SlideShare uma empresa Scribd logo
 
[object Object],[object Object],Definição
O termo “chuva ácida” é normalmente usado com o significado de deposição de componentes ácidos na chuva, neve, nevoeiro e orvalho. A água destilada, que não contém CO 2 , tem um pH de 7, enquanto que a chuva não poluída é ligeiramente ácida (pH de 5.0) devido à presença de CO 2  que juntamente com a água na atmosfera, reagem formando ácido carbónico. H 2 O (l) + CO 2  (g) -> H 2 CO 3  (aq)   Depois o ácido carbónico ioniza-se na água originando pequenas concentrações de iões Hidrónio:   2H 2 O (l) + H 2 CO 3  (aq) ⇌  CO 3 2 -  (aq) + 2H 3 O +  (aq)
  O acréscimo de acidez da chuva provém da reacção dos poluentes atmosféricos primários, tais como os óxidos de enxofre (SO x ) e óxidos de azoto/nitrogénio (NO x ), que juntamente com a água formam no ar ácidos fortes – ácidos sulfúrico e nítrico. As principais fontes destes poluentes são os transportes, indústrias e centrais eléctricas (principalmente as de carvão).  Figura 1 –  Processos que intervêm na formação das chuvas ácidas
  O gás mais influente na acidificação da chuva é o dióxido de enxofre (SO 2 ). No entanto as emissões dos óxidos de azoto (NO x ) que oxidam formando ácido nítrico são de importância maior devido aos controlos rígidos nas emissões de compostos contendo enxofre. 70 Tg(S) por ano na forma de SO 2  são provenientes da queima de combustíveis fósseis e da indústria, 2.8 Tg(S) de fogos florestais e 7-8 Tg (S) de vulcões.   EMISSÕES DE ELEMENTOS QUÍMICOS QUE  CONTRIBUEM PARA A ACIDIFICAÇÃO   Figura 2 -  Central eléctrica de carvão em Cheshire, Ohio
  O dióxido de enxofre (SO 2 ) oxida ao reagir com o hidróxido (OH):   SO 2  + OH  ->  HOSO 2   O novo componente formado reage com oxigénio (O 2 ) formando trióxido de enxofre (SO 3 ) e HO 2 :   HOSO 2  + O 2  -> HO 2  + SO 3   O trióxido de enxofre reage então com a água convertendo-se em ácido sulfúrico:   SO 3  (g) + H 2 O (l) -> H 2 SO 4  (l)   Relativamente ao ácido nítrico, este é formado pela reacção entre o Hidróxido (OH) com o dióxido de azoto (NO 2 ):   NO 2  + OH -> HNO 3 FORMAÇÃO DOS ÀCIDOS –  PROCESSOS QUIMICOS  
Tanto as concentrações de baixo pH, como as maiores concentrações de alumínio na superfície da água que ocorrem como resultado das chuvas ácidas, são prejudiciais aos peixes e outros animais aquáticos. A níveis de pH abaixo de 5, a maioria dos ovos de peixe não conseguem incubar e o plâncton também pode não conseguir desenvolver-se com esse grau de acidez. A níveis mais baixos até peixes adultos podem morrer. Efeitos ÁGUAS SUPERFICIAIS E ANIMAIS AQUÁTICOS Figura 3 –  Gráfico que representa o nível mínimo de pH suportado por alguns animais aquáticos
Os solos podem ficar bastante danificados pelas chuvas ácidas. Alguns micróbios tropicais conseguem consumir ácidos rapidamente, mas o mesmo não acontece com outros, que não tem a capacidade de tolerar baixos níveis de pH. Estes últimos morrem e as suas enzimas deixam de funcionar correctamente. Os iões hidróxidos também mobilizam as toxinas, removendo nutrientes e minerais essenciais. SOLOS Figura 4 –  Solo pobre em nutrientes e mineiras com consequente enfraquecimento da vegetação.
As chuvas ácidas podem retardar o crescimento das florestas vulneráveis eliminando os sais minerais do solo, comprometendo assim as plantações e a renovação da vegetação. As florestas situadas em grandes altitudes são especialmente vulneráveis pois estão situadas entre nuvens e nevoeiro – zonas de maior acidez. Outras plantas podem ficar também danificadas, no entanto o efeito das chuvas nas colheitas de alimento é minimizado pela aplicação de fertilizantes que substituem nutrientes que se poderiam eventualmente perder. Nas áreas cultivadas, a pedra calcária pode também ser adicionada para aumentar a capacidade do solo em manter o pH estável.  ,[object Object],Figura 5 –  Efeitos da chuva ácida numa floresta. Montanhas de Jizera, República de Czech
As chuvas ácidas têm-se mostrado associadas a algumas doenças que põem em causa a saúde humana: Nariz e Garganta: Maior tendência para asma e sinusite Olhos: Maior probabilidade de conjuntivite Brônquios: Maior predisposição à broncopneumonia Pulmões: Riscos de enfisema Coração: Mais doenças cardiovasculares SAÚDE HUMANA
As chuvas ácidas também podem danificar certos materiais de edifícios e de monumentos históricos. Isto deve-se à capacidade do ácido sulfúrico em reagir quimicamente com os compostos de cálcio presentes nas rochas para criar um sulfato de cálcio hidratado, deteriorando o material. Um outro caso conhecido é o das pedras com inscrições gravadas, que devido à acção das chuvas ácidas, chegam a tornar-se completamente ilegíveis. Além disto, as chuvas ácidas também aumentam a taxa de oxidação do ferro. EDIFÍCIOS E MONUMENTOS Figura 6 –  Desgaste ocasionado pela chuva ácida num período de 60 anos. Estátua de mármore localizada no castelo de Herten, na Alemanha.
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],RESOLUÇÃO DESTE PROBLEMA  E MEDIDAS  PARA DIMINUIR A OCORRÊNCIA DAS CHUVAS ÁCIDAS

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Poluição atmosférica trabalho
Poluição atmosférica trabalhoPoluição atmosférica trabalho
Poluição atmosférica trabalho
Mayjö .
 
Poluição atmosférica
Poluição atmosféricaPoluição atmosférica
Poluição atmosférica
Tânia Reis
 
Alterações Climáticas
Alterações ClimáticasAlterações Climáticas
Alterações Climáticas
Michele Pó
 
Impacto das alterações climáticas
Impacto das alterações climáticasImpacto das alterações climáticas
Impacto das alterações climáticas
Grupo2apcm
 
Destruição da camada de ozono 9º4
Destruição da camada de ozono 9º4Destruição da camada de ozono 9º4
Destruição da camada de ozono 9º4
Mayjö .
 
Destruição da camada de ozono
Destruição da camada de ozonoDestruição da camada de ozono
Destruição da camada de ozono
Rita Pereira
 

Mais procurados (20)

Chuvas áCidas
Chuvas áCidasChuvas áCidas
Chuvas áCidas
 
Smog
SmogSmog
Smog
 
Chuvas ácidas 9g
Chuvas ácidas 9gChuvas ácidas 9g
Chuvas ácidas 9g
 
Poluição atmosférica trabalho
Poluição atmosférica trabalhoPoluição atmosférica trabalho
Poluição atmosférica trabalho
 
Smog
SmogSmog
Smog
 
Poluição atmosférica
Poluição atmosféricaPoluição atmosférica
Poluição atmosférica
 
Smog
SmogSmog
Smog
 
Poluição Atmosférica
Poluição AtmosféricaPoluição Atmosférica
Poluição Atmosférica
 
Alterações Climáticas
Alterações ClimáticasAlterações Climáticas
Alterações Climáticas
 
Chuvas ácidas fq
Chuvas ácidas fqChuvas ácidas fq
Chuvas ácidas fq
 
Chuva ácida
Chuva ácidaChuva ácida
Chuva ácida
 
Impacto das alterações climáticas
Impacto das alterações climáticasImpacto das alterações climáticas
Impacto das alterações climáticas
 
A camada de ozono
A camada de ozonoA camada de ozono
A camada de ozono
 
Poluição Atmosférica
Poluição Atmosférica Poluição Atmosférica
Poluição Atmosférica
 
Destruição da camada de ozono 9º4
Destruição da camada de ozono 9º4Destruição da camada de ozono 9º4
Destruição da camada de ozono 9º4
 
Buraco na Camada de Ozônio
Buraco na Camada de OzônioBuraco na Camada de Ozônio
Buraco na Camada de Ozônio
 
A Poluição
A PoluiçãoA Poluição
A Poluição
 
Destruição da camada de ozono
Destruição da camada de ozonoDestruição da camada de ozono
Destruição da camada de ozono
 
As secas
As secasAs secas
As secas
 
Chuva ácida power point final
Chuva ácida power point finalChuva ácida power point final
Chuva ácida power point final
 

Semelhante a Chuvas Acidas

Chuvasacidas 090428134733-phpapp01
Chuvasacidas 090428134733-phpapp01Chuvasacidas 090428134733-phpapp01
Chuvasacidas 090428134733-phpapp01
Taylma Oliveira
 
Chuva acida
Chuva acidaChuva acida
Chuva acida
wddan
 
Chuvas ácidas (3)
Chuvas ácidas (3)Chuvas ácidas (3)
Chuvas ácidas (3)
Vânia Silva
 
Chuvas ácidas
Chuvas ácidasChuvas ácidas
Chuvas ácidas
agrafador
 
Química - Chuva ácida
Química - Chuva ácidaQuímica - Chuva ácida
Química - Chuva ácida
arturpieroni
 
Lista 35 funções inorgânicas - difícil
Lista 35   funções inorgânicas - difícilLista 35   funções inorgânicas - difícil
Lista 35 funções inorgânicas - difícil
Colegio CMC
 
Trabalho De Geografia é Esse
Trabalho De Geografia é EsseTrabalho De Geografia é Esse
Trabalho De Geografia é Esse
guestf69354
 
Joana gomes, nº17, 9º4
Joana gomes, nº17, 9º4Joana gomes, nº17, 9º4
Joana gomes, nº17, 9º4
Mayjö .
 
Ciclo Do Enxofre
Ciclo Do EnxofreCiclo Do Enxofre
Ciclo Do Enxofre
ecsette
 
Acida
AcidaAcida
Acida
Neila
 

Semelhante a Chuvas Acidas (20)

Chuvasacidas 090428134733-phpapp01
Chuvasacidas 090428134733-phpapp01Chuvasacidas 090428134733-phpapp01
Chuvasacidas 090428134733-phpapp01
 
Chuvasacidas
ChuvasacidasChuvasacidas
Chuvasacidas
 
Acida
AcidaAcida
Acida
 
senai chuva acida
senai chuva acidasenai chuva acida
senai chuva acida
 
Chuva Ácida
Chuva ÁcidaChuva Ácida
Chuva Ácida
 
Chuva acida
Chuva acidaChuva acida
Chuva acida
 
Design 1
Design 1Design 1
Design 1
 
Chuva ácida
Chuva  ácidaChuva  ácida
Chuva ácida
 
Chuva Ácida
Chuva Ácida Chuva Ácida
Chuva Ácida
 
Chuva acida power point (1)
Chuva acida power point (1)Chuva acida power point (1)
Chuva acida power point (1)
 
Chuva acida power point (1)
Chuva acida power point (1)Chuva acida power point (1)
Chuva acida power point (1)
 
Chuvas ácidas (3)
Chuvas ácidas (3)Chuvas ácidas (3)
Chuvas ácidas (3)
 
Os óxidos acídicos
Os óxidos acídicosOs óxidos acídicos
Os óxidos acídicos
 
Chuvas ácidas
Chuvas ácidasChuvas ácidas
Chuvas ácidas
 
Química - Chuva ácida
Química - Chuva ácidaQuímica - Chuva ácida
Química - Chuva ácida
 
Lista 35 funções inorgânicas - difícil
Lista 35   funções inorgânicas - difícilLista 35   funções inorgânicas - difícil
Lista 35 funções inorgânicas - difícil
 
Trabalho De Geografia é Esse
Trabalho De Geografia é EsseTrabalho De Geografia é Esse
Trabalho De Geografia é Esse
 
Joana gomes, nº17, 9º4
Joana gomes, nº17, 9º4Joana gomes, nº17, 9º4
Joana gomes, nº17, 9º4
 
Ciclo Do Enxofre
Ciclo Do EnxofreCiclo Do Enxofre
Ciclo Do Enxofre
 
Acida
AcidaAcida
Acida
 

Último

PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptxPERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
tchingando6
 
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdfGRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
rarakey779
 
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdfGRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
rarakey779
 
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdfHans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
rarakey779
 
5ca0e9_ea0307e5baa1478490e87a15cb4ee530.pdf
5ca0e9_ea0307e5baa1478490e87a15cb4ee530.pdf5ca0e9_ea0307e5baa1478490e87a15cb4ee530.pdf
5ca0e9_ea0307e5baa1478490e87a15cb4ee530.pdf
edjailmax
 

Último (20)

Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco LeiteOs Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
 
Apresentação sobre as etapas do desenvolvimento infantil
Apresentação sobre as etapas do desenvolvimento infantilApresentação sobre as etapas do desenvolvimento infantil
Apresentação sobre as etapas do desenvolvimento infantil
 
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptxPERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
 
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdfGRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
 
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdfTesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
 
Apresentação Formação em Prevenção ao Assédio
Apresentação Formação em Prevenção ao AssédioApresentação Formação em Prevenção ao Assédio
Apresentação Formação em Prevenção ao Assédio
 
Memórias_póstumas_de_Brás_Cubas_ Machado_de_Assis
Memórias_póstumas_de_Brás_Cubas_ Machado_de_AssisMemórias_póstumas_de_Brás_Cubas_ Machado_de_Assis
Memórias_póstumas_de_Brás_Cubas_ Machado_de_Assis
 
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdfGRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
 
AULA Saúde e tradição-3º Bimestre tscqv.pptx
AULA Saúde e tradição-3º Bimestre tscqv.pptxAULA Saúde e tradição-3º Bimestre tscqv.pptx
AULA Saúde e tradição-3º Bimestre tscqv.pptx
 
Atividade com a música Xote da Alegria - Falamansa
Atividade com a música Xote  da  Alegria    -   FalamansaAtividade com a música Xote  da  Alegria    -   Falamansa
Atividade com a música Xote da Alegria - Falamansa
 
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdfHans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
 
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
 
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdfHans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
 
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdfcurso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
 
América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados Nacionais
América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados NacionaisAmérica Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados Nacionais
América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados Nacionais
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
 
5ca0e9_ea0307e5baa1478490e87a15cb4ee530.pdf
5ca0e9_ea0307e5baa1478490e87a15cb4ee530.pdf5ca0e9_ea0307e5baa1478490e87a15cb4ee530.pdf
5ca0e9_ea0307e5baa1478490e87a15cb4ee530.pdf
 
ATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptx
ATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptxATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptx
ATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptx
 
Atividade português 7 ano página 38 a 40
Atividade português 7 ano página 38 a 40Atividade português 7 ano página 38 a 40
Atividade português 7 ano página 38 a 40
 
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
 

Chuvas Acidas

  • 1.  
  • 2.
  • 3. O termo “chuva ácida” é normalmente usado com o significado de deposição de componentes ácidos na chuva, neve, nevoeiro e orvalho. A água destilada, que não contém CO 2 , tem um pH de 7, enquanto que a chuva não poluída é ligeiramente ácida (pH de 5.0) devido à presença de CO 2 que juntamente com a água na atmosfera, reagem formando ácido carbónico. H 2 O (l) + CO 2 (g) -> H 2 CO 3 (aq)   Depois o ácido carbónico ioniza-se na água originando pequenas concentrações de iões Hidrónio:   2H 2 O (l) + H 2 CO 3 (aq) ⇌ CO 3 2 - (aq) + 2H 3 O + (aq)
  • 4.   O acréscimo de acidez da chuva provém da reacção dos poluentes atmosféricos primários, tais como os óxidos de enxofre (SO x ) e óxidos de azoto/nitrogénio (NO x ), que juntamente com a água formam no ar ácidos fortes – ácidos sulfúrico e nítrico. As principais fontes destes poluentes são os transportes, indústrias e centrais eléctricas (principalmente as de carvão). Figura 1 – Processos que intervêm na formação das chuvas ácidas
  • 5.   O gás mais influente na acidificação da chuva é o dióxido de enxofre (SO 2 ). No entanto as emissões dos óxidos de azoto (NO x ) que oxidam formando ácido nítrico são de importância maior devido aos controlos rígidos nas emissões de compostos contendo enxofre. 70 Tg(S) por ano na forma de SO 2 são provenientes da queima de combustíveis fósseis e da indústria, 2.8 Tg(S) de fogos florestais e 7-8 Tg (S) de vulcões. EMISSÕES DE ELEMENTOS QUÍMICOS QUE CONTRIBUEM PARA A ACIDIFICAÇÃO   Figura 2 - Central eléctrica de carvão em Cheshire, Ohio
  • 6.   O dióxido de enxofre (SO 2 ) oxida ao reagir com o hidróxido (OH):   SO 2 + OH -> HOSO 2   O novo componente formado reage com oxigénio (O 2 ) formando trióxido de enxofre (SO 3 ) e HO 2 :   HOSO 2 + O 2 -> HO 2 + SO 3   O trióxido de enxofre reage então com a água convertendo-se em ácido sulfúrico:   SO 3 (g) + H 2 O (l) -> H 2 SO 4 (l)   Relativamente ao ácido nítrico, este é formado pela reacção entre o Hidróxido (OH) com o dióxido de azoto (NO 2 ):   NO 2 + OH -> HNO 3 FORMAÇÃO DOS ÀCIDOS – PROCESSOS QUIMICOS  
  • 7. Tanto as concentrações de baixo pH, como as maiores concentrações de alumínio na superfície da água que ocorrem como resultado das chuvas ácidas, são prejudiciais aos peixes e outros animais aquáticos. A níveis de pH abaixo de 5, a maioria dos ovos de peixe não conseguem incubar e o plâncton também pode não conseguir desenvolver-se com esse grau de acidez. A níveis mais baixos até peixes adultos podem morrer. Efeitos ÁGUAS SUPERFICIAIS E ANIMAIS AQUÁTICOS Figura 3 – Gráfico que representa o nível mínimo de pH suportado por alguns animais aquáticos
  • 8. Os solos podem ficar bastante danificados pelas chuvas ácidas. Alguns micróbios tropicais conseguem consumir ácidos rapidamente, mas o mesmo não acontece com outros, que não tem a capacidade de tolerar baixos níveis de pH. Estes últimos morrem e as suas enzimas deixam de funcionar correctamente. Os iões hidróxidos também mobilizam as toxinas, removendo nutrientes e minerais essenciais. SOLOS Figura 4 – Solo pobre em nutrientes e mineiras com consequente enfraquecimento da vegetação.
  • 9.
  • 10. As chuvas ácidas têm-se mostrado associadas a algumas doenças que põem em causa a saúde humana: Nariz e Garganta: Maior tendência para asma e sinusite Olhos: Maior probabilidade de conjuntivite Brônquios: Maior predisposição à broncopneumonia Pulmões: Riscos de enfisema Coração: Mais doenças cardiovasculares SAÚDE HUMANA
  • 11. As chuvas ácidas também podem danificar certos materiais de edifícios e de monumentos históricos. Isto deve-se à capacidade do ácido sulfúrico em reagir quimicamente com os compostos de cálcio presentes nas rochas para criar um sulfato de cálcio hidratado, deteriorando o material. Um outro caso conhecido é o das pedras com inscrições gravadas, que devido à acção das chuvas ácidas, chegam a tornar-se completamente ilegíveis. Além disto, as chuvas ácidas também aumentam a taxa de oxidação do ferro. EDIFÍCIOS E MONUMENTOS Figura 6 – Desgaste ocasionado pela chuva ácida num período de 60 anos. Estátua de mármore localizada no castelo de Herten, na Alemanha.
  • 12.