Amdek
“Yaol dizia a Natuia que estavam no caminho certo, mais algumas
caminhadas e estariam em sua aldeia, o sol brilhava diferente aquela manhã, e
o céu parecia mais bonito do que antes, há dias não viam o sol devido a mata
fechada, mas agora seria só a grande estrela a nos guiar e nada mais...”
Ubirani Yaraima
Amdek
Este livro é dedicado em memória de Kelvin Rodrigues, amigo fraterno, filho
amoroso e irmão dedicado....
Rusgat Niccus
Amdek
Dedicatória
Dedico todas as linhas
Deste meu livro tenaz
Escrita com as mãos
Dos meus sentimentos...
Ao amor tremulo de corações insólitos
Ainda não completamente resvalados...
Tremulo como a quem deseja o fel
Entregue inteiramente a causa vil
E inerte ao imenso desejo tácito....
Ao amor ensejado
De todos os amantes
Ainda adolescentes...
Vejo com o mesmo vibrar
Com que gotejas ferozmente
O teu amor químico e matemático...
Em todos biltres dependentes químicos
Assola o seu adora de penitencia algébrica...
No amor louco com que os amantes
Devoram o coração de suas amadas...
E com a repetição infame com que denoto
O amor de uma mulher quase imaculada....
Enseja-me aos poucos torne-me vil
Enseja-me meio seco na efemeridade...
Um pouco biltre sem o seu amor
Opaco sem os sus lábios róseos
Perdido no templo dos amantes...
Rusgat Niccus
Amdek
Livro: AmdeK
Gênero: Poesia
Ano: 2021
Autor: João Justina Liberto de Abrantes
Titularidade: Este é um Heterônimo de Roosevelt F. Abrantes
Editora: Editora Lascivinista / Produção e Publicação Independente
Coletânea: Paixões
Ano de Finalização Escritural da Obra: 2021
Data da Primeira Publicação deste Livro: 26 de Junho de 2021
Contatos:
End.: Rua das Palmeiras, n° 09
Residencial Parque das Palmeiras
Vila Embratel – São Luís - Maranhão
Cep.: 65080140 – São Luís – Ma
País.: Brasil / Região.: Nordeste
Tel.: (98) 9 9907-9243 / (98) 9 8545-4918
WhatsApp.: (98) 9 8545-4918
E-mail.: rooseveltabrantes@gmail.com
Redes Sociais:
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Amdek
Autobiografia
Nome: João Justina Liberto de Abrantes
Data de Nascimento: 26/02/1962
Cidade Natal: Salvador
Estado Natal: Bahia
País: Brasil
Nome do Pai: João Liberto Silva de Abrantes
Nome da Mãe: Maria Justina Liberto Silva de Abrantes
Cônjuge: Ana Lícia Araujo Feitosa de Abrantes
Ocupação: Poeta, Escritor, Romancista, Fotografo, Grafista e Iluminarista
Profissão: Coordenador/Professor do Curso de Mestrado em Ciências Sociais
da UFMA
Bairro onde Morou na Infância: Engenho Velho - Bahia
Locais Onde Trabalhou: Casa de Cultura Social e Negra de Salvador
Formação Acadêmica: Pós-Doutorado em Ciências Sociais e Politicas
Lugares Onde Morou: Hamburgo, Londres, Toscana, Nova Jersey, Salvador,
Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo, Teresina, Recife, Minas Gerais e
São Luís
Ideologia Política: Esquerda de Vanguarda
Gosto Musical: Opera, Orquestras Sinfônicas, Forro pé de Serra, MPB, MPM,
Flamengo, Modas Portuguesas e Bolero Argentino.
Gosto Gastronômico: Peixes, Ovos, Frangos, Legumes, Frutas, Arroz Branco,
Feijão e Azeite
Religião: Candomblé
Altura: 1,98 Mts
Etnia / Raça: Negra
Cor da Pele: Preta
Cor dos Olhos: Petros, Amendoados e Grandes
Cor dos Cabelos: Castanhos Escuros e Encaracolados
Postura Física: Esguio e Cumprindo
Tipo Físico Corporal: Magro, Dedos Longos, Pés Grandes e Pernas
Compridas
Tipo Físico Facial: Nariz Grande e Grosso, Afilado, Cabeça Retangular e
Queixo Arredondado
Trajes Habituais: Camisa Coloridas, Estampas Típicas, Imagens
Afrodescendentes e Sapatos de Couro Escuros.
Idade Atual: 59 anos
Orientação Sexual: Heterossexual
Heterônimo: João Liberto Silva
Escritor: Roosevelt Ferreira Abrantes
Amdek
Este Livro também dedicado em memória de Moscow, o nosso queridíssimo
Joílson.... Amigo carinhoso, colega moleque, irmão paciente e filho
dedicado....
Rusgat Niccus
Amdek
Prefacio
As poesias de Amdek são uma viva demonstração da propriedade do
amor que deve ser conjecturada sobre a vela da existência. Um anseio
deslustro, envolvido a um recesso divino da carne, perpetuado a breve divisão
de nossa efêmera emoção tácita.
Os textos desta obra buscam a proteção das emoções intimas, ligadas
aos amores implícitos, vividos em sua clave cerne, trabalhados como um cofre
do tempo que guarda o amor de sua amada pela linha eterna do amor insólito.
Um amor, inferindo em segredos, purificado sobre um caixa-forte de
sua própria consanguinidade, tecido em seu líbio íntimo, clavado em coração
flagelado, no amor tercio, entregue a paixão ensejada que os amados enfeitam
sobre a forja do inerte desejo.
Uma qualidade métrica, arquivada em desejos simples de seus sonhos
fluidos, guarnecidos em rosas. Um sentimento forjado a impressos timbrados,
formado a detalhes exógenos, construídos em atos profanos, promíscuos e
íntimos. Alguns alocados em desejos eloquentes, tácitos e até mágicos. Um
diviso guardado em reserva privada, ornada em códigos, fechado em segredos,
envelopado em selos de uma reserva de desejo cerne.
Neste livro estão retidos as paixões secretas e romances proibidos
vivenciados pelo autor da obra. Amores vulgares, amores sórdidos, amores
proibidos, amores perigosos e até amores profanos que talvez fossem
rechaçados por homens e mulheres mais conservadores de nosso tempo.
Textos românticos que devem ser conservados a sete chaves, paixões
que precisam ser lidos em códigos, frases que necessitam ser ilustradas ao pé
do ouvido, reunidos em forma de poema e endereçados as suas consortes. Um
amor velado ao vento, refratado aos enamorados e distribuídas as belas
amazonas do meu frágil olimpo etéreo.
João Justina Liberto
Amdek
Este livro também é dedicado ao amor de vida, ao amor de minha eternidade,
ao amor que me foi roubado, ao amor que foi perdido, ao amor que nunca foi
esquecido.... Todas estas linhas de amor são uma dedicatória de minha
existência, uma dedicatória da imortalidade do amor... Poesias em invernos,
versos em verão, pontificados de lagrimas, escritas em sangue a minha querida
e sempre amada Kedma Rodrigues....
Abrantes F. Roosevelt
Amdek
“Amor Inteligível”
Ansiedades de um amor em liberação
Um pensamento forjado a notoriedades
Uma dramaticidade refratada a tolices insanas...
Uma exposição aos nossos sentimentos biltres
Uma raiz ideológica as impropriedades do amor
Uma inóspita segregação ao camareiro do mar...
Flores inertes as pessoas inteligíveis
Flores tépidas as ações conjugadas
Rosas coloridas ao seu amor profano...
Talho uma declaração insipida
Aos seus sentimentos inócuos...
Talho uma precipitação
A sua regra implícita....
Um o amor frágil
Um desejo conjuro
Uma ternura fluida
Uma saudade regia
Uma dedicação frouxa
Uma paixão maligna
Um tempo esmerado
Um amor efêmero....
Um resultado resignado
Um refratário no amar vil
Uma denotação escondida
Repetida a quem se ama...
Um permanecer do tempo
Entregue aos julgamentos...
Um vincular do cerne biltre
Um inferido do torno féretro...
Críticas aos atos impossíveis
Infetos aos insultos alógenos....
Um sofre eterno do amar
Um vagar eterno na escuridão
Um ato deixado sobre a pena da tinta
Aos escritos insólitos não correspondidos...
Um ferver do amor
Um sofre do amar...
Amdek
Uma desilusão mórbida no tecer do tempo
Um amor colocado a guilhotina dos medos
Um puxar incerto da alça que libera a lamina
Um frio carrasco do íntimo sentir da morte....
Um mínimo da paixão profana
Aterrada no sofrer da eternidade...
Amar doer
Amor sofrer
Sentir amor
Sentir amar...
É não dor
É não doer
E amor sofrer...
É inteligível
É um vil tangível
O meu sofre de amar...
“Anjo de Pele Negra”
Na ausência da luz
Es matéria escura
Na ausência do amor
Es beleza aldina e oculta...
Anjo peregrino do etéreo
Fêmea de asas celestes
Matriarca do Vesúvio...
Flor de galáxias supremas
Crisálida de universos paralelos
Minha Via Láctea de cor púrpura...
Eneida dos grandes paços de Delfos
Deusa do imaterial espaço subjugado
Liquida emanação da biltre existência...
Anjo de pele negra
Anjo de boca rosada
Anjo de vil luz colorida...
Brada-me com a tua volúpia
Renda-me em teu assoalho
Esquarteja-me em teu sono...
Amdek
Devora-me com o teu poder supremo
Engula-me com a tua ternura tépida
Flecha-me com o teu arpão desumanizador...
“Imperfeição”
Um beijo selado ao vento
Uma mordida torpe ao acaso
Um sufrágio no canto da boca
Um julgamento injusto no amor....
Mas um amor perdido
Uma solidão inadequada
Uma prisão sem finalidade
Uma imperfeição sem medida...
Um estanho
Um mostruário
Um vestido de cor...
“Minha Perdição”
Quem tem amor
Que ame bastante...
Quem tem uma paixão
Que se apaixone bastante...
Quem tem uma ilusão
Que se iluda bastante...
Amor não é de perdição
Amor não é predileção...
Um amor perdido
É uma vida ceifada...
Um amor perdido
É uma vida promiscua...
Em meio a minha perdição
Está o meu encontro etéreo...
Amdek
Em meio a minha perdição
Está o seu imenso sorriso ébrio...
Não espere que o amor aconteça
Não espere que o amor floresça
Não espere que o amor se perca
Não espere que o amor embelecesse...
A beleza do amor não está nas concretudes
A beleza do amor não está nas certezas
A beleza do amor não está no perfeito...
Não confie que o amor incida
Não confie que o amor progrida
Não confie que o amor se invada
Não confie que o amor aformoseasse...
O encanto do amor está no desconcerto
O encanto do amor está nas incertezas
O encanto do amor está no imperfeito...
Quem tem o seu amor
Faça-o valer bastante...
Quem tem a sua paixão
Faça-o valer bastante...
Quem tem a sua ilusão
Faça-o valer bastante...
Não há tempo para adiar
Não há tempo para odiar
Não há tempo para somar...
Amo a minha perdição
Amo a minha consternação
Amo o meu amor que veio no verão...
Uma rosa negra
Uma rosa cinza
Uma rosa marrom...
Amo a minha tentação
Amo a minha ansiedade
Amo o meu amor de verão...
Amdek
“Amor Incerto”
Amor meu em eterno
Amor teu em efêmero...
Placas de uma fragilidade cética
Torniquetes de uma fabula forjada....
Amor meu em eterno
Amor teu em efêmero...
Simples tenuidades tácitas na paixão
Um encontro sabotado no deserto do fel....
Amor meu em eterno
Amor teu em efêmero...
Uma simples tenuidade
Uma frágil concepção...
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“Madre Perola”
Não temas querida
Não sou feito de aço
Não temas minha deusa
Não sou feito de diamante...
Estou preste a ir embora
Estou preste a deixar-te
Mas não pretendo fugir...
Amdek
Um milagre
Um sofismo...
Madre perola
Madre deusas
Madre crisalidas...
Uma perola meio solta
Uma comadre esguia
Um semblante pálido
Em volta do coração...
Tácita como a nevoa
Vivida como o balsamo
Bela como o orvalho...
Não fui dedicado
Não fui relicário
Mas fui paixão...
“aticáT”
adajesed enrac me adaduneD
soiugse sojna ed acob me adirtuN
...liv lef a adignic ocsof lem me adiulF
roma ovissam ed adilasirC
etreni oãxiap etrof ed mimsaJ
...odaziliretse otnaima ed onadraC
atrom azerutan a oiem me aticáT
ardep ed edadic a oiem me acissálC
...siatrom ed seõhlim soa oiem me asueD
sojna sod oãisaco rop adiuqiL
soinômed ed oãçaroda rop adiugnaL
...oãgap ed oãçaro liv ahnim me anrete E
“O Que Diz o Amor”
Dizem que o amor do amado
Nasceu para nos fazer sofre...
Amdek
Dizem que o amor do amado
Existe para nos maltratar...
Mas o amor é sincero
Mas o amor é mistério
Mas o amor é incrédulo...
Ele é tudo
Ele é nada
Ele é duro...
Às vezes é doce
Às vezes é amargo
Mas sempre lucido...
Dizem que o amor
Nos traz sofrimento
Dizem que o amor
Nos traz as dores...
Mas eu sei que é o contrario
Mas eu sei que é o oposto...
É a sua falta que nos promove a morte
É a sua ausência que nos faz sofrer
É a sua deficiência que nos deprimi...
O amor não nos traz o sofrimento
O amor não nos traz a consternação....
Ele é um raio de luz no universo escuro
Ele é um pássaro no meio da fina chuva
Um crepúsculo florido no meio da tormenta....
“Pálida Morena”
Oh! Pálida morena
Se sabes que eu te amo
Procura pelo o meu coração...
Oh! Pálida perola negra
Se sabes que eu te amo
Recolhe os meus pedaços...
O meu amor está sobre o mármore
Amdek
O meu desejo está sobre a campina
E a minha paixão está em enfermidade...
Em quais lugares estão o meu coração
Em quais lugares estão a minha alma
E por quais lugares está a felicidade...
Alguém nos observa em seu castelo
Alguém nos traslada com a espada
Quem nos quer de véu e grinalda ...
A minha enfermidade doente
A minha euforia de repentista
Refrata a infelicidade indolente...
Quem está de coroa
Quem está no trono
Quem delega o anel...
Oh! Tremula viúva
O que há em minha lapide...
Oh! Tácita Nefilim
O que há em seu coração...
Não me recusas o opio
Não me recusa a doma
Não me traia em Kosovo...
Oh! Pálida morena
Se sabes que eu te amo
Procura pelo o meu coração...
Oh! Pálida perola negra
Se sabes que eu te amo
Recolhe os meus pedaços...
A sua falta me traz sofrimento
A sua perda me causou dores
E a sua consternação asfixia-me...
Esvaiu-se a vida
Esvaneceu a alma
Empalideceu a fronte...
Hoje sou um cadáver
Hoje sou moribundo
Por que não a tenho...
Hoje sou um sopro frágil
Hoje sou um copo vazio
Amdek
Uma vil lapide esquecida
Uma assombração solitária...
Não tenho pressa
Não tenho a vil reza
Sou um cão perdido
Um gato sem coleira...
Estou abrandado no deserto
Estou perdido no teu pélago
Fragilizado em seu temor....
Eu não tenho o teu amor
Eu não tenho o teu calor
Eu não tenho o seu amar...
Oh! Pálida morena
Se sabes que eu te amo
Procura pelo o meu coração...
Oh! Pálida perola negra
Se sabes que eu te amo
Recolhe os meus pedaços...
Sinto-me tão sozinho
Sinto-me tão doente
Sinto-me tão maltratado...
A vida foi-me um carrasco
A vida foi-me um assassino
A vida me tirou de teus braços
A vida me praticou carnificina ...
Oh! Pálida morena
Se sabes que eu te amo
Procura pelo o meu coração...
Oh! Pálida perola negra
Se sabes que eu te amo
Recolhe os meus pedaços...
Mas se nada disso for possível
Mas se nada volver o nosso amor
Espere pela minha volúpia etérea...
Mas se for possível
Mas se for correto...
Não deixe que a Deusa Afrodite
Me leve para o seu leito escampado...
Amdek
Não deixe que a Deusa Mitra
Me entorne pelo fel do éter...
E se a Deusa Íris
Insistir no olímpio...
E se a Deusa Nefertiti
Persistir no balsamo...
Não sorria de meu coração
Não desdenhe do meu amor...
Por ventura
Se isto acontecer
Antes mesmo do meu desejo....
Por ventura
Se isto acontecer
Antes de que a tenham nos braços...
Não sorria de meu amor
Não sorria de meu coração...
Escreva em minha lapide fria
Escreva em meu corpo quente
Infira o texto de meu amor mórbido...
Diga isto em minha lapide
Amou uma única vez na vida
Amou uma única paixão em vida
Amou um único coração em devoção....
Escreva que amou sem esquece-la
Escreve que amou sem intimidar-se
Escreva que amou sem perde-la...
Escreva que amou com o seu coração
Escreva que amou sem nunca a olvidou
Escreva que amou sem jamais duvidar...
Oh! Pálida morena
Se sabes que eu te amo
Procura pelo o meu coração...
Oh! Pálida perola negra
Se sabes que eu te amo
Recolhe os meus pedaços...
No meu fim
Lembra-te do nosso começo...
No meu fim
Amdek
Lembra-te de meu amor....
No meu amor
Lembra-te de nosso desejo
No meu amor
Lembra-te que não tem fim...
“Adama Amdek”
Não era para ser assim amor
Você deveria ser só minha...
Não era para ser assim amor
Eu não devia ter te perdido...
Não era para ser assim amor
Você sempre me quis perto...
Não era para ser assim amor
Outras pessoas nos roubaram
Tomaram o nosso único lugar
A poltrona do rei do paraíso...
Não era para ser assim amor
Renato Russo nos romantizou
Tinha que ser nosso padrinho....
Não era para ser assim amor
Seu beijo nunca devia me trai
Jamais teria que ser um ultimo
Um selo de beijo seco entre nós...
Não era para ser assim amor
Como romeu amou a julieta
Cansei em tomar venenos
E mesmo inertes os corpos
O meu amor jamais morreria....
Não era para ser assim amor
Como Paris amou a Helena
Eu a roubaria de um glutão
Mesmo que viessem guerras...
Não era para ser assim amor
Como Dante amou a Beatriz
Caminhando do céu ao inferno
Amdek
Continuaria sem fraquejar no amor...
Não era para ser assim amor
Nossa vida escrita num papel
Eterna na boca de um romântico
Apenas em um poema estético
Um fluido naturalista e nada mais...
“Mivlek Seugirdor”
Quando der a vontade de viver
Eu viverei em muita intensidade...
Quando der a vontade de sonha
Eu roncarei ébrio de tanto imaginar...
Quando der a vontade de dormir
Eu apenas dormirei sentindo você...
No entanto, vir que muitos de vocês
Adorariam ver o mundo como o vejo...
Eu sei que gostar de reggae music
É um clichê um tanto meio chato...
Eu sei que gostar de música eletrônica
Parece coisa de um garoto branco
Semelha coisas de um play boy...
Eu sei que gostar de comer besteiras
Um dia certamente me fara muito mal...
Mas qual o problema nisto
Afinal a vida foi feita para isto...
Para se ter muitos riscos
Para ser muito bem vivida...
Eu sempre fui assim mesmo
Destemido e bastante vivaz....
Quando meus amigos
Queriam falar algo
Eu falei por eles...
Quando os meus belos pais
Queriam mandar em mim
Amdek
Eu mandei por eles...
Quando minha doce irmã
Queria namorar alguém
Eu a entreguei em segredo....
Por isso quando der vontade de amar
Amem absurdamente qualquer pessoa...
Por isso quando der vontade de beijar
Beijem absurdamente qualquer pessoa...
Por isso quando der vontade de viver
Viva absurdamente em você mesmo...
Quando der vontade de pular de paraquedas
Pule sem medo, pule de verdade, se entregue...
Quando der vontade de dançar enlouquecidamente
Dance sem medo, dance de verdade, se entregue...
Quando der vontade de chorar doloridamente a dor
Chore sem medo, chore de verdade, se entregue...
No entanto, nunca se esqueçam de viver a vida
E que a vida é uma grande e suntuosa corrida
Tudo na vida é como uma grossa cortina fina...
E que ninguém sabe quando exatamente
Será a hora que se deve enfim fecha-la...
Portanto amigos não se preocupem mais comigo
Pois da vida, vivi tudo que ela não pôde me dar....
Eu sonhei, um sonho ébrio coletivo
Eu viajei, uma viajem agremiada
Um tubo em onda fragmentada
Que solenemente compartilhei...
“wocsoM e ailataN”
Hoje quando sol morreu tácito
E se deitou sobre o braço do rio
Vir que poderia lhe amar hoje...
Quando o sol morreu tácito
E se esgueirou na planície
Amdek
Pensei tácito em silencio...
Sentir você em minha pálpebra
Guarneci sozinho a vida iníqua
Sonhei o sono injustos dos vis...
Amei a bílis dos amantes
Odiei o golfo dos errantes
E maldisse a vida alheia...
Vir você antes de morre sozinho
Vir você antes de nascer editado...
E ainda ébrio
E ainda absorto
Eu compreendi....
Eu irei amor você agora
Eu irei amar você agora
Eu irei amar você agora...
No entanto
Ou conquanto
Neste encanto...
Minha alma sorria
Minha fala emergia
Minha força retraia...
Por que hoje eu a verei linda
Por que hoje eu a verei bela
E ainda hoje a amaria sobre o sol...
Alguns incrédulos sobre o amor
Insatisfeito com a vida languida
Recitariam desaprovações pífias...
Você jamais irá ama-la
Você jamais vai ama-la...
Mas ainda hoje
Mas ainda em vida
Eu a amaria sobre o sol...
Não me negues minha querida
Não me julgues minha amada...
Hoje sobre o prisma do rei sol
Eu a terei comigo no meu olimpo....
Amdek
Não seria o amor algo incrível
Não seria o amor algo terrível
Se além de ser muito efêmero
Eu não pudesse ama-la hoje...
Não seria incrível
Permanecer imutável
Não seria muito biltre
Permanecer intransferível...
Eu
No entanto
Por enquanto
E por quanto
Ainda a amaria hoje...
Indiscutivelmente breve
O seu amor está comigo
Indispensavelmente leve
O meu amor está contigo...
Eu sei que o mesmo amor
Que ainda está dentro de mim
Ainda permanece vivo com ela...
Mesmo estando morto
Mesmo estando inerte
Mesmo estando apático...
Mas ainda hoje
Mas ainda vivo
Certamente a amaria
Certamente a idolatrei-a...
Como anjos caídos
Como anjos mortos
Como vil canalhas
Eu ainda a amaria...
O amor certamente seria lindo
Se ele ao invés de sofrimentos
Causasse-nos apenas alegria....
Apenas amor
Apenas cores
Sem as dores
Sem as cinzas....
Ainda assim
Ainda hoje
Amdek
Eu a amaria...
Mas comigo o seu amor foi diferente
Mas comigo o seu amor foi indiferente
Ela e o seu amor só me trouxe alegria
Ela e o seu amar só me trouxe a paz...
Eu
No entanto
Ainda hoje
Eu a amaria......
Seu nome deveria ser felicidade
Seu nome deveria ser sintonia...
Ou apenas
Ou ao menos
Reciprocidade....
Um nome de flor silvestre
Um nome de flor rustica...
Eu
No entanto
Ainda assim
A amaria pela manhã...
Somente assim
Eu seria completo
Muito mais complexo...
Mais do que hoje
Eu sou hoje a ela...
E ainda inexorável
Inevitavelmente devotado
Eu a amaria em solicitude...
Eu seria como as vis cachoeiras
Um simples fluxo de água rasa...
Como a um beija-flor tímido
Que beijar as raras pétalas...
Como um rouxinol vivido
Que esfregasse na arvores...
Como a nuas pétalas de rosas
Eu as cheiraria sem narcisismo...
Amdek
Como um bem-te-vi perdido na mata
Esperto ao ataque de ferozes inimigos
Eu ficaria escondido sobre seu leito vil...
Provavelmente em algum ninho
Secando a sua beleza trepida
A margem de um rio imperioso...
Eu ainda inevitavelmente frágil
Sôfrego sobre a margem de teu fel
Amargo a agonia de milhares de anjos...
Eu ainda inevitavelmente frágil
Ainda a amaria neste mesmo dia....
Eu voaria sobre sua rama esverdeada
Evolver-lhe-ia de meu perfume margarida
Encurtaria o meu eloquente fervor em fel
Em tua empáfia biltre de demônio liquido...
Mas ainda hoje
Mas ainda vivo
Eu a amaria vil
Eu a amaria abjeta
Se ainda pudesse ama-la....
Quantos náufragos morreram de amor
Quais militares sobre as guerras vir sofrer...
Eu
Por outro lado
Por outro motivo
Ainda irei amar
O seu amor hoje....
Quando averbamos
Que ficaríamos juntos...
Falei que isso aconteceria
Um dia isto seria verdade
Um dia isso se cumpriria...
Mesmo sobre tempestades
Mesmo sobre terremotos
Eu ainda lhe amaria hoje
Ainda que eu não pudesse...
Não era para ser assim amor
Amdek
Não era para ser assim amada...
Que raiva me dar está dor vil
Que raiva me dar está vil dor...
Em ter que deixar você ir
Em ter que deixa você só...
Se eu tivesse impedido
Se eu tivesse implorado
Se eu tivesse ficado...
Talvez ele não teria ido embora
Talvez o amor ficasse intacto...
Mas eu a amaria ainda ontem
Mas eu a amaria ainda hoje
E eu ainda a amaria no futuro...
Eu fiquei sobre nossos planos
Eu fiquei sobre nossos sonhos
Eu fique sobre nossos rascunhos...
Tímidos aos planos de Deus
Tímidos aos olhos da vil vida
Tímidos as regras do jogo...
Organizados ao final do evento
Ficaram outros sobre agente
Escombros das construções
Em sonhos não realizados
Mas rezando para ser meus....
Rezamos juntos para ter mais planos
Rezamos juntos para ter mais vidas
Mas todos foram aniquilados no fel
Não foram como queríamos na fé...
Mesmo assim querida
Ainda te amaria hoje
Ainda te amaria ontem
Ainda te amaria no futuro......
Planos que ainda seriam perfeitos
Planos ressaltados aos teus olhos...
E eu ainda a amaria pela manhã
Eu ainda a amaria pela tarde
Eu ainda a amaria pela noite...
Mas nada é igual aos planos de nosso Deus
Amdek
Planos que por ventura já estão arquitetados
Mas eu com toda certeza ainda a amaria hoje....
As turvas chuvas de vinte e dois Janeiro
Nunca mais terão anacronismos sintéticos
E elas nunca mais serão as mesmas chuvas...
Pois ao final dessa loucura perturbadora
Em um pesadelo que não quer terminar
Eu ainda sonho com você nesta manha
Ainda penso em você no alto desta estrada
Ainda sinto a distância que vai chegar no aclive....
E enfim...
É o que me resta...
E enfim
É o que me sobra...
Uma única lição literária
Uma única borda da história...
A lição de um amor
Uma lição de amar....
Uma chuva que não deve ser esquecida
Uma chuva que não deve para de cair....
Uma lição árdua
Uma lição fria....
Algo que nunca deve virar dever de casa
Algo que nunca deve virar uma obrigação...
Algo como aula decorada
Algo como fixa de inscrição...
Que o fato de amar
Sempre tenha validade...
Que a forma de amor
Sempre tenha critério...
E que o fato de sofre
Não se torne regra...
E que o fato de sofre
Não se torne vulgar...
Mesmo quando para amar
Não der de fato para amar...
Amdek
Mesmo quando não der em amor
Para amar por completo alguém
Permita-se no dever de amar....
E mesmo se o amor ainda não vier
Devemos tentar ao mínimo amar...
E, no entanto
E, por enquanto
Ainda a amaria hoje....
Sincero amado
Sincero amante...
E, no entanto
E, por enquanto
Ainda a amaria ontem....
E mesmo quando não for o amor
E mesmo quando não for amar....
Ele ainda assim
Ele ainda fato...
Será tão perfeito
Será tão próprio
Será o amar....
Ame-o mesmo quando for imperfeito
Ame-o mesmo quando ele for errado
Ame-o mesmo quando for incompleto....
Ame mesmo quando for pela metade
Ame mesmo quando for em segredo
Ame mesmo quando ele não for seu….
Ame-o
Ame-a...
Ame mesmo na dor
Quando você estiver bem triste...
Ame mesmo no amor
Quando não o tive do seu lado....
Mais o ame
Mais o deseje
Mais o queira….
Amdek
Acho que fizemos amar
Acho que fizemos amor...
Mesmo que esse amor
Com formas tão efêmeras...
Não nos negue a eternidade
Não nos negue a efemeridade...
Eu ainda a amaria hoje
Eu ainda a amaria ontem....
Mesmo com as nossas falhas
Mesmo com as nossas calhas
Nós nos amamos muitíssimo....
Eu ainda a amaria pela manhã
Eu ainda a amaria pela tarde...
É isto que mais importa no final de tudo
É isto que mais importa no fim da historia
As vivencias que um verdadeiro amor trás
As vidas entrelaçadas na convivência do amar...
Eu ainda continuaria a te amar pela manhã
Eu ainda continuaria a te amar pela tarde...
Pois a sós
E á sós
Ainda hoje...
Quando somente no meu final
Quando o amor se mostrar frágil
Quando só o amor em mim doer...
Eu ainda iria te amar
Eu ainda irei te amar
Minha pequena estrela...
Quando a vida nos causarem dores
Quando os beijos esfriarem a carne
Eu estarei sobre a sua fronte inerte...
Quando o amor fluir
Ficarem amargos...
Quando o amor sofre
Eu ainda irei te amar...
Amdek
Sei que mesmo de muito longe
Ainda que extremamente elétrico
Vocês verão o meu imenso amor
Influenciar outros inúmeros amores...
Outros inúmeros casais
Outras inúmeras historias
Outros inúmeros beijos
Outros inúmeros finais...
Mas se ela por obra do destino
Desconfiar do meu amor fluido...
Se ela por ventura inata
Não souber do meu amor....
Digam a ela que jamais gostei de outra
Digam a ela que jamais amei uma outra
E que nunca gostei de mais ninguém
A não ser de seu amor incandescente...
Eu a amei sobre pedras
Eu a amei sobre flamulas...
A não ser que fosse dela
A não ser que fosse meu
E somente apenas a ela
Eu a amei sobre inerte fel...
Em outra forma
Isto não seria eu...
Como não a amas em fluido cerne
Quem sempre a amaria muitíssimo
Em seu contentamento leito de morte...
Afinal
No final ...
Um belo
Um grande
Um amor
Não se refuta...
Não precisa ter um final feliz
Não precisa ter um feliz amar...
Ele precisa apenas existir
Amdek
Ele necessita encarna-se...
Fazer sentido
Fazer presente
Fazer significado...
Está vivo dento de nós mesmo
Porque o corpo pode até morrer
Mais o meu amor por você não....
Este nunca vai ter um fim
Este nunca se extinguirá
Ele ecoara por toda a terra
Por toda imensidão do universo...
Este amor viajará emanado de graça
Caminhado solicitamente no espaço
Por toda vastidão que é a eternidade...
Eu por outro lado continuarei fiel a você
Ao seu belíssimo coração azul celeste
Fiel aos seus lindos olhos de embrida...
Ao final
E no final de tudo
O que levamos desta vida
E tudo que está vida leva
É o tudo que vivemos nela....
Ainda completamente decepcionado
Ainda que completamente imexível...
Por não vê-la
Por não tê-la...
Uma única vez
Uma última vez...
Eu ainda
No entanto
Ainda a amaria hoje....
O que ainda nos vale no nosso amor
São as vivencias do amor que tivemos....
Os amores que sentimos
As paixões que doamos
O sofre que nos doí a alma...
Pois amar
Amdek
É ainda uma escolha...
Ter uma amizade
É ainda uma escolha...
Ter um filho
É ainda uma escolha...
Odiar é uma terrível escolha moral
Amar uma dádiva divina celestial....
Mesmo que certos amores dúbios
Acabe por nos escolherem primeiro
Cabe solenemente a nós mesmos
Dar-nos a certeza de ser ele o certo...
Pois doar amor a alguém
Ainda é um ato indivisível....
E é a único sentimento no mundo
Que não somos obrigados a sentir...
Nós o fazemos livremente
Nós o doamos arbitrário...
O ato de amar é único
Você o deu muito bem...
Acho que você ficaria muito bem em mim
Acho que o meu amor está em boas mãos...
Eu
No entanto
Entendo-me
Ainda te amo...
Sigo pela vida torpe
Caminhando em vil
Amando você hoje...
Ainda posso sentir minhas mãos nela
Parte do que ela pensou sobre mim
Ainda está aqui dentro do meu peito...
Agora você está aqui neste pedaço de papel
Como um poema que resume a minha alma
Como uma síntese de um universo insólito...
Mas ainda inerte
Ainda vilmente fel
Amdek
Ainda te amaria hoje
Em um estado ébrio....
Eu a amaria como alguém solicito
Como uma pessoa desconhecida
Mas ainda a amaria pela manhã...
Apesar de lê-la várias vezes
Como se fosse um livro tenaz
Ainda a amaria em refratário...
Somente agora a entendi
Em sua profundidade biltre
Em seu conteúdo lascivo...
A sua boca é só encanto vil
E o seu corpo puro pecado vão...
Seus olhos são terrivelmente lindos
Seus pelos inevitavelmente quentes
Afogam-me de desejos vis e profanos...
Realmente
Quando a lia em alma
Este poema refratado
Eu a velava por ser própria...
Eu
No entanto
Naturalmente
Ainda a amaria hoje...
Apesar de não a ter em mim
Escrito a meu punho impérvio...
Em minhas próprias mãos
Este belo épico do Eufrates...
Foi como se estivesse escrito no passado
Foi como se estivesse lido no vil presente
Era como se o amor fosse transferido…
Remanejado para um outro planeta
Abduzido por alienígenas simpáticos...
Era como se o amor insípido
Fosse imutável e intransferível....
Acho que estava certo em te amar
Acho que acertei em me apaixonar
Amdek
Mas porque tudo teve que acabar
E porque acabou assim desta forma...
Pois no lamento tímido
Eu ainda a amaria hoje
Eu ainda a amaria...
Eu vir que ele estava certo no amor
Em me amar tanto desvairadamente
Eu vir nos teus olhos este amor bonito
Nestes últimos dias que me antecedera...
Eu ainda a amaria pela manhã hoje
Eu ainda a amaria pelo fim da tarde...
Eu amei bem
Eu estava feliz
Eu dormir bem...
Eu só queria mais um abraço ébrio
Por que você saiu sem meus beijos
Por que foi embora sem se despedir
Não seja amagar em meu salutar...
Você estava tão feliz
Disso tenho certeza
Mas não se preocupe...
Eu a amarei ainda hoje
Eu a amarei ainda amanha
Eu a amarei no meu futuro
Eu a amarei para sempre...
“Insólita Amante”
Envolvida eternamente em sono
Constituída em um gélido pomar
Uma reclusa sobre o efêmero campo
Uma metástase sofrível em balsamo...
Reina em escampo florido
Tece em minha fluida boca
Maneja o meu coagulo frigido
Rebenta a minha louca emoção...
Revolve sobre a minha têmpora
Regurgita a minha breve vida
Torneia a minha alma perdida
Amdek
Flutuar em meio ao mar Egeu...
Estou suprimido em teus gélidos seios
Revolvido em um pálido verme cinza
Andrógeno as minhas emoções frias...
Acorde de seu sono eloquente
Respira em minha fronte tépida
Reage a meu encanto demoníaco...
Rubra palpitante em meu ensejo
Abra as suas vis pálpebras ébrias...
Encanta-me com o teu choro sereno
Entorna-me com o teu beijo languido...
Congela-me no eterno fosso da morte
Incendeia-me novamente em teu inferno...
A quais chamas terríveis o teu fogo pertence
A quais labaredas vis o teu corpo gélido esfria...
Minha pálida amante
Minha pálida amada...
Em ti vejo a minha amada irmã
Em ti vejo o vil amor incestuoso...
Como o amor do Cérbero
Eu te devoro fora do Paraíso...
Como os cães do inferno
Eu a rasgo em pedaços....
Acorde de seu sono mormo
Desperte de sua cama fria...
Leve-me para o paraíso de fogo
Conduza-me ao céu gelado de amor
Mata o meu desejo constituído e biltre...
“Uma Deusa em Perola Negra”
Oh! Perola Negra
Minha pálida musa...
Amdek
Oh! Perola Negra
Minha razão de viver....
Aquela que beijei os lábios
Aquela que toquei indelevelmente...
Existem sorrisos
Que somente Deus
Sabe como desenhar...
Existem lábios
Que somente a natureza
Sabe como delinear as curvas...
Mas o seu sorriso
O seu formato biltre
Ele não desenhou no papel
Ele a esculpiu em mármore....
Oh! Perola Negra
Minha pálida musa...
Oh! Perola Negra
Minha razão de viver....
Eu sei que não me vês
Eu seu que não me tens
Mas rogo pelos seus beijos...
Santa de uma reza
Reza de uma santa
Imácula o meu desejo
Afronta a minha insanidade...
Quem te desenhou
Não quis te remodelar...
Quem te esculpiu
Não quis te recompensar...
Ver a minha culpa
Ver a minha tristeza
Ver a minha saudade...
Volta para o meu pecado
Volta para as nossas loucuras...
Amdek
“Pele Negra”
A minha cor te empele
A minha raça te intimida
E a minha força te enfraquece...
Quais medos consternamos
Quais ensejos manejo em vos
E quais flagelos lhe são aplicados...
Somos forte por natureza
O sol não nos destrói.......
Somos forte por natureza
A água não nos contamina....
Somos forte por natureza
A terra não nos corrói......
Sou feito de tranças
Sou feito de lanças
Sou feito de melanina....
Tenho a resistência do aço
Tenho a volatilidade do mel
Tenho a beleza da relva verde...
Minha pele é negra
Meu sangue é negro
E minha alma é negra....
Sou um sol no entardecer
Sou a lua no amanhecer
Sou um cometa tangenciado....
Somos um fruto bonita da terra
Somos a terra bonita do fruto
Somos todo o fruto da terra...
Não sei ser de outra forma
Não sei ser de outra cor
Sou melanina a flor da pele
Sou calor do sol ao meio dia....
Miscigenado do norte
Permutado do leste
Embaralhado do oeste
Amdek
Misturado do sul
Sou pura pele
Sou pura dor
Sou química
Sou amor....
Pele parda
Pele negra
Pele escura
Pele amor...
“Um Amor de Senzala”
Um amontado de gente
Um estridente lamento
Um quarto de flores vis
Um espaço pequeno...
Meia dúzia de instrumentos de ferro
Meio quilo de alimentos apodrecidos
Uma cuia de agua a cada dois dias
Uma fresta de luz atravessada no teto...
Quem em nome de Deus é o meu senhor
Quem em nome do de diabo me aprisionou
Quais correntes me manter inerte ao bronze
Quais chicotes não me deves a listra nas costas...
Um quarto fedido
Um quarto pequeno
Um espaço a esmo...
Ratos são os meus hospedes
Baratas são as minhas visitas
E formigas são os meus espinhos...
Não temas minha querida
Mesmo em outra senzala
Sinto o seu cheio tenaz....
Mesmo que o seu dono
O usuro de pele branca
A possua sem permissão....
Eu a amarei sem exclusão
A força não me deixas vil
Amdek
A fraqueza não me impele
E o amor me traz de volta...
Esse não é o nosso lugar
Essa não é a nossa terra
E esses homens biltres
Não são os nossos donos...
Queira Deus antes que eu morra
Queira o Diabo antes de dormir
Que eu a veja em meus braços...
Moça linda da senzala em quartzo
Negra bonita do quarto pequeno
Mulher de vênus do corpo escuro...
Não permita que eu morra
Sem antes ter que beija-la...
Não permita que Deus me guarde
Sem antes ter que cheira-la...
Não permita que o Diaba me toques
Sem antes ter que adora-la...
Oh! Linda negra da manhã
Não sorria do meu amor puro...
Oh! Linda mulata da tarde
Não se negues ao meu amor....
Oh! Linda preta da noite
Não me rejeites no mar...
Sou um deus da senzala
Um demônio do pelourinho
Um príncipe e rei da África...
Um sonho vil
Um beijo frio
No teu sabor....
“Amada Guerreira”
Oh! Linda dos palmares
Aonde estas na minha relva
Oh! Guerreira da luz negra
Aonde descansa o teu leito....
Amdek
Oh! Linda zumbi vil e feminina
Em que chão descansa o teu fel
Oh! Gigante do meu céu estrelado
Deixa-me em paz sobre o teu seio...
Não me resguarde de tua fala
Não me desvele de teu silencio
Não me restrinja de teu amor...
Seja a minha guarda permanente
Seja o meu esquadrão da mata
Um forte biltre sobre as pelejas
Uma mulher vil na sombra do rio....
Oh! Zumbi de minha vida masculina
Oh! Feminino zumbi de vida efêmera...
Não deixe que eu cale a minha sorte
Não deixe que eu cale a sua alma vil...
Um vapor de água na tua essência
Um recuo de lacrima na eternidade...
Aonde está a minha vela acesa
Aonde mora o meu querer biltre...
Vem da mata resguardada
Vem do leito profundo do rio...
Não demorei minha guerreira negreira
Não me abandone no porão do navio...
Sei de tua luta ignóbil
Sei de suas lagrimas vis.
Sou seu ardil
Seu amor vil
Sua ancora
No meio do mar....
“Deixem te Amar”
Quando alguém te amar
Deixe que eles te amem...
Amdek
Quando te desejarem muito
Deixe ser desejada também...
Quando lhe pedirem um beijo
Beije se for de seu desejo...
Quando alguém quiser fazer amor com você
Faça amor com ele se for assim o seu desejo...
Quando alguém lhe oferecer ajuda
Não se obstrua, deixe ser ajudada...
Quando alguém lhe oferecer proteção
Seja mais meiga, deixe ser protegida...
Quando lhe oferecerem abrigo
Deixe-se ser abrigada por ele...
Quando alguém lhe doar um abraço
Retribua da mesma forma o ensejo...
Quando alguém lhes der
Simplesmente o coração
Devolva-o como achou...
Quando alguém sofre muito por você
Seja sensível, cuide muito bem dele....
Mas se alguém lhe for muito rude
Mas se alguém lhe for desonesto
Não deixe a cisma passar em branco...
Devore o seu coração
Despedace a sua alma
Enterre o seu desejo....
E se alguém quisera-lhes machucar
Seja dura, seja firme, não lhes deixe...
E se alguém quisera-lhe colocar para baixo
Lembre-se que você se ama em primeiro lugar...
E se este amor de lúgubre ternura
Lhes fizer mais mal do que bem...
Seja mais rápida
Desista logo dele......
Amdek
“Amor em Verso”
O amor não é resumo
É um texto em prosa...
O amor não é uma estória
E verso inteiro em poesia...
O amor não é usual
É sempre casual….
O amor não tem um termômetro
Nunca tem um padrão correto...
O amor não é estático
É um constante biltre
Um vil em movimento....
O amor não é um isótopo frio
Ele sempre será uma energia
Mais volúvel que a antimateria
Que ousa rebobinar os tempos
Qualificando a refração do viver...
“Amor Fatal”
Sou um pesadelo curto em teu desejo
Sou uma arma química no teu terror
Um câncer tolo em teu sonho esquio
Um amor fatal que sei que vai machucar...
“Em Tempo de Amar”
Não perca tempo amor meu
Não espere que o dia nasça
Não hesite em me dar um beijo...
Faça tudo o quer quiser comigo
Não estrague a sua bela alma
Não roube a inveja de teu corpo
Estando nua em um espelho….
Amdek
Seja como a luz da lua
Seja como o fel da rosa....
Ande descontraída ao me ver
Perambule sobre as nuvens...
Venha de surpresa
Venha com força...
Venha com o semblante de menina
Venha com a graça de uma mulher...
Mas venha
Mas tenha
Mas trate
Contorne-me...
Mas derive
Mas verse
Mas encerre
Possua-me...
“Minha Flor”
As minhas meras têmporas frívolas
Seguem em tuas mãos tremulas...
E o meu amor tênue padece
Sem a ter a tua direção certa...
O teu amor caótico me adoece
Retira de mim aqueles biltres
Homens que não te merecem...
Não te teimas do que é obvio
Não te teimas do que é oblíquo
Em meio aos pensamentos lívidos
Em meio aos pensamentos lascivos...
Aonde você me esconde
Aonde você me guarda
Aonde você me trancafia...
Onde está a tua formosura tenaz
Aonde está a tua beleza efêmera
Amdek
A real ternura do seu amor senil...
Faça em mim dias de sol
Faca de mim dias de lua
Em meu leito amargurado....
E quando enfim morrer em mim
E quando enfim nascer no outro
Escreve-te a esmo em semblante...
E se assim for
Enfim amou-me...
Vir quanta força nutriu
Como a um raio de sol.....
Em meio a um sutil anonimato
Em meio de minha imensa dor
Vir aquela que se chamava flor...
O meu amor
O meu amar
Amada Kedma...
“AmdeK”
Uma perola sobre a varanda
Um círculo de luz no universo
Um bem-querer no meu vazio...
Não zombes de mim minha bela
Não me critique por te amar insólito
Nem vires o teu rosto pálido para o leste...
A cor de tua beleza é ocre como o paraíso
A vela de teu sono biltre é cruz no meu sofre
E os seus beijos languidos, efervescentes e vis
Revoltam-se como cárcere em minha boca absorvida...
Quem sou eu sem o cheiro salpicado de seu chumbo ocre
Quem sou eu sem a sua pálida pele negra em meu desejo...
Que bocas você beija sem o meu consentimento
Que línguas bebe o suco ocre de sua saliva ébria
Que mãos improprias de desejo vil as tem em fel vulgo
Que dedos maliciosos possuir o seu corpo de anjo caído
Que dentes brancos mordem o seu seio roxo e transceptor...
Amdek
Oh! Pálida mestiça
Não me deixe sozinho...
Oh! Pálida mestiça
Não se vá embora agora...
Oh! Pálida mestiça
Não destrua a minha vida...
Lembra-te do meu doce beijo
Lembra-te de minhas vis mãos
Lembra-te do meu hálito de cebolas
Lembra-te de meus dentes em tua boca...
Pálida mestiça
Pálida perola negra
Pálida encaracolada
Pálida em pó de chumbo...
Lembra-te de meu amor
Lembra-te que sofro
Lembra-te que te amo....
Não me deixe anônimo em teus seios roxos
Não me deixe ébrio em minha lapide esguia
Não me deixe frio em meu tormento de amar-te...
Como sofro por teu amor
Como dói não te ter em mim
Como é vil a solidão sem você...
Em ti espero a lapide
Em ti espero a aurora
Em ti espero um beijo...
Não espere que um demônio flutue em meu pesar
Não espere que um anjo acorde em meu lado frio...
Um poeta pode ser um biltre solitário
Um poeta pode caminhar livre na praça
Mas ao escrever as murmurais do amor
Tenho o seu amor lívido como companhia...
Em ti dorme o meu amor
Em ti dorme o meu amar
Em mim vela o seu suspiro...
Doce perola negra do campo
Amdek
Por que Deus a desenhastes...
Doce perola negra do campo
Por que Deus nos separaste...
Por acaso quer que eu sofra
Por acaso que que eu morar...
Por que não deleta
O seu sorriso de mim...
Por que não apaga
A sua lembrança de mim...
Queres que eu sofra
Queres que eu morar
O que queres de mim...
Por que não acaba com o meu sofre
Por que não me apaga da existência...
Sem ela não sei viver
Sem ela não sei amar...
Oh! Deus o que queres de mim
Oh! Deus o que queres de mim...
Que lábios desenhaste para mim
Que boca escreveste para ler-me...
Morrer ainda me faz falta
A sua falta faz-me morrer...
Não me torne um esguio tolo
Não me torne um vil covarde....
Antes que eu a tenha tácita
Ainda hoje sobre meu balaústre...
Antes que eu a tenha fluida
Ainda pela manhã dos náufragos...
Quero o seu cheiro de virgem
Quero o seu hálito de burlesca...
A quero pela última vez nesta madrugada
A anseio pela derradeira vez nesta alvorada
Neste último vil filme da vida que me condenou ....
Como posso ir sem que a beije
Amdek
Como posso seguir sem que a vele
Não serei como os tolos que não a deseja...
Navegarei ferozmente sobre a tua vulva regia
Levantando alucinadamente em brados renegados
As campinas verdejantes de ingênuos guerreiros alados...
Segue o meu tormento de cavaleiro
Siga o véu de minha flamula insipida
Escolte o ensejo vulgar dos apaixonados....
Sou uma vela incendiaria
Sou um amor de verão seco
Um monge sem sabedoria vil...
É isso que o amor nos tonar
E nisso que o amor nos devolve...
Um deve acabar com a minha morte
O outro acaba quando você acorda...
Eu baldearei entre os vikings
Entre vis mares desconhecidos
Entre corações alheios ao amor...
O meu viver
O seu dizer
O meu amor...
Como sofro sem ter o seu amor
Como sofro sem ter o seu amar...
Que dor tenho na alma
Que dor tenho no peito...
Sem ter você
Sem sua cor
Sem seu amor...
Em silencio
Em solicitude
Em amor
Em desejo...
“Minha Doce AmdeK”
Um amor nascido
Um amor escondido
Um amor proibido...
Amdek
Talvez um amor improvável
Talvez um amor quase mórbido
Talvez um amor quase inesperado...
Um incesto febril
Um pecado biltre
Um errado certeiro...
Um beijo quase sutil
Um toque descontraído
Um contato inapropriado...
As pálidas querem ser as primeiras
As pálidas querem ser as únicas do fel
As pálidas querem tudo em vis segredos...
Não existe dúvida na lascívia
Não existe dúvida no desejo
Não existe dúvida no toque...
Uma mão, mas boba
Um toque, mas sutil
Um dedo, mas atrevido
Uma invasão em volúpia
Um tesão em biltre frenesie...
Não há irmãos
Não há filiação
Não há parentesco....
Existe desejo
Existe tesão
Existe sexo....
Não há paz
Não há culpa
Não há virgem
Não há invasão...
Tudo é tesão
Tudo é delicia
Tudo é volúpia
Tudo é orgasmo
Tudo é intimidade
Tudo é fornicação
Tudo é promiscuidade...
Amdek
Tudo é um desejo de pele
Um contato demoníaco
Um desejo angélico
Um forte tesão...
“Minha Perola Negra”
Oh! Linda Perola
Como é bela...
Oh! Linda Perola
Como é sutil...
O meu desejo é proibido
A minha carne é inóspita
E os seus lábios intocáveis...
Oh! Linda Perola
Como é lindo
Os seus cabelos...
Oh! Linda Perola
Como é languida
Os seus vis lábios...
Oh! Pálido Perola
É de sua exógena pele
Que nascem os bebes...
E de sua boca que vivem os homens
E de suas mãos que brotam os desejos....
Oh! Como a desejo
Oh! Como a quero...
Sou o seu pecado delirante
Sou o seu sono de escárnios
Os sonhos quentes e proibidos
A demência de todos os loucos
A trama viril dos demônios no poço
A guerras de homens malditos e tolos....
Oh! Doce Perola
Como é amada...
Oh! Doce Perola
Amdek
Como é desejada...
Tu es o meu pecado sobre a terra
Tu es o meu terror nas madrugas frias
A minha dúvida de amar o ser proibido...
Oh! Pálida Perola
Como é amada...
Oh! Doce Perola
Como é desejada...
Não use chumbo
Como maquiagem
Não deixe as veias
A flor da pele verteria...
Tu es tinta e sangue
Tu es vento e friagem
Tu es morte e vivencia
A minha dor e alegria....
Oh! Pálida Perola
Eu amo não te amar...
Oh! Pálida Perola
Em amo não sentir amor...
Es friagem no verão do Saara
Es quente no inverno glacial...
Não temas ao homem vingador
Não finjas desamor a teu amante...
Sou o seu desejo de irmão lúgubre
Sou a soma de uma multiplicação
Um amor vil de verão em Budapeste
Um assassinato necrófilo a luz do dia...
Sou o teu vil cavaleiro ébrio
Sou um dos quatros guardiões
O teu amor em segredo torpe
O delírio que vai te matar de amor...
“Jovem Devorada”
As minhas facas são liquidas namoradas
Amdek
As minhas mãos são portas para o paraíso
E as jovens um limite para o ensejo mórbido...
Sou um coletor de desejo
Sou um cavaleiro do prazer
Um carteiro que presenteia dor...
As minhas facas cortam gargantas
As minhas facas desossam tendões
Elas separam membros interligados
Transformam vidas em muitas mortes...
Eu sou um separador inato
Eu sou um bajulador do amor
Eu lixeiro da natureza morta
Um coveiro do paraíso da morte...
A minha faca corta pernas e braços
A minha faca separa crânio de corpos
Elas retiram órgãos e milhares de nervos...
Naftalina
Creolina
Gasolina....
Cheiro de carne cortada
Cheiro de sangue fresco
Cortes biltres delineados....
E pela manhã que fritos os seus rins
E pela manhã que fatio o seu coração
E pela manhã que cozinho o seu fígado...
Tripas e vísceras são assados em alho e cebola
Olhos e línguas são ótimas em sopa condimentada....
A vulva é devorada a gosto e ao melhor sal
O útero é todo fritado no azeite de oliva fresco
E o seu seio róseo fritado com alho e azeitonas...
Ainda em natura a saboreio
Ainda na panela a degusto...
As minhas facas são magicas
As minhas laminas são trepidas
Cortam fibras como flamulas vikings
Separam tecidos como deuses merovíngios....
Oh! Bela Pálida
Oh! Bela Kedma
Como foi delicioso
Amdek
Comer o seu belo coração
Comer os seus biltres rins...
Tudo com arroz e muita farinha
Tudo com muita fome e desejos
Misturada com salada, azeite e feijão
Misturada como ensejo, volúpia e tezão...
“A Jovem Pálida”
Oh! Bela Dama
Pareces muito pálida
O que queres de mim...
Oh! Bela Dama
Pareces muito ébria
O que queres de mim....
Essas não são roupas adequadas
Não são trajes para esta cidade
Não são vestes para este calor...
Oh! Pálida Dama
Pareces muito perdida
O que queres de mim...
Oh! Pálida Dama
Pareces muito confusa
O que queres de mim...
Estas roupas que te vestes
Não adornam bem as moças
E estes penteados não são usuais...
Estas roupas que tu usas
Não são roupas modernas
Não traduzem jovialidade...
Es moça bonita
Es moça graúda
Es moça cheia...
Tens que ser moderna
Tens que ser mais adulta....
Oh! Bela Dama
Pareces muito machucada
O que queres hoje de mim
Parada sobre esta estrada...
Amdek
Oh! Bela Dama
Pareces muito ferida
O que queres hoje de mim
Parada sobre esta casa isolada...
Você está desarrumada
Você está deselegante
Você está toda maltrapilha
Você está coberta de sujeira
Você está com roupas rasgadas...
Oh! Pálida Dama
Pareces muito ébria
O que queres hoje de mim
Parada sobre esta estrada...
Oh! Pálida Dama
Pareces muito vil
O que queres hoje de mim
Parada sobre esta casa isolada...
Eu sei que não falas
Eu sei que não arengas
Então faça um argumento
Então trilhes um lamento...
Estais tristes por que
Estais tristes por quem
Que amores te faltou
Que amores te fartou...
Há dias nos consumimos
Há dias nos reverberamos
Há dias nos refratamos...
Nossos corpos possuem diferenças de calor
Nossas bocas estão em estágios diferentes
E os nossos desejos em equilíbrios paradoxos...
Devo descarta o seu corpo
Devo enterra o seu amor...
O seu cheiro não me incomoda
A carne podre não me consterna...
Mas os vizinhos possuem línguas felinas
E os homens comportamentos maldosos
Eles nos comprometem linearmente no amor
Amdek
Havidos pelos suplícios dos anjos abandonados...
Um vivo
Um morto...
Um amor
Uma amada...
Um sabor
Um ardor...
Um vivido
Um ébrio...
Um descarnado
Um desvairado...
Em seu amor
Em teu amar
Em nosso amor...
Devo deixa-la para as traças
Devo deixa-la para os vermes
Devo perde-la para a mãe terra....
A sua intimida está sobre larvas
A sua intimidade está enervada...
Às vezes a venero
Às vezes a possuo
Às vezes a desnudo...
Sei que você mudou
Sei que você variou...
Você não é a mesma mulher
Não é a mesma flor seguia
Não é o mesmo amor frívolo...
Sei que os ramos são rosas vis
Sei que as pétalas são biltres....
Mas você está diferente
Estais um pouco mais rubras
Estais um pouco mais roxas...
Aonde estais aquela que colhi no sepulcro
Aonde estais aquela que tomei por pálida...
Aquela lívida que amei há quinze dias
Amdek
Aquela ébria que roubei de seu sono
Aquela virgem que selei em meus beijos...
Cães biltres da morte
Gatos vis da escuridão
Devolvam a minha ébria
Restituam a minha amada...
Por amor a minha amada
Por morte a minha paixão
Pela vida de meu sofrimento
Pela lascívia de meus desejos...
Devolvam a minha pálida
Componham a minha ébria
Restabeleçam a minha vida
Restaurem a minha paixão...
“Um Vil Anjo Caído”
Oh! Pálido querubim
Vir as suas asas queimadas...
Oh! Pálido querubim
Vir a cratera no meu quintal....
O que queres de mim
O que queres de mim....
Sou um amor efêmero
Sou um amar perigoso
Uma tempestade no céu...
Oh! Pálido querubim
Tens seios femininos
Tens traços de mulher...
O que queres de mim
O que queres de mim...
Você está perdida na terra
Você está em guerra no céu...
Você é um anjo moribundo
Você é um arcanjo solitário
Um demônio vagabundo
Um mestiço esquecido....
Amdek
Oh! Pálido querubim
És o sol de minha tarde...
Oh! Pálido querubim
És o luar de minha noite...
O que procuras em minha casa
O que queres de minha solidão...
Por acaso não sabes
Que eu não tenho alma...
Por caso não sabes
Que eu não tenho ela...
Eu também não tenho amor
Eu também não tenho amar
Eu também não tenho dor...
Eu não tenho dama alguma
Eu não tenho dono algum...
Não existe alguém
Para chamar de meu
Não existe alguém
Para chamar de minha...
Sou pedra no deserto
Sou oco como a lua
Sou podre como o ocre...
Sou frio como o gelo dos polos
Sou seco como arvores do serrado
Mórbido como os cadáveres do cemitério
Frigido como um humano de 90 anos de idade...
Oh! Pálido querubim
Sou presente de natal...
Não sou nenhum anjo caído
Não tenho penas alvas e fluidas
E nem tenho desejo pelo céu angelical...
Não há em mim desejo
Não há em mim fluido
Sou frio como a noite
Seco como a palha....
Sou mais tórrido que o diabo
Mais louco que um hospício
E terrível como um assassino...
Amdek
Eu não tenho dentro de mim
Qualquer humanidade abrupta...
Tenho o fogo nos olhos amarelos
Tenho o gelo nos lábios vermelhos
E chamas laranjas na língua frívola...
Sou sozinho
Sou escapista
Sou efêmero...
Sou como a brisa
Sou como nevoeiro...
Sou como a escuridão
Um vazio no universo
Um amar no teu verão...
Sou deste jeito
Por que não a tenho...
Sou desta forma
Por que a perdi...
Sou desta natureza
Por que fui inóspito....
E por isso
Sou sozinho....
“Amor Livre”
Oh! Amor Livre
Oh! Livre amor...
Por onde andas menina
Por ondes tu caminhas....
Faz algum tempo
Que não te vejo
E algumas horas
Que não te velo...
Meus minutos
São todos teus
Amdek
As minhas mãos
São todas suas...
Não tenho domínio
Sobre a minha vida
O meu respirar é seu...
Há algumas décadas te persigo
Há alguns séculos te desejo...
Ainda lembro do nosso encontro
Ainda lembro de seu semblante...
Um vento leve sobre o teu rosto
Um raio de luz sobre a tua fronte
Um tedio de dor em teu semblante...
Ainda assim eras linda
Ainda assim eras bela....
Por que continua sozinha
Por que continua sentada
E sobre a escada da Sé...
Aquela é uma igreja bonita
Sua arquitetura é majestosa
Mas a sua face reflete mágica...
Desde a sua aparição biltre
Eu não tenho a minha paz...
Desde a sua impressão vil
Eu não tenho o meu sono...
Ela sempre está sentada na Sé
A meio quarto da mesma hora...
Ela sempre está com semblante perdido
Com o seu rosto voltado para frio do mar...
Sempre na mesma escada
Sempre na mesma posição
Sempre na mesma igreja...
As 17:30 de uma mesma tarde
As 17:30 de um mesmo verão
As 17:30 de um mesmo dia...
Está sempre sobre as tardes obliquas
Está sempre sentada sobre as escadas
E sempre com um triste olhar em erupção...
Amdek
Quem es você bela dama
Quem es você bela ninfa...
A sua presença é um segredo
A sua presença é um mistério...
Minha bela dama do mar
Você sempre assim estais...
As vistas para o beira-mar
As vistas pera o céu do mar...
Seu comportamento matemático
Seu lamento ultrarromântico
Seu cumprimento religioso
Seu movimento metafisico...
Uma mulher misteriosa
Uma mulher equitativa...
Ela sempre vai embora
Ela sempre some na luz
Depois que o sol morre...
Ela sempre vai embora
Ela sempre some na luz
Depois que o sol apaga...
Sempre sentada
Na mesma escada...
Sempre olhando
O mesmo vil céu
O mesmo vil mar...
Ela sempre vai embora
Ao fim da morte do sol...
Ela sempre vai embora
Ao fim do último brilho...
Na mesma hora
Na mesma tarde
No mesmo céu
No mesmo mar...
Eu sempre venho aqui para vê-la
Eu sempre estou aqui para vela-la...
Amdek
Aqui me parece um bom lugar
Aqui me parece um bom sono
Aqui me parece um bom descanso...
Eu sempre estou aqui
Eu sempre vou vela-la...
Sempre estou do outro lado
Sempre estou do seu lado...
Eu a sigo sempre nas mesmas horas do dia
Eu a sigo sempre nas mesmas tardes do dia
Eu a sigo sempre nas mesmas mortes do sol...
Eu a amava em segredo
Eu a seguia em silencio
Eu a velava em meus sonhos
Eu a consumia em verso e prosa...
Não foram poucas as vezes que a beijei
Não foram poucas as vezes que a toquei
Não foram poucas as vezes que a possuir
Não foram poucas as vezes que a teve nua
Não foram poucas as vezes que nos amamos...
O seu corpo frio me acalentava
O seu corpo inerte me confortava
E o seu corpo ébrio me conduzia...
As suas pálpebras frigidas
As vezes não se abriam...
As suas pálidas mãos
As vezes não apertavam...
E os seus lábios gélidos
As vezes não me beijavam...
Os seus braços languidos
As vezes não me seguravam...
Mas as minhas mãos pálidas
Não lhes negava sentimentos...
A cor rubra de teu corpo
Era chumbo em veleiros...
Algo delirante
Amdek
Algo delirado...
Ela nunca olhava para os lados
E sempre caminhava absorta
Pelas mesmas ruas curtas...
Ela nunca olhava em meus olhos
E sempre caminhava absorta
Pelas mesmas ruas curtas...
Ela nunca me exigiu nada
Ela nunca quis nada de mim...
Uma única prova de amor
Uma única frota de amar...
E sempre caminhava absorta
E sempre caminha languida
Pelas mesmas ruas de pedra
Na mesma rua cumprida do giz...
Estando sempre solta
Estando sempre absorta
Estando sempre languida...
As vezes sendo apenas minha
As vezes sendo do pôr do sol
As vezes sendo esquecida...
Seu nome é Amor
Seu nome é Livre
Às vezes é temor...
Ela nunca recitava
Ela nunca reclamava
Ela nunca conversava...
Ela apenas me usava
Ela apenas me amava
Ela apenas me consumia...
Depois ela sumia
Depois ressurgia....
Hora me louvava
Hora me suprimia
Hora me consternava
Depois desaparecia...
Um corpo morto
Amdek
Uma alma penada
Uma paixão vazia...
Eu a chamava de amor justo
Eu a chamava de amor cúmplice
Ela podia ser a flor de Maria de Dalva
Mas se chamava flor de mil margaridas...
Como não ter esta flor de maria bonita
Como não ter esta flor de Jacarandá
Uma sabia flor do meu espaço solar
Uma biltre flor do jazigo do gavião...
A minha bela pálida
A minha bela querida
A minha bela esquisita
A minha outra parte da alma...
Uma flor de mil marias
Uma flor de vis margaridas
Um jasmim de campo-santo...
“Anjo com Asas”
Eu ouvir um bater de asas
Eu sentir um cheiro árduo
Eu vir as sombras das penas...
Era você meu vil anjo caído
Era você meu desejo etéreo
Era você minha perdição eterna...
Há quanto tempo estais comigo
Há quanto tempo me desejas
Há quanto tempo me devoras...
Existe esperança em seu desejo
Existe fluidez em sua lesividade
Existe planos para um anonimato...
Um ato promiscuo de lascivo biltre
Um fato próximo da masturbação vil
Um confronto tórrido de sexo profano...
Que anjos estranhos são estes seres
Que nefilins bonitos são de tua casta...
Que anjos possuem nomes de mulheres vis
Amdek
Que maldiçoes trazem as suas ignorâncias...
Não me importo com a sua leviandade
Não me interessa a sua biltre danação...
Quero o seu prazer mórbido
A sua demoníaca danação...
A sua sutileza fria
A sua tácita beleza
E o seu beijo febril....
“Minha Amada Inocente”
O desejo dos que tem apenas doze anos
A traquinagem dos indolentes de nove anos
A tolice das danações ébrias dos quatros anos...
Oh! Doce inocente
Tem em mim frívolas...
Oh! Doce menina
Em te sou um fel...
Aos doze parece um anjo
Aos nove reflete humanidade
E aos quatro vir o seu demônio...
Oh! Doce criança
Sou um amado amante...
Oh! Doce menina
Te amei em segredo...
A porta da janela louvava-te
A beira da praça velava-te
E na porta da escola suspira...
Oh! Bela pálida
És linda como um lis...
Oh! Doce demônio
És linda como a acácia...
Hoje aos onze anos
Pude enfim beija-la...
Amdek
E mesmo aos dezessete
Ainda me arrepia a fronte....
Oh! Doce pálida
Como és plena...
Oh! Doce menina
Como és pura...
Em meus lenções
Em meus braços
Sempre foi fluida...
Não tive outro amor
Não tive outro amar
Eu aos dezessete anos
Você aos onze anos
E o amor sem idade...
Nossos beijos na escada
Nossos beijos em sua casa
Nossos beijos em minha casa
Nossos beijos na porta da igreja...
Alguns vividos na praça
Alguns vividos no bairro
Alguns vividos na sacristia...
Na nossa belíssima quadra
Na nossa belíssima casa
Na nossa belíssima rua...
Alguns vividos na sala de estar
Na sua bonita casa amarela
Na minha rua movimentada...
Na minha rua dezoito
Na sua rua dezenove
No salão paroquial...
Todos sentidos aqui dentro
Todo vividos aqui dentro....
No seu coração
No meu coração...
Eu aos dezessete anos
Você aos onze anos
E o amor sem idade...
Amdek
“Encrespada”
Tranças em cabelos lisos
Mechas em tranças tortas
Ondulações em pelos ébrios...
Uma testa machucada
Um coração em pedaços
Um vil a nossa espreita...
Um olhar temeroso em voga
Um vulga vil sobre a tua face
Uma pinta vermelha solitária...
Um demérito em teu sono solto
Um curto abraço em teu ombro
Um selo amargo no seu tedio...
Veste-te com o teu colar azulado
Pinta-te com urucum vermelho
Prepara-te para guerra seca....
Vem sem vontade de me amar
Vem no meu compasso verde
Vem sobre os galhos do ocre...
Oh! Índia dos cabelos pretos
Oh! Índia dos olhos castanhos...
Eu tenho a dor de tua perda
Eu tenho a cor de teu cheiro
Eu tenho o amargo do fel...
Oh! Negra dos lábios róseos
Oh! Negra da pele de vênus...
Eu tenho a aflição de tua lesão
Eu tenho a matiz de teu aroma
Eu tenho o cítrico da vil bílis...
Oh! Branca do corpo escultural
Oh! Branca do rosto de Nerfetiti...
Eis uma mistura brasileira
Eis uma mistura de raças
Uma fusão de amor eterno...
Amdek
Uma cisão do universo
Uma fusão do paraíso
Uma partícula de Deus...
“Eclipse”
Como é ruim a dadiva do afastamento
Como é promiscua o selo da separação
Como é biltre o rumo de um desagarro....
O dinheiro é um senhor soberano
A volúpia um desterro de agrado
E a inócua a inviabilidade da emoção...
Eu amei intensamente o seu amor
Eu amei inteiramente o seu corpo
Eu amei promiscuamente o teu sexo...
A vida foi cruel ao nosso amor
A morte tem peleja com a dor
E a sorte não quis sorrir no fel...
Não tenhas duvidas do meu amor integro
Não tenhas dúvidas que me entreguei
Não tenhas dúvidas que fui sincero
Não tenha dúvidas que fui intenso....
Eu porem ainda te amor
Eu porem ainda te desejo
Eu porem ainda te possuo...
Sei que te magoei
Sei que te machuquei
Sei que fui um biltre vil...
Amar é algo ilógico
Amor é algo insano
Amor é algo profano...
Paixão é não ter razão
Paixão é não ter filtro
Paixão é não ter ócio....
Não tenhas duvidas que te amei
Não tenha dúvidas que foi amor
Amdek
Não tenhas duvidas que é amor...
A vida foi soberba
A vida foi brutal
A vida foi viral...
E a dor magoa
E a dor da perda
Nunca são iguais....
Eu tenho cicatrizes profundas
Eu tenho buracos que não fecham
Eu tenho vazios que não são preenchidos....
Eu tenho perdas irreparáveis
Eu tenho fugas irremediáveis
Eu tenho emoções irreversíveis...
Eu não tenho você em minha vida
Eu não tenho o amor de seu coração...
Eu a perdi durante biltres batalhas
E sei que nunca mais vou ganha-la....
Eu tive a sorte de ter você
Eu tive a sorte de beijar você
Eu tive a sorte de abraça você
Eu tive a sorte de estar em você
Eu tive o prazer de dentro de você....
Mas peguei
Mas errei
E te perdi....
“Minha Estranha”
Eu vir você
Eu li você
Eu quis você...
Bela estranha
Bela morena
Bela romântica...
Sei que não é desse planeta
Sei que não é dessa galáxia
Sei que não é desse mundo...
Amdek
Vir você rasgar a noite
Vir você romper os céus
Vir você iluminar a terra...
O que fazes entre os mortais
O que fazes entre as vitíferas...
Sei que este não é o seu lugar
Sei que esta não é a sua casa...
Um facho de luz translucido
Um clarão brotado como estrela
Um corpo estranho no meu espaço...
Vir você descompactando na atmosfera
Vir os teus mil pedaços cruzando o firmamento
Vir você caindo sobre a mata fechada da cidade...
Longe de casa
Longe da cerca
Longe da nave...
Uma estrela cinzenta
Um sol todo amarelado
Uma via láctea dispersa...
Como um estranho biltre
A capsula brandia a relva
Como uma abjeta déspota
Imperava sobre a minha terra...
Você e seu corpo lucido
Você e seu corpo translucido
Você e seu corpo sobrenatural...
Faça da terra sua única colônia
Faça dos homens escravos natos
Faça das mulheres servas obedientes
E do meu corpo um objeto de estudo...
Eu sou a ancora
Eu sou a tua corrente
Eu sou o teu mar bravo...
Quando a vir absorta
Vir que não era da terra
Quando a olhei imaculada
Sentir que não éramos iguais...
Amdek
Uma alienígena perdida
Uma Deusa deportada
Uma heroína de Delfos...
Um ser biológico de um outro tempo
Um ser biológico de um outro mundo
Um ser biológico de um outro universo...
Uma deusa
Uma ninfa
Uma santa
Uma alienígena...
Uma doce estranha
Uma biltre perdida
Uma vulgar rainha...
Uma constelação no meu espaço
Uma estrela cadente no meu quarto
Uma chuva de meteoro no meu quintal...
Uma linda estranha
Adorada por deleite
Amada por ocasião
Dona do meu coração...
Uma vil
Uma biltre
Uma paixão...
“O Amor não é Resumo”
O amor ultrarromântico
Não se resume no cerne
O amar treta romântico
Não se resume no tercio...
Ao amor que temos em prosa
Resvalado no retalho dos feltros...
Ao amor que temos em poesia
Deslizado no talhado dos textos...
O amor hiper-romântico
Amdek
Não se resume na carne...
O amor mega romântico
Não se resume na pele...
Ao amor que temos pela amada
Revirado no corte de uma armada...
Ao amor que temos aos sofistas
Migrado no valho de uma camada...
O amor supra romântico
Não se resume no recesso...
O amor alfa romântico
Não se resume no fel...
Ao amor que temos por um homem
Sangrando em nossos preconceitos vis...
Ao amor que temos por uma mulher
Forjado pela intimidade secreta do acaso...
O amor beta-romântico
Não se resume ao cálculo...
Ao amor que temos por nossos filhos
Congelados na eternidade do orgulho...
O amor alfa-treta-supra-romântico
Não se resume vilmente em Viseu
Tronado como núcleo de seres amados
Tecidos como reinos de poetas etéreos...
Ao amor extra-mega-ultra-egoísta
Ensejado ao nosso egocentrismo biltre
Reverberado as rendias do meu encanto vil...
“Amdek”
Um beijo roubado
Um aperto atrevido
Um desejo insano....
Com prosa
Com amor
E sem tedio...
Amdek
Fim
Agradecimentos
A todos os meus amigos e colegas que leram este livro
Antes mesmo de sua impressão
Que elogiaram e criticaram as suas entrelinhas
Que deram muitas sugestões importantes
E às vezes até compactuaram comigo
Em recitações ao ar livre
Na embriaguez da companhia de um bom e velho vinho
Um salve a vocês...
Amdek
Memorial
Em memória de um amor
Que ficou no passado...
Ao amor de minha vida
Ao amor de meu viver...
Ainda que este amor
Não esteja por mim
Em público
Como devia o ser
Tanto a mim
Quanto a ela...
Esteja aqui está declaração
Em memória de seu nome
Em estrato de dignifico título...
Oh! Minha amada bendita
Oh! Minha bendita amada...
Está escrito em sangue
Está escrito em chamas...
Mesmo que ainda esteja
No anonimato completo
Meu amor por você Amadek
Ainda continuará no espaço...
Percorrendo o infinito
Como o brilho de bilhões
De estrelas mortas nos céus
Que insistem em te focalizar...
Ainda que inerte na alma
Ainda que inerte na calma
Isto sim meu amor
É apenas amar-te....
Amdek
Sobre o Autor
Sua alma no universo imaginativo perambula,
Seu gosto pelo vinho revitalizar sua emoção,
Nascido em Salvador na Bahia no dia 26 de fevereiro de 1962,
Sua vida literária é marcada pela paixão e pelo amor que possui pela arte,
Principalmente pelo teatro, música, cinema, artes plásticas e pela poesia
produzida em geral pela humanidade...
Talvez isso explique sua incrível fascinação pelos livros e pelos autores
ultrarromânticos do século XVIII....
Desde muito novo, teve amor pela escrita
Completamente apaixonado por esta arte
Propôs-se inicialmente a escrever peças teatrais
Pensamentos soltos, crônicas diversas
E por último dedicou-se a poesia
Esta que até hoje é a sua única e maior paixão....
Este livro que intitulo “Amadek” apenas resumem quais propósitos o gênero
literário do escritor desempenha dentro de seu papel humanista, a dualidade de
sentimentos tão estranhos, evidenciando como um amor não curado, pode
respingar desejos do passado na realidade de sua vida presente....
Sua escrita se assemelha às folhas secas de um outono trivial, sendo um
ritualista, compele a repetição paisagística da metalinguística que transgredi a
composição das formas remetente ao delírio do prazer tênue....
Este livro é uma de suas obras primas no segmento romântico, aqui são
expressos textos poéticos em um enredo muito lírico, Inteligente, conflituoso,
lascivo, tenebroso, encantador e tempestuoso...
Porém os papeis em branco tingidos a cinzas, fica ao cargo do leitor colori-los...
Não admirem amigos leitores, caso vocês, encontrem aqui espalhado, alguns
pedaços de vossas vidas expostas em entrelinhas escondidos ao tempo...
Algumas talvez inóspitas e indelicadas, algumas talvez inertes e frias,
imprimidas ao pé das orelhas do secreto.... No entanto, consumam por sua
vez, os meus pensamentos, como a quem bebe vinho e fica resoluto.... E já
embriagado, tenaz e envolvido em sono, sugiro que durmam inquietos e
felizes...
Então caros leitores, por favor, eu vos aconselho, embriaguem-se primeiro
antes da leitura de meus pensamentos soturnos, mergulhem antes dentro de si
mesmos, a longo prazo me degustem, e quando puderem divirtam-se comigo
em seus sonhos....
Amdek
João Justina Liberto
Notas do Autor
Este livro revela todas as ansiedades de liberação de pensamento, ilustra todas
as dramaticidades da exposição dos sentimentos proibidos a raízes ideológicas
inóspitas, refrata todas as inteligíveis percepções de um mundo completamente
formulado e arquitetado pelos apaixonados....
Exercer na declaração dos sentimentos inócuos, o amor, o desejo, a ternura, a
saudade, a dedicação, a paixão e o tempo a efêmeros resultados da
resignação refrataria de quem se ama, incidindo no desejo febril, o amor ao
colo coibido do próprio inimigo...
Um permanecer do tempo, entregue aos julgamentos dos amantes, um vincular
do cerne as críticas dos possíveis insultos alógenos.... Um sofre eterno do
amar, um vagar inacabável da escuridão, um sitiar deixado aos escritos não
correspondidos, um ferver do amor, um sofre do amar, uma desilusão no tecer
do tempo...
Um amor colocado a guilhotina dos medos, um puxar incerto da alça que libera
a laminar do frio carrasco, um íntimo sentir tênue da ríspida morte.... Um
milésimo mínimo da paixão profana aterrada no sofrer...
Um final pernicioso a todos os poetas, uma ponderação inóspita ao ternário das
letras, um partir solitário na data de suas publicações, um livro incendiado
pelas forças do sobrenatural, um texto solto ao acaso do amados... Entre os
poetas, restam o lúgubre trabalho do sentir, a frágil volúpia do fingir, a réstia da
eternidade efêmera, o fardo do etéreo, a casta de um patrimônio cultural
sucumbido, a matéria da humanidade mórbida e a insanidade absurda do
vazio.
Um especulo dos loucos, um hospício da maturidade, um assombro das
angustias, um atributo do amor frágil, um vício da paixão inerte. Um
pertencimento da comunhão seletiva dos leitores, um expor-se imediato a
ilusão, um querer complicado do universo...
Um atendimento irracional de todas as expectativas de quem nos devora a
alma, pagina por pagina, um remetente da preparação da trincheira, uma
vivacidade de guerra oblíqua, um tumulto revirado pelas bombas, onde as
armas e o tedio são colunas que pouco importam ao imprevisto da musa, algo
que não nos incomoda a carne, travá-la em campo aberto e ao frio.
Exposto as estas letras, desejo aos meus devoradores que este livro e um bom
vinho, sejam em uma madrugada chuvosa, belos companheiros, sugiro aos
meus leitores que os tome como hospede inato em suas vidas, regozije-o em
tamanha amplitude e gozo, na intenção de degustá-los e recita-los como prova
de minha companhia, tendo também os velhos amigos, reunidos sobre roda de
uma boa conversa em recitação de meus versos. Permanecendo o vinho, o
livro e as belas jovens ao lado de suas ébrias confraternizações eternas.