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Mateus 25.6da Meia-Noite www.chamada.com.br AGOSTO DE 2006 • Ano 37 • Nº 8 • R$ 3,50
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5
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Prezados Amigos
Do Nosso Campo Visual
• O Campeão do Mundo - 15
Aconselhamento Bíblico
• O que é o “sinal” do Senhor Jesus
Publicação mensal
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Fundador: Dr. Wim Malgo (1922-1992)
Conselho Diretor:
Dieter Steiger, Ingo Haake,
Markus Steiger, Reinoldo Federolf
Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake
Diagramação & Arte: Émerson Hoffmann
INPI nº 040614
Registro nº 50 do Cartório Especial
Edições Internacionais
A revista “Chamada da Meia-Noite” é pu-
blicada também em espanhol, inglês, ale-
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húngaro e cingalês.
As opiniões expressas nos artigos
assinados são de responsabilidade
dos autores.
“Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito:
Eis o noivo! saí ao seu encontro” (Mt 25.6).
A “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite”
é uma missão sem fins lucrativos, com o obje-
tivo de anunciar a Bíblia inteira como infalível
e eterna Palavra de Deus escrita, inspirada
pelo Espírito Santo, sendo o guia seguro para
a fé e conduta do cristão. A finalidade da
“Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é:
1. chamar pessoas a Cristo
em todos os lugares;
2. proclamar a segunda vinda do
Senhor Jesus Cristo;
3. preparar cristãos para Sua segunda vinda;
4. manter a fé e advertir a respeito de falsas
doutrinas
Todas as atividades da “Obra Missionária
Chamada da Meia-Noite” são mantidas atra-
vés de ofertas voluntárias dos que desejam
ter parte neste ministério.
Chamadada Meia-Noite
www.Chamada.com.br
A Última Porta a Caminho
do Arrebatamento
10
O Movimento Ecumênico no
Contexto das Esperanças
Para o Futuro
Índice
4 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006
Nos primeiros dias de junho participei da
Conferência de Aconselhamento Bíblico realizada
pela Organização Palavra da Vida em Atibaia
(SP). Além da animada e abençoada comunhão
com nosso genro Cláudio e nossa filha Beate e
com os numerosos congressistas vindos de todo
o país, me alegrei imensamente com a orientação
claramente bíblica das palestras dos preletores
americanos. Eles não se cansaram de reafirmar a
plena suficiência da Palavra de Deus no
aconselhamento espiritual. E se o
aconselhamento é bíblico, então de forma alguma
pode haver uma mistura entre a Bíblia e a
psicoterapia.
Há muitos anos também cheguei a pensar que
deveria me informar mais sobre as modernas
técnicas de aconselhamento e comprei alguns
livros, aliás difíceis de entender. Com o passar do
tempo continuei a me defrontar com o assunto.
Realmente, as vozes em favor da psicoterapia
foram se tornando cada vez mais fortes. E no
meio de todas essas manifestações de apoio à
psicoterapia, alguns cristãos destemidos tiveram
a coragem de nadar contra a correnteza e
levantaram suas vozes para proclamar que a
Palavra de Deus é suficiente para nossa cura
espiritual. Será que foi preciso que chegasse um
homem como Sigmund Freud (1856-1939),
desenvolvendo sua psicanálise, para finalmente
livrar as pessoas de seus “problemas interiores”?
Infelizmente o inimigo de Deus conseguiu desviar
muitos pastores, muitas igrejas e muitos crentes
para a trilha errada! Mesmo com toda a ajuda
psicológica disponível, jamais houve tantos
enfermos emocionalmente como nos dias de
hoje, enfermos que a psicoterapia não tem
conseguido ajudar. Isso realmente é
compreensível, pois “existem mais de 450
diferentes sistemas de psicoterapia
(freqüentemente contraditórios e completamente
bizarros), e milhares de métodos e técnicas”.*
Há algum tempo decidi seguir unicamente o
que diz a conhecida passagem de 2 Timóteo
3.16-17: “Toda a Escritura é inspirada por Deus
e útil para o ensino, para a repreensão, para a
correção, para a educação na justiça, a fim de
que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente habilitado para toda boa obra”.
Quando alguém quer dirigir um carro, precisa
freqüentar uma auto-escola. Quando alguém
deseja servir ao Senhor, inclusive através do
aconselhamento bíblico, deve usar a inspirada
Palavra de Deus! O apóstolo
Pedro também salienta que
todo o aconselhamento
espiritual deve vir do Senhor, através de Sua
Palavra, para que não seja o conselheiro a
receber a honra mas o próprio Senhor. “Cada um
exerça o dom que recebeu para servir os outros,
administrando fielmente a graça de Deus em
suas múltiplas formas. Se alguém fala, faça-o
como quem transmite a Palavra de Deus. Se
alguém serve, faça-o com a força que Deus
provê, de forma que em todas as coisas Deus
seja glorificado...” (1 Pe 4.10-11, NVI).
Uma mulher nos perguntou recentemente:
“Qual a razão pela qual existimos?” Existimos
para ter comunhão com o Criador! A existência
de Enoque foi um exemplo disso: “Andou Enoque
com Deus...” (Gn 5.24). E vemos Deus falando a
Abraão, um senhor já idoso de 99 anos: “Anda na
minha presença e sê perfeito” (Gn 17.1). Por
andar com Deus, Abraão foi chamado de “amigo
de Deus” (2 Cr 20.7; Is 41.8; Tg 2.23). O Senhor
quer que também nós sejamos amigos Seus:
“Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos
mando” (Jo 15.14). Portanto, o alvo de todo e
qualquer aconselhamento bíblico deve ser um só:
conduzir as pessoas a Deus, levá-las a reatarem
ou estreitarem seu relacionamento com o Senhor
através de Jesus Cristo. Para isso, a Bíblia, com
seus 66 livros, é o livro-texto mais especializado e
plenamente suficiente!
Sabendo da importância de conhecer a fundo
a Palavra do Senhor e de aplicá-la na nossa vida
e nas vidas daqueles que procuram ajuda para
seus problemas existenciais, a Chamada da Meia-
Noite mais uma vez realiza seu Congresso anual
sobre a Palavra Profética. Esperamos reencontrar
muitos dos irmãos em Poços de Caldas!
Unidos no Senhor
Jesus, saúdo
cordialmente
*Extraído do livro Aconselhamento
– Integrando a Psicoterapia e a
Bíblia?, de Martin & Deidre Bobgan
e T.A. McMahon.
Pedidos: 0300 789.5152
www.Chamada.com.br
Dieter Steiger
5Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006
No livro do Apocalipse encon-
tramos as cartas de Jesus às sete
igrejas (Ap 2-3), que iluminam pro-
feticamente os tempos em que vive-
mos. Na minha opinião, a carta di-
rigida à igreja de Laodicéia fala da
última porta a caminho do Arreba-
tamento.
As cartas às primeiras três igrejas
tratam da apostasia, do afastamento
de Deus e de Sua Palavra. Éfeso
perdeu o primeiro amor (caracterís-
tica marcante do tempo pós-apostó-
lico). Em Esmirna (que representa a
igreja perseguida pelo Império Ro-
mano), falsos judeus estavam ope-
rando. A igreja de Pérgamo tornou-
se estatal (simbolizando a igreja cle-
rical atrelada ao poder político).
Nesse tempo muitas verdades bíbli-
cas se perderam, por exemplo, a es-
pera pela volta de Jesus, a doutrina
do Arrebatamento, as promessas a
Israel e outras realidades escatológi-
cas. Esse período vai de 100 a 800
d.C.
O fundo do poço foi alcançado
pela quarta igreja, de Tiatira (800 a
1517 d.C. – a escuridão da Idade
Média, ou seja, o predomínio do
catolicismo).
Nas duas igrejas seguintes houve
um retorno à Palavra de Deus. Sar-
des descreve o tempo da Reforma e
Filadélfia representa a época dos
grandes avivamentos e da fundação
de muitas agências missionárias. O
resultado desse retorno à Bíblia
veio acompanhado do resgate de
doutrinas bíblicas relevantes como
o Arrebatamento e a restauração de
Israel.
Laodicéia caracteriza a condição
da última era da Igreja. Através dela
temos uma ilustração do tempo fi-
nal da Igreja imediatamente antes
do Arrebatamento. Ela é um sím-
bolo do estado final da cristandade
em geral, voltada exclusivamente
para os interesses deste mundo. Pa-
ra os cristãos nominais, que preva-
lecem na nossa época, o que conta
são valores materiais, mesmo que
estejamos às portas do Arrebata-
mento. Essa é a Igreja que perdeu a
visão de que Jesus pode voltar a
qualquer momento. Um ideário
mundano e secular infiltrou-se em
seu meio.
As três fontes da
riqueza de Laodicéia
Como já vimos no capítulo ante-
rior, a riqueza de Laodicéia era sua
vida financeira, sua indústria têxtil
e a fabricação de colírio. Mas Lao-
dicéia não possuía abastecimento
de água próprio. Esses quatro ele-
mentos de seu cotidiano foram usa-
dos por Jesus e simbolicamente
transformados em mensagem espi-
ritual, apresentando à igreja de
Laodicéia sua situação interior.
1. Ouro refinado
Em Apocalipse 3.18 o Senhor
aconselha os moradores de Laodi-
céia que comprem dEle “ouro refi-
nado pelo fogo para te enriqueceres”.
As pessoas de Laodicéia eram
tão orgulhosas de suas especializa-
ções que afirmavam poder reconhe-
cer o grau de pureza do ouro com
um simples olhar. Mas o Senhor te-
ve de aconselhá-los a comprar dEle
ouro refinado para serem verdadei-
ramente ricos. Em Laodicéia ape-
nas o ouro absolutamente puro ao
passar pelo fogo recebia o selo de
qualidade. O mesmo acontecerá
diante do Tribunal de Cristo, onde
tudo será apurado pelo fogo: “Con-
tudo, se alguém edifica sobre o funda-
mento que é ouro, prata, pedras precio-
sas, madeira, feno, palha, manifesta
se tornará a obra de cada um; pois o
Dia a demonstrará, porque está sendo
revelada pelo fogo; e qual seja a obra
de cada um o próprio fogo o provará”
(1 Co 3.12-13).
O Senhor diz a essa igreja ex-
traordinariamente rica, cuja moeda
corrente era o ouro, que ela era
“pobre” (Ap 3.17) e miserável.
Que contraste marcante!
Ouro puro é uma imagem do
céu e da glória de Deus. Essa
glória divina não se refletia na vi-
da da igreja de Laodicéia. Nela
havia ouro falso, ouro com baixo
grau de pureza. Pedro escreve em
relação à autenticidade da fé:
“para que, uma vez confirmado o
valor da vossa fé, muito mais pre-
ciosa do que o ouro perecível, mesmo
apurado por fogo, redunde em lou-
vor, glória e honra na revelação de
Jesus Cristo” (1 Pe 1.7). Apenas a
verdadeira fé subsistirá quando
provada pelo fogo.
Nossa vida reflete a glória de
Deus ou a nossa própria glória?
Tudo o que não tem valor pere-
ne, que não tem valor celestial,
não é autêntico e um dia se irá.
2. Vestiduras brancas
Porém, não era apenas ouro
puro que a igreja de Laodicéia de-
via comprar do Senhor. Ele manda
que compre também “vestiduras
brancas” (Ap 3.18) para se vestir,
“a fim de que não seja manifesta a
vergonha” de sua nudez.
A indústria têxtil da cidade de
Laodicéia produ-
zia principal-
mente tecidos
brilhantes tingi-
dos de preto. Em
gritante contras-
te com a cor es-
cura dos tecidos,
o Senhor manda
que comprem
dEle vestiduras
brancas. Entre-
tanto, as vestes
brancas da justi-
ça em Cristo não
podem ser com-
pradas, somente
aceitas como
presente da gra-
ça de Deus, ou seja, pela fé na mor-
te e ressurreição de Jesus Cristo.
Conseguir as vestes brancas com
obras próprias está fora de cogita-
ção. Essas vestiduras aqui descritas,
que podem ser compradas e enri-
quecem, são “os atos de justiça dos
santos”, que brotam da fé em Jesus
Cristo (Ap 19.8). É por essa razão
que Jesus continua dizendo aos lao-
dicenses: “a fim de que não seja ma-
nifesta a vergonha da tua nudez”. O
que significa isso? Afinal, Jesus está
falando a Sua Igreja. Onde e quan-
do será manifesta nossa nudez? On-
de tudo dentro da Igreja será reve-
lado um dia? Diante do Tribunal de
Cristo! Ali “manifesta se tornará a
obra de cada um; pois o Dia a de-
monstrará, porque está sendo revelada
pelo fogo; e qual seja a obra de cada
um o próprio fogo o provará. Se per-
manecer a obra de alguém que sobre o
fundamento edificou, esse receberá ga-
lardão; se a obra de alguém se quei-
mar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo
será salvo, todavia, como que através
do fogo” (1 Co 3.13-15). Um cristão
cujas obras “se queimam” perdeu
seu galardão e somente “salvará a
própria pele”. No dia do “Tribu-
nal” tudo será revelado, inclusive a
6 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006
Para os cristãos nominais, que prevalecem
na nossa época, o que conta são valores
materiais, mesmo que estejamos às portas
do Arrebatamento.
Em Laodicéia apenas o ouro absolutamente puro ao passar
pelo fogo recebia o selo de qualidade. O mesmo acontecerá
diante do Tribunal de Cristo, onde tudo
será apurado pelo fogo.
vergonha de nossa nudez. Por isso,
somos alertados: “...nada julgueis
antes do tempo, até que venha o Se-
nhor, o qual não somente trará à plena
luz as coisas ocultas das trevas, mas
também manifestará os desígnios dos
corações; e, então, cada um receberá o
seu louvor da parte de Deus” (1 Co
4.5). “Porque importa que todos nós
compareçamos perante o tribunal de
Cristo, para que cada um receba se-
gundo o bem ou o mal que tiver feito
por meio do corpo” (2 Co 5.10).
Laodicéia é a última igreja men-
cionada antes do Arrebatamento ao
qual é feita, na minha opinião, uma
referência simbólica em Apocalipse
4.1. Vejamos:
• João é convidado a subir ao
céu, representando a Igreja que
também será levada ao céu por oca-
sião do Arrebatamento.
• A João foi mostrado o que iria
acontecer “depois destas coisas”, ou
seja, depois da Era da Igreja, repre-
sentada pelas sete cartas, das quais
Laodicéia recebeu a última. São
justamente esses fatos que tornam a
mensagem de Cristo à igreja de
Laodicéia tão importante e tão
atual.
3. Colírio
Mas não é somen-
te ouro e vestiduras
brancas que a igreja
de Laodicéia deve
comprar do Senhor.
Ele diz que os cristãos
daquela cidade de-
vem adquirir também
“colírio para ungir os
olhos, a fim de que
vejam” (Ap 3.18).
Eles, que eram pro-
dutores de colírio,
eram os que mais pre-
cisavam dessa medi-
cação.
A riqueza através
do ouro que o Senhor
nos dá e as vestiduras
brancas para nos cobrir simbolizam
eventos ainda por acontecer, diante
do Tribunal de Cristo. “...para te
enriqueceres” com relação ao futuro
e “...para te vestires, a fim de que não
seja manifesta a vergonha da tua nu-
dez” (Ap 3.18) diante de Cristo.
Mas ao falar do colírio, o tempo
da ação é o presente. “Aconselho-te
que de mim compres... colírio para un-
gires os olhos, a fim de que vejas” (Ap
3.18). Hoje, aqui e agora, precisa-
mos enxergar a
Jesus com nitidez,
pois diante do
Tribunal de Cris-
to será tarde de-
mais para abrir-
mos os olhos! So-
mente o Espírito
de Deus, que é a
unção (1 Jo
2.20,27), pode
nos convencer de
nossa pobreza e
de nossa nudez
espiritual. E ape-
nas Ele pode nos
mostrar a verda-
deira riqueza em
Cristo.
A igreja de Laodicéia era cega:
ela não tinha uma visão espiritual
de Jesus e de Sua volta. Podemos
diagnosticar a doença dos olhos de
Laodicéia? Sim. Os cristãos dessa
igreja eram míopes. Como é possí-
vel afirmar isso? Dizemos que eles
eram míopes porque se ocupavam
apenas com o que estava perto, ao
seu redor, não enxergando a volta
de Jesus, mesmo ela sendo muito
importante.
O que é miopia
espiritual?
Miopia espiritual, figuradamente
falando, é quando alguém consegue
enxergar nitidamente o que está por
perto, dentro do seu foco de visão,
mas não consegue ver o que está
mais longe. Isso é um símbolo
apropriado da miopia espiritual,
quando não existe a visão da volta
de Jesus.
Um cristão espiritualmente mío-
pe não consegue ver a amplitude da
vida espiritual, uma vez que vive
apenas para o aqui e agora e não
percebe que o Senhor está às portas.
O que nos torna cegos para Je-
sus, o que rouba de nós a visão das
7Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006
A indústria têxtil da cidade de Laodicéia produzia
principalmente tecidos brilhantes tingidos de preto.
Em gritante contraste com a cor escura dos tecidos,
o Senhor manda que comprem dEle vestiduras brancas.
Ao falar do colírio, o tempo da ação é o presente.
“Aconselho-te que de mim
compres... colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas”
(Ap 3.18). Hoje, aqui e agora, precisamos enxergar a Jesus
com nitidez, pois diante do Tribunal de Cristo será tarde
demais para abrirmos os olhos!
coisas espirituais e nos impede de
ver a volta do Senhor? Existem al-
guns fatores:
1. Quando ficamos flertando
com o mundo e deixamos que as
coisas terrenas se tornem tão im-
portantes para nós que ofuscam
nosso olhar, impedindo que enxer-
guemos o Reino de Deus, o que,
por sua vez, nos tomará a visão de
futuro, a expectativa da volta de
Cristo e de Seu Tribunal.
2. Quando praticamos o pecado,
nossa visão espiritual fica embaça-
da, pois o Espírito Santo está en-
tristecido. Jeremias fala dessa reali-
dade em suas lamentações: “Caiu a
coroa da nossa cabeça; ai de nós, por-
que pecamos! Por isso, caiu doente o
nosso coração; por isso, se escureceram
os nossos olhos” (Lm 5.16-17).
3. Quando falta um discipulado
prático na nossa vida. Paulo escreve
que devemos empenhar toda a nos-
sa diligência para crescer no conhe-
cimento, na fé e na virtude, no do-
mínio próprio, na perseverança, na
piedade, na fraternidade e no amor.
Então ele conclui: “Pois aquele a
quem estas coisas não estão presentes é
cego, vendo só o que está perto, esque-
cido da purificação dos seus pecados de
outrora” (2 Pe 1.9).
4. Quando não vemos mais o
próximo e não amamos mais aos ou-
tros. O problema da igreja de Laodi-
céia era ver somente a si mesma: “-
pois dizes: Estou rico e abastado e não
preciso de coisa alguma” (Ap 3.17).
Em 1 João 2.9 e 11 está escrito:
“Aquele que diz estar na luz e odeia a
seu irmão, até agora, está nas trevas”.
Em outros idiomas “estar nas tre-
vas” é traduzido como “ter seus
olhos ofuscados pela escuridão”.
Esses quatro pontos deixam ex-
plícito que a igreja de Laodicéia
possuía uma escala de valores falsa
e enganosa.
A volta do Senhor
está às portas
O Senhor repreendeu a igreja de
Laodicéia, pois era urgente que ela
se arrependesse: “Eu repreendo e dis-
ciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso
e arrepende-te” (Ap 3.19).
É o amor do Senhor que nos re-
preende e é Sua preocupação com
nossa saúde espiritual e com nosso
futuro que O leva a nos disciplinar. A
possibilidade de arrependimento que
Ele nos concede, a chance de estabe-
lecer um relacionamento completa-
mente novo e profundo com Ele des-
cortina uma maravi-
lhosa perspectiva
diante de nossos
olhos. É sobre essa
perspectiva que Ele
fala logo em seguida:
“Eis que estou à porta e
bato; se alguém ouvir a
minha voz e abrir a
porta, entrarei em sua
casa e cearei com ele, e
ele, comigo. Ao vence-
dor, dar-lhe-ei sentar-se
comigo no meu trono,
assim como também eu
venci e me sentei com
meu Pai no seu trono”
(Ap 3.20-21).
Deus não quer que nenhum dos
Seus filhos caia na ruína. Ele deseja
que todos sejam vencedores e se as-
sentem com Seu Filho no Seu tro-
no. No passado, quem era especial-
mente honrado pelo rei recebia a
permissão de sentar com ele no seu
trono.
“Eis que estou à porta...”, ou “fora
da porta” é uma declaração de Jesus
que costuma ser usada evangelistica-
mente, ilustrando que Ele está fora
da vida da pessoa, que está batendo
em seu coração e quer entrar nele.
Na verdade, porém, essas palavras
foram ditas a uma igreja, a crentes.
Observando o contexto, percebemos
que elas se referem em primeiro lu-
gar à volta de Cristo. Não deixa de
ser um sinal característico da nossa
época que essa afirmação de Jesus
não esteja sendo interpretada con-
forme ao que Ele realmente se refe-
riu: Sua volta iminente.
• A primeira porta para o Arre-
batamento é a porta do nosso co-
ração. Devemos abri-la e convidar
o Senhor Jesus para entrar em nos-
sa vida. Quem tiver feito isso per-
tence à Sua Igreja e participará do
Arrebatamento. A condição básica
para ser arrebatado consiste da con-
versão a Jesus Cristo: “Pois, se cre-
mos que Jesus morreu e ressuscitou,
assim também Deus, mediante Jesus,
trará, em sua companhia, os que dor-
mem” (1 Ts 4.14). “...depois, nós,
os vivos, os que ficarmos, seremos ar-
rebatados juntamente com eles, entre
nuvens, para o encontro do Senhor
nos ares, e, assim, estaremos para
sempre com o Senhor” (v.17).
“...transformados seremos todos” (ve-
ja 1 Co 15.51-52).
• A segunda porta para o Arreba-
tamento consiste em nos deixarmos
preparar para esse acontecimento
grandioso, permitindo que Jesus
ocupe o centro de nossa vida, de
modo que Ele possa dirigir cada de-
talhe de nossa existência.
8 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006
Um cristão espiritualmente míope não consegue ver a
amplitude da vida espiritual, uma vez que vive
apenas para o aqui e agora e não percebe
que o Senhor está às portas.
Para a última geração de mem-
bros da Igreja, a vinda do Senhor
está às portas. Ele bate e diz: “Ou-
çam! Eu virei em breve!” Quem
abre a porta demonstra que está vi-
gilante e pronto para a chegada do
Senhor, que vive direcionado para o
encontro com Ele e que leva a Pala-
vra de Deus a sério. Quando alguém
vem bater à nossa porta, isso signifi-
ca que está bem perto e quer entrar
em nosso lar.
Analisando esse bater do Noi-
vo Celestial à nossa porta, tanto
do nosso coração como da Igreja-
Noiva, somos lembrados da passa-
gem de Cantares: “Eu dormia, mas
o meu coração velava; eis a voz do
meu amado, que está batendo: Abre-
me, minha irmã, querida minha,
pomba minha, imaculada minha...”
(Ct 5.2).
Resumindo, Jesus manda que
compremos dEle:
– “ouro refinado pelo fogo...”, pa-
ra o futuro diante do Tribunal de
Cristo.
– “...vestiduras brancas para te
vestires, a fim de que não seja manifes-
ta a vergonha da tua nudez”. Tam-
bém com relação ao Tribunal de
Cristo, quando teremos as vestes de
justiça, que são as obras que fize-
mos “em Cristo”.
– “...e colírio para ungires os olhos,
a fim de que vejas”. Isso significa
abrir os olhos para vermos o futuro
em Sua glória. É por isso que a Bí-
blia diz: “Temos, assim, tanto mais
confirmada a palavra profética, e fa-
zeis bem em atendê-la, como a uma
candeia que brilha em lugar tenebro-
so...” (2 Pe 1.19).
A volta do Senhor está às portas,
e com ela as Bodas do Cordeiro e
nossa entrada na eternidade: “Eis
que estou à porta e bato; se alguém ou-
vir a minha voz e abrir a porta, entra-
rei em sua casa e cearei com ele, e ele,
comigo” (Ap 3.20). Essa comunhão,
esse encontro com o Senhor, vai
proporcionar-nos o privilégio de
sentar em Seu trono (v.21), tendo
eterna comunhão com Ele e rece-
bendo as recompensas que nos ca-
bem depois de julgados sem termos
sido envergonhados diante de Seu
Tribunal.
A porta aberta no céu
Extremamente esclarecedor
acerca do que nos espera é que lo-
go depois da mensagem à igreja de
Laodicéia – “eis que estou à porta e
bato” – encontramos a exortação
de ouvir o que o Espírito diz às
igrejas: “Depois destas coisas, olhei,
e eis não somente uma porta aberta
no céu, como também a primeira voz
que ouvi, como de trombeta ao falar
comigo, dizendo: Sobe para aqui, e
te mostrarei o que deve acontecer de-
pois destas coisas” (Ap 4.1). João
representa a Igreja, que será arre-
batada na época de “Laodicéia” e
do ressoar da última trombeta.
Nesse momento ele passa para o
céu e vê “o que deve acontecer de-
pois destas coisas”. João vê a sala
do trono e o livro selado com se-
te selos – os juízos que estão se
aproximando (Ap 4.2-6.17).
Altamente interessante e muito
sério é o fato de Tiago igualmente
denunciar a riqueza dos últimos
dias e depois afirmar (quase com as
mesmas pa-
lavras que o
Senhor diri-
giu à igreja
de Laodicéia
através de
João): “o
vosso ouro e
a vossa prata
foram gastos
de ferrugens,
e a sua ferru-
gem há de ser
testemunho
contra vós
mesmos e há de devorar, como fogo, as
vossas carnes. Tesouros acumulastes
nos últimos dias... Irmãos, não vos
queixeis uns dos outros, para não ser-
des julgados. Eis que o juiz está às
portas” (Tg 5.3,9).
Em Seu Sermão Profético no
Monte das Oliveiras, o Senhor Je-
sus declarou acerca de Sua volta:
“Aprendei, pois, a parábola da figuei-
ra: quando já os seus ramos se reno-
vam e as folhas brotam, sabeis que es-
tá próximo o verão. Assim também
vós: quando virdes todas estas coisas,
sabei que está próximo, às portas”
(Mt 24.32-33).
A volta de Jesus para o Arrebata-
mento de Sua Igreja é iminente. Es-
se é o conteúdo da mensagem a
Laodicéia: “Eis que estou à porta...”
Estejamos preparados! Dediquemos
nossa vida ao Senhor, esperando
diariamente por Ele, pois Ele certa-
mente virá e virá sem demora!
Abramos a porta, dando-Lhe sinal
de que estamos ouvindo Sua voz e
dispostos e preparados para entrar
no céu para celebrar as Bodas do
Cordeiro.
“Então, me falou o anjo: Escreve:
Bem-aventurados aqueles que são cha-
mados à ceia das bodas do Cordeiro. E
acrescentou: São estas as verdadeiras
palavras de Deus” (Ap 19.9). “Quem
tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz
às igrejas” (Ap 3.22)!
9Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006
Esta mensagem foi
extraída do novo livro
A Última Porta a Caminho
do Arrebatamento
Faça agora mesmo sua encomenda e
divulgue-o em sua igreja. Ajude a
reacender entre seus irmãos a
bendita esperança da volta de Jesus
para o arrebatamento da Sua Noiva!
Pedidos:
0300 789.5152
www.Chamada.com.br
10 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006
Ao examinar mais cuidadosamente as publicações do Mo-
vimento Ecumênico – e os textos de igrejas e denominações acerca
do assunto – chama a atenção que sua temática envolve basica-
mente questões terrenas e o futuro da humanidade neste mundo.
O que esse movimento busca é a proteção da natureza e a
justiça para todos. Seu sonho é ver as pessoas vivendo juntas em
harmonia, estabelecendo a união entre o cristianismo e as demais
religiões. Todas essas visões e tendências fazem crer que o futu-
ro deste mundo depende da capacidade humana, de políticas
inteligentes e de diálogos estratégicos.
Neste momento, cabe a pergun-
ta: será que o homem tem, de fato,
a competência última de planejar e
moldar o futuro deste mundo con-
forme sua imaginação e seus planos?
E que papel desempenha Jesus Cris-
to nesses planos? Ao menos da parte
das igrejas evangélicas independen-
tes deveríamos esperar uma resposta
a essa pergunta e uma posição clara
sobre o desenvolvimento do mundo
e o futuro da humanidade de acor-
do com o que a Bíblia diz.
Em Apocalipse 5.1-7 encontra-
mos o comovente testemunho sobre
Aquele que tem a real competência
de desvendar e fazer acontecer o fu-
turo: “Vi, na mão direita daquele que
estava sentado no trono, um livro es-
crito por dentro e por fora, de todo se-
lado com sete selos. Vi, também, um
anjo forte, que proclamava em grande
voz: Quem é digno de abrir o livro e
de lhe desatar os selos? Ora, nem no
céu, nem sobre a terra, nem debaixo
da terra, ninguém podia abrir o livro,
nem mesmo olhar para ele; e eu chora-
va muito, porque ninguém foi achado
digno de abrir o livro, nem mesmo de
olhar para ele. Todavia, um dos an-
ciãos me disse: Não chores; eis que o
Leão da tribo de Judá, a Raiz de Da-
vi, venceu para abrir o livro e os seus
sete selos”.
O que é aguardado no
céu e na terra?
No céu se espera pelo cumpri-
mento do Plano de Salvação, pela
revelação final da vitória sobre a
morte, o inferno e o pecado, e pela
chegada dos salvos.
Na terra também se aguarda. O
quê? Espera-se a realização dos so-
nhos da humanidade: a cura de
doenças, o fim das guerras e a har-
monia na família humana.
Sobre o tempo em que vivemos a
Bíblia diz realisticamente: “...haverá
homens que desmaiarão de terror e pela
expectativa das coisas que sobrevirão ao
mundo; pois os poderes dos céus serão
abalados” (Lc 21.26). Com otimis-
mo inquebrantável, o ser humano
sempre esperou por tempos melho-
res, mas atualmente cresce o núme-
ro daqueles que não esperam gran-
des mudanças para suas vidas. Mes-
mo que o desejo de globalização dos
poderosos continue a falar de paz,
justiça e proteção da natureza, indi-
vidualmente os homens começam a
questionar qual será seu futuro.
Muitos ainda crêem que o futu-
ro pertence aos de mente aberta,
aos modernos e tolerantes, à tecno-
logia e à ciência, à paz e à união de
todos.
Os esotéricos esperam que, pela
entrada na era de Aquário, a salva-
ção do homem pelo homem se
aproxime cada vez mais. Será que
nosso futuro será marcado por mais
humanidade e um mundo melhor,
segundo sua expectativa?
Os carismáticos aguardam para
logo o derramamento do Espírito
Santo sobre toda a cristandade.
Eles se baseiam em Joel 2.28, des-
considerando que essa passagem es-
tá relacionada ao restante do capí-
tulo 2, que evidentemente refere-se
ao povo de Israel.
A incumbência da
Igreja de Jesus
No céu se espera – e na terra
também se aguarda. Para nós, sal-
vos por Jesus e que somos a Igreja
do Senhor, há somente uma única
tarefa a realizar: harmonizar as es-
peranças celestiais com as nossas
esperanças terrenas. Não podemos
oferecer aos homens promessas de
futuro que não tenham qualquer
fundamento bíblico.
Precisamos, sim, ter uma respos-
ta final e conclusiva acerca do futu-
ro. E uma das tarefas das igrejas lo-
cais deve ser justamente esta: forne-
cer respostas às questões acerca do
que está por vir. Não podemos dei-
xar dúvidas nos corações e
nas mentes dos ouvintes de
que somos pessoas cujas ex-
pectativas de futuro são es-
peranças celestiais. E estas
são encontradas na Bíblia e
não em pesquisas de opi-
nião ou em levantamentos
estatísticos, e muito menos
em avaliações de tendências
mercadológicas.
Por isso, o texto de Apo-
calipse 5 que citamos pode
nos dar, de forma clara,
uma resposta em relação ao
futuro. O que temos de
aguardar, o que todas as pessoas
devem esperar do futuro, não são
apenas eventos, mas uma Pessoa
que está por vir.
Da pessoa de Jesus Cristo, o
Vindouro, pouco se fala no Movi-
mento Ecumênico. Ele recebe pou-
quíssimo espaço, mesmo sendo
Aquele que não apenas interfere no
curso dos acontecimentos, mas que
é o supremo Soberano, que rege tu-
do e sobre todos até alcançar Seu
alvo final.
Todas as mentiras acerca de
Deus se calam diante dessa passa-
gem bíblica. Mesmo assim, dizem
que Ele
– está ausente
– é impotente
– está morto
– é a projeção de desejos humanos
– é o mesmo em todas as reli-
giões.
O céu está em compasso de es-
pera e anseia por ver desmascaradas
todas as mentiras que foram ditas
sobre Deus. A criação geme e su-
porta angústias esperando sua re-
denção (veja Rm 8.22). O Noivo
celestial espera finalmente conduzir
Sua Noiva para casa.
O maligno e todos os poderes
das trevas esperam com temor e
tremor o final de seu domínio. O
Pai nos céus espera por receber
Seus filhos. O mundo angelical an-
seia por finalmente ver a revelação
do mistério da Igreja. O arcanjo
Miguel espera para interferir em fa-
vor de Israel na batalha final.
E aí vemos a humanidade, arro-
gante, aguardando sempre por tem-
pos melhores, por felicidade, di-
nheiro, amor e poder. Vemos os po-
líticos esperando por circunstâncias
paradisíacas quando a globalização
estiver consolidada. Vemos os cien-
tistas esperando pelos resultados de
novas pesquisas que solucionarão
os problemas da fome, da água e da
energia. Vemos milhões de pacien-
tes esperando por novos medica-
mentos. E vemos os teólogos espe-
rando pela unificação de todas as
igrejas e religiões, para que final-
mente haja paz no mundo.
“Querido mundo”, gostaríamos
de dizer, “fique sabendo que no céu
também se espera”.
No céu se conhecem
coisas que não
são conhecidas
aqui na terra
O ser humano não tem autorida-
de para fazer afirmações consisten-
tes sobre o futuro, e mesmo com o
poder do seu conhecimento e da
tecnologia que tem à disposição,
não pode garantir o que trará o dia
de amanhã.
Mesmo que tivesse todo o co-
nhecimento e toda a experiência,
seus prognósticos em relação ao fu-
turo seriam sempre provisórios. Se-
ja o clima, as catástrofes naturais,
como terremotos e maremotos, o
crescimento demográfico, reservas
energéticas ou fronteiras políticas:
tudo o que alguém disser a respeito
será sempre provisório e de curto
prazo.
No céu é diferente. A questão da
autoridade sobre o desenrolar dos
fatos futuros não depende do poder
Na terra espera-se a realização dos sonhos da
humanidade: a cura de doenças, o fim das
guerras e a harmonia na família humana.
11Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006
da mente ou da inteligência. No
contexto divino e celestial, a grande
pergunta que se impõe em relação
ao futuro não é “Quem é capaz?”
mas “Quem é digno?”: “Quem é
digno de abrir o livro e de lhe desatar
os selos?” (Ap 5.2). Esse livro selado
é o livro do futuro, a única fonte
que tem autoridade para predizer
alguma coisa em relação ao mundo
e ao sagrado plano de Deus.
No céu, depois de ecoar a per-
gunta “Quem é digno...”, houve pri-
meiramente um significativo silên-
cio. Isso demonstra que a questão
do futuro da terra não está nas mãos
de quaisquer revolucionários que se
propõem a mudar o mundo. Se o
céu se cala por alguns momentos
quando é levantada essa questão, é
porque o homem não tem respostas
a oferecer. Propostas e sugestões pa-
ra um mundo melhor existem em
abundância. A maior parte parece
lógica e pertinente: acabar com a fo-
me no mundo, com a pobreza e a
doença, criar a paz e restabelecer a
justiça entre os homens.
Todo político que se preze e ca-
da partido que pretende ser sério
desenvolve e dispõe de programas
para nosso futuro, seja ele próximo
ou distante. E todos eles parecem
bastante lógicos e realizáveis. De
certa forma, todos nós temos res-
ponsabilidade diante de muitos as-
pectos da vida aqui na terra. Os es-
forços humanos por um futuro me-
lhor, mais justo e mais seguro têm
sua razão de ser.
Mas jamais houve uma discre-
pância tão grande como a que ve-
mos hoje entre o planejamento do
futuro e a maneira como esse pro-
cesso está sendo conduzido. Por
quê? Porque apesar de toda a capa-
cidade humana, ninguém é digno.
A questão não é poder, é autorida-
de verdadeira.
Está fora de qualquer cogitação
a idéia de que nós, como filhos de
Deus, possamos fechar nossos olhos
para a fome, a miséria e a doença
que vemos ao nosso redor. Mas não
devemos nos entregar à ilusão de
que a solução definitiva dos proble-
mas esteja em mãos humanas e que
o homem tenha a resposta para as
questões relativas ao futuro.
Mas qual é, então, a resposta fi-
nal em relação ao futuro, tanto da
terra como da humanidade que ha-
bita nela? A concepção de que o
mundo se tornaria mais e mais pací-
fico se todas as religiões se tornas-
sem uma só é, na melhor das hipóte-
ses, apenas uma teoria sem qualquer
base bíblica. Está fora de questão
que Jesus Cristo, por Seu poder, irá
estabelecer um reino em que haverá
condições praticamente ideais. Mas
esse Reino não terá relação alguma
com religiões e com “sermos todos
irmãos”. A questão final e definitiva
que fica depois de todas as conside-
rações tem uma única resposta – e é
esta questão que interessa!
“Qual a posição do
homem diante de Deus?”
O que os melhores programas
econômicos, as mais abrangentes
propostas de ajuda ao indivíduo e à
humanidade como um todo, pode-
riam contribuir no que diz respeito à
posição que alguém detém diante de
Deus? As visões que João teve do fu-
turo, inspiradas pelo próprio Deus,
fornecem uma única e definitiva res-
posta: somente o próprio Deus tem a
solução para os maiores e mais pro-
fundos problemas do ser humano.
Como o próprio Jesus é o caminho,
Ele tem condições de indicar como
sair da crise. E Ele sabe que a solu-
ção dos problemas não está na mu-
dança das condições em que as pes-
soas vivem, mas na mudança de sua
posição diante de Deus. Essa mu-
dança somente podia ser realizada
através de um sacrifício: foi o próprio
Jesus Cristo que se identificou pes-
soalmente com o pecado deste mun-
do e com a falência dos planos de to-
dos os que querem melhorar o mun-
do por seus próprios meios.
O único que é digno
Jesus Cristo não é apenas compe-
tente e tem a autoridade – Ele é dig-
no! João chorou quando viu que
“nem no céu, nem sobre a terra, nem
debaixo da terra, ninguém podia abrir o
livro, nem mesmo olhar para ele” (Ap
5.3). Ninguém seria digno? Sim!
Digno é “...o Leão da tribo de Judá, a
Raiz de Davi, [que] venceu para abrir
o livro e os seus sete selos” (v.5).
Nosso tempo entrou em uma fase
decisiva. Mais do que nunca, é fun-
damental analisar qual o objeto de
nossa esperança, que deve ser Cris-
to. Será que a pior situação imaginá-
vel não é ver homens, mulheres e
crianças indo para o inferno, sem
uma perspectiva real de futuro?
Uma humanidade que se agar-
ra às promessas daqueles que apa-
rentam saber o rumo é uma hu-
manidade enganada. Não são ape-
nas os astrólogos e adivinhos que
nutrem falsas esperanças. Quantas
12 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006
Vemos milhões de pacientes esperando
por novos medicamentos.
vezes os prognósticos dos econo-
mistas, banqueiros internacionais e
operadores da Bolsa de Valores de-
veriam ser revistos! Falsas análises
produziram multidões de engana-
dos, decepcionados e desesperados
mundo afora. A dura verdade é que
todas as promessas que a política,
a economia, a sociedade e as igre-
jas ecumênicas nos fazem são pro-
messas vazias, destituídas de qual-
quer base sólida.
A questão do que vem amanhã
não se decide sobre a terra, mas no
céu. Mais do que nunca deveríamos
reconhecer que é Deus quem pre-
para um futuro maravilhoso para a
humanidade, pois é Ele quem de-
termina e executa Seus planos. A
perspectiva básica e primordial dos
planos de Deus para nós é o conso-
lo e não a destruição e a ruína. As
atividades destruidoras que danifi-
cam o mundo em que vivemos par-
tirão daquele homem que virá no
lugar de Cristo.
Existe consolo real e verdadeiro
unicamente para os que deixam seu
futuro incondicionalmente nas mãos
de Deus. O Ungido do Senhor está
no centro da História mundial. Na
perspectiva bíblica, no trono e diante
do trono de Deus é o local onde se
decide o curso do mundo.
O afastamento de Deus só pode
ter o caos total como resultado. E é
justamente isso que diz o livro sela-
do (Ap 6). Os sete selos serão: um
falso Cristo, guerra, fome, morte,
um remanescente de mártires, um
grande terremoto e os sete juízos
das trombetas.
O Cordeiro de Deus
e o Leão de Judá
Deus reina, e nesta fase Ele en-
tregou tudo nas mãos do Filho (Mt
11.27) para que Este sujeitasse to-
das as coisas ao domínio de Deus
(1 Co 15.24-25).
Pela cruz Jesus tornou-se o ver-
dadeiro configurador do futuro. Por
isso, o Leão de Judá é apresentado
a João primeiro como o Cordeiro
(veja Ap 5.5-6).
Só o Cordeiro é digno de desa-
tar os selos do futuro. A cruz de
Cristo é, por isso, o ponto alto da
História da Salvação, a culminância
e o absoluto ponto de virada da
História mundial. Essa mesma ra-
zão faz dEle o núcleo de nossa exis-
tência e da história das nossas vi-
das. Na cruz foram colocadas as ba-
ses decisivas e absolutas da
conclusão perfeita da História. E na
cruz você e eu também encontramos
o final feliz para nossas vidas e o
sentido da nossa história pessoal.
Existe um só futuro, e este se cha-
ma JESUS CRISTO. Por isso “não
há salvação em nenhum outro; porque
abaixo do céu não existe nenhum outro
nome, dado entre os homens, pelo qual
importa que sejamos salvos” (At
4.12).
Salvação e perdição
Existe um futuro para você, um
futuro em que lhe será dito: Você es-
tá salvo!? Mesmo que os passageiros
do luxuoso transatlântico Titanic
fossem oriundos das mais diversas
camadas sociais, desde ricos
banqueiros até simples cal-
deiristas, a questão final fi-
cou reduzida a uma só:
quem se perdeu e quem se
salvou do naufrágio.
O que você espera do fu-
turo? Tempos melhores, paz
entre os homens, união das
igrejas, felicidade e satisfa-
ção?
Precisamos mais do que
isso! Bem no fundo, o que
mais ansiamos é uma certe-
za real do que nos espera. O
que ou quem nos salvará?
Será que todos nós, inde-
pendentemente da idade ou da ge-
ração a que pertencemos, não con-
tinuamos olhando para a direção
errada? Procuramos por homens
poderosos, cercados de uma aura
de suficiência e capacidade, aptos a
trazer paz e salvação ao mundo?
Buscamos por pessoas que tomem
o leme nas mãos e conduzam o bar-
co da humanidade na direção certa?
Talvez esperamos, sem nos dar
conta, por aquele que ocupará o lu-
gar de Cristo?
Existem, de fato, personalidades
políticas que aparentam capacidade
e eficiência. Alguns atores, canto-
res, cientistas, médicos, pesquisa-
dores, pedagogos e psicólogos são
ídolos de muitos. Mas eles têm a
melhor mensagem naquilo que di-
zem e escrevem? E, antes de tudo,
eles são dignos de falar sobre seu
próprio futuro? E sobre o futuro
dos outros?
O maior engano
Um dia virá aquele que será tão
simpático e carismático que tornará
quase impossível fugir de seu en-
canto. Ele entusiasmará a humani-
dade com promessas pacifistas e pa-
lavras humanas, oferecendo solução
para os problemas e uma perspecti-
13Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006
Quantas vezes os prognósticos dos economis-
tas, banqueiros internacionais e operadores da
Bolsa de Valores deveriam ser revistos! Falsas
análises produziram multidões de enganados,
decepcionados e desesperados mundo afora.
va de um futuro melhor e absoluta-
mente viável. Mas ele igualmente
não será digno, uma vez que é o
fracasso em pessoa.
Querido leitor, querida leitora,
precisamos nos voltar para Aquele
que é digno de concretizar o futuro
do mundo e de nossas vidas, e esse
é Jesus Cristo.
Não existe uma reforma total do
mundo através de superexecutivos,
pois ela é impossível. Todos os re-
formadores do mundo falharam.
Muitos que desfrutavam da simpa-
tia da sociedade foram uma frustra-
ção, normalmente devido à sua ân-
sia por poder e domínio.
O Movimento Ecumênico tam-
bém acabará por falhar porque o
Todo-Poderoso tem planos distin-
tos dos seus. É lamentável que mui-
tos dos líderes de igrejas e denomi-
nações cristãs não tenham conheci-
mento dos planos de Deus a
respeito deste mundo. E o fato de-
les próprios trabalharem e contri-
buírem para que o palco do Anti-
cristo seja montado só pode ser
chamado de trágico.
Enquanto o ser humano estiver
sujeito à lei do pecado, não pode-
rá mudar a situação que essa su-
jeição ocasiona. Isso acontece por-
que os poderes destrutivos não po-
dem ser excomungados por pessoas
sujeitas a esses mesmos poderes.
Uma administração esperta não
afugenta as forças destruidoras do
mal. Somente através da luta ha-
verá vitória.
O Homem impotente
da cruz será o
Consumador do mundo
Por quê? Por seguir com deter-
minação o plano do Todo-Podero-
so. As bases deste mundo balan-
çam. Quem quiser estar seguro no
futuro, deve, no presente, agarrar-
se firmemente em Jesus Cristo.
As excitantes notícias mundiais,
constantemente novas, não podem
e não devem condicionar nosso
agir, pensar e julgar. Já é suficiente-
mente abalador termos de digerir a
avalanche diária de informações
que se abatem sobre nós e diante
das quais somos absolutamente im-
potentes!
A consciência nacionalista está
se fortalecendo mundialmente. Em
contraste, vemos os esforços globa-
lizantes de agregar e unificar a tudo
e a todos.
O Cordeiro de Deus, que abrirá
o livro com os sete selos, prediz sé-
rios conflitos e tensões. Somem-se a
eles a desgraça das heresias, os ca-
minhos de salvação pretensamente
novos, os novos profetas e a sedu-
ção ecumênica da Igreja, e teremos
o quadro completo.
Não serão as igrejas e organiza-
ções religiosas que nos protegerão,
pois elas se esfacelarão. Deus não se
interessa por igrejismo e poder deno-
minacional. As igrejas e denomina-
ções parecem ser sempre mais sábias
que o mundo na solução dos proble-
mas mundiais, mas justamente por is-
so falharão, pois se ser-
vem e se servirão de
programas seculares pa-
ra alcançar as pessoas.
A Igreja de Jesus
não tem a tarefa de
melhorar o mundo
mas de pregar o Evan-
gelho de Jesus Cristo a
todos. Nisso reside seu
poder e sua força, e
nesse propósito há
promessa de sucesso.
Somente cumprindo
esse propósito, estabe-
lecido por Deus em
Sua Palavra, a Igreja
poderá exercer o mi-
nistério de amor entre
os oprimidos e amea-
çados.
Não devemos olhar o mundo
com pessimismo e sim com realismo.
E realisticamente existe hoje uma
única mensagem: há futuro para nós,
para você e para mim. Você tem fu-
turo! Talvez falte apenas uma única
coisa para que você possa ter essa
certeza: clamar ao Senhor Jesus por
salvação! Diga-Lhe que você reco-
nhece que é pecador. E admita dian-
te dEle que você precisa de perdão!
Jesus Cristo é seu futuro, pois
apenas Ele está em condições de
perdoar sua culpa. Ele é digno de
anunciar o futuro e de concretizá-lo
junto dEle!
Em alguns versículos após o tex-
to bíblico que citamos no início está
escrito que “...toda criatura que há
no céu e sobre a terra, debaixo da terra
e no mar, e tudo o que neles há, estava
dizendo: Àquele que está sentado no
trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a
honra, e a glória, e o domínio pelos sé-
culos dos séculos” (Ap 5.13).
Não confie em lemas ou pro-
messas de ídolos e enganadores.
Confie somente em Jesus Cristo,
que está voltando! Ele salva e só Ele
é digno!
14 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006
Não devemos olhar o mundo com pessimismo e sim
com realismo. E realisticamente existe hoje uma única
mensagem: há futuro para nós, para você e para
mim. Talvez falte apenas uma única coisa para que
você possa ter essa certeza: clamar ao Senhor Jesus
por salvação!
15Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006
Todo o mundo foi envolvido pela
febre do futebol. A Copa é o maior
acontecimento esportivo da atualidade
e monopoliza a atenção geral. Duran-
te os jogos as ruas ficaram desertas
enquanto os estádios, as salas de TV e
os bares estavam cheios de torcedores
empolgados. A ansiedade atingiu seu
ponto máximo e o orgulho nacional
nunca foi tão evidente como nessas se-
manas em que a bola rolou nos gra-
mados.
Muitos pastores talvez tenham fica-
do com certa inveja das arquibanca-
das lotadas, pensando: “Como seria
bom se as igrejas e as reunões cristãs
tivessem uma platéia tão numerosa!” E
eles têm todos os motivos para desejar
um público maior para a pregação do
Evangelho. Veja as razões:
O campeão
Enquanto as nações lutam pela vi-
tória que vale por apenas quatro
anos, Alguém conquistou a vitória de-
finitiva. Jesus Cristo venceu o mundo
para sempre, por todos os tempos, por
todas as épocas e por toda a eternida-
de. O que Ele fez não estava relacio-
nado a um simples jogo, pois era uma
decisão entre a vida e a morte. Jesus
veio ao mundo, morreu na cruz por
nossa culpa e reviveu triunfalmente
dentre os mortos. Quem faz parte do
Seu “time” é participante dessa vitória
e pode declarar pela fé: “Graças a
Deus, que nos dá a vitória por inter-
médio de nosso Senhor Jesus Cristo”
(1 Co 15.57). Por essa razão João es-
creveu: “Porque todo o que é nascido
de Deus vence o mundo; e esta é a vi-
tória que vence o mundo: a nossa fé.
Quem é o que vence o mundo, senão
aquele que crê ser Jesus o Filho de
Deus?” (1 Jo 5.4-5).
O vencido
Nosso Senhor Jesus Cristo mostrou
o cartão vermelho para o Diabo e o
expulsou do campo. Por Seu precioso
sangue, Ele o derrotou para sempre.
O Diabo é o perdedor, e o máximo
que ele ainda pode fazer é gritar de
fora do gramado tentando atrapalhar
o jogo. Os cristãos no campo do mun-
do não precisam se impressionar com
as tentativas de interferência dele. Eles
devem jogar até o final da partida e
“completar a carreira” (veja 2 Tm
4.7). Todos os crentes podem partici-
par da vitória de Jesus sobre o Diabo,
que foi derrotado completamente. A
Bíblia diz que Jesus, “despojando os
principados e as potestades, publica-
mente os expôs ao desprezo, triun-
fando deles na cruz” (Cl 2.15).
A fama
Sabemos que a fama dos melhores
jogadores de futebol dura pouco. Seus
nomes são conhecidos e aclamados
por alguns anos e depois caem no es-
quecimento. Hoje estão em alta, ama-
nhã já estarão no banco de reservas e
depois de amanhã serão tirados do ti-
me. O que fica são as lembranças de
suas glórias passadas. Poucos ainda
mencionam seus nomes, porque outros
já ocuparam seus lugares e são cele-
brados pelos seus gols vibrantes. De-
pois da Copa de 1954, a maior parte
dos jogadores da seleção alemã mor-
reu pelo consumo de álcool ou por
doenças. Esses esportistas aparente-
mente vitoriosos falharam vergonhosa-
mente em suas vidas particulares de-
pois de terem ganhado a Copa do
Mundo. No Brasil, muitos ex-jogado-
res, famosos em sua época, morreram
na pobreza e na indigência. Com Je-
sus Cristo é diferente: quem faz dEle
seu capitão no campo da vida e joga
conforme Suas regras receberá a co-
roa da vitória: “Todo atleta em tudo
se domina; aqueles, para alcançar
uma coroa corruptível; nós, porém, a
incorruptível” (1 Co 9.25). Esses cris-
tãos são os vitoriosos batalhadores da
fé mencionados no último livro da Bí-
blia: “Ao redor do trono, há também
vinte e quatro tronos, e assentados
neles, vinte e quatro anciãos vestidos
de branco, em cujas cabeças estãos
coroas de ouro” (Ap 4.4).
O verdadeiro Salvador
Quando Jürgen Klinsmann foi no-
meado técnico da seleção alemã, uma
conhecida revista apresentou em sua
capa a manchete: “Klinsi, salve-nos!”
As semanas seguintes mostraram que
ele, mesmo tendo melhorado o desem-
penho do seu time, não conseguiu le-
O Campeão do Mundo
A taça da Fifa.
vá-lo à vitória final. Depois dos jogos
sempre surgem novos desafios, discus-
sões e desavenças. Sempre haverá
perdedores e os comentaristas terão
do que reclamar.
O verdadeiro Salvador age em ou-
tro lugar, que é o campo do mundo.
Ele traz uma salvação real e duradou-
ra a todos os que crêem em Seu Nome
e depositam sua confiança nEle. Paulo
escreve em Romanos 3.22-24 que a
“justiça de Deus” é “mediante a fé
em Jesus Cristo, para todos [e sobre
todos] os que crêem; porque não há
distinção, pois todos pecaram e care-
cem da glória de Deus, sendo justifi-
cados gratuitamente, por sua graça,
mediante a redenção que há em Cris-
to Jesus”. Jesus liberta o pecador de
seu passado vergonhoso e da ligação
com o Diabo. Jó tinha consciência
desse Salvador poderoso quando ex-
clamou: “Porque eu sei que o meu Re-
dentor vive e por fim se levantará so-
bre a terra” (Jó 19.25).
O milagre
Na Alemanha, a Copa de 1954
entrou para a história como “o mila-
gre de Berna”, porque a seleção ale-
mã foi campeã contra todas as expec-
tativas. Na época, o que houve foi me-
nos um milagre e mais sorte aliada ao
empenho, à garra
e à motivação dos
jogadores.
Milagres ver-
dadeiros aconte-
cem somente atra-
vés de Jesus. Ele é
o “Maravilhoso”
de Isaías 9.6, um
Deus que faz pro-
dígios e maravi-
lhas. Ele tem po-
der para restaurar
corações partidos,
curar feridas emo-
cionais e nos con-
duzir à vitória. Ele concede perdão e o
novo nascimento através do Espírito
Santo. Ele ressuscita os mortos e con-
duz ao céu. Em seu sermão no dia de
Pentecostes, Pedro declarou: “Varões
israelitas, atendei a estas palavras:
Jesus, o Nazareno, varão aprovado
por Deus diante de vós com milagres,
prodígios e sinais, os quais o próprio
Deus realizou por intermédio dele en-
tre vós, como vós mesmos sabeis” (At
2.22).
Sem impedimento
O impedimento tem sido um gran-
de problema para alguns jogadores.
Quem está impedido ouve o apito do
juiz e não pode fazer gol, pois es-
tá fora da posição permitida. Ata-
cantes em posição de impedimento
ficam isolados dos companheiros e
sozinhos.
Com Jesus é diferente. Ele retira
pessoas da posição de impedimento,
da solidão e do desalento. Onde exis-
tem pessoas isoladas, sozinhas, em
posições erradas, lá está Jesus para
buscá-las. Jogadores impedidos no jo-
go da vida podem experimentar o que
está escrito em Jeremias 31.3: “De
longe se me deixou ver o Senhor, di-
zendo: Com amor eterno eu te amei;
por isso, com benignidade te atraí”.
Sem banco de reservas
Para um jogador é triste e decep-
cionante ter de ficar no banco de re-
servas. Ele fica chateado e frustrado
por não ser usado no time. Essa frus-
tração facilmente se transmite a seus
familiares, e todos sofrem com a situa-
ção. Pela mídia podemos acompanhar
o drama entre ser escalado para fazer
parte dos onze felizardos ou ficar es-
perando na reserva. Vimos a alegria
dos escolhidos e a tristeza dos que fi-
caram de fora da seleção. Os reservas
sempre anseiam pela chance de jogar.
Mas dois jogadores não podem ficar
na mesma posição e a goleira não
comporta dois goleiros.
Com Jesus, ninguém precisa ficar
no banco de reservas. Ninguém é ex-
cluído. Jesus pode usar a todos. Cada
cristão recebeu pelo menos um dom e
deveria usá-lo para a edificação do
reino de Deus. Qualquer membro da
Igreja de Jesus pode ser útil à causa
do Senhor e realizar alguma tarefa
para ganhar almas. Todo cristão é
chamado a cooperar, seja no aconse-
lhamento, ensinando crianças, em sua
própria família, na proclamação da
Palavra de Deus, na diaconia, na hos-
pitalidade ou no discipulado. Jesus
quer nos usar e trabalhar através de
nós: “Fiel é o que vos chama, o qual
também o fará” (1 Ts 5.24).
Todo gol conta
Cada gol não é importante apenas
para quem o faz mas para o time in-
teiro, pois no final todos são contabili-
zados e decidem entre a vitória ou a
derrota. Importante é a soma final e a
cooperação de todo o time, uma vez
que a maioria dos gols é feita quando
a equipe aproveita uma chance. Tanto
os jogadores do ataque como os da
defesa são importantes para que o gol
se concretize. Se todos ocuparem seu
lugar e se empenharem pelo grupo,
será alcançada a vitória final.
16 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006
Do Nosso Campo Visual
Nosso Senhor Jesus Cristo mostrou o cartão vermelho para o
Diabo e o expulsou do campo.
Os dons e os ministérios em uma
igreja local são distintos: alguns cris-
tãos ficam diretamente diante do pú-
blico, pregando e ganhando almas,
enquanto outros oram pelo trabalho, o
apóiam materialmente ou ajudam nos
preparativos para que tudo dê certo.
No final, o fruto é de todos os que
participaram. O importante é que se
produzam muitos frutos espirituais e
eternos: “Nisto é glorificado meu Pai,
em que deis muito fruto; e assim vos
tornareis meus discípulos” (Jo 15.8).
Aproveitar as chances
Os jogadores devem aproveitar to-
das as oportunidades, jogar concen-
trados e atentos, sempre de olhos bem
abertos. Todos eles deveriam render o
máximo sem ficar fazendo corpo mole
ou desperdiçando o tempo. Desistir e
entregar o jogo antes da hora não
convém. Tanto o treinador como o pú-
blico esperam que o time jogue com
dedicação até o apito final.
Podemos aplicar muito bem essa
realidade à situação da Igreja, pois
está escrito: “Portanto, também nós,
visto que temos a rodear-nos tão
grande nuvem de testemunhas, de-
sembaraçando-nos de todo peso e do
pecado que tenazmente nos assedia,
corramos, com perseverança, a car-
reira que nos está proposta” (Hb
12.1). E: “remindo o tempo, porque
os dias são maus” (Ef 5.16).
Sem prorrogação
Há equipes que jogam consciente-
mente esperando a prorrogação por-
que acham que terão melhores chan-
ces nesses minutos adicionais depois
que o tempo regulamentar tiver termi-
nado. Certamente é muito melhor al-
cançar a vitória nos noventa minutos,
sem ficar esperando por um tempo ex-
tra no final. A Bíblia diz que hoje,
agora, é o tempo de se converter a Je-
sus: “...eis, agora, o tempo sobremo-
do oportuno, eis, agora, o dia da sal-
vação” (2 Co 6.2). Em relação ao ser-
viço cristão, a Palavra de Deus orde-
na: “Tudo quanto te vier à mão para
fazer, faze-o conforme as tuas for-
ças...” (Ec 9.10). Robert Moffat afir-
mou com acerto: “Teremos toda a eter-
nidade para celebrar nossas vitórias,
mas apenas um breve momento para
alcançá-las”.
Em relação à volta iminente de
Cristo também não devemos nos com-
portar como se houvesse prorrogação.
Não deveríamos viver pensando que
“meu senhor demora-se” (Mt 24.48).
Precisamos contar com Sua volta a
qualquer momento, pois “não retarda
o Senhor a sua promessa, como al-
guns a julgam demorada; pelo con-
trário, ele é longânimo para convos-
co, não querendo que nenhum pere-
ça, senão que todos cheguem ao
arrependimento” (2 Pe 3.9).
A defesa
O que mais gostamos num jogo de
futebol é ver nosso time sempre bem
perto da goleira adversária. Mas uma
boa defesa é imprescindível, especial-
mente quando o contra-ataque é rápi-
do. Impedir o avanço do adversário
em direção à nossa goleira é tão im-
portante para ganhar o jogo quanto
os chutes contra a goleira dele.
Na Igreja de Jesus é semelhante.
Não são importantes apenas os cris-
tãos de destaque, aqueles que bri-
lham, que são conhecidos e reconheci-
dos. Todos os cristãos são importantes
e necessários, inclusive aqueles que
nunca aparecem, que trabalham nos
bastidores, fazendo os trabalhos mais
simples ou executando tarefas que ja-
mais serão vistas pelos outros. A equi-
pe de apoio, que fica na retaguarda,
freqüentemente é a maior responsável
pelo sucesso de uma evangelização,
de um culto ou de algum outro evento
realizado para a salvação de almas
perdidas. Como filhos de Deus não
devemos estar mais preocupados com
resultados imediatos do que com a
uma base firme e sólida, defendendo
os valores e ensinamentos da Palavra
de Deus. Precisamos vigiar e levantar
uma defesa forte para que o inimigo
não faça gols. De tanto correr, muitos
esquecem de fechar a defesa, e aí são
derrotados. É imperioso que haja,
dentro da igreja, irmãos que zelem
pela doutrina e mantenham as vitórias
já alcançadas, que vigiem para que o
inimigo não entre e se aposse de algu-
ma área. Líderes idôneos são essen-
ciais, mas a tarefa de defender e zelar
pela igreja é de todos os membros.
Todos devem orar, vigiar e resistir ao
inimigo para que este não tenha a me-
nor chance de vitória. Recebemos to-
das as condições para nossa defesa
espiritual: “Revesti-vos de toda a ar-
madura de Deus, para poderdes ficar
firmes contra as ciladas do Diabo;
porque a nossa luta não é contra o
sangue e a carne, e sim contra os
principados e potestades, contra os
dominadores deste mundo tenebroso,
contra as forças espirituais do mal,
nas regiões celestes. Portanto, tomai
toda a armadura de Deus, para que
possais resistir no dia mau e, depois
de terdes vencido tudo, permanecer
inabaláveis” (Ef 6.11-13).
Sem medo do inimigo
Existem os adversários “matado-
res”, aqueles que assustam e que são
difíceis de enfrentar. Antes da Copa
sempre há muitas especulações, e os
times enumeram as seleções fortes,
aquelas que preferem não ter como
adversárias. As perguntas se repetem:
“Quem estará na nossa chave? Quem
será nosso primeiro adversário? Um ti-
me fraco ou um favorito? Uma equipe
conhecida por seu jogo sujo ou por jo-
gar lealmente? Quais seus jogadores
17Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006
Do Nosso Campo Visual
de ponta?” É importante analisar o ini-
migo, mas não demais. Preocupar-se
demasiadamente com o adversário
pode nos encher de medo e facilitar
nossa própria derrota. Uma avaliação
equilibrada da situação é o ideal.
A Bíblia nos ensina que não deve-
mos temer os homens. Também o Dia-
bo, apesar de poderoso (não devemos
menosprezá-lo ou fazer pouco caso
dele), é um inimigo já derrotado. Não
devemos enfrentá-lo achando que já
ganhamos, mas também não podemos
ficar desanimados quando vemos o
seu poder em ação, pois o Vencedor
está do nosso lado! O próprio Deus
disse: “De maneira alguma te deixa-
rei, nunca jamais te abandonarei. As-
sim, afirmemos confiantemente: O Se-
nhor é meu auxílio, não temerei; que
me poderá fazer o homem?” (Hb
13.5-6).
As regras do jogo
Todos os jogadores devem obede-
cer às regras e jogar segundo as nor-
mas. Quem faz uma falta ou reclama
injustamente durante o jogo recebe
cartão amarelo. Se a infração for mais
pesada, o jogador recebe cartão ver-
melho e é expulso de campo. Por isso,
todos os jogadores precisam conhecer
todas as regras, para que a equipe
vença. Uma falha pode afetar o resul-
tado final.
As regras para os cristãos estão na
Bíblia, a infalível Palavra de Deus.
Portanto, é de extrema importância ler
e estudar o que ela diz. Mas igual-
mente importante é obedecer e cum-
prir o que ela ordena. Essa obediência
deve ser exata, sem desvios. Quantos
prejuízos já houve porque os crentes
se afastaram dos parâmetros bíblicos!
Muitos “capitães” de equipe, que não
se atêm às declarações bíblicas ou que
arrancam textos de seu contexto,
transformaram seus liderados em sei-
tas e infiltraram heresias na igreja.
Membros de igrejas também são
advertidos ou disciplinados quando
suas vidas não estão de acordo com a
Palavra de Deus, quando conhecem as
regras mas vivem como se não as co-
nhecessem ou estão em franca rebelião
contra elas. Mas graças a Deus pelo
Seu perdão! Seu amor sempre permite
um novo começo, de acordo com Sua
Palavra! Na Carta aos Colossenses so-
mos exortados: “Ninguém se faça ár-
bitro contra vós outros, pretextando
humildade e culto dos anjos, basean-
do-se em visões, enfatuado, sem moti-
vo algum, na sua mente carnal, e não
retendo a cabeça, da qual todo o cor-
po, suprido e bem vinculado por suas
juntas e ligamentos, cresce o cresci-
mento que procede de Deus” (Cl 2.18-
19). Também está escrito em 2 Timóteo
3.16: “Toda a Escritura é inspirada
por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção, para a
educação na justiça”.
O treinamento diário
O treinamento também é vital. Ca-
da jogador é convocado a compare-
cer regularmente aos treinos e não de-
ve ficar preguiçosamente em casa ou
seguindo outros compromissos. Quem
quer entrar no jogo precisa treinar, e
quem treina mantém seu condiciona-
mento, sendo útil ao time.
Aplicando esse aspecto à Igreja de
Jesus, deveríamos estar presentes em
todos os cultos e reuniões de oração e
de estudo bíblico. Nesse “treinamento
em equipe”, aprendendo da Palavra
de Deus, somos levados a nos centrar
em Jesus e nos mantemos espiritual-
mente sadios. O “treinamento” cristão
nos fortifica, desperta dons e capaci-
dades, corrige erros e previne fraque-
zas. Durante o treinamento, muitas ve-
zes percebemos qual a melhor posição
para cada um dentro da equipe, que
lugar devemos ocupar e que incum-
bências cabem a cada um. Nosso trei-
nador é o Espírito Santo, que inspirou
a Palavra de Deus, que nos esclarece
seu conteúdo e nos conduz ao alvo.
Outro aspecto de nosso treinamento
diz respeito ao Arrebatamento, que
está próximo e é chamado de Dia de
Jesus Cristo. Em relação a esse dia so-
mos exortados pela Palavra: “Consi-
deremo-nos também uns aos outros,
para nos estimular ao amor e às
boas obras. Não deixemos de con-
gregar-nos, como é costume de al-
guns; antes, façamos admoestações e
tanto mais quanto vedes que o Dia se
aproxima” (Hb 10.24-25).
A união
União e espírito de equipe são
muito importantes para um time. Mui-
tos jogos já foram perdidos porque os
jogadores não estavam dispostos a
ajudar uns aos outros e o time não era
coeso. Em muitos campeonatos já vi-
mos que as equipes mais unidas foram
mais longe. Quando um ajuda ao ou-
tro, quando um corrige os erros do ou-
tro e se empenha pessoalmente pela
equipe, as chances de vitória são
18 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006
Do Nosso Campo Visual
É importante analisar o inimigo, mas
não demais. Preocupar-se
demasiadamente com o adversário
pode nos encher de medo e facilitar
nossa própria derrota.
maiores e aumentam as possibilidades
de subir de colocação na tabela. Mas
o egoísmo é um dos maiores empeci-
lhos para alcançar um alvo comum. O
pior é quando alguém se acha o máxi-
mo e quer ser a superestrela, que bri-
lha mais que os outros, quer fazer tu-
do sozinho, não passa a bola para os
companheiros e pensa que ninguém
pode fazer gols como ele. Onde cada
um joga para si, as chances de vitória
vão se perdendo. E quando há discus-
sões e diferenças dentro do time, a
força vai se acabando, falta concen-
tração para o jogo e os gols contra
começam a acontecer.
Os crentes são conclamados a bus-
car a união com seus irmãos em Cris-
to: “esforçando-vos diligentemente
por preservar a unidade do Espírito
no vínculo da paz” (Ef 4.3). Junto com
essa convocação à unidade a Bíblia
também dá a receita de como ela deve
ocorrer na prática: “Completai a mi-
nha alegria, de modo que penseis a
mesma coisa, tenhais o mesmo amor,
sejais unidos de alma, tendo o mes-
mo sentimento. Nada façais por par-
tidarismo ou vanglória, mas por hu-
mildade, considerando cada um os
outros superiores a si mesmo” (Fp
2.2-3).
Evitando as faltas
Faltas são feias, desagradáveis e,
muitas vezes, traiçoeiras, atrapalhan-
do o fluxo do jogo. Muitos jogadores
já foram expulsos de campo porque fi-
zeram outro jogador sair do jogo car-
regado em uma maca. Depois de uma
falta muitos jogadores ficam perturba-
dos e não conseguem se concentrar.
Perde-se tempo, os prejuízos podem
ser grandes e todo o time acaba so-
frendo.
Na Igreja de Jesus, infelizmente,
também se cometem “faltas”. Falar pe-
las costas e acusar injustamente são
exemplos de faltas graves. Muitas ve-
zes a inveja também entra no jogo.
Mas o correto seria uma disposição
sincera de ajudar os outros. Nenhum
cristão renascido deveria faltar para
com seu irmão ou irmã em Cristo, mas
praticar o que diz Gálatas 6.2: “Levai
as cargas uns dos outros e, assim,
cumprireis a lei de Cristo”. Um cristão
deveria viver como ensina a Carta aos
Efésios: “assim como nos escolheu,
nele, antes da fundação do mundo,
para sermos santos e irrepreensíveis
perante ele; e em amor... e andai em
amor, como também Cristo nos amou
e se entregou a si mesmo por nós, co-
mo oferta e sacrifício a Deus, em aro-
ma suave” (Ef 1.4; 5.2).
A torcida
Claro, existe ainda a torcida!
Aquele povo todo que, nas arquiban-
cadas, sabe dar palpites e criticar o
que é feito em campo. “Mas como!
Assim não dá! Por que não faz assim
ou assado?” E se esses palpiteiros esti-
vessem em campo? Como se compor-
tariam? Certamente a maioria iria fa-
lhar vergonhosamente como jogador
de futebol.
Nas igrejas cristãs, nas obras mis-
sionárias e nas organizações evangéli-
cas costuma acontecer o mesmo. Como
a vida dos pastores, missionários,
obreiros, anciãos e diáconos é dificul-
tada por aqueles membros que gostam
de dar sugestões ou que pensam co-
nhecer a melhor maneira de fazer o
trabalho! Os líderes são obrigados a
ouvir críticas, sugestões e palpites, suas
decisões são questionadas, suas prega-
ções nunca estão boas, seu relaciona-
mento com os membros não é satisfa-
tório. Curioso é que os ataques geral-
mente vêm daqueles que não ajudam,
não põem a mão no arado. Muitos
evangelistas abençoados, que têm ape-
nas o desejo de pregar o claro Evan-
gelho de Cristo, de levar muitas almas
a Jesus, de propagar o amor de Deus,
são freqüentemente criticados de forma
extrema, como se nada de bom hou-
vesse em sua pessoa e em seu ministé-
rio. O que eles pregam está errado,
seus colaboradores não são os certos,
seus métodos não agradam e tudo o
que fazem não é correto. As missões
que trabalham como o público gosta
não ouvem muitas críticas, mas ai de-
las se não corresponderem às idéias
pré-concebidas de seus ouvintes ou lei-
tores! Uma enxurrada de e-mails, car-
tas e telefonemas desaba sobre elas!
De repente, tudo o que fizeram de bom
passa a ser desconsiderado, as ofensas
são generalizadas, e o desânimo se
abate sobre os obreiros. Se reprova-
ções e críticas tão duras acontecessem
por erros graves, pela transgressão de
normas claramente bíblicas, a indigna-
ção seria justificada, mas geralmente a
insatisfação diz respeito a ninharias e
coisas secundárias ou a simples dife-
renças de opinião. Para aqueles que
sempre pensam saber tudo, a Palavra
diz: “Quem és tu que julgas o servo
alheio? Para o seu próprio senhor es-
tá em pé ou cai; mas estará em pé,
19Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006
Do Nosso Campo Visual
Na Igreja de Jesus, infelizmente,
também se cometem “faltas”. Falar
pelas costas e acusar injustamente são
exemplos de faltas graves.
porque o seu Senhor é poderoso para
o suster” (Rm 14.4).
O retorno
A seleção vencedora é entusiastica-
mente recebida por toda a nação quan-
do volta para casa. Os repórteres lotam
o aeroporto e entrevistam os membros
da equipe. Muitas vezes o próprio presi-
dente faz um discurso. O povo delira!
Durante alguns dias a mídia exalta e
enaltece a seleção vitoriosa.
Mas toda essa glória não é nada
se comparada à glória de Jesus Cristo
quando Ele voltar em triunfo para re-
ceber Seu povo. O mundo todo ficará
em suspenso, e os que O esperam
romperão em júbilo “quando vier pa-
ra ser glorificado nos seus santos e
ser admirado em todos os que cre-
ram, naquele dia (porquanto foi crido
entre vós o nosso testemunho)” (2 Ts
1.10). “Nisso exultais, embora, no
presente, por breve tempo, se neces-
sário, sejais contristados por várias
provações” (1 Pe 1.6).
Não esqueçamos que somente uma
seleção pode ser a campeã do mundo!
Mas o verdadeiro Vencedor é e conti-
nuará sendo apenas Jesus Cristo!
(Norbert Lieth)
20 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006
Resposta: Ficamos contentes
em saber que a resposta não vai
abalar sua certeza de salvação.
Realmente, sempre devemos avaliar
se nossas perguntas e dúvidas – es-
pecialmente quando as analisamos
com outras pessoas – têm qualquer
relação com a salvação. Isso evitaria
muitas discussões acaloradas e de-
sentendimentos. É preciso defender
com intransigência o que é essen-
cial para a salvação. Por outro lado,
as questões secundárias devem ser
tratadas com mais brandura.
Sua pergunta refere-se a Mateus
24.30. Nesse capítulo, Jesus descre-
ve inicialmente os sinais que caracte-
rizarão os tempos finais: engano,
guerras e rumores de guerras, falsos
profetas e falsos cristos (vv. 4-14).
Tudo isso conduzirá à Grande Tri-
bulação (vv. 15-28) e “então, apare-
cerá no céu o sinal do Filho do Ho-
mem” (v. 30). Esse sinal será Sua
glória indescritível, que resplandece-
rá no céu escuro. Ela corresponde à
shekinah (a nuvem da presença do
Senhor) no Antigo Testamento.
A glória de Jesus que aparecerá
no céu levará Israel a reconhecer
quem Ele realmente é: “...e todas as
tribos da terra (de Israel) se lamenta-
rão, e verão o Filho do homem, vindo
sobre as nuvens do céu, com poder e
grande glória” (v. 30, Bíblia de Estu-
do Profética). (Elsbeth Vetsch, Nor-
bert Lieth)
Pergunta: “Quando Jesus voltar, qual
será o Seu “sinal”? Meu filho acha que
Ele mesmo, o próprio Senhor Jesus, se-
rá esse sinal. Eu penso que se trata da
Sua cruz. Qualquer que seja a resposta,
ela não mudará em nada minha certeza
de salvação. Apenas desejo conhecer
sua opinião”.
O que é o “sinal” do
Senhor Jesus?
União e espírito de equipe são muito
importantes para um time. Os crentes
são conclamados a buscar a união com
seus irmãos em Cristo.
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  • 4. 4 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006 Nos primeiros dias de junho participei da Conferência de Aconselhamento Bíblico realizada pela Organização Palavra da Vida em Atibaia (SP). Além da animada e abençoada comunhão com nosso genro Cláudio e nossa filha Beate e com os numerosos congressistas vindos de todo o país, me alegrei imensamente com a orientação claramente bíblica das palestras dos preletores americanos. Eles não se cansaram de reafirmar a plena suficiência da Palavra de Deus no aconselhamento espiritual. E se o aconselhamento é bíblico, então de forma alguma pode haver uma mistura entre a Bíblia e a psicoterapia. Há muitos anos também cheguei a pensar que deveria me informar mais sobre as modernas técnicas de aconselhamento e comprei alguns livros, aliás difíceis de entender. Com o passar do tempo continuei a me defrontar com o assunto. Realmente, as vozes em favor da psicoterapia foram se tornando cada vez mais fortes. E no meio de todas essas manifestações de apoio à psicoterapia, alguns cristãos destemidos tiveram a coragem de nadar contra a correnteza e levantaram suas vozes para proclamar que a Palavra de Deus é suficiente para nossa cura espiritual. Será que foi preciso que chegasse um homem como Sigmund Freud (1856-1939), desenvolvendo sua psicanálise, para finalmente livrar as pessoas de seus “problemas interiores”? Infelizmente o inimigo de Deus conseguiu desviar muitos pastores, muitas igrejas e muitos crentes para a trilha errada! Mesmo com toda a ajuda psicológica disponível, jamais houve tantos enfermos emocionalmente como nos dias de hoje, enfermos que a psicoterapia não tem conseguido ajudar. Isso realmente é compreensível, pois “existem mais de 450 diferentes sistemas de psicoterapia (freqüentemente contraditórios e completamente bizarros), e milhares de métodos e técnicas”.* Há algum tempo decidi seguir unicamente o que diz a conhecida passagem de 2 Timóteo 3.16-17: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”. Quando alguém quer dirigir um carro, precisa freqüentar uma auto-escola. Quando alguém deseja servir ao Senhor, inclusive através do aconselhamento bíblico, deve usar a inspirada Palavra de Deus! O apóstolo Pedro também salienta que todo o aconselhamento espiritual deve vir do Senhor, através de Sua Palavra, para que não seja o conselheiro a receber a honra mas o próprio Senhor. “Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas. Se alguém fala, faça-o como quem transmite a Palavra de Deus. Se alguém serve, faça-o com a força que Deus provê, de forma que em todas as coisas Deus seja glorificado...” (1 Pe 4.10-11, NVI). Uma mulher nos perguntou recentemente: “Qual a razão pela qual existimos?” Existimos para ter comunhão com o Criador! A existência de Enoque foi um exemplo disso: “Andou Enoque com Deus...” (Gn 5.24). E vemos Deus falando a Abraão, um senhor já idoso de 99 anos: “Anda na minha presença e sê perfeito” (Gn 17.1). Por andar com Deus, Abraão foi chamado de “amigo de Deus” (2 Cr 20.7; Is 41.8; Tg 2.23). O Senhor quer que também nós sejamos amigos Seus: “Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando” (Jo 15.14). Portanto, o alvo de todo e qualquer aconselhamento bíblico deve ser um só: conduzir as pessoas a Deus, levá-las a reatarem ou estreitarem seu relacionamento com o Senhor através de Jesus Cristo. Para isso, a Bíblia, com seus 66 livros, é o livro-texto mais especializado e plenamente suficiente! Sabendo da importância de conhecer a fundo a Palavra do Senhor e de aplicá-la na nossa vida e nas vidas daqueles que procuram ajuda para seus problemas existenciais, a Chamada da Meia- Noite mais uma vez realiza seu Congresso anual sobre a Palavra Profética. Esperamos reencontrar muitos dos irmãos em Poços de Caldas! Unidos no Senhor Jesus, saúdo cordialmente *Extraído do livro Aconselhamento – Integrando a Psicoterapia e a Bíblia?, de Martin & Deidre Bobgan e T.A. McMahon. Pedidos: 0300 789.5152 www.Chamada.com.br Dieter Steiger
  • 5. 5Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006 No livro do Apocalipse encon- tramos as cartas de Jesus às sete igrejas (Ap 2-3), que iluminam pro- feticamente os tempos em que vive- mos. Na minha opinião, a carta di- rigida à igreja de Laodicéia fala da última porta a caminho do Arreba- tamento. As cartas às primeiras três igrejas tratam da apostasia, do afastamento de Deus e de Sua Palavra. Éfeso perdeu o primeiro amor (caracterís- tica marcante do tempo pós-apostó- lico). Em Esmirna (que representa a igreja perseguida pelo Império Ro- mano), falsos judeus estavam ope- rando. A igreja de Pérgamo tornou- se estatal (simbolizando a igreja cle- rical atrelada ao poder político). Nesse tempo muitas verdades bíbli- cas se perderam, por exemplo, a es- pera pela volta de Jesus, a doutrina do Arrebatamento, as promessas a Israel e outras realidades escatológi- cas. Esse período vai de 100 a 800 d.C. O fundo do poço foi alcançado pela quarta igreja, de Tiatira (800 a 1517 d.C. – a escuridão da Idade Média, ou seja, o predomínio do catolicismo). Nas duas igrejas seguintes houve um retorno à Palavra de Deus. Sar- des descreve o tempo da Reforma e Filadélfia representa a época dos grandes avivamentos e da fundação de muitas agências missionárias. O resultado desse retorno à Bíblia veio acompanhado do resgate de doutrinas bíblicas relevantes como o Arrebatamento e a restauração de Israel. Laodicéia caracteriza a condição da última era da Igreja. Através dela temos uma ilustração do tempo fi- nal da Igreja imediatamente antes do Arrebatamento. Ela é um sím- bolo do estado final da cristandade em geral, voltada exclusivamente para os interesses deste mundo. Pa- ra os cristãos nominais, que preva- lecem na nossa época, o que conta são valores materiais, mesmo que estejamos às portas do Arrebata- mento. Essa é a Igreja que perdeu a visão de que Jesus pode voltar a qualquer momento. Um ideário mundano e secular infiltrou-se em seu meio. As três fontes da riqueza de Laodicéia Como já vimos no capítulo ante- rior, a riqueza de Laodicéia era sua vida financeira, sua indústria têxtil e a fabricação de colírio. Mas Lao- dicéia não possuía abastecimento de água próprio. Esses quatro ele- mentos de seu cotidiano foram usa- dos por Jesus e simbolicamente transformados em mensagem espi- ritual, apresentando à igreja de Laodicéia sua situação interior. 1. Ouro refinado Em Apocalipse 3.18 o Senhor aconselha os moradores de Laodi-
  • 6. céia que comprem dEle “ouro refi- nado pelo fogo para te enriqueceres”. As pessoas de Laodicéia eram tão orgulhosas de suas especializa- ções que afirmavam poder reconhe- cer o grau de pureza do ouro com um simples olhar. Mas o Senhor te- ve de aconselhá-los a comprar dEle ouro refinado para serem verdadei- ramente ricos. Em Laodicéia ape- nas o ouro absolutamente puro ao passar pelo fogo recebia o selo de qualidade. O mesmo acontecerá diante do Tribunal de Cristo, onde tudo será apurado pelo fogo: “Con- tudo, se alguém edifica sobre o funda- mento que é ouro, prata, pedras precio- sas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará” (1 Co 3.12-13). O Senhor diz a essa igreja ex- traordinariamente rica, cuja moeda corrente era o ouro, que ela era “pobre” (Ap 3.17) e miserável. Que contraste marcante! Ouro puro é uma imagem do céu e da glória de Deus. Essa glória divina não se refletia na vi- da da igreja de Laodicéia. Nela havia ouro falso, ouro com baixo grau de pureza. Pedro escreve em relação à autenticidade da fé: “para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais pre- ciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em lou- vor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1 Pe 1.7). Apenas a verdadeira fé subsistirá quando provada pelo fogo. Nossa vida reflete a glória de Deus ou a nossa própria glória? Tudo o que não tem valor pere- ne, que não tem valor celestial, não é autêntico e um dia se irá. 2. Vestiduras brancas Porém, não era apenas ouro puro que a igreja de Laodicéia de- via comprar do Senhor. Ele manda que compre também “vestiduras brancas” (Ap 3.18) para se vestir, “a fim de que não seja manifesta a vergonha” de sua nudez. A indústria têxtil da cidade de Laodicéia produ- zia principal- mente tecidos brilhantes tingi- dos de preto. Em gritante contras- te com a cor es- cura dos tecidos, o Senhor manda que comprem dEle vestiduras brancas. Entre- tanto, as vestes brancas da justi- ça em Cristo não podem ser com- pradas, somente aceitas como presente da gra- ça de Deus, ou seja, pela fé na mor- te e ressurreição de Jesus Cristo. Conseguir as vestes brancas com obras próprias está fora de cogita- ção. Essas vestiduras aqui descritas, que podem ser compradas e enri- quecem, são “os atos de justiça dos santos”, que brotam da fé em Jesus Cristo (Ap 19.8). É por essa razão que Jesus continua dizendo aos lao- dicenses: “a fim de que não seja ma- nifesta a vergonha da tua nudez”. O que significa isso? Afinal, Jesus está falando a Sua Igreja. Onde e quan- do será manifesta nossa nudez? On- de tudo dentro da Igreja será reve- lado um dia? Diante do Tribunal de Cristo! Ali “manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a de- monstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se per- manecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá ga- lardão; se a obra de alguém se quei- mar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo” (1 Co 3.13-15). Um cristão cujas obras “se queimam” perdeu seu galardão e somente “salvará a própria pele”. No dia do “Tribu- nal” tudo será revelado, inclusive a 6 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006 Para os cristãos nominais, que prevalecem na nossa época, o que conta são valores materiais, mesmo que estejamos às portas do Arrebatamento. Em Laodicéia apenas o ouro absolutamente puro ao passar pelo fogo recebia o selo de qualidade. O mesmo acontecerá diante do Tribunal de Cristo, onde tudo será apurado pelo fogo.
  • 7. vergonha de nossa nudez. Por isso, somos alertados: “...nada julgueis antes do tempo, até que venha o Se- nhor, o qual não somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de Deus” (1 Co 4.5). “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba se- gundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2 Co 5.10). Laodicéia é a última igreja men- cionada antes do Arrebatamento ao qual é feita, na minha opinião, uma referência simbólica em Apocalipse 4.1. Vejamos: • João é convidado a subir ao céu, representando a Igreja que também será levada ao céu por oca- sião do Arrebatamento. • A João foi mostrado o que iria acontecer “depois destas coisas”, ou seja, depois da Era da Igreja, repre- sentada pelas sete cartas, das quais Laodicéia recebeu a última. São justamente esses fatos que tornam a mensagem de Cristo à igreja de Laodicéia tão importante e tão atual. 3. Colírio Mas não é somen- te ouro e vestiduras brancas que a igreja de Laodicéia deve comprar do Senhor. Ele diz que os cristãos daquela cidade de- vem adquirir também “colírio para ungir os olhos, a fim de que vejam” (Ap 3.18). Eles, que eram pro- dutores de colírio, eram os que mais pre- cisavam dessa medi- cação. A riqueza através do ouro que o Senhor nos dá e as vestiduras brancas para nos cobrir simbolizam eventos ainda por acontecer, diante do Tribunal de Cristo. “...para te enriqueceres” com relação ao futuro e “...para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nu- dez” (Ap 3.18) diante de Cristo. Mas ao falar do colírio, o tempo da ação é o presente. “Aconselho-te que de mim compres... colírio para un- gires os olhos, a fim de que vejas” (Ap 3.18). Hoje, aqui e agora, precisa- mos enxergar a Jesus com nitidez, pois diante do Tribunal de Cris- to será tarde de- mais para abrir- mos os olhos! So- mente o Espírito de Deus, que é a unção (1 Jo 2.20,27), pode nos convencer de nossa pobreza e de nossa nudez espiritual. E ape- nas Ele pode nos mostrar a verda- deira riqueza em Cristo. A igreja de Laodicéia era cega: ela não tinha uma visão espiritual de Jesus e de Sua volta. Podemos diagnosticar a doença dos olhos de Laodicéia? Sim. Os cristãos dessa igreja eram míopes. Como é possí- vel afirmar isso? Dizemos que eles eram míopes porque se ocupavam apenas com o que estava perto, ao seu redor, não enxergando a volta de Jesus, mesmo ela sendo muito importante. O que é miopia espiritual? Miopia espiritual, figuradamente falando, é quando alguém consegue enxergar nitidamente o que está por perto, dentro do seu foco de visão, mas não consegue ver o que está mais longe. Isso é um símbolo apropriado da miopia espiritual, quando não existe a visão da volta de Jesus. Um cristão espiritualmente mío- pe não consegue ver a amplitude da vida espiritual, uma vez que vive apenas para o aqui e agora e não percebe que o Senhor está às portas. O que nos torna cegos para Je- sus, o que rouba de nós a visão das 7Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006 A indústria têxtil da cidade de Laodicéia produzia principalmente tecidos brilhantes tingidos de preto. Em gritante contraste com a cor escura dos tecidos, o Senhor manda que comprem dEle vestiduras brancas. Ao falar do colírio, o tempo da ação é o presente. “Aconselho-te que de mim compres... colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas” (Ap 3.18). Hoje, aqui e agora, precisamos enxergar a Jesus com nitidez, pois diante do Tribunal de Cristo será tarde demais para abrirmos os olhos!
  • 8. coisas espirituais e nos impede de ver a volta do Senhor? Existem al- guns fatores: 1. Quando ficamos flertando com o mundo e deixamos que as coisas terrenas se tornem tão im- portantes para nós que ofuscam nosso olhar, impedindo que enxer- guemos o Reino de Deus, o que, por sua vez, nos tomará a visão de futuro, a expectativa da volta de Cristo e de Seu Tribunal. 2. Quando praticamos o pecado, nossa visão espiritual fica embaça- da, pois o Espírito Santo está en- tristecido. Jeremias fala dessa reali- dade em suas lamentações: “Caiu a coroa da nossa cabeça; ai de nós, por- que pecamos! Por isso, caiu doente o nosso coração; por isso, se escureceram os nossos olhos” (Lm 5.16-17). 3. Quando falta um discipulado prático na nossa vida. Paulo escreve que devemos empenhar toda a nos- sa diligência para crescer no conhe- cimento, na fé e na virtude, no do- mínio próprio, na perseverança, na piedade, na fraternidade e no amor. Então ele conclui: “Pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto, esque- cido da purificação dos seus pecados de outrora” (2 Pe 1.9). 4. Quando não vemos mais o próximo e não amamos mais aos ou- tros. O problema da igreja de Laodi- céia era ver somente a si mesma: “- pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma” (Ap 3.17). Em 1 João 2.9 e 11 está escrito: “Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas”. Em outros idiomas “estar nas tre- vas” é traduzido como “ter seus olhos ofuscados pela escuridão”. Esses quatro pontos deixam ex- plícito que a igreja de Laodicéia possuía uma escala de valores falsa e enganosa. A volta do Senhor está às portas O Senhor repreendeu a igreja de Laodicéia, pois era urgente que ela se arrependesse: “Eu repreendo e dis- ciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te” (Ap 3.19). É o amor do Senhor que nos re- preende e é Sua preocupação com nossa saúde espiritual e com nosso futuro que O leva a nos disciplinar. A possibilidade de arrependimento que Ele nos concede, a chance de estabe- lecer um relacionamento completa- mente novo e profundo com Ele des- cortina uma maravi- lhosa perspectiva diante de nossos olhos. É sobre essa perspectiva que Ele fala logo em seguida: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Ao vence- dor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono” (Ap 3.20-21). Deus não quer que nenhum dos Seus filhos caia na ruína. Ele deseja que todos sejam vencedores e se as- sentem com Seu Filho no Seu tro- no. No passado, quem era especial- mente honrado pelo rei recebia a permissão de sentar com ele no seu trono. “Eis que estou à porta...”, ou “fora da porta” é uma declaração de Jesus que costuma ser usada evangelistica- mente, ilustrando que Ele está fora da vida da pessoa, que está batendo em seu coração e quer entrar nele. Na verdade, porém, essas palavras foram ditas a uma igreja, a crentes. Observando o contexto, percebemos que elas se referem em primeiro lu- gar à volta de Cristo. Não deixa de ser um sinal característico da nossa época que essa afirmação de Jesus não esteja sendo interpretada con- forme ao que Ele realmente se refe- riu: Sua volta iminente. • A primeira porta para o Arre- batamento é a porta do nosso co- ração. Devemos abri-la e convidar o Senhor Jesus para entrar em nos- sa vida. Quem tiver feito isso per- tence à Sua Igreja e participará do Arrebatamento. A condição básica para ser arrebatado consiste da con- versão a Jesus Cristo: “Pois, se cre- mos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dor- mem” (1 Ts 4.14). “...depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos ar- rebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (v.17). “...transformados seremos todos” (ve- ja 1 Co 15.51-52). • A segunda porta para o Arreba- tamento consiste em nos deixarmos preparar para esse acontecimento grandioso, permitindo que Jesus ocupe o centro de nossa vida, de modo que Ele possa dirigir cada de- talhe de nossa existência. 8 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006 Um cristão espiritualmente míope não consegue ver a amplitude da vida espiritual, uma vez que vive apenas para o aqui e agora e não percebe que o Senhor está às portas.
  • 9. Para a última geração de mem- bros da Igreja, a vinda do Senhor está às portas. Ele bate e diz: “Ou- çam! Eu virei em breve!” Quem abre a porta demonstra que está vi- gilante e pronto para a chegada do Senhor, que vive direcionado para o encontro com Ele e que leva a Pala- vra de Deus a sério. Quando alguém vem bater à nossa porta, isso signifi- ca que está bem perto e quer entrar em nosso lar. Analisando esse bater do Noi- vo Celestial à nossa porta, tanto do nosso coração como da Igreja- Noiva, somos lembrados da passa- gem de Cantares: “Eu dormia, mas o meu coração velava; eis a voz do meu amado, que está batendo: Abre- me, minha irmã, querida minha, pomba minha, imaculada minha...” (Ct 5.2). Resumindo, Jesus manda que compremos dEle: – “ouro refinado pelo fogo...”, pa- ra o futuro diante do Tribunal de Cristo. – “...vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifes- ta a vergonha da tua nudez”. Tam- bém com relação ao Tribunal de Cristo, quando teremos as vestes de justiça, que são as obras que fize- mos “em Cristo”. – “...e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas”. Isso significa abrir os olhos para vermos o futuro em Sua glória. É por isso que a Bí- blia diz: “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fa- zeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebro- so...” (2 Pe 1.19). A volta do Senhor está às portas, e com ela as Bodas do Cordeiro e nossa entrada na eternidade: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ou- vir a minha voz e abrir a porta, entra- rei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo” (Ap 3.20). Essa comunhão, esse encontro com o Senhor, vai proporcionar-nos o privilégio de sentar em Seu trono (v.21), tendo eterna comunhão com Ele e rece- bendo as recompensas que nos ca- bem depois de julgados sem termos sido envergonhados diante de Seu Tribunal. A porta aberta no céu Extremamente esclarecedor acerca do que nos espera é que lo- go depois da mensagem à igreja de Laodicéia – “eis que estou à porta e bato” – encontramos a exortação de ouvir o que o Espírito diz às igrejas: “Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer de- pois destas coisas” (Ap 4.1). João representa a Igreja, que será arre- batada na época de “Laodicéia” e do ressoar da última trombeta. Nesse momento ele passa para o céu e vê “o que deve acontecer de- pois destas coisas”. João vê a sala do trono e o livro selado com se- te selos – os juízos que estão se aproximando (Ap 4.2-6.17). Altamente interessante e muito sério é o fato de Tiago igualmente denunciar a riqueza dos últimos dias e depois afirmar (quase com as mesmas pa- lavras que o Senhor diri- giu à igreja de Laodicéia através de João): “o vosso ouro e a vossa prata foram gastos de ferrugens, e a sua ferru- gem há de ser testemunho contra vós mesmos e há de devorar, como fogo, as vossas carnes. Tesouros acumulastes nos últimos dias... Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não ser- des julgados. Eis que o juiz está às portas” (Tg 5.3,9). Em Seu Sermão Profético no Monte das Oliveiras, o Senhor Je- sus declarou acerca de Sua volta: “Aprendei, pois, a parábola da figuei- ra: quando já os seus ramos se reno- vam e as folhas brotam, sabeis que es- tá próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas” (Mt 24.32-33). A volta de Jesus para o Arrebata- mento de Sua Igreja é iminente. Es- se é o conteúdo da mensagem a Laodicéia: “Eis que estou à porta...” Estejamos preparados! Dediquemos nossa vida ao Senhor, esperando diariamente por Ele, pois Ele certa- mente virá e virá sem demora! Abramos a porta, dando-Lhe sinal de que estamos ouvindo Sua voz e dispostos e preparados para entrar no céu para celebrar as Bodas do Cordeiro. “Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são cha- mados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras palavras de Deus” (Ap 19.9). “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 3.22)! 9Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006 Esta mensagem foi extraída do novo livro A Última Porta a Caminho do Arrebatamento Faça agora mesmo sua encomenda e divulgue-o em sua igreja. Ajude a reacender entre seus irmãos a bendita esperança da volta de Jesus para o arrebatamento da Sua Noiva! Pedidos: 0300 789.5152 www.Chamada.com.br
  • 10. 10 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006 Ao examinar mais cuidadosamente as publicações do Mo- vimento Ecumênico – e os textos de igrejas e denominações acerca do assunto – chama a atenção que sua temática envolve basica- mente questões terrenas e o futuro da humanidade neste mundo. O que esse movimento busca é a proteção da natureza e a justiça para todos. Seu sonho é ver as pessoas vivendo juntas em harmonia, estabelecendo a união entre o cristianismo e as demais religiões. Todas essas visões e tendências fazem crer que o futu- ro deste mundo depende da capacidade humana, de políticas inteligentes e de diálogos estratégicos. Neste momento, cabe a pergun- ta: será que o homem tem, de fato, a competência última de planejar e moldar o futuro deste mundo con- forme sua imaginação e seus planos? E que papel desempenha Jesus Cris- to nesses planos? Ao menos da parte das igrejas evangélicas independen- tes deveríamos esperar uma resposta a essa pergunta e uma posição clara sobre o desenvolvimento do mundo e o futuro da humanidade de acor- do com o que a Bíblia diz. Em Apocalipse 5.1-7 encontra- mos o comovente testemunho sobre Aquele que tem a real competência de desvendar e fazer acontecer o fu- turo: “Vi, na mão direita daquele que estava sentado no trono, um livro es- crito por dentro e por fora, de todo se- lado com sete selos. Vi, também, um anjo forte, que proclamava em grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos? Ora, nem no céu, nem sobre a terra, nem debaixo da terra, ninguém podia abrir o livro, nem mesmo olhar para ele; e eu chora- va muito, porque ninguém foi achado digno de abrir o livro, nem mesmo de olhar para ele. Todavia, um dos an- ciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Da- vi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos”. O que é aguardado no céu e na terra? No céu se espera pelo cumpri- mento do Plano de Salvação, pela revelação final da vitória sobre a morte, o inferno e o pecado, e pela chegada dos salvos. Na terra também se aguarda. O quê? Espera-se a realização dos so- nhos da humanidade: a cura de doenças, o fim das guerras e a har- monia na família humana. Sobre o tempo em que vivemos a Bíblia diz realisticamente: “...haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados” (Lc 21.26). Com otimis- mo inquebrantável, o ser humano sempre esperou por tempos melho- res, mas atualmente cresce o núme- ro daqueles que não esperam gran- des mudanças para suas vidas. Mes- mo que o desejo de globalização dos poderosos continue a falar de paz, justiça e proteção da natureza, indi- vidualmente os homens começam a questionar qual será seu futuro. Muitos ainda crêem que o futu- ro pertence aos de mente aberta, aos modernos e tolerantes, à tecno- logia e à ciência, à paz e à união de todos.
  • 11. Os esotéricos esperam que, pela entrada na era de Aquário, a salva- ção do homem pelo homem se aproxime cada vez mais. Será que nosso futuro será marcado por mais humanidade e um mundo melhor, segundo sua expectativa? Os carismáticos aguardam para logo o derramamento do Espírito Santo sobre toda a cristandade. Eles se baseiam em Joel 2.28, des- considerando que essa passagem es- tá relacionada ao restante do capí- tulo 2, que evidentemente refere-se ao povo de Israel. A incumbência da Igreja de Jesus No céu se espera – e na terra também se aguarda. Para nós, sal- vos por Jesus e que somos a Igreja do Senhor, há somente uma única tarefa a realizar: harmonizar as es- peranças celestiais com as nossas esperanças terrenas. Não podemos oferecer aos homens promessas de futuro que não tenham qualquer fundamento bíblico. Precisamos, sim, ter uma respos- ta final e conclusiva acerca do futu- ro. E uma das tarefas das igrejas lo- cais deve ser justamente esta: forne- cer respostas às questões acerca do que está por vir. Não podemos dei- xar dúvidas nos corações e nas mentes dos ouvintes de que somos pessoas cujas ex- pectativas de futuro são es- peranças celestiais. E estas são encontradas na Bíblia e não em pesquisas de opi- nião ou em levantamentos estatísticos, e muito menos em avaliações de tendências mercadológicas. Por isso, o texto de Apo- calipse 5 que citamos pode nos dar, de forma clara, uma resposta em relação ao futuro. O que temos de aguardar, o que todas as pessoas devem esperar do futuro, não são apenas eventos, mas uma Pessoa que está por vir. Da pessoa de Jesus Cristo, o Vindouro, pouco se fala no Movi- mento Ecumênico. Ele recebe pou- quíssimo espaço, mesmo sendo Aquele que não apenas interfere no curso dos acontecimentos, mas que é o supremo Soberano, que rege tu- do e sobre todos até alcançar Seu alvo final. Todas as mentiras acerca de Deus se calam diante dessa passa- gem bíblica. Mesmo assim, dizem que Ele – está ausente – é impotente – está morto – é a projeção de desejos humanos – é o mesmo em todas as reli- giões. O céu está em compasso de es- pera e anseia por ver desmascaradas todas as mentiras que foram ditas sobre Deus. A criação geme e su- porta angústias esperando sua re- denção (veja Rm 8.22). O Noivo celestial espera finalmente conduzir Sua Noiva para casa. O maligno e todos os poderes das trevas esperam com temor e tremor o final de seu domínio. O Pai nos céus espera por receber Seus filhos. O mundo angelical an- seia por finalmente ver a revelação do mistério da Igreja. O arcanjo Miguel espera para interferir em fa- vor de Israel na batalha final. E aí vemos a humanidade, arro- gante, aguardando sempre por tem- pos melhores, por felicidade, di- nheiro, amor e poder. Vemos os po- líticos esperando por circunstâncias paradisíacas quando a globalização estiver consolidada. Vemos os cien- tistas esperando pelos resultados de novas pesquisas que solucionarão os problemas da fome, da água e da energia. Vemos milhões de pacien- tes esperando por novos medica- mentos. E vemos os teólogos espe- rando pela unificação de todas as igrejas e religiões, para que final- mente haja paz no mundo. “Querido mundo”, gostaríamos de dizer, “fique sabendo que no céu também se espera”. No céu se conhecem coisas que não são conhecidas aqui na terra O ser humano não tem autorida- de para fazer afirmações consisten- tes sobre o futuro, e mesmo com o poder do seu conhecimento e da tecnologia que tem à disposição, não pode garantir o que trará o dia de amanhã. Mesmo que tivesse todo o co- nhecimento e toda a experiência, seus prognósticos em relação ao fu- turo seriam sempre provisórios. Se- ja o clima, as catástrofes naturais, como terremotos e maremotos, o crescimento demográfico, reservas energéticas ou fronteiras políticas: tudo o que alguém disser a respeito será sempre provisório e de curto prazo. No céu é diferente. A questão da autoridade sobre o desenrolar dos fatos futuros não depende do poder Na terra espera-se a realização dos sonhos da humanidade: a cura de doenças, o fim das guerras e a harmonia na família humana. 11Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006
  • 12. da mente ou da inteligência. No contexto divino e celestial, a grande pergunta que se impõe em relação ao futuro não é “Quem é capaz?” mas “Quem é digno?”: “Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?” (Ap 5.2). Esse livro selado é o livro do futuro, a única fonte que tem autoridade para predizer alguma coisa em relação ao mundo e ao sagrado plano de Deus. No céu, depois de ecoar a per- gunta “Quem é digno...”, houve pri- meiramente um significativo silên- cio. Isso demonstra que a questão do futuro da terra não está nas mãos de quaisquer revolucionários que se propõem a mudar o mundo. Se o céu se cala por alguns momentos quando é levantada essa questão, é porque o homem não tem respostas a oferecer. Propostas e sugestões pa- ra um mundo melhor existem em abundância. A maior parte parece lógica e pertinente: acabar com a fo- me no mundo, com a pobreza e a doença, criar a paz e restabelecer a justiça entre os homens. Todo político que se preze e ca- da partido que pretende ser sério desenvolve e dispõe de programas para nosso futuro, seja ele próximo ou distante. E todos eles parecem bastante lógicos e realizáveis. De certa forma, todos nós temos res- ponsabilidade diante de muitos as- pectos da vida aqui na terra. Os es- forços humanos por um futuro me- lhor, mais justo e mais seguro têm sua razão de ser. Mas jamais houve uma discre- pância tão grande como a que ve- mos hoje entre o planejamento do futuro e a maneira como esse pro- cesso está sendo conduzido. Por quê? Porque apesar de toda a capa- cidade humana, ninguém é digno. A questão não é poder, é autorida- de verdadeira. Está fora de qualquer cogitação a idéia de que nós, como filhos de Deus, possamos fechar nossos olhos para a fome, a miséria e a doença que vemos ao nosso redor. Mas não devemos nos entregar à ilusão de que a solução definitiva dos proble- mas esteja em mãos humanas e que o homem tenha a resposta para as questões relativas ao futuro. Mas qual é, então, a resposta fi- nal em relação ao futuro, tanto da terra como da humanidade que ha- bita nela? A concepção de que o mundo se tornaria mais e mais pací- fico se todas as religiões se tornas- sem uma só é, na melhor das hipóte- ses, apenas uma teoria sem qualquer base bíblica. Está fora de questão que Jesus Cristo, por Seu poder, irá estabelecer um reino em que haverá condições praticamente ideais. Mas esse Reino não terá relação alguma com religiões e com “sermos todos irmãos”. A questão final e definitiva que fica depois de todas as conside- rações tem uma única resposta – e é esta questão que interessa! “Qual a posição do homem diante de Deus?” O que os melhores programas econômicos, as mais abrangentes propostas de ajuda ao indivíduo e à humanidade como um todo, pode- riam contribuir no que diz respeito à posição que alguém detém diante de Deus? As visões que João teve do fu- turo, inspiradas pelo próprio Deus, fornecem uma única e definitiva res- posta: somente o próprio Deus tem a solução para os maiores e mais pro- fundos problemas do ser humano. Como o próprio Jesus é o caminho, Ele tem condições de indicar como sair da crise. E Ele sabe que a solu- ção dos problemas não está na mu- dança das condições em que as pes- soas vivem, mas na mudança de sua posição diante de Deus. Essa mu- dança somente podia ser realizada através de um sacrifício: foi o próprio Jesus Cristo que se identificou pes- soalmente com o pecado deste mun- do e com a falência dos planos de to- dos os que querem melhorar o mun- do por seus próprios meios. O único que é digno Jesus Cristo não é apenas compe- tente e tem a autoridade – Ele é dig- no! João chorou quando viu que “nem no céu, nem sobre a terra, nem debaixo da terra, ninguém podia abrir o livro, nem mesmo olhar para ele” (Ap 5.3). Ninguém seria digno? Sim! Digno é “...o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, [que] venceu para abrir o livro e os seus sete selos” (v.5). Nosso tempo entrou em uma fase decisiva. Mais do que nunca, é fun- damental analisar qual o objeto de nossa esperança, que deve ser Cris- to. Será que a pior situação imaginá- vel não é ver homens, mulheres e crianças indo para o inferno, sem uma perspectiva real de futuro? Uma humanidade que se agar- ra às promessas daqueles que apa- rentam saber o rumo é uma hu- manidade enganada. Não são ape- nas os astrólogos e adivinhos que nutrem falsas esperanças. Quantas 12 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006 Vemos milhões de pacientes esperando por novos medicamentos.
  • 13. vezes os prognósticos dos econo- mistas, banqueiros internacionais e operadores da Bolsa de Valores de- veriam ser revistos! Falsas análises produziram multidões de engana- dos, decepcionados e desesperados mundo afora. A dura verdade é que todas as promessas que a política, a economia, a sociedade e as igre- jas ecumênicas nos fazem são pro- messas vazias, destituídas de qual- quer base sólida. A questão do que vem amanhã não se decide sobre a terra, mas no céu. Mais do que nunca deveríamos reconhecer que é Deus quem pre- para um futuro maravilhoso para a humanidade, pois é Ele quem de- termina e executa Seus planos. A perspectiva básica e primordial dos planos de Deus para nós é o conso- lo e não a destruição e a ruína. As atividades destruidoras que danifi- cam o mundo em que vivemos par- tirão daquele homem que virá no lugar de Cristo. Existe consolo real e verdadeiro unicamente para os que deixam seu futuro incondicionalmente nas mãos de Deus. O Ungido do Senhor está no centro da História mundial. Na perspectiva bíblica, no trono e diante do trono de Deus é o local onde se decide o curso do mundo. O afastamento de Deus só pode ter o caos total como resultado. E é justamente isso que diz o livro sela- do (Ap 6). Os sete selos serão: um falso Cristo, guerra, fome, morte, um remanescente de mártires, um grande terremoto e os sete juízos das trombetas. O Cordeiro de Deus e o Leão de Judá Deus reina, e nesta fase Ele en- tregou tudo nas mãos do Filho (Mt 11.27) para que Este sujeitasse to- das as coisas ao domínio de Deus (1 Co 15.24-25). Pela cruz Jesus tornou-se o ver- dadeiro configurador do futuro. Por isso, o Leão de Judá é apresentado a João primeiro como o Cordeiro (veja Ap 5.5-6). Só o Cordeiro é digno de desa- tar os selos do futuro. A cruz de Cristo é, por isso, o ponto alto da História da Salvação, a culminância e o absoluto ponto de virada da História mundial. Essa mesma ra- zão faz dEle o núcleo de nossa exis- tência e da história das nossas vi- das. Na cruz foram colocadas as ba- ses decisivas e absolutas da conclusão perfeita da História. E na cruz você e eu também encontramos o final feliz para nossas vidas e o sentido da nossa história pessoal. Existe um só futuro, e este se cha- ma JESUS CRISTO. Por isso “não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4.12). Salvação e perdição Existe um futuro para você, um futuro em que lhe será dito: Você es- tá salvo!? Mesmo que os passageiros do luxuoso transatlântico Titanic fossem oriundos das mais diversas camadas sociais, desde ricos banqueiros até simples cal- deiristas, a questão final fi- cou reduzida a uma só: quem se perdeu e quem se salvou do naufrágio. O que você espera do fu- turo? Tempos melhores, paz entre os homens, união das igrejas, felicidade e satisfa- ção? Precisamos mais do que isso! Bem no fundo, o que mais ansiamos é uma certe- za real do que nos espera. O que ou quem nos salvará? Será que todos nós, inde- pendentemente da idade ou da ge- ração a que pertencemos, não con- tinuamos olhando para a direção errada? Procuramos por homens poderosos, cercados de uma aura de suficiência e capacidade, aptos a trazer paz e salvação ao mundo? Buscamos por pessoas que tomem o leme nas mãos e conduzam o bar- co da humanidade na direção certa? Talvez esperamos, sem nos dar conta, por aquele que ocupará o lu- gar de Cristo? Existem, de fato, personalidades políticas que aparentam capacidade e eficiência. Alguns atores, canto- res, cientistas, médicos, pesquisa- dores, pedagogos e psicólogos são ídolos de muitos. Mas eles têm a melhor mensagem naquilo que di- zem e escrevem? E, antes de tudo, eles são dignos de falar sobre seu próprio futuro? E sobre o futuro dos outros? O maior engano Um dia virá aquele que será tão simpático e carismático que tornará quase impossível fugir de seu en- canto. Ele entusiasmará a humani- dade com promessas pacifistas e pa- lavras humanas, oferecendo solução para os problemas e uma perspecti- 13Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006 Quantas vezes os prognósticos dos economis- tas, banqueiros internacionais e operadores da Bolsa de Valores deveriam ser revistos! Falsas análises produziram multidões de enganados, decepcionados e desesperados mundo afora.
  • 14. va de um futuro melhor e absoluta- mente viável. Mas ele igualmente não será digno, uma vez que é o fracasso em pessoa. Querido leitor, querida leitora, precisamos nos voltar para Aquele que é digno de concretizar o futuro do mundo e de nossas vidas, e esse é Jesus Cristo. Não existe uma reforma total do mundo através de superexecutivos, pois ela é impossível. Todos os re- formadores do mundo falharam. Muitos que desfrutavam da simpa- tia da sociedade foram uma frustra- ção, normalmente devido à sua ân- sia por poder e domínio. O Movimento Ecumênico tam- bém acabará por falhar porque o Todo-Poderoso tem planos distin- tos dos seus. É lamentável que mui- tos dos líderes de igrejas e denomi- nações cristãs não tenham conheci- mento dos planos de Deus a respeito deste mundo. E o fato de- les próprios trabalharem e contri- buírem para que o palco do Anti- cristo seja montado só pode ser chamado de trágico. Enquanto o ser humano estiver sujeito à lei do pecado, não pode- rá mudar a situação que essa su- jeição ocasiona. Isso acontece por- que os poderes destrutivos não po- dem ser excomungados por pessoas sujeitas a esses mesmos poderes. Uma administração esperta não afugenta as forças destruidoras do mal. Somente através da luta ha- verá vitória. O Homem impotente da cruz será o Consumador do mundo Por quê? Por seguir com deter- minação o plano do Todo-Podero- so. As bases deste mundo balan- çam. Quem quiser estar seguro no futuro, deve, no presente, agarrar- se firmemente em Jesus Cristo. As excitantes notícias mundiais, constantemente novas, não podem e não devem condicionar nosso agir, pensar e julgar. Já é suficiente- mente abalador termos de digerir a avalanche diária de informações que se abatem sobre nós e diante das quais somos absolutamente im- potentes! A consciência nacionalista está se fortalecendo mundialmente. Em contraste, vemos os esforços globa- lizantes de agregar e unificar a tudo e a todos. O Cordeiro de Deus, que abrirá o livro com os sete selos, prediz sé- rios conflitos e tensões. Somem-se a eles a desgraça das heresias, os ca- minhos de salvação pretensamente novos, os novos profetas e a sedu- ção ecumênica da Igreja, e teremos o quadro completo. Não serão as igrejas e organiza- ções religiosas que nos protegerão, pois elas se esfacelarão. Deus não se interessa por igrejismo e poder deno- minacional. As igrejas e denomina- ções parecem ser sempre mais sábias que o mundo na solução dos proble- mas mundiais, mas justamente por is- so falharão, pois se ser- vem e se servirão de programas seculares pa- ra alcançar as pessoas. A Igreja de Jesus não tem a tarefa de melhorar o mundo mas de pregar o Evan- gelho de Jesus Cristo a todos. Nisso reside seu poder e sua força, e nesse propósito há promessa de sucesso. Somente cumprindo esse propósito, estabe- lecido por Deus em Sua Palavra, a Igreja poderá exercer o mi- nistério de amor entre os oprimidos e amea- çados. Não devemos olhar o mundo com pessimismo e sim com realismo. E realisticamente existe hoje uma única mensagem: há futuro para nós, para você e para mim. Você tem fu- turo! Talvez falte apenas uma única coisa para que você possa ter essa certeza: clamar ao Senhor Jesus por salvação! Diga-Lhe que você reco- nhece que é pecador. E admita dian- te dEle que você precisa de perdão! Jesus Cristo é seu futuro, pois apenas Ele está em condições de perdoar sua culpa. Ele é digno de anunciar o futuro e de concretizá-lo junto dEle! Em alguns versículos após o tex- to bíblico que citamos no início está escrito que “...toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e no mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos sé- culos dos séculos” (Ap 5.13). Não confie em lemas ou pro- messas de ídolos e enganadores. Confie somente em Jesus Cristo, que está voltando! Ele salva e só Ele é digno! 14 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006 Não devemos olhar o mundo com pessimismo e sim com realismo. E realisticamente existe hoje uma única mensagem: há futuro para nós, para você e para mim. Talvez falte apenas uma única coisa para que você possa ter essa certeza: clamar ao Senhor Jesus por salvação!
  • 15. 15Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006 Todo o mundo foi envolvido pela febre do futebol. A Copa é o maior acontecimento esportivo da atualidade e monopoliza a atenção geral. Duran- te os jogos as ruas ficaram desertas enquanto os estádios, as salas de TV e os bares estavam cheios de torcedores empolgados. A ansiedade atingiu seu ponto máximo e o orgulho nacional nunca foi tão evidente como nessas se- manas em que a bola rolou nos gra- mados. Muitos pastores talvez tenham fica- do com certa inveja das arquibanca- das lotadas, pensando: “Como seria bom se as igrejas e as reunões cristãs tivessem uma platéia tão numerosa!” E eles têm todos os motivos para desejar um público maior para a pregação do Evangelho. Veja as razões: O campeão Enquanto as nações lutam pela vi- tória que vale por apenas quatro anos, Alguém conquistou a vitória de- finitiva. Jesus Cristo venceu o mundo para sempre, por todos os tempos, por todas as épocas e por toda a eternida- de. O que Ele fez não estava relacio- nado a um simples jogo, pois era uma decisão entre a vida e a morte. Jesus veio ao mundo, morreu na cruz por nossa culpa e reviveu triunfalmente dentre os mortos. Quem faz parte do Seu “time” é participante dessa vitória e pode declarar pela fé: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por inter- médio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 15.57). Por essa razão João es- creveu: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vi- tória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?” (1 Jo 5.4-5). O vencido Nosso Senhor Jesus Cristo mostrou o cartão vermelho para o Diabo e o expulsou do campo. Por Seu precioso sangue, Ele o derrotou para sempre. O Diabo é o perdedor, e o máximo que ele ainda pode fazer é gritar de fora do gramado tentando atrapalhar o jogo. Os cristãos no campo do mun- do não precisam se impressionar com as tentativas de interferência dele. Eles devem jogar até o final da partida e “completar a carreira” (veja 2 Tm 4.7). Todos os crentes podem partici- par da vitória de Jesus sobre o Diabo, que foi derrotado completamente. A Bíblia diz que Jesus, “despojando os principados e as potestades, publica- mente os expôs ao desprezo, triun- fando deles na cruz” (Cl 2.15). A fama Sabemos que a fama dos melhores jogadores de futebol dura pouco. Seus nomes são conhecidos e aclamados por alguns anos e depois caem no es- quecimento. Hoje estão em alta, ama- nhã já estarão no banco de reservas e depois de amanhã serão tirados do ti- me. O que fica são as lembranças de suas glórias passadas. Poucos ainda mencionam seus nomes, porque outros já ocuparam seus lugares e são cele- brados pelos seus gols vibrantes. De- pois da Copa de 1954, a maior parte dos jogadores da seleção alemã mor- reu pelo consumo de álcool ou por doenças. Esses esportistas aparente- mente vitoriosos falharam vergonhosa- mente em suas vidas particulares de- pois de terem ganhado a Copa do Mundo. No Brasil, muitos ex-jogado- res, famosos em sua época, morreram na pobreza e na indigência. Com Je- sus Cristo é diferente: quem faz dEle seu capitão no campo da vida e joga conforme Suas regras receberá a co- roa da vitória: “Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível” (1 Co 9.25). Esses cris- tãos são os vitoriosos batalhadores da fé mencionados no último livro da Bí- blia: “Ao redor do trono, há também vinte e quatro tronos, e assentados neles, vinte e quatro anciãos vestidos de branco, em cujas cabeças estãos coroas de ouro” (Ap 4.4). O verdadeiro Salvador Quando Jürgen Klinsmann foi no- meado técnico da seleção alemã, uma conhecida revista apresentou em sua capa a manchete: “Klinsi, salve-nos!” As semanas seguintes mostraram que ele, mesmo tendo melhorado o desem- penho do seu time, não conseguiu le- O Campeão do Mundo A taça da Fifa.
  • 16. vá-lo à vitória final. Depois dos jogos sempre surgem novos desafios, discus- sões e desavenças. Sempre haverá perdedores e os comentaristas terão do que reclamar. O verdadeiro Salvador age em ou- tro lugar, que é o campo do mundo. Ele traz uma salvação real e duradou- ra a todos os que crêem em Seu Nome e depositam sua confiança nEle. Paulo escreve em Romanos 3.22-24 que a “justiça de Deus” é “mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e care- cem da glória de Deus, sendo justifi- cados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cris- to Jesus”. Jesus liberta o pecador de seu passado vergonhoso e da ligação com o Diabo. Jó tinha consciência desse Salvador poderoso quando ex- clamou: “Porque eu sei que o meu Re- dentor vive e por fim se levantará so- bre a terra” (Jó 19.25). O milagre Na Alemanha, a Copa de 1954 entrou para a história como “o mila- gre de Berna”, porque a seleção ale- mã foi campeã contra todas as expec- tativas. Na época, o que houve foi me- nos um milagre e mais sorte aliada ao empenho, à garra e à motivação dos jogadores. Milagres ver- dadeiros aconte- cem somente atra- vés de Jesus. Ele é o “Maravilhoso” de Isaías 9.6, um Deus que faz pro- dígios e maravi- lhas. Ele tem po- der para restaurar corações partidos, curar feridas emo- cionais e nos con- duzir à vitória. Ele concede perdão e o novo nascimento através do Espírito Santo. Ele ressuscita os mortos e con- duz ao céu. Em seu sermão no dia de Pentecostes, Pedro declarou: “Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele en- tre vós, como vós mesmos sabeis” (At 2.22). Sem impedimento O impedimento tem sido um gran- de problema para alguns jogadores. Quem está impedido ouve o apito do juiz e não pode fazer gol, pois es- tá fora da posição permitida. Ata- cantes em posição de impedimento ficam isolados dos companheiros e sozinhos. Com Jesus é diferente. Ele retira pessoas da posição de impedimento, da solidão e do desalento. Onde exis- tem pessoas isoladas, sozinhas, em posições erradas, lá está Jesus para buscá-las. Jogadores impedidos no jo- go da vida podem experimentar o que está escrito em Jeremias 31.3: “De longe se me deixou ver o Senhor, di- zendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí”. Sem banco de reservas Para um jogador é triste e decep- cionante ter de ficar no banco de re- servas. Ele fica chateado e frustrado por não ser usado no time. Essa frus- tração facilmente se transmite a seus familiares, e todos sofrem com a situa- ção. Pela mídia podemos acompanhar o drama entre ser escalado para fazer parte dos onze felizardos ou ficar es- perando na reserva. Vimos a alegria dos escolhidos e a tristeza dos que fi- caram de fora da seleção. Os reservas sempre anseiam pela chance de jogar. Mas dois jogadores não podem ficar na mesma posição e a goleira não comporta dois goleiros. Com Jesus, ninguém precisa ficar no banco de reservas. Ninguém é ex- cluído. Jesus pode usar a todos. Cada cristão recebeu pelo menos um dom e deveria usá-lo para a edificação do reino de Deus. Qualquer membro da Igreja de Jesus pode ser útil à causa do Senhor e realizar alguma tarefa para ganhar almas. Todo cristão é chamado a cooperar, seja no aconse- lhamento, ensinando crianças, em sua própria família, na proclamação da Palavra de Deus, na diaconia, na hos- pitalidade ou no discipulado. Jesus quer nos usar e trabalhar através de nós: “Fiel é o que vos chama, o qual também o fará” (1 Ts 5.24). Todo gol conta Cada gol não é importante apenas para quem o faz mas para o time in- teiro, pois no final todos são contabili- zados e decidem entre a vitória ou a derrota. Importante é a soma final e a cooperação de todo o time, uma vez que a maioria dos gols é feita quando a equipe aproveita uma chance. Tanto os jogadores do ataque como os da defesa são importantes para que o gol se concretize. Se todos ocuparem seu lugar e se empenharem pelo grupo, será alcançada a vitória final. 16 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006 Do Nosso Campo Visual Nosso Senhor Jesus Cristo mostrou o cartão vermelho para o Diabo e o expulsou do campo.
  • 17. Os dons e os ministérios em uma igreja local são distintos: alguns cris- tãos ficam diretamente diante do pú- blico, pregando e ganhando almas, enquanto outros oram pelo trabalho, o apóiam materialmente ou ajudam nos preparativos para que tudo dê certo. No final, o fruto é de todos os que participaram. O importante é que se produzam muitos frutos espirituais e eternos: “Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos” (Jo 15.8). Aproveitar as chances Os jogadores devem aproveitar to- das as oportunidades, jogar concen- trados e atentos, sempre de olhos bem abertos. Todos eles deveriam render o máximo sem ficar fazendo corpo mole ou desperdiçando o tempo. Desistir e entregar o jogo antes da hora não convém. Tanto o treinador como o pú- blico esperam que o time jogue com dedicação até o apito final. Podemos aplicar muito bem essa realidade à situação da Igreja, pois está escrito: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, de- sembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a car- reira que nos está proposta” (Hb 12.1). E: “remindo o tempo, porque os dias são maus” (Ef 5.16). Sem prorrogação Há equipes que jogam consciente- mente esperando a prorrogação por- que acham que terão melhores chan- ces nesses minutos adicionais depois que o tempo regulamentar tiver termi- nado. Certamente é muito melhor al- cançar a vitória nos noventa minutos, sem ficar esperando por um tempo ex- tra no final. A Bíblia diz que hoje, agora, é o tempo de se converter a Je- sus: “...eis, agora, o tempo sobremo- do oportuno, eis, agora, o dia da sal- vação” (2 Co 6.2). Em relação ao ser- viço cristão, a Palavra de Deus orde- na: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas for- ças...” (Ec 9.10). Robert Moffat afir- mou com acerto: “Teremos toda a eter- nidade para celebrar nossas vitórias, mas apenas um breve momento para alcançá-las”. Em relação à volta iminente de Cristo também não devemos nos com- portar como se houvesse prorrogação. Não deveríamos viver pensando que “meu senhor demora-se” (Mt 24.48). Precisamos contar com Sua volta a qualquer momento, pois “não retarda o Senhor a sua promessa, como al- guns a julgam demorada; pelo con- trário, ele é longânimo para convos- co, não querendo que nenhum pere- ça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pe 3.9). A defesa O que mais gostamos num jogo de futebol é ver nosso time sempre bem perto da goleira adversária. Mas uma boa defesa é imprescindível, especial- mente quando o contra-ataque é rápi- do. Impedir o avanço do adversário em direção à nossa goleira é tão im- portante para ganhar o jogo quanto os chutes contra a goleira dele. Na Igreja de Jesus é semelhante. Não são importantes apenas os cris- tãos de destaque, aqueles que bri- lham, que são conhecidos e reconheci- dos. Todos os cristãos são importantes e necessários, inclusive aqueles que nunca aparecem, que trabalham nos bastidores, fazendo os trabalhos mais simples ou executando tarefas que ja- mais serão vistas pelos outros. A equi- pe de apoio, que fica na retaguarda, freqüentemente é a maior responsável pelo sucesso de uma evangelização, de um culto ou de algum outro evento realizado para a salvação de almas perdidas. Como filhos de Deus não devemos estar mais preocupados com resultados imediatos do que com a uma base firme e sólida, defendendo os valores e ensinamentos da Palavra de Deus. Precisamos vigiar e levantar uma defesa forte para que o inimigo não faça gols. De tanto correr, muitos esquecem de fechar a defesa, e aí são derrotados. É imperioso que haja, dentro da igreja, irmãos que zelem pela doutrina e mantenham as vitórias já alcançadas, que vigiem para que o inimigo não entre e se aposse de algu- ma área. Líderes idôneos são essen- ciais, mas a tarefa de defender e zelar pela igreja é de todos os membros. Todos devem orar, vigiar e resistir ao inimigo para que este não tenha a me- nor chance de vitória. Recebemos to- das as condições para nossa defesa espiritual: “Revesti-vos de toda a ar- madura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do Diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis” (Ef 6.11-13). Sem medo do inimigo Existem os adversários “matado- res”, aqueles que assustam e que são difíceis de enfrentar. Antes da Copa sempre há muitas especulações, e os times enumeram as seleções fortes, aquelas que preferem não ter como adversárias. As perguntas se repetem: “Quem estará na nossa chave? Quem será nosso primeiro adversário? Um ti- me fraco ou um favorito? Uma equipe conhecida por seu jogo sujo ou por jo- gar lealmente? Quais seus jogadores 17Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006 Do Nosso Campo Visual
  • 18. de ponta?” É importante analisar o ini- migo, mas não demais. Preocupar-se demasiadamente com o adversário pode nos encher de medo e facilitar nossa própria derrota. Uma avaliação equilibrada da situação é o ideal. A Bíblia nos ensina que não deve- mos temer os homens. Também o Dia- bo, apesar de poderoso (não devemos menosprezá-lo ou fazer pouco caso dele), é um inimigo já derrotado. Não devemos enfrentá-lo achando que já ganhamos, mas também não podemos ficar desanimados quando vemos o seu poder em ação, pois o Vencedor está do nosso lado! O próprio Deus disse: “De maneira alguma te deixa- rei, nunca jamais te abandonarei. As- sim, afirmemos confiantemente: O Se- nhor é meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?” (Hb 13.5-6). As regras do jogo Todos os jogadores devem obede- cer às regras e jogar segundo as nor- mas. Quem faz uma falta ou reclama injustamente durante o jogo recebe cartão amarelo. Se a infração for mais pesada, o jogador recebe cartão ver- melho e é expulso de campo. Por isso, todos os jogadores precisam conhecer todas as regras, para que a equipe vença. Uma falha pode afetar o resul- tado final. As regras para os cristãos estão na Bíblia, a infalível Palavra de Deus. Portanto, é de extrema importância ler e estudar o que ela diz. Mas igual- mente importante é obedecer e cum- prir o que ela ordena. Essa obediência deve ser exata, sem desvios. Quantos prejuízos já houve porque os crentes se afastaram dos parâmetros bíblicos! Muitos “capitães” de equipe, que não se atêm às declarações bíblicas ou que arrancam textos de seu contexto, transformaram seus liderados em sei- tas e infiltraram heresias na igreja. Membros de igrejas também são advertidos ou disciplinados quando suas vidas não estão de acordo com a Palavra de Deus, quando conhecem as regras mas vivem como se não as co- nhecessem ou estão em franca rebelião contra elas. Mas graças a Deus pelo Seu perdão! Seu amor sempre permite um novo começo, de acordo com Sua Palavra! Na Carta aos Colossenses so- mos exortados: “Ninguém se faça ár- bitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, basean- do-se em visões, enfatuado, sem moti- vo algum, na sua mente carnal, e não retendo a cabeça, da qual todo o cor- po, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o cresci- mento que procede de Deus” (Cl 2.18- 19). Também está escrito em 2 Timóteo 3.16: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”. O treinamento diário O treinamento também é vital. Ca- da jogador é convocado a compare- cer regularmente aos treinos e não de- ve ficar preguiçosamente em casa ou seguindo outros compromissos. Quem quer entrar no jogo precisa treinar, e quem treina mantém seu condiciona- mento, sendo útil ao time. Aplicando esse aspecto à Igreja de Jesus, deveríamos estar presentes em todos os cultos e reuniões de oração e de estudo bíblico. Nesse “treinamento em equipe”, aprendendo da Palavra de Deus, somos levados a nos centrar em Jesus e nos mantemos espiritual- mente sadios. O “treinamento” cristão nos fortifica, desperta dons e capaci- dades, corrige erros e previne fraque- zas. Durante o treinamento, muitas ve- zes percebemos qual a melhor posição para cada um dentro da equipe, que lugar devemos ocupar e que incum- bências cabem a cada um. Nosso trei- nador é o Espírito Santo, que inspirou a Palavra de Deus, que nos esclarece seu conteúdo e nos conduz ao alvo. Outro aspecto de nosso treinamento diz respeito ao Arrebatamento, que está próximo e é chamado de Dia de Jesus Cristo. Em relação a esse dia so- mos exortados pela Palavra: “Consi- deremo-nos também uns aos outros, para nos estimular ao amor e às boas obras. Não deixemos de con- gregar-nos, como é costume de al- guns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (Hb 10.24-25). A união União e espírito de equipe são muito importantes para um time. Mui- tos jogos já foram perdidos porque os jogadores não estavam dispostos a ajudar uns aos outros e o time não era coeso. Em muitos campeonatos já vi- mos que as equipes mais unidas foram mais longe. Quando um ajuda ao ou- tro, quando um corrige os erros do ou- tro e se empenha pessoalmente pela equipe, as chances de vitória são 18 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006 Do Nosso Campo Visual É importante analisar o inimigo, mas não demais. Preocupar-se demasiadamente com o adversário pode nos encher de medo e facilitar nossa própria derrota.
  • 19. maiores e aumentam as possibilidades de subir de colocação na tabela. Mas o egoísmo é um dos maiores empeci- lhos para alcançar um alvo comum. O pior é quando alguém se acha o máxi- mo e quer ser a superestrela, que bri- lha mais que os outros, quer fazer tu- do sozinho, não passa a bola para os companheiros e pensa que ninguém pode fazer gols como ele. Onde cada um joga para si, as chances de vitória vão se perdendo. E quando há discus- sões e diferenças dentro do time, a força vai se acabando, falta concen- tração para o jogo e os gols contra começam a acontecer. Os crentes são conclamados a bus- car a união com seus irmãos em Cris- to: “esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4.3). Junto com essa convocação à unidade a Bíblia também dá a receita de como ela deve ocorrer na prática: “Completai a mi- nha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mes- mo sentimento. Nada façais por par- tidarismo ou vanglória, mas por hu- mildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Fp 2.2-3). Evitando as faltas Faltas são feias, desagradáveis e, muitas vezes, traiçoeiras, atrapalhan- do o fluxo do jogo. Muitos jogadores já foram expulsos de campo porque fi- zeram outro jogador sair do jogo car- regado em uma maca. Depois de uma falta muitos jogadores ficam perturba- dos e não conseguem se concentrar. Perde-se tempo, os prejuízos podem ser grandes e todo o time acaba so- frendo. Na Igreja de Jesus, infelizmente, também se cometem “faltas”. Falar pe- las costas e acusar injustamente são exemplos de faltas graves. Muitas ve- zes a inveja também entra no jogo. Mas o correto seria uma disposição sincera de ajudar os outros. Nenhum cristão renascido deveria faltar para com seu irmão ou irmã em Cristo, mas praticar o que diz Gálatas 6.2: “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo”. Um cristão deveria viver como ensina a Carta aos Efésios: “assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor... e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, co- mo oferta e sacrifício a Deus, em aro- ma suave” (Ef 1.4; 5.2). A torcida Claro, existe ainda a torcida! Aquele povo todo que, nas arquiban- cadas, sabe dar palpites e criticar o que é feito em campo. “Mas como! Assim não dá! Por que não faz assim ou assado?” E se esses palpiteiros esti- vessem em campo? Como se compor- tariam? Certamente a maioria iria fa- lhar vergonhosamente como jogador de futebol. Nas igrejas cristãs, nas obras mis- sionárias e nas organizações evangéli- cas costuma acontecer o mesmo. Como a vida dos pastores, missionários, obreiros, anciãos e diáconos é dificul- tada por aqueles membros que gostam de dar sugestões ou que pensam co- nhecer a melhor maneira de fazer o trabalho! Os líderes são obrigados a ouvir críticas, sugestões e palpites, suas decisões são questionadas, suas prega- ções nunca estão boas, seu relaciona- mento com os membros não é satisfa- tório. Curioso é que os ataques geral- mente vêm daqueles que não ajudam, não põem a mão no arado. Muitos evangelistas abençoados, que têm ape- nas o desejo de pregar o claro Evan- gelho de Cristo, de levar muitas almas a Jesus, de propagar o amor de Deus, são freqüentemente criticados de forma extrema, como se nada de bom hou- vesse em sua pessoa e em seu ministé- rio. O que eles pregam está errado, seus colaboradores não são os certos, seus métodos não agradam e tudo o que fazem não é correto. As missões que trabalham como o público gosta não ouvem muitas críticas, mas ai de- las se não corresponderem às idéias pré-concebidas de seus ouvintes ou lei- tores! Uma enxurrada de e-mails, car- tas e telefonemas desaba sobre elas! De repente, tudo o que fizeram de bom passa a ser desconsiderado, as ofensas são generalizadas, e o desânimo se abate sobre os obreiros. Se reprova- ções e críticas tão duras acontecessem por erros graves, pela transgressão de normas claramente bíblicas, a indigna- ção seria justificada, mas geralmente a insatisfação diz respeito a ninharias e coisas secundárias ou a simples dife- renças de opinião. Para aqueles que sempre pensam saber tudo, a Palavra diz: “Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor es- tá em pé ou cai; mas estará em pé, 19Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006 Do Nosso Campo Visual Na Igreja de Jesus, infelizmente, também se cometem “faltas”. Falar pelas costas e acusar injustamente são exemplos de faltas graves.
  • 20. porque o seu Senhor é poderoso para o suster” (Rm 14.4). O retorno A seleção vencedora é entusiastica- mente recebida por toda a nação quan- do volta para casa. Os repórteres lotam o aeroporto e entrevistam os membros da equipe. Muitas vezes o próprio presi- dente faz um discurso. O povo delira! Durante alguns dias a mídia exalta e enaltece a seleção vitoriosa. Mas toda essa glória não é nada se comparada à glória de Jesus Cristo quando Ele voltar em triunfo para re- ceber Seu povo. O mundo todo ficará em suspenso, e os que O esperam romperão em júbilo “quando vier pa- ra ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que cre- ram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho)” (2 Ts 1.10). “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se neces- sário, sejais contristados por várias provações” (1 Pe 1.6). Não esqueçamos que somente uma seleção pode ser a campeã do mundo! Mas o verdadeiro Vencedor é e conti- nuará sendo apenas Jesus Cristo! (Norbert Lieth) 20 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006 Resposta: Ficamos contentes em saber que a resposta não vai abalar sua certeza de salvação. Realmente, sempre devemos avaliar se nossas perguntas e dúvidas – es- pecialmente quando as analisamos com outras pessoas – têm qualquer relação com a salvação. Isso evitaria muitas discussões acaloradas e de- sentendimentos. É preciso defender com intransigência o que é essen- cial para a salvação. Por outro lado, as questões secundárias devem ser tratadas com mais brandura. Sua pergunta refere-se a Mateus 24.30. Nesse capítulo, Jesus descre- ve inicialmente os sinais que caracte- rizarão os tempos finais: engano, guerras e rumores de guerras, falsos profetas e falsos cristos (vv. 4-14). Tudo isso conduzirá à Grande Tri- bulação (vv. 15-28) e “então, apare- cerá no céu o sinal do Filho do Ho- mem” (v. 30). Esse sinal será Sua glória indescritível, que resplandece- rá no céu escuro. Ela corresponde à shekinah (a nuvem da presença do Senhor) no Antigo Testamento. A glória de Jesus que aparecerá no céu levará Israel a reconhecer quem Ele realmente é: “...e todas as tribos da terra (de Israel) se lamenta- rão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (v. 30, Bíblia de Estu- do Profética). (Elsbeth Vetsch, Nor- bert Lieth) Pergunta: “Quando Jesus voltar, qual será o Seu “sinal”? Meu filho acha que Ele mesmo, o próprio Senhor Jesus, se- rá esse sinal. Eu penso que se trata da Sua cruz. Qualquer que seja a resposta, ela não mudará em nada minha certeza de salvação. Apenas desejo conhecer sua opinião”. O que é o “sinal” do Senhor Jesus? União e espírito de equipe são muito importantes para um time. Os crentes são conclamados a buscar a união com seus irmãos em Cristo. Recomendamos: Pedidos: 0300 789.5152 www.Chamada.com.br