realidade, mas também mudar o meio em que está inserido. Identificar os determinantes do desempenho educacional na formação docente dos acadêmicos com a pesquisa participativa. Trata-se de um estudo com delineamento descritivo, observacional do tipo retrospectivo, considerando como variáveis: individualidade, coletividade e os determinantes do desempenho educacional. Os dados foram analisados por meio dos diferentes tipos de pesquisa: participativa/participante, de intervenção e pesquisa-ação, nos quais foi identificado o impacto da disponibilidade e qualidade dos serviços educacionais, as atratividades no mercado de trabalho e a influência dos recursos familiares. Espera-se que, com a introdução do processo de aprendizagem na formação docente os acadêmicos tornem-se indivíduos pensantes capazes de intervir na própria realidade quanto no meio em que está inserido.
Aula 1 - Cobertura e indexação das bases de dadosLeticia Strehl
O documento apresenta os componentes e paradigmas da recuperação da informação, incluindo: (1) o conjunto de documentos, métodos de indexação e pontos de acesso, (2) abordagens orientadas a sistemas versus usuários e tarefas versus integrativas, e (3) o uso de citações e folksonomias na representação de conceitos.
1. O documento discute a pesquisa participante, resumindo suas principais características e críticas à pesquisa tradicional.
2. A pesquisa participante surgiu como uma alternativa à pesquisa tradicional nas ciências sociais, visando maior envolvimento da comunidade nos processos de pesquisa.
3. O autor discute os diferentes tipos de pesquisa, incluindo pesquisa teórica, metodológica, empírica e prática, defendendo uma abordagem que integre todos esses aspectos de forma participativa.
O documento discute os princípios e métodos da pesquisa participante. A pesquisa participante envolve a participação do pesquisador e dos sujeitos pesquisados, visando a intervenção na realidade social. Ela busca compreender as condições locais para definir os métodos adequados a cada contexto.
1. O documento apresenta uma análise de estudos nas ciências sociais que tiveram ambientes virtuais como campo de pesquisa, com foco nas estratégias metodológicas desenvolvidas.
2. O objetivo é conhecer como os pesquisadores lidaram com as peculiaridades do ambiente virtual e observar o surgimento de novos conceitos metodológicos.
3. O documento discute a construção do conhecimento científico e a metodologia de pesquisa no contexto da sociedade da informação e como a internet
O documento discute pesquisa participante, definindo-a como uma forma de investigação que envolve a comunidade na análise de sua própria realidade para promover transformação social. Ele apresenta os métodos qualitativo e quantitativo de pesquisa, as características e objetivos da pesquisa participante, além de propor um modelo com quatro fases para sua aplicação e discutir problemas relacionados a essa abordagem.
Análise da metodologia da dissertação de Tanikado (2010), baseada na pesquisa intervenção. Atividade da disciplina Seminário de Pesquisa em Inclusão do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Alagoas.
Este capítulo descreve a metodologia utilizada na pesquisa, incluindo: (1) a pesquisa é do tipo exploratória e qualitativa, baseada em estudo de caso único da Eletrobrás, (2) os dados foram coletados por meio de pesquisa documental, entrevistas e observação participante, (3) a análise utiliza abordagem não-convencional para compreender os fenômenos organizacionais.
Seminário apresentado durante a disciplina Bases Epistemológicas de Organização do Conhecimento ministrada pelo Prof. Dr. José Augusto Chaves Guimarães
O desafio do conhecimento pesquisa qualitativa em saúderegianesobrinho
1) O livro discute pesquisa qualitativa em saúde, abordando conceitos, correntes de pensamento e métodos.
2) A autora analisa positivismo, sociologia compreensiva, marxismo e pensamento sistêmico, defendendo uma abordagem que una objetividade e subjetividade.
3) O livro fornece detalhes sobre técnicas de pesquisa qualitativa como observação, entrevistas e análise de dados, visando ajudar pesquisadores a compreender e aplicar melhor esses métodos.
O documento discute estudos de usuários, abordando suas definições, origens, abordagens tradicionais e alternativas. As abordagens alternativas incluem modelos centrados no usuário e na construção social de significados. Estudos de usuários em saúde e informação são examinados, assim como subáreas como aquisição e busca de conhecimento e usabilidade.
Cultura informacional: um estudo em uma empresa de grande porteLeonardo Moraes
Com base em uma revisão literatura das áreas de ciência da informação, teoria organizacional e sistemas de informação, foram desenvolvidos um modelo conceitual e
procedimentos metodológicos para a identificação e interpretação de elementos constituintes da cultura informacional. Uma pesquisa empírica, com a participação de 208 profissionais, foi realizada para analisar a cultura informacional de uma organização de grande porte. Mediante o uso da análise de componentes principais, os dados permitiram identificar as variáveis mais significativas dos valores e comportamentos informacionais da organização estudada. Essas
variáveis são ‘percepção da utilidade da informação’; ‘rede de contatos’; ‘pró-atividade’; ‘controle’ e ‘nível de confiança nas TICs’. Os resultados da pesquisa sugerem que o conceito e a metodologia propostos podem ser utilizados em pesquisas futuras sobre a cultura informacional.
O objetivo deste texto é apresentar a perspectiva de estudos de usuários da informação que
se desenvolve a partir do conceito de “práticas informacionais”. Para isso, inicialmente, é
apresentado o quadro intelectual das ciências humanas e sociais de onde o conceito de
origina. A seguir, apresenta-se um histórico dos estudos de usuários a partir das noções de
“estudos de uso” e “comportamento informacional”, evidenciando-se em que a abordagem
das práticas informacionais diferencia-se destas. Por fim, são apresentados e discutidos
alguns estudos recentes em práticas informacionais como forma de se compreender a
especificidade desta abordagem.
ESTUDOS DE USUÁRIOS CONFORME O PARADIGMA SOCIAL DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO: DES...Epic UFMG
Apresenta exemplos concretos de questões surgidas no âmbito de estudos de usuários
da informação realizados conforme o paradigma social da Ciência da Informação. Em
primeiro lugar mostra um quadro teórico dos estudos de usuários e os desafios
contemporâneos que se colocam para o campo da pesquisa e do ensino. Utiliza
exemplos de pesquisas realizadas no escopo da disciplina Usuários da Informação como
forma de problematizar alguns aspectos relativos a essa aproximação. Conclui que a
realização tais estudos pelo paradigma social acarreta novos problemas até então pouco
discutidos no campo e reforça ainda a característica de ciência humana e social dos
estudos de usuários da informação.
Práticas informacionais dos visitantes do Museu Itinerante Ponto UFMGEpic UFMG
Este artigo explora a interação de visitantes com informações em um museu itinerante, analisando suas práticas informacionais através de observação e entrevistas. Os resultados mostram que diversos fatores influenciam como os visitantes interagem com os elementos do museu, e que os relatos nem sempre correspondem às observações feitas.
PARADIGMA SOCIAL NOS ESTUDOS DE USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO: abordagem interacionistaEpic UFMG
O objetivo deste texto é aproximar a discussão de Rafael
Capurro sobre o “paradigma social” da Ciência da Informação
com os avanços recentes no campo dos estudos de usuários
da informação. Como resultado dessa aproximação, defende-
se o desenvolvimento de uma “abordagem interacionista”
para o campo. A viabilidade de tal proposta é discutida e
avaliada a partir do exame dos resultados de pesquisa de
cinco dissertações de mestrado defendidas recentemente e
debatidas à luz de categorias e conceitos de autores ligados
às abordagens interacionistas e sócio-culturais da Ciência da
Informação e das ciências humanas e sociais.
Práticas pedagógicas na área de usuários da informação em três universidades ...Epic UFMG
Apresenta estudo comparativo das práticas pedagógicas adotadas na condução das
disciplinas relativas ao tema Usuários da Informação em três universidades de diferentes países:
Brasil, Uruguai e Espanha. Com diferentes denominações, a disciplina é oferecida nas
instituições avaliadas para os cursos de Museologia, Arquivologia e Biblioteconomia. Como
procedimento metodológico adotou-se a análise documental em que foram comparados
documentos fornecidos pelos docentes das disciplinas envolvendo: os planos de ensino, a
fundamentação para a escolha bibliográfica, os métodos de ensino, as atividades didáticas
adotadas em sala de aula e os procedimentos de avaliação de cada disciplina. Os principais
resultados apresentam que as instituições ibero-americanas avaliadas têm, em comum, o fato de
abordarem os estudos de usuários conforme seus paradigmas teóricos, além de que em todos os
casos as disciplinas contemplam tanto aspectos teóricos quanto práticas investigativas. Tais
práticas propiciam aos discentes a oportunidade de investigar empiricamente os usuários da
informação em diversificados contextos, sejam eles dentro das instituições (museus, arquivos,
bibliotecas ou outras instituições documentais ou de memória), sejam fora desses ambientes
envolvendo práticas informacionais no contexto organizacional, científico ou ainda no
cotidiano.
ESTUDOS DE USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO: comparação entre estudos de uso, de compor...Epic UFMG
O objetivo deste artigo é apresentar as três abordagens existentes de estudos de usuários da informação: os estudos de uso, os estudos de comportamento informacional e os estudos de práticas informacionais. Após breve apresentação, passa-se à aplicação das categorias de cada uma delas a uma pesquisa empírica realizada com usuários de uma biblioteca de uma casa de apoio para pacientes em tratamento médico relativo a uma doença específica. Busca-se com isso demonstrar, de maneira didática, quais as contribuições e os limites de cada perspectiva de estudo, concluindo-se pela necessidade e importância de que todas sejam estudadas e façam parte do repertório de pesquisadores e profissionais.
Necessidades de otimização dos processos de planejamento e operacionalização ...Rodrigo Moreira Garcia
Este documento discute um estudo sobre o comportamento de busca de informações em bases de dados por alunos de pós-graduação. O estudo observou como os alunos conduziam buscas em bases de dados e identificou problemas que dificultavam o uso pleno do potencial das bases para recuperação de informação, como desconhecimento e dificuldades com interfaces. Os resultados sugerem que estudos sobre o comportamento de busca de usuários podem contribuir para o desenvolvimento de competências para busca e recuperação de informação de forma efetiva.
Partindo de um histórico das pesquisas participativas nos seus diferentes momentos de constituição e propostas relativas às mudanças na produção de conhecimento, na visão de vários autores, o texto tem como perspectiva apresentar e discutir os pressupostos teórico-metodológicos da pesquisa. Busca, também, discutir a pesquisa participativa como uma ação que abre a possibilidade de interconexão entre a pesquisa e a extensão no viver universitário. Entender que a necessidade da convivência na pesquisa como um observador que se torna dependente, produz uma rede de conversações que constitui o domínio explicativo científico, a qual é tomada para compreender as possibilidades de exercício da função de pesquisador, bem como as implicações éticas decorrentes. Assim, é possível que a pesquisa participativa possa constituir-se como algo a permanecer por um longo tempo, quando propõe uma perspectiva metodológica de ação capaz de sustentar trabalhos para além da pesquisa propriamente dita.
O documento discute as redes sociotécnicas e como elas influenciam a produção e disseminação do conhecimento em saúde. Apresenta conceitos de redes sociais e como elas podem ser analisadas. Defende uma abordagem interdisciplinar entre ciências sociais, informação e saúde para compreender como as posições dos atores nas redes afetam a circulação da informação.
O documento apresenta uma proposta de pesquisa participante realizada por estudantes de licenciatura em matemática da Universidade do Estado da Bahia. A pesquisa aborda o conceito de pesquisa participante, suas características, uma proposta de modelo com quatro fases e problemas comuns a esse tipo de pesquisa, como a definição da linguagem utilizada.
Percebe-se uma grande preocupação quanto ao desempenho acadêmico em relação à cultura individual do estudante de nível superior diante de uma pesquisa participativa. Deste modo, faz-se necessária a introdução do processo de aprendizagem como algo natural dentro do meio científico, já que esse tipo de intervenção existe rotineiramente a fim de que o indivíduo pensante saiba intervir não só na sua realidade, mas também mudar o meio em que está inserido. Identificar os determinantes do desempenho educacional na formação docente dos acadêmicos com a pesquisa participativa. Trata-se de um estudo com delineamento descritivo, observacional do tipo retrospectivo, considerando como variáveis: individualidade, coletividade e os determinantes do desempenho educacional. Os dados foram analisados por meio dos diferentes tipos de pesquisa: participativa/participante, de intervenção e pesquisa-ação, nos quais foi identificado o impacto da disponibilidade e qualidade dos serviços educacionais, as atratividades no mercado de trabalho e a influência dos recursos familiares. Espera-se que, com a introdução do processo de aprendizagem na formação docente os acadêmicos tornem-se indivíduos pensantes capazes de intervir na própria realidade quanto no meio em que está inserido.
Aula 1 - Cobertura e indexação das bases de dadosLeticia Strehl
O documento apresenta os componentes e paradigmas da recuperação da informação, incluindo: (1) o conjunto de documentos, métodos de indexação e pontos de acesso, (2) abordagens orientadas a sistemas versus usuários e tarefas versus integrativas, e (3) o uso de citações e folksonomias na representação de conceitos.
1. O documento discute a pesquisa participante, resumindo suas principais características e críticas à pesquisa tradicional.
2. A pesquisa participante surgiu como uma alternativa à pesquisa tradicional nas ciências sociais, visando maior envolvimento da comunidade nos processos de pesquisa.
3. O autor discute os diferentes tipos de pesquisa, incluindo pesquisa teórica, metodológica, empírica e prática, defendendo uma abordagem que integre todos esses aspectos de forma participativa.
O documento discute os princípios e métodos da pesquisa participante. A pesquisa participante envolve a participação do pesquisador e dos sujeitos pesquisados, visando a intervenção na realidade social. Ela busca compreender as condições locais para definir os métodos adequados a cada contexto.
1. O documento apresenta uma análise de estudos nas ciências sociais que tiveram ambientes virtuais como campo de pesquisa, com foco nas estratégias metodológicas desenvolvidas.
2. O objetivo é conhecer como os pesquisadores lidaram com as peculiaridades do ambiente virtual e observar o surgimento de novos conceitos metodológicos.
3. O documento discute a construção do conhecimento científico e a metodologia de pesquisa no contexto da sociedade da informação e como a internet
O documento discute pesquisa participante, definindo-a como uma forma de investigação que envolve a comunidade na análise de sua própria realidade para promover transformação social. Ele apresenta os métodos qualitativo e quantitativo de pesquisa, as características e objetivos da pesquisa participante, além de propor um modelo com quatro fases para sua aplicação e discutir problemas relacionados a essa abordagem.
Análise da metodologia da dissertação de Tanikado (2010), baseada na pesquisa intervenção. Atividade da disciplina Seminário de Pesquisa em Inclusão do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Alagoas.
Este capítulo descreve a metodologia utilizada na pesquisa, incluindo: (1) a pesquisa é do tipo exploratória e qualitativa, baseada em estudo de caso único da Eletrobrás, (2) os dados foram coletados por meio de pesquisa documental, entrevistas e observação participante, (3) a análise utiliza abordagem não-convencional para compreender os fenômenos organizacionais.
Seminário apresentado durante a disciplina Bases Epistemológicas de Organização do Conhecimento ministrada pelo Prof. Dr. José Augusto Chaves Guimarães
O desafio do conhecimento pesquisa qualitativa em saúderegianesobrinho
1) O livro discute pesquisa qualitativa em saúde, abordando conceitos, correntes de pensamento e métodos.
2) A autora analisa positivismo, sociologia compreensiva, marxismo e pensamento sistêmico, defendendo uma abordagem que una objetividade e subjetividade.
3) O livro fornece detalhes sobre técnicas de pesquisa qualitativa como observação, entrevistas e análise de dados, visando ajudar pesquisadores a compreender e aplicar melhor esses métodos.
O documento discute estudos de usuários, abordando suas definições, origens, abordagens tradicionais e alternativas. As abordagens alternativas incluem modelos centrados no usuário e na construção social de significados. Estudos de usuários em saúde e informação são examinados, assim como subáreas como aquisição e busca de conhecimento e usabilidade.
Cultura informacional: um estudo em uma empresa de grande porteLeonardo Moraes
Com base em uma revisão literatura das áreas de ciência da informação, teoria organizacional e sistemas de informação, foram desenvolvidos um modelo conceitual e
procedimentos metodológicos para a identificação e interpretação de elementos constituintes da cultura informacional. Uma pesquisa empírica, com a participação de 208 profissionais, foi realizada para analisar a cultura informacional de uma organização de grande porte. Mediante o uso da análise de componentes principais, os dados permitiram identificar as variáveis mais significativas dos valores e comportamentos informacionais da organização estudada. Essas
variáveis são ‘percepção da utilidade da informação’; ‘rede de contatos’; ‘pró-atividade’; ‘controle’ e ‘nível de confiança nas TICs’. Os resultados da pesquisa sugerem que o conceito e a metodologia propostos podem ser utilizados em pesquisas futuras sobre a cultura informacional.
ESTUDOS DE USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO: comparação entre estudos de uso, de compor...Epic UFMG
1. O documento descreve três abordagens para estudos de usuários da informação: estudos de uso, estudos de comportamento informacional e estudos de práticas informacionais.
2. Ele aplica essas três abordagens para analisar os resultados de duas pesquisas empíricas realizadas com usuários de uma biblioteca médica.
3. O objetivo é demonstrar de forma didática as contribuições e limitações de cada perspectiva e concluir sobre a importância de estudar todas elas.
O comportamento do usuário final na recuperação temática da informação: um es...Rodrigo Moreira Garcia
A survey with a representative sample of postgraduates of a Paulista University had the purpose of making a check on interaction between final users and bibliographical database, and identifying need for programs optimization to develop informational competences. Data were collected through questionnaires, and the results indicated that the majority of the subjects had difficulty to make their searches thus usually asking for help to an intermediary. Therefore the conclusion reached indicated the need for investing in strategies to promote final users' informational competences, and that other studies on the subject are still necessary in our country.
Garcia, Rodrigo-Moreira and Silva, Helen-de-Castro O comportamento do usuário final na recuperação temática da informação: um estudo com pós-graduandos da UNESP de Marília. DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação, 2005, vol. 6, n. 3. [Journal Article (On-line/Unpaginated)] http://eprints.rclis.org/15400/
Seminário "Informação na perspectiva da Ciência da Informação"Solange Santana
Seminário "Informação na perspectiva da Ciência da Informação"
Texto base:
KOBASHI, N.Y.,; TÁLAMO, M.F.G.M. Informação: fenômeno e objeto de estudo da sociedade contemporânea. Transinformação, v. 15, n. esp., 2003, p. 7-21.
O documento discute o paradigma emergente da Ciência da Informação focado no usuário, conhecido como Sense-Making. Este novo paradigma enfatiza pesquisas qualitativas sobre as necessidades, interesses e uso da informação pelos usuários. A metodologia Sense-Making desenvolvida por Brenda Dervin tem sido amplamente utilizada para compreender como os usuários constroem significado.
A interoperabilidade na construção de tesauros e ontologias cidaAdrianelegnani
O documento discute a interoperabilidade entre ferramentas ontológicas e redes sociais na construção de tesauros e ontologias em ambientes digitais. A digitalização da informação exige alterações nas metodologias de elaboração de instrumentos de representação da informação. As ferramentas ontológicas permitem a interoperabilidade e compartilhamento de informações na Web 2.0, enquanto as redes sociais ad hoc podem validar termos em domínios de conhecimento.
Informação e sociedade-_estudos-20(3)2010-etica,_responsabilidade_social_e_ge...Denise Antunes
Este documento discute a importância da gestão da informação para promover a responsabilidade social nas organizações de forma ética. A participação do público interno no processo de gestão é essencial para legitimar os esforços da organização. O profissional de Ciência da Informação deve mobilizar o público interno e desenvolver estratégias de acordo com princípios éticos para gerenciar a informação no âmbito organizacional.
Este documento discute a avaliação de sistemas de informação em hospitais do estado de Santa Catarina no Brasil. O objetivo é mapear as tecnologias de informação utilizadas e identificar como a gestão dos sistemas de informação é realizada. A pesquisa é parte de um projeto nacional que visa entender a gestão de sistemas e tecnologias da informação em hospitais brasileiros.
Este documento apresenta uma pesquisa sobre a avaliação de sistemas de informação em hospitais públicos e filantrópicos de Santa Catarina, Brasil. O estudo mapeou as tecnologias da informação utilizadas e identificou como a gestão dos sistemas de informação é realizada. A pesquisa mostrou que contexto, pessoas e tecnologia se influenciam mutuamente e que variáveis contextuais determinam a configuração da tecnologia da informação e sua gestão nos hospitais estudados.
O documento discute o futuro da Biblioteconomia em uma sociedade digital. Aponta que a Biblioteconomia precisa se adaptar ao novo paradigma da informação digital, desenvolvendo novas metodologias para organizar e recuperar informação independentemente do suporte. Também destaca a necessidade de preparar usuários e profissionais para lidar com a abundância de informação online e as novas formas de interação com a informação.
Cultura informacional - proposta de modelo com foco organizacionalLeonardo Moraes
Este documento discute a cultura informacional em contextos organizacionais. Primeiro, apresenta as mudanças tecnológicas que têm afetado as sociedades contemporâneas e as organizações. Em seguida, destaca a importância de se investigar a cultura informacional e suas relações com aspectos como desempenho organizacional e gestão da informação. Por fim, discute as diferentes definições de cultura informacional e a necessidade de se desenvolver um modelo conceitual unificado para este construto.
ATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 522023.pdftrabs57
O documento descreve uma atividade de Formação Sociocultural e Ética II com 10 questões sobre ciência, pesquisa e métodos científicos. As questões abordam tópicos como indução, dedução, responsabilidade social das universidades e importância da pesquisa qualitativa.
Jogos digitais educacionais e educação científica: reconhecendo perspectivas ...hawbertt
A busca por perspectivas de apoio a formação de uma sociedade democrática e participativa, motiva-nos a compor este texto que busca refletir acerca das relações epistemológicas e potencialmente pedagógicas da modelagem e aplicação de Jogos Digitais Educacionais ao contexto da Educação em Ciências. Voltando o olhar à discussão da participação pública no aperfeiçoamento de processos de gestão; relacionamos o letramento científico, às questões do uso das mídias e tecnologias na educação científica, como estratégias contextualizadoras e articuladoras das dimensões políticas, sociológicas, psicológicas e cognitivas dos atores envolvidos nestes contextos. Neste artigo compomos breve revisão de literatura, indicativa de alguns objetivos e obstáculos à formulação de políticas científicas concomitantes ao estímulo de compreensão e participação pública; e as correlacionamos às possibilidades pedagógicas dos jogos que propomos discutir.
O documento discute a importância das competências em informação para a pesquisa científica. A sociedade atual depende da informação para o seu desenvolvimento, e indivíduos precisam saber localizar, avaliar e usar informações de forma efetiva. Treinamentos são vistos como uma forma de promover essas competências, complementando a educação formal.
Sondagens de opinião como instrumentos de comunicação institucional: estudo d...Murilo Pinto
Este documento resume um estudo de caso sobre uma pesquisa de opinião pública encomendada pelo Superior Tribunal de Justiça em 2006. A pesquisa apresentou problemas metodológicos e operacionais, resultando em informações de baixa qualidade e relevância. O documento critica a pesquisa e discute em que medida sondagens externas podem ser ferramentas válidas para definir estratégias de comunicação.
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Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
Quer aprender inglês e espanhol de um jeito divertido? Aqui você encontra atividades legais para imprimir e usar. É só imprimir e começar a brincar enquanto aprende!
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
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Livro integrado para professores da eja analisarem, como sugestão para ser adotado nas escolas que oferecem a educação de jovens e adultos.
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Contribuição ao campo de usuários da informação: em busca dos paradoxos das práticas informacionais
1. PARADOXODASPRÁTICASINFORMACIONAIS
219
TransInformação, Campinas, 24(3):219-226, set./dez., 2012
ARTIGOARTIGO
1
Mestranda, Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Ciência da Informação, Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação. Av. Antônio
Carlos, 6627, Pampulha, 31270-010, Belo Horizonte, MG, Brasil. Correspondência para/Correspondence to: A.F.M. PINTO. E-mail: <biblioflavia@gmail.com>.
2
Professor Doutor, Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Ciência da Informação, Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação. Belo
Horizonte, MG, Brasil.
Recebido em 21/5/2012, reapresentado em 2/7/2012 e aceito para publicação em 14/8/2012.
Contribuição ao campo de usuários da informação: em
busca dos paradoxos das práticas informacionais
Contribution to the field of information users: looking
for the paradoxes of information practices
Flávia Virgínia Melo PINTO1
Carlos Alberto Ávila ARAÚJO2
Resumo
Pretende-se debater as concepções teórico-metodológicas dos estudos de usuários da informação, criticamente, consi-
derando a historicidade, a totalidade e as contradições da sociedade capitalista como constituidoras das práticas infor-
macionais dos sujeitos. As atuais abordagens de estudos de usuários da informação, tradicionais e alternativas, mostram-
-se limitadas por não abarcarem a complexidade dos aspectos que formam os sujeitos e a sua constituição social. Des-
consideram a dimensão histórico-social da ação humana, focando somente a ação individual. Entende-se que, para com-
preender as práticas informacionais dos sujeitos, é necessário situá-las historicamente, considerando-se que a subjetivi-
dade não está descolada da estrutura social. Para a construção de um método ou de uma forma de olhar crítica, sugere-
-se a adoção de categorias de análise desenvolvidas por Pierre Bourdieu. Apresentam-se as categorias habitus, campo
social e capital simbólico para tentar compreender as práticas informacionais construídas no cruzamento entre as
relações sociais baseadas na exploração de uma classe sobre outra (e de dominação de um grupo sobre outro) e compreender
também a percepção subjetiva dos indivíduos.
Palavras-chave: Método. Práticas informacionais. Usuários da informação.
Abstract
The article critically discusses the theoretical and methodological concepts of the studies of information users, considering the
historicality, totality and the contradictions of capitalist society as constitutors of the informational practices of users. The current
traditional and alternative approaches to information users have been shown to be limited, because they do not cover the complexity
of the aspects that shape the users and their social constitution. These theories disregard the historical-social dimension of human
action, focusing only on the individual action. One understands that to comprehend the informational practices of subjects, it is
necessary to put them into historical perspective, considering that subjectivity is not separated from the social structure. In order
to build a method or a critical point of view, the adoption of the categories of analysis developed by Pierre Bourdieu is suggested.
The categories habitus, social field and capital are presented in an attempt to understand the informational practices built at the
cross-roads between social relationships based on exploitation of one class by another (and the domination of one group by
another) andthesubjectiveperceptionsofindividuals.
Keywords: Method. Informational practices. Information users.
2. F.V.M.PINTO&C.A.A.ARAÚJO
220
TransInformação, Campinas, 24(3):219-226, set./dez., 2012
Introdução
Esteartigoépartedasreflexõesrealizadasdurante
apesquisademestradointitulada“Práticasinformacionais
dos professores da RME/BH3
no cotidiano de suas lutas”.
As inquietações desta pesquisa surgiram da leitura sobre
a necessidade de se fortificar a pluralidade teórico-meto-
dológica da área da Ciência da Informação e do subcam-
po dos estudos de usuários, em que ainda se desconsi-
deram ou se secundarizam as contradições sociais como
determinantes na realização das práticas informacionais
pelos sujeitos (Araújo, 2008).
A própria Ciência da Informação surge como dis-
ciplina para legitimar o discurso da “sociedade da
informação” como uma “nova sociedade” baseada na
informação e no conhecimento, na qual, segundo seus
defensores, a informação se torna insumo para os pro-
cessos produtivos. Seus teóricos, na maioria das vezes,
ocultamofatodeodesenvolvimentodessadisciplinater
ocorrido num determinado marco do capitalismo, cujas
preocupaçõesestavamvoltadasparaaindústriacientífica
emilitar,principalmentenosEstadosUnidos(Freitas,2001).
Nesse contexto, o objetivo é formular uma crítica
sobre o campo de usuários da informação, contribuindo,
assim,comsuaampliaçãoconceitualpormeiodaadoção
de categorias da sociologia da prática, de Bourdieu. En-
tende-se que as categorias desenvolvidas por esse autor
possibilitam uma compreensão das práticas informa-
cionais dos sujeitos, considerando a dialética do conflito
declasses(edegruposdentrodasclasses)eaconstituição
subjetiva do indivíduo.
Estudos de usuários da informação:
entre o tradicional e o alternativo
Oescopodaáreadeestudosdeusuáriosdainfor-
mação não é bem delimitado: abrange desde levanta-
mento de empréstimos em bibliotecas até o comporta-
mentoinformacionaldeumgrupodepessoas.Costuma-
-se dividir os estudos em “voltados para o sistema” ou
“voltadosparaousuário”.Aquelesvoltadosparaosistema,
de acordo com Figueiredo (1994), representam uma via
decomunicaçãoentreabibliotecaeacomunidade,além
de serem instrumentos importantes para que bibliote-
cários avaliem a pertinência dos serviços prestados. Em
geral, o questionário e a entrevista são os instrumentos
de coleta de dados mais usados para empreender esses
estudos. Nas palavras de Mostafa (1996, p.18), essa abor-
dagem faz parte da aproximação positivista da Ciência
da Informação, que:
[...] privilegia o SRI [Sistema de Recuperação da
Informação]comoumprocessotecnológico,qua-
se físico, onde são analisados os processos de
registrar e recuperar informações e onde se fala
também em usuários ou em pessoas, mas, em
todo caso, esses usuários são concebidos como
uma entidade que compõe o SRI, colocando-
-lhes perguntas certas ou não e dele obtendo
respostas relevantes ou não - usuário, apêndice
do SRI, extensão do procedimento lógico das
operações de registro e recuperação, sem inten-
sionalidade política, um ser neutro, um apenas
usuário.
Os estudos tradicionais, de bases funcionalista e
behaviorista, voltados para diagnósticos da utilização de
fontesdeinformaçãoeserviçosdeinformação,objetivam
o funcionamento ótimo desses serviços, sem buscar a
historicidade da sua existência e a compreensão sobre
seu papel na sociedade. Obter um modelo de compor-
tamento informacional é necessário para a previsão das
ações dos sujeitos, objetivando o funcionamento ideal
da organização. Dessa maneira, o viés behaviorista se
destacaaodeterminarcomportamentoscomoseasações
humanas fossem apenas da ordem do psicológico e
situacional (Lima, 1994).
Almeida(2005)alertasobreofatodeque,seesses
estudos não estiverem integrados aos objetivos da insti-
tuição à qual a biblioteca está ligada, corre-se o risco de
não oferecerem subsídios reais para a melhoria dos ser-
viços prestados, representando desperdício de tempo e
dinheiro.Salienta-seaindaquegrandepartedosserviços
de informação das instituições brasileiras não é avaliada.
Dessa maneira, aprofunda-se o distanciamento desses
serviços dos seus usuários, da realidade em que estão
colocados,eaconsequênciadissoéasubutilizaçãodesses
serviçosatéoseuabandono.Percebe-sequeessamaneira
de se abordarem usuários de informação está ligada à
visão funcionalista, ou seja, tanto os usuários quanto a
3
Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte (MG).
3. PARADOXODASPRÁTICASINFORMACIONAIS
221
TransInformação, Campinas, 24(3):219-226, set./dez., 2012
Unidade de Informação têm um significado em sua exis-
tência e fazem parte de um sistema social que precisa
estar equilibrado como um corpo que funcione de ma-
neira saudável.Tal modo de estudar usuários foi caracte-
rizado por Capurro (2003) como o paradigma físico da
Ciência da Informação.
Em busca de objetividade e credibilidade, os
bibliotecáriostêmusadometodologiasquantitativaspara
a fundamentação dos estudos de usuários (Lima, 1994).
Cunha (1982) escreveu sobre os instrumentos de coleta
de dados para a realização de estudos de usuários da
informação,apresentandoasvantagenseasdesvantagens
de cada ferramental metodológico, concluindo que a
escolhadamelhormetodologiadependerádosobjetivos
doestudoquesedesejaempreender.Tambémevidencia
que os pesquisadores da área precisam aprimorar seus
conhecimentos em relação à estatística e às técnicas de
pesquisa social, além de buscar a teorização sobre con-
ceitodedemandaenecessidadedeinformação.Emoutro
artigo, publicado um quartel de século depois, Baptista e
Cunha (2007) chegaram às mesmas constatações em
relaçãoaosferramentaisdecoletadedados,somandoas
novas metodologias voltadas para o usuário, denomi-
nadas,porCapurro(2003),comopartedeumparadigma
cognitivo ou alternativo da Ciência da Informação.
A vertente cognitivista, apesar de crítica aos estu-
dos tradicionais, reproduziu certo mecanicismo na ma-
neira de ver a realidade, ao considerar o “usuário”como
um“processador de informações”. A apreensão da infor-
mação na dimensão cognitiva está presente em Belkin
(1980), Taylor (1986), Ellis (1989), Kuhlthau (1991), Dervin
(1998), Wilson (2000) e outros. Em geral, esses pesquisa-
dores partem da ideia de lacuna cognitiva gerada pela
ausência de informações sobre determinado tema ou
situação. Para o preenchimento dessa lacuna, os indiví-
duos precisam de informações que atendam suas ne-
cessidades.
Entreospesquisadoresdessavertente,Taylor(1986)
abordouas“dimensões situacionais”da necessidadeedo
uso da informação. Seus estudos foram realizados com
empresáriosealgunsprofissionais,e,segundosuateoria,
cada ambiente apresentará um tipo de problema e os
grupos partilham os pressupostos sobre a natureza de
seu trabalho e sobre o papel que as informações podem
nele desempenhar. Não se vê, nas explicações de Taylor,
atençãoàsdisputas,aocontroledainformação,quepode
ser exercido por interesse de uma determina pessoa ou
grupo, e não se vê também a posição que a organização
ocupa na estrutura social, seu papel e o que isso pode
significar na geração e no uso de informações no seu
cotidiano. O contexto, para Taylor, é apenas a realidade
funcional da empresa, uma “variável interveniente” nos
processos de aumento de produtividade.
Nos estudos de Wilson (2000), outro pesquisador
identificado com a vertente cognitivista, encontra-se a
ideia de realidade social como construída a partir da
“aparência” que o mundo tem para os indivíduos. Parece
que, para o autor, a realidade social é construída indivi-
dualmente,oquelevaaentenderquepodemexistirvárias
realidades e não uma única realidade construída histori-
camente pelas pessoas. Ele também não considera as
relações conflituosas, marcadas pelo empoderamento
de determinados grupos em detrimento de outros. Marx
e Engels (2002, p.123) já afirmavam, em “IdeologiaAlemã”,
que“a essência humana não é uma abstração inerente a
cadaindivíduo.Narealidade,elaéoconjuntodasrelações
sociais”. Não basta, assim, tentar entender o sujeito num
ambiente estático e isolado de outras determinações do
mundo.
Contudo,foisignificativaacontribuiçãodeWilson
(2000) ao considerar que as necessidades de informação
estão ligadas aos “papéis” que os indivíduos desem-
penham na sociedade, além de considerar que essas
necessidades apresentam dimensões socioculturais,
político-econômicasefísicas.Nessesentido,Wilson(2000)
superou a leitura dos“cognitivistas”que consideravam a
necessidadevoltadaparaodesempenhodedeterminada
tarefa, e essa necessidade geradora de uma lacuna da
mente, como se fosse possível o pensamento da pessoa
se tornar um vazio.
Choo (2003, p.82) desenvolve um“modelo multi-
facetado de uso da informação”, considerando as várias
dimensões dos sujeitos. Todavia, não supera o caráter
behaviorista e funcionalista que marca os estudos de
usuáriodainformaçãoporquetentaconstruirummétodo
que dê conta de prever o comportamento das pessoas a
partir de um modelo de uso da informação. O autor
avança no sentido de defender a interdisciplinaridade
para as pesquisas do campo, ao considerar as múltiplas
determinações nas construções de significado entre os
4. F.V.M.PINTO&C.A.A.ARAÚJO
222
TransInformação, Campinas, 24(3):219-226, set./dez., 2012
indivíduos,massemantémnomesmopatamardosestu-
dos anteriores ao considerar a mesma maneira de olhar
o usuário da informação a partir do viés comportamen-
talista. “Embora os comportamentos individuais em
relação à informação possam apresentar uma variedade
infinita, pode-se encontrar alguma ordem retirando as
camadascognitivas,emocionaisesituacionaisqueenvolvem
a busca e o uso da informação” (Choo, 2003, p.83, grifo
nosso).
Parece ser necessário determinar um padrão de
comportamentoparaqueabuscaeousodeinformação
aconteçam da maneira mais eficaz possível, e gere
conhecimentoeapossibilidadededecisõesrápidaspara
o bom desempenho da organização, com todo o pro-
cesso ocorrendo de forma bastante relacionada e fun-
cional, como um sistema onde todos os componentes
precisam funcionar harmonicamente para o bom anda-
mento da organização (empresa, governo, universidade
etc.) a fim de contribuir para a sociedade.
Essa concepção de estudos de usuário da infor-
mação faz parte de um paradigma funcionalista da
Ciência da Informação, tecnologicamente determinado,
que aborda o desenvolvimento da sociedade em todos
os aspectos (político, social, econômico etc.) a partir do
consumodeinformaçõesedasTecnologiasdeInformação
e Comunicação (TIC). Nessa perspectiva, torna-se
necessário otimizar o acesso às informações para que as
pessoas estejam mais conscientes de seus direitos e
possamparticiparmaisdademocraciaefortalecê-la,para
que se possa aperfeiçoar a produção de mercadorias ou
para que o governo possa melhorar os serviços públicos.
A resolução dos conflitos é “retirada” do âmbito das
relaçõessociaisetransferidaparaadisseminaçãodasTIC.
Assim, ambos os modelos de estudos de usuário
da informação, paradigma tradicional e alternativo,
utilizam metodologias que ora fixam o olhar sobre o
sistemadeinformação,orasobreousuáriodainformação.
Dessa maneira, não apreendem a totalidade da história
humana, das relações sociais e da relação do homem
com a natureza. O homem é visto como uma entidade
independente do mundo, um ser pensante com neces-
sidades únicas, passível de sofrer influências da realidade
externa. O homem é um ente e a sociedade outro ente; o
que se nota dessa determinação é o estranhamento do
homem em relação à concretude da realidade societal,
refletido nos estudos desse campo da Ciência da Infor-
mação.
Nessalinha,Foskett(1980)asseveraanecessidade
de se fazer o estudo de usuários sem reduzir a psicologia
do indivíduo ao entendimento do homem como uma
unidade isolada e sem movimento. Assim, percebe-se a
necessidade de se considerar a interconexão das coisas
que envolvem o usuário, estudando detalhadamente
cadapartesemdesconsiderarotodo. Apesardessavisão
de totalidade em relação ao modo de abordar o objeto,
suas preocupações estavam voltadas para a real com-
preensão das necessidades do usuário, com o objetivo
de se ter o bom funcionamento da Unidade de Informa-
ção, ou seja, ele utiliza um dos elementos da dialética
como um recurso metodológico para se empreender
uma reflexão de concepção funcionalista: aprimorar o
estudo da subjetividade do indivíduo, considerando as
complexas relações que o envolvem, com o objetivo de
melhorar o serviço de informação, de maneira que, para
cada usuário, haja um serviço que atenda suas neces-
sidades.
A crítica metodológica como contribuição
ao campo de usuários da informação
A escolha de um objeto de pesquisa e do levan-
tamento de questões a serem verificadas pressupõe um
posicionamentoque,assimcomoseuobjeto,estásituado
historicamente em determinadas condições sociais. Para
González de Gómez (2000, online, grifo nosso), a meto-
dologia de pesquisa:
[...] designa, de maneira ampla, o início e a orien-
tação de um movimento de pensamento cujo
esforço e intenção direciona-se à produção de
um novo conhecimento, num horizonte de pos-
sibilidades sociais e historicamente definidas. Os
métodos, quantitativos, qualitativos, compara-
tivos, assim como as técnicas de coleta e análise
dainformação,definemadireçãoeamodalidade
das ações de pesquisa de modo secundário, es-
tando já ancorados num domínio epistemológico
epolíticoqueacolheelegitimaascondiçõesdepro-
dução do objeto da pesquisa. Uma metodologia
de pesquisa teria, para nós, e como primeira ta-
refa,atematizaçãodessascondiçõesdeprodução
do objeto de conhecimento.
5. PARADOXODASPRÁTICASINFORMACIONAIS
223
TransInformação, Campinas, 24(3):219-226, set./dez., 2012
Concorda-se com González e Gómez (2000) que
os ferramentais de coleta de dados devem servir à pes-
quisa que parte de um horizonte político e de bases
epistemológicas definidos pelo pesquisador, ou seja, do
seu posicionamento. Trata-se de entender que não há
neutralidadenapesquisa.ParaAlmeidaJúnior(2005,p.162),
opesquisadorquesedeclara“isento” “nãosecomprome-
tecomosresultadosoucomposicionamentosmaiscon-
cretos e incisivos”. Assim, tende a passar a ideia de que a
explicaçãodadaparaarealidadeobservadaéfrutodaquilo
que os dados possibilitaram ao pesquisador apreender e
não do seu posicionamento político e teórico, de onde
parte sua análise.
Outra questão é a dificuldade dos pesquisadores
deabarcaroudemesmopressuportodaacomplexidade
que envolve os indivíduos em uma sociedade dividida
em classes. Ao não conhecer profundamente métodos
de coleta de dados, o pesquisador do campo de estudos
deusuáriosmuitasvezesconfundeinstrumentosdecole-
ta de dados com método.
Existem tentativas de se empreender estudos a
partir de ferramental metodológico alternativo, mas os
pesquisadores não conseguem chegar a um resultado
satisfatório ou não concretizam a aplicação da meto-
dologiaanunciada.Outrosestudiososbuscam,nasteorias
das Ciências Sociais, fundamentos para auxiliar nas aná-
lises dos dados, e conjugam tais fundamentos com as
metodologias desenvolvidas na área, principalmente
aquelas do campo cognitivo4
.
As recentes tentativas de se buscar arcabouço
teórico das Ciências Sociais contribuíram para o alarga-
mento da visão do pesquisador sobre o objeto, na busca
porinterpretaçõesalémdoescopodousodeinformação.
Contudo, ainda pouco se tem discutido sobre as meto-
dologias de modo a trazer contribuições teóricas para o
avançodocampodeestudosdeusuáriosdainformação.
AindaéatualaafirmaçãodeLima(1994)sobreaexistência
de pouca reflexão entre bibliotecários e pesquisadores
da área em torno dos métodos que podem ser usados
parasebuscaroentendimentodariquezaedacomplexi-
dade do indivíduo ou usuário da informação.
A contribuição da sociologia da prática
de Bourdieu para o estudo das
práticas informacionais
Diferentemente de “comportamento informa-
cional”, o estudo das práticas informacionais considera
os significados atribuídos pelos sujeitos durante as ações
de buscar, usar e disseminar informações nos “espaços
constituídos e concretos de realização” de tais práticas
(Marteleto, 1995, p.91). Essas práticas se realizam como
construçãosocial,comasmúltiplasdeterminaçõescons-
tituídas nas relações capitalistas de produção.
Nessesentido,asociologiadapráticadeBourdieu
(1983)apresentacategoriasdeanálisequepodemauxiliar
noentendimentodarelaçãoentreindivíduo,práticainfor-
macionalesociedade.Bourdieu(1983)desenvolveuvárias
categorias para analisar os campos científico, cultural,
educacional, entre outros, buscando aliar e superar as
categoriasdoobjetivismo,dafenomenologiaedomarxis-
mo. Dessa maneira, ele buscou compreender as relações
dedisputaentredominadoresedominadosnãosónuma
perspectiva econômica, como também a partir das mar-
cas que essas disputas deixam na subjetividade das
pessoas e que conformam a ação delas diante das si-
tuaçõesdocotidiano,ouseja,Bourdieuincorporaadimen-
são do simbólico, do cultural.
A primeira noção trazida por Bordieu é a de
habitus,umproduto das relações sociais que engendra a
formação do indivíduo, conformando e orientando sua
ação, num determinado contexto. O habitus se constitui
em classificações que o indivíduo internaliza durante sua
história de vida por meio da família (habitus primário),
dos ambientes que frequenta e da sua formação escolar
(habitussecundário).Taisclassificaçõesmantêmosistema
de dominação em dois sentidos: por meio do discurso
ideológico e por meio da“categoria lógica que ordena a
própria representação social” (Ortiz, 1983, p.16). Assim, o
sujeito realiza suas ações ou faz suas escolhas a partir da
dialética entre a situação vivida e o seu habitus,ou seja, o
conjunto deideias,gostos,maneirasdeperceber omun-
do, constituídos primeiro na família e depois na escola,
4
Algumas aplicações recentes em estudos de usuários da informação buscam, nas teorias oriundas do campo das Ciências Sociais, como a etnometodologia
e a fenomenologia, elementos para sustentar bases argumentativas, no sentido de se buscarem metodologias alternativas para análise de busca e uso
da informação.
6. F.V.M.PINTO&C.A.A.ARAÚJO
224
TransInformação, Campinas, 24(3):219-226, set./dez., 2012
por meio das relações sociais. “O habitus como sistema
de disposições duráveis é a matriz de percepção, apre-
ciaçãoeação,queserealizaemdeterminadascondições
sociais”(Ortiz,1983,p.19).ParaBourdieu(1983),essesiste-
ma garante a reprodução da ordem social antagônica e
o campo (seja científico, artístico ou político) é o locus
onde se dá a disputa entre os diferentes agentes, cada
qual dispondo de seu capital específico para manter sua
posição no campo, mas todos compartilhando das mes-
mas regras para realizar a disputa.
A noção de capital foi retomada de Marx por
Bourdieu(1983),porémacategoriaexploração,importante
para o marxismo, uma vez que o capital é relação social
constituída a partir da apropriação de mais-valia, foi
suprimida (Burawoy, 2010). Para Bourdieu, o capital é o
acessoaumadeterminadaquantidadedecondiçõespa-
ra um indivíduo ou grupo se posicionar num campo. Os
dominadores possuem um máximo de capital - cultural,
social, político, profissional, econômico, linguístico, sim-
bólico e informacional. Os dominados detêm o mínimo
desse capital. A esse acesso desigual que perpetua a
relação de dominação, Bourdieu chamou de violência
simbólica(Ortiz,1983;Nascimento;Marteleto,2004).Assim,
o autor evidencia a disputa entre os próprios capitalistas,
uma vez que, nesse campo, também existem domi-
nadores e dominados - e não somente na relação entre
capitalista e trabalhador -, porém desconsidera a relação
de exploração quando debate a aquisição do capital
cultural. Bourdieu (1983) tende a colapsar as relações de
propriedade,deprodução,dedistribuiçãocomoprocesso
detrabalho,adivisãodotrabalhoeasrelaçõesprodutivas.
Dessa maneira, a teoria bourdieusiana acaba“reduzindo
a divisão do trabalho a simples posse de um capital”
(Burawoy,2010,p.37).
As práticas dos sujeitos, cada um com suas per-
cepções, gostos e maneiras de entender a realidade,
internalizadas pelo habitus, mantêm o habitus coletivo e
alimentam a construção do campo. O campo é o lugar
estruturadopelasações,representaçõeserelaçõessociais,
a “estrutura objetiva que define as condições sociais de
produção do habitus”(Bourdieu, 1983, p.65).
“Oconceitodecamposerveparaconstruirainfor-
maçãocomoexpressãoculturaldesujeitosposicionados
pelaestrutura”(Nascimento;Marteleto,2004,online,grifo
nosso). Bourdieu (1998, p.160) lembra que“efetivamente,
o espaço social se retraduz no espaço físico”. Novamente
emNascimentoeMarteleto(2004,online),oespaçosocial
aparece “atrelado à posse das diferentes espécies do
capital e da distância física de bens ou serviços, também
dependente do capital”.
Na visão de Bourdieu, há um consenso entre
dominantes e dominados, e a disputa travada entre os
agentesnãolevaráaumatransformação,poisasociedade
é compreendida por ele como“estratificação do poder”
(Ortiz, 1983, p.26). Aliás, Bourdieu não se debruçou sobre
a produção da desarmonia entre habituse campo, o que
poderia levar à transformação social.
A conformação da sociedade capitalista sujeita a
classetrabalhadoraaoocultamentodaexploração(aliena-
ção)pormeiodofetichismodamercadoriaedaideologia
que conforma uma visão única de mundo, como se o
capitalismo fosse eterno. Para Bourdieu, a constituição
de um habitus profundo nos trabalhadores faz com que
eles não percebam a relação de exploração à qual estão
sujeitos(Burawoy,2010).
EmBourdieu,aviolênciasimbólicaexercidapelos
dominadores sobre os dominados, a partir da internali-
zação do habitus, conduz à mistificação da relação de
classe fundada na dominação. A dominação simbólica“é
marcadaaferroefogosobreapsiqueindividual,aopasso
queahegemoniaéoefeitodasrelaçõessociaisnasquais
os indivíduos estão inseridos” (Burawoy, 2010, p.93).
A dominação simbólica repousa na subjetivação
da estrutura social nos corpos, com a formação
de um habitusarraigado e inconsciente, ao passo
que a hegemonia no ambiente de trabalho
repousa sobre indivíduos inseridos em insti-
tuições específicas que organizam o consenti-
mento à dominação - ela própria uma precon-
dição para mistificação da exploração (Burawoy,
2010, p.93).
Ademais, segundo Bourdieu (1983), existe uma
relativa autonomia dos campos sociais em relação às
mudanças na política e na economia que acontecem na
sociedade. Dessa maneira, as mudanças nos âmbitos
políticos e econômicos não se transferem automatica-
mente para os campos sociais. Entretanto, Ortiz (1983)
7. PARADOXODASPRÁTICASINFORMACIONAIS
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TransInformação, Campinas, 24(3):219-226, set./dez., 2012
considera a importância da teoria de Bourdieu desde
que seja relacionada à dinâmica da História, marcada por
reproduções, mas também por transformações da reali-
dade social.
Assim, as ações de se informar ou de se produ-
ziremousedisseminareminformaçõesestãosubmetidas
a essa dialética entre o habitus e a situação vivida que
leva o sujeito a buscar, produzir ou disseminar informa-
ções. Isso acontece num campo social (seja a academia,
a empresa, o campo sindical, artístico etc.) onde o sujeito
ocupa determinada posição e utiliza do seu capitalespe-
cífico, no caso, o capital informacional, para a realização
de suas práticas informacionais. Assim, as ações de pro-
dução, busca, recepção e apropriação das informações
devemsercompreendidasapartirdasposiçõesocupadas
pelos sujeitos na estrutura social que determinam o
quantumdecapitalinformacionalessessujeitosdispõem
para suas ações cotidianas.
Não se pode, obviamente, desconsiderar o ele-
mento de alienação, fruto da relação de produção da
sociedadecapitalista,baseadanaapropriaçãoprivadade
trabalho excedente. Essas condições sujeitam os indiví-
duos a determinadas relações que visam à reprodução
do status quo da sociedade burguesa. Desse modo, os
donos dos meios de comunicação de massa possuem
um capital informacional muito superior aos trabalha-
dores, e essa relação desigual se reproduz em outros
espaços.Entreosprópriostrabalhadores,umdeterminado
grupo, detentor de maior capital informacional, num
determinado contexto, pode exercer uma função de do-
minação em relação ao grupo com menor capital infor-
macional. A relação dos trabalhadores com os dirigentes
sindicais é um exemplo disso. A posição de dirigente
sindical favorece o acesso a diversas informações que
podem ser usadas para a manutenção de certos privi-
légios em relação aos demais trabalhadores.
Dessa maneira, ao partir das contradições sociais
e das relações de empoderamento, aplicando-se as
noções de habitus e de campo social, pode-se superar a
tendênciademensurarcomportamentosdebusca,apro-
priação e disseminação da informação, buscando-se as
contradições na realização das práticas informacionais
pelos indivíduos.
Conclusão
O atual quadro teórico-metodológico do campo
de estudos de usuários de informação apresenta-se limi-
tado ao não considerar o sujeito como ser contraditório
e, portanto, unidade do diverso. Os estudos tradicionais
desconsideram a apropriação subjetiva da informação,
objetivando o diagnóstico de uso das fontes e dos ser-
viços de informação e desconsiderando as funções das
organizaçõesnaestruturasocialenaapropriaçãodainfor-
mação pelos sujeitos.
Osestudosquesepautampelaabordagemcogni-
tivista, ao desconsiderarem ou não problematizarem os
aspectos sociais, chegam a resultados limitados, pois
focamatentativadepredeterminarcomportamentosdos
usuários. Dessa maneira, perdem-se os diversos elemen-
tosconstruídossocialmentequeinfluenciamaformação
da subjetividade dos indivíduos, ao mesmo tempo em
que esses mesmos indivíduos atuam na modificação da
realidade. Ao entender o indivíduo como um ser com la-
cunas, desconsidera-se esse movimento dialético entre
indivíduo e realidade social, pois o objetivo é apenas
construir sistemas que reproduzam o modo de pensar
dos usuários.
Outrosestudosqueprocuramentenderousuário
a partir de um contexto limitam-se ao contexto da insti-
tuiçãooudeumgrupo,semconsiderarasrelaçõesconfli-
tuosaseasdiferençassociaisimpostasporumasociedade
dividida em classes, ou seja, sem partir da historicidade,
totalidadeetensionalidade.Assim,porexemplo,quando
se fala na gestão do conhecimento numa empresa, fun-
cionários, gestores e patrões são vistos como “iguais”,
cada um dispondo de um conjunto de informações liga-
dasànaturezadesuafunção,esedesconsideramasdife-
renças de posse de informação em relação ao lugar ocu-
pado pela pessoa na empresa.
Nessa perspectiva, entende-se que a Ciência da
Informação e os estudos de usuários podem buscar, na
Sociologia da prática de Pierre Bourdieu, as categorias
campo,habitusecapital para possibilitar uma análise das
práticas informacionais que alie as condições objetivas
da sociedade (a relação de produção que determina a
estrutura social) e as apropriações subjetivas dos indi-
víduos.
8. F.V.M.PINTO&C.A.A.ARAÚJO
226
TransInformação, Campinas, 24(3):219-226, set./dez., 2012
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