O presente artigo propõe uma articulação entre os pressupostos da teoria de análise de
domínio, de Birger Hjørland, e os estudos de usuários da informação, visando identificar
elementos de tal teoria que podem contribuir para a abordagem social dos estudos de usuários.
Buscamos verificar, também, se e como tais pressupostos são utilizados efetivamente em
estudos empíricos de usuários. Através de revisão de literatura dos temas abordados e
recuperação de estudos empíricos na literatura nacional e internacional, realizamos análise de
conteúdo nos documentos selecionados e buscamos responder aos objetivos propostos. Como
resultado identificamos e discutimos os seguintes pontos de articulação entre os temas: o
entendimento de que o sujeito não é um ser cognoscente isolado de um contexto histórico e
sociocultural; o entendimento de que a informação é socialmente produzida, organizada,
disseminada e utilizada; a busca por uma concepção mais completa e holística do conceito de
necessidade de informação; o reconhecimento da importância do conceito de relevância para
os usuários; a compreensão de que se deve buscar um equilíbrio entre as pesquisas na CI.
Concluímos que articulação da abordagem de análise de domínio para explicar práticas
informacionais ainda são incipientes e que ainda são necessárias muitas pesquisas para que se
consolide um modelo de investigação.
ESTUDOS DE USUÁRIOS E PRÁTICAS INFORMACIONAIS: DO QUE ESTAMOS FALANDO? Epic UFMG
Este documento discute as diferenças entre estudos de Comportamento Informacional e Práticas Informacionais no campo de estudos de usuários da informação. Apresenta uma breve história do desenvolvimento deste campo e como a Teoria Social influenciou o conceito de Práticas Informacionais, que aborda as ações e significados dos sujeitos informacionais em diferentes contextos sociais.
Contribuição ao campo de usuários da informação: em busca dos paradoxos das p...Epic UFMG
Pretende-se debater as concepções teórico-metodológicas dos estudos de usuários da informação, criticamente, considerando
a historicidade, a totalidade e as contradições da sociedade capitalista como constituidoras das práticas informacionais
dos sujeitos. As atuais abordagens de estudos de usuários da informação, tradicionais e alternativas, mostram-se
limitadas por não abarcarem a complexidade dos aspectos que formam os sujeitos e a sua constituição social. Desconsideram
a dimensão histórico-social da ação humana, focando somente a ação individual. Entende-se que, para compreender
as práticas informacionais dos sujeitos, é necessário situá-las historicamente, considerando-se que a subjetividade
não está descolada da estrutura social. Para a construção de um método ou de uma forma de olhar crítica, sugere-se
a adoção de categorias de análise desenvolvidas por Pierre Bourdieu. Apresentam-se as categorias habitus, campo
social e capital simbólico para tentar compreender as práticas informacionais construídas no cruzamento entre as
relações sociais baseadas na exploração de uma classe sobre outra (e de dominação de um grupo sobre outro) e compreender
também a percepção subjetiva dos indivíduos
Usuários da informação sob a perspectiva fenomenológica: revisão de literatur...Epic UFMG
1. O documento discute como a fenomenologia, especialmente a fenomenologia social de Alfred Schutz, pode contribuir para os estudos de usuários da informação, reforçando o movimento de alargamento das fronteiras da Ciência da Informação.
2. A fenomenologia busca compreender os fenômenos da forma como são vivenciados pelos sujeitos, sem buscar explicações causais, o que pode ajudar a entender os processos de busca e uso da informação.
3. A perspectiva fenomenológica é compatível com o chamado paradigma social
Enlace entre os estudos de usuários e os paradigmas da ciência da informação:...Epic UFMG
O documento discute a evolução dos estudos de usuários e dos paradigmas da Ciência da Informação ao longo do tempo. Inicialmente, os estudos de usuários seguiam a abordagem tradicional, com foco nos aspectos quantitativos e na informação como objeto externo. Posteriormente, surgiu a abordagem alternativa, vista a informação como cognitiva. Por fim, a abordagem sociocultural enxerga a informação como construção social e os usuários como sujeitos informacionais inseridos em contextos.
PRÁTICAS INFORMACIONAIS: desafios teóricos e empíricos de pesquisaEpic UFMG
Neste texto busca-se apresentar a proposta de um grupo de pesquisa brasileiro voltado para o estudo das práticas informacionais. Para tanto, descreve-se o campo de estudos de usuários e a recente abordagem social, dentro da qual se desenvolve o conceito de práticas informacionais. Na sequência, são apresentados três estudos empíricos conduzidos nessa linha e, em seguida, um histórico das diversas pesquisas conduzidas pelo grupo. Ao final, avalia-se o estado atual da proposta, sua contribuição para o campo e possíveis desdobramentos futuros.
O PARADIGMA SOCIAL DA INFORMAÇÃO E AS TEORIAS SOCIAIS: relações e contribuiçõesEpic UFMG
A partir dos estudos de dissertação da autora e de uma disciplina oferecida pelo Programa
de Pós-Graduação em Ciência da Informação (UFMG), em 2015, buscou-se a
compreensão do atual panorama dos estudos do paradigma social dentro de estudos de
usuários, a fim de avaliar as diversas formas de adotá-lo e desenvolvê-lo na pesquisa de
mestrado. Com a realização de uma revisão teórica dos assuntos abordados, o objetivo é
identificar de que forma os estudos do paradigma social e os estudos das teorias sociais
podem ser relacionados, a fim de contribuir para o desenvolvimento um do outro.
Observou-se que as teorias sociais do interacionismo simbólico e da etnometodologia
possuem intrínseca relação com os princípios defendidos pelo paradigma social de
estudos de usuários, identificando-se uma contribuição importante das teorias sociais
enquanto aporte teórico e metodológico para o desenvolvimento do paradigma social
dentro dos Estudos de Usuários.
O documento discute três modelos de práticas informacionais identificados na literatura da Ciência da Informação. Embora apresentem algumas semelhanças, os modelos diferem entre si por descreverem diferentes atividades e considerarem diferentes elementos como constituintes e/ou influenciadores das práticas informacionais.
ESTUDOS DE USUÁRIOS CONFORME O PARADIGMA SOCIAL DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO: DES...Epic UFMG
Apresenta exemplos concretos de questões surgidas no âmbito de estudos de usuários
da informação realizados conforme o paradigma social da Ciência da Informação. Em
primeiro lugar mostra um quadro teórico dos estudos de usuários e os desafios
contemporâneos que se colocam para o campo da pesquisa e do ensino. Utiliza
exemplos de pesquisas realizadas no escopo da disciplina Usuários da Informação como
forma de problematizar alguns aspectos relativos a essa aproximação. Conclui que a
realização tais estudos pelo paradigma social acarreta novos problemas até então pouco
discutidos no campo e reforça ainda a característica de ciência humana e social dos
estudos de usuários da informação.
ESTUDOS DE USUÁRIOS E PRÁTICAS INFORMACIONAIS: DO QUE ESTAMOS FALANDO? Epic UFMG
Este documento discute as diferenças entre estudos de Comportamento Informacional e Práticas Informacionais no campo de estudos de usuários da informação. Apresenta uma breve história do desenvolvimento deste campo e como a Teoria Social influenciou o conceito de Práticas Informacionais, que aborda as ações e significados dos sujeitos informacionais em diferentes contextos sociais.
Contribuição ao campo de usuários da informação: em busca dos paradoxos das p...Epic UFMG
Pretende-se debater as concepções teórico-metodológicas dos estudos de usuários da informação, criticamente, considerando
a historicidade, a totalidade e as contradições da sociedade capitalista como constituidoras das práticas informacionais
dos sujeitos. As atuais abordagens de estudos de usuários da informação, tradicionais e alternativas, mostram-se
limitadas por não abarcarem a complexidade dos aspectos que formam os sujeitos e a sua constituição social. Desconsideram
a dimensão histórico-social da ação humana, focando somente a ação individual. Entende-se que, para compreender
as práticas informacionais dos sujeitos, é necessário situá-las historicamente, considerando-se que a subjetividade
não está descolada da estrutura social. Para a construção de um método ou de uma forma de olhar crítica, sugere-se
a adoção de categorias de análise desenvolvidas por Pierre Bourdieu. Apresentam-se as categorias habitus, campo
social e capital simbólico para tentar compreender as práticas informacionais construídas no cruzamento entre as
relações sociais baseadas na exploração de uma classe sobre outra (e de dominação de um grupo sobre outro) e compreender
também a percepção subjetiva dos indivíduos
Usuários da informação sob a perspectiva fenomenológica: revisão de literatur...Epic UFMG
1. O documento discute como a fenomenologia, especialmente a fenomenologia social de Alfred Schutz, pode contribuir para os estudos de usuários da informação, reforçando o movimento de alargamento das fronteiras da Ciência da Informação.
2. A fenomenologia busca compreender os fenômenos da forma como são vivenciados pelos sujeitos, sem buscar explicações causais, o que pode ajudar a entender os processos de busca e uso da informação.
3. A perspectiva fenomenológica é compatível com o chamado paradigma social
Enlace entre os estudos de usuários e os paradigmas da ciência da informação:...Epic UFMG
O documento discute a evolução dos estudos de usuários e dos paradigmas da Ciência da Informação ao longo do tempo. Inicialmente, os estudos de usuários seguiam a abordagem tradicional, com foco nos aspectos quantitativos e na informação como objeto externo. Posteriormente, surgiu a abordagem alternativa, vista a informação como cognitiva. Por fim, a abordagem sociocultural enxerga a informação como construção social e os usuários como sujeitos informacionais inseridos em contextos.
PRÁTICAS INFORMACIONAIS: desafios teóricos e empíricos de pesquisaEpic UFMG
Neste texto busca-se apresentar a proposta de um grupo de pesquisa brasileiro voltado para o estudo das práticas informacionais. Para tanto, descreve-se o campo de estudos de usuários e a recente abordagem social, dentro da qual se desenvolve o conceito de práticas informacionais. Na sequência, são apresentados três estudos empíricos conduzidos nessa linha e, em seguida, um histórico das diversas pesquisas conduzidas pelo grupo. Ao final, avalia-se o estado atual da proposta, sua contribuição para o campo e possíveis desdobramentos futuros.
O PARADIGMA SOCIAL DA INFORMAÇÃO E AS TEORIAS SOCIAIS: relações e contribuiçõesEpic UFMG
A partir dos estudos de dissertação da autora e de uma disciplina oferecida pelo Programa
de Pós-Graduação em Ciência da Informação (UFMG), em 2015, buscou-se a
compreensão do atual panorama dos estudos do paradigma social dentro de estudos de
usuários, a fim de avaliar as diversas formas de adotá-lo e desenvolvê-lo na pesquisa de
mestrado. Com a realização de uma revisão teórica dos assuntos abordados, o objetivo é
identificar de que forma os estudos do paradigma social e os estudos das teorias sociais
podem ser relacionados, a fim de contribuir para o desenvolvimento um do outro.
Observou-se que as teorias sociais do interacionismo simbólico e da etnometodologia
possuem intrínseca relação com os princípios defendidos pelo paradigma social de
estudos de usuários, identificando-se uma contribuição importante das teorias sociais
enquanto aporte teórico e metodológico para o desenvolvimento do paradigma social
dentro dos Estudos de Usuários.
O documento discute três modelos de práticas informacionais identificados na literatura da Ciência da Informação. Embora apresentem algumas semelhanças, os modelos diferem entre si por descreverem diferentes atividades e considerarem diferentes elementos como constituintes e/ou influenciadores das práticas informacionais.
ESTUDOS DE USUÁRIOS CONFORME O PARADIGMA SOCIAL DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO: DES...Epic UFMG
Apresenta exemplos concretos de questões surgidas no âmbito de estudos de usuários
da informação realizados conforme o paradigma social da Ciência da Informação. Em
primeiro lugar mostra um quadro teórico dos estudos de usuários e os desafios
contemporâneos que se colocam para o campo da pesquisa e do ensino. Utiliza
exemplos de pesquisas realizadas no escopo da disciplina Usuários da Informação como
forma de problematizar alguns aspectos relativos a essa aproximação. Conclui que a
realização tais estudos pelo paradigma social acarreta novos problemas até então pouco
discutidos no campo e reforça ainda a característica de ciência humana e social dos
estudos de usuários da informação.
Práticas informacionais: nova abordagem para os estudos de usuários da inform...Epic UFMG
Objetivo. O estudo apresenta abordagens de pesquisa em práticas informacionais e suas implicações para o delineamento
de estudos no âmbito do campo de usuários da informação
Práticas informacionais dos visitantes do Museu Itinerante Ponto UFMGEpic UFMG
Este artigo explora a interação de visitantes com informações em um museu itinerante, analisando suas práticas informacionais através de observação e entrevistas. Os resultados mostram que diversos fatores influenciam como os visitantes interagem com os elementos do museu, e que os relatos nem sempre correspondem às observações feitas.
O objetivo deste texto é apresentar a perspectiva de estudos de usuários da informação que
se desenvolve a partir do conceito de “práticas informacionais”. Para isso, inicialmente, é
apresentado o quadro intelectual das ciências humanas e sociais de onde o conceito de
origina. A seguir, apresenta-se um histórico dos estudos de usuários a partir das noções de
“estudos de uso” e “comportamento informacional”, evidenciando-se em que a abordagem
das práticas informacionais diferencia-se destas. Por fim, são apresentados e discutidos
alguns estudos recentes em práticas informacionais como forma de se compreender a
especificidade desta abordagem.
PARADIGMA SOCIAL NOS ESTUDOS DE USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO: abordagem interacionistaEpic UFMG
O objetivo deste texto é aproximar a discussão de Rafael
Capurro sobre o “paradigma social” da Ciência da Informação
com os avanços recentes no campo dos estudos de usuários
da informação. Como resultado dessa aproximação, defende-
se o desenvolvimento de uma “abordagem interacionista”
para o campo. A viabilidade de tal proposta é discutida e
avaliada a partir do exame dos resultados de pesquisa de
cinco dissertações de mestrado defendidas recentemente e
debatidas à luz de categorias e conceitos de autores ligados
às abordagens interacionistas e sócio-culturais da Ciência da
Informação e das ciências humanas e sociais.
Práticas pedagógicas na área de usuários da informação em três universidades ...Epic UFMG
Apresenta estudo comparativo das práticas pedagógicas adotadas na condução das
disciplinas relativas ao tema Usuários da Informação em três universidades de diferentes países:
Brasil, Uruguai e Espanha. Com diferentes denominações, a disciplina é oferecida nas
instituições avaliadas para os cursos de Museologia, Arquivologia e Biblioteconomia. Como
procedimento metodológico adotou-se a análise documental em que foram comparados
documentos fornecidos pelos docentes das disciplinas envolvendo: os planos de ensino, a
fundamentação para a escolha bibliográfica, os métodos de ensino, as atividades didáticas
adotadas em sala de aula e os procedimentos de avaliação de cada disciplina. Os principais
resultados apresentam que as instituições ibero-americanas avaliadas têm, em comum, o fato de
abordarem os estudos de usuários conforme seus paradigmas teóricos, além de que em todos os
casos as disciplinas contemplam tanto aspectos teóricos quanto práticas investigativas. Tais
práticas propiciam aos discentes a oportunidade de investigar empiricamente os usuários da
informação em diversificados contextos, sejam eles dentro das instituições (museus, arquivos,
bibliotecas ou outras instituições documentais ou de memória), sejam fora desses ambientes
envolvendo práticas informacionais no contexto organizacional, científico ou ainda no
cotidiano.
ESTUDOS DE USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO: comparação entre estudos de uso, de compor...Epic UFMG
O objetivo deste artigo é apresentar as três abordagens existentes de estudos de usuários da informação: os estudos de uso, os estudos de comportamento informacional e os estudos de práticas informacionais. Após breve apresentação, passa-se à aplicação das categorias de cada uma delas a uma pesquisa empírica realizada com usuários de uma biblioteca de uma casa de apoio para pacientes em tratamento médico relativo a uma doença específica. Busca-se com isso demonstrar, de maneira didática, quais as contribuições e os limites de cada perspectiva de estudo, concluindo-se pela necessidade e importância de que todas sejam estudadas e façam parte do repertório de pesquisadores e profissionais.
As Adaptações da Etnografia Virtual à Análise de Ambientes Gráficos OnlineRafael Krambeck
Este documento discute a aplicação da etnografia para análise de ambientes online. Aponta que a etnografia, método originalmente usado em antropologia, pode ser adaptado para estudar novas formas de sociabilidade na internet. Defende que a "etnografia virtual" permite observar detalhadamente como as tecnologias são usadas e experienciadas socialmente no ciberespaço.
Necessidades de otimização dos processos de planejamento e operacionalização ...Rodrigo Moreira Garcia
Este documento discute um estudo sobre o comportamento de busca de informações em bases de dados por alunos de pós-graduação. O estudo observou como os alunos conduziam buscas em bases de dados e identificou problemas que dificultavam o uso pleno do potencial das bases para recuperação de informação, como desconhecimento e dificuldades com interfaces. Os resultados sugerem que estudos sobre o comportamento de busca de usuários podem contribuir para o desenvolvimento de competências para busca e recuperação de informação de forma efetiva.
O documento discute as redes sociotécnicas e como elas influenciam a produção e disseminação do conhecimento em saúde. Apresenta conceitos de redes sociais e como elas podem ser analisadas. Defende uma abordagem interdisciplinar entre ciências sociais, informação e saúde para compreender como as posições dos atores nas redes afetam a circulação da informação.
1. O documento apresenta uma análise de estudos nas ciências sociais que tiveram ambientes virtuais como campo de pesquisa, com foco nas estratégias metodológicas desenvolvidas.
2. O objetivo é conhecer como os pesquisadores lidaram com as peculiaridades do ambiente virtual e observar o surgimento de novos conceitos metodológicos.
3. O documento discute a construção do conhecimento científico e a metodologia de pesquisa no contexto da sociedade da informação e como a internet
Aula 1 - Cobertura e indexação das bases de dadosLeticia Strehl
O documento apresenta os componentes e paradigmas da recuperação da informação, incluindo: (1) o conjunto de documentos, métodos de indexação e pontos de acesso, (2) abordagens orientadas a sistemas versus usuários e tarefas versus integrativas, e (3) o uso de citações e folksonomias na representação de conceitos.
Seminário "Informação na perspectiva da Ciência da Informação"Solange Santana
Seminário "Informação na perspectiva da Ciência da Informação"
Texto base:
KOBASHI, N.Y.,; TÁLAMO, M.F.G.M. Informação: fenômeno e objeto de estudo da sociedade contemporânea. Transinformação, v. 15, n. esp., 2003, p. 7-21.
Seminário apresentado durante a disciplina Bases Epistemológicas de Organização do Conhecimento ministrada pelo Prof. Dr. José Augusto Chaves Guimarães
Este documento discute a abordagem qualitativa em pesquisas educacionais em museus de ciência no Brasil. Ele analisa características dos focos de pesquisa, unidades de estudo e procedimentos metodológicos utilizados. A pesquisa qualitativa permite compreender processos educacionais em museus de forma interpretativa.
O COMPORTAMENTO INFORMACIONAL DOS ALUNOS DE FONOAUDIOLOGIA DA FACULDADE DE FI...Felipe Arakaki
- O documento apresenta os resultados de uma pesquisa sobre o comportamento informacional de alunos de fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP de Marília.
- A pesquisa identificou que os alunos utilizam principalmente fontes primárias como livros e artigos para suas pesquisas, e que a maioria não pede auxílio para utilizar fontes de informação.
- Os resultados poderão auxiliar a biblioteca da faculdade a melhor atender as necessidades informacionais desse grupo de usuários.
O documento discute estudos de usuários, abordando suas definições, origens, abordagens tradicionais e alternativas. As abordagens alternativas incluem modelos centrados no usuário e na construção social de significados. Estudos de usuários em saúde e informação são examinados, assim como subáreas como aquisição e busca de conhecimento e usabilidade.
Jogos digitais educacionais e educação científica: reconhecendo perspectivas ...hawbertt
A busca por perspectivas de apoio a formação de uma sociedade democrática e participativa, motiva-nos a compor este texto que busca refletir acerca das relações epistemológicas e potencialmente pedagógicas da modelagem e aplicação de Jogos Digitais Educacionais ao contexto da Educação em Ciências. Voltando o olhar à discussão da participação pública no aperfeiçoamento de processos de gestão; relacionamos o letramento científico, às questões do uso das mídias e tecnologias na educação científica, como estratégias contextualizadoras e articuladoras das dimensões políticas, sociológicas, psicológicas e cognitivas dos atores envolvidos nestes contextos. Neste artigo compomos breve revisão de literatura, indicativa de alguns objetivos e obstáculos à formulação de políticas científicas concomitantes ao estímulo de compreensão e participação pública; e as correlacionamos às possibilidades pedagógicas dos jogos que propomos discutir.
Helen Longino é uma filósofa da ciência que defende que a objetividade científica é assegurada pelo caráter social da pesquisa. Ela argumenta que a ciência envolve atividades colaborativas e sociais como a educação, avaliação por pares e aplicações de verbas, e que a objetividade surge das interações críticas entre cientistas dentro destes processos sociais.
Este documento fornece um resumo teórico e conceitual sobre pesquisa qualitativa. Descreve os principais tipos de pesquisa qualitativa como etnografia e estudo de caso, além de técnicas como observação participante e entrevista. Também discute as características e contribuições da pesquisa qualitativa, especialmente no ambiente educacional.
[1] O documento discute a pesquisa documental como método de investigação na formação docente, apresentando conceitos, etapas e técnicas deste método. [2] Inclui uma revisão da literatura sobre pesquisa documental e sua aplicação nos programas de pós-graduação da Universidade Estadual e Federal do Ceará. [3] Conclui que a pesquisa documental é uma opção metodológica para trabalhos acadêmicos na formação de professores, embora sua escolha ainda seja restrita nos programas pesquisados.
Práticas informacionais: nova abordagem para os estudos de usuários da inform...Epic UFMG
Objetivo. O estudo apresenta abordagens de pesquisa em práticas informacionais e suas implicações para o delineamento
de estudos no âmbito do campo de usuários da informação
Práticas informacionais dos visitantes do Museu Itinerante Ponto UFMGEpic UFMG
Este artigo explora a interação de visitantes com informações em um museu itinerante, analisando suas práticas informacionais através de observação e entrevistas. Os resultados mostram que diversos fatores influenciam como os visitantes interagem com os elementos do museu, e que os relatos nem sempre correspondem às observações feitas.
O objetivo deste texto é apresentar a perspectiva de estudos de usuários da informação que
se desenvolve a partir do conceito de “práticas informacionais”. Para isso, inicialmente, é
apresentado o quadro intelectual das ciências humanas e sociais de onde o conceito de
origina. A seguir, apresenta-se um histórico dos estudos de usuários a partir das noções de
“estudos de uso” e “comportamento informacional”, evidenciando-se em que a abordagem
das práticas informacionais diferencia-se destas. Por fim, são apresentados e discutidos
alguns estudos recentes em práticas informacionais como forma de se compreender a
especificidade desta abordagem.
PARADIGMA SOCIAL NOS ESTUDOS DE USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO: abordagem interacionistaEpic UFMG
O objetivo deste texto é aproximar a discussão de Rafael
Capurro sobre o “paradigma social” da Ciência da Informação
com os avanços recentes no campo dos estudos de usuários
da informação. Como resultado dessa aproximação, defende-
se o desenvolvimento de uma “abordagem interacionista”
para o campo. A viabilidade de tal proposta é discutida e
avaliada a partir do exame dos resultados de pesquisa de
cinco dissertações de mestrado defendidas recentemente e
debatidas à luz de categorias e conceitos de autores ligados
às abordagens interacionistas e sócio-culturais da Ciência da
Informação e das ciências humanas e sociais.
Práticas pedagógicas na área de usuários da informação em três universidades ...Epic UFMG
Apresenta estudo comparativo das práticas pedagógicas adotadas na condução das
disciplinas relativas ao tema Usuários da Informação em três universidades de diferentes países:
Brasil, Uruguai e Espanha. Com diferentes denominações, a disciplina é oferecida nas
instituições avaliadas para os cursos de Museologia, Arquivologia e Biblioteconomia. Como
procedimento metodológico adotou-se a análise documental em que foram comparados
documentos fornecidos pelos docentes das disciplinas envolvendo: os planos de ensino, a
fundamentação para a escolha bibliográfica, os métodos de ensino, as atividades didáticas
adotadas em sala de aula e os procedimentos de avaliação de cada disciplina. Os principais
resultados apresentam que as instituições ibero-americanas avaliadas têm, em comum, o fato de
abordarem os estudos de usuários conforme seus paradigmas teóricos, além de que em todos os
casos as disciplinas contemplam tanto aspectos teóricos quanto práticas investigativas. Tais
práticas propiciam aos discentes a oportunidade de investigar empiricamente os usuários da
informação em diversificados contextos, sejam eles dentro das instituições (museus, arquivos,
bibliotecas ou outras instituições documentais ou de memória), sejam fora desses ambientes
envolvendo práticas informacionais no contexto organizacional, científico ou ainda no
cotidiano.
ESTUDOS DE USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO: comparação entre estudos de uso, de compor...Epic UFMG
O objetivo deste artigo é apresentar as três abordagens existentes de estudos de usuários da informação: os estudos de uso, os estudos de comportamento informacional e os estudos de práticas informacionais. Após breve apresentação, passa-se à aplicação das categorias de cada uma delas a uma pesquisa empírica realizada com usuários de uma biblioteca de uma casa de apoio para pacientes em tratamento médico relativo a uma doença específica. Busca-se com isso demonstrar, de maneira didática, quais as contribuições e os limites de cada perspectiva de estudo, concluindo-se pela necessidade e importância de que todas sejam estudadas e façam parte do repertório de pesquisadores e profissionais.
As Adaptações da Etnografia Virtual à Análise de Ambientes Gráficos OnlineRafael Krambeck
Este documento discute a aplicação da etnografia para análise de ambientes online. Aponta que a etnografia, método originalmente usado em antropologia, pode ser adaptado para estudar novas formas de sociabilidade na internet. Defende que a "etnografia virtual" permite observar detalhadamente como as tecnologias são usadas e experienciadas socialmente no ciberespaço.
Necessidades de otimização dos processos de planejamento e operacionalização ...Rodrigo Moreira Garcia
Este documento discute um estudo sobre o comportamento de busca de informações em bases de dados por alunos de pós-graduação. O estudo observou como os alunos conduziam buscas em bases de dados e identificou problemas que dificultavam o uso pleno do potencial das bases para recuperação de informação, como desconhecimento e dificuldades com interfaces. Os resultados sugerem que estudos sobre o comportamento de busca de usuários podem contribuir para o desenvolvimento de competências para busca e recuperação de informação de forma efetiva.
O documento discute as redes sociotécnicas e como elas influenciam a produção e disseminação do conhecimento em saúde. Apresenta conceitos de redes sociais e como elas podem ser analisadas. Defende uma abordagem interdisciplinar entre ciências sociais, informação e saúde para compreender como as posições dos atores nas redes afetam a circulação da informação.
1. O documento apresenta uma análise de estudos nas ciências sociais que tiveram ambientes virtuais como campo de pesquisa, com foco nas estratégias metodológicas desenvolvidas.
2. O objetivo é conhecer como os pesquisadores lidaram com as peculiaridades do ambiente virtual e observar o surgimento de novos conceitos metodológicos.
3. O documento discute a construção do conhecimento científico e a metodologia de pesquisa no contexto da sociedade da informação e como a internet
Aula 1 - Cobertura e indexação das bases de dadosLeticia Strehl
O documento apresenta os componentes e paradigmas da recuperação da informação, incluindo: (1) o conjunto de documentos, métodos de indexação e pontos de acesso, (2) abordagens orientadas a sistemas versus usuários e tarefas versus integrativas, e (3) o uso de citações e folksonomias na representação de conceitos.
Seminário "Informação na perspectiva da Ciência da Informação"Solange Santana
Seminário "Informação na perspectiva da Ciência da Informação"
Texto base:
KOBASHI, N.Y.,; TÁLAMO, M.F.G.M. Informação: fenômeno e objeto de estudo da sociedade contemporânea. Transinformação, v. 15, n. esp., 2003, p. 7-21.
Seminário apresentado durante a disciplina Bases Epistemológicas de Organização do Conhecimento ministrada pelo Prof. Dr. José Augusto Chaves Guimarães
Este documento discute a abordagem qualitativa em pesquisas educacionais em museus de ciência no Brasil. Ele analisa características dos focos de pesquisa, unidades de estudo e procedimentos metodológicos utilizados. A pesquisa qualitativa permite compreender processos educacionais em museus de forma interpretativa.
O COMPORTAMENTO INFORMACIONAL DOS ALUNOS DE FONOAUDIOLOGIA DA FACULDADE DE FI...Felipe Arakaki
- O documento apresenta os resultados de uma pesquisa sobre o comportamento informacional de alunos de fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP de Marília.
- A pesquisa identificou que os alunos utilizam principalmente fontes primárias como livros e artigos para suas pesquisas, e que a maioria não pede auxílio para utilizar fontes de informação.
- Os resultados poderão auxiliar a biblioteca da faculdade a melhor atender as necessidades informacionais desse grupo de usuários.
O documento discute estudos de usuários, abordando suas definições, origens, abordagens tradicionais e alternativas. As abordagens alternativas incluem modelos centrados no usuário e na construção social de significados. Estudos de usuários em saúde e informação são examinados, assim como subáreas como aquisição e busca de conhecimento e usabilidade.
Jogos digitais educacionais e educação científica: reconhecendo perspectivas ...hawbertt
A busca por perspectivas de apoio a formação de uma sociedade democrática e participativa, motiva-nos a compor este texto que busca refletir acerca das relações epistemológicas e potencialmente pedagógicas da modelagem e aplicação de Jogos Digitais Educacionais ao contexto da Educação em Ciências. Voltando o olhar à discussão da participação pública no aperfeiçoamento de processos de gestão; relacionamos o letramento científico, às questões do uso das mídias e tecnologias na educação científica, como estratégias contextualizadoras e articuladoras das dimensões políticas, sociológicas, psicológicas e cognitivas dos atores envolvidos nestes contextos. Neste artigo compomos breve revisão de literatura, indicativa de alguns objetivos e obstáculos à formulação de políticas científicas concomitantes ao estímulo de compreensão e participação pública; e as correlacionamos às possibilidades pedagógicas dos jogos que propomos discutir.
Helen Longino é uma filósofa da ciência que defende que a objetividade científica é assegurada pelo caráter social da pesquisa. Ela argumenta que a ciência envolve atividades colaborativas e sociais como a educação, avaliação por pares e aplicações de verbas, e que a objetividade surge das interações críticas entre cientistas dentro destes processos sociais.
Este documento fornece um resumo teórico e conceitual sobre pesquisa qualitativa. Descreve os principais tipos de pesquisa qualitativa como etnografia e estudo de caso, além de técnicas como observação participante e entrevista. Também discute as características e contribuições da pesquisa qualitativa, especialmente no ambiente educacional.
[1] O documento discute a pesquisa documental como método de investigação na formação docente, apresentando conceitos, etapas e técnicas deste método. [2] Inclui uma revisão da literatura sobre pesquisa documental e sua aplicação nos programas de pós-graduação da Universidade Estadual e Federal do Ceará. [3] Conclui que a pesquisa documental é uma opção metodológica para trabalhos acadêmicos na formação de professores, embora sua escolha ainda seja restrita nos programas pesquisados.
Este artigo discute a pesquisa qualitativa e o método fenomenológico. Primeiro, define as características da pesquisa qualitativa, incluindo sua natureza complexa e a influência mútua entre pesquisador e pesquisado. Segundo, discute os conceitos fundamentais da fenomenologia e sua relação com a pesquisa qualitativa. Terceiro, analisa o método fenomenológico empírico-compreensivo proposto por Giorgi.
O documento discute o paradigma emergente da Ciência da Informação focado no usuário, conhecido como Sense-Making. Este novo paradigma enfatiza pesquisas qualitativas sobre as necessidades, interesses e uso da informação pelos usuários. A metodologia Sense-Making desenvolvida por Brenda Dervin tem sido amplamente utilizada para compreender como os usuários constroem significado.
Artigo ausência de pesquisa empírica no saber jurídicorqmjr2003
[1] O documento discute a importância da pesquisa empírica na produção do saber jurídico e aponta a ausência desta ferramenta como um fator que dificulta o desenvolvimento da sociedade e do avanço do saber jurídico. [2] Apresenta conceitos de pesquisa científica, pesquisa empírica e seus métodos, e argumenta que a integração destas com outras áreas do conhecimento é necessária. [3] Defende que a implementação de pesquisas empíricas nas universidades e a formação de pes
ESTUDOS DE USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO: comparação entre estudos de uso, de compor...Epic UFMG
1. O documento descreve três abordagens para estudos de usuários da informação: estudos de uso, estudos de comportamento informacional e estudos de práticas informacionais.
2. Ele aplica essas três abordagens para analisar os resultados de duas pesquisas empíricas realizadas com usuários de uma biblioteca médica.
3. O objetivo é demonstrar de forma didática as contribuições e limitações de cada perspectiva e concluir sobre a importância de estudar todas elas.
Sondagens de opinião como instrumentos de comunicação institucional: estudo d...Murilo Pinto
Este documento resume um estudo de caso sobre uma pesquisa de opinião pública encomendada pelo Superior Tribunal de Justiça em 2006. A pesquisa apresentou problemas metodológicos e operacionais, resultando em informações de baixa qualidade e relevância. O documento critica a pesquisa e discute em que medida sondagens externas podem ser ferramentas válidas para definir estratégias de comunicação.
1) O documento discute a noção de cidadania comunicativa a partir de um projeto de rádio escolar em Porto Alegre.
2) A cidadania comunicativa é constituída à medida que os alunos ampliam o acesso às tecnologias e produzem conteúdo para a rádio.
3) O estudo identificou que a cidadania comunicativa se concretiza por meio da colaboração entre professores e alunos e dos espaços de produção midiática na escola.
1. O documento discute como elaborar um questionário para pesquisas nas ciências sociais, abordando a relação entre conceitos, itens, população-alvo e amostra.
2. É destacada a importância de se considerar o objetivo da pesquisa, os conceitos a serem investigados e as características da população-alvo ao se desenvolver os itens do questionário.
3. Além disso, o documento aponta que os recursos disponíveis para a aplicação do questionário influenciam a estratégia de amostragem
O documento discute o uso da análise de conteúdo como ferramenta para pesquisa qualitativa nas ciências sociais. Apresenta as teorias das representações sociais e da ação como fundamentos para análise de discurso declarado. Também descreve a aplicação do método em dissertações de mestrado na Universidade Federal de Lavras.
Partindo de um histórico das pesquisas participativas nos seus diferentes momentos de constituição e propostas relativas às mudanças na produção de conhecimento, na visão de vários autores, o texto tem como perspectiva apresentar e discutir os pressupostos teórico-metodológicos da pesquisa. Busca, também, discutir a pesquisa participativa como uma ação que abre a possibilidade de interconexão entre a pesquisa e a extensão no viver universitário. Entender que a necessidade da convivência na pesquisa como um observador que se torna dependente, produz uma rede de conversações que constitui o domínio explicativo científico, a qual é tomada para compreender as possibilidades de exercício da função de pesquisador, bem como as implicações éticas decorrentes. Assim, é possível que a pesquisa participativa possa constituir-se como algo a permanecer por um longo tempo, quando propõe uma perspectiva metodológica de ação capaz de sustentar trabalhos para além da pesquisa propriamente dita.
1) O documento discute os desafios da interdisciplinaridade no meio acadêmico, especialmente em relação à fragmentação do conhecimento em disciplinas separadas e as dificuldades de integrá-las.
2) Há três níveis de integração disciplinar discutidos: multidisciplinaridade envolve pesquisas separadas de diferentes campos; interdisciplinaridade cria novas abordagens através da integração conceitual e metodológica; transdisciplinaridade busca uma visão mais ampla que transcende fronteiras disciplinares
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O documento discute a importância da interdisciplinaridade no desenvolvimento da ciência. Apresenta como a especialização das disciplinas levou à fragmentação do conhecimento, mas que a interdisciplinaridade permite uma visão mais ampla através da junção de diferentes perspectivas. Também exemplifica como áreas como as ciências cognitivas se beneficiaram de abordagens interdisciplinares, permitindo novas formas de entender e explicar os processos mentais.
Elaboracao pesquisaqualitativa- MATERIAL MUITO BEM ELABORADO, PARABÉNS A PROF...Rosane Domingues
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REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
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Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
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INTERLOCUÇÕES ENTRE A ANÁLISE DE DOMÍNIO E OS ESTUDOS DE USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES PARA UMA ABORDAGEM SOCIOCOGNITIVA
1. XIV Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (ENANCIB 2013)
GT 3: Mediação, Circulação e Apropriação da Informação
Comunicação Oral
INTERLOCUÇÕES ENTRE A ANÁLISE DE DOMÍNIO E OS ESTUDOS DE
USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES PARA UMA ABORDAGEM
SOCIOCOGNITIVA
Tatiane Krempser Gandra – UFMG
Adriana Bogliolo Sirihal Duarte – UFMG
Resumo
O presente artigo propõe uma articulação entre os pressupostos da teoria de análise de
domínio, de Birger Hjørland, e os estudos de usuários da informação, visando identificar
elementos de tal teoria que podem contribuir para a abordagem social dos estudos de usuários.
Buscamos verificar, também, se e como tais pressupostos são utilizados efetivamente em
estudos empíricos de usuários. Através de revisão de literatura dos temas abordados e
recuperação de estudos empíricos na literatura nacional e internacional, realizamos análise de
conteúdo nos documentos selecionados e buscamos responder aos objetivos propostos. Como
resultado identificamos e discutimos os seguintes pontos de articulação entre os temas: o
entendimento de que o sujeito não é um ser cognoscente isolado de um contexto histórico e
sociocultural; o entendimento de que a informação é socialmente produzida, organizada,
disseminada e utilizada; a busca por uma concepção mais completa e holística do conceito de
necessidade de informação; o reconhecimento da importância do conceito de relevância para
os usuários; a compreensão de que se deve buscar um equilíbrio entre as pesquisas na CI.
Concluímos que articulação da abordagem de análise de domínio para explicar práticas
informacionais ainda são incipientes e que ainda são necessárias muitas pesquisas para que se
consolide um modelo de investigação.
Palavras-chave: Usuários da Informação. Estudos de usuários. Análise de domínio.
Abordagem sociocognitiva.
Abstract
This paper proposes a link between the assumptions of the theory domain analysis, of Birger
Hjørland, and the information user studies, to identify elements of such a theory that can
contribute to social approaches to user studies. We seek also check whether and how such
assumptions are effectively used in empirical user studies. Through literature review of topics
and recovery empirical studies in national and international literature, we conducted content
analysis in the selected documents and seek to respond to the proposed objectives. As a result
we have identified and discussed the following points of articulation between the themes: the
understanding that the subject is not a knower be isolated from a sociocultural and historical
context, the understanding that the information is socially produced, organized, disseminated
and used, the search for a more comprehensive and holistic concept of information need, the
recognition of the importance of the concept of relevance to users, understanding that we must
seek a balance between research in CI. We conclude that the joint approach of domain
analysis to explain informational practices are in their infancy and much research is still
needed to be consolidated a research model.
Keywords: Information users. Information studies. Domain analysis. sociocognitive
approach.
2. 1 INTRODUÇÃO
Este ensaio integra uma pesquisa de doutorado, em andamento, que investiga como a
abordagem social dos estudos de usuários se manifesta no cenário nacional e internacional.
No presente artigo propomos uma articulação entre os pressupostos da teoria de
análise de domínio, de Birger Hjørland, e o campo de estudos de usuários da informação,
visando identificar elementos de tal teoria que podem contribuir para a abordagem social dos
estudos de usuários. Buscamos, também, verificar se e como tais pressupostos são utilizados
efetivamente em estudos empíricos de usuários. Para alcançar os objetivos propostos
realizamos uma revisão de literatura sobre as temáticas abordadas e buscamos estudos
empíricos de usuários na literatura nacional e internacional. Após a seleção dos documentos
realizamos análise de conteúdo nos mesmos.
2 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA
No Brasil, no campo de estudos de usuários da informação, há predominância de
investigações realizadas conforme as abordagens tradicional e cognitiva, sendo ainda
incipientes as pesquisas realizados conforme a abordagem social, o que faz com que esta
perspectiva ainda não tenha uma representação muito nítida até o momento. A ausência de
uma literatura específica e estudos concretos desta abordagem acabam por prejudicar o seu
crescimento, pois, muitas vezes, os pesquisadores têm dificuldades de encontrar subsídios
para desenvolver suas pesquisas conforme esta abordagem (ARAÚJO, 2010).
Na ausência de um quadro teórico específico, Araújo (2010) argumenta que podemos
recorrer a áreas próximas, como o interacionismo simbólico, a etnometodologia e a
antropologia semiótica. Em linhas gerais, uma noção que estas áreas têm em comum e que
podem ajudar nos estudos do paradigma social é a visão de que os sujeitos interpretam e dão
sentidos às coisas, aos objetos da realidade e às suas próprias ações.
Outra possibilidade é recorrer a autores do chamado paradigma social da Ciência da
Informação, como Hjørland (2002) e sua abordagem de análise de domínio, que dá destaque
para as dimensões social, histórica e cultural da informação. O próprio Hjørland lista os
estudos de usuários entre as áreas que podem se beneficiar de sua teoria, pois a maioria dos
estudos empíricos carece de teorias adequadas que norteiem seu desenvolvimento. Assim,
partindo da ideia de comunidades de discurso, Hjørland demonstra como nossos critérios de
realidade e julgamento, inclusive referentes à informação, são formados coletivamente,
intersubjetivamente.
3. Alguns pressupostos assumidos pela análise de domínio também são partilhados pela
abordagem social dos estudos de usuários. Tal abordagem lança um novo olhar para os
usuários, entendendo que diferentes sujeitos e comunidades, que em parte são conformados
pelo processo sócio-histórico, vão julgar a informação, determinando o que têm e o que não
têm sentido para eles.
Assim, a partir da revisão de literatura, buscamos encontrar aportes da análise de
domínio que contribuam para a consolidação e evolução da abordagem social dos estudos de
usuários da informação.
3 A ANÁLISE DE DOMÍNIO DE BIRGER HJØRLAND
A análise de domínio é discutida de modo explícito na Ciência da Informação – CI,
primeiramente, por Hjørland e Albrechtsen (1995). Segundo os autores esta abordagem não é
totalmente nova, uma vez que é citada e trabalhada em outros campos do conhecimento e
inclusive na própria CI, com Shera (1971), que já pensava nos fenômenos informacionais
como determinados pela dimensão sociocultural.
Os autores definem a análise de domínio como
uma abordagem teórica de Ciência da Informação (CI), que afirma, que a melhor
forma de compreender as informações na ciência da informação é estudar as áreas de
conhecimento como comunidades de discurso, que são partes da divisão da
sociedade do trabalho. Organização do conhecimento, estrutura, padrões de
cooperação, linguagem e formas de comunicação, sistemas de informação e critérios
de relevância são reflexões dos objetos do trabalho dessas comunidades e do seu
papel na sociedade. A psicologia, o conhecimento, a necessidade de informação e
critérios subjetivos de relevância devem ser vistos nesta perspectiva (HJØRLAND;
ALBRECHTSEN, 1995, p. 400).
Assim, a análise de domínio surge como um contraponto às perspectivas física e
cognitiva da CI, evidenciando as dimensões social, histórica e cultural da informação. Um
influente trabalho para esta abordagem é Understanding Computers and Cognition, de
Winograd e Flores (1986/1987), que se opõe ao chamado racionalismo e positivismo. Contra
estas teorias do conhecimento os autores tentam encontrar uma nova base na hermenêutica.
Para Hjørland e Albrechtsen (1995) este trabalho é um exemplo de como teorias e visões do
conhecimento são questões que podem afetar o núcleo da CI, pois eles enfatizam a
importância da dimensão social do projeto design de sistemas de informação: “para entender
como o significado é compartilhado, é preciso olhar para o social e não a dimensão da mente”
(WINOGRAD; FLORES, 1986/1987, p. 60 apud HJØRLAND ; ALBRECHTSEN, 1995).
Ao explanar sobre os diferentes pontos de vista sobre a Ciência e a formação do
conhecimento Hjørland e Albrechtsen (1995) afirmam que nas visões positivista e racionalista
4. a linguagem não teria nenhum papel na construção da realidade, limitando-se à comunicação
do conhecimento já estabelecido. Esta visão enfatiza uma única percepção sobre o
conhecimento, livre das tradições culturais. Tal visão tradicional da epistemologia e da
Ciência é substituída hoje por uma tendência mais holística, reconhecendo a importância da
linguagem na percepção da realidade, introduzindo assim uma dimensão histórica, cultural,
social e na teoria do conhecimento e da ciência. A realidade não pode ser ingenuamente vista
e entendida por um sujeito isolado, mas é o sujeito cognoscente, que é formado pela história e
cultura, em um domínio específico de conhecimento, que tem a possibilidade de perceber a
realidade. Importantes teorias que adotam estes pressupostos são a hermenêutica, o
construtivismo social e o realismo científico (HJØRLAND; ALBRECHTSEN, 1995).
Podemos perceber que na CI cada vez mais se tem procurado olhar para os estados
mentais individuais como construções sociais, não sendo vistos de modo isolado de um
contexto sociocultural como originalmente se acreditava. Os campos de estudo estão olhando
para a linguagem e processos cognitivos em um contexto de desenvolvimento sociocultural.
É o que Hjørland e Albrechtsen (1995) chamam de um possível alargamento da abordagem
cognitiva com uma dimensão social. Assim, Hjørland (2002b) afirma que sua teoria de análise
de domínio é uma abordagem sociocognitiva.
Tendo como pressuposto a noção de que os domínios de conhecimento, as disciplinas
ou profissões não são individuais e que os sujeitos devem ser vistos como membros de grupos
de trabalho, disciplinas, pensamento ou comunidades discursivas, em outras palavras, ser uma
ciência social em vez de uma ciência cognitiva, Hjørland (2002a) aponta 11 abordagens para a
análise de domínio:
produção de guias de literatura;
construção de classificações e tesauros especializados;
indexação e recuperação de informação especializada;
estudos empíricos de usuários;
estudos bibliométricos;
estudos históricos;
estudos de documentos e gêneros;
estudos epistemológicos e críticos;
estudos terminológicos, linguagens para propósitos determinados, semântica de
bases de dados e estudo dos discursos;
estrutura e instituições da comunicação científica;
5. cognição científica, conhecimento perito e inteligência artificial.
Os estudos empíricos de usuários apresentam-se como um dos campos sugeridos por
Hjørland (2002a) que podem se beneficiar da análise de domínio. Assim, após breve
explanação sobre os princípios da análise de domínio, fazemos uma revisão sobre os estudos
de usuários da informação, seguido de uma interlocução entre os dois temas.
4 A ABORDAGEM SOCIAL DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO
A subárea Usuários da informação origina-se, aproximadamente, em 1930 com
estudos que se preocupavam com os hábitos de leitura dos usuários de bibliotecas e tem o
objetivo de aperfeiçoar os produtos e serviços oferecidos pelas bibliotecas ou o
desenvolvimento de novos serviços. Ao longo das décadas seguintes os estudos passam por
modificações tanto em seus objetivos como no modo como são desenvolvidos. Uma
importante evolução nos estudos ocorre a partir da década de 1980, quando se percebe uma
mudança no foco dos estudos: deixa-se de fazer dos estudos um instrumento para melhoria
dos sistemas de informação para priorizar o desenvolvimento de um marco teórico e
metodológico para os estudos. Uma contribuição fundamental neste sentido é de Dervin e
Nilan, em 1986, que realizam uma revisão na literatura dos estudos de usuários e perceberam
a existência de duas linhas de investigações: os estudos centrados no sistema e os estudos
centrados no usuário (FIGUEIREDO, 1994; FERREIRA, 1997; GONZÁLEZ TERUEL,
2005).
Os estudos centrados no sistema consideram o usuário um receptor passivo da
informação; e desconsideram os aspectos que influenciam na conduta do usuário quando este
busca a informação. O foco está em observar o modo como diferentes grupos de usuários com
características semelhantes utilizam a informação. Já nos estudos centrados no usuário, este
assume papel ativo no processo de busca, pois o valor da informação depende da percepção
de cada sujeito. São considerados os aspectos que influenciam a conduta dos usuários na
busca de informação, como as características sociodemográficas e mais do que ensinar o
usuário a adaptar-se ao sistema, objetiva-se descobrir como o usuário busca a informação e, a
partir daí, projetar os sistemas de informação segundo suas necessidades potenciais
(GONZÁLEZ TERUEL, 2005).
As pesquisas desenvolvidas até este momento, ou seja, anteriores à década de 1980,
correspondem aos estudos da abordagem tradicional. Em geral, são estudos quantitativos
que buscam medir o comportamento dos usuários, seja no sentido de verificar qual a fonte
mais utilizada em um sistema de informação ou saber qual o grau de satisfação com
6. determinado serviço. Preocupam-se em traçar um comportamento desejável para os usuários e
eliminar o comportamento não desejável, com o objetivo de ajustar o usuário ao sistema de
informação (LIMA, 1994, p. 53). Estes estudos se caracterizam por adotarem uma postura
positivista. A terminologia mais apropriada para pesquisas desenvolvidas nesta fase seria
estudos de usos e usuários.
Na tentativa de responder às críticas quanto à ausência de uma base teórica e
metodológica nos estudos de necessidades e usos da informação, a partir da década de 1980
vários investigadores se propõem a desenvolver modelos teóricos. Um aspecto fundamental
destes estudos é que passam a considerar as dimensões cognitiva, emocional e situacional do
sujeito, reconhecendo que tais aspectos influenciam na forma como a informação é
interpretada e usada pelo usuário. Estes estudos integram uma nova concepção que surge: a
abordagem cognitiva, na qual o usuário assume um papel ativo no processo de busca de
informação. Esta abordagem é caracterizada por investigações de cunho qualitativo, que
adotam uma visão holística da interação do sujeito com a informação, buscando compreender
a necessidade de informação do sujeito a partir de suas perspectivas individuais,
contextualizando a situação real que desencadeou tal necessidade e vendo a informação sendo
construída subjetivamente na mente do usuário (MARTUCCI, 1997; CHOO, 2003;
GONZÁLEZ TERUEL, 2005; BAPTISTA; CUNHA, 2007). Propõe-se adotar, para os
estudos desenvolvidos nesta fase, a terminologia estudos de comportamento informacional.
A abordagem cognitiva sofre críticas por desconsiderar que o sujeito está envolto em
uma série de outras dimensões, além da cognitiva, desconsiderando a influência das
dimensões econômicas, políticas e socioculturais nas quais os sujeitos estão inseridos. Assim,
a partir da década de 1990, começam a surgir estudos que adotam uma nova postura, um novo
olhar sobre os sujeitos, buscando compreendê-los, bem como suas ações, indissociáveis de
seu contexto histórico, político, econômico e sociocultural. São estudos característicos da
abordagem social. Numa tentativa de superar as limitações das abordagens anteriores, os
pesquisadores do campo de estudos de usuários dão cada vez mais importância ao contexto do
usuário, reforçando a ideia de que as investigações devem considerar a influência da vida
social, dos precedentes históricos e efeitos da comunidade, organizações e culturas no
comportamento informacional dos sujeitos (GONZÁLEZ TERUEL, 2005; ARAÚJO, 2010).
Para os estudos desta abordagem emergente propomos o uso da terminologia estudos de
práticas informacionais.
Fazendo um paralelo entre a evolução da subárea com a discussão delineada por
Capurro (2003) sobre o desenvolvimento da própria CI, em que ele apresenta os três
7. paradigmas da área – o físico, o cognitivo e o social – identificamos as fases dos estudos de
usuários da informação: os estudos da chamada abordagem tradicional, predominantemente
quantitativos e realizados a partir de uma visão funcionalista, corresponderiam ao paradigma
físico; a abordagem alternativa ou cognitiva, que passa a considerar os aspectos cognitivos e
emocionais dos usuários nos estudos, corresponderiam ao paradigma cognitivo; e a ampliação
na agenda de pesquisas dos estudos de usuários, com pesquisas que contemplam o contexto
sociocultural dos usuários de informação, se aproximaria do paradigma social. Porém, ainda
são escassas as publicações sobre estudos de usuários realizados conforme esta abordagem
para se apresentar um panorama específico e exemplos de estudos concretos. Quer dizer, o
paradigma social “não teria ainda uma manifestação muito nítida no campo de estudos de
usuários” (ARAÚJO, 2010, p. 26). A figura abaixo sintetiza as principais características de
cada abordagem.
FIGURA 1 - Abordagens da Ciência da Informação e estudos de usuários
Fonte: Elaborado pelas autoras, baseado em Capurro (2003) e Morado Nascimento (2006).
Salientamos que não se pretende afirmar que uma ou outra abordagem é melhor que as
demais. Os estudos de cada abordagem se propõem a investigar diferentes aspectos do
comportamento informacional e todos têm o seu valor. A figura foi apresentada no intuito de
mostrar que consideramos que as abordagens ou paradigmas se complementam de modo a
oferecer uma compreensão mais completa sobre o fenômeno investigado. Posicionamos-nos
8. na mesma direção de Hjørland, considerando a abordagem social como um alargamento da
abordagem cognitiva.
Não se trata, pois, de comparar os paradigmas para determinar qual o melhor. Cada
modelo teórico apreende alguns aspectos da realidade e deixa de fora outros. Aquilo
que não era respondido pelo paradigma físico da CI tornou-se parte das
preocupações do paradigma cognitivo. Igualmente, o paradigma social surgiu para
iluminar questões não compreendidas pelo cognitivo. No caso dos estudos de
usuários da informação, o paradigma social vem para problematizar aspectos de
como a definição de critérios de qualidade e valor da informação é construída
socialmente, e atravessada por fatores históricos, culturais, políticos, sociais e
econômicos (ARAÚJO, 2010, p. 35).
Araújo (2010) indica alguns autores que desenvolvem estudos na direção de uma
abordagem social na CI, como Shera (1971), Frohmann (2008), Rendón Rojas (2005) e
Hjørland (2002). Assumindo a análise de domínio como teoria que muito tem a contribuir
para a abordagem social dos estudos de usuários da informação, faz-se, a seguir, uma
explanação no intuito de demonstrar pontos de convergência entre as duas temáticas.
5 INTERLOCUÇÕES ENTRE ANÁLISE DE DOMÍNIO E USUÁRIOS DA
INFORMAÇÃO
Após revisão de literatura sobre a análise de domínio e os estudos de usuários da
informação, destacamos alguns pontos de articulação entre estes temas, que serão discutidos a
seguir:
a) O entendimento de que o sujeito não é um ser cognoscente isolado de um contexto
histórico e sociocultural
Hjørland coloca sua análise de domínio dentro de uma abordagem sociocognitiva, na
qual o estudo de campos cognitivos está em relação direta com comunidades discursivas.
Tem-se cada vez mais procurado olhar para os estados mentais individuais como construções
sociais e, hoje, as estruturas do cérebro não são vistas de modo isolado de um contexto
sociocultural como originalmente se acreditava. Cada vez mais campos de estudo estão
olhando para a linguagem e processos cognitivos em um contexto de desenvolvimento
sociocultural (CAPURRO, 2003; HJØRLAND; ALBRECHTSEN, 1995).
Este ponto de vista reforça a ideia de Hjorland sobre o movimento de alargamento da
abordagem cognitiva com uma dimensão social. Movimento este que também vem ocorrendo,
ainda que lentamente, nos estudos de usuários da informação. E o primeiro passo é a
compreensão de que os usuários são seres ativos, que dão significado à informação e às suas
9. ações / seu comportamento de acordo com a sua visão de mundo, mas estas representações e
visões de mundo são condicionadas e partilhadas socialmente.
b) O entendimento de que a informação é socialmente produzida, organizada,
disseminada e utilizada
Na abordagem tradicional dos estudos de usuários a informação é vista como ente
objetivo que tem o mesmo significado para qualquer sujeito, omitindo a natureza social do
conhecimento. Já na abordagem cognitiva, informação é um ente subjetivo cujo significado
depende exclusivamente do modelo mental de cada usuário, o que exclui a dimensão da
coletividade. Há uma mudança fundamental no conceito de informação para a abordagem
social: a compreensão de informação enquanto ente intersubjetivo, que é socialmente
produzido, organizado, disseminado e utilizado.
Ao adotar tal conceito de informação é necessário ressaltar que então os sistemas de
informação são também vistos como condicionados pelas mesmas dimensões socioculturais e
históricas, e devem ser projetados assumindo tais pressupostos. Este é um problema já
identificado por autores como Capurro (2003), Capurro e Hjørland (2007) e Talja (1997).
Os critérios sobre o que conta como informação são formulados por processos sócio-
culturais e científicos. Usuários deveriam ser vistos como indivíduos em situações
concretas dentro de organizações sociais e domínios de conhecimento. Não é
possível para os sistemas de informação mapear todos os possíveis valores de
informação [...] (CAPURRO; HJØRLAND, 2007, p. 192)
A dificuldade reside em como incorporar as diferentes visões de mundo nos sistemas de
informação. Este problema está diretamente relacionado com a busca de um equilíbrio entre
as pesquisas na CI, inclusive nos estudos de usuários da informação, que assumem posições
mais extremas, quer orientadas aos sistemas ou aos usuários. Esta questão será discutida mais
detalhadamente no tópico “e)”.
c) Busca por uma concepção mais completa e holística do conceito de necessidade de
informação;
Um ponto central na abordagem de análise de domínio é o pressuposto de que as
ferramentas, os conceitos, significados, estruturas de informação, as necessidades
informacionais e os critérios de relevância são moldados em comunidades discursivas
(HJØRLAND, 2002b). Desta afirmação, dois elementos estão diretamente relacionados e são
de fundamental importância para os estudos de usuários: as necessidades informacionais e os
critérios de relevância dos usuários.
10. As abordagens tradicional e cognitiva dos estudos de usuários são criticadas na CI por
apresentarem uma visão muito restrita destes elementos. As necessidades de informação na
abordagem tradicional, de cunho positivista, são vistas como algo objetivo que o usuário
precisa e na abordagem cognitiva como algo que surge e depende apenas do indivíduo, da sua
mente. Já na visão da análise de domínio e de abordagens sociocognitivas, necessidades
informacionais são consideradas como sendo causadas por fatores socioculturais, que
dependem dos problemas a serem resolvidos, da natureza do conhecimento disponível e das
qualificações dos usuários.
A necessidade de informação é assim formada pelos diferentes pontos de vista
teóricos sobre um tema específico produzido por pessoas em uma sociedade. Em
uma determinada comunidade discursiva, há sempre visões mais ou menos
conflituosa do que é necessário ou pertinente. A visão predominante é refletida nos
currículos de educação programas, nas prioridades em programas de investigação,
em as prioridades editoriais em revistas científicas, nas seleções de canais de
informação pelos usuários, nos critérios de cilício periódicos a serem indexados em
bases de dados, e assim por diante (HJØRLAND, 2002b, p. 264, tradução nossa)1
.
Diretamente relacionado às necessidades de informação está o conceito de relevância,
discutido de modo mais detalhado no tópico a seguir.
d) Reconhecimento da importância do conceito de relevância para os usuários
Na abordagem tradicional dos estudos de usuários, o conceito de relevância é entendido
como algo externo ao usuário e na abordagem cognitiva utiliza-se a terminologia pertinência
como uma dimensão da informação, mas este conceito é visto como algo interno, na mente do
usuário. Já na abordagem social dos estudos de usuários o conceito de relevância ganha maior
destaque para se compreender as práticas informacionais dos sujeitos, suas escolhas e o modo
como o usuário dá valor e significado à informação que ele necessita, busca e utiliza. Também
na análise de domínio o conceito de relevância é destacado e visto como algo moldado em
comunidades discursivas, imerso nas dimensões história e sociocultural.
A questão da relevância perpassa também pelos sistemas de informação, que estão
sempre em busca do matching ideal. Ou seja, “os sistemas de recuperação de informação tem
um propósito básico que é prover informação relevante aos usuários, sejam individuais ou em
grupo” (RIBEIRO, 2012, online). Assim, é imprescindível que tanto do ponto de vista do
sistema quanto dos usuários, alguns aspectos do conceito de relevância sejam consideradas de
1
The information need is thus formed by the different theoretical views on a specific issue produced by persons
in a society. In a given discourse community there are always more or less conflicting views of what is needed or
relevant. The predominant view is reflected in the curricula of educational programs, in the priorities in research
programs, in the editorial priorities in scientific journals, in the users’ selection of information channels, in
criteria for selecting journals to be indexed in databases, and so on (HJØRLAND, 2002b, p. 264).
11. modo a auxiliar na compreensão dos fenômenos informacionais, incluindo o desenvolvimento
dos sistemas de informação e a compreensão das necessidades dos usuários. Ribeiro (2012)
indica alguns destes aspectos:
Apenas o próprio usuário pode julgar o critério de relevância dos documentos para si e
para o seu uso, isto é, o julgamento da relevância é subjetivo;
Para o mesmo usuário o julgamento da relevância pode mudar ao longo do tempo, ou
seja, as mudanças no conjunto cognitivo devem ser contabilizadas no julgamento da
relevância;
Vários tipos de julgamentos podem existir em decorrência dos diferentes propósitos de
cada conjunto de informações, ou seja, podem depender das necessidades de consulta,
do ambiente do usuário e das intenções de uso.
É preciso que as pesquisas, tanto voltadas para a compreensão do comportamento dos
usuários como para desenho e melhoria dos sistemas de informação, busquem serem
desenvolvidas contemplando estes aspectos.
e) Compreensão de que se deve buscar um equilíbrio entre as pesquisas na CI
É claramente perceptível nos estudos de usuários da informação a predominância de
duas abordagens: abordagem tradicional, que tem foco totalmente voltado aos sistemas de
informação e assumindo o usuário com um ser passivo, um mero processador de informações;
a abordagem cognitiva, orientada ao usuário ou grupo de usuários, visando compreender seu
comportamento informacional minimizando a relevância dos sistemas de informação.
Isto também é percebido na CI de modo geral, como identifica Choo (1998): as
pesquisas sobre informação têm sido abordadas de forma dualista. Existe uma gama de
pesquisas e abordagens que focam exclusivamente aos sistemas, deixando de considerar o
usuário como ator ativo e fundamental em todos os processos e facetas dos estudos
informacionais; e existem pesquisas e abordagens orientadas ao usuário, que o vêem apenas
como um ser cognoscente, isolado das dimensões históricas e socioculturais, e que também
deixam de lado os sistemas de informação.
Assim, identificamos ao longo do tempo nas e correntes teóricas e pesquisas da CI uma
dicotomia entre quem defende a busca por uma linguagem privada (visto que existem
inúmeras visões da realidade, do que é informação relevante para cada sujeito) e quem
defenda uma linguagem universal (pois sendo impossível colocar todas as visões de mundo
dentro de um sistema de informação, deve-se buscar uma linguagem o mais abrangente e
generalizável possível). Transpondo esta questão no âmbito dos estudos de usuários, temos o
12. mesmo problema: como projetar um sistema de informação que englobe as diferentes
necessidades de informação de seus variados usuários?
Esta e outras perguntas a respeito desta problemática estão sendo cada vez mais
discutidas na literatura em busca de contribuições para a CI. Capurro (2003) afirma que como
um paradigma social-epistemológico, a análise de domínio coloca os estudos cognitivos em
relação direta com comunidades discursivas, aproximando-se assim deste equilíbrio buscado
atualmente. Para o autor, uma “consequência prática desse paradigma é o abandono da busca
de uma linguagem ideal para representar o conhecimento ou de um algoritmo ideal para
modelar a recuperação da informação a que aspiram o paradigma físico e o cognitivo”
(CAPURRO, 2003, online).
A ciência da informação se situa entre a utopia de uma linguagem universal e a
loucura de uma linguagem privada. Sua pergunta chave é: informação - para quem?
Numa sociedade globalizada em que aparentemente todos comunicam tudo com
todos, essa pergunta torna-se crucial (CAPURRO, 2003, ).
Outros autores, como Talja (1997) concordam que o caminho para a solução deste
problema passa pela busca de um ‘meio termo’ entre as abordagens orientadas extremamente
ao sistema ou ao usuário. Isto é, busca-se um equilíbrio entre estes e os demais elementos dos
fenômenos informacionais. Busca-se uma abordagem, uma visão integrada, holística, que dê
conta de perceber e incorporar todos estes elementos no contexto social. E a análise de
domínio surge como uma abordagem com grande potencial para se chegar ao equilíbrio, uma
vez que enxerga tanto a faceta mais tecnológica dos sistemas de informação quanto o aspecto
humano subjetivo dos usuários e suas necessidades inseridos num contexto histórico e
sociocultural, que devem ser vistos e estudados a partir de comunidades de discursos.
Porém a inserção prática desta visão mais holística não é tão simples de ser
incorporada aos estudos empíricos. Abordagens e teorias sociocognitivas na CI ainda não são
predominantes no campo e assim, pesquisas que utilizam tais abordagens ainda estão
começando a se desenvolver, como discutimos a seguir.
5.1 EXEMPLO DE ESTUDO DE USUÁRIOS REALIZADO COM BASE NA
ANÁLISE DE DOMÍNIO
A análise de domínio vem sendo utilizada em diversas subáreas da CI, mostrando-se
mais presente em algumas delas. Guimarães (2013) realizou uma revisão na literatura da CI
que utiliza a análise de domínio, revelando que a presença é mais forte nos estudos
bibliométricos e estudos epistemológicos.
13. Os resultados revelaram, relativamente ao conteúdo, a franca predominância de duas
das onze abordagens de análise de conteúdo previstas por Hjorland (2002): a
bibliométrica [...] e a epistemológica [...], seguida da abordagem de indexação e
recuperação da informação [...], e de uma aplicação mais especificamente
relacionada à ciência da computação (GUIMARÃES, 2013, sp).
O estudo de Guimarães (2013) nos dá um indício de que a análise de domínio ainda
não está sendo articulada de modo evidente com a subárea estudos de usuários da informação.
Outro indício são os resultados iniciais de uma pesquisa de doutorado, em andamento,
realizada pela presente autora, acerca da abordagem social dos estudos de usuários. Foram
buscadas e recuperadas as teses e dissertações que realizaram estudos empíricos de usuários
nos últimos 7 anos, em todos os Programas de Pós-Graduação em Ciência da Informação no
Brasil. Recuperamos 125 pesquisas empíricas de usuários e destas, a grande maioria
caracteriza-se como pertencentes à abordagem tradicional. Identificamos algumas pesquisas
como integrantes da abordagem cognitiva e poucas que vão além, incorporando elementos da
abordagem social ou sociocognitiva. Em nenhuma das pesquisas recuperadas foi identificado
o uso ou mesmo a influência da teoria de análise de domínio de Hjørland.
Já na literatura internacional encontramos poucos estudos empíricos que aliam a
análise de domínio e usuários da informação. Selecionamos e analisamos três estudos
empíricos que, em diferentes níveis, utilizaram aportes da análise de domínio para as práticas
informacionais dos usurários pesquisados. As três pesquisas são similares e voltam-se para a
investigação qualitativa dos motivos para o uso e/ou não uso de fontes e/ou sistemas de
informação no meio digital em diferentes domínios disciplinares. Não pretendemos apresentar
uma análise detalhada de cada pesquisa, mas uma visão mais global de como a análise de
domínio é abordada nas investigações. A pesquisa de Talja e Maula (2003) utiliza
efetivamente os pressupostos da análise de domínio de Hjørland, enquanto Bates (1998) e
Bates (2002) utilizam a concepção de domínio, mas não especificamente a teoria de Hjørland.
Com o surgimento e a popularização da internet são cada vez mais frequentes estudos
realizados no intuito de investigar o impacto das novas tecnologias de informação e
comunicação em trabalhos acadêmicos. Talja e Maula (2003) afirmam que as primeiras
pesquisas sobre o uso da Internet se voltaram para descobrir o básico, como os tipos de
aplicações utilizadas, extensão e frequência de uso e finalidades de uso. Estudos posteriores
evidenciam a utilização de serviços eletrônicos acadêmicos, trazendo resultados detalhados
sobre a influência de conteúdos (cobertura e relevância) e aspectos técnicos sobre o uso.
Recentemente, estudos sobre o uso da informação no meio eletrônico se aproximam da
abordagem de análise de domínio e estão sendo cada vez mais integrados com as pesquisas de
14. busca de informações que se esforçam na procura por uma compreensão holística das práticas
de informação e comunicação.
Os trabalhos de Bates (1998; 2002) visam compreender determinados fatores de um
domínio disciplinar podem influenciar no uso de fontes no meio eletrônico pelos usuários.
Conforme resultados de suas pesquisas, Bates (1998; 2002) argumenta que o tamanho do
domínio (a quantidade de materiais relevantes sobre determinado tópico disponíveis em
relação a todos os materiais na área) e o seu grau de dispersão podem influenciar nas
estratégias de busca de forma sistemática. Bates (2002, p. 148) levanta a seguinte hipótese:
- áreas de investigação com elevado número de materiais relevantes são melhores
pesquisadas por browsing / navegação;
- áreas com números medianos de materiais relevantes são melhores pesquisadas por
buscas dirigidas por assunto;
- áreas com números de itens relevantes esparsos são melhores pesquisadas por linking
(encadeamento de documentos).
A pesquisa de Talja e Maula (2003) busca comparar os padrões de uso de periódicos
eletrônicos em quatro campos diferentes (enfermagem, literatura e estudos culturais, história e
ecologia ambiental) com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de um modelo de
análise de domínio para explicar seu uso. As autoras buscam evidenciar, especialmente, como
os critérios de relevância de cada domínio influenciam nos padrões de uso. As autoras
assumiram as hipóteses levantadas nos estudos de Bates para comparar com seus resultados,
mas que ao final não se confirmaram.
Tal como referido por Bates (2002), Hjørland (2002a) e Talja e Maula (2003), a
articulação da abordagem de análise de domínio para explicar práticas informacionais ainda
são incipientes, estão em sua fase inicial. Ainda são necessárias muitas pesquisas para que se
consolide um modelo de investigação.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os objetivos deste ensaio foram identificar pontos de interlocução entre a análise de
domínio e os estudos de usuários da informação, bem como investigar se e como estudos
empíricos de usuários vem utilizando aportes de tal abordagem. Foi possível elucidar diversos
pontos de convergência entre as temáticas articuladas, que podem contribuir para o
aprofundamento de discussões a respeito de um a abordagem sociocognitiva para os estudos
de usuários e para a CI. Consideramos uma contribuição adjacente a proposição terminológica
15. para os estudos desenvolvidos nas diferentes fases da subárea usuários da informação,
reforçando movimento semelhante de outros autores sobre a temática.
Verificamos que ainda são escassos os estudos empíricos de usuários que utilizam
efetivamente aportes da análise de domínio para seu desenvolvimento. Mais pesquisas com
estas características são muito importantes para a subárea usuários da informação. Hjørland e
Albrechtsen (1995, p. 404) afirmam que “temos muitos dados empíricos fragmentados sobre
os usuários e muito pouco conhecimento mais profundo das forças que determinam seu
comportamento”. E esta seria uma das razões pelas quais muitas pessoas olham com
desconfiança para os estudos de usuários.
Mesmo que ainda em fase inicial, começam a surgir em todas as áreas da CI cada vez
mais estudos que buscam uma visão mais holística de seu objeto de estudo, reconhecendo a
importância da linguagem na percepção da realidade, introduzindo assim uma dimensão
histórica, cultural e social (HJØRLAND; ALBRECHTSEN, 1995). Tais estudos podem não
trazer, imediatamente, contribuições de grande impacto, mas cada pequena evolução nas
pesquisas representa um grande avanço para a CI, pois um estudo fornece subsídios para
outras pesquisas complementares que irão enriquecer o campo.
Como limitações do presente estudo, reconhecemos que não houve uma busca
exaustiva na literatura internacional, como efetivamente ocorreu na literatura nacional, de
estudos empíricos de usuários desenvolvidos com base nos aportes da análise de domínio.
Reconhecemos a necessidade de buscas mais exaustivas de estudos empíricos realizados com
base na análise de domínio, bem como com outras teorias da abordagem sociocognitiva da
Ciência da Informação, de modo a oferecer mais subsídios para a caracterização da
abordagem social dos estudos de usuários, que ainda não possui uma manifestação muito
nítida no campo.
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