O documento apresenta um resumo do especial publicado pela revista Caros Amigos sobre os 35 anos do PT. O texto destaca as conquistas sociais dos governos petistas, mas também as críticas internas e externas ao partido, incluindo acusações de corrupção e a perda de apoio popular. A reportagem traz entrevistas com lideranças do PT que debatem os desafios atuais da sigla, como reconectar-se com suas bases e defender reformas políticas, apesar da resistência das elites.
O documento discute o contexto político das eleições de 2014 no Brasil e no Distrito Federal, com foco no PT. Aponta ataques ideológicos à esquerda e ao PT, e analisa os resultados eleitorais no DF, onde o governador Agnelo Queiroz sofreu oposição, apesar de realizações. Defende que o PT tire lições e construa programa de oposição combatendo desmandos e corrupção.
O impeachment de Dilma Rousseff consumado no dia de hoje (12/05/2016) representa o fim da era PT porque produziu a maior devastação sobre a economia brasileira e a maior corrupção em toda a história do País. Durante a era PT, o Brasil foi arruinado economicamente porque o sistema econômico brasileiro faliu ao dobrar a dívida pública que evoluiu de R$ 1,6 trilhões em 2010 para R$ 3,3 trilhões em 2016, além de apresentar crescimento econômico negativo rumo à depressão, taxa de inflação acima de 10%, desemprego em massa (10 milhões de desempregados), falência generalizada de empresas (51,4% micro e pequenas empresas, 22,2% companhias de médio porte e 26,4% de grandes empresas), desindustrialização (10% do PIB), precariedade extrema dos serviços públicos de educação e saúde e gargalo logístico. Além disso, o valor de mercado da Petrobras encolheu em US$ 200 bilhões desde o início do governo Dilma Rousseff. A penalidade sofrida por Dilma Rousseff de impeachment pelo crime de responsabilidade foi muito pequena quando deveria ser responsabilizada, também, por ter arruinado economicamente o Brasil, quebrado a Petrobras e ter sido conivente com o estado de corrupção política sistêmica desenfreada que é conhecido como cleptocracia, o que literalmente significa "país governado por ladrões". O PT e seus aliados se encaminham definitivamente para o lixo da história.
O documento descreve os direitos de propriedade intelectual dos conteúdos do jornal Público, que pertencem ao Público - Comunicação Social S.A. Os assinantes não podem copiar, alterar ou distribuir os conteúdos sem permissão.
1) O Brasil está passando por uma crise econômica, política e social, com sinais de desintegração do modelo econômico e falência das instituições.
2) A estagnação econômica está aumentando o desemprego e desigualdade, reduzindo receitas do governo e ameaçando o bem-estar da população.
3) A incapacidade do governo em lidar com a crise e corrupção pode levar ao aumento da violência política, possivelmente desencadeando uma guerra civil ou golpe militar.
O documento discute a crise política e econômica no Brasil, criticando a gestão do PT no poder. Aponta que o PT cometeu erros graves que levaram à perda de credibilidade e apoio popular, e que o futuro do partido é incerto. Também analisa as estratégias do PMDB para assumir o poder no contexto da crise.
1) O Brasil está passando por uma crise econômica, política e social, com sinais de desintegração do Estado e risco de convulsão social.
2) A continuação da crise pode levar a quatro cenários: impeachment, renúncia ou deposição de Dilma Rousseff, ou intervenção militar.
3) É necessária uma reforma do Estado e do sistema político para evitar uma guerra civil ou ditadura no país.
O documento discute vários projetos e organizações de esquerda na América Latina, incluindo a UNASUL, o Foro de São Paulo e o PT brasileiro. O Foro de São Paulo reúne partidos de esquerda bienalmente para promover a integração regional e o socialismo. Há críticas de que busca implantar o comunismo na região.
Miniguia explicativo da vitória de Trump: a reta final das eleições norte-ame...Professor Belinaso
Como a grande mídia encontrou dificuldades para explicar a vitória de Trump, devido a torcida para Hillary, este guia pretende mostrar alguns fatos políticos que marcaram a reta final da campanha e ajudam a desvendar o mistério.
O documento discute o contexto político das eleições de 2014 no Brasil e no Distrito Federal, com foco no PT. Aponta ataques ideológicos à esquerda e ao PT, e analisa os resultados eleitorais no DF, onde o governador Agnelo Queiroz sofreu oposição, apesar de realizações. Defende que o PT tire lições e construa programa de oposição combatendo desmandos e corrupção.
O impeachment de Dilma Rousseff consumado no dia de hoje (12/05/2016) representa o fim da era PT porque produziu a maior devastação sobre a economia brasileira e a maior corrupção em toda a história do País. Durante a era PT, o Brasil foi arruinado economicamente porque o sistema econômico brasileiro faliu ao dobrar a dívida pública que evoluiu de R$ 1,6 trilhões em 2010 para R$ 3,3 trilhões em 2016, além de apresentar crescimento econômico negativo rumo à depressão, taxa de inflação acima de 10%, desemprego em massa (10 milhões de desempregados), falência generalizada de empresas (51,4% micro e pequenas empresas, 22,2% companhias de médio porte e 26,4% de grandes empresas), desindustrialização (10% do PIB), precariedade extrema dos serviços públicos de educação e saúde e gargalo logístico. Além disso, o valor de mercado da Petrobras encolheu em US$ 200 bilhões desde o início do governo Dilma Rousseff. A penalidade sofrida por Dilma Rousseff de impeachment pelo crime de responsabilidade foi muito pequena quando deveria ser responsabilizada, também, por ter arruinado economicamente o Brasil, quebrado a Petrobras e ter sido conivente com o estado de corrupção política sistêmica desenfreada que é conhecido como cleptocracia, o que literalmente significa "país governado por ladrões". O PT e seus aliados se encaminham definitivamente para o lixo da história.
O documento descreve os direitos de propriedade intelectual dos conteúdos do jornal Público, que pertencem ao Público - Comunicação Social S.A. Os assinantes não podem copiar, alterar ou distribuir os conteúdos sem permissão.
1) O Brasil está passando por uma crise econômica, política e social, com sinais de desintegração do modelo econômico e falência das instituições.
2) A estagnação econômica está aumentando o desemprego e desigualdade, reduzindo receitas do governo e ameaçando o bem-estar da população.
3) A incapacidade do governo em lidar com a crise e corrupção pode levar ao aumento da violência política, possivelmente desencadeando uma guerra civil ou golpe militar.
O documento discute a crise política e econômica no Brasil, criticando a gestão do PT no poder. Aponta que o PT cometeu erros graves que levaram à perda de credibilidade e apoio popular, e que o futuro do partido é incerto. Também analisa as estratégias do PMDB para assumir o poder no contexto da crise.
1) O Brasil está passando por uma crise econômica, política e social, com sinais de desintegração do Estado e risco de convulsão social.
2) A continuação da crise pode levar a quatro cenários: impeachment, renúncia ou deposição de Dilma Rousseff, ou intervenção militar.
3) É necessária uma reforma do Estado e do sistema político para evitar uma guerra civil ou ditadura no país.
O documento discute vários projetos e organizações de esquerda na América Latina, incluindo a UNASUL, o Foro de São Paulo e o PT brasileiro. O Foro de São Paulo reúne partidos de esquerda bienalmente para promover a integração regional e o socialismo. Há críticas de que busca implantar o comunismo na região.
Miniguia explicativo da vitória de Trump: a reta final das eleições norte-ame...Professor Belinaso
Como a grande mídia encontrou dificuldades para explicar a vitória de Trump, devido a torcida para Hillary, este guia pretende mostrar alguns fatos políticos que marcaram a reta final da campanha e ajudam a desvendar o mistério.
Este documento apresenta trechos de entrevistas com líderes sindicais brasileiros realizadas entre 1979-1980 sobre os movimentos operários e sindicais no Brasil e suas visões sobre política e democracia. As entrevistas abordam a repressão sofrida pelos trabalhadores no regime militar e sua crescente organização e lutas reivindicatórias nos anos 1970, bem como as discussões em torno dos partidos políticos e a busca por representação política dos trabalhadores.
Aula de Sociologia no Ensino Médio - Narrativas sobre o Impeachment de Dilma IIProfessor Belinaso
O documento relata sobre a perda de apoio do Partido dos Trabalhadores junto aos trabalhadores brasileiros devido à crise econômica e escândalos de corrupção. Apesar de apoiarem o impeachment de Dilma Rousseff, os mais pobres não se identificavam com a oposição, que defendia diminuir o papel do Estado, ao invés de estender a rede de segurança social.
O documento analisa os governos de centro-esquerda na América Latina e argumenta que eles não representam um "novo vento de esquerda". Sob o governo Lula no Brasil e Kirchner na Argentina, as políticas econômicas continuaram alinhadas com as demandas do FMI e dos interesses do capital internacional, sem promover mudanças sociais ou redistribuição significativa de renda.
Lula foi eleito presidente do Brasil em 2002 após 12 anos tentando, capitalizando o fracasso do governo FHC. Seu governo trouxe novas políticas sociais e sua popularidade ultrapassou 80%, apesar de acusações de corrupção. Dilma Rousseff foi eleita primeira presidente mulher em 2010, trazendo novos desafios para a esquerda no poder.
Este documento discute a visão da direita sobre o governo Dilma e o PT. A direita vê Dilma como fraca e controlada por Lula, enquanto o PT continua as mesmas políticas do governo Lula. A esquerda deve criticar essa análise e apontar os avanços do governo PT desde 2002, como o crescimento econômico e a redução da pobreza, mesmo em meio à crise global.
Aula de Sociologia - Narrativas Norte-Americanas sobre o Impeachment de Dilma...Professor Belinaso
O documento discute a cobertura da imprensa internacional sobre a crise política no Brasil em 2016, incluindo o impeachment de Dilma Rousseff. Dois editoriais, um do The Economist e outro do New York Times, mostram o interesse estrangeiro nos acontecimentos no Brasil. A delação de Delcídio Amaral acelerou a crise política, expondo um esquema de corrupção na Petrobras.
Aula de Sociologia no Ensino Médio: os primeiros dias do governo TemerProfessor Belinaso
O documento descreve a posse de Michel Temer como presidente interino do Brasil após o impeachment de Dilma Rousseff, analisando as críticas à composição conservadora e masculina de seu primeiro gabinete ministerial, que não incluiu nenhuma mulher.
O documento descreve a trajetória de vida de Lula desde o nascimento até se tornar presidente do Brasil. Resume os principais programas sociais lançados por seu governo voltados para famílias de baixa renda, como o Bolsa Família. Também define o que é lulismo e quando aconteceu o realinhamento eleitoral que levou a esse fenômeno.
O documento discute a crise política e econômica no Brasil sob o governo Dilma Rousseff. Afirma que a economia está em declínio com altas taxas de desemprego e falência de empresas, enquanto as instituições políticas estão corrompidas. Prediz que em 2016 o Brasil será convulsionado por confrontos entre forças que apoiam e se opõem ao governo Dilma, possivelmente exigindo intervenção militar para manter a ordem.
1) O Brasil está passando por uma grave crise econômica, política e social que ameaça seu futuro. O governo Temer é fraco e incapaz de lidar com a situação.
2) O sistema econômico, político e jurídico do Brasil falhou completamente. Isso levou a população a perder a confiança nas instituições e aumentou o apoio à intervenção militar.
3) Uma nova constituinte é necessária urgentemente para estabelecer um novo contrato social e ordenar os sistemas do país, ou o Brasil corre
O ESTADO BRASILEIRO EM DEBATE: ENTRE AS MUDANÇAS NECESSÁRIAS E AS ELEIÇÕES 2014UFPB
O debate sobre “Qual o Estado que queremos?” e “Estado para quê e para quem?” percebe-se que é evitado por muitos setores e grupos políticos tanto de oposição, como alguns grupos partidários que compõem a situação no atual governo. Além de ser um debate considerado “complicado” do ponto de vista teórico, técnico e político, é considerado pouco viável do ponto de vista eleitoral. Claro, que, além disso, propor o debate sobre um Estado promotor de igualdade social tenderia a desestabilizar zonas de conforto, desconcentrar poder e recursos públicos direcionados para corporações e grupos mercantis privados. Esse debate sobre Estado no Brasil junto com a sociedade talvez seja adiado por muito tempo ainda, por mais que não faltem evidências de que precisa ser feito.
Manifestações nas ruas, as eleições em 2014 e a política do Bem X Mal UFPB
O documento discute como a política no Brasil tem sido reduzida a uma visão dicotômica de "esquerda x direita", ignorando a diversidade de movimentos sociais e questões. Também critica como as mídias e redes sociais têm estimulado uma cultura política superficial que não leva a mudanças reais. Defende uma reflexão sobre o tipo de democracia e estado desejado no país.
Como superar os atuais problemas econômicos e político institucionais do brasilFernando Alcoforado
O documento discute os problemas econômicos e políticos do Brasil e propõe soluções, incluindo: (1) a economia brasileira está em recessão com alto desemprego e falência de empresas; (2) a política está comprometida pela corrupção generalizada; (3) o autor propõe uma Assembleia Nacional Constituinte para reformar o sistema político, econômico e administrativo do país.
Aula de Sociologia no Ensino Médio: protestos, crises e preocupações nos prim...Professor Belinaso
O documento descreve protestos contra o governo interino de Michel Temer no Brasil no final de maio de 2016, incluindo artistas, produtores e atores ocupando prédios públicos e fazendo shows contra Temer, enquanto boatos sobre Temer ser satanista se espalhavam.
O documento analisa as manifestações de junho no Brasil e suas possíveis consequências políticas. Discute que o país e as instituições do Estado permaneceram intactos, e que as manifestações não representaram uma crise revolucionária. Também argumenta que o descontentamento popular se deve a razões sociais mais profundas do que uma crise econômica, e que a ausência de liderança do movimento operário limitou o alcance político dos protestos.
O documento discute a desmoralização da esquerda no Brasil, especialmente o PT. Aponta que o PT e aliados fracassaram em promover mudanças sociais e levaram o país à bancarrota econômica, além de se envolverem em esquemas de corrupção generalizada. Defende a formação de um governo provisório para convocar uma assembleia constituinte e solucionar a crise política e social no país.
Como evitar o arruinamento político e administrativo do brasilFernando Alcoforado
A corrupção política faz parte da estrutura do capitalismo brasileiro. Não que a corrupção tenha surgido e seja exclusividade do capitalismo, mas é um coadjuvante importante para a sustentação deste. Com certeza, para que o capitalismo possa se desenvolver plenamente precisa mais da corrupção do que da competição no denominado "livre mercado". Os ladrões de colarinhos brancos são dos mais diferentes tipos. Alguns são burgueses ou pequeno-burgueses e outros são oriundos de camadas sociais mais baixas que veem em suas participações nos governos um meio de aumentarem seus patrimônios pessoais. Os problemas econômicos do País e a corrupção endêmica presente em todas as instâncias do governo só serão superados com a adoção das medidas seguintes: 1) o impeachment de Dilma Rousseff e Michel Temer por serem ambos responsáveis pelo descalabro político e administrativo do Brasil; 2) a cassação do mandato dos corruptos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal; 3) constituição de um governo provisório composto por pessoas competentes e de moral ilibada que teria a responsabilidade de convocar uma nova Assembleia Constituinte para promover a reforma do Estado e da Administração Pública em novas bases; 4) o banimento de partidos políticos e parlamentares comprometidos com a corrupção; 5) a formação de novos partidos políticos após a nova Constituinte; e, 6) a convocação de novas eleições gerais no País.
Brasil rumo a uma reestruturação profunda ou ao colapso dos sistemas político...Fernando Alcoforado
A caótica situação política e econômica do Brasil aponta no sentido de que o País caminha para uma encruzilhada ou ponto de bifurcação que pode resultar em avanços com a superação da crise atual ou seu inverso com o colapso de suas estruturas políticas e econômicas de consequências imprevisíveis. A superação da crise atual não acontecerá pura e simplesmente com a saída de Dilma Rousseff e do PT e seus aliados do poder. É preciso que toda a superestrutura política e jurídica e o sistema econômico do Brasil sejam profundamente reestruturados e as ineficientes estruturas de governo sejam modificadas para evitar que seu colapso leve o País à ingovernabilidade total e dar margem ao advento de um regime de exceção para manter a ordem dominante.
O documento argumenta que manter Michel Temer no poder é prejudicial ao Brasil devido à crise política, econômica e ética no país. O autor afirma que o sistema político brasileiro beneficia apenas os ricos e corruptos e que a política econômica de Temer tende a agravar a crise. Conclui que o Brasil precisa de um novo governo para lidar com as múltiplas crises atuais.
This document lists the community hospitals and associated pharmacies in Puebla, Mexico. It provides the name of 20 community hospitals along with the name and address of the pharmacy located nearest each hospital. The hospitals and pharmacies are spread across multiple cities and towns in the state of Puebla.
Para convertirse en una mariposa, una oruga debe encerrarse en una crisálida donde su cuerpo se destruye excepto por su sistema nervioso, transformándose en una mariposa. Inicialmente la nueva mariposa emerge de la crisálida inmóvil e incapaz de desplegar sus alas, pero pronto las abre y vuela lejos.
Este documento apresenta trechos de entrevistas com líderes sindicais brasileiros realizadas entre 1979-1980 sobre os movimentos operários e sindicais no Brasil e suas visões sobre política e democracia. As entrevistas abordam a repressão sofrida pelos trabalhadores no regime militar e sua crescente organização e lutas reivindicatórias nos anos 1970, bem como as discussões em torno dos partidos políticos e a busca por representação política dos trabalhadores.
Aula de Sociologia no Ensino Médio - Narrativas sobre o Impeachment de Dilma IIProfessor Belinaso
O documento relata sobre a perda de apoio do Partido dos Trabalhadores junto aos trabalhadores brasileiros devido à crise econômica e escândalos de corrupção. Apesar de apoiarem o impeachment de Dilma Rousseff, os mais pobres não se identificavam com a oposição, que defendia diminuir o papel do Estado, ao invés de estender a rede de segurança social.
O documento analisa os governos de centro-esquerda na América Latina e argumenta que eles não representam um "novo vento de esquerda". Sob o governo Lula no Brasil e Kirchner na Argentina, as políticas econômicas continuaram alinhadas com as demandas do FMI e dos interesses do capital internacional, sem promover mudanças sociais ou redistribuição significativa de renda.
Lula foi eleito presidente do Brasil em 2002 após 12 anos tentando, capitalizando o fracasso do governo FHC. Seu governo trouxe novas políticas sociais e sua popularidade ultrapassou 80%, apesar de acusações de corrupção. Dilma Rousseff foi eleita primeira presidente mulher em 2010, trazendo novos desafios para a esquerda no poder.
Este documento discute a visão da direita sobre o governo Dilma e o PT. A direita vê Dilma como fraca e controlada por Lula, enquanto o PT continua as mesmas políticas do governo Lula. A esquerda deve criticar essa análise e apontar os avanços do governo PT desde 2002, como o crescimento econômico e a redução da pobreza, mesmo em meio à crise global.
Aula de Sociologia - Narrativas Norte-Americanas sobre o Impeachment de Dilma...Professor Belinaso
O documento discute a cobertura da imprensa internacional sobre a crise política no Brasil em 2016, incluindo o impeachment de Dilma Rousseff. Dois editoriais, um do The Economist e outro do New York Times, mostram o interesse estrangeiro nos acontecimentos no Brasil. A delação de Delcídio Amaral acelerou a crise política, expondo um esquema de corrupção na Petrobras.
Aula de Sociologia no Ensino Médio: os primeiros dias do governo TemerProfessor Belinaso
O documento descreve a posse de Michel Temer como presidente interino do Brasil após o impeachment de Dilma Rousseff, analisando as críticas à composição conservadora e masculina de seu primeiro gabinete ministerial, que não incluiu nenhuma mulher.
O documento descreve a trajetória de vida de Lula desde o nascimento até se tornar presidente do Brasil. Resume os principais programas sociais lançados por seu governo voltados para famílias de baixa renda, como o Bolsa Família. Também define o que é lulismo e quando aconteceu o realinhamento eleitoral que levou a esse fenômeno.
O documento discute a crise política e econômica no Brasil sob o governo Dilma Rousseff. Afirma que a economia está em declínio com altas taxas de desemprego e falência de empresas, enquanto as instituições políticas estão corrompidas. Prediz que em 2016 o Brasil será convulsionado por confrontos entre forças que apoiam e se opõem ao governo Dilma, possivelmente exigindo intervenção militar para manter a ordem.
1) O Brasil está passando por uma grave crise econômica, política e social que ameaça seu futuro. O governo Temer é fraco e incapaz de lidar com a situação.
2) O sistema econômico, político e jurídico do Brasil falhou completamente. Isso levou a população a perder a confiança nas instituições e aumentou o apoio à intervenção militar.
3) Uma nova constituinte é necessária urgentemente para estabelecer um novo contrato social e ordenar os sistemas do país, ou o Brasil corre
O ESTADO BRASILEIRO EM DEBATE: ENTRE AS MUDANÇAS NECESSÁRIAS E AS ELEIÇÕES 2014UFPB
O debate sobre “Qual o Estado que queremos?” e “Estado para quê e para quem?” percebe-se que é evitado por muitos setores e grupos políticos tanto de oposição, como alguns grupos partidários que compõem a situação no atual governo. Além de ser um debate considerado “complicado” do ponto de vista teórico, técnico e político, é considerado pouco viável do ponto de vista eleitoral. Claro, que, além disso, propor o debate sobre um Estado promotor de igualdade social tenderia a desestabilizar zonas de conforto, desconcentrar poder e recursos públicos direcionados para corporações e grupos mercantis privados. Esse debate sobre Estado no Brasil junto com a sociedade talvez seja adiado por muito tempo ainda, por mais que não faltem evidências de que precisa ser feito.
Manifestações nas ruas, as eleições em 2014 e a política do Bem X Mal UFPB
O documento discute como a política no Brasil tem sido reduzida a uma visão dicotômica de "esquerda x direita", ignorando a diversidade de movimentos sociais e questões. Também critica como as mídias e redes sociais têm estimulado uma cultura política superficial que não leva a mudanças reais. Defende uma reflexão sobre o tipo de democracia e estado desejado no país.
Como superar os atuais problemas econômicos e político institucionais do brasilFernando Alcoforado
O documento discute os problemas econômicos e políticos do Brasil e propõe soluções, incluindo: (1) a economia brasileira está em recessão com alto desemprego e falência de empresas; (2) a política está comprometida pela corrupção generalizada; (3) o autor propõe uma Assembleia Nacional Constituinte para reformar o sistema político, econômico e administrativo do país.
Aula de Sociologia no Ensino Médio: protestos, crises e preocupações nos prim...Professor Belinaso
O documento descreve protestos contra o governo interino de Michel Temer no Brasil no final de maio de 2016, incluindo artistas, produtores e atores ocupando prédios públicos e fazendo shows contra Temer, enquanto boatos sobre Temer ser satanista se espalhavam.
O documento analisa as manifestações de junho no Brasil e suas possíveis consequências políticas. Discute que o país e as instituições do Estado permaneceram intactos, e que as manifestações não representaram uma crise revolucionária. Também argumenta que o descontentamento popular se deve a razões sociais mais profundas do que uma crise econômica, e que a ausência de liderança do movimento operário limitou o alcance político dos protestos.
O documento discute a desmoralização da esquerda no Brasil, especialmente o PT. Aponta que o PT e aliados fracassaram em promover mudanças sociais e levaram o país à bancarrota econômica, além de se envolverem em esquemas de corrupção generalizada. Defende a formação de um governo provisório para convocar uma assembleia constituinte e solucionar a crise política e social no país.
Como evitar o arruinamento político e administrativo do brasilFernando Alcoforado
A corrupção política faz parte da estrutura do capitalismo brasileiro. Não que a corrupção tenha surgido e seja exclusividade do capitalismo, mas é um coadjuvante importante para a sustentação deste. Com certeza, para que o capitalismo possa se desenvolver plenamente precisa mais da corrupção do que da competição no denominado "livre mercado". Os ladrões de colarinhos brancos são dos mais diferentes tipos. Alguns são burgueses ou pequeno-burgueses e outros são oriundos de camadas sociais mais baixas que veem em suas participações nos governos um meio de aumentarem seus patrimônios pessoais. Os problemas econômicos do País e a corrupção endêmica presente em todas as instâncias do governo só serão superados com a adoção das medidas seguintes: 1) o impeachment de Dilma Rousseff e Michel Temer por serem ambos responsáveis pelo descalabro político e administrativo do Brasil; 2) a cassação do mandato dos corruptos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal; 3) constituição de um governo provisório composto por pessoas competentes e de moral ilibada que teria a responsabilidade de convocar uma nova Assembleia Constituinte para promover a reforma do Estado e da Administração Pública em novas bases; 4) o banimento de partidos políticos e parlamentares comprometidos com a corrupção; 5) a formação de novos partidos políticos após a nova Constituinte; e, 6) a convocação de novas eleições gerais no País.
Brasil rumo a uma reestruturação profunda ou ao colapso dos sistemas político...Fernando Alcoforado
A caótica situação política e econômica do Brasil aponta no sentido de que o País caminha para uma encruzilhada ou ponto de bifurcação que pode resultar em avanços com a superação da crise atual ou seu inverso com o colapso de suas estruturas políticas e econômicas de consequências imprevisíveis. A superação da crise atual não acontecerá pura e simplesmente com a saída de Dilma Rousseff e do PT e seus aliados do poder. É preciso que toda a superestrutura política e jurídica e o sistema econômico do Brasil sejam profundamente reestruturados e as ineficientes estruturas de governo sejam modificadas para evitar que seu colapso leve o País à ingovernabilidade total e dar margem ao advento de um regime de exceção para manter a ordem dominante.
O documento argumenta que manter Michel Temer no poder é prejudicial ao Brasil devido à crise política, econômica e ética no país. O autor afirma que o sistema político brasileiro beneficia apenas os ricos e corruptos e que a política econômica de Temer tende a agravar a crise. Conclui que o Brasil precisa de um novo governo para lidar com as múltiplas crises atuais.
This document lists the community hospitals and associated pharmacies in Puebla, Mexico. It provides the name of 20 community hospitals along with the name and address of the pharmacy located nearest each hospital. The hospitals and pharmacies are spread across multiple cities and towns in the state of Puebla.
Para convertirse en una mariposa, una oruga debe encerrarse en una crisálida donde su cuerpo se destruye excepto por su sistema nervioso, transformándose en una mariposa. Inicialmente la nueva mariposa emerge de la crisálida inmóvil e incapaz de desplegar sus alas, pero pronto las abre y vuela lejos.
El documento presenta el currículum de Nora Schmulevich, arquitecta argentina residente en España. Detalla sus estudios y título universitario, su experiencia laboral independiente y los proyectos y obras realizados tanto en Argentina como en España, donde ha participado en numerosos concursos públicos y privados, obteniendo varios premios. También incluye una lista de publicaciones y una descripción de sus actividades profesionales.
Trabajo de tutorial de orofino, gago, vergera.Luis
El documento proporciona información sobre la World Wide Web y cómo buscar información en ella. Explica que la Web ha cambiado la forma en que las personas se comunican en todo el mundo y que se basa en la presentación de documentos en la pantalla. También describe dos formas de acceder a sitios web: directamente a través de las direcciones URL o mediante el uso de motores de búsqueda como Google.
Innovación Disruptiva en Turismo Online - Javier Moral WebCongress Malaga 2011Javier Moral
Tips sobre innovación disruptiva con ejemplos de caso de éxito en turismo online.
Ponencia de Javier Moral en el WebCongress Malaga 2011.
www.disruptivos.com
The Strokes es una banda de rock formada en Nueva York en 1998 que ganó popularidad con su álbum debut Is This It de 2001. La banda está compuesta por Julian Casablancas, Albert Hammond Jr., Nikolai Fraiture, Nick Valensi y Fabrizio Moretti. Han vendido más de 8 millones de discos y lanzado otros álbumes como Room on Fire, First Impressions of Earth, Angles y Comedown Machine.
Aksh provides IPTV services in India through partnerships with MTNL and BSNL. It has the largest IPTV subscriber base in South Asia. Key features of Aksh's IPTV include interactive services like A-Tube, a video classifieds platform, and iControl Mall for online shopping through the TV. Aksh aims to expand IPTV agreements with other telecom providers and grow services to mobile and other platforms to benefit from industry convergence.
Este documento describe la Ley 238 de 2004, también conocida como la Carta de Derechos de las Personas con Impedimentos en Puerto Rico. La ley busca garantizar los derechos de las personas con discapacidad en áreas como empleo, educación, transporte, recreación, seguridad y vivienda. También establece deberes para el Estado como adoptar medidas para crear conciencia sobre los derechos de las personas con discapacidad y coordinar recursos para satisfacer sus necesidades.
La Unión Europea ha propuesto un nuevo paquete de sanciones contra Rusia que incluye un embargo al petróleo. El embargo prohibiría las importaciones de petróleo ruso por mar y por oleoducto, aunque se concederían exenciones temporales a Hungría y Eslovaquia. El objetivo es aumentar la presión económica sobre Rusia para que ponga fin a su invasión de Ucrania.
Norman Bottrill es un artista uruguayo conocido por sus dibujos y pinturas abstractas que representan figuras humanas de forma estilizada. El documento resume la trayectoria artística de Bottrill, incluyendo su formación, primeras exposiciones en la década de 1970 y estilo pictórico caracterizado por líneas suaves y formas que invitan al espectador a imaginar historias propias. El documento también incluye críticas elogiando la sensibilidad y originalidad del trabajo de Bottrill.
Kajukenbo es un arte marcial híbrido, que combina el Karate coreano tradicional o tang soo do, el Judo, el Jiu-Jitsu, el Kenpo, y el boxeo chino Kung Fu.
Para más información pueden visitar nuestro blog http://gimares-stboi.blogspot.com.es/ o contactar al teléfono 665.601.857 o vía e-mail ares.stboi@gmail.com
John Bray is seeking a position as a wind turbine technician. He has over 2 years of experience in wind energy and holds numerous safety and technical certifications. He has a certificate in Wind Energy and Turbine Technician Technology from Texas State Technical College and experience commissioning and performing preventative maintenance on Acciona wind turbines in North Dakota and Texas. Previously, he worked for over 6 years as a lead auto glass technician, where he installed glass and performed repairs.
El documento lista varios tipos de personas problemáticas que pueden encontrarse en un lugar de trabajo, incluyendo personas que acosan, chismean, llegan borrachos, son perezosos, sucios u ofensivos. También menciona un jefe abusivo que vigila constantemente a sus empleados con la intención de molestarlos.
medidas de esterilizacion de neumotorax de la universidad de mexicoJonnathan Cespedes
Este documento describe un estudio sobre las características clínicas, epidemiológicas, diagnósticas y radiográficas del neumotórax traumático, espontáneo e iatrogénico en pacientes mayores de 18 años en dos hospitales ecuatorianos. El estudio encontró que el neumotórax traumático fue el más prevalente, con dolor moderado y taquicardia como síntomas comunes. La radiografía de tórax fue el método de diagnóstico más usado. El tratamiento consistió en tor
The lymphangiogenic growth factors VEGF-C and VEGF-D, Part 1: Fundamentals an...belatoth666
VEGF-C and VEGF-D are the two central signaling molecules that stimulate the development and the growth of lymphatic system. Both belong to the VEGF protein family which plays important roles in the growth of blood vessels (angiogenesis) and lymphatic vessels (lymphangiogenesis). In mammals the VEGF family comprises five members: VEGF, PlGF, VEGF-B, VEGF-C and VEGF-D. The family was named after its first discovered member VEGF (“Vascular Endothelial Growth Factor”). VEGF-C and VEGF-D form functionally and structurally a subgroup within this family. They differ from the other VEGFs by their peculiar biosynthesis: they are produced as inactive precursors and need to be activated by proteolytic removal of their long N- and C-terminal propeptides. Unlike the other VEGFs, VEGF-C and VEGF-D are direct stimulators of lymphatic growth. They exert their lymphangiogenic function via VEGF receptor-3, which is expressed in the adult organism almost exclusively on lymphatic endothelial cells. In this review we give an overview of the VEGF protein family and their receptors with the emphasis on the lymphangiogenic VEGF-C and VEGF-D, and we discuss their biosynthesis and their role in embryonic lymphangiogenesis.
Un diaporama pour mettre en fond lors d'un débat suite à une projection du film Le revenu de base.
Testé une première fois (version un peu plus courte) lors d'une projection à Montauban vendredi dernier : très bon retour.
2nd test à venir à Toulouse le 31/03.
Il n'est pas vraiment fait pour être lu de façon linéaire mais plutôt pour sauter d'une diapo à l'autre en fonction des questions (clic droit, Aller à).
Temps d'appropriation nécessaire donc.
La partie sur le financement est à compléter.
J'ai repris et remercie les auteurs des articles suivants et ceux du documentaire lui-même :
http://www.lepost.fr/article/2011/03/05/2424995_remboursez-nous-ou-nous-prenons-l-elysee.html
http://www.peripheries.net/article326.html
http://owni.fr/2011/03/17/revenu-minimum-garanti/
Coopérativement
Boris PRAT
Revenudexistence.info
O crescimento da extrema direita no Brasil - Esther SolanoMiguel Rosario
Este documento analisa o crescimento da extrema-direita no Brasil, representada pelo deputado Jair Bolsonaro. Apresenta resultados de entrevistas com apoiadores de Bolsonaro, que o veem como político honesto contra a "classe política corrupta". Consideram que as políticas sociais como Bolsa Família protegem criminosos em detrimento dos "cidadãos de bem". Além disso, movimentos sociais são vistos como grupos que abusam de direitos para obter vantagens do Estado. A crise política e econômica no Brasil criou um cen
1. O documento apresenta quatro opiniões de intelectuais sobre os recentes protestos no Brasil.
2. Zander Navarro analisa as razões por trás dos protestos, incluindo insatisfação da classe média com escândalos políticos e falta de liderança dos movimentos.
3. Francisco José dos Santos Braga resume uma fábula sobre uma crise causada por burros, banqueiros e autoridades que se unem em detrimento do povo.
4. O documento fornece perspectivas sobre os motivos e possíveis impactos dos protest
O documento discute os impactos do golpe de 2016 no Brasil e no Sistema Único de Saúde (SUS). A crise política e econômica resultante levou a um aumento da pobreza e da mortalidade, ameaçando as conquistas do SUS. Reformas impostas pelo governo Temer visam desmontar o Estado de bem-estar social brasileiro em benefício de interesses conservadores.
O documento discute as condições necessárias para o estabelecimento de democracias estáveis na América Latina. Afirma que a região tem um legado histórico que dificulta o progresso democrático, como o patrimonialismo colonial e a desigual distribuição de terra. Argumenta que uma situação socioeconômica mais igualitária é um pressuposto para uma democracia estável, e que a democracia e a igualdade devem se desenvolver mutuamente.
Política, manifestações e o pensamento conservador no Brasil - Parte IUFPB
As ações do Estado e dos diversos movimentos sociais não podem ser consideradas antagônicas, apesar de opostas, pois surgem em um cenário de interdependência entre si e são fruto do atual momento histórico e do arranjo de forças do capitalismo no Brasil e no mundo, com reverberações sócio culturais no campo da política. Essa não é uma provocação ao debate para aqueles que comemoram dados espetaculares e estatísticas em relação a outros países, que acham bacana a “corrida maluca” por índices como o de Gini ou PIB, os quais foram criados como forma de medir, ranquear e julgar o desenvolvimento capitalista dos “países em desenvolvimento” em relação aos “países desenvolvidos”.
Para uma constituição democrática com caráter de urgência – 1GRAZIA TANTA
1) O documento discute as limitações da democracia e da constituição atual, argumentando que servem mais os interesses de poucos do que da maioria da população.
2) Aponta que o poder econômico se concentrou em poucas instituições e pessoas, capturando os aparelhos de estado para seus próprios interesses através da manipulação das leis e políticas fiscais.
3) Isso faz com que as instituições democráticas funcionem como uma fachada, afastando a população dos processos de decisão
Este documento propõe temas para debate no 5o Congresso do Partido dos Trabalhadores e discute a experiência de governo do PT nos últimos 11 anos. Reconhece conquistas, mas também limites e desafios, como a necessidade de reformas políticas e de entender novas demandas sociais emergentes. Defende a construção de uma narrativa do governo petista para responder às críticas e orientar ações futuras.
O documento contém 8 questões sobre temas relacionados a democracia e política no Brasil. Cada questão contém múltiplas assertivas que devem ser julgadas como verdadeiras ou falsas. O feedback fornece a resposta correta para cada questão.
1) O documento discute se votar ou não nas próximas eleições é a decisão correta, concluindo que votar em Dilma Rousseff e no Partido Socialista Brasileiro (PSB) é o caminho para preservar avanços e aprofundar reformas.
2) O PSB apoia Dilma e tem um histórico de luta por liberdade, igualdade e democracia. Eles acreditam que democracia, liberdade e socialismo são inseparáveis.
3) O documento pede voto para Carlos Eugênio Clemente como
Este documento discute a importância da participação nas próximas eleições no Brasil. Argumenta que votar é agora a posição política mais correta para preservar os avanços conquistados sob o governo Lula e aprofundar as reformas com Dilma Rousseff. Também recomenda votar no Partido Socialista Brasileiro e no candidato Carlos Eugênio Clemente para defender esses objetivos no Congresso Nacional.
Política, manifestações e o pensamento conservador no brasil – Parte IIUFPB
O documento discute o crescimento de manifestações de ódio e preconceito nas redes sociais e como isso estimula um projeto de poder político conservador. Também analisa como a exposição excessiva desse tipo de conteúdo nas redes tende a banalizar o problema, em vez de promover um debate político profundo.
O documento discute a necessidade de o PT retornar às suas raízes originais e se reconectar com os movimentos sociais e a periferia. Aponta que o partido se distanciou de sua trajetória ética ao se alinhar com setores conservadores no poder e criticar erros como cortes em programas sociais e apoio a reformas impopulares. Defende a reinvenção do PT por meio de uma análise autocrítica e o abandono do financiamento privado em favor de novas formas de construir o socialismo.
A uma democracia de controlo poderá suceder uma democracia de liberdadeGRAZIA TANTA
Porque é que o impacto das políticas anti-populares tem tão escasso relevo na transformação do quadro político em Portugal? Qual a natureza do regime democrático em Portugal? Qual a relação entre a corrupção e a revolução? Porque a esquerda social não se transforma em esquerda política?
Vivemos na atualidade no Brasil, uma única catástrofe, como afirmava Walter Benjamin, ensaísta, crítico literário, tradutor, filósofo e sociólogo judeu alemão, associado à Escola de Frankfurt, de que o inferno não é aquilo que chegará, mas sim é essa vida aqui e agora. Estamos vivendo no Brasil uma era cuja principal característica é o aprofundamento da barbárie devido a existência de: 1) um sistema político-institucional corrupto e desmoralizado; 2) um sistema econômico falido; e, 3) uma sociedade em franco processo de desagregação. Urge a eleição de um presidente da República que aglutine a nação em torno de um projeto comum de desenvolvimento nacional e possibilite construir um novo pacto social no Brasil, através de uma Assembleia Nacional Constituinte, para realizar uma profunda reforma política, econômica, do Estado e da Administração Pública no País.
Este documento fornece um roteiro para apresentar o conteúdo do caderno de formação do PT para novos filiados. Ele destaca as principais ideias sobre a história de luta do PT, os motivos de sua fundação, e a visão do Brasil que o partido está construindo sob os governos do PT.
1) O documento discute as instituições brasileiras e como chegamos ao ponto atual de crise institucional.
2) É mencionado que as instituições incluem o Congresso, partidos políticos e sociedade civil, além dos órgãos de controle como o STF.
3) O autor argumenta que o Brasil precisa de novas reformas institucionais, como nas ferramentas de poder político e no estado, para superar a crise atual.
O documento discute três fatores que permitiram o crescimento de movimentos liberais e conservadores no Brasil nos últimos anos: 1) o poder da internet e circulação de ideias, 2) a democracia e garantias constitucionais, 3) as revelações de Roberto Jefferson sobre o escândalo do mensalão, que enfraqueceram o PT. Sem esses fatores, o autor argumenta que o Brasil poderia estar sob uma ditadura petista hoje.
O documento discute as recentes rebeliões sociais lideradas por jovens em todo o mundo. Aponta que, apesar de causas específicas diferentes, as manifestações compartilham insatisfação com desigualdades, precariedade e falta de oportunidades, defendendo um Estado social que promova educação e saúde públicas. Também observa que os protestos expressam uma "luta de classes sem vanguardas" e rejeitam a política institucional, usando redes sociais para mobilização.
O documento descreve a resolução do Partido dos Trabalhadores (PT) sobre o "Socialismo Petista". Ele afirma que o PT sempre teve um compromisso com a democracia e a luta contra o capitalismo, que é visto como injusto e excludente. Embora o PT tenha sido crítico de experiências de "socialismo real" por falta de democracia, ele mantém o objetivo de construir uma sociedade socialista no Brasil que seja radicalmente democrática.
Social democracia. afunda-se ou renova-se (1ª parte)GRAZIA TANTA
A social-democracia tradicional surgiu como fórmula de gestão dos capitalismos nacionais, com o envolvimento dos trabalhadores nessa gestão. Hoje, não passa de uma técnica de gestão política e económica que pouco difere do liberalismo e do conservadorismo.
Semelhante a Caros amigos - entrevista Rui Falcão (20)
Social democracia. afunda-se ou renova-se (1ª parte)
Caros amigos - entrevista Rui Falcão
1. ESPECIAL ano XIX no
75
R$ 11,90
PTPTPTPTPTPT35 ANOS
PARA O BEM E PARA O MAL
ANTIPETISMO
ÓDIO DE CLASSE
E INTOLERÂNCIA
ARTIGOS
JOSÉ ARBEX JR
MÁRCIO POCHMANN
VALTER POMAR
ENTREVISTA
LINCOLN SECCO
“O PT NUNCA FOI
REVOLUCIONÁRIO”
001_capa_PT35_75.indd 1 23/06/15 00:16
2. ESPECIAL
PT 35 ANOS
SUMÁRIO
CORTAR A PRÓPRIA CARNE
EDITOR EXECUTIVO: Aray Nabuco EDITORA ASSISTENTE: Nina Fideles REPÓRTERES: Anna Beatriz dos Anjos, Ernesto Marques, Igor Carvalho, José Arbex Jr, Lilian Primi, Lúcia Rodrigues, Marcio Pochmann,
Tadeu Breda, Valter Pomar REVISÃO: Luciano Gaubatz ARTE: Simone Riqueira CONSULTOR EDITORIAL: José Arbex Jr. MARKETING: André Herrmann (Diretor), Pedro Nabuco de Araújo (Gerente) RELAÇÕES
INSTITUCIONAIS: Cecília Figueira de Mello ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO: Lúcia Benito Ricco CONTROLE E PROCESSOS: Wanderley Alves e Douglas Jerônimo LIVROS E PROJETOS ESPECIAIS: Clarice Alvon
APOIO: Neidivaldo dos Anjos, Renato Faria e Zélia Coelho ATENDIMENTO AO LEITOR: Zélia Coelho ASSESSORIA JURÍDICA: Aton Fon Filho, Juvelino Strozake, Susana Paim Figueiredo, Luis F. X. Soares de
Mello, Eduardo Gutierrez; Pillon e Pillon Advogados REPRESENTANTE DE PUBLICIDADE: BRASÍLIA: Joaquim Barroncas (61) 9115-3659.
DIRETOR GERAL: WAGNER NABUCO DE ARAÚJO
CAROS AMIGOS, ano XIX, Edição Especial nº 75, é uma publicação da Editora Caros Amigos Ltda. Registro nº 1176000, no 9º Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Comarca de São Paulo.
Distribuída com exclusividade no Brasil pela DINAP S/A - Distribuidora Nacional de Publicações, São Paulo. IMPRESSÃO: Gráfica Log & Print
REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Rua Diana, 377, CEP 05019-000, São Paulo, SP Telefone (11) 3123-6600; 0800.777.6601 (Assinatura) E-MAILS: redacao@carosamigos.com.br (Jornalismo);
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Em um texto publicado na internet, intitulado Mudar o PT para
Continuar Mudando o Brasil, o presidente do Partido dos Traba-
lhadores, Rui Falcão, elencando as conquistas sociais dos governos
petistas, afirma que os ataques ao partido se devem não aos erros,
mas aos acertos nesses doze anos no palco do poder central. É pre-
ciso reconhecer de fato tais conquistas e levar em consideração vá-
rios elementos, como a direita brasileira, sempre reativa a qualquer
mudança, sobretudo as que beneficiam camadas populares e lhes
ameaçam privilégios. Falcão também faz o exercício de apontar as
mudanças que o poder ou a busca dele impôs ao partido: longe das
ruas, acomodado nos esquemas eleitorais, nas alianças e gabinetes,
distante das bases sociais que determinaram seu estrondoso cres-
cimento nos 35 anos de existência, completados em fevereiro des-
te 2015 – e que, apesar dos percalços políticos e éticos, dos ata-
ques na mídia, das investigações no Judiciário, continua crescendo.
O texto do presidente nacional da sigla, publicado pouco tempo
antes do 5º Congresso, realizado em Salvador (BA), já faz parte de
um choque: a dificuldade para eleger Dilma no ano passado, acen-
deu definitivamente a luz vermelha, que já vinha piscando desde
junho de 2013. E em todos os sentidos figurados: o de alerta pela
perda de terreno para a direita e pelo debate que passou a se evi-
denciar nas fileiras internas, como esperança de devolver ao parti-
do a relação com as bases sociais que um dia teve, e mesmo com o
objetivo pelo qual foi criado: a construção do socialismo, que ago-
ra parece remoto. Em outras palavras: andar e agir novamente à es-
querda, resgatar a empolgação da militância, popularizada em em-
blemas históricos como “oPTei” ou “Lula Lá”.
É nesse cenário de puxa-empurra, de dúvidas sobre o futuro po-
lítico e rumos, de críticas pesadas tanto ao partido, quanto ao se-
gundo governo Dilma, de denúncias de corrupção e ameaças de
impeachment e ataques da mídia hegemônica que o especial de Ca-
ros Amigos se apresenta como um balanço, ainda que longe de ser
definitivo, dessas mais de três décadas de petismo. Reportagens, ar-
tigos e entrevistas mesclam visões de dentro e de fora do partido –
militantes, estudiosos e analistas –, que buscam avaliar como o PT
chegou na situação em que se encontra, avaliam conjunturas, in-
cluindo a “nova” direita e o “antipetismo” e possíveis saídas, que
para muitos, está à esquerda. Ainda que, para o PT, envolto nas ar-
madilhas da governabilidade de um sistema eleitoral também anti-
quado, não seja tão simples andar para este lado.
Boa leitura.
ESPECIAL CAROS AMIGOS
JULHO
EDITORA CAROS AMIGOS
Capa: Simone Riqueira
REPORTAGENS
ESTRELA
O esgotamento do “lulismo” 9
Por Anna Beatriz dos Anjos e Igor Carvalho
LINHA DO TEMPO
A vitória da contradição
Por Lilian Primi
INTOLERÂNCIA
A perigosa fórmula do antipetismo
Por Anna Beatriz Anjos e Igor Carvalho
CONGRESSO
Mais do mesmo
Por Ernesto Marques
MEMÓRIAS
Cartazes
ENTREVISTAS
Rui Falcão: Sob fogo cruzado 4
Por Aray Nabuco e Tadeu Breda
Lincoln Secco: “O PT nunca foi revolucionário”
Por Lúcia Rodrigues
ARTIGOS
BALANÇO
Qual presente aos 35?
Valter Pomar
VIRADA
“Lula lá” é onde hoje o PT está
Por José Arbex Jr
DESAFIOS
PT: a próxima grande mudança
Por Marcio Pochmann
ALTERCOM
Associação Brasileira de Empresas e
Empreendedores da Comunicação
Site: altercom.org.br
ESPECIAL ano XIX no
75
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PARA O BEM E PARA O MAL
ANTIPETISMO
ÓDIO DE CLASSE
E INTOLERÂNCIA
ARTIGOS
JOSÉ ARBEX JR
MÁRCIO POCHMANN
VALTER POMAR
ENTREVISTA
LINCOLN SECCO
“O PT NUNCA FOI
REVOLUCIONÁRIO”
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3. Especial PT 35 anos • Julho 20154 www.carosamigos.com.br
SOB FOGO CRUZADO
Por Aray Nabuco e Tadeu Breda
C
abeça de uma legião de mais de 1,5
milhão de filiados, Rui Falcão está en-
tre saraivadas de balas. De um lado, a
oposição atirando no segundo governo petista de
Dilma Rousseff, com ameaças de impeachment,
uma mídia e um Judiciário seletivos, e de outro,
um partido que olha para si mesmo com estra-
nhamento pelas distâncias que percorreu desde
os princípios e ideais de sua fundação.
Caros Amigos – No Golpe nos anos 1960, a
direita conseguiu brecar o avanço do trabalhis-
mo, que não era esquerda, e dos comunistas, que
naquela época eram uma força social e política.
E hoje, a mesma direita tenta limar o petismo. É
possível fazer alguma relação?
Rui Falcão – A relação que se faz é a seguin-
te: os setores da classe dominante, de várias co-
lorações, eles têm uma resistência muito grande
a um processo de reformas de que o País se res-
sente. Várias das bandeiras dos anos 60, mesmo
o País tendo mudado, mesmo com a economia
mais avançada, continuam atuais: reforma po-
lítica, a questão da remessa de lucros; e outra
coisa semelhante é assim: toda vez que os seto-
res populares começam a avançar, tem conquis-
tas, elevam o seu padrão, a classe dominante re-
siste e quer barrar esse avanço.
Em 64, o que mobilizou a classe dominan-
te e a direita também era o avanço do sindi-
calismo, o risco do comunismo e o combate à
corrupção. Palavra de ordem dos militares era
combater a corrupção e a subversão. Subversão
era a organização das classes populares, as ligas
camponesas, que pregavam a reforma agrária.
Deste ponto de vista, hoje, você tem a emer-
gência de vários setores, a questão da aber-
tura das universidades para negros, para
pessoas que nunca tiveram condição, en-
tão, isso incomoda os setores dominan-
tes, porque esse crescimento nos seto-
res populares, que identificam as
suas conquistas com um par-
tido ou com um governo,
tende a se projetar nas
eleições. Isso vai
criando uma pers-
pectiva de muito
crescimento para as forças populares e é preciso
barrar isso. E hoje a gente nota no plano inter-
nacional, inclusive, que o fato de haver vários
governos populares na América Latina, na Amé-
rica do Sul, principalmente, faz com que haja
tentativas de desestabilização, seja pelo sufoca-
mento econômico, seja pelo golpe – hoje já não
se fala mais em golpe como no passado, agora
é o golpe constitucional, como teve no Paraguai,
em Honduras… E como houve aqui a tentativa do
impeachment no
começo do ano,
que agora
na voz de
a l g u n s
colunistas
c o m e ç a
a voltar
por conta do Tribunal de Contas da União (que
contestou as contas do governo de 2014; até o
fechamento desta edição, o caso não havia tido
uma conclusão, mas Rui acreditava na entre-
vista que o governo iria se explicar). São coi-
sas que se repetem, embora em outras conjun-
turas, mas a resistência da elite às mudanças, à
ascensão dos setores populares é a mesma. E a
dificuldade de mexer com mecanismos de poder
real. Você vê que nós estamos há doze anos no
governo, mas a mídia monopolizada permane-
ce intocada, setores do Judiciário extremamen-
te conservadores, a seletividade de setores do
Ministério Público e da Polícia Federal nas in-
vestigações, ou seja, é muito difícil você, mes-
mo no governo, promover essas mudanças pela
composição social, pelo peso da classe domi-
nante, pela força do rentismo, do grande ca-
pital. Em outros lugares, a conjuntura é mais
simples, no Chile estão colocando a constituin-
te, no Equador, na Venezuela, mudaram várias
coisas dentro das instituições; na Argentina a
Lei de Meios…
Alguns analistas e críticos avaliam que é uma
responsabilidade do PT não ter feito as reformas.
Eu acho que nós deixamos de fazer duas coi-
sas importantes, talvez por ter feito na oca-
sião uma avaliação diferente da conjuntu-
ra da que eu faço hoje, que é a ter tido
uma iniciativa para democratizar a
mídia logo no início do primeiro
governo Lula, que se tratava
de regulamentar artigos da
Constituição; e a segun-
da, que eu relevo, por-
que o Lula na verdade
enviou duas propostas
sobre reforma ao Con-
gresso Nacional, que
é a reforma do siste-
ma político eleitoral.
Você não consegue
mudar a composi-
ção do Congresso
Nacional, por onde
podem passar ins-
titucionalmente as
REPRODUÇÃO/PÁGINA 13
Em entrevista, presidente do PT aborda a situação do partido e da política em momento
de ameaças da oposição e críticas de aliados
entrevista RUI FALCÃO
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4. 5www.carosamigos.com.br Especial PT 35 anos • Julho 2015
reformas, se você não alterar principalmen-
te a questão do financiamento, que hoje é um
financiamento empresarial tanto para partido
ou para candidato. Quer dizer, o peso do po-
der econômico, o peso da mídia, tudo conju-
gado, acaba promovendo essa composição do
Congresso Nacional, que muitas vezes numa
aliança ajuda a eleger um presidente popu-
lar, e depois impede que ele avance no gover-
no. É uma contradição. Isso só se resolve hoje,
na minha opinião, se você conseguir convo-
car uma Constituinte exclusiva para fazer a re-
forma política. As pessoas (o Congresso elei-
to) não querem mudar um sistema que lhes é
benéfico. Você vê: acabaram com a reeleição,
pelo menos em primeira votação, para presi-
dente da República, mas não há nenhuma tra-
va para que os mandatos parlamentares se re-
produzam continuamente.
A gente sabe que é bastante difícil promo-
ver essas mudanças num país como o Brasil, mas
por que o PT não levou essas bandeiras às últi-
mas consequências?
Primeiro, é preciso acentuar que nesses doze
anos muita coisa mudou.
Sim, mas falando especificamente das refor-
mas.
Sim, mas eu queria mostrar isso porque fo-
ram mudanças significativas. Hoje o Brasil é
outro. O que seria do Brasil sem o governo do
PT e sem seus aliados? Não quero me esten-
der aqui no rol de conquistas que nós tivemos,
principalmente na área social, não é? Agora, o
PT tem se empenhado. A bandeira da democra-
tização da mídia ela vem desde a fundação do
PT, nós temos acentuado isso permanentemen-
te. Ocorre que o governo não é um governo
que tem o predomínio do PT. É um governo
dito de coalisão e nas circunstâncias atuais,
nós somos quase a minoria do governo, quer
dizer, um Congresso que opera o tempo todo
para forçar concessões, e a mídia é pedra de
toque. Basta ver que a primeira declaração do
atual presidente da Câmara (Eduardo Cunha-
-PMDB), foi dizer que “ali não passará” nada
que diga respeito à democratização da mídia,
nem nada que diga respeito aos costumes.
Agora mesmo na questão das desonerações,
há uma proposta de alíquota mínima diferen-
ciada para quatro setores: alimentação para a
cesta básica – parece uma coisa justa, se você
não decompõem os subsetores que estão aí, não
é só feijão ou arroz, tem mais coisa –; call cen-
ters; transportes, com o argumento da questão
da mobilidade urbana, e comunicação. Quer di-
zer, o setor da comunicação social teria uma
alíquota reduzida na desoneração.
O verdadeiro partido de oposição do País,
na minha opinião, é a mídia monopolizada. Os
outros partidos, o DEM, o PSDB e outros, eles
vão capturar votos, mas quem forja o pensa-
mento dominante, quem forja costumes, hábi-
tos, o consumerismo, é a mídia monopolizada.
Nós precisamos reunir força política para isso.
O período em que isso era possível fazer, eu
acho, foi no início do governo Lula. No Con-
gresso que está aí, você não vai conseguir re-
gulamentar a Constituição.
Mas houve momentos, como você falou, no
começo do governo Lula e também no final,
quando saiu da Presidência com 80% de popu-
laridade…
Como disse, acho que houve uma avaliação,
num primeiro momen-
to, diferente da corre-
lação. Eu acho que ti-
nha uma correlação
favorável. Quem esta-
va no governo acho
que entendeu de outra
maneira.
E você vem notan-
do assim o seguinte:
nós conseguimos, no período Lula, que hou-
vesse uma convergência, com facilidades mui-
to grandes de colocar produtos brasileiros no
exterior; uma conjuntura de geração de empre-
gos, a criação de um forte mercado interno de
massa que não havia, em função das políticas
de distribuição de renda, de valorização do sa-
lário mínimo real. Isso fez com que setores do
centro, setores do empresariado convergissem
para apoiar o governo Lula, a tal ponto que
foi possível naquele momento uma dobradinha
Lula-José Alencar, que representava alianças
de setores populares com uma nesga do em-
presariado nacional.
Com o correr do tempo, você tem uma mu-
dança do cenário internacional. A crise de
2008, a extensão dessa crise que é muito lon-
ga e cujo término nós não somos capazes de
prever ainda, mostrou duas coisas: primeiro, se
você quer continuar, manter as políticas sociais
e avançar, é preciso mudar aquele modelo que
teve exportações favorecidas pelas commodi-
tes, e uma neutralização, até uma certa adesão,
de setores da classe dominante. E o que ocor-
re hoje é o seguinte: não dá mais para fazer o
ganha-ganha. Então, os setores que começaram
a sentir essa mudança estão se descolando da
gente, desde o início até a metade do governo
Dilma. E ao se descolarem começaram a en-
grossar uma oposição. Esse setor que emergiu,
criando a nova classe trabalhadora, foi atingi-
do nesse momento. Então você tem: quem es-
tava em cima sentindo a pressão de quem teve
conquista e esse pessoal que está pressionando
para cima vê a possibilidade de cair – começou
a ter um certo nível de desemprego, a inflação
voltou… Nessas circunstâncias, você reconstitui
uma base social mais ampla, estabelece uma
pauta mínima de reivindicações, uma pauta
unitária, que a meu ver – eu não chamo de
frente de esquerda, não, mas frente democrá-
tica e popular, uma frente social, que não tem
a ver com aliança eleitoral –; eu faria assim: a
questão nacional tendo no centro como pilar a
Petrobras – você vê que tem dois projetos no
Senado agora para vulnerar a Petrobras, tudo
em nome dos escândalos e tal, é acabar com a
condição de operadora única da Petrobras.
Do José Serra.
É. E mudar a política de conteúdo nacio-
nal. Se isso se obtém, o próximo passo é aca-
bar com o regime de partilha, e aí abrir para as
majors do petróleo.
O segundo pon-
to: faria a questão
democrática, que é
um tema que não
só interessa para
os setores popula-
res, como setor das
classes médias, mes-
mo setores do em-
presariado. E a questão nacional, nós estamos
sob ameaça, né? Volta e meia a questão do
impeachment, aumenta nas pesquisas a desva-
lorização da democracia, a rejeição à política,
rejeição aos partidos políticos, é uma conjuntu-
ra de instabilidade, que não é conveniente para
a democracia.
Num terceiro ponto eu poria a defesa dos di-
reitos e das conquistas dos trabalhadores, tendo
na pauta a questão da jornada de trabalho, a
defesa do emprego, a manutenção dos ganhos
reais de salário. E um quarto ponto, que esse é
mais problemático, que não reúne os mesmos
consensos dos três primeiros, que é a questão
das reformas. Reformas que dizem respeito ao
bem-estar e à democracia. A reforma urbana,
segurança pública, a mobilidade urbana. A re-
forma agrária, não mais como negócio da con-
quista de terra e tal, mas uma reforma que per-
mita a ampliação da produção de alimentos de
qualidade para a população, e que contemple a
questão ambiental também. E a reforma polí-
tica e a reforma da mídia. Agora, isso precisa
muito esforço, precisa de muita compreensão.
Sobre a reforma política, nós procuramos
associar aos movimentos mais gerais que exis-
tiam e que não tinham nossa proposta exa-
tamente. Tanto a questão da coalisão como
a proposta do movimento contra a corrupção
eleitoral. Inclusive na disputa no Congresso,
nós abdicamos da questão do financiamento
público exclusivo para flexibilizar em direção
ao fim do financiamento empresarial. Abrimos
mão da questão da lista…
Na disputa do Congresso, nós flexibiliza-
mos para ter um conjunto maior. Continua-
mos a dizer “vamos fazer uma política de redu-
ção de danos no Congresso”, porque achamos
que para fazer a verdadeira reforma, é só com
constituinte exclusiva. E o que está saindo lá...
“O governo não é um governo
que tem o predomínio do PT.
É um governo dito de coalisão
e nas circunstâncias atuais,
nós somos quase a minoria do
governo”
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5. Especial PT 35 anos • Julho 20156 www.carosamigos.com.br
Acho que vai tornando mais nítido para vários
setores que o Congresso não é o foro privile-
giado para fazer a reforma.
Você tem contradições também entre o
Partido e o Governo. O Partido tem uma di-
mensão estratégica, um projeto de longo pra-
zo de construir uma sociedade socialista. E o
Governo, além das limitações institucionais, o
prazo de mandato, congrega outras forças polí-
ticas que não têm o seu programa. Então é um
trabalho de construção mesmo, que exige luta
social, exige diálogo entre forças partidárias e
setores do partido inclusive, e exige atuação
institucional também. Então é uma construção.
Mas uma das críticas ao PT é o distanciamen-
to dos movimentos sociais, das bases. Teria con-
dições de mobilizar?
Eu acho que sim. Também tem uma coisa
assim: é mais as diretrizes políticas do que o
distanciamento físico, vamos dizer, porque a
CUT, por exemplo, os Sem Terra, todos eles têm
militantes do PT. O problema é que nós passa-
mos a privilegiar excessivamente o que é cha-
mado de luta institucional. As prefeituras, os
governos de estado, os aparatos institucionais,
a supremacia dos mandatos parlamentares, e as
instâncias partidárias foram se esvaziando. Esse
movimento que nós estamos tentando agora
reverter. Se você pegar a Carta de Salvador,
que foi um documento aprovado na segunda
etapa do 5º Congresso, tem uma avaliação des-
se período, tem uma autocrítica com relação a
isso, e nós temos que tomar agora medidas or-
ganizativas para efetivar essa política.
Você fala do resgate do PT e depois de doze
anos na institucionalidade, será que é possível
resgatar aquele PT das origens? O PT ainda bus-
ca o socialismo?
Com certeza. Eu acho que sim...
Ou já se tornou um PT social-democrata?
Houve um momento quando há a queda do
Muro (de Berlim, em 1989) e, depois, a disso-
lução da União Soviética que teve uma crise
muito grande no campo da disputa do proje-
to socialista. Nós já vínhamos de uma tradição
que não tinha modelos, o PT não é um partido
ideológico, ele não exigia que seus filiados lu-
tassem por qualquer tipo de modelo, mas a sua
definição era de um partido que buscava cons-
truir o socialismo pela via democrática. A partir
dessa dissolução dos países do socialismo real
você tem uma crise também, ao mesmo tem-
po em que o neoliberalismo se afirmava como
quase pensamento único, houve um momento
de perplexidade da esquerda mundial, de fazer
um balanço daquelas experiências, e ao mes-
mo tempo fazer uma nova reelaboração.
Mais recentemente, acho que há uma reto-
mada, você tem muita gente hoje com novas
elaborações. Essa semana mesmo, esteve aqui
no Brasil David Harvey que é um geógrafo
marxista com uma elaboração crítica do pen-
samento marxista, sobre o socialismo, acen-
tuando inclusive a necessidade de ter um olhar
muito forte para as lutas urbanas. Ele até faz
um exame da comuna de Paris, mostrando que
foi uma luta fora das fábricas. As barricadas, as
reivindicações. Então ele hoje vê a importância
dos partidos de esquerda estarem levando em
conta o que é a luta na classe operária pelas fá-
bricas, mas também a luta dos trabalhadores na
área de serviços, e principalmente lutas como
essas que teve aqui pelo Bilhete Único, do Pas-
se Livre (Movimento Passe Livre), as reivindi-
cações por moradia, todo processo de urbani-
zação recente das metrópoles, que na verdade
são processos de colocação de capital sobran-
do, de reprodução e acumulação de capital, En-
tão, começam a haver, eu acho, novos olha-
res, novas visões, sobre como caminhar para a
construção do cená-
rio social. O PT está
retomando esse ca-
minho também e va-
mos começar a fazer
uma crítica do capi-
talismo em escala mundial, que hoje é etapa
do neoliberalismo, buscar uma análise da so-
ciedade brasileira mais profunda. Toda vez que
tem uma mudança muito grande, como ocorreu
nesses doze, treze anos, você tem um rearran-
jo de classes, setores de classe, que leva o pes-
soal às vezes a ficar perplexo. Por que o pes-
soal que está no ProUni é contra quem está no
Bolsa Família? Por que as pessoas que conquis-
tam a casa pelo Minha Casa Minha Vida ficam
olhando para um favelado com olhar discrimi-
natório? Então essas questões é preciso enten-
der, precisa refletir, para fazer o nosso projeto
de sociedade socialista avançar.
Ele não está na ordem do dia no sentido de
uma construção prática, mas dependendo das
construções, você precisa estar no governo ten-
do isso também como rumo. Porque senão você
vai estar no governo só para fazer aquilo que a
gente chama de melhorismo. Administrar o ca-
pitalismo sem nenhuma perspectiva de transi-
ção para outro tipo de sociedade.
Rui, alguns setores bastante oportunistas da
oposição, de direita, tem acusado a presidenta
Dilma de ter cometido estelionato eleitoral. Mas
também setores da base social do PT, como MST
e outros movimentos, fazem essa mesma crítica,
principalmente depois daquela ampla aliança dos
movimentos sociais e setores de esquerda que se
juntaram no projeto da presidenta no segundo
turno. Você acredita que houve estelionato elei-
toral, acha que essa palavra é muito forte, como
classificaria o que aconteceu? Em nenhum mo-
mento a Dilma falou que teria que fazer ajus-
tes na economia para citar um exemplo. Como
você avalia?
Ela disse, durante a campanha, que preci-
sava de algumas mudanças. Você precisava
ter o início de um novo ciclo econômico, um
novo ciclo que garantisse maior produtivida-
de, maior competitividade na economia brasi-
leira para enfrentar a crise mundial. Era preci-
so manter o nível de emprego e os programas
sociais. Ela disse também que o aumento da
competitividade e o aumento da produtividade
tinha que ser feito pela melhoria da infraestru-
tura, que precisava ter investimentos na infra-
estrutura e que não abriria mão das conquistas
dos trabalhadores. E ela acenava que precisa-
va mudar sim, que se esgotava um ciclo econô-
mico e que precisava se iniciar outro, pautado
pela inovação, pelo desenvolvimento científico
e tecnológico, pelo aumento da produtividade,
por maior competitividade da economia brasi-
leira, maior agregação de valor nos nossos pro-
dutos, enfim, falava da conjuntura internacio-
nal também.
O problema que
eu acho que aconte-
ceu e que nós temos
inclusive criticado,
não chamando de es-
telionato eleitoral: a partir de outubro, novem-
bro, você tem uma queda brutal da receita. E
todo processo de desonerações que se promo-
veu principalmente no final do ano passado,
um ano eleitoral, para sustentar o emprego e
manter a inflação sob controle, produziu um
grande rombo nas contas. Um rombo que podia
resultar em dois problemas. Um deles a perda
do grau de investimento do Brasil. Essa perda
do grau de investimento, apesar de toda a falta
de critério que eu acho que têm essas agências
de rating, mas são elas que determinam se os
grandes fundos podem ou não investir no País.
O outro risco é da desorganização mesmo da
economia, de você não poder bancar os proje-
tos sociais, bancar o ProUni e tal.
Isso fez com que ela começasse a pensar. Pri-
meiro, pediu ao Congresso para mudar a ques-
tão do superávit fiscal, porque na verdade o su-
perávit previsto resultava num déficit. Isso podia
implicar inclusive em impeachment dela pelo
descumprimento da Lei de Responsabilidade
Fiscal. Ocorre que a promoção desse ajuste que
se pautaria por contingenciamento orçamentá-
rio, pelo fim das desonerações, por acelerar as
concessões previstas na área portuária, aeropor-
tuária, rodoviária, e as ferrovias, tudo isso que
era necessário, ela introduz as primeiras medi-
das, algo que já era trabalhado pelo movimento
sindical junto com o governo, que era a corre-
ção de algumas distorções no seguro desem-
prego, no seguro de defeso, nas pensões, apo-
sentadorias, e apresenta isso como ajuste fiscal.
Esse erro de colocação das coisas, sem comu-
nicar ao PT, sem dialogar com o movimento
sindical, permitiu que a oposição, no bojo da
questão da Petrobras e no início do governo,
“Continuamos a dizer ‘vamos
fazer uma política de redução
de danos no Congresso’”
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“Nós nos adaptamos ao
sistema de financiamento
eleitoral, fizemos campanhas
caríssimas (…); tivemos
um esvaziamento relativo
das instâncias de direção,
por conta inclusive do peso
dos mandatos, não só os
parlamentares”
colocasse essa questão de estelionato eleitoral. E
realmente a colocação de medidas corretivas no
plano da previdência, declarado como ajuste fis-
cal, provocou um distanciamento grande do mo-
vimento sindical, gerando uma perplexidade do
partido em relação a isso e a necessidade que
que isso fosse revisto.
Como está isso hoje? Primeiro, já houve o
lançamento das concessões em quatro áreas. A
questão dos portos, por exemplo, foi travado
durante um ano e oito
meses no Tribunal de
Contas da União, que
é uma faceta também
de instituições que se
colocam contra o go-
verno. A possibilidade
de você levar à fren-
te a nova política
dos portos foi trava-
do por interesses des-
conhecidos lá no Tri-
bunal de Contas da
União.
Já foi lançado o Plano Safra com ganhos
em relação ao ano passado. Agora vem o Pla-
no Safra da Agricultura Familiar, também com
ganhos e discutido com a Fetrafi, com a Con-
tag. O Minha Casa Minha Vida 3 vai ser lança-
do agora (foi lançado em 22 de junho). O Plano
Nacional de Exportações, a própria negociação
agora para manter o 85/95 da previdência, em-
bora com veto, que foi, eu acho, um mal en-
caminhamento, mas do ponto de vista obje-
tivo, você vai dar um ganho real para quem
está querendo se aposentar, poder se aposentar
sem o fator, embora o fator não tenha acabado.
Mesmo com o projeto 85/95 você não acabava
com o fator, mexia na data de saída e não me-
xia na data de entrada.
O Fies vai ser reaberto agora no segundo se-
mestre e uma outra boa notícia, que eu acho
que vai ocorrer, é a mudança do fiscal. Quer di-
zer, está claro, a gente já dizia isso no come-
ço do ano você não vai atingir o superávit de
1,2 até o final do ano. Então, o momento de
rever é agora. Antes que a situação real te faça
rever, é melhor corrigir agora em julho, esten-
der essas metas, você não vai chegar a 1,2. No
começo do ano mesmo, é melhor você ter uma
meta que seja alcançável, porque isso dá credi-
bilidade, do que fixar uma meta que vai exigir
um sacrifício muito grande e depois não vai ser
alcançada. Então se você rever o fiscal agora,
você vai poder pagar coisas que estão em atraso,
reativar projetos. Eu acho que é um começo de
recuperação para que a economia não caia em
recessão. E uma boa ideia, inclusive do fiscal,
era você trabalhar com metas. Por que o Ban-
co Central pode ter meta de inflação variável e
se não cumpre a meta não tem nenhuma pu-
nição para o Banco Central? Agora, para o fis-
cal, se você não atinge o fiscal, você pode ficar
em dificuldades no governo, você pode ser im-
pichado. Então podia ter um regime do fiscal de
metas também, de 0,5 a 2, de 0,8 a 1,5, como
tem as metas para inflação do Banco Central. E
acho que também é preciso conter a política de
juros, não dá para continuar com esse patamar
de juros, embora ele seja um atrativo para o in-
vestimento aqui, mas é investimento fugidio e
você não tem inflação de demanda hoje. Então,
você tem juro alto e expectativa futura de in-
flação baixa. É preci-
so mudar essa políti-
ca de juros também.
Você citou vários
pontos em que o PT
está em discordância
frontal com as políti-
cas do governo.
Nós estamos ven-
do que tem uma mu-
dança, que vai numa
boa direção e que
isso também é fruto
de coisas que a gente tem dito, tem apontado,
o movimento sindical tem apontado. Essa ques-
tão agora do 85/95 (da Previdência) já há um
encaminhamento totalmente diferente do que
foram as duas MPs. É sinal de que o gover-
no também vai se ajustando, vai ouvindo um
pouco.
Sim, mas são vários pontos, inclusive na Car-
ta...
Sim, mas isso faz parte da relação contradi-
tória que existe entre partido e governo tam-
bém, é apoio, é empurrar, é discordância e você
defende. É aquilo que eu falei popularmente do
PT: nós não vamos ser linha auxiliar da oposi-
ção, mas também não vamos ser beija-mão da
situação. A cada momento a gente aponta tam-
bém, não da maneira como fazem alguns seto-
res mais voluntaristas, mas também não esta-
mos de acordo com tudo, e a presidenta sabe
disso. O governo não é um governo “do” PT.
Eu acho que o PT é o partido que está na ca-
beça do Executivo, apesar de ser um governo de
aliança, e a gente compreende isso, mas é o PT
que acaba arcando com todos os efeitos posi-
tivos e negativos e as mudanças e retrocessos.
Você não acha que essa relação do distancia-
mento acaba desgastando a imagem do PT fren-
te ao eleitorado?
A outra solução seria ou a incorporação do
PT pelo governo, ou o rompimento do PT, quer
dizer, na medida em que a gente não confun-
de mais, como muita gente confundia, o parti-
do com o governo, o partido com o estado não
há como estar ajustado em tudo, porque o go-
verno tem um mandato, tem um período que
ele tem que cumprir. Tem uma série de injun-
ções institucionais, Constituição, os tribunais, o
parlamento, que é uma dinâmica diferente do
partido. O governo também precisa tomar de-
cisões muitas vezes de imediato, o partido tem
mais tempo para reflexão, tem um outro ritmo,
isso acaba acontecendo. E não há também como
separar, aquilo que eu falei outro dia aí: o PT, o
Lula que é uma liderança mundial, e o governo
são como a Santíssima Trindade, um não conse-
gue se separar do outro – para o bem e para o mal.
Por que não ter feito o ajuste no andar de
cima em vez de ter feito no andar de baixo?
No andar de baixo é muito relativo; o an-
dar de baixo é muito pequeno e no andar de
cima começou com a elevação da Contribui-
ção Social sobre o lucro dos bancos, está em
andamento lá o imposto sobre grandes heran-
ças e nós estamos defendendo também que te-
nha imposto sobre grandes fortunas, lucros e
dividendos.
Considerando a fundação do PT, os grupos
que o fundaram, que frações de classe que de
fato o PT representa atualmente? Inclusive das
alianças que o Lula conseguiu fazer com as clas-
ses dominantes, uma parte da burguesia indus-
trial, outra parte do rentismo, outra parte da
burguesia agro-exportadora, enfim, esses vários
segmentos?
A gente precisa ter um reconhecimento
maior da atual estrutura de classe do País, que
mudou. Não muda nos polos, mas nas frações
mudou bastante. Então eu não me atreveria a
dizer…
Você acha que está faltando ainda uma lei-
tura boa disso?
Está. Tem vários estudos, inclusive a ida do
Jessé de Souza, ele é um estudioso disso, vai
nos ajudar muito, o Márcio Pochmann tem tra-
balho nesse sentido. Eu acho que falta ao PT
ter mais capacidade de elaboração, de conhe-
cimento da realidade brasileira, para falar com
mais segurança sobre isso. Eu posso dizer que,
genericamente, nós pretendemos representar o
maior conjunto da classe trabalhadora, setores
médios e setores do capital nacional que têm
interesse no projeto de desenvolvimento autô-
nomo, soberano, sustentável, que os beneficia
também. Isso é uma descrição genérica, e uma
pretensão também.
Você acredita, como alguns no meio da in-
telectualidade e do partido, que o PT atravessa
uma crise de identidade?
Olha, outro dia eu brincava com o pessoal
da imprensa que quase toda matéria que vão
fazer sobre o PT diz assim: “O PT atravessa a
sua maior crise”, eu falei “mudem o lead um
pouco”. Agora, evidentemente que nós estamos
enfrentando dificuldades. O fato de você ser
governo há doze anos... Tem um texto meu que
chama Mudar o PT para continuar mudando
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“É que tendo o Lula como
possibilidade, ninguém nem
pensa (em outro candidato)”
o Brasil, eu aponto algumas dificuldades. Nós
nos adaptamos ao sistema de financiamento
eleitoral, fizemos campanhas caríssimas, ban-
cadas igual a dos outros, embora sempre dentro
da lei, recolhendo e pedindo doações através de
transações bancárias registradas; nós tivemos
um esvaziamento relativo das instâncias de di-
reção, por conta inclusive do peso dos manda-
tos, não só os parlamentares…
E a transferência também de quadros bons
para tocar o governo...
Também isso. Uma certa teia burocrática
que leva a uma acomodação, que é decorren-
te do tempo, que as grandes organizações en-
frentam, são uma máquina pesada. Nós nos vol-
tamos muito para nós mesmo, então, você tem
deformações nos pro-
cessos de filiação.
Tem quase duzentas
mil pessoas esperan-
do autorização para
filiação. Isso decorre
de burocracia, decorre
às vezes de pequenos chefetes locais que guar-
dam as fichas na gaveta. Quer dizer, nós somos
uma organização que o conjunto é transforma-
dor, é democrático, mas uma organização des-
se tamanho tem vícios também que é preciso
combater permanentemente. Você tem uma di-
ficuldade de elaboração muito grande, precisa
reforçar a formação política, precisa melhorar a
comunicação. O censo comum penetra também,
nós não estamos alheios ao conjunto da socie-
dade. A mídia monopolizada produz influência
sobre nós também. Não estamos numa ilha, você
é permeado por tudo isso na sua composição
social partidária. A crise sempre tem o lado de
destruição e o lado de abrir uma nova fase. Eu
acho que para nos destruir é mais difícil, vários
já tentaram e vivem falhando.
O poder de alguma maneira foi maléfico ao
PT, teve alguma coisa que prejudicou o partido…
Não. Todo partido tem por vocação conquis-
tar o poder, senão vira um clube de militantes.
Agora, ele produz essas modificações, tem um
certo impacto no status quo, uma certa inspira-
ção de dizer que a política às vezes cede lugar
à disputa miúda, que é a reprodução da dispu-
ta de poder, que muitas vezes é de um poder
imaginário até. Mas eu acho que foi positivo a
gente pelo menos ganhar governo, porque isso
também vai te abrindo as realidades do estado,
vai formando quadros de gestores, nos faz en-
tender também o funcionamento de setores que
você estava alheio a eles, entender os mecanis-
mos do poder, de um outro poder que não é
aquele que a gente quer construir, com partici-
pação popular, mudanças.
Diante desse desgaste que o PT vem sofren-
do e dos ataques, inclusive da institucionalidade,
contra o partido, como garantir 2018? Você acha
que o PT está realmente sofrendo uma ameaça
de perder em 2018?
Primeiro, antes de 2018 nós estamos nos
preparando para 2016. Embora não seja pré-
-condição, mas 2016 é o momento para esse
processo que eu te falei, de revigorar o PT, de
fazer a defesa do PT nacionalmente, de re-
popularizar temas em que nós sempre fomos
bons, “O PT é bom de governo”, lembra des-
se slogan? Nós precisamos popularizar isso.
Tem campanhas nacionais, como por exemplo
a campanha pela popularização e defesa do
Plano Nacional de Educação, para que a Pá-
tria Educadora não seja um slogan, mas seja
visto pela população como uma realidade efe-
tiva. Essas são condições que você vai crian-
do ao mesmo tem-
po para acumular
eleitoralmente, para
resgatar o PT, que
continua sendo o
partido mais popu-
lar apesar do que
tem ocorrido, e ter uma perspectiva de avan-
ço do nosso governo federal nesses três anos
e meio de mandato, para que você se apresen-
te em 2018 como alternativa de continuidade,
com mudanças. Agora, nós vivemos num País
que tem sempre a possibilidade, como o pes-
soal fala “precisa ter alternância”. Alternância
é uma possibilidade que a democracia enseja,
mas não é obrigatória que tenha. Nós vamos
lutar para ter continuidade porque achamos
que o projeto precisa se desenvolver, precisa
de mais tempo.
Até onde esses ataques atingiram de fato a
imagem do Lula junto à população?
As pesquisas tem medido que houve uma
perda relativa da popularidade, mas ao mes-
mo tempo, continua apontando o Lula como
sendo o melhor presidente que o Brasil já teve,
com muita distância com relação aos demais.
A outra coisa é que nos cenários que se põem
hoje para 2018, embora ele não seja candida-
to, não tenha disputado eleição há oito anos,
ele aparece praticamente empatado num cená-
rio em que o Aécio é candidato. E o Aécio está
com recall de uma eleição recente em que ele
foi muito bem do ponto de vista dos resulta-
dos numéricos. E com relação aos outros ce-
nários possíveis, citados na mídia, ele aparece
na frente. Então, continua a ser uma gran-
de liderança, com grandes possibilidades para
2018, mesmo sem ser candidato. E nós temos
possibilidades também, caso ele não queira em
2018, de outros nomes.
Quais, Rui? Porque a gente pensa, pensa e não
consegue imaginar um nome.
É que tendo o Lula como possibilidade nin-
guém nem pensa.
Mas digamos, numa eventualidade, quem po-
deria?
Você diz do PT?
Sim.
Porque tem outros se apresentando, mas
do PT você tem o Jacques Wagner, você tem
o (Aloizio) Mercadante, você tem o Tarso
Genro, você tem o Fernando Pimentel, você
tem o Fernando Haddad e outros que nesse
meio tempo possam ser...
O Haddad não vai disputar a campanha aqui
em São Paulo em 2016?
Ele vai disputar a reeleição e nós quere-
mos que ele seja eleito.
Vocês pensariam na possibilidade de não
saírem como cabeça de chapa em 2018?
Não. Estou dizendo que tem outros preten-
dentes. Se você trata de alianças, você tem
que saber quem são os outros também. Em
princípio é inimaginável hoje a gente não
pleitear a continuidade, mas eu falo isso por-
que no passado já se chegou a falar que o PT
podia ter apoiado o Eduardo Campos e tal. Eu
sou favorável que a gente tenha uma candi-
datura própria, com aliados, quem sabe até
uma outra configuração de alianças em 2018.
Mas 2018 está muito longe ainda.
Haveria uma outra possibilidade de alian-
ça sem o PMDB?
Nós temos desde 2002, 2006 na verdade, essa
aliança com o PMDB. Agora, ela não é eterna e o
próprio PMDB tem anunciado aí a possibilidade
de ter uma candidatura em 2018, e nós temos
que respeitar, e ver qual é o quadro.
Mas eles sempre dizem isso, que vão lançar
um candidato.
Já chegaram a ter, mas mais recentemen-
te não. Eles tem sempre postulado a vice ou
algum outro tipo de arranjo, até pelas difi-
culdades de coesão interna de ter uma can-
didatura.
Ou seja, o pessoal rompe essa aliança com o
PMDB se o PMDB se retirar; o PT não se retiraria?
Não vejo disposição nesse momento para
isso. Até porque eles estão integrando o gover-
no, eles têm a vice-presidência. Nas eleições mu-
nicipais, provavelmente, eles terão (candidatos)
em vários lugares, mas isto não está nos con-
frontando. Inclusive, esse pessimismo de que o
PT vai ser varrido do mapa em 2016, eu não
acredito nisso não. Em três eleições desse ano
(eleições refeitas devido a impedimentos dos pre-
feitos eleitos no pleito oficial), nós ganhamos em
duas. Ganhamos em Natividade, que é no estado
do Rio, e Igarapé Mirim, no Pará.
Aray Nabuco e Tadeu Breda são jornalistas.
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