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3. Índice
4
5
16
20
Prezados Amigos
O Futuro dos
Estados Unidos
e da Europa à Luz
do Apocalipse
Do Nosso Campo Visual
• A espiral de Romanos 1 - 16
Aconselhamento Bíblico
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Fundador: Dr. Wim Malgo (1922-1992)
Conselho Diretor:
Dieter Steiger, Ingo Haake,
Markus Steiger, Reinoldo Federolf
Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake
Diagramação & Arte: Émerson Hoffmann
INPI nº 040614
Registro nº 50 do Cartório Especial
Edições Internacionais
A revista “Chamada da Meia-Noite” é pu-
blicada também em espanhol, inglês, ale-
mão, italiano, holandês, francês, coreano,
húngaro e cingalês.
As opiniões expressas nos artigos
assinados são de responsabilidade
dos autores.
“Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito:
Eis o noivo! saí ao seu encontro” (Mt 25.6).
A “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite”
é uma missão sem fins lucrativos, com o obje-
tivo de anunciar a Bíblia inteira como infalível
e eterna Palavra de Deus escrita, inspirada
pelo Espírito Santo, sendo o guia seguro para
a fé e conduta do cristão. A finalidade da
“Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é:
1. chamar pessoas a Cristo
em todos os lugares;
2. proclamar a segunda vinda do
Senhor Jesus Cristo;
3. preparar cristãos para Sua segunda vinda;
4. manter a fé e advertir a respeito de falsas
doutrinas
Todas as atividades da “Obra Missionária
Chamada da Meia-Noite” são mantidas atra-
vés de ofertas voluntárias dos que desejam
ter parte neste ministério.
Chamadada Meia-Noite
13Rute - Um Troféu da
Graça de Deus
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4. 4 Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006
Neste mês de outubro a Chamada da Meia-
Noite estará realizando o VIII Congresso Profético
em Poços de Caldas/MG. Ao pensar nesse
evento, fui lembrado do duplo elogio que o
Senhor glorificado fez à igreja de Filadélfia:
“...guardaste a minha palavra... Porque
guardaste a palavra da minha perseverança” (Ap
3.8,10). Guardar a Palavra do Senhor não era
fácil naquele tempo, e hoje também não é. Mas
esses cristãos se agarravam firmemente a seu
Senhor e à Sua Palavra. Quem se firma em Deus
terá sua vida direcionada pelo que Ele diz. Nada
conseguia demover os cristãos de Filadélfia dessa
postura firme de guardar a palavra do Senhor.
Imperturbável e pacientemente seguiam pelo
caminho estreito em direção ao seu maravilhoso
alvo! Assim como o Senhor Jesus perseverou e
sofreu a fim de consumar a obra da Salvação e
glorificar o Pai aqui na terra, esses cristãos
primitivos também perseveraram pacientemente,
“olhando firmemente para o Autor e
Consumador da fé, Jesus” (Hb 12.2).
“A Palavra da minha perseverança...” Essa
expressão encontrada no livro do Apocalipse foi
usada pelo Senhor elevado, que espera à destra
de Deus até que haja entrado a plenitude dos
gentios (veja Rm 11.25) e até que Deus, o Pai,
cumpra Sua promessa de “colocar os Seus
inimigos debaixo dos Seus pés” (veja Sl 110.1).
Essa é a esperança viva, a real espera do
pequeno rebanho. É o que ansiamos ver e é no
que nos firmamos, ainda que os acontecimentos
ao nosso redor parecem provar exatamente o
contrário. Podemos aprender com o exemplo dos
cristãos de Filadélfia, bem como dos de
Tessalônica, dos quais o apóstolo Paulo escreveu
que lembrava continuamente, diante de nosso
Deus e Pai, o que eles tinham demonstrado: “o
trabalho que resulta da fé, o esforço motivado
pelo amor e a perseverança proveniente da
esperança em nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts
1.3, NVI). Naquela época os cristãos passavam
por perseguição e desprezo, e havia o perigo do
cansaço interior, da acomodação e da tentação
de escolher o caminho mais confortável. Talvez
você esteja na mesma situação. É bem verdade
que vivemos em um país com liberdade de culto,
mas o desprezo e a discriminação dos discípulos
de Jesus está aumentando. Zombadores dizem:
“O que houve com a promessa da sua vinda?”
(2 Pe 3.4, NVI). Isso faz com que a oração do
apóstolo seja tão atual para nós: “Ora, o Senhor
conduza o vosso coração ao amor de Deus e à
constância de Cristo” (2 Ts 3.5). Portanto,
também oremos uns pelos outros e, durante os
dias de Congresso,
permitamos que o Senhor
nos equipe e renove nossas
forças ao voltarmos nossos
corações a Ele e ao
ouvirmos o que a Sua Palavra tem a nos dizer.
Temos uma promessa maravilhosa do Senhor:
“...bem-aventurados são os que ouvem a palavra
de Deus e a guardam” (Lc 11.28)! Bem-
aventurados significa felizes. Somos realmente
felizes quando ouvimos a Palavra de Deus em
abundância e a guardamos. Mas na prática o que
significa “guardar”? A parábola do semeador nos
fornece a resposta: “A que caiu na boa terra são
os que, tendo ouvido de bom e reto coração,
retêm a palavra; estes frutificam com
perseverança” (Lc 8.15). Se olharmos para
dentro de nós, talvez nos sintamos desanimados
ou desesperados, pois onde está o fruto em
nossas vidas? Em contrapartida, nos ocuparemos
de forma consciente com a “Realidade da
Profecia”, e queremos contar com o poder divino
da Palavra que pode transformar nossos
corações. Essa semente da Palavra é espírito e
vida! “Não é a minha palavra fogo, diz o Senhor,
e martelo que esmiúça a penha?” (Jr 23.29).
Confessemos com o salmista: “Guardo no
coração as tuas palavras, para não pecar contra
ti” (Sl 119.11). Se o Senhor e Sua Palavra
preencherem nosso coração, o pecado e o mundo
com seus prazeres passageiros não terão espaço
ali. Por isso, dias de congresso são etapas
preciosas e muito úteis em nossa caminhada com
o Senhor. Oremos para que a Palavra de Deus
que iremos ouvir produza muito fruto em nossas
vidas e nas vidas daqueles que irão ouvir ou ler
em casa as mensagens gravadas ou impressas.
“Venho sem demora. Conserva o que tens, para
que ninguém tome a
tua coroa” (Ap 3.11).
Saudações cordiais,
Dieter Steiger
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VIII Congresso
Profético - 2006
Remessaapartirde30/11/2006.
5. 5Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006
O fundamento desta mensagem
vem de dois textos bíblicos: “O se-
gundo anjo tocou a trombeta, e uma
como que grande montanha ardendo
em chamas foi atirada ao mar, cuja
terça parte se tornou em sangue, e
morreu a terça parte da criação que ti-
nha vida, existente no mar, e foi des-
truída a terça parte das embarcações”
(Ap 8.8-9).
“Vi emergir do mar uma besta que
tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre
os chifres, dez diademas e, sobre as ca-
beças, nomes de blasfêmia. A besta que
vi era semelhante a leopardo, com pés
como de urso e boca como de leão. E
deu-lhe o dragão o seu poder, o seu
trono e grande autoridade. Então, vi
uma de suas cabeças como golpeada de
morte, mas essa ferida mortal foi cura-
da; e toda a terra se maravilhou, se-
guindo a besta” (Ap 13.1-3).
A exposição que segue corres-
ponde ao conhecimento que tenho
atualmente, sem a pretensão de sa-
ber tudo. Farei uma interpretação
da profecia bíblica que deve ser en-
carada como tentativa de indicar
rumos, mas que podem transcorrer
de forma diferente em seus deta-
lhes.
Uma vez que as expressões pro-
féticas da Bíblia são muito comple-
xas, e tendo em vista as limitações
humanas, nossas interpretações só
podem ser “em parte”. A melhor
interpretação sempre será o próprio
cumprimento da profecia, e este
ocorrerá com certeza.
Naturalmente, também estou
consciente de que esta avaliação
dos fatos não se enquadra de forma
alguma na cosmovisão política
atual. Mas esse é justamente o as-
pecto maravilhoso na profecia bíbli-
ca: que Deus está acima de toda
imaginação e política humanas. As-
sim, aliás, também foi na época do
Império Babilônico: quando este se
encontrava em seu apogeu, os pro-
fetas de Deus já anunciavam a sua
queda, que então se aproximou ra-
pidamente (veja Dn 5).
A dificuldade em
distinguir entre
interpretação literal e
simbólica
Não é fácil encontrar uma chave
que nos indique quais expressões
do livro de Apocalipse devem ser
interpretadas literalmente, e quais
Será que, no futuro, os
Estados Unidos terão que
abdicar de sua posição de
hegemonia no mundo a favor
da Europa, passando ao nível
geral de todas as nações?
Será que nessa situação se
levantará um novo governo
mundial dentre os povos,
dando origem a uma ordem
mundial totalmente nova?
6. simbolicamente. Muitas coisas são,
sem sombra de dúvida, de natureza
simbólica. Com essa afirmação não
diminuímos em nada a concepção
da total inspiração da Bíblia e da
validade absoluta de todas as suas
declarações.
A seguir, alguns exemplos da
Sagrada Escritura:
• No primeiro capítulo do Apo-
calipse, o Senhor Jesus é descrito
como tendo “os olhos, como chama
de fogo”, com pés “semelhantes ao
bronze polido”, Sua voz “como voz de
muitas águas”, e afirma-se que de
Sua boca “saía-lhe uma afiada espa-
da de dois gumes” (Ap 1.14-16).
Certamente essa visão ilustra ale-
goricamente a glória suprema do Se-
nhor Jesus, que literalmente impõe
respeito e veneração. Não se deve
entender, a partir desse texto, que o
Senhor glorificado tenha, realmente,
pés de bronze, ou que de Sua boca
saia uma espada (veja Ct 5.10-16).
• Em Apocalipse 12.1, João vê
uma mulher “vestida do sol com a
lua debaixo dos pés e uma coroa de do-
ze estrelas na cabeça”.
Os cristãos que crêem na [vera-
cidade da] Bíblia sabem que essa
mulher é um símbolo do povo de
Israel (doze tribos). Não se crê, lite-
ralmente, que tal mulher habita no
céu. O mesmo acontece com a “me-
retriz Babilônia” em Apocalipse 17,
que simboliza o cristianismo após-
tata, e com a “noiva do Cordeiro”
em Apocalipse 19, que é uma figura
para simbolizar a Igreja.1
• Com a leitura de Apocalipse
13.1, que faz menção de uma
monstruosa besta que emerge do
mar para governar a terra, certa-
mente ninguém chegará à conclu-
são de que se trata de um animal
real com dez chifres e sete cabeças.
Antes, trata-se do caráter do último
governo mundial e de seu gover-
nante, que é apresentado como re-
pugnante e bestial.
• Da mesma forma, não será lite-
ralmente uma pedra que cairá do
céu (Dn 2) para destruir os reinos
terrenos. Trata-se de um símbolo
que representa a volta de Jesus, que
virá do céu para aniquilar o governo
mundial do Anticristo e erigir o Seu
próprio reino.
A chave para a
compreensão correta
Como podemos empregar da me-
lhor forma a chave para a distinção
entre profecia literal e simbólica?
Quanto a isso, devemos ter em
mente os seguintes pontos:
• Muitas vezes, o esclarecimento
de um certo termo bíblico é dado
no próprio texto, ou então o signifi-
cado é deduzido do contexto da
passagem.
• Outras vezes, um símbolo é in-
dicado por expressões como “Vi que
era semelhante a...” (Ap 13.2),
ou, então, está dito diretamente
“Viu-se grande sinal no céu...” (Ap
12.1).
• Em outros casos, passagens pa-
ralelas indicam que se trata de senti-
do figurado, ou seja, de um símbolo.
Temos que lembrar sempre o que o
contexto e outras passagens das Es-
crituras têm a dizer sobre o assunto.
Vamos considerar esses pontos
na exposição do tema.
A montanha
que cai no mar
Em Apocalipse 8.8-9 lemos: “O se-
gundo anjo tocou a trombeta, e uma
como que grande montanha ardendo
em chamas foi atirada ao mar, cuja
terça parte se tornou em sangue, e
morreu a terça parte da criação que ti-
nha vida, existente no mar, e foi des-
truída a terça parte das embarcações”.
Fritz Rienecker, o editor do “Le-
xikon zur Bibel”,2
afirmou: “As ex-
pressões apocalípticas, além de seu
significado literal, têm sempre um
significado simbólico”. Concordo
com ele. Portanto, na exposição do
texto citado acima, além do signifi-
cado literal, eu gostaria de ressaltar
o sentido simbólico. Ao fazê-lo, ve-
remos que essa maneira de proce-
der tem justificativa.
A comparação
João vê ser lançada no mar “uma
como que grande montanha”. Com
isso, ele não queria dizer que via
uma montanha ardente, mas algo
que parecia assim. Além disso, cha-
ma a atenção que esse monte não
cai do céu, mas simplesmente é di-
to que “uma como que grande mon-
tanha ardendo em chamas foi atira-
da ao mar”. Portanto, pode ser des-
cartada a hipótese de que se trate
simplesmente de um meteorito. Se-
rá que esses versículos indicam que
o acontecimento é um sinal sim-
bólico?
Os paralelos
Ao longo de toda a Bíblia é per-
feitamente normal o emprego da fi-
gura de uma montanha para des-
crever um governo mundial, um
poder político, uma autoridade ou
um soberano. Montes simbolizam
as colunas da estrutura do universo.
• Assim, o reino vindouro de
Cristo e Seu governo são descritos
como uma montanha que enche to-
da a terra (Dn 2.35,44-45).
• O poder de Seir, em Edom
(Jordânia), também é descrito co-
mo um monte: “Assim diz o SE-
NHOR Deus: Eis que eu estou contra ti,
ó monte Seir, e estenderei a mão con-
tra ti, e te farei desolação e espanto”
(Ez 35.3).
• Da mesma forma, o poder de
Samaria é encarado como um
monte dos povos: “Ai dos que an-
dam à vontade em Sião e dos que
vivem sem receio no monte de Sa-
maria, homens notáveis da principal
6 Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006
7. das nações, aos quais vem a casa de
Israel!” (Am 6.1).
• Em Zacarias 4.7, cada potência
que se levanta contra Jerusalém é
descrita como um monte: “Quem és
tu, ó grande monte? Diante de Zoro-
babel serás uma campina”.
• No tempo do fim, o monte de
Jerusalém será transformado em se-
de de governo do Senhor, e todos
os outros montes (potências) serão
aplainados: “Nos últimos dias, acon-
tecerá que o monte da Casa do SE-
NHOR será estabelecido no cimo dos
montes e se elevará sobre os outeiros, e
para ele afluirão todos os povos.
...Porque o Dia do SENHOR dos Exér-
citos será contra todo soberbo e altivo e
contra todo aquele que se exalta, para
que seja abatido... contra todos os
montes altos e contra todos os outeiros
elevados” (Is 2.2,12,14; veja também
Is 40.4; 41.15; Sl 46.2; Lc 3.5).
Montes também são a mais
alta representação da potência
política, de estabilidade e solidez,
na qual o ser humano confia e em
que se apóia. No tempo do fim, jus-
tamente essa solidez entrará em co-
lapso.
O livro do Apocalipse descreve
como, no tempo do fim, a ira de
Deus fará com que todas as segu-
ranças deste mundo sejam abaladas
e naufraguem. O ser humano terá
de reconhecer que não existe ne-
nhuma segurança longe de Deus, e
que todas as certezas erigidas sem
Deus irão desabar uma após a ou-
tra, como num jogo de dominó.
Existe apenas uma rocha segura: Je-
sus Cristo!
Grande parte da geração jovem
de hoje já foi atingida pela insegu-
rança, o que fica evidente no se-
guinte relato de um jornal:
“Aumentam os problemas psíqui-
cos em crianças e jovens”. Para uma
parcela crescente da juventude, a vida
não vale mais a pena; pelo contrário,
ela representa uma ameaça.
Cada vez mais crianças e jovens
defrontam-se com problemas emocio-
nais. Manias, depressão e suicídio na
idade jovem não são mais temas que
atingem apenas uma parcela da po-
pulação. Os pais se encontram sobre-
carregados com esses problemas, os
jovens nem sequer sabem como pros-
seguir – para eles, a vida torna-se
uma ameaça”.(3)
Segurança abalada
Voltemos à segurança totalmente
abalada no tempo do fim. Em mi-
nha percepção, também a expressão
em Apocalipse 6.12-17 tem um sig-
nificado simbólico: “Vi quando o
Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio
grande terremoto. O sol se tornou ne-
gro como saco de crina, a lua toda, co-
mo sangue, as estrelas do céu caíram
pela terra, como a figueira, quando
abalada por vento forte, deixa cair os
seus figos verdes, e o céu recolheu-se
como um pergaminho quando se enro-
la. Então, todos os montes e ilhas fo-
ram movidos do seu lugar. Os reis da
terra, os grandes, os comandantes, os
ricos, os poderosos e todo escravo e todo
livre se esconderam nas cavernas e nos
penhascos dos montes e disseram aos
montes e aos rochedos: Caí sobre nós e
escondei-nos da face daquele que se as-
senta no trono e da ira do Cordeiro,
porque chegou o grande Dia da ira de-
les; e quem é que pode suster-se?”
Aqui temos uma visão de como
a ira do Cordeiro tem seu início (v.
17). Como se trata apenas do come-
ço da ira (os sete selos serão aber-
tos), e ainda não da volta imediata
de Jesus Cristo, esses juízos são de
natureza simbólica. Mais tarde, por
ocasião de Sua volta, eles ocorrerão
literalmente (Mt 24.29-30).
• O terremoto (“...sobreveio gran-
de terremoto”) aponta para o fato de
que no tempo do fim será abalado
tudo o que firmava a convivência
humana até esse ponto.
• As estrelas do céu servem para
orientação. Quando o sol escurece,
isso significa que não há mais luz.
O homem tornar-se-á espiritual-
mente cego. A época de Tribulação
que está pela frente trará efeitos ca-
tastróficos, especialmente no mun-
do ocidental, o chamado Ocidente
cristão. Não creio que após o Arre-
As estrelas do céu servem para orientação. Quando o sol escurece, isso significa que
não há mais luz. O homem tornar-se-á espiritualmente cego. A época de Tribulação
que está pela frente trará efeitos catastróficos.
7Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006
8. batamento da Igreja, na época em
que irromperá a Tribulação, será
fácil converter-se a Jesus. A Bíblia
afirma em 2 Tessalonicenses que
Deus enviará trevas e cegará os
olhos justamente daqueles que des-
prezaram e rejeitaram a verdade
“para darem crédito à mentira” (2 Ts
2.9-12).
A menção ao fato de que a lua
se tornará em sangue indica a ocor-
rência de guerras. A guerra se espa-
lhará neste mundo, ainda no início
da Tribulação. As estrelas que
caem do céu mostram que não há
mais nenhum portador de esperan-
ça. E a descrição do céu sendo en-
rolado como um pergaminho indica
que no tempo do fim será perdida
toda orientação. Caos e terror rei-
narão, os governantes perderão seu
poder, autoridades espirituais e mo-
rais serão destituídas de todo signi-
ficado, e a justiça falhará. O come-
ço do desenvolvimento desses sinais
já se mostra com clareza cada vez
maior. Werner Weidenfeld (da
Fundação Bertelsmann) descreve
exemplarmente a nossa época como
“a nova era da insegurança”.4
Nos-
sos veículos de comunicação falam
continuamente de tópicos como
crise de confiança, desastres econô-
micos, guerras, rumores de guerras,
conflitos em todas as partes da ter-
ra, temor pelo desemprego, instabi-
lidade política, corrupção, imorali-
dade e terrorismo crescentes. Tudo
isso são indicações claras que apon-
tam na direção da ruína geral.
Serão realmente estrelas
que cairão sobre a terra?
Em Apocalipse 6.13 lemos:
“...as estrelas do céu caíram pela ter-
ra...”. Comparemos esse texto bí-
blico com Daniel 8.10: “Cresceu até
atingir o exército dos céus; a alguns do
exército e das estrelas lançou por terra
e os pisou”. Isso aconteceu literal-
mente? Não! Pelo contrário, Antío-
co Epifânio, em sua época, “pisou”
– quer dizer, matou – grandes líde-
res e pessoas portadoras de espe-
rança do povo judeu. Esse rei é
uma prefiguração do Anticristo e
sua maneira de agir nos últimos
dias antes da volta de Cristo.
Em Apocalipse 12.1, Israel é
comparado a uma mulher vestida
do sol, tendo a lua sob seus pés
e, sobre a cabeça, uma coroa com
doze estrelas. Isso representa as do-
ze tribos de Israel. O que preten-
de o Anticristo no tempo do fim?
Ele deseja aniquilar o fundamento
do povo judeu, como que “derru-
bando os patriarcas do céu”. Ele
quer aniquilar o povo judeu bíbli-
co, quer afastá-lo do plano de sal-
vação. Ele irá arrancar as “estre-
las” do céu, e as “estrelas”, em
parte, “cairão do céu”, pois o po-
vo judeu, durante a Grande Tri-
bulação, também passará por tre-
vas, embora Deus ainda lhe con-
ceda graça em meio a tudo isso.
O próprio Senhor Jesus é descri-
to na Bíblia como a brilhante “estre-
la da manhã” (2 Pe 1.19; Ap 22.16),
e como o “sol da justiça” (Ml 4.2).
Por que se implorará aos
montes e rochedos?
Após a abertura do sexto selo, a
humanidade implorará aos montes
e rochedos: “Caí sobre nós e escondei-
nos da face daquele que se assenta no
trono e da ira do Cordeiro, porque che-
gou o grande Dia da ira deles; e quem
é que pode suster-se?” (Ap 6.16-17).
Isso quer nos dizer que a humani-
dade buscará proteção junto a po-
tências terrenas, mas não mais a en-
contrará. Todos os “montes‘, todos
os sistemas, leis e organizações hu-
manistas, sejam de natureza políti-
ca, militar ou econômica (por
exemplo, a ONU, a OTAN, etc.),
desmoronarão e não poderão mais
oferecer nenhuma proteção. Ne-
nhum poder terreno poderá ocultar
ou proteger o ser humano da ira de
Deus. A humanidade vacilante bus-
cará segurança e se abrigará nesses
sistemas humanos e terrenos, mas
na hora da necessidade tudo se re-
velará como teoria e não proporcio-
nará nenhuma proteção no dia do
Senhor (veja Is 2.10; Os 10.8; Lc
23.30).
Tudo isso já está a caminho:
nesse sentido, a grande maioria das
8 Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006
A introdução do euro deixou o mundo admirado.
9. nações encontra-se altamente endi-
vidada. Procura-se tapar um buraco
com dinheiro emprestado, e assim
será até que não haja mais saída.
Uma potência
mundial cai
Quando, no fim dos dias, algo se-
melhante a um monte em chamas
for lançado ao mar, isso parece in-
dicar que, nos dias vindouros, uma
potência mundial entrará em colap-
so e cairá, para dar lugar a outra.
“O segundo anjo tocou a trombeta, e
uma como que grande montanha ar-
dendo em chamas foi atirada ao mar,
cuja terça parte se tornou em sangue”
(Ap 8.8).
Sobre esse assunto, Benedikt Pe-
ters escreveu: “O monte incandes-
cente representa uma grande potên-
cia que vai a pique”.5
W. Scott co-
menta: “O fato desse monte estar
em chamas significa que Deus usa-
rá essa potência para exercer juí-
zo”.6
Da mesma forma o interpreta
W. J. Ouweneel, que vê no monte
uma grande potência mundial, que,
no entanto, não pode ser o Império
Romano.7
O profeta Jeremias deixa eviden-
te que isso não é de forma alguma
improvável. Ele descreve o Império
Babilônico como um monte que ar-
de em chamas e perde o seu poder:
“Eis que sou contra ti, ó monte que
destróis, diz o SENHOR, que destróis
toda a terra” (Jr 51.25a). Babilônia
foi primeiramente empregada como
instrumento do juízo de Deus sobre
as nações, mas também para julga-
mento sobre o povo judeu. Os babi-
lônios, no entanto, exageraram. Por
assim dizer, eles ultrapassaram os
limites colocados por Deus. Assim,
finalmente o juízo de Deus veio
também sobre eles: “...estenderei a
mão contra ti, e te revolverei das ro-
chas, e farei de ti um monte em cha-
mas... O mar é vindo sobre Babilônia,
coberta está com o tumulto das suas
ondas” (Jr 51.25b,42). Se no Antigo
Testamento, numa expressão apo-
calíptica, se interpreta o império
mundial da época, Babilônia, como
um monte em chamas que é lança-
do ao mar e depois equiparado ao
mar de povos, ou seja, aos povos do
mundo (deixando de ser o monte
mais elevado), esse não poderia ser
o caso em Apocalipse 8.8-9? Esse
paralelo certamente não se encontra
em vão na Bíblia!
O que parece uma grande mon-
tanha “arde em chamas” (Ap 8.8).
Isso significa que, por meio dessa
potência, Deus exercerá juízo no
mundo. Assim, a “terça parte se tor-
nou em sangue”. Muitos comentaris-
tas, apoiando-se em Jeremias 15.9,
afirmam que essa é uma referência
figurada à guerra.
A queda dessa
potência mundial...
...terá conseqüências fatais para a
maior parte da população do mun-
do: “...e morreu a terça parte da cria-
ção que tinha vida, existente no mar, e
foi destruída a terça parte das embarca-
ções” (Ap 8.9). O
“mar” também é
uma figura empre-
gada para represen-
tar as nações (mar
dos povos); ele é in-
quieto, sempre está
em movimento (Sl
125.2-5; Is 17.12-
13; Ez 26.3; Dn
7.2-3; Ap 13.1;
17.1-15).
O monte cai de
sua posição firme
para dentro do mar
inquieto de um
mundo turbulento,
causando efeitos
catastróficos sobre
toda a vida na terra.
É muito interessante que, na Bí-
blia, a “abundância do mar” tam-
bém significa “a riqueza das na-
ções”: “porque a abundância do mar
se tornará a ti, e as riquezas das na-
ções virão a ter contigo” (Is 60.5).
Portanto, é bem provável que, com
a queda dessa potência mundial
também se perderá um terço da
economia mundial, do comércio, da
comunicação e das riquezas globais.
Como resultado, incontáveis pes-
soas perderão seu meio de subsis-
tência e sua vida. Com reservas,
perguntamo-nos:
Poderia a figura do
monte referir-se aos
Estados Unidos?
Na atualidade, sem dúvida os Esta-
dos Unidos da América represen-
tam o “monte” que se eleva acima
de todos os outros montes, ou seja,
das nações. Diante do poder dos
Estados Unidos, todas os outros
povos são como planícies. Mas, es-
sa situação permanecerá assim?
Não afirmo que os Estados Uni-
dos cairão completamente, mas tal-
vez perderão sua supremacia, tendo
9Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006
Por meio da expansão para o Leste em maio de 2004,
houve um acréscimo de cerca de 75 milhões
de pessoas à União Européia.
10. que reparti-la ou entregá-la às de-
mais nações do mundo. O monte
se erguia bem alto acima do mar
por algum tempo, firme e grande
como um império. No entanto, foi
lançado ao mar e tomado pelas na-
ções ou nivelado ao restante dos
povos. Provavelmente isso não
acontecerá antes do Arrebatamento
da Igreja.
Os Estados Unidos da América,
como potência mundial, poderiam ser
um instrumento do juízo de Deus so-
bre o mundo, mas também poderiam
fracassar nessa tarefa. Essa nação se
encontra, como é do conhecimento
geral, envolvida numa guerra no Ira-
que. Os Estados Unidos também se
encontram em conflito com a Coréia
do Norte e o Irã. A ameaça do terro-
rismo está presente de forma constan-
te e real. Há cheiro de guerra no ar!
Uma reportagem na revista ale-
mã Der Spiegel me impressionou:
“Como Roma, a antiga potência
mundial, há dois mil anos, assim os
Estados Unidos dominam hoje o
planeta, contando com trinta gran-
des bases militares espalhadas pelo
mundo. Entretanto, o Império Ro-
mano fracassou em sua expansão
imperial ao ter que manter subjuga-
dos, em muitas frentes e ao mesmo
tempo, os povos germânicos, os per-
sas e outros bárbaros... A participa-
ção dos Estados Unidos na produ-
ção mundial representa atualmente
pouco menos de um terço...”.8
Pode-
mos imaginar o que significaria para
a humanidade se o poder dos Esta-
dos Unidos entrasse em colapso.
Teríamos então uma crise financeira
de extensão jamais vista!
Apesar disso, devemos lembrar
que, de qualquer forma, Deus con-
tinua no comando, pois Ele “multi-
plica as nações e as faz perecer; disper-
sa-as e de novo as congrega” (Jó
12.23). Ele remove montanhas
“sem que saibam que ele na sua ira os
transtorna” (Jó 9.5). Repito: uma
montanha não tem consciência de
nada; portanto, a Bíblia deve estar
se referindo a algo diferente.
A besta que
surge do mar
“Vi emergir do mar uma besta que ti-
nha dez chifres e sete cabeças e, sobre
os chifres, dez diademas e, sobre as ca-
beças, nomes de blasfêmia... Então, vi
uma de suas cabeças como golpeada de
morte, mas essa ferida mortal foi cura-
da; e toda a terra se maravilhou, se-
guindo a besta” (Ap 13.1,3).
Da massa inquieta dos povos –
agitada política e socialmente – er-
gue-se um último governo mundial,
que precede a volta de Jesus. Seria
possível que
• os Estados Unidos da América
terão que ceder sua supremacia no
mundo à Europa, nivelando-se ao
mar dos povos, e
• que, a partir dessa situação, se
erguerá, de entre o mar dos povos,
um novo governo mundial, e que
assim se chegará a uma real nova
ordem mundial?
Todo o mundo ficará
admirado com essa besta
A razão é que sua ferida mortal
será curada e ela será despertada pa-
ra nova vida. Assim se descreve o re-
nascimento de um governo mundial
(Roma), que havia acabado, mas
que ressurgirá e, no fim dos dias, go-
vernará novamente a terra. O mun-
do não ficaria admirado diante do
poderio dos Estados Unidos, pois
eles já são uma potência mundial.
Além disso, essa nação não esteve
morta para depois ressurgir. Se, no
entanto, entrasse em cena uma po-
tência mundial totalmente nova, se-
melhante a uma que já existiu, então
o mundo todo ficaria estupefato.
Nos Estados Unidos há uma ad-
miração em relação à Europa. Real-
mente, o que aconteceu na Europa
após a Segunda Guerra Mundial é
empolgante:
• Dos destroços da Europa er-
gueu-se o fundamento para a União
Européia;
• De uma Europa desunida, cu-
jos povos guerreavam uns contra os
outros durante séculos, nasceu uma
união ímpar de comércio, de paz e
de liberdade democrática;
• A introdução do euro deixou o
mundo mais uma vez admirado.
Essa moeda até mesmo superou o
valor do dólar norte-americano.
Um ano antes ninguém acreditava
que isso fosse possível;
• A empresa européia Airbus já
superou a fabricante americana de
aviões Boeing no número de enco-
mendas de novas aeronaves;
• A Europa parece crescer inces-
santemente. O que era impensável
há uma década, torna-se repentina-
mente realidade: o envio de tropas
européias a regiões de conflito e a
expansão em direção ao Leste. Por
meio dessa expansão, de uma só
10 Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006
11 de setembro de 2001 – O dia que
mudou o mundo: “Como Roma,
a antiga potência mundial, há dois mil
anos, assim os Estados Unidos
dominam hoje o planeta, contando
com trinta grandes bases militares
espalhadas pelo mundo. Entretanto, o
Império Romano fracassou em sua
expansão imperial ao ter que manter
subjugados, em muitas frentes e ao
mesmo tempo, os povos germânicos,
os persas e outros bárbaros...”
(Der Spiegel).
11. vez, houve um acréscimo de cerca
de 75 milhões de pessoas à União
Européia em maio de 2004.
Isso não é de admirar?
Numa reportagem a respeito da ex-
pansão da Europa em direção ao
Leste a revista Der Spiegel registrou
o seguinte:
O Velho Mundo se renova. Uma
potência mundial encontra-se em pro-
cesso de formação. Setenta e cinco mi-
lhões de novos cidadãos europeus...
na União Européia de 25 membros vi-
vem 451 milhões de pessoas, num ter-
ritório de quatro milhões de quilôme-
tros quadrados. A gigantesca econo-
mia – com 9.200 bilhões de euros, seu
Produto Interno Bruto é quase tão
grande como o dos Estados Unidos –
possivelmente mudará seu status de
anão político, e um dia terá constitui-
ção própria, como já possui moeda
própria, e seu próprio exército será o
braço armado de uma política de se-
gurança externa conjunta... Finalmen-
te estão surgindo os “Estados Unidos
da Europa”, dos quais Winston Chur-
chill ousou falar em meio aos escom-
bros do continente destruído ainda em
1946.9
Será possível que, no futuro,
os Estados Unidos perderão
sua supremacia isolada?
Desse modo, um terço da eco-
nomia mundial seria prejudicada.
Será que, por intermédio da deca-
dência da América, a Europa se for-
talecerá na forma de um “Império
Romano reavivado”? De qualquer
forma, quero frisar que a futura po-
tência mundial não se limitará à
Europa, mas também incluirá a
ONU (Ap 6.2) e, assim, igualmente
os Estados Unidos, porém não mais
no papel de única potência mun-
dial, como acontece na atualidade.
No tocante à guerra no Iraque, o
Dr. Immanuel Wallerstein já opina-
va: “Essa guerra
abalará o mundo
árabe, bem como
a América, e acele-
rará a separação
entre a Europa e
os Estados Uni-
dos”.10
Outra afir-
mação de pesqui-
sadores sobre o fu-
turo merece ser
citada:
Se os terroristas
tiverem sucesso em
outros atentados se-
melhantes aos do
11 de setembro no
Ocidente, teremos a
ameaça de comple-
ta bancarrota de grandes segmentos
da economia... Uma guerra contra o
terrorismo, prolongada e possivelmen-
te com grandes prejuízos, poderia ter
como conseqüência a separação entre
os Estados Unidos e a Europa, que
passaria a formar um novo bloco com
a China e outros países da Ásia. Des-
se modo, e também porque os investi-
dores preferirão empregar seu dinhei-
ro na Europa ou na Ásia, os Estados
Unidos perderão seu papel hegemôni-
co no mundo.11
Para a Europa ainda falta o
“homem de confiança”
Ele deverá possuir o carisma, a
grandeza e o poder para controlar o
mundo.
Em relação ao crescimento da
Europa, especialistas também ad-
vertem que sua ampliação trará
ameaças por meio de grupos de ma-
fiosos e corrupção generalizada, po-
dendo levar ao caos, de tal forma
que a Europa poderá tornar-se in-
governável e impossível de ser su-
pervisionada. Em conseqüência dis-
so, um presidente único poderia
oferecer a solução dos problemas.
No entanto, uma coisa já sa-
bemos hoje: os desenvolvimentos
em direção ao tempo do fim estão
em curso e vão aumentando sua ve-
locidade.
Depois que a última besta emer-
giu do mar, Daniel viu o Filho do
homem vindo nas nuvens do céu pa-
ra erigir um reino mundial, seme-
lhante a um monte que preenche to-
da a terra (Dn 2 e 7). Todos os
acontecimentos neste mundo se diri-
gem para esse evento mundial maior.
Por isso todos nós devemos, de for-
ma imediata e consciente, orientar
nossa vida para esperar o Senhor Je-
sus Cristo, que está voltando!
Nosso Senhor vem –
estamos preparados?
Em Apocalipse 22.16-17 lemos:
“Eu, Jesus, enviei o meu anjo para
vos testificar estas coisas às igrejas. Eu
sou a Raiz e a Geração de Davi, a
brilhante Estrela da manhã. O Espíri-
to e a noiva dizem: Vem! Aquele que
ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede
venha, e quem quiser receba de graça a
água da vida”. As profecias no livro
do Apocalipse foram registradas pa-
ra a orientação da Igreja de Jesus,
para que ela compartilhe com o
mundo o que Deus está por fazer.
11Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006
Atualmente, os EUA representam pouco menos de um
terço da economia mundial.
12. Mas as profecias também servem
como alerta para a preparação para
o Arrebatamento que está às portas.
A “brilhante estrela da manhã”
aponta para a volta de Jesus para a
Sua Igreja enquanto o “Sol da justi-
ça” significa o retorno de Jesus para
Seu povo, Israel.
Ao longo de toda a nossa vida,
somos chamados a preparar-nos pa-
ra a volta de Jesus. Pedro escreve:
“Por isso, cingindo o vosso entendi-
mento, sede sóbrios e esperai inteira-
mente na graça que vos está sendo tra-
zida na revelação de Jesus Cristo [o
Arrebatamento]. Como filhos da obe-
diência, não vos amoldeis às paixões
que tínheis anteriormente na vossa ig-
norância; pelo contrário, segundo é
santo aquele que vos chamou, tornai-
vos santos também vós mesmos em todo
o vosso procedimento” (1 Pe 1.13-15).
Nesses versículos encontramos
admoestações práticas para cada
um de nós, individualmente, as
quais eu gostaria de formular como
apelos:
• Vivamos direcionados
ao Arrebatamento!
• Tenhamos a mesma
mentalidade de Jesus (Fp
2.5-8)!
• Sejamos sóbrios e não
nos deixemos envolver pelo
perigo dos espíritos entu-
siastas e fanáticos do tempo
do fim!
• Coloquemos nossa
confiança unicamente na
graça de Deus como funda-
mento de nossa vida!
• Sejamos obedientes ao
Senhor!
• Não nos amoldemos às
cobiças deste mundo, que
tão rapidamente tentam do-
minar-nos por meio da tele-
visão, da literatura, do di-
nheiro, de falsos alvos e de
outras coisas semelhantes!
• Retiremos nossos olhos
de tudo aquilo que possa sujar nos-
sa consciência!
• Distanciemo-nos de tudo o que
pode nos levar ao erro!
• Tiremos de nossa vida tudo o
que pode impedir a nossa santifica-
ção!
• Sejamos santos em todo o nos-
so procedimento (não apenas 80%
ou 95%, mas 100%)!
Em todo o universo
existe apenas
um lugar
seguro
Abrigos de
p r o t e ç ã o
contra a ra-
dioatividade
existem em
grande nú-
mero. No en-
tanto, a ver-
dadeira segu-
rança para o
tempo pre-
sente e para a eternidade nos é ofe-
recida apenas pela Rocha que se
chama Jesus Cristo. Apenas nEle
encontramos verdadeira proteção.
Somente diante dEle desaparece o
temor do futuro. Unicamente nEle
encontramos segurança em meio a
toda insegurança!
Aquele que, por meio da conver-
são e do novo nascimento, tornou-
se propriedade do Filho de Deus,
pode clamar juntamente com o sal-
mista e com o profeta Isaías: “Por-
tanto, não temeremos ainda que a ter-
ra se transtorne e os montes se abalem
no seio dos mares” (Sl 46.2). “Porque
os montes se retirarão, e os outeiros se-
rão removidos; mas a minha miseri-
córdia não se apartará de ti, e a alian-
ça da minha paz não será removida,
diz o SENHOR, que se compadece de
ti” (Is 54.10).
Não estamos destinados a desa-
parecer juntamente com este mun-
do, mas a encontrar segurança eter-
na junto a Jesus e a transmitir a ou-
tros a mensagem da salvação.
Notas:
1. Na versão de Almeida, Revista e Atualiza-
da, 2ª edição, consta “esposa”.
2. Trata-se de um dicionário bíblico.
3. Uster und Züri Oberland Nachrichten,
23/12/2002.
4. Topic 8/2002.
5. Benedickt Peters, Geöffnete Siegel, p.82.
6. W. Scott, Was die Bibel lehrt, p.258.
7. W.J. Ouweneel, Das Buch der Offenba-
rung, p.268.
8. Der Spiegel, 36/2002.
9. Der Spiegel, 50/2002.
10. Junge Freiheit, 37/2002.
11. Topic, 8/2002.
12 Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006
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A “brilhante estrela da manhã” aponta para a
volta de Jesus para a Sua Igreja enquanto o
“Sol da justiça” significa o retorno de Jesus para
Seu povo, Israel.
13. 13Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006
P
ara alguém familiarizado com a Lei do Antigo Testamento, na
genealogia listada em Mateus 1.5 aparece um nome meio fora
de contexto – falamos de Rute, uma mulher moabita, pois está
escrito que “Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute, gerou a
Obede; e Obede, a Jessé”. Segundo padrões meramente legais,
Rute representava uma séria ruptura na linhagem do Messias ju-
deu. Pelos padrões divinos, porém, ela é um magnífico troféu da
soberania e da graça de Deus.
A história de Rute é contada no Antigo Testamento, no livro que
leva seu nome. Durante um dos períodos mais desolados da história de
Israel – a época dos juízes, quando “cada um fazia o que achava mais re-
to” (Jz 21.25) – Rute distingue-se como uma mulher caracterizada por
doce humildade, movida por uma fé singela e infantil. Como jovem
gentia foi com sua sogra Noemi para a Terra Prometida e deixou uma
descendência que inclui seu bisneto Davi, o salmista mais querido de
Israel, e o maior filho do povo judeu, que é Jesus, o Rei dos reis e Se-
nhor dos senhores.
A história de Rute começa em Rute 1.1: “Nos dias em que julgavam
os juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habi-
tar na terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos”. Deus enviava
fome somente em épocas de juízo. Tentando escapar da penúria, Eli-
meleque, acompanhado de sua esposa Noemi e de seus dois filhos,
Malom e Quiliom, foi para onde a Lei o proibia de ir – a uma terra pa-
gã, onde veio a falecer. Seus filhos casaram com mulheres moabitas
com quem não tiveram descendentes, e também morreram no estran-
geiro. Noemi, já velha e sentindo-se desamparada, decidiu que era ho-
ra de voltar para casa, para sua pátria Israel.
Suas duas noras Orfa e Rute resol-
veram acompanhá-la em sua jornada
de retorno. Para Noemi era um retor-
no, mas para as duas mulheres era
uma aventura em direção ao desco-
nhecido. Mesmo assim, resolveram se-
guir viagem com sua sogra. Num de-
terminado ponto do caminho, Noemi
instou com as duas para que voltassem
para seu lar e disse: “Tornai, filhas mi-
nhas! Ide-vos embora...” (Rt 1.12).
Orfa, viúva de Quiliom, voltou pa-
ra seu povo. Mas alguma coisa em
Noemi havia causado um impacto tão
forte sobre Rute que, apesar dos me-
lhores esforços de Noemi para dissua-
di-la da viagem e fazê-la voltar para
Moabe, ela jurou acompanhar sua so-
gra: “Não me instes para que te deixe e
me obrigue a não seguir-te; porque, aon-
de quer que fores, irei eu e, onde quer que
pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o
meu povo, o teu Deus é o meu Deus. On-
de quer que morreres, morrerei eu e aí se-
rei sepultada; faça-me o SENHOR o que
14. bem lhe aprouver, se outra coisa que
não seja a morte me separar de ti” (Rt
1.16-17).
Então Noemi e Rute partiram
juntas para Israel. Noemi dificil-
mente poderia ter chegado a Be-
lém com alguém de uma linhagem
menos desejável. A genealogia dos
moabitas remonta aos dias de Ló.
Moabe foi o nome dado a um fi-
lho nascido da relação incestuosa
entre Ló, que estava embriagado,
e sua filha mais velha, logo após a
destruição de Sodoma e Gomorra
(Gn 19).
Mais tarde, os descendentes de
Moabe tornaram-se fonte de abor-
recimento para os filhos de Israel.
Foi o rei moabita Balaque quem
mandou contratar o profeta Balaão
para amaldiçoar o povo judeu (Nm
22-23). Quando a maldição não
funcionou e, ao invés disso Deus
abençoou os judeus, Balaão aconse-
lhou Balaque (Ap 2.14) a provocar
a ira de Deus atraindo os homens
israelitas à prática de fornicação
com as mulheres moabitas. Isso fez
com que Deus enviasse uma praga
que matou vinte e quatro mil israe-
litas (Nm 25). Basicamente por
causa desse pecado em Baal-Peor,
Deus ordenou que nenhum moabi-
ta poderia entrar na assembléia do
Senhor: “...nem ainda a sua décima
geração...” (Dt 23.3).
Superficialmente, a proibição de
um moabita entrar na assembléia
solene de adoração a Deus fazia de
Rute uma candidata extremamente
inadequada para casar com um is-
raelita. Mas Deus não considera as
aparências; Ele vê o coração. As-
sim, Rute chegou a Belém e foi re-
buscar cereal nos campos, apanhan-
do o que os segadores deixavam pa-
ra trás. Juntar as sobras era uma das
provisões divinas para alimentar
aqueles que não tinham nada. Mas
era um trabalho difícil, árduo e hu-
milhante, que geralmente rendia
pouco. Freqüentemente o grão era
difícil de alcançar, e às vezes era
preciso andar na sujeira para juntar
alguma coisa.
Rute foi conduzida pelo Senhor
a rebuscar nos campos
de um homem piedoso
chamado Boaz, que
“deu ordem aos seus ser-
vos, dizendo: Até entre
as gavelas deixai-a co-
lher e não a censureis.
Tirai também dos molhos
algumas espigas, e dei-
xai-as, para que as apa-
nhe, e não a repreen-
dais” (Rt 2.15-16).
Boaz contou a Ru-
te que a cidade intei-
ra sabia que ela havia
deixado sua família em
Moabe para vir a Is-
rael, tornando-se es-
trangeira numa terra
estranha. “O Senhor re-
tribua o teu feito”, dis-
se-lhe, “e seja cumprida a tua re-
compensa do Senhor, Deus de Israel,
sob cujas asas vieste buscar refúgio”
(Rt 2.12).
Naquela noite, Rute voltou para
casa com grande quanti-
dade de cereal. Quando
Noemi perguntou como
tinha sido seu trabalho,
Rute lhe falou de Boaz.
“Bendito seja ele do Se-
nhor”, disse Noemi, “que
ainda não tem deixado a
sua benevolência nem para
com os vivos nem para
com os mortos... Esse ho-
mem é nosso parente che-
gado e um dentre os nossos
resgatadores” (Rt 2.20).
Noemi conhecia a lei do
casamento por levirato e
decidiu buscar a felicida-
de de Rute dando-lhe
instruções que pudessem
garantir-lhe um marido
e uma família.
14 Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006
Rute foi conduzida pelo Senhor a rebuscar nos campos de um homem piedoso
chamado Boaz, que “deu ordem aos seus servos, dizendo: Até entre as gavelas
deixai-a colher e não a censureis. Tirai também dos molhos algumas espigas,
e deixai-as, para que as apanhe, e não a repreendais” (Rt 2.15-16).
15. Era o fim da colheita da cevada,
e Boaz estava passando a noite na
eira vigiando o grão. Noemi disse a
Rute para banhar-se, vestir-se e ir
para a eira, mas esconder-se para
não ser percebida. “Quando ele re-
pousar”, disse Noemi, “notarás o lu-
gar em que se deita; então, chegarás e
lhe descobrirás os pés, e te deitarás; ele
te dirá o que deves fazer” (Rt 3.4).
Embora hoje essa atitude pareça
estranha e até imoral, era completa-
mente consistente com a lei do An-
tigo Testamento. Em Deuteronô-
mio 25.5-6 Deus providenciou o
casamento por levirato para assegu-
rar a continuidade da linhagem fa-
miliar. O termo levirato origina-se
do latim e significa “irmão do mari-
do”. Rute, moabita, não tinha a
obrigação de submeter-se à Lei de
Israel. No entanto, sujeitou-se e pe-
diu a Boaz, muito mais velho que
ela, para fazer o papel de goël, ou
“resgatador-redentor”, casando-se
com ela segundo a Lei Mosaica pa-
ra que ela pudesse ter filhos e dar
continuidade ao nome de seu faleci-
do marido.
Normalmente esse pedido teria
sido feito em lugar público, por
exemplo, na porta da cidade. Mas
Rute era moabita, e Noemi prova-
velmente queria
poupar Boaz da
humilhação públi-
ca em caso de re-
cusa. Assim, fez
com que Rute fos-
se silenciosamente
à eira.
Comovido pela
lealdade e bonda-
de de Rute, Boaz
respondeu: “Tudo
quanto disseste eu te
farei, pois toda a ci-
dade do meu povo
sabe que és mulher
virtuosa” (Rt
3.11). Porém, ele
informou-a de que havia um resgata-
dor mais próximo, o primeiro a ter o
direito de casar com ela. Boaz disse
que iria à porta da cidade em nome
dela para perguntar ao resgatador se
ele estava interessado no casamento.
Fiel à sua palavra, Boaz foi à
porta da cidade e confrontou o res-
gatador. Depois de ser informado
que teria que se casar com Rute e
“suscitar o nome do esposo falecido, so-
bre a herança dele” (Rt 4.5), o resga-
tador rejeitou a idéia: “Para mim
não a poderei resgatar”, ele disse,
“para que não prejudique a minha
(herança); redime tu o que me cum-
pria resgatar, porque eu não poderei
fazê-lo” (Rt 4.6).
Ser um resgatador-redentor era
dispendioso. Implicava assumir todas
as dívidas e despesas da pessoa resga-
tada. No caso de Rute, o goël teria to-
da a despesa de sustentar uma famí-
lia e zelar por uma propriedade que,
no final, nunca seria sua. A Bíblia
não especifica as razões que levaram
o resgatador a recusar a oferta. Tal-
vez ele fosse casado e já tivesse uma
família para sustentar. Qualquer que
tenha sido seu motivo, ele pensou
nas conseqüências e não quis tornar-
se redentor. Então Boaz casou-se
com Rute, que tornou-se a mãe de
Obede, pai de Jessé, pai de Davi, que
veio a ser rei de Israel, de quem des-
cenderia Jesus Cristo.
As Escrituras ensinam que o Se-
nhor ama toda a Sua criação. Ele
escolheu o povo judeu como Seu
veículo especial para trazer Sua ver-
dade, Sua Palavra, Seu Messias e,
por fim, a Si Mesmo para o mundo.
A introdução de uma mulher moa-
bita na linhagem messiânica enfati-
za o fato de que o Messias Jesus
veio para redimir a todos, pois não
deseja que ninguém pereça, seja ju-
deu ou gentio (2 Pe 3.9). “Deus
amou ao mundo de tal maneira...”
(Jo 3.16) não é apenas teologia do
Novo Testamento – é uma verdade
defendida pela Bíblia inteira. Deus
ama a todos!
Como acontece com qualquer
um que venha para o caminho de
Deus, Rute é um troféu da graça di-
vina. Apesar de sua linhagem, ela
aceitou o Deus de Abraão, Isaque e
Jacó, o mesmo que foi também o
Deus de Davi, maior rei de Israel
depois do próprio Jesus. Davi aca-
bou sendo descendente da linha-
gem moabita, através de Rute, com
um parentesco bastante próximo.
O livro de Rute revela outra
grande verdade, pois proporciona
uma bela imagem da redenção da
humanidade que Deus realizou
através de Cristo, nosso Resgata-
dor-Redentor. No Jardim do Éden,
Adão e Eva pecaram, arrastando to-
da a humanidade para longe de
Deus. Ele prometeu redimir aquilo
que estava perdido (Gn 3.15). Por
isso, teve que tornar-se homem pa-
ra que pudesse ser o Resgatador e
readquirir o que já era Seu.
O apóstolo Paulo, ao escrever
para os Filipenses, explicou essa
profunda verdade: “Tende em vós o
mesmo sentimento que houve também
em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo
em forma de Deus, não julgou como
usurpação o ser igual a Deus; antes, a
15Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006
Deus escolheu o povo judeu como Seu veículo especial para
trazer Sua verdade, Sua Palavra, Seu Messias e, por fim,
a Si Mesmo para o mundo.
16. 16 Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006
si mesmo se esvaziou, assumindo a
forma de servo, tornando-se em seme-
lhança de homens; e, reconhecido em
figura humana, a si mesmo se humi-
lhou, tornando-se obediente até à mor-
te, e morte de cruz” (Fp 2.5-8).
Quando veio à terra, Jesus assu-
miu a forma de homem. A palavra
para “forma” é o termo grego mor-
phe, raiz da palavra metamorfose.
Jesus sempre havia sido Deus; mas
Ele morfou, ou seja, assumiu a apa-
rência de homem.
Mas isso não foi suficiente. Ele
assumiu a forma do tipo mais infe-
rior de homem – de escravo, de ser-
vo. De boa vontade um servo decla-
rava lealdade e amor a seu senhor
permitindo que, publicamente, lhe
fosse furada uma orelha com uma
sovela (Êx 21.5-6). Daquele momen-
to em diante, ele sempre seria identi-
ficado como servo de seu patrão e
comprometido com seu senhor.
Jesus declarou publicamente Seu
amor por nós e permitiu que Seu
corpo fosse traspassado na cruz do
Calvário. Antes que um corpo fosse
criado para Ele (Hb 10.5), Jesus era
puramente espírito, como Deus o
Pai. Quando veio a ser homem, po-
rém, Ele se identificou com a huma-
nidade e fez-se nosso Resgatador
mais próximo, e essa identificação
durará para sempre. Quando che-
garmos ao céu, veremos em
Seu corpo as marcas de Seu
amor por nós. Ele resgatou o
que era Seu, pagou o preço e
agora somos herança Sua.
Rute, a moabita, real-
mente pertence à linhagem
do Messias. Seu lugar nessa
lista é perfeito. Ela foi uma
mulher de fé humilde e
grande, cujo exemplo Deus
usa ainda hoje para mos-
trar-nos que “pela graça sois
salvos, mediante a fé” (Ef 2.8). Nas
palavras de Julia H. Johnston, escri-
tora de hinos, a graça do Senhor é
“maravilhosa, infinita, graça sem
igual, livremente concedida a todos os
que crêem. Você que anseia ver a face
do Senhor, tenha certeza que um dia
estará na Sua presença. (Israel My
Glory)
Tom Simcox é diretor de The Friends of Israel
nos estados do Nordeste dos EUA.
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As tendências da sociedade avan-
çam nitidamente em rumo descenden-
te. Por isso, é cada vez mais importan-
te olhar para cima, em direção à volta
de Jesus. O fato da Sua volta estar
próxima é demonstrado pelo primeiro
capítulo da Carta aos Romanos.
Um leitor nos enviou um recorte
do jornal “Frankfurter Allgemeine Zei-
tung” (da Alemanha), em que se lê:
Igualdade para homossexuais:
uma lei anticristã, hostil à
família e às crianças,
ameaça a Alemanha
A “lei da igualdade de tratamento”
planejada pela grande coalizão parti-
dária [que governa o país] ultrapassa
em muito as diretrizes traçadas pela
União Européia, principalmente por
causa da inclusão da “discriminação”
por “orientação sexual”.
Por exemplo, de acordo com essa
lei [alemã], mesmo instituições deno-
minacionais (escolas, internatos, enti-
dades, etc.) não poderão mais impedir
a manifestação aberta de relaciona-
mentos homossexuais. O direito traba-
lhista será colocado acima dos princí-
pios da família cristã.
Como se formarão famílias cristãs
com muitos filhos se não for mais pos-
sível impedir a presença de referen-
ciais e influências homossexuais, e até
mesmo a sedução de jovens, nem mes-
mo no ambiente familiar mais restrito
ou no contexto das igrejas?
O comportamento homossexual é
inequivocamente condenado no Novo
Testamento (veja Rm 1.24ss., 1 Co
6.9ss.). Ainda assim, é preciso tratar
as pessoas com esse tipo de tendência
com “respeito, compaixão e tato”. (...)
Mas a questão, no caso, é outra:
crianças só podem experimentar e vi-
ver valores cristãos e uma cultura fami-
liar cristã em um ambiente no qual a
moral cristã seja valorizada. Só quem
está enraizado nessa moral conseguirá
sobreviver mais tarde em uma socieda-
de tão descristianizada como a nossa.
E é justamente dessas famílias cris-
tãs com muitos filhos que a nossa so-
ciedade necessita com mais urgência –
A espiral de Romanos 1
17. 17Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006
e não apenas por causa da demogra-
fia. Nosso povo precisa de pais e
mães que cumpram as tarefas específi-
cas previstas pela ordem da criação.
Essas tarefas dadas pela natureza não
podem ser mudadas ou redefinidas a
nosso bel-prazer.
A partir do dia 1º de agosto de
2006, qualquer pessoa que defender
abertamente os ensinamentos bíblicos
ou o ensino moral católico em relação
à homossexualidade estará sujeita a
sofrer pesados processos judiciais
abertos por associações de homosse-
xuais. É inevitável que surjam severos
conflitos de consciência.
Numa questão em que a maio-
ria das igrejas evangélicas refor-
madas [da Alemanha] silenciou, a
igreja católica romana se manifes-
tou de forma bíblica. Será que só
a ela restou coragem suficiente
para posicionar-se publicamente?
Vamos usar esse tratamento
igual para homossexuais determi-
nado em lei como ponto de parti-
da para as seguintes considerações
sobre o primeiro capítulo da Carta
aos Romanos. Ele nos mostra a es-
piral descendente e cada vez mais
acentuada dos tempos do fim.
1. Em primeiro lugar, o após-
tolo fala da graça de Deus no
Evangelho de Jesus e da justiça
nele revelada, que vale sem exce-
ção para todos que nele crêem:
“Pois não me envergonho do
evangelho, porque é o poder
de Deus para a salvação de to-
do aquele que crê, primeiro do
judeu e também do grego; vis-
to que a justiça de Deus se re-
vela no evangelho, de fé em fé,
como está escrito: O justo vi-
verá por fé” (Rm 1.16-17). O
evangelho é o poder de Deus para
a salvação. Qualquer pecado pode
ser perdoado; o presente gracioso
da redenção sempre é mais pode-
roso do que qualquer culpa, por
maior que esta seja! A injustiça
pode ser grande, mas a justiça de
Deus é ainda mais poderosa (Rm
5.15-21; Rm 6.23). Pela fé em Je-
sus tudo pode ser superado; a fé
nEle permite o acesso a Deus e
nos abre o céu por toda a eterni-
dade. No momento ainda vivemos
neste tempo da graça, de portas
abertas por meio de Cristo.
Recentemente, durante uma
reunião em Roma, pudemos expe-
rimentar o fato de que a graça não
exclui ninguém. Depois que três
de nossos colaboradores tinham
terminado um concerto realizado
em honra ao Senhor, o líder do
nosso escritório italiano, Nino
Trimigno, exibiu no telão um
DVD sobre a história do filho
pródigo. Ao fim da reunião, três
pessoas converteram-se, entre elas
um transexual. Ele disse ter reco-
nhecido sua própria trajetória na
história do filho pródigo, e tive-
mos a firme impressão de que ele
havia se voltado de todo o coração
para Jesus Cristo.
2. Depois que o apóstolo Paulo
se referiu à graça do Evangelho,
ele mudou de assunto no versícu-
lo 18 e começou a falar sobre o
juízo futuro de Deus, que irrom-
perá no fim do tempo da graça:
“A ira de Deus se revela do
céu contra toda impiedade e
perversão dos homens que de-
têm a verdade pela injustiça”
(Rm 1.18). Antes que a ira de
Deus se revele, a graça de Deus
foi manifestada em Jesus Cristo
(v. 17). Mas a era da graça não
vai durar para sempre, ela tem um
prazo para terminar.
O apóstolo traz um exemplo do
passado para ilustrar a ira vindou-
ra de Deus: assim como Sodoma
foi destruída, nos tempos do fim o
juízo de Deus se derramará sobre
toda a terra. É interessante notar a
seqüência inspirada pelo Espírito
Santo, que se assemelha a uma es-
piral que alcança o Juízo Final.
Embora o Criador possa ser reco-
nhecido na criação, as pessoas se
tornaram insensatas em seus pen-
samentos e se afastaram de Deus:
“...porquanto o que de Deus se
pode conhecer é manifesto en-
tre eles, porque Deus lhes ma-
nifestou. Porque os atributos
invisíveis de Deus, assim o seu
eterno poder, como também a
sua própria divindade, clara-
mente se reconhecem, desde o
princípio do mundo, sendo
percebidos por meio das coisas
que foram criadas. Tais ho-
mens são, por isso, indesculpá-
veis; porquanto, tendo conhe-
cimento de Deus, não o glorifi-
caram como Deus, nem lhe
deram graças; antes, se torna-
ram nulos em seus próprios
raciocínios, obscurecendo-se-
lhes o coração insensato. In-
culcando-se por sábios, torna-
ram-se loucos” (vv. 19-22).
Essa descrição é um retrato
apurado da época do Iluminismo.
Numa questão em que a maioria das
igrejas evangélicas reformadas [da
Alemanha] silenciou, a igreja católica
romana se manifestou de forma bíblica.
Será que só a ela restou coragem
suficiente para posicionar-se
publicamente?
Do Nosso Campo Visual
18. Até então o homem não duvidava
da existência de um Deus vivo e
que Ele era o Criador de toda a vi-
da. As reformas ocorridas antes
dessa época, e que alcançaram seu
auge no século XVI, haviam plan-
tado profundamente no coração
das pessoas a imagem de Deus, a
salvação por Jesus Cristo e o poder
do Seu Evangelho. Aparentemen-
te, depois disso Satanás tomou
impulso para seu grande revide.
Pois a época do Iluminismo, que
se seguiu à Reforma, afastou-se
conscientemente do pensamento
cristão e substituiu a Palavra de
Deus pelo racionalismo humanis-
ta. Justamente na Europa conside-
rada cristã o Iluminismo transfor-
mou-se, entre meados do século
XVII e o século XVIII, em uma
corrente intelectual dedicada ao
racionalismo, que colocava o en-
tendimento e a razão como instân-
cia máxima acima da fé. A revela-
ção bíblica como fonte da fé foi re-
primida e deu-se impulso a uma
ciência natural desvinculada da
Palavra de Deus. O Iluminismo
desenvolveu sua maior influência
intelectual, social e política na
França e foi o precursor intelec-
tual da Revolução Francesa. “Pe-
los seus frutos os conhecereis”,
diz a Palavra de Deus (Mt 7.16).
Os filósofos daquela época consi-
deravam-se sábios, mas na verda-
de tornaram-se insensatos. Tanto
seus próprios corações quanto a
sociedade que influenciavam fo-
ram obscurecidos. Consideravam-
se sábios, mas tornaram-se tolos,
pois não perceberam que haviam
caído nas armadilhas do Diabo.
3. O Iluminismo gerou, no sé-
culo XIX, a teoria da evolução (a
teoria da evolução genética dos se-
res vivos), que alcançou influência
mundial por meio do cientista
Charles Darwin (1809-1882) e
passou a dominar a sociedade a
partir de então. Quem exclui Deus
e Sua Palavra de seus pensamen-
tos e coloca sua própria razão aci-
ma de tudo forçosamente precisa
desenvolver uma outra teoria para
a criação – uma teoria sem o Cria-
dor, que coloque a criatura no
centro. Cronologicamente, o tre-
cho seguinte de Romanos 1 apon-
ta exatamente para isso: “Incul-
cando-se por sábios, torna-
ram-se loucos e mudaram a
glória do Deus incorruptível
em semelhança da imagem de
homem corruptível, bem como
de aves, quadrúpedes e répteis.
Por isso, Deus entregou tais
homens à imundícia, pelas
concupiscências de seu próprio
coração, para desonrarem o
seu corpo entre si; pois eles
mudaram a verdade de Deus
em mentira, adorando e ser-
vindo a criatura em lugar do
Criador, o qual é bendito eter-
namente. Amém!” (vv. 22-25).
Os homens elevaram-se à posi-
ção de mestres da criação, degra-
dando o Senhor da Criação. A
verdade de Deus foi substituída
por uma mentira, e a criatura
(que na opinião deles se desenvol-
veu sozinha) recebeu mais honra
do que o Criador real, que merece
ser eternamente louvado. Embora
a ciência tenha provado que o na-
da não pode produzir algo – a não
ser pela interferência de um cria-
dor – a teoria da evolução foi ele-
vada à condição de deus. Que isso
só serve para degenerar o ser hu-
mano é demonstrado pelas pala-
vras seguintes de Romanos 1.
4. Se, em última instância, o
homem descende dos animais (de
acordo com a teoria da evolução) e
não deve mais explicações a Deus,
ele pode dar livre vazão às suas
paixões e fazer o que bem entende.
A teoria da evolução, por sua vez,
conduziu ao homossexualismo es-
cancarado no século XX, que hoje
é visto como algo totalmente nor-
mal e cujas parcerias são colocadas
em pé de igualdade com o matri-
mônio. Mas a Bíblia vê isso de for-
ma bem diferente: “Por causa
disso, os entregou Deus a pai-
xões infames; porque até as
mulheres mudaram o modo
natural de suas relações ínti-
mas por outro, contrário à na-
tureza; semelhantemente, os
homens também, deixando o
contacto natural da mulher, se
inflamaram mutuamente em
sua sensualidade, cometendo
torpeza, homens com homens,
e recebendo, em si mesmos, a
merecida punição do seu erro”
(vv. 26-27). Entrementes o modo
de vida homossexual já penetrou
em toda a nossa sociedade, na po-
lítica e, em parte, até mesmo nas
igrejas. Ele transformou-se em um
lobby praticamente sem oposição.
Mas quase ninguém nota que esses
já são os primeiros sinais do juízo
vindouro de Deus. A palavra
“...entregou...” descreve uma
reação decidida por parte de Deus
em relação a uma geração que O
desafia. Vivemos em uma época na
qual o homem reconhece apenas a
si mesmo como padrão e rejeita as
regras divinas. A Bíblia de Estudos
18 Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006
Do Nosso Campo Visual
De acordo com essa lei [alemã], mesmo
instituições denominacionais (escolas,
internatos, entidades, etc.) não
poderão mais impedir a manifestação
aberta de relacionamentos homossexuais.
19. com comentários de John MacAr-
thur diz em relação à frase “...e
recebendo, em si mesmos, a
merecida punição do seu er-
ro”: “Aqui vale a regra da semea-
dura e da colheita (Gl 6.7-8). Pau-
lo está se referindo ao poder auto-
destruidor do pecado. A AIDS é
apenas um dos muitos exemplos
assustadores dessa verdade”.
5. No fim tudo culmina em
uma rebelião total contra o Se-
nhor da vida, o que já podemos
experimentar hoje em dia: “E,
por haverem desprezado o co-
nhecimento de Deus, o pró-
prio Deus os entregou a uma
disposição mental reprovável,
para praticarem coisas incon-
venientes, cheios de toda in-
justiça, malícia, avareza e
maldade; possuídos de inveja,
homicídio, contenda, dolo e
malignidade; sendo difamado-
res, caluniadores, aborrecidos
de Deus, insolentes, soberbos,
presunçosos, inventores de
males, desobedientes aos pais,
insensatos, pérfidos, sem afei-
ção natural e sem misericór-
dia” (Rm 1.28-31).
O movimento jovem e da revo-
lução estudantil de 1968 marcou
a política atual e a vida cultural
dos países e das famílias. Li a res-
peito daquela época:
1968 – que ano! Uma juventude li-
berada e irrefreável derrubou de seu
pedestal a moral podre da sociedade
alemã do pós-guerra, pisoteando-a e
jogando no pó aquilo que durante sé-
culos havia sido considerado como a
maior de todas as virtudes: a castida-
de, a decência, a obediência piedosa
e o respeito submisso à lei e às autori-
dades... atrevida e ousadamente essa
juventude tratou de construir seu pró-
prio mundo, viver sua própria vida,
encontrar sua própria moral... Como
toda revolução verdadeira, foi uma re-
belião jovem; ela dirigiu-se contra o
antigo e os velhos, contra o que era
estabelecido e o que era incorreta-
mente aceito, contra o existente, con-
tra o establishment. ...“68 tornou-se
um mito”: irrompeu uma era totalmen-
te nova, com uma nova imagem do ser
humano – um ser humano livre, dono
de seu próprio nariz, que não se deixa
mais dominar por superiores, mas que
cria um mundo novo, livre e democrá-
tico, no qual sua personalidade possa
ser totalmente desenvolvida.1
O lema dessa época foi: “Há
mofo milenar sob as batinas”.
No nosso século XXI o despre-
zo por Deus é tão aberto e tão dis-
seminado quanto nunca antes. A
imoralidade e muitos outros peca-
dos estão completamente fora de
controle. Romances, artigos e fil-
mes zombam da Bíblia. A verdade
é transformada em mentira e mi-
lhões de pessoas são influenciados
por pensamentos anticristãos. O
traidor Judas é apresentado como
o único amigo de verdade, en-
quanto Jesus, o Filho de Deus, é
desprezado ao se dizer que ele foi
casado e teve filhos com Maria
Madalena. Evangelhos extrabíbli-
cos recebem mais atenção do que
os quatro Evangelhos de Jesus
Cristo. Além disso, a Palavra de
Deus é apresentada em novas
“versões”, que contradizem pro-
fundamente a santidade de Deus
e atacam de forma grotesca a hon-
radez da Bí-
blia. Assim,
a Palavra de
Deus é ex-
posta à zom-
baria e ao
desprezo.
Podemos
partir do
princípio de
que o dia da
ira de Deus
está próximo, pois aparentemente
nos encontramos muito pertos do
ponto mais baixo da “espiral de
Romanos 1”.
6. Porém, seria errado apontar
o dedo de forma friamente acusa-
dora para o mundo. Antes de
mais nada a Igreja de Jesus deve-
ria humilhar-se diante de Deus,
arrepender-se e voltar a expor a
Palavra de Deus sem concessões:
“Ora, conhecendo eles a sen-
tença de Deus, de que são pas-
síveis de morte os que tais coi-
sas praticam, não somente as
fazem, mas também aprovam
os que assim procedem. Por-
tanto, és indesculpável, ó ho-
mem, quando julgas, quem
quer que sejas; porque, no que
julgas a outro, a ti mesmo te
condenas; pois praticas as
próprias coisas que condenas”
(Rm 1.32-2.1). Quem se agrada
intimamente do pecado alheio,
mesmo que o condene exterior-
mente, torna-se cúmplice.
A verdade bíblica não pode ser
negada. Não, ela precisa ser teste-
munhada. É nossa responsabilida-
de apontar para o juízo vindouro
de Deus, que virá sobre todos
aqueles que ainda não crêem; mas
também podemos acompanhar
Paulo na proclamação do poder
do Evangelho que torna justo to-
do aquele que crê. (Norbert
Lieth)
19Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006
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20. 20 Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006
Resposta: Também podemos fa-
zer essa pergunta de outra forma: vive-
mos hoje sob a lei do Antigo Testa-
mento, ou seja, do sinal de Deus
para Israel, ou sob a graça em Jesus
Cristo? Essa – creio eu – é a melhor
resposta para sua dúvida, pois tanto
você quanto seus conhecidos testemu-
nham ser filhos de Deus. Êxodo 31.13-
17 mostra de forma repetida e inequí-
voca que o sábado era um sinal para
Israel: “Tu, pois, falarás aos filhos de Is-
rael e lhes dirás: Certamente, guardareis
os meus sábados; pois é sinal entre mim e
vós nas vossas gerações; para que saibais
que eu sou o SENHOR, que vos santifica.
Portanto, guardareis o sábado, porque é
santo para vós outros; aquele que o profa-
nar morrerá; pois qualquer que nele fizer
alguma obra será eliminado do meio do
seu povo. Seis dias se trabalhará, porém o
sétimo dia é o sábado do repouso solene,
santo ao SENHOR; qualquer que no dia do
sábado fizer alguma obra morrerá. Pelo
que os filhos de Israel guardarão o sábado,
celebrando-o por aliança perpétua nas
suas gerações. Entre mim e os filhos de Is-
rael é sinal para sempre; porque, em seis
dias, fez o SENHOR os céus e a terra, e, ao
sétimo dia, descansou, e tomou alento”.
Sem dúvida, a questão se o crente
em Jesus Cristo deveria guardar o sá-
bado era extremamente atual na igre-
ja primitiva, composta na maior parte
por judeus. Afinal, eles precisavam
refletir sobre a fé e a tradição religiosa
que cultivavam até então. Ainda as-
sim, o sábado não é relevante no No-
vo Testamento! O próprio Jesus não
dava ao sábado o mesmo valor que os
religiosos de Seu tempo (Jo 5.8ss.; Jo
7.23; Jo 9.14ss.). Em nenhum mo-
mento as cartas doutrinárias do Novo
Testamento indicam ou insinuam
que devemos guardar o sábado. Em
vez disso, o primeiro dia da semana
judaica, ou seja, o domingo, assume
uma posição importante.
Por exemplo, Jesus ressuscitou no
primeiro dia da semana, e também
era nesse dia que as primeiras igrejas
se reuniam.
“No findar do sábado, ao entrar o pri-
meiro dia da semana, Maria Madalena e a
outra Maria foram ver o sepulcro” (Mt
28.1). Mas a sepultura estava vazia! A
ressurreição de Cristo havia dado início
a algo totalmente novo.
“Ao cair da tarde daquele dia, o pri-
meiro da semana, trancadas as portas da
casa onde estavam os discípulos com medo
dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e
disse-lhes: Paz seja convosco!” (Jo 20.19).
“No primeiro dia da semana, estando
nós reunidos com o fim de partir o pão,
Paulo, que devia seguir viagem no dia
imediato, exortava-os...” (At 20.7).
Paulo deu orientações expressas
ao coríntios a respeito do que deve-
riam fazer nesse primeiro dia da se-
mana: “No primeiro dia da semana, ca-
da um de vós ponha de parte, em casa,
conforme a sua prosperidade, e vá jun-
tando, para que se não façam coletas
quando eu for” (1 Co 16.2).
Quando Paulo e Barnabé relata-
ram sua viagem missionária, aparece-
ram alguns fariseus que haviam se
convertido ao Senhor Jesus. Eles ain-
da se apegavam à tradição e achavam
que os gentios também deveriam ser
circuncidados e obedecer à lei de
Moisés. Assim, o primeiro concílio
dos apóstolos enfrentou um debate
de princípios (At 15.7) com o seguin-
te resultado: “...não devemos perturbar
aqueles que, dentre os gentios, se conver-
tem a Deus, mas escrever-lhes que se
abstenham das contaminações dos ídolos,
bem como das relações sexuais ilícitas,
da carne de animais sufocados e do san-
gue” (At 15.19-20). Não lemos ne-
nhuma palavra a respeito do sábado!
Quem pensa que deve guardar o
sábado deve estudar a Epístola aos
Gálatas, especialmente os versículos
4.10-11 e 5.3. É possível que a defesa
do sábado também esteja ligada a um
desejo – talvez inconsciente – de
completar a obra de redenção perfeita
e suficiente de Jesus Cristo com algu-
ma ação própria. Isso seria trágico,
pois o texto continua: “De Cristo vos
desligastes, vós que procurais justificar-
vos na lei; da graça decaístes” (Gl 5.4).
Além disso, o Novo Testamento se
refere a nove dos Dez Mandamentos
de Deus, mas não ao mandamento de
guardar o sábado! Portanto, não há
nenhum texto no Novo Testamento
que diga que os membros da Igreja de
Jesus dentre os gentios devem guardar
o sábado. Os adventistas podem argu-
mentar: “Mas os Dez Mandamentos
mostram que devemos guardar o sá-
bado!” É verdade, mas Mateus 12.8
diz expressamente: “Porque o Filho do
Homem é senhor do sábado”.
Por isso: “Ninguém, pois, vos julgue
por causa de comida e bebida, ou dia de
festa, ou lua nova, ou sábados, porque
tudo isso tem sido sombra das coisas que
haviam de vir; porém o corpo é de Cris-
to” (Cl 2.16-17). (Elsbeth Vetsch)
Sábado ou domingo?
Pergunta: “É mesmo verdade que deve-
mos guardar o sábado? Volta e meia,
cristãos que amam o Senhor Jesus que-
rem me convencer a santificar o sábado
ao Senhor, e não o domingo. Tenho difi-
culdades em ver as coisas dessa forma,
mas gostaria de saber mais a respeito
do que a Bíblia diz sobre esse tema”.
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