SlideShare uma empresa Scribd logo
UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO
FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE FÍSICA DE SEMICONDUTORES
E OPTOELECTRÓNICA
Contacto entre Metal e Semicondutor. Determinação
Experimental da Diferença de Potencial de Contacto no Díodo de
Schottky.
Estudante: Adilson Agostinho. A. Andrade
Nº 57100
5º Ano
Docente: Professor Doutor Ivan Kolbin
Monitores: Maitsudá Castelo da Conceição Matos
1
Índice
1. Objec tivo da Experiência;
2. Introdução Teórica;
2.1 – Função de Trabalho;
2.2 - Contacto metal-semicondutor tipo n;
2.3 - Característica corrente-tensão da junção de Schottky;
3. Esquema experimental;
4. Tratamento dos resultados experimentais;
5. Gráficos;
6. Observações e Conclusões Finais.
2
1. OBJECTIVO DA EXPERIÊNCIA
Determinação experimental da diferença de potencial de contacto no
díodo de Schottky. (Contacto entre metal e semicondutor).
Calcular da altura da barreira potencial de contacto
3
2. INTRODUÇÃO TEÓRICA
2.1. Função de trabalho
Na fronteira de separação de semicondutor com metal surge uma barreira
de potencial e varia a concentração de portadores de carga. Os parâmetros
eléctricos da junção dependem da polarização da tensão aplicada. A característica
corrente-tensão desta junção não é linear. A resistência da junção para
polarização directa é pequena e para polarização inversa é grande. A junção deste
tipo é denominada a junção rectificadora. Além da junção rectificadora existe a
junção óhmica, que tem a característica corrente-tensão linear. Tais junções são
utilizadas para fabricar os contactos entre os fios metálicos e dispositivos
semicondutores. Neste trabalho examinemos os processos físicos na região de
contacto entre o metal e o semicondutor.
Os electrões de condução do metal e do semicondutor interagem com a
rede cristalina, portanto a sua energia é menor do que a de electrões livres no
vácuo. Para que um electrão possa deixar o sólido é necessário ceder-lhe energia
adicional. A energia mínima necessária para a saída de um electrão do sólido para
o vazio, é denominada por função de trabalho exterior 0 e é igual a 0
= 𝐸0 −
𝐸𝐶, sendo E0 a energia do electrão em repouso no vazio. O valor de 0 depende
das propriedades da rede cristalina e para diferentes semicondutores oscila entre
1-:-6eV. É evidente, que quanto maior for a temperatura do sólido tanto maior
será o número de electrões capazes de passar através da barreira potencial.
O processo de saída dos electrões para o vazio devido à excitação térmica
denomina-se por emissão termiónica. Da teoria resulta que a densidade da
corrente da emissão termiónica é dada pela seguinte expressão:
𝑗 = 𝐴𝑇2
𝑒
−
(𝐸0 − 𝐸𝐹)
𝐾 𝐵 𝑇 = 𝐴𝑇2
𝑒
−
Φ
𝐾 𝐵 𝑇
Onde: 𝐴 = 4 𝑒𝑚∗ 𝐾 𝐵
2
ℎ3 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡.
4
A grandeza  é denominada função de trabalho termodinâmico ou
simplesmente Função de Trabalho, é a energia necessária para transitar um
electrão do nível de Fermi para o vazio. A posição do nível de Fermi depende do
tipo do semicondutor, da temperatura, da razão das massas efectivas do electrão
e da lacuna. Se os dois materiais com as funções de trabalho diferentes
encontram-se em contacto, surge uma diferença de potencial de contacto Vc,
devido a redistribuição de portadores de carga. No estado de equilíbrio
termodinâmico a diferença de potencial do contacto termodinâmico é
proporcional a diferença de energias de Fermi dos materiais em contacto 𝑉𝑐 =
(𝐸 𝐹1 − 𝐸 𝐹2). A diferença de potencial de contacto através do espaço vazio é
determinada pela diferença de funções de trabalho dos materiais em contacto.
2.2. Contacto metal-semicondutor tipo n
Examinemos o contacto metal-semicondutor do tipo n separados por um
espaço d, sendo S e M funções de trabalho do semicondutor e do metal,
respectivamente. Suponhamos que S seja menor que M (Fig.1: a - antes do
contacto, b - no momento inicial). Se a distância entre o metal e o semicondutor
for pequena, cerca de 10-7
cm, isto é, da ordem da distância inter atómica, devido
à S < M surge o fluxo de electrões do semicondutor para o metal. No
semicondutor os electrões deixam os iões positivos o qual fica carregado
positivamente e o metal-negativamente. A redistribuição de carga origina o
campo eléctrico interno E, a diferença de potencial de contacto Vc e surge uma
barreira potencial. O campo eléctrico interno impede o movimento posterior dos
electrões, o fluxo electrónicos continua até atingir o equilíbrio termodinâmico,
quando os níveis de Fermi do metal e do semicondutor forem iguai.
O valor máximo da diferença de potencial de contacto é igual a 𝑉𝑐 = ( 𝑀 −
 𝑆)/𝑒 e o campo eléctrico é 𝐸 = 𝑉𝑐 /𝑑 = ( 𝑀 −  𝑆)/𝑒𝑑. A densidade de cargas
superficiais na fronteira entre o metal e o semicondutor é  = 0 𝐸, a quantidade
dos electrões em excesso por unidade de superfície é 𝑁 = /𝑒0 = ( 𝑀 −
 𝑆)/𝑒2
𝑑. Para os valores típicos 𝑉𝑐 = 1𝑉, 𝑑 = 10−7
𝑐𝑚, 0 = 8,85 ∗ 10−12
𝐹/𝑚.
Obtemos:
𝑬 = 𝟏𝟎 𝟕
𝑽
𝒄𝒎
,  = 𝟖, 𝟖𝟓 ∗ 𝟏𝟎−𝟕
𝑪
𝒄𝒎 𝟐
, 𝑵 = 𝟓 ∗ 𝟏𝟎 𝟏𝟐
𝒄𝒎−𝟐
.
5
No semicondutor com concentração de electrões n=1014
cm-3
os electrões
em excesso ficam distribuídos numa camada de espessura 𝐼𝑠 =
𝑁
𝑛
= 5 ∗ 10−2
=
500  𝑚. No metal a concentração dos electrões é 𝑛 𝑀 ≈ 1022
𝑐𝑚−3
, então obtemos
𝐼 𝑀 =
𝑁
𝑛 𝑀
= 5 ∗ 10−10
= 0,05Å. Daqui resulta que a camada empobrecida de
electrões encontra-se quase totalmente no semicondutor. A intensidade do
campo eléctrico na região de contacto originada pela diferença de potencial não
ultrapassa o valor 107
V/cm, este campo não pode modificar a estrutura zonal do
espectro energético e a largura da zona proibida, só pode curvar ligeiramente o
fundo da zona de condução e o topo da zona de valência perto do contacto
(Fig.1c). Este tipo de junção é denominado por junção de Schottky. O desvio
máximo do fundo da zona de condução é dado por eVc.
Figura 1: a - antes do contacto, b - no momento inicial, c – depois da
redistribuição das cargas
A profundidade de penetração do campo eléctrico de contacto no
semicondutor pode ser determinada a partir da equação de Poisson.
𝒅 𝟐
𝑽
𝒅𝒙 𝟐
+
𝒆𝒏
 𝟎
= 𝟎  𝑰 𝒔 = √
𝟐 𝟎 𝑽𝒄
𝒆𝒏
= √
𝟐 𝟎( 𝑀 −  𝑆)
𝒆 𝟐 𝒏
Desta fórmula mais exacta resulta que quanto menor for a concentração
dos electrões no semicondutor e maior a diferença de funções de trabalho do
metal e do semicondutor, tanto maior será a profundidade de penetração do
campo eléctrico no semicondutor. Por exemplo, para o germânio com n=1014
cm-
3
e M-S=1eV obtemos lS=1,05*10-4
cm, =e0nlS=1,7*10-9
C/cm2
.
6
No caso de M > S a região de contacto fica enriquecida de lacunas, e
empobrecida de electrões em relação ao volume do semicondutor, o nível de
Fermi encontra-se mais próximo do topo da zona de valência. O enriquecimento
da região contígua de contacto de portadores minoritários no semicondutor tipo
n é acompanhado pela redução da condutibilidade eléctrica. A camada de
condução reduzida é denominada barreira potencial.
No caso de M < S a região de contacto no semicondutor fica enriquecida
de electrões devido à sua transição do metal para o semicondutor, no qual surge
o excesso de carga negativa. Na região de contacto os níveis energéticos do
semicondutor ficam curvados para baixo. Devido a elevada concentração dos
electrões aumenta a condutibilidade eléctrica da região de contacto e forma-se
a junção-antibarreira. O enriquecimento forte da zona de contacto pelos
portadores maioritários pode originar a degeneração do semicondutor.
Se o contacto do metal forma-se com o semicondutor do tipo p, então a
barreira potencial surge para M < S e a antibarreira para M > S.
2.3. Característica corrente-tensão da junção de Schottky
O contacto cuja resistência depende da polarização da junção é
denominado contacto rectificador. O exemplo típico do contacto rectificador é a
junção de Schottky. A característica corrente-tensão da junção de Schottky é dada
pela expressão seguinte:
𝑰 = 𝑰 𝒔 𝒆
±
𝒆 𝟎 𝑽
𝑲 𝑩 𝑻 − 𝟏 (1)
Sendo: 𝑰 𝒔 = 𝑨𝒆
−
𝒆 𝟎 𝑽 𝒄
𝑲 𝑩 𝑻 - Corrente térmica, eo - a carga elementar, V - a tensão
aplicada (sinal + corresponde à polarização directa, sinal - à polarização inversa),
KBT - a energia térmica, Vc - a diferença de potencial de contacto, A = constante.
7
Analisando o segmento da característica corrente-tensão da junção de
Schottky próximo do ponto V=0, é possível encontrar a diferença de potencial de
contacto Vc e a altura da barreira potencial. Ao derivar a expressão (1) em relação
a tensão V podemos encontrar a resistência diferencial da junção R0 para tensão
próxima ao zero (V = 0), isto é:
𝒅𝑰
𝒅𝑽
=
𝟏
𝑹 𝟎
= 𝑨𝒆
−
𝒆 𝟎 𝑽
𝑲 𝑩 𝑻 (
𝒆 𝟎 𝑽
𝑲 𝑩 𝑻
) 𝒆
±
𝒆 𝟎 𝑽
𝑲 𝑩 𝑻 (2)
Para 𝑉0 da fórmula (2) obtemos:
𝑹 𝟎 = (
𝑲 𝑩 𝑻
𝒆 𝟎 𝑨
) 𝒆
𝒆 𝟎 𝑽 𝒄
𝑲 𝑩 𝑻
A variação da resistência diferencial R0 em função de temperatura é
determinada essencialmente pelo termo exponencial, portanto na primeira
aproximação podemos considerar que
𝑲 𝑩 𝑻
𝒆 𝟎 𝑨
= 𝑪 = 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕. Então, resulta 𝑹 𝟎 =
𝑪𝒆
𝒆 𝟎 𝑽 𝒄
𝑲 𝑩 𝑻 . Ao logaritmisar a última expressão obtemos:
𝑙𝑛𝑅0 = 𝑙𝑛𝐶 +
𝑒0 𝑉𝑐
𝐾 𝐵 𝑇
 𝑙𝑛𝑅0 =
𝑒0 𝑉𝑐
𝐾 𝐵 𝑇
(3)
Ao medir experimentalmente a resistência R0 para diferentes temperaturas
podemos apresentar gràficamente lnR0 em função da temperatura inversa (1/T).
O declive desta função linear determina a diferença de potencial de contacto.
𝑽 𝒄 = (
𝑲 𝑩
𝒆 𝟎
) 𝐭𝐚𝐧 𝜶 (4)
𝐭𝐚𝐧 𝜶 =
𝒍𝒏𝑹 𝟎𝟏 − 𝒍𝒏𝑹 𝟎𝟐
𝟏
𝑻 𝟐
−
𝟏
𝑻 𝟏
(5)
Sendo R01 e R02 as resistências diferenciais do contacto para as
temperaturas T1 e T2, respectivamente.
8
3. ESQUEMA EXPERIMENTAL
A diferença de potencial de contacto é medida experimentalmente no
díodo de Schottky, entre o cristal de germânio do tipo n e o terminal metálico,
feito de platina. O esquema experimental está representado na Fig. 2 e é
composto pelos seguintes aparelhos:
Figura 2: Esquema experimental
1. Fonte de alimentação -está ligada aos pontos C e D da ponte. A tensão
aplicada ao díodo de Schottky deve ser muito menor que a diferença de potencial
de contacto Vc.
2. Ponte ordinária - é formada por dois resistores padrões - R1 = 220 ,
R2 = 100 ; por uma caixa de resistores R3 cuja resistência pode variar de 1 até
10k com precisão de 1 e por um díodo de Schottky com resistência diferencial
R0.
3. Forno eléctrico - onde se encontra o díodo de Schottky colocado num
copo com óleo. A temperatura do díodo pode variar desde a temperatura
ambiente até 100 0
C.
4. Termómetro digital - serve para controlar a temperatura do díodo de
Schottky. O elemento sensível do termómetro deve ser disposto perto do díodo.
5. Galvanómetro - serve para registar o momento de equilíbrio da ponte.
Na ponte equilibrada a corrente eléctrica entre os pontos A e B deve ser igual a
zero.
Gerador
Forno
Termômetro
R0
B
R1R
2
A
.
.
.
.
R3
G
D
C
9
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1. Montar o circuito conforme a figura 2.
2. Estabelecer a resistência R1=220Ω e R2=100Ω;
3. Ligar a fonte de tensão e estabelecer a tensão de saída cerca de 100mV;
4. Ligar o termómetro digital e escolher o regime de medição de
temperatura;
5. Equilibrar a ponte mediante a caixa de resistores, anulando a corrente
eléctrica entre os pontos A e B. No momento de equilíbrio anotar o valor
de resistência R3 e a temperatura ambiente;
6. Ligar o forno eléctrico e medir a resistência R3 para diferentes
temperaturas, desde a temperatura ambiente até 80˚C;
7. Lançar os dados experimentais na tabela 1.
TABELA 1: OBTENÇÃO DOS DADOS EXPERIMENTAIS NO AQUECIMENTO
t (°C) T (K) 1/T (K¯¹) R₁ (Ω) R₂ (Ω) R₃ (Ω) R₀ (Ω) lnR₀
25 298 0.00336 220 100 3300 7260 8.89
40 313 0.00319 " " 1520 3344 8.115
49 322 0.00311 " " 970 2134 7.666
55 328 0.00304 " " 740 1628 7.395
59 332 0.00301 " " 600 1320 7.185
67 340 0.00294 " " 471 1036 6.943
74 347 0.00288 " " 388 854 6.75
80 353 0.00283 " " 326 717 6.575
88 361 0.00277 " " 290 638 6.458
96 369 0.00271 " " 260 572 6.49
TABELA 2: OBTENÇÃO DOS DADOS EXPERIMENTAIS NO ARREFECIMENTO
t (°C) T (K) 1/T (K¯¹) R₁ (Ω) R₂ (Ω) R₃ (Ω) R₀ (Ω) lnR₀
75 348 0.00287 220 100 270 594 6.387
64 337 0.00297 " " 430 946 6.852
58 331 0.00302 " " 570 1254 7.134
53 326 0.00306 " " 680 1496 7.311
49 322 0.00310 " " 810 1782 7.485
10
45 318 0.00314 " " 1080 2376 7.773
40 313 0.00319 " " 1310 2882 7.966
37 310 0.00323 " " 1470 3234 8.081
34 307 0.00326 " " 1600 3520 8.166
28 301 0.00332 " " 2300 5060 8.530
5. TRATAMENTO DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS
1. Calcule a resistência diferencial do díodo de Schottky a partir da
condição de equilíbrio da ponte.
R1 × R3 = R0 × R2  R0 =
R1 × R3
R2
(6)
2. Com base nos dados experimentais construa no Excel o gráfico.
𝐥𝐧 𝑹 𝟎 = 𝒇( 𝟏
𝑻⁄ )
3. Determine o declive deste gráfico pela fórmula (5).
4. Calcule a diferença de potencial de contacto Vc pela fórmula (4).
5. Calcule a altura da barreira potencial de contacto pela fórmula:
𝑼 𝒄 = 𝒆 𝟎 𝑽 𝒄
11
6. GRÁFICOS E CÁLCULO DA DIFERENÇA DE POTENCIAL DE CONTACTO
Tabela 3: Dados experimentais
para o gráfico (aquecimento).
1/T (K¯¹) lnR₀
0.00336 8.89
0.00319 8.115
0.00311 7.666
0.00304 7.395
0.00301 7.185
0.00294 6.943
0.00288 6.75
0.00283 6.575
0.00277 6.458
0.00271 6.49
Gráfico 1: 𝐥𝐧 𝑹 𝟎 = 𝒇( 𝟏
𝑻⁄ ) para o aquecimento.
A partir do gráfico 1, temos:
tan 𝛼 = 3882.2
Assim, calculamos a Diferença de Potencial de contacto:
𝑉𝑐 =
𝐾 𝐵
𝑒0
∙ tan 𝛼 = 0.335𝑉
A partir daí, teremos a Barreira de Potencial de Contacto:
𝑈𝑐 = 𝑒0 𝑉𝑐 = 5,36 ∙ 10−20
𝑉
ONDE: 1eV = 1.60x10 -19
J ; KB = 8.617 x10 -5
eV/K
y = 4706.9x - 7.0982
R² = 0.995
6.49
6.99
7.49
7.99
8.49
8.99
0.00271 0.00291 0.00311 0.00331 0.00351
logaritmodaResistênciaDiferencia
lnR₀
Inverso da Temperatura 1/T (K¯¹)
Tabela 4: Dados experimentais para o gráfico (arrefecimento)
Gráfico 2: 𝐥𝐧 𝑹 𝟎 = 𝒇( 𝟏
𝑻⁄ ) para o arrefecimento
A partir do gráfico 2, temos:
tan 𝛼 = 4706.9
Assim, calculamos a Diferença de Potencial de contacto:
𝑉𝑐 =
𝐾 𝐵
𝑒0
∙ tan 𝛼 =0.406
A partir daí, teremos a Barreira de Potencial de Contacto:
𝑈𝑐 = 𝑒0 𝑉𝑐 = 6.49∙ 10−20
𝑉
1/T (K¯¹) lnR₀
0.00287 6.387
0.00297 6.852
0.00302 7.134
0.00306 7.311
0.00310 7.485
0.00314 7.773
0.00319 7.966
0.00323 8.081
0.00326 8.166
0.00332 8.530
y = 4706.9x - 7.0982
R² = 0.995
6.49
6.99
7.49
7.99
8.49
8.99
0.0028 0.0029 0.003 0.0031 0.0032 0.0033 0.0034
logaritmodaResistênciaDiferencia
lnR₀
Inverso da Temperatura 1/T (K¯¹)
13
7. CONCLUSÕES FINAIS
Durante a experiencia verifiquei que, por causa da diferença da Função de
trabalho do Metal e do Semiconductor, os portadores de carga sofrem a
redistribuição, e por causa disso surge a Diferença de Potencial de contacto.
Comparando os valores da diferença de potencial de contacto e a altura da
barreira potencial de contacto, obtidos tanto no aquecimento como no
arrefecimento, podemos facilmente notar o seguinte:
 Para o aquecimento
𝑉𝑐 = 0.406𝑉; 𝑈𝑐 = 6.49∙ 10−20
𝑉 ⟹ 𝑉𝑐 ≫ 𝑈𝑐
 Para o arrefecimento.
𝑉𝑐 = 0.405𝑉; 𝑈𝑐 = 6.48∙ 10−20
𝑉 ⟹ 𝑉𝑐 ≫ 𝑈𝑐
Podemos ainda concluir que quanto maior for a diferença de potencial de
contacto, tanto maior será a altura da barreira potencial de contacto.
13

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Quarta parte curso de eletrônica apresentado no Hackerspace Uberlândia - MG -...
Quarta parte curso de eletrônica apresentado no Hackerspace Uberlândia - MG -...Quarta parte curso de eletrônica apresentado no Hackerspace Uberlândia - MG -...
Quarta parte curso de eletrônica apresentado no Hackerspace Uberlândia - MG -...
evandrogaio
 
Circuitos eletricos 1 - Circuitos Elétricos em Corrente Contínua
Circuitos eletricos 1 - Circuitos Elétricos em Corrente ContínuaCircuitos eletricos 1 - Circuitos Elétricos em Corrente Contínua
Circuitos eletricos 1 - Circuitos Elétricos em Corrente Contínua
José Albuquerque
 
1.corrente contínuaealternada
1.corrente contínuaealternada1.corrente contínuaealternada
1.corrente contínuaealternada
Manu Lucena
 
Eletricidade aplicada
Eletricidade aplicadaEletricidade aplicada
Eletricidade aplicada
Zazone Carvalho da Silva
 
Introdução a Eletricidade
Introdução a EletricidadeIntrodução a Eletricidade
Introdução a Eletricidade
Bruno Strik
 
Superposicao fonte
Superposicao fonteSuperposicao fonte
Superposicao fonte
Alessandro Camolesi
 
Corrente alternada circuitos
Corrente alternada circuitosCorrente alternada circuitos
Corrente alternada circuitos
Oi S.A
 
Força Eletromagnética
Força EletromagnéticaForça Eletromagnética
Força Eletromagnética
Killer Max
 
Força magnética
Força magnéticaForça magnética
Força magnética
Marco Antonio Sanches
 
Aula 11 associação de resistores
Aula 11   associação de resistoresAula 11   associação de resistores
Aula 11 associação de resistores
Montenegro Física
 
Leis de ohm
Leis de ohmLeis de ohm
Leis de ohm
O mundo da FÍSICA
 
NOÇÕES DE ELETROSTÁTICA
NOÇÕES DE ELETROSTÁTICANOÇÕES DE ELETROSTÁTICA
NOÇÕES DE ELETROSTÁTICA
Allan Almeida de Araújo
 
apostila Semicondutores
apostila Semicondutoresapostila Semicondutores
apostila Semicondutores
Lucas Ferreira da Silva
 
04 associação de resistores
04  associação de resistores04  associação de resistores
04 associação de resistores
Bruno De Siqueira Costa
 
Simulado de eletricidade básica
Simulado de eletricidade básicaSimulado de eletricidade básica
Simulado de eletricidade básica
Evanildo Leal
 
2 Eletrónica Fundamental - Noções básicas de eletricidade
2   Eletrónica Fundamental - Noções básicas de eletricidade2   Eletrónica Fundamental - Noções básicas de eletricidade
2 Eletrónica Fundamental - Noções básicas de eletricidade
Sandra Minhós
 
trabalho de física!
trabalho de física!trabalho de física!
trabalho de física!
Carol Moura
 
Exercícios de eletricidade
Exercícios de eletricidadeExercícios de eletricidade
Exercícios de eletricidade
Roberto Bagatini
 
Intro espectroscopia
Intro espectroscopiaIntro espectroscopia
Intro espectroscopia
Bianca Alves
 
SISTEMA MONOFÁFICO E TRIFÁSICO
SISTEMA MONOFÁFICO E TRIFÁSICOSISTEMA MONOFÁFICO E TRIFÁSICO
SISTEMA MONOFÁFICO E TRIFÁSICO
Allan Almeida de Araújo
 

Mais procurados (20)

Quarta parte curso de eletrônica apresentado no Hackerspace Uberlândia - MG -...
Quarta parte curso de eletrônica apresentado no Hackerspace Uberlândia - MG -...Quarta parte curso de eletrônica apresentado no Hackerspace Uberlândia - MG -...
Quarta parte curso de eletrônica apresentado no Hackerspace Uberlândia - MG -...
 
Circuitos eletricos 1 - Circuitos Elétricos em Corrente Contínua
Circuitos eletricos 1 - Circuitos Elétricos em Corrente ContínuaCircuitos eletricos 1 - Circuitos Elétricos em Corrente Contínua
Circuitos eletricos 1 - Circuitos Elétricos em Corrente Contínua
 
1.corrente contínuaealternada
1.corrente contínuaealternada1.corrente contínuaealternada
1.corrente contínuaealternada
 
Eletricidade aplicada
Eletricidade aplicadaEletricidade aplicada
Eletricidade aplicada
 
Introdução a Eletricidade
Introdução a EletricidadeIntrodução a Eletricidade
Introdução a Eletricidade
 
Superposicao fonte
Superposicao fonteSuperposicao fonte
Superposicao fonte
 
Corrente alternada circuitos
Corrente alternada circuitosCorrente alternada circuitos
Corrente alternada circuitos
 
Força Eletromagnética
Força EletromagnéticaForça Eletromagnética
Força Eletromagnética
 
Força magnética
Força magnéticaForça magnética
Força magnética
 
Aula 11 associação de resistores
Aula 11   associação de resistoresAula 11   associação de resistores
Aula 11 associação de resistores
 
Leis de ohm
Leis de ohmLeis de ohm
Leis de ohm
 
NOÇÕES DE ELETROSTÁTICA
NOÇÕES DE ELETROSTÁTICANOÇÕES DE ELETROSTÁTICA
NOÇÕES DE ELETROSTÁTICA
 
apostila Semicondutores
apostila Semicondutoresapostila Semicondutores
apostila Semicondutores
 
04 associação de resistores
04  associação de resistores04  associação de resistores
04 associação de resistores
 
Simulado de eletricidade básica
Simulado de eletricidade básicaSimulado de eletricidade básica
Simulado de eletricidade básica
 
2 Eletrónica Fundamental - Noções básicas de eletricidade
2   Eletrónica Fundamental - Noções básicas de eletricidade2   Eletrónica Fundamental - Noções básicas de eletricidade
2 Eletrónica Fundamental - Noções básicas de eletricidade
 
trabalho de física!
trabalho de física!trabalho de física!
trabalho de física!
 
Exercícios de eletricidade
Exercícios de eletricidadeExercícios de eletricidade
Exercícios de eletricidade
 
Intro espectroscopia
Intro espectroscopiaIntro espectroscopia
Intro espectroscopia
 
SISTEMA MONOFÁFICO E TRIFÁSICO
SISTEMA MONOFÁFICO E TRIFÁSICOSISTEMA MONOFÁFICO E TRIFÁSICO
SISTEMA MONOFÁFICO E TRIFÁSICO
 

Semelhante a Contacto entre metal e semicondutor. determinação experimental da diferença de potencial de contacto no díodo de schottky.

Conversão de Energia_Circuitos Magnéticos.pdf
Conversão de Energia_Circuitos Magnéticos.pdfConversão de Energia_Circuitos Magnéticos.pdf
Conversão de Energia_Circuitos Magnéticos.pdf
GuilhermeAmorim73
 
Aula Eletr Magn 15.pdf
Aula Eletr Magn 15.pdfAula Eletr Magn 15.pdf
Aula Eletr Magn 15.pdf
PedroNkadilu
 
11 propriedades eletricas-oticas_termicas_magneticas
11  propriedades eletricas-oticas_termicas_magneticas11  propriedades eletricas-oticas_termicas_magneticas
11 propriedades eletricas-oticas_termicas_magneticas
Manuel Bouzas
 
aula 7 transistores unijunção e efeito de campo.pptx
aula 7 transistores unijunção e efeito de campo.pptxaula 7 transistores unijunção e efeito de campo.pptx
aula 7 transistores unijunção e efeito de campo.pptx
Benedito32
 
Eletromagnetismo
EletromagnetismoEletromagnetismo
Eletromagnetismo
Vlamir Gama Rocha
 
Contato Metal-semicondutor
Contato Metal-semicondutorContato Metal-semicondutor
Contato Metal-semicondutor
REGIANE APARECIDA RAGI PEREIRA
 
12 circuitosde correntealternada-i - resistivo capacitivo indutivo
12 circuitosde correntealternada-i - resistivo capacitivo indutivo12 circuitosde correntealternada-i - resistivo capacitivo indutivo
12 circuitosde correntealternada-i - resistivo capacitivo indutivo
DavidSouza163
 
Materiaiscondutores qmar
Materiaiscondutores qmarMateriaiscondutores qmar
Materiaiscondutores qmar
Sebastian Nunes
 
ELECTROTECNIAAULAS.pdf
ELECTROTECNIAAULAS.pdfELECTROTECNIAAULAS.pdf
ELECTROTECNIAAULAS.pdf
AdnerioSamuelMazivil
 
TL II.1 - Campo Elétrico e Superfícies Equipotenciais
TL II.1 - Campo Elétrico e Superfícies EquipotenciaisTL II.1 - Campo Elétrico e Superfícies Equipotenciais
TL II.1 - Campo Elétrico e Superfícies Equipotenciais
Luís Rita
 
Corrente alternada
Corrente alternadaCorrente alternada
Corrente alternada
pacosantos
 
Pratica 2 - Carga específica do Elétron
Pratica 2 - Carga específica do ElétronPratica 2 - Carga específica do Elétron
Pratica 2 - Carga específica do Elétron
Elissandro Mendes
 

Semelhante a Contacto entre metal e semicondutor. determinação experimental da diferença de potencial de contacto no díodo de schottky. (12)

Conversão de Energia_Circuitos Magnéticos.pdf
Conversão de Energia_Circuitos Magnéticos.pdfConversão de Energia_Circuitos Magnéticos.pdf
Conversão de Energia_Circuitos Magnéticos.pdf
 
Aula Eletr Magn 15.pdf
Aula Eletr Magn 15.pdfAula Eletr Magn 15.pdf
Aula Eletr Magn 15.pdf
 
11 propriedades eletricas-oticas_termicas_magneticas
11  propriedades eletricas-oticas_termicas_magneticas11  propriedades eletricas-oticas_termicas_magneticas
11 propriedades eletricas-oticas_termicas_magneticas
 
aula 7 transistores unijunção e efeito de campo.pptx
aula 7 transistores unijunção e efeito de campo.pptxaula 7 transistores unijunção e efeito de campo.pptx
aula 7 transistores unijunção e efeito de campo.pptx
 
Eletromagnetismo
EletromagnetismoEletromagnetismo
Eletromagnetismo
 
Contato Metal-semicondutor
Contato Metal-semicondutorContato Metal-semicondutor
Contato Metal-semicondutor
 
12 circuitosde correntealternada-i - resistivo capacitivo indutivo
12 circuitosde correntealternada-i - resistivo capacitivo indutivo12 circuitosde correntealternada-i - resistivo capacitivo indutivo
12 circuitosde correntealternada-i - resistivo capacitivo indutivo
 
Materiaiscondutores qmar
Materiaiscondutores qmarMateriaiscondutores qmar
Materiaiscondutores qmar
 
ELECTROTECNIAAULAS.pdf
ELECTROTECNIAAULAS.pdfELECTROTECNIAAULAS.pdf
ELECTROTECNIAAULAS.pdf
 
TL II.1 - Campo Elétrico e Superfícies Equipotenciais
TL II.1 - Campo Elétrico e Superfícies EquipotenciaisTL II.1 - Campo Elétrico e Superfícies Equipotenciais
TL II.1 - Campo Elétrico e Superfícies Equipotenciais
 
Corrente alternada
Corrente alternadaCorrente alternada
Corrente alternada
 
Pratica 2 - Carga específica do Elétron
Pratica 2 - Carga específica do ElétronPratica 2 - Carga específica do Elétron
Pratica 2 - Carga específica do Elétron
 

Último

1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
SILVIAREGINANAZARECA
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
AurelianoFerreirades2
 
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdfUFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
Manuais Formação
 
As sequências didáticas: práticas educativas
As sequências didáticas: práticas educativasAs sequências didáticas: práticas educativas
As sequências didáticas: práticas educativas
rloureiro1
 
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.pptLeis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
PatriciaZanoli
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
LucianaCristina58
 
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
AntnioManuelAgdoma
 
Fernão Lopes. pptx
Fernão Lopes.                       pptxFernão Lopes.                       pptx
Fernão Lopes. pptx
TomasSousa7
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
TomasSousa7
 
A Evolução da história da Física - Albert Einstein
A Evolução da história da Física - Albert EinsteinA Evolução da história da Física - Albert Einstein
A Evolução da história da Física - Albert Einstein
WelberMerlinCardoso
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Mary Alvarenga
 
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdfOS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
AmiltonAparecido1
 
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIASA SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
HisrelBlog
 
Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
fernandacosta37763
 
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
LeticiaRochaCupaiol
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vidakarl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
KleginaldoPaz2
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
MateusTavares54
 
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdfTestes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
lveiga112
 

Último (20)

1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
 
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdfUFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
 
As sequências didáticas: práticas educativas
As sequências didáticas: práticas educativasAs sequências didáticas: práticas educativas
As sequências didáticas: práticas educativas
 
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.pptLeis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
 
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
 
Fernão Lopes. pptx
Fernão Lopes.                       pptxFernão Lopes.                       pptx
Fernão Lopes. pptx
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
 
A Evolução da história da Física - Albert Einstein
A Evolução da história da Física - Albert EinsteinA Evolução da história da Física - Albert Einstein
A Evolução da história da Física - Albert Einstein
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
 
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdfOS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
 
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIASA SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
 
Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
 
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
 
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vidakarl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
 
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdfTestes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
 

Contacto entre metal e semicondutor. determinação experimental da diferença de potencial de contacto no díodo de schottky.

  • 1. UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO FACULDADE DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE FÍSICA DE SEMICONDUTORES E OPTOELECTRÓNICA Contacto entre Metal e Semicondutor. Determinação Experimental da Diferença de Potencial de Contacto no Díodo de Schottky. Estudante: Adilson Agostinho. A. Andrade Nº 57100 5º Ano Docente: Professor Doutor Ivan Kolbin Monitores: Maitsudá Castelo da Conceição Matos
  • 2. 1 Índice 1. Objec tivo da Experiência; 2. Introdução Teórica; 2.1 – Função de Trabalho; 2.2 - Contacto metal-semicondutor tipo n; 2.3 - Característica corrente-tensão da junção de Schottky; 3. Esquema experimental; 4. Tratamento dos resultados experimentais; 5. Gráficos; 6. Observações e Conclusões Finais.
  • 3. 2 1. OBJECTIVO DA EXPERIÊNCIA Determinação experimental da diferença de potencial de contacto no díodo de Schottky. (Contacto entre metal e semicondutor). Calcular da altura da barreira potencial de contacto
  • 4. 3 2. INTRODUÇÃO TEÓRICA 2.1. Função de trabalho Na fronteira de separação de semicondutor com metal surge uma barreira de potencial e varia a concentração de portadores de carga. Os parâmetros eléctricos da junção dependem da polarização da tensão aplicada. A característica corrente-tensão desta junção não é linear. A resistência da junção para polarização directa é pequena e para polarização inversa é grande. A junção deste tipo é denominada a junção rectificadora. Além da junção rectificadora existe a junção óhmica, que tem a característica corrente-tensão linear. Tais junções são utilizadas para fabricar os contactos entre os fios metálicos e dispositivos semicondutores. Neste trabalho examinemos os processos físicos na região de contacto entre o metal e o semicondutor. Os electrões de condução do metal e do semicondutor interagem com a rede cristalina, portanto a sua energia é menor do que a de electrões livres no vácuo. Para que um electrão possa deixar o sólido é necessário ceder-lhe energia adicional. A energia mínima necessária para a saída de um electrão do sólido para o vazio, é denominada por função de trabalho exterior 0 e é igual a 0 = 𝐸0 − 𝐸𝐶, sendo E0 a energia do electrão em repouso no vazio. O valor de 0 depende das propriedades da rede cristalina e para diferentes semicondutores oscila entre 1-:-6eV. É evidente, que quanto maior for a temperatura do sólido tanto maior será o número de electrões capazes de passar através da barreira potencial. O processo de saída dos electrões para o vazio devido à excitação térmica denomina-se por emissão termiónica. Da teoria resulta que a densidade da corrente da emissão termiónica é dada pela seguinte expressão: 𝑗 = 𝐴𝑇2 𝑒 − (𝐸0 − 𝐸𝐹) 𝐾 𝐵 𝑇 = 𝐴𝑇2 𝑒 − Φ 𝐾 𝐵 𝑇 Onde: 𝐴 = 4 𝑒𝑚∗ 𝐾 𝐵 2 ℎ3 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡.
  • 5. 4 A grandeza  é denominada função de trabalho termodinâmico ou simplesmente Função de Trabalho, é a energia necessária para transitar um electrão do nível de Fermi para o vazio. A posição do nível de Fermi depende do tipo do semicondutor, da temperatura, da razão das massas efectivas do electrão e da lacuna. Se os dois materiais com as funções de trabalho diferentes encontram-se em contacto, surge uma diferença de potencial de contacto Vc, devido a redistribuição de portadores de carga. No estado de equilíbrio termodinâmico a diferença de potencial do contacto termodinâmico é proporcional a diferença de energias de Fermi dos materiais em contacto 𝑉𝑐 = (𝐸 𝐹1 − 𝐸 𝐹2). A diferença de potencial de contacto através do espaço vazio é determinada pela diferença de funções de trabalho dos materiais em contacto. 2.2. Contacto metal-semicondutor tipo n Examinemos o contacto metal-semicondutor do tipo n separados por um espaço d, sendo S e M funções de trabalho do semicondutor e do metal, respectivamente. Suponhamos que S seja menor que M (Fig.1: a - antes do contacto, b - no momento inicial). Se a distância entre o metal e o semicondutor for pequena, cerca de 10-7 cm, isto é, da ordem da distância inter atómica, devido à S < M surge o fluxo de electrões do semicondutor para o metal. No semicondutor os electrões deixam os iões positivos o qual fica carregado positivamente e o metal-negativamente. A redistribuição de carga origina o campo eléctrico interno E, a diferença de potencial de contacto Vc e surge uma barreira potencial. O campo eléctrico interno impede o movimento posterior dos electrões, o fluxo electrónicos continua até atingir o equilíbrio termodinâmico, quando os níveis de Fermi do metal e do semicondutor forem iguai. O valor máximo da diferença de potencial de contacto é igual a 𝑉𝑐 = ( 𝑀 −  𝑆)/𝑒 e o campo eléctrico é 𝐸 = 𝑉𝑐 /𝑑 = ( 𝑀 −  𝑆)/𝑒𝑑. A densidade de cargas superficiais na fronteira entre o metal e o semicondutor é  = 0 𝐸, a quantidade dos electrões em excesso por unidade de superfície é 𝑁 = /𝑒0 = ( 𝑀 −  𝑆)/𝑒2 𝑑. Para os valores típicos 𝑉𝑐 = 1𝑉, 𝑑 = 10−7 𝑐𝑚, 0 = 8,85 ∗ 10−12 𝐹/𝑚. Obtemos: 𝑬 = 𝟏𝟎 𝟕 𝑽 𝒄𝒎 ,  = 𝟖, 𝟖𝟓 ∗ 𝟏𝟎−𝟕 𝑪 𝒄𝒎 𝟐 , 𝑵 = 𝟓 ∗ 𝟏𝟎 𝟏𝟐 𝒄𝒎−𝟐 .
  • 6. 5 No semicondutor com concentração de electrões n=1014 cm-3 os electrões em excesso ficam distribuídos numa camada de espessura 𝐼𝑠 = 𝑁 𝑛 = 5 ∗ 10−2 = 500  𝑚. No metal a concentração dos electrões é 𝑛 𝑀 ≈ 1022 𝑐𝑚−3 , então obtemos 𝐼 𝑀 = 𝑁 𝑛 𝑀 = 5 ∗ 10−10 = 0,05Å. Daqui resulta que a camada empobrecida de electrões encontra-se quase totalmente no semicondutor. A intensidade do campo eléctrico na região de contacto originada pela diferença de potencial não ultrapassa o valor 107 V/cm, este campo não pode modificar a estrutura zonal do espectro energético e a largura da zona proibida, só pode curvar ligeiramente o fundo da zona de condução e o topo da zona de valência perto do contacto (Fig.1c). Este tipo de junção é denominado por junção de Schottky. O desvio máximo do fundo da zona de condução é dado por eVc. Figura 1: a - antes do contacto, b - no momento inicial, c – depois da redistribuição das cargas A profundidade de penetração do campo eléctrico de contacto no semicondutor pode ser determinada a partir da equação de Poisson. 𝒅 𝟐 𝑽 𝒅𝒙 𝟐 + 𝒆𝒏  𝟎 = 𝟎  𝑰 𝒔 = √ 𝟐 𝟎 𝑽𝒄 𝒆𝒏 = √ 𝟐 𝟎( 𝑀 −  𝑆) 𝒆 𝟐 𝒏 Desta fórmula mais exacta resulta que quanto menor for a concentração dos electrões no semicondutor e maior a diferença de funções de trabalho do metal e do semicondutor, tanto maior será a profundidade de penetração do campo eléctrico no semicondutor. Por exemplo, para o germânio com n=1014 cm- 3 e M-S=1eV obtemos lS=1,05*10-4 cm, =e0nlS=1,7*10-9 C/cm2 .
  • 7. 6 No caso de M > S a região de contacto fica enriquecida de lacunas, e empobrecida de electrões em relação ao volume do semicondutor, o nível de Fermi encontra-se mais próximo do topo da zona de valência. O enriquecimento da região contígua de contacto de portadores minoritários no semicondutor tipo n é acompanhado pela redução da condutibilidade eléctrica. A camada de condução reduzida é denominada barreira potencial. No caso de M < S a região de contacto no semicondutor fica enriquecida de electrões devido à sua transição do metal para o semicondutor, no qual surge o excesso de carga negativa. Na região de contacto os níveis energéticos do semicondutor ficam curvados para baixo. Devido a elevada concentração dos electrões aumenta a condutibilidade eléctrica da região de contacto e forma-se a junção-antibarreira. O enriquecimento forte da zona de contacto pelos portadores maioritários pode originar a degeneração do semicondutor. Se o contacto do metal forma-se com o semicondutor do tipo p, então a barreira potencial surge para M < S e a antibarreira para M > S. 2.3. Característica corrente-tensão da junção de Schottky O contacto cuja resistência depende da polarização da junção é denominado contacto rectificador. O exemplo típico do contacto rectificador é a junção de Schottky. A característica corrente-tensão da junção de Schottky é dada pela expressão seguinte: 𝑰 = 𝑰 𝒔 𝒆 ± 𝒆 𝟎 𝑽 𝑲 𝑩 𝑻 − 𝟏 (1) Sendo: 𝑰 𝒔 = 𝑨𝒆 − 𝒆 𝟎 𝑽 𝒄 𝑲 𝑩 𝑻 - Corrente térmica, eo - a carga elementar, V - a tensão aplicada (sinal + corresponde à polarização directa, sinal - à polarização inversa), KBT - a energia térmica, Vc - a diferença de potencial de contacto, A = constante.
  • 8. 7 Analisando o segmento da característica corrente-tensão da junção de Schottky próximo do ponto V=0, é possível encontrar a diferença de potencial de contacto Vc e a altura da barreira potencial. Ao derivar a expressão (1) em relação a tensão V podemos encontrar a resistência diferencial da junção R0 para tensão próxima ao zero (V = 0), isto é: 𝒅𝑰 𝒅𝑽 = 𝟏 𝑹 𝟎 = 𝑨𝒆 − 𝒆 𝟎 𝑽 𝑲 𝑩 𝑻 ( 𝒆 𝟎 𝑽 𝑲 𝑩 𝑻 ) 𝒆 ± 𝒆 𝟎 𝑽 𝑲 𝑩 𝑻 (2) Para 𝑉0 da fórmula (2) obtemos: 𝑹 𝟎 = ( 𝑲 𝑩 𝑻 𝒆 𝟎 𝑨 ) 𝒆 𝒆 𝟎 𝑽 𝒄 𝑲 𝑩 𝑻 A variação da resistência diferencial R0 em função de temperatura é determinada essencialmente pelo termo exponencial, portanto na primeira aproximação podemos considerar que 𝑲 𝑩 𝑻 𝒆 𝟎 𝑨 = 𝑪 = 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕. Então, resulta 𝑹 𝟎 = 𝑪𝒆 𝒆 𝟎 𝑽 𝒄 𝑲 𝑩 𝑻 . Ao logaritmisar a última expressão obtemos: 𝑙𝑛𝑅0 = 𝑙𝑛𝐶 + 𝑒0 𝑉𝑐 𝐾 𝐵 𝑇  𝑙𝑛𝑅0 = 𝑒0 𝑉𝑐 𝐾 𝐵 𝑇 (3) Ao medir experimentalmente a resistência R0 para diferentes temperaturas podemos apresentar gràficamente lnR0 em função da temperatura inversa (1/T). O declive desta função linear determina a diferença de potencial de contacto. 𝑽 𝒄 = ( 𝑲 𝑩 𝒆 𝟎 ) 𝐭𝐚𝐧 𝜶 (4) 𝐭𝐚𝐧 𝜶 = 𝒍𝒏𝑹 𝟎𝟏 − 𝒍𝒏𝑹 𝟎𝟐 𝟏 𝑻 𝟐 − 𝟏 𝑻 𝟏 (5) Sendo R01 e R02 as resistências diferenciais do contacto para as temperaturas T1 e T2, respectivamente.
  • 9. 8 3. ESQUEMA EXPERIMENTAL A diferença de potencial de contacto é medida experimentalmente no díodo de Schottky, entre o cristal de germânio do tipo n e o terminal metálico, feito de platina. O esquema experimental está representado na Fig. 2 e é composto pelos seguintes aparelhos: Figura 2: Esquema experimental 1. Fonte de alimentação -está ligada aos pontos C e D da ponte. A tensão aplicada ao díodo de Schottky deve ser muito menor que a diferença de potencial de contacto Vc. 2. Ponte ordinária - é formada por dois resistores padrões - R1 = 220 , R2 = 100 ; por uma caixa de resistores R3 cuja resistência pode variar de 1 até 10k com precisão de 1 e por um díodo de Schottky com resistência diferencial R0. 3. Forno eléctrico - onde se encontra o díodo de Schottky colocado num copo com óleo. A temperatura do díodo pode variar desde a temperatura ambiente até 100 0 C. 4. Termómetro digital - serve para controlar a temperatura do díodo de Schottky. O elemento sensível do termómetro deve ser disposto perto do díodo. 5. Galvanómetro - serve para registar o momento de equilíbrio da ponte. Na ponte equilibrada a corrente eléctrica entre os pontos A e B deve ser igual a zero. Gerador Forno Termômetro R0 B R1R 2 A . . . . R3 G D C
  • 10. 9 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1. Montar o circuito conforme a figura 2. 2. Estabelecer a resistência R1=220Ω e R2=100Ω; 3. Ligar a fonte de tensão e estabelecer a tensão de saída cerca de 100mV; 4. Ligar o termómetro digital e escolher o regime de medição de temperatura; 5. Equilibrar a ponte mediante a caixa de resistores, anulando a corrente eléctrica entre os pontos A e B. No momento de equilíbrio anotar o valor de resistência R3 e a temperatura ambiente; 6. Ligar o forno eléctrico e medir a resistência R3 para diferentes temperaturas, desde a temperatura ambiente até 80˚C; 7. Lançar os dados experimentais na tabela 1. TABELA 1: OBTENÇÃO DOS DADOS EXPERIMENTAIS NO AQUECIMENTO t (°C) T (K) 1/T (K¯¹) R₁ (Ω) R₂ (Ω) R₃ (Ω) R₀ (Ω) lnR₀ 25 298 0.00336 220 100 3300 7260 8.89 40 313 0.00319 " " 1520 3344 8.115 49 322 0.00311 " " 970 2134 7.666 55 328 0.00304 " " 740 1628 7.395 59 332 0.00301 " " 600 1320 7.185 67 340 0.00294 " " 471 1036 6.943 74 347 0.00288 " " 388 854 6.75 80 353 0.00283 " " 326 717 6.575 88 361 0.00277 " " 290 638 6.458 96 369 0.00271 " " 260 572 6.49 TABELA 2: OBTENÇÃO DOS DADOS EXPERIMENTAIS NO ARREFECIMENTO t (°C) T (K) 1/T (K¯¹) R₁ (Ω) R₂ (Ω) R₃ (Ω) R₀ (Ω) lnR₀ 75 348 0.00287 220 100 270 594 6.387 64 337 0.00297 " " 430 946 6.852 58 331 0.00302 " " 570 1254 7.134 53 326 0.00306 " " 680 1496 7.311 49 322 0.00310 " " 810 1782 7.485
  • 11. 10 45 318 0.00314 " " 1080 2376 7.773 40 313 0.00319 " " 1310 2882 7.966 37 310 0.00323 " " 1470 3234 8.081 34 307 0.00326 " " 1600 3520 8.166 28 301 0.00332 " " 2300 5060 8.530 5. TRATAMENTO DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS 1. Calcule a resistência diferencial do díodo de Schottky a partir da condição de equilíbrio da ponte. R1 × R3 = R0 × R2  R0 = R1 × R3 R2 (6) 2. Com base nos dados experimentais construa no Excel o gráfico. 𝐥𝐧 𝑹 𝟎 = 𝒇( 𝟏 𝑻⁄ ) 3. Determine o declive deste gráfico pela fórmula (5). 4. Calcule a diferença de potencial de contacto Vc pela fórmula (4). 5. Calcule a altura da barreira potencial de contacto pela fórmula: 𝑼 𝒄 = 𝒆 𝟎 𝑽 𝒄
  • 12. 11 6. GRÁFICOS E CÁLCULO DA DIFERENÇA DE POTENCIAL DE CONTACTO Tabela 3: Dados experimentais para o gráfico (aquecimento). 1/T (K¯¹) lnR₀ 0.00336 8.89 0.00319 8.115 0.00311 7.666 0.00304 7.395 0.00301 7.185 0.00294 6.943 0.00288 6.75 0.00283 6.575 0.00277 6.458 0.00271 6.49 Gráfico 1: 𝐥𝐧 𝑹 𝟎 = 𝒇( 𝟏 𝑻⁄ ) para o aquecimento. A partir do gráfico 1, temos: tan 𝛼 = 3882.2 Assim, calculamos a Diferença de Potencial de contacto: 𝑉𝑐 = 𝐾 𝐵 𝑒0 ∙ tan 𝛼 = 0.335𝑉 A partir daí, teremos a Barreira de Potencial de Contacto: 𝑈𝑐 = 𝑒0 𝑉𝑐 = 5,36 ∙ 10−20 𝑉 ONDE: 1eV = 1.60x10 -19 J ; KB = 8.617 x10 -5 eV/K y = 4706.9x - 7.0982 R² = 0.995 6.49 6.99 7.49 7.99 8.49 8.99 0.00271 0.00291 0.00311 0.00331 0.00351 logaritmodaResistênciaDiferencia lnR₀ Inverso da Temperatura 1/T (K¯¹)
  • 13. Tabela 4: Dados experimentais para o gráfico (arrefecimento) Gráfico 2: 𝐥𝐧 𝑹 𝟎 = 𝒇( 𝟏 𝑻⁄ ) para o arrefecimento A partir do gráfico 2, temos: tan 𝛼 = 4706.9 Assim, calculamos a Diferença de Potencial de contacto: 𝑉𝑐 = 𝐾 𝐵 𝑒0 ∙ tan 𝛼 =0.406 A partir daí, teremos a Barreira de Potencial de Contacto: 𝑈𝑐 = 𝑒0 𝑉𝑐 = 6.49∙ 10−20 𝑉 1/T (K¯¹) lnR₀ 0.00287 6.387 0.00297 6.852 0.00302 7.134 0.00306 7.311 0.00310 7.485 0.00314 7.773 0.00319 7.966 0.00323 8.081 0.00326 8.166 0.00332 8.530 y = 4706.9x - 7.0982 R² = 0.995 6.49 6.99 7.49 7.99 8.49 8.99 0.0028 0.0029 0.003 0.0031 0.0032 0.0033 0.0034 logaritmodaResistênciaDiferencia lnR₀ Inverso da Temperatura 1/T (K¯¹)
  • 14. 13 7. CONCLUSÕES FINAIS Durante a experiencia verifiquei que, por causa da diferença da Função de trabalho do Metal e do Semiconductor, os portadores de carga sofrem a redistribuição, e por causa disso surge a Diferença de Potencial de contacto. Comparando os valores da diferença de potencial de contacto e a altura da barreira potencial de contacto, obtidos tanto no aquecimento como no arrefecimento, podemos facilmente notar o seguinte:  Para o aquecimento 𝑉𝑐 = 0.406𝑉; 𝑈𝑐 = 6.49∙ 10−20 𝑉 ⟹ 𝑉𝑐 ≫ 𝑈𝑐  Para o arrefecimento. 𝑉𝑐 = 0.405𝑉; 𝑈𝑐 = 6.48∙ 10−20 𝑉 ⟹ 𝑉𝑐 ≫ 𝑈𝑐 Podemos ainda concluir que quanto maior for a diferença de potencial de contacto, tanto maior será a altura da barreira potencial de contacto.
  • 15. 13