1. Elaboradopor Dr. AnacletoYuri
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Alguns ícones da literatura angolana
1- Agostinho Neto
Agostinho Neto nasceu na aldeia de Kaxicane, região de Icolo e Bengo, a cerca de 60
km de Luanda, no dia 17 de Setembro de 1922 e faleceu no dia 10 de Setembro de
1979 em Moscovo (Rússia). O pai era pastor e professor da Igreja Metodista e, a sua
mãe, era igualmente professora.
Após ter concluído o curso liceal em Luanda, trabalhou nos serviços de saúde e viria a
tornar-se rapidamente uma figura proeminente do movimento cultural nacionalista que,
durante os anos quarenta, conheceu uma fase de vigorosa expansão em Angola.
Decidido a formar-se em Medicina, embarca para Portugal em 1947 e matricula-se na
Faculdade de Medicina de Coimbra, e posteriormente na de Lisboa. Dois anos depois da
sua chegada à Portugal, foi-lhe concedida uma bolsa de estudos pelos Metodistas
Americanos.
Em 1958, Agostinho Neto licenciou-se em Medicina e, casou com Maria Eugénia, no
próprio dia em que concluiu o curso. Neste mesmo ano, foi um dos fundadores do
clandestino Movimento Anticolonial (MAC), que reunia patriotas oriundos das diversas
colónias portuguesas.
Em 30 de Dezembro de 1959. Neto voltou ao seu País, com a mulher, Maria Eugénia, e
o filho de tenra idade, e passou a exercer a medicina entre os seus compatriotas. Em 8
de Junho de 1960, o director da PIDE veio pessoalmente prender Neto no seu
Consultório em Luanda.
Uma manifestação pacífica realizada na aldeia natal de Neto em protesto contra a sua
prisão foi recebida pelas balas da polícia. Trinta mortos e duzentos feridos foi o balanço
do que passou a designar-se pelo Massacre de Icolo e Bengo.
Em Dezembro de 1962, foi eleito presidente do MPLA durante a Conferência Nacional
do Movimento.
Em 1970 foi-lhe atribuído o Prémio Lótus, pela Conferência dos Escritores Afro-
Asiáticos com a "Revolução dos Cravos" em Portugal e a derrocada do regime fascista
de Salazar, continuado por Marcelo Caetano, em 25 de Abril de 1974.
Obras:
Quatro Poemas de Agostinho Neto, 1957, Póvoa do Varzim,
Poemas, 1961, Lisboa, Casa dos Estudantes do Império;
Sagrada Esperança, 1974, Lisboa, Sá da Costa (inclui os poemas dos dois
primeiros livros);
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A Renúncia Impossível, 1982, Luanda, INALD (edição póstuma).
2- Uanhenga Xitu
Uanhenga Xitu é o nome Kimbundu de Agostinho André Mendes de Carvalho,
nacionalista que nasceu em 29 de Agosto de 1924, em Calomboloca, Icolo e Bengo,
Luanda. – Faleceu no dia 13 de Fevereiro de 2014.
Em 1959 foi preso no quadro do chamado “Processo dos 50” e enviado para o Campo
de Concentração do Tarrafal, onde permaneceu de 1962 a 1974.
Por força da sua actividade política, este enfermeiro de profissão, que estudou mais
tarde Ciências Políticas, foi Governador de Luanda, Ministro da Saúde, Embaixador na
Alemanha e Deputado à Assembleia Nacional, onde se mantém na actualidade.
Foi na cadeia, por influência de amigos, com os também escritores e poetas António
Jacinto e António Cardoso, que Mendes de Carvalho começa a escrever e cria alguns
dos mais emblemáticos personagens da história da nossa Literatura, como Kahitu e
Mestre Tamoda.
Dessa época lamenta a perda de textos importantes:
Uanhenga Xitu tem publicado:
Meu Discurso (1974);
Mestre Tamoda (1974);
Bola com Feitiço (1974);
Manana (1974);
Vozes na Sanzala-Kahitu (1976);
Os Sobreviventes da Máquina Colonial Depõem (1980);
Os Discursos de Mestre Tamoda (1984);
O Ministro (1989);
Cultos Especiais (1997);
Os Sobreviventes da Máquina Colonial Depõem (reedição 2002);
O Ministro (reedição 2005).
Outra das grandes curiosidades que suscita é a origem do seu nome, revelada apenas aos
poucos que privam com ele. Diz que Uanhenga Xitu significa “o poder odiado”.
- «Isto posto em palavras simples, Uanhenga é pendurar a carne no pescoço (o
transportar da caça por dois carregadores, a peça amarrada num pau sobre o ombro de
dois caçadores). Xitu é precisamente carne. Na sanzala diz-se: “uanhega xitu ku mu nja
u mundo”, o que significa “ele levou a carne e passa pela cidade fora, ninguém gosta
deste homem, porque ele vai comer sozinho”. Isso generalizou-se entre quase todos os
sentidos da vida.
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3- António Jacinto
António Jacinto do Amaral Martins nasceu no dia 28 de Setembro de 1924, em Luanda,
e morreu em 23 de Junho de 1991, em Lisboa. Usou também o pseudónimo de Orlando
Távora, para assinar alguns contos.
Poemas inacabados
Poemas (1961),
Vovô Bartolomeu (1979),
Sobreviver em Tarrafal de Santiago (1985; 2ªed.1999),
Poemas célebres
Poemas (1982, edição aumentada),
Em Kilunje do Golungo (1984),
Prometeu (1987),
Fábulas de Sanji (1988)
Carta dum contratado
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4- Pepetela
Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, conhecido pelo pseudónimo de Pepetela
(nasceu em Benguela, 29 de Outubro de 1941), é um escritor angolano.
A sua obra reflecte sobre a história contemporânea de Angola, e os problemas que a
sociedade angolana enfrenta. Durante a longa guerra, Pepetela, angolano de ascendência
portuguesa, lutou juntamente com MPLA (Movimento Popular de Libertação de
Angola) para libertação da sua terra natal. O seu romance, Mayombe, retrata as vidas e
os pensamentos de um grupo de guerrilheiros durante aquela guerra. Yaka segue a vida
de uma família colonial na cidade de Benguela ao longo de um século, e A Geração da
Utopia mostra a desilusão existente em Angola depois da independência. A história
angolana antes do colonialismo também faz parte das obras de Pepetela, e pode ser lida
em A Gloriosa Família e Lueji. A sua obra nos anos 2000 crítica a situação angolana,
textos que contam com um estilo satírico incluem a série de romances policiais
denominada Jaime Bunda. Licenciado em Sociologia, Pepetela é docente da Faculdade
de Arquitectura da Universidade Agostinho Neto em Luanda.
Pepetela é descendente de uma família colonial portuguesa, os seus pais eram, no
entanto, já nascidos em Angola. Pepetela concluiu o ensino primário em sua cidade
natal e depois partiu para o Lubango, onde foi possível prosseguir com os estudos. Foi
no Liceu Diogo Cão que Pepetela completou o ensino secundário. O escritor cresceu
num ambiente da classe média, mas frequentou uma escola primária com crianças de
várias raças e classes. Ele diz que a cidade de Benguela lhe deu mais oportunidades para
conhecer angolanos de todas as raças porque era a cidade angolana mais multirracial
daquela época.
Lisboa, em 1958, foi o destino académico que se seguiu, no Instituto Superior Técnico
que o autor frequentou até 1960 quando ingressa no curso de engenharia. Uma vez mais
a mudança, desta vez para frequentar o curso de Letras apenas durante um ano, pois,
ainda em 1961, Pepetela faz a opção política que viria a mudar o rumo da sua vida e a
marcar toda a sua obra, tornando-o um narrador de uma história de Angola que conhece,
porque a viveu. Pepetela tornou-se militante do MPLA em 1963.
OBRAS
Livros de Romances
1972 - As Aventuras de Ngunga
1978 - Muana Puó
1980 - Mayombe
1985 - O Cão e os Caluandas
1985 - Yaka
1990 - Lueji
1992 - Geração da Utopia
1995 - O Desejo de Kianda
1997 - Parábola do Cágado Velho
1997 - A Gloriosa Família
2000 - A Montanha da Água Lilás
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2001 - Jaime Bunda, Agente Secreto
2003 - Jaime Bunda e a Morte do Americano
2005 - Predadores
2007 - O Terrorista de Berkeley, Califórnia
2008 - O Quase Fim do Mundo
2008 - Contos de Morte
2009 - O Planalto e a Estepe
2011 - A Sul. O Sombreiro
2013 - O Tímido e as Mulheres
Peças
1978 - A Corda
1980 - A Revolta da Casa dos Ídolos
Crónicas
2015 - Crónicas Maldispostas
Prémios
Prémio Camões em 1997.
Outros galardões
Grau de doutor honoris causa pela Universidade do Algarve, conferido em 28 de
Abril de 2010.
5- Jofre Rocha
Roberto António Victor Francisco de Almeida nasceu no Bengo, no dia 5 de
Fevereiro de 1941.
Obras publicadas:
«Tempo de Cício» (1973),
«Estórias do Musseque» (1979),
«Assim se Fez Madrugada, (1977),
«Estórias de Kapangombe» (1978),
“Crónicas de Ontem e de Sempre” (1984),
“Estória Completa” (1985),
“60 Canções de Amor e Luta» (1985)
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«Meu Nome é Moisés Mulambo» (2003).
6- Manuel Rui Monteiro
Manuel Rui Alves Monteiro nasceu no Huambo em 1941, tendo vivido durante anos em
Coimbra onde se licenciou em Direito.
Em Portugal foi advogado e membro da direcção da revista "Vértice", de que foi
colaborador. Regressou a Angola em 1974, onde ocupou diversos cargos políticos,
tendo sido Ministro da Informação do Governo de Transição.
Foi também professor universitário e Reitor da Universidade de Huambo, um dos
principais ficcionistas Angolanos.
Obra poética:
Poesia sem Notícias, 1967, Porto,
A Onda, 1973, Coimbra, Ed. Centelha;
11 Poemas em Novembro (Ano Um), 1976, Luanda, União dos Escritores
Angolanos;
11 Poemas em Novembro (Ano Dois), 1977, Luanda, União dos Escritores
Angolanos;
11 Poemas em Novembro (Ano Três), 1978, Luanda, União dos Escritores
Angolanos;
Agricultura, 1978, Luanda, Ed. Conselho Nacional de Cultura / Instituto
Angolano do Livro;
11 Poemas em Novembro (Ano Quatro), 1979, Luanda, União dos Escritores
Angolanos;
11 Poemas em Novembro (Ano Cinco), 1980, Luanda, União dos Escritores
Angolanos;
11 Poemas em Novembro (Ano Seis), 1981, Luanda, União dos Escritores
Angolanos;
11 Poemas em Novembro (Ano Sete), 1984, Luanda, União dos Escritores
Angolanos;
Cinco Vezes Onze Poemas em Novembro (Reúne os 5 primeiros livros da série
11 Poemas em Novembro), 1985, Lisboa, Edições 70;
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11 Poemas em Novembro (Ano Oito), 1988, Luanda, União dos Escritores
Angolanos;
Assalto, sem data, Lisboa, Plátano Editora.
7- Óscar Bento Ribas
Óscar Bento Ribas (nasceu no dia17 de Agosto de 1909 e faleceu no dia 19 de Junho
de 2004) foi um escritor e etnólogo angolano.
Filho de Arnaldo Gonçalves Ribas, natural da Guarda (Portugal) e de Maria da
Conceição Bento Faria. Após ter concluído os estudos primários em Luanda, frequenta
então o Seminário e conclui o quinto ano no Liceu Salvador Correia de Luanda.
Obras
Considerado fundador da ficção literária, Óscar Ribas iniciou a sua actividade literária
ainda estudante do Liceu.
Nuvens que passam, (1927), (novela)
Resgate de uma falta, (1929), (novela)
Flores e espinhos Uanga, (1950)
Ecos da minha terra, (1952)
Em toda a produção literária posterior, Óscar Ribas demonstra na verdade uma
propensão pouco comum entre os escritores da sua geração e mesmo em gerações
posteriores. Revela-se profundamente preocupado com os temas da literatura oral,
filologia, religião tradicional e filosofia dos povos de língua Kimbundu. Destas
preocupações resultam a sua bibliografia dos anos 60:
Uanga - Feitiço (Romance Folclórico)
Ilundo - Espíritos e Ritos Angolanos (1958,1975)
Missosso 3 volumes (1961,1962,1964)
Alimentação regional angolana (1965)
Izomba - Associativismo e recreio (1965)
Sunguilando - Contos tradicionais angolanos (1967, 1989)
Kilandukilu - Contos e instantâneos (1973)
Tudo isto aconteceu - Romance autobiográfico (1975)
Cultuando as musas - poesia (1992)
Dicionário de Regionalismos angolanos
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Prémios e títulos
Prémio Margaret Wrong (1952)
Prémio de Etnografia do Instituto de Angola (1959)
Prémio Monsenhor Alves da Cunha (1964)
Títulos
Membro titular da Sociedade brasileira de Folk-lore (1954)
Oficial da Ordem do Infante do governo português (1962)
Medalha Gonçalves Dias pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro (1968)
Diploma de Mérito da Secretaria de Estado da Cultura (1989).
8- José Eduardo Agualusa
José Eduardo Agualusa Alves da Cunha (nasceu na província do Huambo (Angola), aos 13 de
Dezembro de 1960) é um escritor angolano.
Obras:
A Conjura (romance, 1989)
D. Nicolau Água-Rosada e outras estórias verdadeiras e inverosímeis (contos,
1990);
O coração dos Bosques (poesia, 1991);
A feira dos assombrados (novela, 1992);
Estação das Chuvas (romance, 1996);
Nação Crioula: correspondência secreta de Fradique Mendes (romance, 1997);
Fronteiras Perdidas, contos para viajar (contos, 1999);
Um Estranho em Goa (romance, 2000);
Estranhões e Bizarrocos (literatura infantil, 2000);
A Substância do Amor e Outras Crónicas (crónicas, 2000);
O Homem que Parecia um Domingo (contos, 2002);
O Ano em que Zumbi Tomou o Rio (romance, 2002);
Catálogo de Sombras (contos, 2003);
O Vendedor de Passados (romance, 2004);
Manual Prático de Levitação (contos, 2005);
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A girafa que comia estrelas (novela, 2005);
Passageiros em Trânsito (contos, 2006);
O filho do vento (novela, 2006);
As Mulheres do Meu Pai (romance, 2007);
Na rota das especiarias (guia, 2008);
Barroco Tropical (romance, 2009);
Milagrário Pessoal (romance, 2010);
Nweti e o mar: exercícios para sonhar sereias (infantil, 2011);
Teoria geral do Esquecimento (romance, 2012);
A educação sentimental dos pássaros (romance, 2012);~
A vida no céu (romance, 2013);
A Rainha Ginga (romance, 2014);
O Livro dos Camaleões (contos, 2015).
9- José Luandino Vieira
José Luandino Vieira, pseudónimo literário de José Vieira Mateus da Graça (Vila
Nova de Ourém, 4 de maio de 1935) é um escritor angolano.
Português de nascimento, passou a juventude em Luanda, onde concluiu os estudos
secundários.
Durante a Guerra Colonial, combateu nas fileiras do MPLA, contribuindo para a criação
da República Popular de Angola.
Detido pela PIDE, pela primeira vez em 1959, foi um dos acusados do Processo dos 50,
acabando condenado a 14 anos de prisão, em 1961.
Em 1975 regressou a Angola. Ocupou os cargos de director da Televisão Popular de
Angola (1975-1978), director do Departamento de Orientação Revolucionária do
MPLA (1975-1979) e do Instituto Angolano de Cinema (1979-1984). Foi co-fundador
da União dos Escritores Angolanos, de que foi secretário-geral (1975-1980 e 1985-
1992), e secretário-geral adjunto da Associação dos Escritores Afroasiáticos (1979-
1984).
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Na sequência das eleições de 1992, e do reinício da guerra civil angolana, regressou a
Portugal. Radicou-se no Minho Vila Nova De Cerveira, onde vive em isolamento na
quinta de um amigo, dedicando-se à agricultura.
Em 2006 foi-lhe atribuído o Prémio Camões, o maior galardão literário da língua
portuguesa. Luandino recusou o prémio alegando, segundo um comunicado de
imprensa, «motivos íntimos e pessoais». Entrevistas posteriores, sobretudo ao Jornal de
Letras, esclareceram que o autor não aceitara o prémio por se considerar um escritor
morto e, como tal, entendia que o mesmo deveria ser entregue a alguém que continuasse
a produzir. Ainda assim publicou dois novos livros em 2006.
Cargos que exerceu
1975 - 1978 - Organizou e dirigiu a Televisão Popular de Angola;
1979 - Dirigiu o Departamento de Orientação Revolucionária do MPLA;
1975 - 1980 - Secretário-geral da União dos Escritores Angolanos (Membro
Fundador);
1979 - 1984 - Dirigiu o Instituto Angolano do Cinema;
1979 - 1984 - Secretário-geral Adjunto da Associação dos Escritores
Afroasiáticos;
1985 - 1992 - Secretário-geral da União dos Escritores de Angola.
Obras
A cidade e a infância (Contos), 1957; 1986
Duas histórias de pequenos burgueses (Contos), 1961
Luanda (Contos), 1963; 2004
Vidas novas (Contos), 1968; 1997
Velhas histórias (Contos), 1974; 2006
Duas histórias (Contos), 1974
No antigamente, na vida (Contos), 1974; 2005
Macandumba (Contos), 1978; 2005
Lourentinho, Dona Antónia de Sousa Neto & eu (Contos), 1981; 1989
História da baciazinha de Quitaba (Conto), 1986
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Novela
A vida verdadeira de Domingos Xavier, 1961; 2003
João Vêncio. Os seus amores, 1979; 2004
Romance
Nosso Musseque (Romance), 2003
Nós, os do Makulusu (Romance), 1974; 2004
O livro dos rios, 1º vol. da trilogia De rios velhos e guerrilheiros (Romance),
2006
Infanto-juvenil
A guerra dos fazedores de chuva com os caçadores de nuvens. Guerra para
crianças (infanto-juvenil), 2006.~
10- Viriato Clemente da Cruz
Viriato Francisco Clemente da Cruz (Porto Amboim, 25 de março de 1928 - Pequim,
República Popular da China, 13 de junho de 1973) foi considerado um importante
impulsionador de uma poesia angolana, nas décadas de 1940, 1950 e 1960, e um dos
líderes da luta pela libertação de Angola.
Viriato cresceu numa família em situação económica difícil, uma vez que o seu pai o
tinha abandonado. Apesar destas dificuldades, fez estudos liceais no Liceu Salvador
Correia. Nos anos 1950 esteve em contacto com a movimentação anticolonial
clandestina em Luanda, incluindo o Partido Comunista Angolano (PCA), fundado
naquela altura. Abandonou Angola por volta de 1957 para se dirigir a Paris onde se
encontrou com Mário Pinto de Andrade, desenvolvendo actividades políticas e
culturais.
Tal como Mário Pinto de Andrade, Viriato participou na fundação, no exterior de
Angola, do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), em 1960, tornando-
se o seu secretário-geral. Nesta capacidade fez parte de uma delegação da recém-
formada FRAIN (Frente Revolucionária Africana pela Independência Nacional dos
Povos sob Domínio Português) que, ainda em agosto de 1960, fez uma viagem à China
para obter apoios. Este foi um passo fundamental para Viriato da Cruz. Ele trouxe
dinheiro que ajudou a nível político-militar e financeiro o MPLA.
Em 1962, Viriato da Cruz abandonou o cargo de secretário-geral do MPLA, devido a
insanáveis divergências com o presidente do movimento, Agostinho Neto, e foi
formalmente expulso, em 1963.
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Principais obras
Poemas. Lobito, 1974. Coleção Cadernos Capricórnio, 25.
Coletânea de Poemas: 1947-1950. Lisboa, 1961. Coleção Autores Ultramarinos,
4.
Poemas: Viriato da Cruz. Vila Nova de Cerveira: Nóssomos; Luanda:
Nóssomos, 2013. Coleção Poesia.
Entre os seus poemas destacam-se Namoro, Sô Santo e Makézu.
11- José Mena Abrantes
José Manuel Feio Mena Abrantes (Malanje, 11 de Janeiro de 1945), é um jornalista,
dramaturgo, director e escritor de ficção, teatro e poesia angolano.
Licenciado em Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa,
exerce a profissão de jornalista desde 1975 com colaboração em vários órgãos de
informação angolanos, portugueses, franceses e moçambicanos. E é membro da União
dos Escritores Angolanos.
Foi co-fundador e co-responsável dos grupos teatrais TCHINGANJE, que apresentou
em fins de Novembro de 1975 a primeira obra de teatro da Angola independente e
XILENGA-TEATRO. Dirigiu durante dois anos (1985-1987) o GRUPO DE TEATRO
DA FACULDADE DE MEDICINA DE LUANDA e fundou em Maio de 1988 o grupo
ELINGA TEATRO, de que é director e encenador, que tem participado com
regularidade em festivais de teatro em países de África, Europa e América.
Publicações
O Grande Circo Autêntico
Ana, Zé e os Escravos
Nandyala ou a tirania dos monstros
Cangalanga, a Doida dos Cahoios
Pedro Andrade, a Tartaruga e o Gigante
A última viagem do "Príncipe Perfeito"
Sequeira, Luís Lopes ou o mulato dos prodígios
Amêsa ou A Canção do Desespero
Tari-Yari, Misericórdia e Poder no Reino do Congo
A Órfã do Rei
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O Pássaro e a Morte
Sem Herói nem Reino ou o Azar da Cidade de S. Filipe de Benguela com o
Fundador que lhe Tocou a Sorte
Na Nzuá Amirá ou de como o Prodigioso Filho de KImanaueze se Casou com a
Filha do Sol e da Lua
Teatro I e II ( Colecção Cena Lusófona - compilação de 12 peças).
Kimpa Vita - A Profetisa Ardente (Edições Nandyala)
Ficção/Poesia
Meninos
Caminhos Desencantados
Objectivos Musicais
O Gravador de Ilusões
Na Curva do Cão Morto
Prémios
Como poeta e contista, recebeu por três vezes (1986 por "Ana, Zé e os Escravos",1990
por "Meninos",1994 por Caminhos Des-encantados) o Prémio Sonangol de Literatura,
máximo galardão da literatura angolana da actualidade.
Menção Honrosa no Concurso Sonangol de Literatura por "O Gravador de Ilusões"
(antes "O Pião") de 1990 e "Sequeira, Luís Lopes ou O mulato dos prodígios de 1991.
1º Prémio de Poesia (ex-sequo) dos Jogos Florais de Caxinde por "Objectos Musicais".
Prémio Palop do Livro em Língua Portuguesa (2º lugar) em São Tomé e Príncipe por
"Na Curva do Cão Morto".
Obs.: Existem outros bons escritores angolanos, mas limitamo-nos apenas nestes.
Boa leitura e compreensão!