SlideShare uma empresa Scribd logo
UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
ANÁLISES CLÍNICAS E SAÚDE PÚBLICA
FARMACOTOXICOLOGIA
Carbamatos
Nome: Hamilton Barros
Nº 15591
IIIº ano/2015/Turma A
O professor
___________________
Dra. Sara Varona
Abril/2015
Carbamatos
2
UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
ANÁLISES CLÍNICAS E SAÚDE PÚBLICA
FARMACOTOXICOLOGIA
Carbamatos
Nome: Hamilton Barros
Nº 15591
IIIº ano/2015/Turma A
Carbamatos
3
Índice
1. Introdução ……………………………………………... Pág. 4
2. Cinética dos carbamatos .................................................. Pág. 5
2.1.Absorção e Distribuição ............................................ Pág. 5
3. Biotransformação ............................................................ Pág. 6
4. Eliminação ....................................................................... Pág. 6
5. Conclusão ........................................................................ Pág. 7
6. Bibliografia ……………………….…….……………… Pág. 8
Carbamatos
4
Introdução
Também conhecidos como uretanos, os carbamatos são compostos derivados de
ésteres do ácido carbámico (CH3NO2), substância altamente instável.
A principal aplicação do grupo carbamatos pela indústria é na composição
de pesticidas sintéticos. Trata-se de compostos amplamente eficazes, introduzidos no
mercado consumidor desde 1950, muito utilizados pelos países em desenvolvimento.
Carbamatos
5
Cinética dos carbamatos
A ação desses pesticidas pode ser por contacto ou ingestão e se baseia na inibição da
enzima acetilcolinesterase, que desempenha a função de degradação do
neurotransmissor acetilcolina. A inibição dessa enzima provoca um acúmulo da
acetilcolina na sinapse, paralisando a transmissão na sinapse colinérgica, sem a
passagem de impulsos nervosos, levando o organismo à morte.
Absorção e distribuição
Os inseticidas carbamatos são absorvidos pelo organismo, pelas vias oral, respiratória
e cutânea (pele).
A absorção por via oral ocorre nas intoxicações agudas acidentais, nas tentativas de
suicídio, sendo, portanto, a principal via implicada nos casos atendidos nos serviços de
emergência. A via dérmica contudo, é a via mais comum de intoxicações ocupacionais,
seguida da via respiratória. A exposição dérmica torna-se crítica quando o organismo se
encontra em temperatura ambiente elevada.
Após serem absorvidos, os carbamatos e seus produtos de biotransformação são
rapidamente distribuídos por todos os tecidos. A concentração tende a ser maior nos
órgãos e tecidos envolvidos no metabolismo do xenobiótico.
A maioria dos carbamatos, entretanto, não causa sinais evidentes em nível do SNC e,
quando estes estão presentes, são considerados como sinais de gravidade.
Carbamatos
6
Biotransformação
A biotransformação ocorre principalmente no fígado, formando compostos mais
polares. Os ésteres carbámicos podem sofrer ataques em vários pontos da molécula pelo
CYP450.
Na biotransformação dos carbamatos, as reacções de maior importância compreendem:
1- Hidrólise, com a formação do ácido N-metilcarbámico e o fenol correspondente.
2- Hidroxilação do grupo metil ligado ao nitrogénio, com formação de compostos
com menor toxicidade.
3- Hidroxilação do anel aromático. Alguns produtos resultantes são mais tóxicos,
enquanto outros são menos tóxicos, como no caso do carbaril.
4- N- desmetilação: Esta via é considerada de importância secundária na
biotransformação dos insecticidas carbamatos.
5- Conjugação com o UDPGA (uridil difosfato ácido alfa glicurônico) e PAPS (3-
fosfoadenosina e 5- fosfosulfato), especialmente dos compostos hidroxilados.
Eliminação
Ocorre principalmente pela urina e fezes. No caso da eliminação pela via biliar, ocorre
circulação entero-hepática, prolongando a sintomatologia (no caso do Aldicarb, cerca de
30% são excretados conjugados pela bile).
Carbamatos
7
Conclusão
Os carbamatos são inibidores da colinesterase, impedindo a inactivação da acetilcolina,
permitindo assim, a acção mais intensa e prolongada do mediador químico nas sinapses
colinérgicas, a nível da membrana pós-sináptica.
A acetilcolina é o mediador químico necessário para transmissão do impulso nervoso
em todas as fibras pré-ganglionares do SNA, todas as fibras parassimpáticas pós-
ganglionares e algumas fibras simpáticas pós-ganglionares.
Para que haja a transmissão sináptica é necessário que a acetilcolina seja liberada na
fenda sináptica e se ligue a um receptor pós-sináptico. Em seguida, a Ach disponível é
hidrolizada pela acetilcolinesterase.
Quando há a inibição da acetilcolinesterase, ocorre um acúmulo de acetilcolina na
fenda, levando a uma hiperestimulação colinérgica.
Carbamatos
8
Bibliografia
As bases farmacológicas da terapéutica (Goodman & Gilman).
Wikipédia, a enciclopédia livre

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Transaminação de aminoácidos
Transaminação de aminoácidosTransaminação de aminoácidos
Transaminação de aminoácidos
Beatriz Souza Lima
 
Metabolismo lipideos
Metabolismo lipideosMetabolismo lipideos
Metabolismo lipideos
Rhomelio Anderson
 
Apostila i bioquímica iii
Apostila i   bioquímica iiiApostila i   bioquímica iii
Apostila i bioquímica iii
Leonardo Duarte
 
Aula metabolismo de prote+¡nas cb
Aula metabolismo de prote+¡nas cbAula metabolismo de prote+¡nas cb
Aula metabolismo de prote+¡nas cb
Rodrigo Tinoco
 
Glicólise
GlicóliseGlicólise
Glicólise
guest018b8f
 
Metabolismo De Lipídios Veterinária
Metabolismo De Lipídios    VeterináriaMetabolismo De Lipídios    Veterinária
Metabolismo De Lipídios Veterinária
Adriana Quevedo
 
Glicolise seminário 2
Glicolise seminário 2Glicolise seminário 2
Glicolise seminário 2
Reinaldo Santos
 
Glicólise e fermentação 1
Glicólise e fermentação   1Glicólise e fermentação   1
Glicólise e fermentação 1
pintof5
 
Proteinas dani
Proteinas daniProteinas dani
Proteinas dani
Sarahy Pazos
 
gliconeogenese
gliconeogenesegliconeogenese
gliconeogenese
Daniele Rodrigues
 
Metabolismo de-proteínas
Metabolismo de-proteínasMetabolismo de-proteínas
Metabolismo de-proteínas
Gleice Lima
 
Relatório de bioquimica
Relatório de bioquimicaRelatório de bioquimica
Relatório de bioquimica
Flavinha da Silva
 
Bioquímica metabolismo de proteínas
Bioquímica  metabolismo de proteínasBioquímica  metabolismo de proteínas
Bioquímica metabolismo de proteínas
Marcos Gomes
 
Metabolismo de Carboidratos
Metabolismo de CarboidratosMetabolismo de Carboidratos
Metabolismo de Carboidratos
Adriana Quevedo
 
Lista de exercícios 3
Lista de exercícios   3Lista de exercícios   3
Lista de exercícios 3
137jackson
 
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
Inacio Mateus Assane
 
Bioquímica ii 02 glicólise e gliconeogênese
Bioquímica ii 02   glicólise e gliconeogêneseBioquímica ii 02   glicólise e gliconeogênese
Bioquímica ii 02 glicólise e gliconeogênese
Jucie Vasconcelos
 
Metabolismo de proteínas famed
Metabolismo de proteínas famedMetabolismo de proteínas famed
Metabolismo de proteínas famed
Rhomelio Anderson
 
Bioquímica ii 04 ciclo de krebs - med resumos (arlindo netto)
Bioquímica ii 04   ciclo de krebs - med resumos (arlindo netto)Bioquímica ii 04   ciclo de krebs - med resumos (arlindo netto)
Bioquímica ii 04 ciclo de krebs - med resumos (arlindo netto)
Jucie Vasconcelos
 
Bioquímica ii 11 lipolise (arlindo netto)
Bioquímica ii 11   lipolise (arlindo netto)Bioquímica ii 11   lipolise (arlindo netto)
Bioquímica ii 11 lipolise (arlindo netto)
Jucie Vasconcelos
 

Mais procurados (20)

Transaminação de aminoácidos
Transaminação de aminoácidosTransaminação de aminoácidos
Transaminação de aminoácidos
 
Metabolismo lipideos
Metabolismo lipideosMetabolismo lipideos
Metabolismo lipideos
 
Apostila i bioquímica iii
Apostila i   bioquímica iiiApostila i   bioquímica iii
Apostila i bioquímica iii
 
Aula metabolismo de prote+¡nas cb
Aula metabolismo de prote+¡nas cbAula metabolismo de prote+¡nas cb
Aula metabolismo de prote+¡nas cb
 
Glicólise
GlicóliseGlicólise
Glicólise
 
Metabolismo De Lipídios Veterinária
Metabolismo De Lipídios    VeterináriaMetabolismo De Lipídios    Veterinária
Metabolismo De Lipídios Veterinária
 
Glicolise seminário 2
Glicolise seminário 2Glicolise seminário 2
Glicolise seminário 2
 
Glicólise e fermentação 1
Glicólise e fermentação   1Glicólise e fermentação   1
Glicólise e fermentação 1
 
Proteinas dani
Proteinas daniProteinas dani
Proteinas dani
 
gliconeogenese
gliconeogenesegliconeogenese
gliconeogenese
 
Metabolismo de-proteínas
Metabolismo de-proteínasMetabolismo de-proteínas
Metabolismo de-proteínas
 
Relatório de bioquimica
Relatório de bioquimicaRelatório de bioquimica
Relatório de bioquimica
 
Bioquímica metabolismo de proteínas
Bioquímica  metabolismo de proteínasBioquímica  metabolismo de proteínas
Bioquímica metabolismo de proteínas
 
Metabolismo de Carboidratos
Metabolismo de CarboidratosMetabolismo de Carboidratos
Metabolismo de Carboidratos
 
Lista de exercícios 3
Lista de exercícios   3Lista de exercícios   3
Lista de exercícios 3
 
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
 
Bioquímica ii 02 glicólise e gliconeogênese
Bioquímica ii 02   glicólise e gliconeogêneseBioquímica ii 02   glicólise e gliconeogênese
Bioquímica ii 02 glicólise e gliconeogênese
 
Metabolismo de proteínas famed
Metabolismo de proteínas famedMetabolismo de proteínas famed
Metabolismo de proteínas famed
 
Bioquímica ii 04 ciclo de krebs - med resumos (arlindo netto)
Bioquímica ii 04   ciclo de krebs - med resumos (arlindo netto)Bioquímica ii 04   ciclo de krebs - med resumos (arlindo netto)
Bioquímica ii 04 ciclo de krebs - med resumos (arlindo netto)
 
Bioquímica ii 11 lipolise (arlindo netto)
Bioquímica ii 11   lipolise (arlindo netto)Bioquímica ii 11   lipolise (arlindo netto)
Bioquímica ii 11 lipolise (arlindo netto)
 

Destaque

Dist. hemorrágicos do rn
Dist. hemorrágicos do rnDist. hemorrágicos do rn
Dist. hemorrágicos do rn
Mariane Souza
 
A atuação do farmacêutico na toxicologia forense. ludmyla e vanessa
A atuação do farmacêutico na toxicologia forense.  ludmyla e vanessaA atuação do farmacêutico na toxicologia forense.  ludmyla e vanessa
A atuação do farmacêutico na toxicologia forense. ludmyla e vanessa
Ana Carolina Marques
 
Posições jurídicas dos individuos nas relações jurídicas
Posições jurídicas dos  individuos nas relações jurídicasPosições jurídicas dos  individuos nas relações jurídicas
Posições jurídicas dos individuos nas relações jurídicas
railsonc2
 
Cromatina e cromossoma
Cromatina e cromossomaCromatina e cromossoma
Cromatina e cromossoma
Hamilton Barros
 
Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)
Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)
Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)
Renato Santos
 
Farmacologia para enfermagem
Farmacologia para enfermagemFarmacologia para enfermagem
Farmacologia para enfermagem
Ana Hollanders
 

Destaque (6)

Dist. hemorrágicos do rn
Dist. hemorrágicos do rnDist. hemorrágicos do rn
Dist. hemorrágicos do rn
 
A atuação do farmacêutico na toxicologia forense. ludmyla e vanessa
A atuação do farmacêutico na toxicologia forense.  ludmyla e vanessaA atuação do farmacêutico na toxicologia forense.  ludmyla e vanessa
A atuação do farmacêutico na toxicologia forense. ludmyla e vanessa
 
Posições jurídicas dos individuos nas relações jurídicas
Posições jurídicas dos  individuos nas relações jurídicasPosições jurídicas dos  individuos nas relações jurídicas
Posições jurídicas dos individuos nas relações jurídicas
 
Cromatina e cromossoma
Cromatina e cromossomaCromatina e cromossoma
Cromatina e cromossoma
 
Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)
Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)
Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)
 
Farmacologia para enfermagem
Farmacologia para enfermagemFarmacologia para enfermagem
Farmacologia para enfermagem
 

Semelhante a Carbamatos

Aula 1 nutrição mineral
Aula 1 nutrição mineralAula 1 nutrição mineral
Aula 1 nutrição mineral
Pbsmal
 
Aminoglicosídeos
AminoglicosídeosAminoglicosídeos
Cap 28 -_farmacologia_do_tgi
Cap 28 -_farmacologia_do_tgiCap 28 -_farmacologia_do_tgi
Cap 28 -_farmacologia_do_tgi
Evolução Evolução
 
Farmacologia molecular
Farmacologia molecular Farmacologia molecular
Farmacologia molecular
Rose Viviane Bezerra
 
Ação dos compostos químicos no organismo
Ação dos compostos químicos no organismoAção dos compostos químicos no organismo
Ação dos compostos químicos no organismo
hmaires
 
Tcc sibutramina orlistat final
Tcc sibutramina orlistat finalTcc sibutramina orlistat final
Tcc sibutramina orlistat final
TCC_FARMACIA_FEF
 
A UTILIZAÇÃO DA SIBUTRAMINA E DO ORLISTAT NO TRATAMENTO DA OBESIDADE
A UTILIZAÇÃO DA SIBUTRAMINA E DO ORLISTAT NO TRATAMENTO DA OBESIDADEA UTILIZAÇÃO DA SIBUTRAMINA E DO ORLISTAT NO TRATAMENTO DA OBESIDADE
A UTILIZAÇÃO DA SIBUTRAMINA E DO ORLISTAT NO TRATAMENTO DA OBESIDADE
Giovanni Oliveira
 
Antibioticos Aminoglicosídeos/ Sulfas+Trimetropim
Antibioticos   Aminoglicosídeos/ Sulfas+TrimetropimAntibioticos   Aminoglicosídeos/ Sulfas+Trimetropim
Antibioticos Aminoglicosídeos/ Sulfas+Trimetropim
Colégio Estadual Padre Fernando Gomes de Melo
 
Bases da Quimioterapia
Bases da QuimioterapiaBases da Quimioterapia
Bases da Quimioterapia
Aline Queiroz
 
Antibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp Portuguese
Antibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp PortugueseAntibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp Portuguese
Antibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp Portuguese
Claudio Pericles
 
Apostila carlos vendrame
Apostila   carlos vendrameApostila   carlos vendrame
Apostila carlos vendrame
Ronnie Lino
 
Agentesqumicos
AgentesqumicosAgentesqumicos
Agentesqumicos
Ricardo Pires
 
Agentesqumicos 130214114856-phpapp02
Agentesqumicos 130214114856-phpapp02Agentesqumicos 130214114856-phpapp02
Agentesqumicos 130214114856-phpapp02
Miguel Loureiro
 
Antibiticos completo
Antibiticos completoAntibiticos completo
Antibiticos completo
Wandervan Lima
 
Metabolismo celular
Metabolismo celularMetabolismo celular
Metabolismo celular
URCA
 
Antibioticos e suas definiçoes
Antibioticos e suas definiçoesAntibioticos e suas definiçoes
Antibioticos e suas definiçoes
Fabio Junior Naves da Rocha
 
Farmacologia 2
Farmacologia 2Farmacologia 2
Farmacologia 2
RAYANE PEREIRA
 
11353727032012Quimica_Biomoleculas_Aula_13.pdf
11353727032012Quimica_Biomoleculas_Aula_13.pdf11353727032012Quimica_Biomoleculas_Aula_13.pdf
11353727032012Quimica_Biomoleculas_Aula_13.pdf
agattalimaaaa
 
BIOQUMICA - ESCOLA DE ENFERMAGEM -OXIDAO DOS AMINOCIDOS E PRODUO DE UREIA - 1...
BIOQUMICA - ESCOLA DE ENFERMAGEM -OXIDAO DOS AMINOCIDOS E PRODUO DE UREIA - 1...BIOQUMICA - ESCOLA DE ENFERMAGEM -OXIDAO DOS AMINOCIDOS E PRODUO DE UREIA - 1...
BIOQUMICA - ESCOLA DE ENFERMAGEM -OXIDAO DOS AMINOCIDOS E PRODUO DE UREIA - 1...
RayFontenelle1
 
Farmacologia 2 introdução a farmacocinética
Farmacologia 2 introdução a farmacocinéticaFarmacologia 2 introdução a farmacocinética
Farmacologia 2 introdução a farmacocinética
Universidade Anhanguera de São Paulo - Unidade Pirituba
 

Semelhante a Carbamatos (20)

Aula 1 nutrição mineral
Aula 1 nutrição mineralAula 1 nutrição mineral
Aula 1 nutrição mineral
 
Aminoglicosídeos
AminoglicosídeosAminoglicosídeos
Aminoglicosídeos
 
Cap 28 -_farmacologia_do_tgi
Cap 28 -_farmacologia_do_tgiCap 28 -_farmacologia_do_tgi
Cap 28 -_farmacologia_do_tgi
 
Farmacologia molecular
Farmacologia molecular Farmacologia molecular
Farmacologia molecular
 
Ação dos compostos químicos no organismo
Ação dos compostos químicos no organismoAção dos compostos químicos no organismo
Ação dos compostos químicos no organismo
 
Tcc sibutramina orlistat final
Tcc sibutramina orlistat finalTcc sibutramina orlistat final
Tcc sibutramina orlistat final
 
A UTILIZAÇÃO DA SIBUTRAMINA E DO ORLISTAT NO TRATAMENTO DA OBESIDADE
A UTILIZAÇÃO DA SIBUTRAMINA E DO ORLISTAT NO TRATAMENTO DA OBESIDADEA UTILIZAÇÃO DA SIBUTRAMINA E DO ORLISTAT NO TRATAMENTO DA OBESIDADE
A UTILIZAÇÃO DA SIBUTRAMINA E DO ORLISTAT NO TRATAMENTO DA OBESIDADE
 
Antibioticos Aminoglicosídeos/ Sulfas+Trimetropim
Antibioticos   Aminoglicosídeos/ Sulfas+TrimetropimAntibioticos   Aminoglicosídeos/ Sulfas+Trimetropim
Antibioticos Aminoglicosídeos/ Sulfas+Trimetropim
 
Bases da Quimioterapia
Bases da QuimioterapiaBases da Quimioterapia
Bases da Quimioterapia
 
Antibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp Portuguese
Antibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp PortugueseAntibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp Portuguese
Antibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp Portuguese
 
Apostila carlos vendrame
Apostila   carlos vendrameApostila   carlos vendrame
Apostila carlos vendrame
 
Agentesqumicos
AgentesqumicosAgentesqumicos
Agentesqumicos
 
Agentesqumicos 130214114856-phpapp02
Agentesqumicos 130214114856-phpapp02Agentesqumicos 130214114856-phpapp02
Agentesqumicos 130214114856-phpapp02
 
Antibiticos completo
Antibiticos completoAntibiticos completo
Antibiticos completo
 
Metabolismo celular
Metabolismo celularMetabolismo celular
Metabolismo celular
 
Antibioticos e suas definiçoes
Antibioticos e suas definiçoesAntibioticos e suas definiçoes
Antibioticos e suas definiçoes
 
Farmacologia 2
Farmacologia 2Farmacologia 2
Farmacologia 2
 
11353727032012Quimica_Biomoleculas_Aula_13.pdf
11353727032012Quimica_Biomoleculas_Aula_13.pdf11353727032012Quimica_Biomoleculas_Aula_13.pdf
11353727032012Quimica_Biomoleculas_Aula_13.pdf
 
BIOQUMICA - ESCOLA DE ENFERMAGEM -OXIDAO DOS AMINOCIDOS E PRODUO DE UREIA - 1...
BIOQUMICA - ESCOLA DE ENFERMAGEM -OXIDAO DOS AMINOCIDOS E PRODUO DE UREIA - 1...BIOQUMICA - ESCOLA DE ENFERMAGEM -OXIDAO DOS AMINOCIDOS E PRODUO DE UREIA - 1...
BIOQUMICA - ESCOLA DE ENFERMAGEM -OXIDAO DOS AMINOCIDOS E PRODUO DE UREIA - 1...
 
Farmacologia 2 introdução a farmacocinética
Farmacologia 2 introdução a farmacocinéticaFarmacologia 2 introdução a farmacocinética
Farmacologia 2 introdução a farmacocinética
 

Carbamatos

  • 1. UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ANÁLISES CLÍNICAS E SAÚDE PÚBLICA FARMACOTOXICOLOGIA Carbamatos Nome: Hamilton Barros Nº 15591 IIIº ano/2015/Turma A O professor ___________________ Dra. Sara Varona Abril/2015
  • 2. Carbamatos 2 UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ANÁLISES CLÍNICAS E SAÚDE PÚBLICA FARMACOTOXICOLOGIA Carbamatos Nome: Hamilton Barros Nº 15591 IIIº ano/2015/Turma A
  • 3. Carbamatos 3 Índice 1. Introdução ……………………………………………... Pág. 4 2. Cinética dos carbamatos .................................................. Pág. 5 2.1.Absorção e Distribuição ............................................ Pág. 5 3. Biotransformação ............................................................ Pág. 6 4. Eliminação ....................................................................... Pág. 6 5. Conclusão ........................................................................ Pág. 7 6. Bibliografia ……………………….…….……………… Pág. 8
  • 4. Carbamatos 4 Introdução Também conhecidos como uretanos, os carbamatos são compostos derivados de ésteres do ácido carbámico (CH3NO2), substância altamente instável. A principal aplicação do grupo carbamatos pela indústria é na composição de pesticidas sintéticos. Trata-se de compostos amplamente eficazes, introduzidos no mercado consumidor desde 1950, muito utilizados pelos países em desenvolvimento.
  • 5. Carbamatos 5 Cinética dos carbamatos A ação desses pesticidas pode ser por contacto ou ingestão e se baseia na inibição da enzima acetilcolinesterase, que desempenha a função de degradação do neurotransmissor acetilcolina. A inibição dessa enzima provoca um acúmulo da acetilcolina na sinapse, paralisando a transmissão na sinapse colinérgica, sem a passagem de impulsos nervosos, levando o organismo à morte. Absorção e distribuição Os inseticidas carbamatos são absorvidos pelo organismo, pelas vias oral, respiratória e cutânea (pele). A absorção por via oral ocorre nas intoxicações agudas acidentais, nas tentativas de suicídio, sendo, portanto, a principal via implicada nos casos atendidos nos serviços de emergência. A via dérmica contudo, é a via mais comum de intoxicações ocupacionais, seguida da via respiratória. A exposição dérmica torna-se crítica quando o organismo se encontra em temperatura ambiente elevada. Após serem absorvidos, os carbamatos e seus produtos de biotransformação são rapidamente distribuídos por todos os tecidos. A concentração tende a ser maior nos órgãos e tecidos envolvidos no metabolismo do xenobiótico. A maioria dos carbamatos, entretanto, não causa sinais evidentes em nível do SNC e, quando estes estão presentes, são considerados como sinais de gravidade.
  • 6. Carbamatos 6 Biotransformação A biotransformação ocorre principalmente no fígado, formando compostos mais polares. Os ésteres carbámicos podem sofrer ataques em vários pontos da molécula pelo CYP450. Na biotransformação dos carbamatos, as reacções de maior importância compreendem: 1- Hidrólise, com a formação do ácido N-metilcarbámico e o fenol correspondente. 2- Hidroxilação do grupo metil ligado ao nitrogénio, com formação de compostos com menor toxicidade. 3- Hidroxilação do anel aromático. Alguns produtos resultantes são mais tóxicos, enquanto outros são menos tóxicos, como no caso do carbaril. 4- N- desmetilação: Esta via é considerada de importância secundária na biotransformação dos insecticidas carbamatos. 5- Conjugação com o UDPGA (uridil difosfato ácido alfa glicurônico) e PAPS (3- fosfoadenosina e 5- fosfosulfato), especialmente dos compostos hidroxilados. Eliminação Ocorre principalmente pela urina e fezes. No caso da eliminação pela via biliar, ocorre circulação entero-hepática, prolongando a sintomatologia (no caso do Aldicarb, cerca de 30% são excretados conjugados pela bile).
  • 7. Carbamatos 7 Conclusão Os carbamatos são inibidores da colinesterase, impedindo a inactivação da acetilcolina, permitindo assim, a acção mais intensa e prolongada do mediador químico nas sinapses colinérgicas, a nível da membrana pós-sináptica. A acetilcolina é o mediador químico necessário para transmissão do impulso nervoso em todas as fibras pré-ganglionares do SNA, todas as fibras parassimpáticas pós- ganglionares e algumas fibras simpáticas pós-ganglionares. Para que haja a transmissão sináptica é necessário que a acetilcolina seja liberada na fenda sináptica e se ligue a um receptor pós-sináptico. Em seguida, a Ach disponível é hidrolizada pela acetilcolinesterase. Quando há a inibição da acetilcolinesterase, ocorre um acúmulo de acetilcolina na fenda, levando a uma hiperestimulação colinérgica.
  • 8. Carbamatos 8 Bibliografia As bases farmacológicas da terapéutica (Goodman & Gilman). Wikipédia, a enciclopédia livre