Este livro de poesia é dedicado ao filho do autor, Cauã Carvalho Abrantes. Contém vários poemas curtos que exploram temas como amor, desejo, loucura e reflexões sobre a vida. Foi publicado de forma independente em 2001 sob o heterônimo literário Rusgat Niccus.
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Como se fossem quadros e espelhos esquecidos sobre a pia de lavar(poesia)
1. Como se Fossem
Quadros e Espelhos
Esquecidos Sobre a
Pia de Lavar
Rusgat Niccus
2001
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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2. “Sou um pesadelo curto em teu desejo, um cancer tolo em teu sonho esquio, um
amor fatal que sei que vai te machucar...”
Diegho Courtenbitter
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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3. Dedicatória
“Dedicado com todo amor
Vai este exímio livro
Com todas as suas entrelinhas
Endereçadas aos amores de Minha vida
Aquelas que dei um Beijo chorado
Ébrio, rosnado, surrupiado...
Em seguida o dedico ao meu prole
No silencio....
Vir o amor das meninas róseas
Quase em coma
Congeladas no tempo...
Ao meu filho digo
Por favor ame
Com o mesmo amor
Todas as mulheres
Que vierem no seu tempo
Se possível chore
Com seu choro de bebê
Os amores das nenês
Que tiverem pipos róseos,
E com brincos dourados”
Rusgat Niccus
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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4. Declaratória
“Este livro é completamente declarado para
Cauã Carvalho Abrantes, filho exímio,
Estimado herdeiro do meu coração, ai vão
Com todo o meu amor e com todo o meu carinho
Todas estes lindos versos, estrofes e poemas”
Rusgat Niccus
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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5. Livro: Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
Ano: 2001
Autor: Rusgat Niccus
Gênero: Poesia
Titularidade: Este é um Heterônimo de Roosevelt F. Abrantes
Editora: Publicação Independente
Coletânea: Rusgat Niccus
Contatos:
End.: Rua das Palmeiras , n° 09
Residencial Parque das Palmeiras
Vila Embratel – São Luis - Maranhão
Cep.: 65081-494 – São Luis – Ma
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Site.: Rusgat Niccus
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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6. “A boca de um imaturo,
Soa como a de um insano,
E nada mais é
Do que gozo
E fezes de um animal
Que assim como eu e ele
Te deseja
De maneira febril...”
Diegho Curtenbitter
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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7. Prefacio
Rusgat niccus incendeia todos os seus poemas
Como quem joga água na luz e não as transpassa
Sua poesia é como o golfo dos nenês após a mama,
São labaredas de sentimentos estrógenos, vômito de Insanidades cruéis, é como
quem detona uma bomba
E a agarra com as próprias mãos, queima, despedaça, Aterroriza e mata com o
seu silogismo ambíguo....
Ele abrasa a sua vitima com a sua paixão, as intimida Violentamente em sua
intimidade com a veemência de caráter obsequiada em contexto de literário...
Poético ao extremo, sua poesia possui características
Baseadas na obsessão, na sexualidade, na paixão, na Mutilação dos sentimentos
e na liberação da visualidade Contextual contemporânea ...
A importância do uso de sua inteligência sugere ao Leitor que obviamente passe
por uma contaminação Real dos textos que ele escreve, direcionando as mentes
inocentes uma critica agressiva, mesmo que a pureza órfã das letras e do lirismo
dos seus versos tenha uma forte transgressão sobre se mesmo, os lascivos talvez
o entendam melhor...
A irracionalidade adjetiva das letras
O converte para dentro de um cárcere
No estilo mais romano das agressões
O seja de uma “jaula repleta de abutres pronto a devorá-lo ”...
Onde toda a sociedade atual, seja ela um grau
Depreciativo, desumano, inconsciente
Brutal e animalesco, o encurrale
Como a um rato dentro de porão...
Num conflito privilegiado
De duplicidades adversas
Do homem e do humano...
Tudo isso na visão deste poeta
É uma condição exterior do homem
Que ele á nega e que dificilmente
Tende a participa nas realizações
De tamanha atrocidade
Porém se ver a vontade em praticar atitudes tão promiscuas gerenciadas pela
atração da carne...
O gosto que este poeta tem pela vida
Jamais o fará entra em compartilhamento
Em sentimentos tão ruins, que o force
a se alimenta no mesmo prato
Com pessoas de índole desconhecida e de má procedência ....
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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8. A não aceitação desse homem objeto,
Transfigura o certo, oficializando o falso...
É correto que a expressão da transcendência do poeta
Em poesia abstrata, vulgariza o sentido metafísico
O ato de pensar, suplanta um sentido evasivo, um
Escapismo bandido, e um desajuste desleal das Emoções, a pratica cotidiana de
viver, mistura-se a Luta experimental de realizações vazias, a ocorrência De um
tempo Espaço, preenche as duvidas em meio a Tantas ambiguidades, ao medico
das letras cabe a Tarefa de corrigir seu desvio de caráter, os curativos Aplicados
até ai em suas chagas marginais, mutila o Seu Espiritualismo, tornando o
empirismo mais forte
E mais sutil em sua vida...
O inferno de ter pelo ser mantém a sua angustia a Tragicidade efêmera do seu
Lirismo profético....
Isso aproxima a neurótica tristeza abastada da Realidade, do curto sonho que tem
os mágicos na Distorção sobre o que é hiper espaço, traz em seu Cronômetro,
que para eles ainda é mágica e extremante puro....
“A poesia dos lascivos”, como é conhecida a geração Andrógena dos poetas de
seu tempo é realmente Genial, surpreende, enlouquece, provoca delírios e
dignifica seus representantes....
Mas torna-se fatal para si mesmos quando estes Sentimentos não são
controlados, a refutação do Desejo, do Sexo, da frustração, da magia, do amor,
Bem como de outras intemperanças, acabam por Compilar um trivial de
sentimentos que quando Misturados provocam sensações iguais a de drogas
alucinógenas, sendo centrifugadas em um Liquidificador atômico de pseudo-
pleonasmos Suicidas, mascarando por sua vez o verdadeiro pelo verdadeiro...
Roosevelt F. Abrantes
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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9. “Meus Quadros e os Meus Espelhos”
Como se fossem ventos
Eu me deixei levar.
Como se fossem um de seus
quadros eu simplesmente
não me retratei.
Como se não me bastasse mas nada
Eu na pessoa de mim mesmo
Fui quebrando todos os espelhos
De meu reflexo.
Na ultima hora recorri a pia
De lavar, mas os pratos e talheres
Não estavam mas aonde deveriam
está...
Em tons envelhecidos
Quadros e espelhos
Retorcem-se...
“O Girassol”
Um minuto de teu sono
Um instante do teu beijo
Uma barraca no quintal
Do teu tédio....
Uma sombra de
Duvida no teu amor
Uma vida dentro da morte
Uma vela que distraia
A tua tristeza...
Cinco segundos que
Destrua a tua magoa
E mais dez que te
Devolva o seu sorriso...
Olha......
Meu beijo
Seu beijo
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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10. Tua chama
Na minha escuridão.
“Como se eu Fosse um de Seus Quadros”
O meu coração será
Como quadros
Em sua instante.
“Óleo de Peroba”
Seu cara de pau
Cara de pau!
Seu sem-vergonha
Sem-vergonha!
Toma vergonha nessa cara!
Ora! Eu não tenho nem cara
Pra ter vergonha
Imagina vergonha na cara........
“Mundo Louco”
O mundo sempre
Foi dos loucos
Só que os normais
É que tomaram de
Conta dele.
“Política”
A política é arte de
Fazer o demônio rir.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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11. “Eu Mesmo”
Não entendo
Porque tudo acabou
E nem porque
Deixei acabar
Não sei por que
Não deixo de respirar
E nem entendo porque
Consigo enxergar.
Eu toco-me
E consigo ser tocado
Beijo e me devolvem
Milhares deste
Mesmo beijo.
Sinto cheiro
Penso com pensamentos
Que nunca tive
Ando normalmente
Pareço até esta vivo.
Às vezes pareço
Não sentir nada
Mas engano-me
Ainda consigo
Sentir algo.
“Eu e Você”
Se eu fosse você
Eu não seria eu
Mas se você fosse eu
Talvez enxergasse
O que eu mesmo
Não Consigo vê
E eu não precisaria
Ser eu mesmo.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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12. Se alguém quer ser eu
Eu não precisaria de mim
Mas se eu mesmo
Precisa-se de alguém
Com certeza seria eu.
Contudo se eu
Preciso de alguém
E alguém quer
Que eu precise dele
Então eu seria dela.
Ora!calem-se não quero
Ouvir-me mais! Chega!
Quero-te muda, surda.
Quero-te cega, aleijada.
Minha escrava, minha louca.
Minha, minha, só minha.
Se eu fosse você
Eu não seria eu
E se você fosse eu
Eu não Precisaria de você.
E para que eu
Quero eu mesmo
Se eu necessito
E de você
E para que eu
Quero eu mesmo
Se é você que
Eu quero ter.
Ainda bem
Que você é você
E eu sou eu mesmo
Pois como poderia
Amar alguém
Se eu fosse sozinho.
Mesmo quando eu e você
Somos só um, eu preciso
Da divisão de nós dois para
Que eu complete você
E você complete a mim.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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13. E preciso sentir o físico
O imaterial
O irreal
O espiritual
A sua força
O meu desejo
O seu desejo
As tuas mãos
O teu corpo
A tua alma
Os meus beijos
A sua sinceridade
E a minha harmonia.
Como e que eu posso ser
Você, se você não sou eu.
Que triste pergunta
Oscilando entre
Um belo fim?
Minha alma
Triste de morte
Meus beijos selados
Fechando um desejo
Calando um sim!
“Contra Você”
Eu estou contra você
Ora! nem fales de amor
E nem de quantas
Mulheres possuis.
Todas as mulheres do mundo
Não vale uma que tu amas.
Eu não faço filosofias e
Poemas de amor para mim
Eu as faço para os outros
Não quero mulher alguma.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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14. A não ser ela!
Você com essa ignorância
E prepotência afasta
Tudo e a todos
De sua pessoa
E isto me enoja.
Ora o amor veio para todos
Mas nem todos são para o amor
Pois não basta senti-lo ou tê-lo
E preciso saber lidar com o amor.
Há!Cale-se meu amigo ignorante
Não sabes o que é o verdadeiro amor
Não faça competição comigo.
“Todo Embolado”
Como folhas retorcidas
Embola e fuma
Como folhas trepidas
Envolve em cuspe e puxa.
Se pensas que
São somente
Folhas simples
Simplesmente folhas
Então as guarde.
Quando acender prende
Mas não passa
Aquenta sozinho.
Quando acelerado
Fique azoretado
Seja depressivo
Fique quieto
Permaneça feliz.
Depois se quiser
Foda a sua velha
Embola essa porra toda
E fume, cheire a borda
Desse copo tolo e beba.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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15. Das tolices tomadas
Como desejos,
Restam as sobram
De uma insanidade
Biltre e vil.
“Anjos e Demônios”
Todos nós temos nossos
Anjos e demônios
Mesmo que esfacelados
Em nossas insanidades.
Estes esquisitos
Pueris e sem pelugens
Ficam domesticados
Meio que pulverizados.
Uma vez ou outra
Dão o ar de sua graça
E nos aterrorizam.
Não somos tão
Diferentes deles.
Mesmo tendo um pouco
Deles em nós e nós
Um pouco neles.
Somos os infernos e céus
De nossos dia-a-dias
A loucura e a normalidade
De todos os gritos.
O doce e amargo
Que vem de nossos
Sonhos e delírios.
A sombra e moralidade
De nosso egoísmo.
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16. “Você”
O teu corpo
Deseja-me sexo
A tua alma
Faz-me ter fé
Os teus olhos
Aspiram verdades.
Na tua boca
Caio em tentação
Nos teus dedos
Tenho compromisso
Em teu sonho
Realizo-me.
E em fração
De segundos
Ela torna-se
Eterna dentro
De mim.
Não sou tudo
Que ela quer
Mas ela é.
Meu principal oxigênio
Aspirando e inspirando com
Dificuldade toda a sua beleza.
Pois tudo se exaure
E na madrugada
Quase não há
Equilíbrio
Mas permaneço
Dormindo.
Quero-te
Mas não consigo
Frustrado
E inconsciente
Na magoa
Padeço lentamente
Procura a morte.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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17. “Assassinos e Cúmplices”
Assassinos e cúmplices
Não existem diferenças
Ambos aborrecem o amor.
Pois há que os diga
Os amores são
Os que nos matam.
Pois o amor
Não é assassino
Ele é sempre cúmplice
E acaba sendo morto pelo
Seu próprio amor.
Pois não há quem o
Domine, amare, prenda-o
Sufoque ou mate.
Ele sempre nasce
Na ausência do ódio
E nunca surge ou
Acompanha as alterações.
O amor não é como
Os assassinos e cúmplices.
Que destroem e acabam-se
Ele e bem mais do que isso
Reconstroem e iniciam-se
Nos valores da felicidade.
“O que é Amar”
O amor ainda que por se só
Não diga nada, ainda assim
Ele consegue ser significante.
Ainda que as coisas pareçam
Esta em seu lugar, o amor
Insiste em nos dizer
Que arrumá-las
Parece ser o melhor a fazer.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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18. Sempre mudando de direção
Sempre renovando
Sempre em
Modificação continua
Tornando-o...
“Invisível”
Em tudo ele esta inserido
Não Há nada onde não
Esteja presente ele.
Pois só quem
Nunca o sentiu
Diz que
Ele não existe.
Mas no amor
Nada Perde-se
Com ele
Tudo se transforma
Pois nunca
Ninguém o vento viu.
Mas não é preciso
Que eu diga
Que não o exista.
Sinta-o.
“Quem Explica o Amor”
O amor é como
Um beijo sufocante
Um correr
De mãos abusadas.
Um deita-se ao chão
E viajar até as estrelas
Um dormir eterno
De sonhos alucinantes.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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19. Mas quem
Explica-me
O amor?
Toco-o os teus
Seios sufocantes
E lambuzo-me
Com as carnes
Doces que tem
Entres as pernas.
Faço-me de louco
Às vezes fico
Mesmo doido
E até babo
Feito um demente
Seguindo-te
Cegamente...
Mas quem
Explica quem
Sou eu?
“Estados Unifur”
É florida, mas os florididos
Querem nos florider.
“ELA”
Sem a existência dela
Eu seria mais nada do
Nada que sou, seria
Um fora bem dado.
Um beijo esquecido
Uma transa mal feita.
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20. “ORVIL”
Meu livro
Não tem final feliz
Mas um beijo seu.
Pode tornar
A realidade
De nossas vidas
Mais bela.
Do que qualquer
Outro livro.
“Flores”
Tudo é flores
Tudo são flores.
Não me importa
A ordem com que
Escreve-se.
A concordância
É você.
“Xérox Evoluída”
Todos nós
Somos Pedacinhos
Fragmentados de alguém
Somos copias evoluídas
De ideologias,
Comportamentos,
Atitudes, Ações,
Emoções de alguém.
Reflexo de uma pessoa
Um todo de alguém
Que é metade
A metade de alguém
Que é todo.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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21. É impossível
Sermos nós
Ser só de si
Permanecermos
Indivisíveis, inconstantes
Não compartilháveis.
Eu quero ser de alguém
É alguém quer ser meu
Não consigo ser só
E sozinho ninguém
Consegue ser
O gato precisa do rato
Como o cão prefere
Persegui o gato.
O homem ignora
A existência da mulher
Mas a simples existência
Dela é que dar sentido
A miserável vida cretina,
Pequena e rotineira do homem.
Somos feitos de influências
De pensamentos contínuos
Que outros deixaram
Eternizados na historia.
Pessoas imitadas,
Reinventadas.
De uma copia repetida
De outras pessoas,
Só que melhoradas,
Adaptadas e evoluídas.
Somos o que somos
Porem a quem
Somos parecidos ser
O que faz fogo
Não e o fósforo
Mais sim o tamanho
Do seu atrito.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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22. “Nada mais me Interessa”
A existência
Nada mais vale
A não ser nesse
Pedaço de papel.
Viver quase não
Parece-me
Ser interessante
Se não fosse
Esse meu
Medo de perdê-la
Eu já a teria deixado.
Ela é tão amável
Linda e glorificante.
Isto é
Quando se
Realmente
Aprende-se a viver
Com as alterações
Que insiste
Ela em deixa
Nos nossos corpos
Mentes e na idade.
Difícil de ser suportada
Por alguém
Quase que inexistente
E invisível.
“Sou eu Sim”
Estou triste e só
Mas a terra não vai beber
As minhas lagrimas
De lamentos
E arrependimentos.
Sou só, cresci em conjunto
Mas convivo no vazio
Amo quem esta perto de mim
E quem esteve comigo
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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23. Mas não consigo demonstra.
Agora mesmo parece-me
Ter descido em mim
Uma alma feminina
E que tudo diz
Através do meu corpo
Usando minhas próprias mãos.
Com medo de amar
Com medo de sentir
Com medo de arisca
Mas querendo ir.
Morrem-se completamente
Pensamentos e pessoas
Para ele estas conhecer.
Assim como eu as conheci
Nunca deixando de sonhar
Tentando conserta o futuro
Que eu mesma imprimir.
Em busca de mim e do amor
Na busca da esperança
Nunca desistir
Ou mesmo fraqueja.
Mas querendo ir
Soletra a tua alma....
“Escolha”
Nem tudo é bom
Mas quase tudo é mal
Pois bem explicarei o mal
A vocês fica o cargo
De explica o bem.
Vejam até as flores
Têm espinhos
Até os beijos de alguns
São secos
Quase tudo é errado
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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24. E como todo errado!
Este que ser certo.
Nem o tempo é mais tempo
Pois nem isso temos de graça
Até o relógio precisa de bateria
Pois ele não trabalha de graça.
Até o bom tem
Metade do mau
Com o mal tem
Metade do bem.
Até o sorri tem
Um pouco de falso
Como a mentira
Um pouco de verdade.
Como saber se é amor
Se ali também esta o ódio
Nunca existir um muro
Mais sim duas laterais.
Ou se escolhe a flor
Ou se escolhe o espinho.
Até o coração nos mata
As pernas te derrubam
Às vezes até a vida
É sem graça
Pois nem no choro
Saem aquelas
Benditas lagrimas.
Nem a minha
Própria revolta
Ou revolução contida
Conserta os erros
Nem minhas ideias brilham
Nem mesmo, nada
Que faço dar certo
Nem minha própria vida
Faz algum progresso
Que tanto quero.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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25. Como pode então
Eu poeta conserta o que já
Achei errado nesta terra
Se o certo em questão
É está errado.
“O Amor é Incomum”
O amor por não ser convencional
E não possuir um senso comum
É o que o torna entre nós
Sensível e interessante.
Ele foge dos padrões
Do que é comum.
Sendo isoladamente
Impróprio e desnecessário
Para quem obtém traços
Semelhantes de pensamentos.
Sendo apenas apreciado
Por quem possui
Universalmente os traçados
De um bom senso.
“O Amor é Incomum II”
Na verdade o amor é como os vírus
Sempre dependendo de um hospedeiro
Se espalhando pelo mundo
Com diferentes tipos de contágios
E de diversas formas de se manifestarem.
Sendo como um mau
Que não tem cura
Bombeados pelo coração
Até circular as veias
Do corpo por inteiro.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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26. Deixando-nos fracos e sujeitos
A qualquer forma de paixão
Assim é que se parece o bom senso
Igualando-se ao coração
Se refletido nas águas
Como um romance forte
E ardente amor de um vírus
Que devora e mata
Sem qualquer traço de humanização.
“Culto a um Verme”
Até um verme enroscado
A lama e a podridão
E bem mais feliz
De quem não a tem.
E a vida e uma eterna
Regressão compulsória da morte
Seja na lama seja na cama.
Lenta é a passagem dela
Eufórica como uma droga alucinante
Que decide ir e vim quando quer
Deixando-nos mortalizados.
Esvazia-me a cabeça e o coração
E o espírito, dependente químico.
Desde a sua ausente aparição.
Ah! Quando tempo
Quando tempo Ah!
Não sou eu
Mais o mesmo
Enroscado as flores
E bebendo mel
Sem ela não sou eu
E a ela não mais
Posso tê-la.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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27. Dedico-me agora aos vermes
Que de ultimo ir-me-ei de encontra
Nas mas das infelizes mortes
Por falta dela.
Quando ultimo suspiro der
E ao chão chegar
Lá estará ela e junto
A minha causa de ali esta.
“Pecado”
Corte esta carne que não te pertence
Pegue nos lábios que não te desejam
Cuspa e alimente-se nos seios duros e
Róseos que tu mesmo engoliste nos sedentos
Chupões do teu escarro verde e escuro.
Decepe as mãos com que tu cheiras
Engula com os olhos o sabor de tua tristeza
Cheire com amor o riso que te dei chorando
E pise com a cabeça o furto de teu pecado
Que transformei num beijo.
Rendas ao meu encanto de Serpente
Como a vida dar lugar a morte
E como o vento, um tapa
Na minha lagrima resseca,
Cai como o tempo, desfigura a tormenta
Despedaça o meu beijo
Vai vomita em mim bem perto do peito.
“A Criação”
Das obras de artes pintadas
Escritas, feitas em esculturas
Ou mesmo produzidas teoricamente
Já realizadas pelo homem
O ser humano propriamente feito
É a melhor delas
E a mais completa obra.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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28. Simplesmente por que
E uma arte que tem vida
Respira,come,dorme e morre.
É uma tela que possuir
Movimentos próprios
Com funções cefálicas
E ritmos cardíacos.
Pois nenhum artista
Em qualquer outra época
Pode ganhar o melhor
E maior artista plástico
De todos os tempos.
Pois somos nós seres humanos
Obras de artes, a melhor delas
Somos Incopiavéis, imitáveis.
Dignos de qualquer inveja ou soberba
Esculpidos e pintados inigualavelmente.
Pelo criador de todas as coisas.
“Felicidade”
Oh! Doce melancolia, abraço-te
E beijo-a sem qualquer alegria
Felicidade de lagrimas escorrem
Sobre teus seios duros e alimentícios
Triste sou eu quando lembro-me
Do afago, mas não beijo tua fronte
E nem seus lábios em desgraças de
Infantilidades pueris.
Sou todo caro e frágil
Com cuidado beijo-me
E afago-me
Sem qualquer
Toque de censura.
Mas em ti vejo todo o áspero
Da maldade e da malicia.
Esfregando-me em seu corpo
Enxugo-me todo em seu suor
Límpido, claro e matinal
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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29. Do assassinato de tua loucura
De minha profunda e lastimante
Da amargura e devaneios.
Loucos, loucos!
Loucos, loucos!
Porém todos somos loucos
Não sabemos o que queremos
Nem aonde iremos chega
De covardes e biltres
Isto sim todos temos
Um pouco desse
Absurdo dote absurdo.
Mas se assim mesmo
Não achamos respostas
Para o significado da vida
Ou corremos para a religião
Ou para os braços da razão.
Será que somos
Todos loucos
Ou todos estúpidos
Por não acharmos
As soluções
De nossos problemas.
Se todos sabem que o amor
Mistura-se com a maldade
E os corpos sempre
Com a devassidão
Então porque procurar
Nas favelas das almas?
Nossas almas estão
Sobre o chão?
“Mais do que Nada”
Dos zeros aos dezessete anos
Somos como imortais poetas
Vivendo tudo sem pensar
No que achamos
Que seria o nada.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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30. Felizes como as flores
Bonito como o sexo
Ardentes como as brasas
De uma intensificante
Louca paixão.
Mas dos dezoito aos vinte
Pará-se tudo, apaga-se o corpo
Morre-se o desejo
Enterra-se a felicidade.
Sobrando a amarga
Dura e real sombra
Da tristeza
E da incógnita vida.
Mais do que isso
Pior do que a morte
Exigente como o futuro
Doce como o beijo.
“Poeta não Chora”
O poeta não chora, lamenta-se
O poeta não sorrir, alegra-se
Com os momentos ocorridos
O poeta não é invejoso
Mas se ver em outros
Que tiveram felicidades
O poeta não é conquistador
Mais buscaria incansavelmente
O passado que teve perdido.
O ser humano não o quer
Mas o poeta nunca foi
Um humano comum
O mundo nos persegue
Mas que disse
Que o aceitamos como ele é
O irreal é o meu habitat natural
É tudo que posso ser.
Pois o poeta não vive
Não senti-se
Não toca-se
É irreal é o próprio sonho.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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31. O poeta não morre
Eterniza-se em seus poemas
Pois neles sou tudo que sou
Sou mais do que queria ser.
Com virtudes e glorias
Vitórias sem derrotas.
Fortunas sem
O maldito dinheiro
Adorando o meu Deus
Sem qualquer duvida
Ou divisão de religião
Sou único e só
Para sempre poeta.
“Sentimentos Estranhos”
Deito-me e não consigo dormir
Vejo o teto, somente o teto
E ali fico no passado
As beiras do perdido.
Escuto longe, pingos d água
Sonolentos, frios; um a um
Caem findando vagarosamente
O termino da chuva
Que vai passando.
Aos poucos o silêncio se instala
E os pingos d água Sonorizam
Cautelosamente o fim do mesmo
Os pensamentos voam
E quanto mais vivo
Mas faço gosto do sofrimento.
Quem me dera ter a melancolia
Em meus braços novamente
Vejo-me aos álvares, e sinto-me
Péssimo aos de Azevedo.
Isso porque não a tenho comigo.
Mal com ”U” besteira
Sinto velho, ultrapassado
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
31
32. Perdido e sem gosto
Cai-me bem
O mal com ”L” exaurido
Demasiado, esgotado
E implicando comigo mesmo
Por não saber
Transporta-me do presente
Ao passado ignorado.
Não digo fisicamente
Mas mentalmente
Pergunto?
Como é doce
A fragilidade do tédio
É mesmo amarga
A solidão dos teus beijos
Cruel mesmo
Seja a fatia do teu amor
Fácil deveria ser
A maldade de tua companhia.
“Mentira”
O mundo todo é uma mentira
Nossas vidas, nossos dias
Nossas casas e famílias.
A mentira é uma necessidade
Precisa-se dela para viver
Comer, estudar, ser e ter.
Vivi-se uma mentira esperando
Que um dia ela se torne verdade
Na verdade todas
As mentiras são verdades
Vivi-se uma ilusão
Perplexa de verdades inventadas
Para diagnosticar
A nostalgia das compreensões.
Vivi-se em mentiras retóricas
Mente-se em está-se feliz
E não estamos verdadeiramente
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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33. Diz-se esta casado
Mas pensa-se em outro
Fala-se em progressos humanos
Mas estamos em decadência
Dizemos que amamos alguém
E que alguém nos ama
Mas estamos mentindo.
Vivemos uma completa mentira
A mentira de esta bem
Mas isto não é verdade
A única verdade que conheço
É que todos mentem
Para mentir ainda mais.
Menti-se para viver
E vivi-se para mentir.
“Aonde esta o Coração”
Aonde está o coração?
Será que esta acima das nuvens
Ou abaixo do chão, se estas longes
Ou se escondes aparecendo
Invisivelmente perto de mim.
Será que temos Coração
Será que temos razão
Ou mau passa de uma bela ilusão.
Aonde está o coração?
Dentro do peito
Ou dentro de um outro coração
Aonde esta o meu coração
Agora se estais aqui
Batendo forte e latejante
Suando em sangue.
Foi perfurado
Por uma dama armada
Clamando por paixão.
Aonde estais?Aonde estais?
O meu coração?!
Acho que criou asas
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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34. E voas acima dos céus
Congelando no paraíso
Virando pedra de chumbo
Afunda até o profundo abismo.
Enxergando a inveja
O rancor o ódio
E a desilusão
Queima e descongelar
Os perfuro a fechas
Ate que foi rápido
Já consigo enxergar
A união, a liberdade,
O amor e os sonhos sem
A finita ação dos homens
Preocupados em serem eternos.
Aonde está o outro coração agora
Se não aqui dentro do meu corpo
A procura de um rosto sem decifração.
Se ao se colocar dentro
Do meu tornou-se um só
E um só será pela
Circulação do sangue.
Aonde esta o coração
Se a alma que procura
É templo de adoração.
E o corpo fonte impura
De desejos da carne
E vértices de maldição.
Além de aqui dentro de mim
Aonde estas você agora
Maldito coração?
“Vitrine”
As minhas tripas como vitrine
E os meus espelhos o uso
Como uma armadura.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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35. “Um Verdadeiro Poema de Amor”
Quero saliva catarro contigo
E em bolinhas delas disputar
Ate uma delas conseguir engolir
Quero cagar no vaso sanitário
E sentir o aroma
De minha bosta derretida.
Quero te ver peidar
E de teu peido vou sentir
Todo o fedor dele
Para juntos
Aspirarmos e gozarmos.
O amor tem dessas coisas
E porcarias têm dessas nojeiras
Quem sabe o que é troca gases
O que é troca remelas
Chupa um nariz sujo
Meter o dedo em um ouvido
Melado de cera
E depois degustar tudo isso
Com a boca.
E ainda mais fazer disto poesia?Pense
Encontrei uma vez em um verme simpático
Vontade de recitar e declamar amores
Da lama podre achei uma flor silvestre.
Da poeira seca e refinada
Retirei água do fim do mundo.
Consegui o inicio de tudo
Da onde menos se espera
É que o peido
Vem mais fedorento
E é apertando uma mão
suja e grudenta
Que se sabe o peso
De uma gala nuclear mortífera.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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36. “Vomito”
Depois de uns goles de cachaça
Sem ter você comido nada,
Embrulha o estomago
Do tolo desavisado
Do atemporal câncer.
A embriaguez meu amigo
Parece bem nítida
E os seus olhos
Já demonstram cansaço.
Seu cú é refém do acaso.
E os dedos dos pés dos
Outros já parecem agradáveis.
Seu bêbado infeliz
Cuidado para não
Comerem o seu cu
Depois de ter
Muito vomitado
Os vermes bebem
O chorume de sua baba.
E os grotescos
Fazem-me
Referencias boas.
“Afogado”
Não tenho a mulher que amo
Nem a profissão que desejo
Não sinto-me feliz no sexo
Vejam! Eu nem cheguei
Perto de realizar os sonhos
Que tanto sonhei
Não conseguir ser
O que gostaria de ser.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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37. E nem possuir
As mulheres que mais desejei
Incrédulo a vida
Jamais tentei te chamar
Inóspito aos mares cansei
De tanto tentar.
Afogado em
Meu próprio vomito
Sufocado no teu prazer
Trucidado ao tentar viajar
Na vontade de vencer
A vida, acabou-se
O tédio parece-me
Uma eternidade.
O esgoto talvez me de a chance
De viver feliz ,como os labirintos
O são em seu êxtase
Mesmo cheio as suas galerias
Repletas de ratos repugnantes.
Queria ser como estes roedores
Que se contentam com tão pouco.
O desperdício e o fato de tentar
O melancolismo e o desejo de fugir
A angustia um desprezo de sonhar
O fato de deita contigo
É puramente sexual.
Não misturo amor
Com selvageria.
Se me pedir que bata
Em você,eu baterei
Tudo isso
Enquanto transamos
E fazemos amor.
Se me pedir muros
Eu te darei muitos muros
Ponta pés, socos e vassouradas
Tudo isso enquanto você
Geme e goza de prazer.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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38. Se pedir que eu enfie
Em você só a cabeça
Enfiarei todo
O meu membro em você.
Se me pedir que eu te beije
A boca, eu a morderei
E arrancando sua língua
Ver-te chorando, ah!
Será um prazer.
Se pedir que eu cuspa
Em sua buceta
Antes disso enfiarei
Um abajur cinza
Que tenho encima da mesa
Perto da cama.
O abajur é só pra combinar
Com a sua safadeza de menina
Enquanto transamos
Não tem nada haver
Com prazer.
Não faço fezes em você
Enquanto trepamos
Mesmo quando estou
Enfiando em sua bunda.
Não me peça para ir devagar
Empurrarei com tudo
Provocando muita dor em você.
Sofrendo e tremula
Seus sangramentos de gozo
Vão me fazer feliz.
Quero-te gritar estas palavras
- Sua vaca, vadia, minha puta
- Minha prostituta
- Só minha e de mais ninguém
E você me diz
- Morde o bico do meu peito
- Vai me ultrapassa
- Goza em minha boca
- Me chupa
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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39. Parece engraçado.
Mas isto tudo é só
Um retrato.
“Encanto”
O conforto do meu prazer
Designa a atitude do teu olhar.
“A Mente”
A crueldade da minha mente
Mistura-se a imensidão do teu ódio
Decepando e rasgando
As delicias de nosso amor.
“Teatro do Absurdo”
Deus cria o homem
O homem cria um deus
Deus destrói o homem.
O homem cria outro homem
O homem destrói o homem
O homem destrói Deus.
“Perdido”
Em um quarto
Fedido do meu cheiro
Sou abandonado
Excluído do meu ser.
Com motivos de sobra
Pra esta assim
Encontro-me perdido...
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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40. De novo dentro de você
Sujeito a todos os amores
De uma vida inteira
Escondido, te escondendo.
As paredes e o teto
Quase me encharcam...
Seus movimentos
Atormentam-me
Enquanto eu durmo
Mas você me vela
Em sonhos e em pesadelos.
“Republica”
Nada mais é do que
Uma grande arvore fedida
Morta e cheia de galhos
Velhos e retorcidos.
Como uma raiz podre
Jogada as traças e a lama
Fedendo mais
Do que meu culhão.
Caminhando para os braços
De um progresso sem regresso...
E uma multidão,
Andando e dizendo;
Calma, calma; é só um adeus...
“Socos e Suicídios”
O mundo está
De cabeça para baixo
Não! Não é! é a maconha
Que me entorpeceu
E o velho mundo
Adormece.
Estou atormentado
E com a bala pronta
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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41. Para encabeçá-la
No teu juízo frouxo
Apertem o gatilho
Detonem a bomba.
Vomitem seus cacos
Exorcizem seus cleros
Garantam suas peles
Seus abutres brancos!
“Marilia”
As folhas de maio caem
E o mundo todo passa despercebido
Mas seu cheiro continua tênue.
Os aromas das rosas desabrocham
Todo ele o seu perfume frouxo
Mais ninguém percebe
Que o néctar nuclear do gene
Faz parte de seu corpo.
O fruto da flor de Liz
Encanta o amador
E o amador
Tenta encantar o seu amor.
Só na percepção de não sentir
Mais dor....mais dor...e mais dor....
“Coração de Internauta”
Sou uma frase solta
Um perfume caro
Um beijo quente
E devorador
Uma espécie de clima
Árido, frio, acolhedor
Sossegado, seco e claro.
Mas pareço os seus beijos
Na tela do computador
Respirando o teu suspiro
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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42. Lambendo os seus dedos
Quando te vejo na tela do
Teu navegador.
“Retrato de Mulher”
Ah!,se tudo que existe
Não tivesse outra função
A não ser, a de ser comparada
Com a beleza do corpo dela
E o refleti-se no espelho
Seria como um beijo
Dado sobre sua boca
Nua e molhada.
Tanto que escravizada
Pelos meus dentes
Suprimida pela minha
Ira de tê-la.
Ah! Se tudo que existe
Fosse só para dizer
Que tu és como vento frio
Que sopra a noite
E o ar quente que
Respiro de dia
Não adiantar-me-ia
O meu lamento
De tanta agonia.
Pois seus olhos
Escuros e pequenos
Como pedras de granizo
Fazem chover tempestades
De sentimentos sobre
Um corpo frágil
Inóspito e cansado do amor.
Mas que ver
Num retrato de mulher
Nascer uma jovem alma
Desesperada, amargurada e ébria
Ter a necessidade de amar
E desejar alguém rapidamente.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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43. Ah! Se me sinto sozinho
Vejo teu rosto, se estou preso
Em mim vejo tua boca
Mas se todos tivessem
Liberdades para amar
E desejar quem quiséssemos
Não restaria o ódio
Nem maldades
Pois não haveria tal lugar.
“Sentimentos Perguntados”
Quando criança
Nos perguntamos?
O porquê da existência
Quando adolescentes
Perguntamo-nos
O porquê de crescermos
Quando jovens
As perguntas não respondem
O porquê de tantas novidades
Aparecerem em nossas vidas.
Quando adultos
perguntamo-nos?
Mais ainda
O porquê das alegrias
E logo depois
Das imensas tristezas.
E quando velhos
As perguntas sobre a morte
Aparecem como bombas
Sem respostas
Há muito tempo
Pergunto-me sobre o mundo
E ele simplesmente
Fecha-se calando
As duvidas
E os seus segredos.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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44. Perguntas? Perguntas?
Quem sabe as respostas
Acho que todas elas
Estão no conjugado do amor
Ou no próprio amor
Talvez no centro da criação
E nos pensamentos do criador.
Amar às vezes nos inclina
A muitas tormentas
Mas Deus nos dar segurança
Respostas são difíceis
Mas conviver sem perguntá-las
E pior ainda.
“Vida Centro”
Não entendo o que é centro
Nem a vida esta no centro
Nem o centro esta no centro
Do que está dentro do centro
Se o centro nunca esta dentro
Na vida do centro.
Não tenho coisas
Mais tenho sentimentos
Não tenho dinheiro
Mais tenho argumentos
Tenho valores.
Ás vezes é tarde de mais
Para quem não quer amar
Só sabe amar
E infinito talvez indescritível.
E sabe demais
Alguém que não se quer
Jamais saber
E derreter em tua boca
A saliva da minha
Faz-me com que
Beijos seus se tornem
Criações novas de um ser
Ainda mais belo em peles
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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45. Estranhas que não devo
Absolvê-la nem o conte-la.
“Coração Ensangüentado”
De nada posso
Se não faço agora
Se esperar sentado
Não quer dizer
Que o “algo”
Seja extraordinário
E que isto aconteça agora
Vejo tudo e todos
Serem massacrados
Mas não quer dizer
Que o coração
Esteja ensangüentado.
Só o vento forte
E injusto da corrupção
Dilacera as famílias
E corrompi amores
Paro e penso
Nos acontecimentos
E logo vejo
De nada basta viver
Se não sabe cuidar
Nem mesmo
Da própria vida.
Da fome, das desgraças
Do rancor e do ódio
Não se aproveita
Quase nada
Sobre as sobras
Do meu pensamento
Só resta para o infinito
Se o infinito é agora
Ser forte é preserva-se
E ser eloquente.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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46. Desistir da vida
Do pensar
E do que acreditar.
E não ter certeza
Da própria mente.
Nem tudo e ter
Esperanças
E hipocrisias!
Fazer perguntas
E ter duvidas
É racionalmente
Humano e normal
A vida tem
Os seus segredos
E não dizem
Quais os são.
Crer na verdade
Crer em alguém
Que é maior
Que você
E dizer que
A gloria, o sempre
O presente, o antes
O depois, as horas
E os amores pertencem
Á eternidade
Do meu criador
O do Deus vivo.
“Somos o que Somos”
Quando do resplandecer
Da vivencia brota-se
Um pequeno ser
Que da vivencia convivia
Como mantos da solidão
De pequeno é que
Aprende-se a viver.
Quando não se quer
Sempre espera-se a maldição
Quem sabe o que somos
Quase sempre
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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47. Estamos aos sonhos
De dormir a noite
Esperando-te ao dia
De dia esperando
Que chegue a tarde
A tarde poder te encontra
E beija-te a Boca
Sugando-te
A água que bebes
Que tu supris-te
Ao engolir de dia.
O teu corpo gelado toca-me
Esperando que do brilho
Dos teus olhos
Alguém veja a tua alma
Enganada, angustiada
Vim Desejar-me.
Medo de você
Senti na primeira vez
Que nossas almas
Misturaram-se
Até em pecado estarem.
De tudo que não fiz
Vejo-nos dos de quem fez
Uma gota esperança cálida
Comover-me numa imensa
Vontade rompedora de viver
Uma vida que parecia
Toda ela perdida
A juventude que quase
A tinha esquecido
Pensei! Que até tudo
Havia-se concluído.
Mas das coisas que fiz
Deste sim;os meus sonhos
Ainda não desfiz-me
Se sonhar é pagar com a vida
Então darei a minha alma.
Se ela não bastar
Esqueci-me
E deixa-me sonhar
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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48. A minha alma
Encontra-se desconhecida
Aonde posso encontrá-la
Se longe agora estais
Vigia-te não deixe
As águas escuras
E frias adentrar
Na minha calmaria
De além mar.
“A Loucura dos Poetas”
Todos dizem que sou louco
Meus poetas todos dizem
Que somos loucos
Mas loucos somos nós
De não termos coragem
Feito eles de admitir amar
Intensamente alguém
E declarar fazer loucuras
Como eles o fizeram.
Loucos! loucos
Somos nós covardes
Sentindo se escondendo
Mutilando e guardando
Para nós o que devíamos
Dar para os outros como
Presentes da eternidade.
De serventia alguma
Tem a nós se não o expomos
Esses sentimentos para
Quem se quer amar de verdade.
O amor neste caso
E como um livro
Bem escrito
Mas que ninguém
Nunca o leu
Assim como os livros
Os sentimentos
Devem ser lidos
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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49. Expostos, sentidos
E saboreados.
Loucos! loucos
Quero ser louco
De olha para lua
Olha sim
Os teus seios róseos
Tocar tua boca
Tocar teu corpo
Tocar tua alma.
Beija a tua língua
Cheirando-te toda nua.
Beijar tua intima boca
E sugar tua liquida
Saliva pura e quente
Quero expor
Meus sentimentos
Fazer sexo contigo.
Sem roupa alguma
Sem pai, nem mãe
Muito menos irmãos
Que perturbe
Minha menina
Minha linda egípcia
Devassa, pura
Carnuda e desnuda.
“Poesias em Nevoas de Medo”
Nem mesmo
Sei quem sou
E nem mesmo sei
Por que me sinto assim
De colocar
A cabeça ao sol
De sentar-me
Nas nuvens cinzas
E deitar os meus pés
Naquela terra nítida.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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50. Medo! Sinto sim
Ao imagina o nada
De sofre aos berros
Vai sofras a tua alma
Corre minha menina
Pare de pensar em mim
Veja!sinto-me esvaziado
Solitário e sozinho.
De pensar
Que tudo um dia
Simplesmente
Deixaria de existir
Por exemplo!
Você minha menina
Minha doce garotinha.
Dói-me se tudo acabar
E eu não sentir o fim
As coisas que quando
Acorda sumirem de mim
Estando completo
Mais no vazio.
E nunca mais sorrir
Sentir, viver, sofre
E até acharei falta
De ter medos de mim.
Medos, medos, medos!
Tenho receios
Dos medos em mim
De este poeta tolo
Pensar assim
Mas sinto!
E sinto que sei!
Que eu mesmo
Não sei!
O porquê
De sentir-me assim
Sonhos nervosos,
Tortuosos e sombrios.
Cercam-me
A fim de acabar
Com o meu mundo
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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51. Idealizado
Só para nós dois
Estando completo
Em um só
Finda este desejo
De superar o mal
Abrigado em minhas
Próprias veias.
Mas desejo lutar
Mas a covardia
Toma como lugar
E refugio de morada
A minha mente
Sendo assim
Como posso merecer
Aquela menina
Furto do meu desejo
Razão de muitos
De meus pecados.
“Meu Segredo de Amar”
Qual o verdadeiro amor!
Aquele que nasce
Ou aquele que é construído?
No amor arquitetado (construído)
Nos apegamos
Aos pedaços das pessoas
No geral algum em particular
Que nos chamou atenção
E que mais tarde não terá interesse
Logo se esvai
Devido ao furto do desejo
Da ocasião, do sexo exagerado
E do pretexto incomum
De invalidar o outro e etc...
Já no amor semente (o que nasce)
Ele é puro
Nasce da inocência do inconsciente
Geralmente se conhece
Esse tipo de amor
Quando criança.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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52. Mas o individuo (o ser que ama)
Se apaixonar pelo todo
Reconhece que seu mundo
Se restringir nela (a pessoa amada)
Esse tipo de amor
Possui alicerce com vergalhões
De aço enquanto no amor construído
As paredes e pisos rachão
Afundando num mar
De mentiras inúteis.
Trocas de caricias fracassadas
E com mutilações
Que dilaceram qualquer
Coração apaixonado
O que digo a vocês e verdade
Jamais comece amando alguém
Pelas suas qualidades
Comece gostando pelos
Defeitos que elas possuem
E quando você depara
Com as qualidades
Que elas tem
Você a amara ainda mais
Nunca faça nada
Antes de perguntar
Se outro concorda com
O que você vai fazer.
O termômetro do amor
Mede-se com as quantidades
E qualidades de beijos
Que você recebe
Ou dar para alguém
Importe-se com o outro
Principalmente se o outro
For você mesmo.
Digo isto porque
Quando amamos
Não nos sentimos
Mais sós.
O dobro na matemática
Se igualarmos
Isso aos sentimentos
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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53. Passa a ser
Um só organismo vivo
Alimentados por um
Único elemento
O “amor”.
“Devascência”
Tudo em te é puro
Álvoro e resplandecer
De tua inocência
Pois te caracterizar
E algo difícil e quase
Torno-me incapaz
De te descrever
Pois olhares alegres
E alegrias constantes.
Não são sinônimos
De contentamento
Desencanto.
Desencanto, contanto
Encanto, quando encontro
O teu coração.
Lábios singelos, moles
E lisos feitos os dela
“Morena clara, mulata nata”
Teus cabelos lisos e longos
Caídos sobre teus lábios
Molhados e seguros
Tua língua nua, crua
Áspera e nordestina
Faz com que inocência tua
Fique uma louca pura.
Devassa, orgulhosa
Tens o corpo
Como universo
E os lábios
Como lua
Misteriosa
Simultaneamente
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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54. Clara, transparente
Brilhante e reluzente.
Sobre dois picos rochosos
Vejo a água; a circular,inundar
Transbordar e incorporar
Até o afluente dos Rios negros
Que vi possuir florestas
Com árvores grandes
E também negras.
Que deságuam
As suas águas
Em depressões
De duas rachaduras
Não mais obscuras
Mas de águas vermelhas
Que da li saem
Em mês de joga fora
Bela, cristalina;
Fenômeno raro
Não comparo,
Nem declaro
A minha amada
Totalmente desmaiada.
“Mistério da Verdade”
Verdade verdadeira só é verdade
Se for aquela verdade
Encontrada dentro de si mesmo.
Uma verdade só é verdade
Até quando uma outra verdade
Não venha derrubar esta verdade
Que já se encontra plantada
E com alicerces que não podem
Ser contrariados.
Isso talvez seja verdade
Selada, composta e calada.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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55. “A Matéria de Tudo”
Em matéria de tudo mais
Qualquer coisa é isso mesmo.
“Enquanto Levo a Vida”
A vida que se leva
É a vida que se leva
E nada mais além dela.
“Eco”
Tudo na vida é belo
Singelo, inesperado
E por de mais irrequieto
Pois tudo na vida
É Efêmero, rápido.
Duradouro só talvez
Seus beijos e cheiros
Os momentos
E acontecimentos
Não mais passam
Apenas de horas
Segundos, minutos,
Absurdos.
O que sobra, nada!
Nada, nada mais
A vida é um mistério
Que insiste
Em ficar calada
E não diz o por quê?
Pois o que e dela é dela
E o que pertence a você
Ainda assim é dela.......
Vida linda e singela
Faço agora, faço antes
Faço depois
E futuramente
O que me resta.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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56. E o eco da vida
E o eco da vista
De tudo que
Se fez de bom
Ou se fez de ruim
Plantas agora
Colhes depois
Grite nela e sabereis
Que ela não é
Assim tão bela.
Vivi-se dez, cinqüenta,
Cem, mil anos talvez.
E assim mesmo
Apanharas dela
Nunca se conquista
Um grande amor
Mas sempre
Se é pisado por ele
Nunca se ganha
Na loteria todo dia
E sim dividas
Aumentando
A toda hora.
Pensamentos fortes
Sonhos perseverantes
Realizações de ideais
Além do meu alcance
Quase sempre
Sem muita importância.
Grite no eco da caverna
Distante,grite,grite, grite...
Mas forte e veras que a vida
Não é tão diferente do que
Se grita na caverna
Pois tudo que gritares
Na caverna voltara
Par você sem medo
Assim é a vida
Só vive no passado
Quem não tem um futuro.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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57. Quem planta espinhos
Nos pés dos outros
Morrerá espetado
Com vergalhões
Grossos de ferros
Fincados ao peito.
A vida é um mistério
Mesmo que Insista
Em ficar calada
E não dizer por quê?
Seja forte
Perseverante
E eloquente
Pois de nada basta
Desiste da vida
Do que se pensa
Ou do que se acredita
Nem tudo
É ter esperanças
E hipocrisias
Quando se crê de verdade
Em algo que é maior que você
Que esta presente nele o sempre
O agora, o antes e o depois
E todos os dias e horas
E explicável não ter
Mais motivos para chora
Muito menos razoes
Pra quedar.
“Meu Segredo de Amar II”
Escrevam vocês em meu coração
Caso ele nenhuma gota de sangue
Derrame sobre minhas artérias secas
Cruas e sem nenhum perfume doce.
Resta-me este segredo, esta ilusão.
A você que amei em segredo
Respirei seus seios
E morri ainda estando vivo
Continuo adorando-a
A beijar-te em segredo
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
57
58. Alimentado-me deste chão
Que você ainda pisa
Minha favorita paixão.
Resta-me este segredo,
Resta-me este teu coração.
“Os Meus Tanques de Guerra”
As flores são os tanques de guerras
Espinhos são as bênçãos de mães
Os olhos cheios de lagrimas
São como nuvens, só que
Carregadas de chuvas de maculas.
As guerras têm cheiro de rosas
Os mísseis transformam tudo em cinzas
Olha só as cores da guerra
Vermelho, preto e cinza
Meus quadros e pinceis pintam cinza.
Os sonhos morrem e logo apodrecem
O enterro fica a disposição do cérebro
Que se encarrega de por no formou
As dores de uma vida inteira
Antes que fedam, e saiam pelas narinas.
“Tempestade”
Dor desatinada
Sufoca-me
E mata-me
Por dentro
Dor deixada
Dos afazeres
Passados.
Que amargura
E exare meu ser
Dor fazia
E irrequieta
Que não sei
O que é!
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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59. De sentir necessidade
De matar tudo e todos
Por esta anciã de ganância
Que este ser possuir.
Pois essa egocêntria tensa
Mesquinha e vaidosa
Repugna, adoece
Escraviza esta solidão.
Valores impuros
Que atravessa os tempos
E todos os séculos
Produzindo ódio
Rancor e sofrimento
Quem é? e o que são?
Não suplico, não me ponha
Como árbitro dessa vida
Domina não só o meu ser.
Mas de quantos e quantas
Isto acontece sem que
Nós mesmos a percebamos
Pois muito me conheço
E há muito te desvendo
Não mereces evoluir
Aonde andavas
Para que viestes.
Sentimento!
Pois não amas
E continuas
Enlatado e por
Muito Amargurado.
“Insatisfação”
Felicidade que se esvaece
De morrer pedindo a vida
Ver teus seios em tuas vestes
Hipocrisia que me entristece.
De viver morrendo aos dias
De cada passo a frente
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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60. Envelheço-me sempre
Ao lado do oeste.
Sobre o sol que nos dias
E nas noites se esvazia
Vou morrer pedindo um beijo
Agradeço que tua língua
A saliva o corpo me aquece
Um sopra frio a narina
Desse vento que me falece.
De agarra tuas mãos frias
E duras que dos olhos
Fecham-se a luz da lua
O que me encanta
É esta tua boca nua
Derramadas sobre
Córregos de lagrimas
Claras que logo
Tornam-se escuras
De imagina coisas à noite
De querer comer
O fruto da arvore
Da maldade.
Logo escuto
Os dias sofrerem
Uma pálpebra
Bem longe
Se entristece
De não ser
O que você queria
Mas sou tudo
O que você merece.
Logo vejo!
Logo sinto!
A garganta e o coração
Arranham-me em petição
As gotas de lagrimas caídas
Logo se extinguem
Próximos ali mesmo
No teu chão
Na cozinha
Perto de seu irmão.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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61. “Nuvens Negras”
Impermeável, fragmentado
E frágil, na melancolia me deito
E não percebo o que esta no peito.
De viver sonhando
Com negras nuvens
Declino-me na inspiração
De sentar-me
E escrever
Á minha amada.
Deixada ao prol
Do passado
Que ainda visito.
Insatisfeito a vida
Vejo-me olhando o céu
Mas estando cego
Não percebo o seu azul.
Aonde está
O branco das nuvens
Não digo os das chuvas
Mas das pedras de granizo
Que eu sei que hão de cair.
Sentimentos e sonhos
Dilaceram-me falsamente
Querem-me no chão
Pisado ao meu
Próprio esmere.
Escolhi o arbítrio livre
Mas jogam-me esta vida
De bolachas e ponta pés
Sinto-me roubado
Traído,corrompido
Corrompendo
Os que vivem o sofrimento
E os desgostos deste mundo
Parecem incuráveis, empestados.
Impregnados de impurezas
Cercados por doenças sórdidas
Talvez Calvícies alemãs.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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62. As maldades são
Como medalhas
No ombro
Logo ali
Vejo as cruzes
Multiplicam-se
As centenas
Quais preferem
Carregar.
Olhem as minhas
Pernas cansadas
Minha mente saturada
E espírito aos pedaços.
Enxerga a maldade
Veja o seu olhar
Deixa o mundo perpetuar
As crises dos idiotas.
“Gêmeas do Monte”
Nos gêmeos braços do poder
Há o berço forte da inteligência
Ela que é Voraz e impiedosa.
Oh! Nação que sobe
Aos arranha céus
Vendo as desgraças
Dos povos
Que se submetem
As misérias de suas
Próprias mazelas
Caias tu agora
Gêmeas fortes dos céus
Arranha a beleza
E a imensidão
A natureza já sofre
Com teus poluentes
Que maltratando
Sempre o verde
O azul e os coloridos
Das nascentes
Faz vigília
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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63. Homens de branco
Lá do oriente.
Veem-se logo sinais
De vida e persistência
Num mundo
Todo cor de cinza
Vermelha morte
Paz coberta
De nevoas.
Sobe logo!
Feito fogos de artifícios
A espalharem cores brancas
Negras e misturas que
Dão sobre o papel
Tonalidades temerosas.
O que se passa
O que esta acontecendo
São resquícios de maldades
Desunião, ódio, descasos
Desamor, mentiras e guerras.
Em busca de armas
A maioria deles
Esquecem a fé.
Escravos do capitalismo
Bárbaros intolerantes
Pela guerra e pelo dinheiro
Fazem-se intrigas
Dos gritos, das bombas
As lembranças que não
Saem da cabeça.
Porque receber de herança
O que não queremos obter.
Ensinados desde a infância
A pensar, matar, morrer, como
Os que assassinaram seus pais
Seu povo e seu país.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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64. - Da cultura levam tudo
Que viveram!Nada!
- Da educação tudo
Que aprenderam!A guerrear!
- Da criação tudo
Que lhes ensinaram!
Carregar armas
E mata seus ofensores!
- De produzir aquilo
Que sua nação colhe!
Seus filhos todos mortos
E sangue lavando o seu chão!
- Servir! somente aqueles
Que fizeram de seu país
Uma Luta estúpida!
Intermitente e fulgas!
- Escravizar um dia
Tudo e todos é coeso
- Escravizar seu povo
Um dia é torna um
A guerra inevitável.
Quando escravizar
Lembre-se de fugir
Quando fugir
Esqueça de matar.
“Semelhanças”
Prazeres as carnes
Furores a quentes
Beijos a força
Suores aos corpos.
A saliva quente
Aquece o meu nu
Com a minha
Boca apática
Profano a minha
Intimidade
Recordando-me
Daqueles toques.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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65. Vigiando o teu corpo
Que templo
Por você rasgo livros
E costumes
Mudando épocas
E tradições
Fazendo do dinheiro
Algo fútil
Das guerras
A necessidade
De ganhar o ofensor
Esperando de você
Simplesmente
A pura necessidade
De te amar.
“Era como um doce”
Serve-me
Com o suco
Da tua saliva.
Carrega-me
Com o pão
Que desce
Da tua boca.
Mata de uma vez
Esta minha fome
De viver você.
Na beira do balcão
Faço o meu pedido.
- Por favor!
Eu quero um suco
De saliva e um pão
Quentinho da tua boca.
Por Gentileza garçonete
Seja meu prato de comida
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
65
66. Mais ainda, seja também
O refrigerante que desce
Da minha boca.....
“Suas Regras”
Entre pênis geniais
E vaginas frenéticas.
Entra em cio de cães
Doidos e eloquentes.
Um mundo todo
Que se segue em
Torno destes dois
Fabulosos membros.
Mesmo que se
Diga de uma sina
Correta e perspicaz.
As vaginas e pênis
Sempre terão como
Primeiro pódio
As razões reais deste
Mundo real
Feito de ilusões.
“Barrigudeira”
Supunhetamos que
De repentelhos.
Que meus dedos
Ultrapassem os seus.
Naucúzelhando seus
Invólucros tangentes
Ao cu de uma preá.
Cheio de dengo
E machucados
Latentes.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
66
67. “Sobre portas e janelas”
As janelas da mente
De nada tem haver
Com as portas do corpo.
“Sonetos sobre minhas paginas”
Nada soa tão bem
Como o gosto pelo
Pecado.
Nada vale tão a pena
Como um beijo
Bem furtado.
Meus dedos e os seus
Queimados a “bia”
Não lúcidos as variações
Tão torpes.
Menos insignificante
Como o acender e o
Tragar de um belicoso
Maço verde e encantador.
Mas assustador seria
A briga de um bêbado
Sobre sua própria
Família e a ultrajando
Ferozmente.
Nada como troca
O próprio sangue
Por álcool puro
E etílico.
Nada lhe faz tão bem
Como anestesiar
Seus próprios filhos
Amigos e família.
Num conjunto bonito
De um copo raso
sem cheiro e rebuliço.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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68. Nada mais que palha seca
E verde, sobre um tonel
Amarelado e velho.
Retorcendo e amargando
Aos cabos e fios, o ranger de
Dentes dos decentes usuários.
Nada vale mais
Que o teu suor
Gelado, lânguido
E cheios de marcas....
Nada vale tanto
Que teus abraços
Mas não alcanço-te
Sobre a vida
Varias duvidas
Sobre as paginas
Desta existência
Mais ainda.
Sobre as paginas
Em branco da minha
Vida e da tua.
Jogaram vários baldes
De tinta umas brancas
E outras escuras
Mas completamente
Comprimidas,compridas
E lastimantes.
“Como se fosse só seus”
Meus cacos velhos
Feitos de vidro ao chão.
Meus pés entrelaçados
Carcomidos e vermelhos.
Minha febre de quarenta e dois graus
De vomita simplesmente você.
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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69. Minha anciã de mira e devora
Meus segredos, remontar seus beijos
E criar o seu desejo...
“Em estado de galhos”
Uma arvore...
Um tronco velho
Galhos, folhas
E raízes retorcidas...
Em estado de necrose
Uma queda de pressão
Quero Meio êxtase
De overdose....
Que silencie meu
Desejo anafilático.
Amarem meus braços
Pernas e pescoço.
Soltem-me
Largue-me
Deixa-me ir.
Como as folhas
Soltas, murchas
Ressecadas, retorcidas
E esfareladas.
“Minha lógica; meu pensamento”
O pensamento como
Sempre, continua sendo
A lógica da existência...
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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70. “Libido”
Vou deixar pedaços
De mim, por ai espalhado.
Meus beijos e cheiros
Devidamente colocados
No seu pescoço.
Minhas mãos e língua
A arrepiar cada pelo e poros
De sua mais intima parte
Pubiana e vã.
Quantos e quantas
Querem-lhe lamber-te
Freneticamente como
Goles de vinho tinto
E seco.
Recebera dois beijos
Desconhecidos
Menos os meus.
Confiara uns segredos
Meio secreto a outrem
E este o revelara
Desmentindo você
Eu os fiquei sabendo
Mas não os falei
A ninguém.
É lógico que as caricias
São impares, mas preferir
Recebê-los aos pares.
Tomei um remédio
Amargo por alguns
Momentos de recitação
Quis morrer
Mas seus beijos falaram
Alto comigo.
A vida me convidou
Com um brinde
E acabei por encher
A cara e dormir logo
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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71. Após bêbado no seu
Closet de madeira.
Alguns seres idiotas
Insistir no holocausto
Dos sentimentos
Não correspondidos.
Mas eu permaneço
Enigmático
Preciso muitas vezes
Da magoa e da tristeza
Para ver a felicidade
Chegar de táxi coberta
De amianto....
Nunca entendi
De fato e de direito
O ódio...
Mas ás vezes
É ele o único
Que nos faz
Passageiras
Companhias....
Mas o sentimento
De uma companhia
Sempre reina parnasiano
No sôfrego de corações
Congelados.
“paginas e palavras”
Como as musicas
De tom Jobim
Romantizo-me...
Tais como as letras
De cazuza
Assombro-me...
Nas melodias
De Renato Russo
Quase que descubro
A existência
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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72. Da eloqüência
Do meu ser...
Claro! sou mais
Que as musicas eloqüente
De frajet.....
Mais quente
Que a banda kiss....
Se eu fosse uma musica
Eu seria aquela canção
Da banda barão vermelho
"segredos".....
Mais linda
Que esta musica
Seria eu mesmo
Tentando beija alguém
Que queira me beijar....
Sou romântico
Sou sonhador
Sou sincero...
Mas mergulhado
Nas vãs rédeas
Do coração....
Perdido e querendo
Ser encontrado....
A vida é uma pagina
Que se escreve
Que se apaga
Com vários piscares
De olhos....
Paixões e amores
São mordazes e vis...
Biltre mesmo seria
O olhar de desprezo
O olhar de decepção
De quem te ama....
Pior! queira eu
Ou você
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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73. Se nós quiséssemos
Tudo ao mesmo tempo...
E você mesmo
Que me queira
Não me tivesse
Nem por um segundo
Insistiria em me possuir...
Mas tudo se junta
Encaixasse conforme
A musica...
Queria eu ser para você
Uma bela musica
Dessas pra te embalar
Para te encher de alegria.....
Mas o tempo
É só uma arma
Que não disparar balas
Mas fere feito chumbo....
“O ultimo ultra-romântico”
Os melhores anos
Da vida de pessoa
São eternizados
Não somente
Nas mentes
Nas folhas
Das paginas
Da historia
De um ser...
Não se resumem
Como diria
Alguns poetas
Colegas meus....
Sejam eles
Barrocos
Parnasianos
Ultra-românticos
Ou mesmo
Entre os simbolistas.....
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
73
74. Que tudo na vida
Resume-se
Há plantar uma arvore
Ter um filho
E juntas umas
Paginas de palavras....
Isso não garantiria;
Completar um mesmo homem
Em uma mesma linhagem
De um mesmo sangue e legados...
Isto talvez
Seja importante
E fique perfeito
Entre os homens biltres
Entre os homens vis
Ou mesmos
Entre os asnos...
Homens inteligentes
preocupam-se
Com os viveres
Do presente
E do bom viver...
Sem acumular
Sem chorar muito
Com pouco trabalho
Sem muito luxo...
Usam o acumulo
Sem acumular .....
“As margaridas e as Tulipas”
As cores do mês de outono
Desbotam agora mas facilmente
E o frio juntamente com os ventos
Espalhas as folhas mortas
Jogadas perto dos quintais...
A chuva agora cai
Meio que vagarosa
Com sono e meio torpe
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
74
75. Grão a grão
Inunda o chão
Pingo a pingo
Vão molhando
Cada pétala
Que abre...
Como o gelo
Que espelha-se
Na fase dos amantes
Quis dar-lhe
Um beijo sutil
Esculpidos
A goles de vinho tinto
Jorrados sobre a sua pele
Contornando-a
Do pescoço ao uso dos pés
Passando entre
Seios e os pequenos lábios
O vinho se embebe....
Agora fecha-se a Ambrósia
Agora fecham-se as amelias
As margaridas e vocês
Agora as acompanham neste ritmo...
Estranho....
Logo você que
Mais parecia um girassol
Agora me translúcida
Como a um cacto
Cheia de apenas
Espinhos e água...
Entretanto antes desse
Efêmero acontecer
Você cintilava-me
Como as tulipas e copos de leite
Brilhavam e exalavam
Perfumes glaciais...
Encantavam os aromas
Mais incomuns...
Suprimiam as cores
Mais devastadoras...
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
75
76. Encadeavam as explosões
Mais mortíferas...
Mas na necessidade
De você me plantar rosas
Você enfio-me estacas...
O cheiro então
Tornou-se odor....
Fim
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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77. Dedicatória
Este livro é dedicado a Kedma Rodrigues, ou simplesmente o amor de minha vida,
um amor que perdir e que deixe ir, um amor que deixei errar, um erro que talvez
custe um amor pra vida inteira, um erro que talvez nunca mais volte a amar...
Rusgat Niccus
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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78. Agradecimentos
A todos os meus amigos e colegas que leram este
Livro antes de sua impressão, que elogiaram e Criticaram
Suas entrelinhas, que deram muitas sugestões Importantes, e às vezes
Ate compactuaram comigo em recitações ao ar livre
Na embriaguez da companhia de um bom e velho vinho.
Dedicado á Cauã Carvalho Abrantes
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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79. Memorial
Em memória de um amor
Que ficou no passado
Ao amor de minha vida...
Ainda que este amor não seja
Por mim publico como devia o ser
Tanto a mim quanto a ela...
Esteja aqui está declaração
Em seu dignifico nome
Oh! Minha amada bendita...
E mesmo que ainda esteja
No anonimato completo
Meu amor por você Amdek
Ainda continuara no espaço...
Percorrendo o infinito
Como o brilho de bilhões
De estrelas mortas nos céus
Que insistem em te focalizar...
Isto sim meu amor
É apenas amar-te....
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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80. Homenagem
Em memoria a Kelvim Rodrigues e a Moscow Joilson que em vida foram nos
deram a sua amizade e alegria, fiquem com Deus meus amigos....
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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81. Sobre o Autor
Sua alma no universo imaginativo perambula
Seu gosto pelo vinho revitalizar sua emoção
Nascido em São Luis do maranhão no dia
26 de fevereiro de 1981, sua vida literária é marcada
Pela paixão e pelo amor que possui pelo Teatro Musica, cinema, artes plásticas e
pela
Historia geral da humanidade
Talvez isso explique sua incrível
Fascinação pelos livros.
Desde muito novo teve amor pela escrita Completamente apaixonado por esta
arte
Propôs-se inicialmente a escrever peças teatrais Pensamentos soltos, crônicas
diversas
E por ultimo dedicou-se a poesias
Esta que é até hoje a sua maior paixão.
Este livro que ousei chamar de “Como se Fossem Quadros e Espelhos
Esquecidos Sobre a Pia de Lavar” Apenas resumem quais propósitos o gênero
literário do Escritor desempenha dentro de seu papel humanista.
Sua escrita se assemelha às folhas secas de um Outono trivial; ritualista compele
a repetição Paisagística da metalingüística, transgride a Composição das formas,
remete o delírio como prazer Tênue, este livro é a sua primeira obra prima,
expressa Textos poéticos em um enredo muito romântico Inteligente, conflituoso,
lascivo
Tenebroso, encantador e tempestuoso...
Porém os papeis em branco ai tingidos a cinzas
Fica ao cargo do leitor colori-los
Não admirem amigos leitores, caso vocês por ventura Encontrem por aqui
espalhado, alguns pedaços de
Vossas vidas expostas nestas entrelinhas, escondidos talvez nas orelhas deste
livro,
Consumam por sua vez, meus pensamentos, como a quem bebe vinho tinto e fica
resoluto....
Já embriagado, tenaz e envolvido em sono
Sugiro que durmam felizes...
Então caros leitores, por favor eu vos aconselho Embriaguem-se primeiro antes da
leitura de meus pensamentos soturnos, depois divirtam-se.
Roosevelt F Abrantes
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
81
82. Nota do Autor
Este livro revela todas as ansiedades de liberação
de pensamento, da dramaticidade que é expor as suas raízes ideológicas a
pessoas que nunca vimos, declarar sentimentos como; amor, desejo, ternura,
ódio, inveja e solidão; e permanecer ao mesmo tempo entregue aos
prejulgamentos, criticas e possíveis insultos que como escritor hei de sofre,
coloca-nos irremediavelmente na guilhotina dos medos, afinal todos nós poetas a
partir das datas de publicações de nossos livros, nos tornamos de certa forma
parte do patrimônio cultural e imaterial da humanidade, uma insanidade que
especulo dizer, somos uma espécie de “pai dos loucos” ao meu ver; pertencendo
agora em total comunhão aos leitores; expor-se é mesmo um tanto que
complicado, atender todas as expectativas de quem nos ler é como estar
preparando para trincha uma verdadeira guerra, onde as armas é o que menos
importa, mas não nos incomodamos de travá-la.
O vinho tem sido um belo companheiro
Sugiro aos leitores que o tome como hospede inato
E o regozije em tamanha amplitude e gozo
Na intenção de tomá-lo e recitar estas poesias na companhia de bons amigos,
bem como de uma bela e doce mulher também.
Rusgat Niccus
Como se Fossem Quadros e Espelhos Esquecidos Sobre a Pia de Lavar
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