SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
Baixar para ler offline
3
artigos breves_ n. 1
_Em casa ou no lazer o acidente pode
acontecer: resultados preliminares do
sistema EVITA apurados para o período
2010-2014
Mariana Neto, Emanuel Rodrigues
mariana.neto@insa.min-saude.pt
Unidade de Observação em Saúde e Vigilância Epidemiológica. Departamento de
Epidemiologia, INSA.
_Introdução e objetivo
Para a maior parte das pessoas a casa é considerada o lugar
mais seguro do mundo, percebida como uma barreira protetora
das ameaças externas e um garante da intimidade na vida diária.
O tempo passado em casa ou dedicado ao lazer são dimensões
pessoais muito importantes para o equilíbrio individual e para
a construção e interação afetiva e, como tal, são naturalmente
muito valorizadas. No entanto, essa perceção de segurança não
invalida que estes espaços não sejam palco de acidentes, por
vezes graves e, não raramente, mortais.
Os Acidentes Domésticos e de Lazer (ADL) atingem os indivíduos
ao longo de toda a sua vida, com relevo para as crianças e senio-
res (1). Por exemplo, no período 2008-2010, ocorreram na União
Europeia 233 000 mortes por acidente, das quais 42% (98 891)
foram ADL. Estes foram igualmente causa de 22 865 000 hospi-
talizações (2). Um panorama semelhante foi observado nos Es-
tados Unidos, com 30 000 mortes e 12 milhões de acidentes não
mortais por ano (1).
Os acidentes mortais são a face mais visível do fenómeno: por cada
pessoa que perde a vida num acidente, muitas mais existem com
incapacidade permanente e mais ainda, com incapacidade tempo-
rária, dando origem a elevadas perdas humanas, sociais e de pro-
dutividade.
Embora os sistemas de vigilância existentes não sejam exausti-
vos na recolha de informação sobre esta matéria, o projeto euro-
peu JAMIE – Joint Action on Monitoring Injuries in Europe (3) e o
projeto nacional EVITA – Epidemiologia e Vigilância dos Traumatis-
mos e Acidentes (4) , que participa no sistema europeu, produzem
informação regular a partir da recolha de dados numa amostra de
serviços de urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O sistema EVITA, criado em 2000 na continuação do sistema
ADELIA – Acidentes Domésticos e de Lazer - Informação Adequa-
da e gerido pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Na-
cional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), tem como objetivo
contribuir para a vigilância dos ADL através da i) determinação das
frequências e tendências respetivas, e das características das víti-
mas, das situações e dos agentes envolvidos, ii) e da identificação
de situações de risco e de produtos perigosos que possam estar
envolvidos, de modo a suportar com evidência o desenvolvimento
de políticas e medidas de prevenção adequadas. Apresentamos
em seguida alguns resultados dos dados apurados a partir deste
sistema para a situação nacional no período 2010-2014.
_Material e métodos
Para o sistema EVITA, ADL são definidos como os acidentes
domésticos e de lazer, registados nas urgências do SNS, cuja
causa não seja doença, acidente de viação, acidente de trabalho
ou violência.
Os dados apresentados reportam-se ao período compreendido
entre 1 de janeiro 2010 e 30 de setembro de 2014 e foram reco-
lhidos pelo sistema EVITA que assenta numa amostra de serviços
de urgência do SNS, em colaboração com a Administração Cen-
tral dos Sistemas de Saúde. Os resultados são apresentados sob
a forma de gráficos e tabelas de frequência.
_Resultados
Durante o período temporal referido, o número total de acidentes
domésticos e de lazer registados pelo sistema EVITA foi de 24 752.
A distribuição destes ADL por grupo etário e sexo revelou propor-
ções mais elevadas no sexo masculino entre os indivíduos mais
novos (0 a 54 anos) e no sexo feminino, nos indivíduos com 55 e
mais anos (gráfico 1). No total, a percentagem de ADL foi superior
no sexo masculino (52,8%) em relação ao feminino (47,2%).
2015
número
2ª série
13
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP
Doutor Ricardo Jorge
Nacional de Saúde_Instituto Observações_ Boletim Epidemiológico
www.insa.pt
_ Acidentes Domésticos e de Lazer
artigos breves_ n. 1
Observou-se um padrão semelhante para cada um dos anos em
análise. De facto, os indivíduos do sexo masculino com idades
entre 1 e 44 anos evidenciaram valores mais elevados entre 2009
e 2013. Por outro lado, os indivíduos do sexo feminino com idade
superior a 55 anos revelaram, em todos os anos, valores mais
elevados de ADL. Relativamente aos restantes grupos etários, as
crianças menores de um ano registaram valores mais elevados
no sexo feminino em 2010 e 2013 e no sexo masculino nos restan-
tes anos. Os indivíduos pertencentes ao grupo etário 45-54 anos
revelaram valores mais elevados no sexo masculino em todos os
anos exceto em 2011 (gráfico 2).
4
2015
número
2ª série
13
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP
Doutor Ricardo Jorge
Nacional de Saúde_Instituto Observações_ Boletim Epidemiológico
www.insa.pt
2010 M 2010 F 2011 M 2011 F 2012 M 2012 F 2013 M 2013 F 2014 M 2014 F
0
10
20
30
40
50
60
70
80
<1 1-4 5-14 15-24 35-4425-34 45-54 55-64 65-74 75-84 >= 85
Gráfico 2: Proporção de acidentes domésticos e de lazer registados no sistema EVITA por sexo, grupo etário e ano.
Gráfico 1: Proporção de acidentes domésticos e de lazer por sexo e grupo etário
registados no sistema EVITA no período 2010-2014.
F - feminino; M - masculino
0 20 40 60 80 100
%
<1
1 - 4
5 - 14
15 - 24
25 - 34
35 - 44
45 - 54
55 - 64
65 - 74
75 - 84
> = 85
Total
Feminino
Masculino
Grupoetário
Queda ao mesmo nível
Queda, não especificado
Objeto em movimento
Corte
Objeto parado
Queda sobre ou de escadas
Pessoa
Beliscão, compressão
Atingimento do olho
Atingimento da boca
Ano de ocorrência
2010 2011 2012 2013 2014
n
16,1
15,6
5,9
1,9
2,1
2,5
2,5
1,4
0,1
0,5
13,6
15,6
6,3
2,8
3,3
2,4
2,5
1,0
0,3
0,4
21,0
14,2
6,5
2,3
2,3
2,8
2,6
0,7
0,5
0,3
18,6
14,9
5,1
2,9
2,2
2,1
1,6
0,4
0,6
0,5
25,5
9,2
6,8
3,1
2,4
1,8
2,4
0,7
0,9
0,3
4514
3560
1481
660
628
579
557
187
122
101
5
artigos breves_ n. 1
2015
número
2ª série
13
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP
Doutor Ricardo Jorge
Nacional de Saúde_Instituto Observações_ Boletim Epidemiológico
www.insa.pt
Tabela 1: Distribuição de valores percentuais dos 10 principais mecanismos de
lesão com maior percentagem de acidentes, por ano de ocorrência.
Verificou-se que os mecanismos de lesão que mais contribuíram
para o número de ADL foram as quedas ao mesmo nível, desta-
cando-se de forma pronunciada como o motivo mais frequente de
ADL em todos os anos estudados, exceto 2011 (tabela 1).
Os tipos de lesão mais frequentes em resultado dos ADL foram
contusões/hematomas, os quais constituíram mais de metade de
todas as lesões registadas durante o período considerado, seguin-
do-se ferida aberta, sendo que este padrão se reflete em todos os
grupos etários. Assinale-se que um acidente poderá dar origem a
mais do que uma lesão (gráfico 3).
Gráfico 3: Proporção dos ADL registados no sistema EVITA, por tipo de lesão
no momento do acidente durante o período 2009-2013.
Contusão/
hematoma
75,48
Ferida aberta
12,77
Concussão
4,82
Tipo de lesão
não especificado
4,26
Esfolamento
1,38
Queimadura, escaldamento
(térmico)
0,99Compressão
0,24
Corrosão
(química)
0,06
Não se diagnosticou
nenhuma lesão
0,06
6
_Conclusões e discussão
O sistema EVITA recolheu 24 752 ADL durante o período em análise.
Observou-se uma prevalência superior de ADL no sexo masculino
(52,8%) em relação ao feminino (47,2%). Proporções semelhantes
foram observadas num estudo realizado em 2009 com base na rede
de Médicos-Sentinela de Castilla y León (5).
Nos dados analisados, a distribuição percentual dos ADL revela
valores mais elevados nos homens com idades iguais ou inferio-
res a 54 anos. Esta observação poderá ser explicada pelo facto
de os homens preferirem atividades com maior risco físico ou
práticas desportivas mais radicais. Pelo contrário, nos grupos
etários mais elevados são as mulheres que surgem com a maior
proporção de ADL, o que poderá traduzir o facto da população
geral conter uma maior proporção de mulheres em idades mais
avançadas. Padrão idêntico foi observado no estudo de Castilla y
León, mas a proporção de acidentes em homens começa a dimi-
nuir por volta dos 35 anos e não aos 45 como no presente estudo.
As quedas foram a principal causa de ADL em todos os anos,
exceto em 2011. A contusão, hematoma e a ferida aberta foram
as lesões mais frequentemente relatadas, associadas a mais de
metade de todas as ADL registadas nos anos em estudo. No en-
tanto, este resultado deve ser analisado com cautela pois a infor-
mação é declarada pelo acidentado ou acompanhante, ou seja
sem base no diagnóstico médico.
Perante a importância que a caraterização destas ocorrências tem
para a adoção de medidas adequadas, que terão que ser transver-
sais a vários setores da sociedade e envolver parceiros diversos
(6,7), fica patente a importância do sistema EVITA. Todavia, há que
salientar que este sistema assenta numa amostra de conveniência
e que os dados de 2014 se reportam a 30 de setembro e não ao
ano completo.
artigos breves_ n. 1
2015
número
2ª série
13
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP
Doutor Ricardo Jorge
Nacional de Saúde_Instituto Observações_ Boletim Epidemiológico
www.insa.pt
Referências bibliográficas:
(1) Gielen AC, McDonald EM, Shields W. Unintentional home injuries across the life span:
problems and solutions. Annu Rev Public Health. 2015;36:231-53.
(2) European Association for Injury Prevention and Safety Promotion. Injuries in the
European Union: summary of injury statistics for the years 2008-2010. Amsterdam:
EuroSafe, 2013. http://ec.europa.eu/health/data_collection/docs/idb_report_2013_en.pdf
(3) Rogmans WH. Joint action on monitoring injuries in Europe (JAMIE). Arch Public Health.
2012;70(1):19. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3733502/
(4) Contreiras T, Rodrigues E. EVITA–Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e
Acidentes: relatório 2009 – 2012. Lisboa: Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo
Jorge IP, 2014. http://hdl.handle.net/10400.18/2449
(5) Mateos Baruque ML, Vián González EM, Gil Costa M, et al. Incidencia, características
epidemiológicas y tipos de accidentes domésticos y de ocio. Red centinela sanitaria
de Castilla y León (2009). Aten Primaria. 2012;44(5):250-6. Epub 2011 Jul 5.
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0212656711002526
(6) Hosseini H, Hosseini N. Epidemiology and prevention of fall injuries among the elderly.
Hosp Top. 2008;86(3):15-20.
(7) Lanzisero, T. Hazard Based Safety Engineering in Relation to Injury Epidemiology and
Etiology.In Product Compliance Engineering (ISPCE), 2014 IEEE Symposium,pp.41-9.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Dengue diagnósico e manejo clínico - adulto e criança
Dengue   diagnósico e manejo clínico - adulto e criançaDengue   diagnósico e manejo clínico - adulto e criança
Dengue diagnósico e manejo clínico - adulto e criançaadrianomedico
 
Boletim epidemiológico da Tuberculose no Brasil.
Boletim epidemiológico da Tuberculose no Brasil.Boletim epidemiológico da Tuberculose no Brasil.
Boletim epidemiológico da Tuberculose no Brasil.Ministério da Saúde
 
Aids trabalhadores-saude
Aids trabalhadores-saudeAids trabalhadores-saude
Aids trabalhadores-saudeMara Soares
 
Guia de vigilância epidemiológica
Guia de vigilância epidemiológicaGuia de vigilância epidemiológica
Guia de vigilância epidemiológicaRodrigo Abreu
 
Dengue diagnóstico e manejo clínico adulto e criança
Dengue diagnóstico e manejo clínico adulto e criançaDengue diagnóstico e manejo clínico adulto e criança
Dengue diagnóstico e manejo clínico adulto e criançaCentro Universitário Ages
 
Cad hivaids hepatites e outras dst
Cad hivaids  hepatites e outras dstCad hivaids  hepatites e outras dst
Cad hivaids hepatites e outras dstGabriela Santa Cruz
 
Cadernos de atenção básica 18 hiv-aids, hepatites e outras dst- 2006
Cadernos de atenção básica 18   hiv-aids, hepatites e outras dst- 2006Cadernos de atenção básica 18   hiv-aids, hepatites e outras dst- 2006
Cadernos de atenção básica 18 hiv-aids, hepatites e outras dst- 2006Nádia Elizabeth Barbosa Villas Bôas
 
Saúde Coletica - 5. vigilância epidemiológica
Saúde Coletica - 5. vigilância epidemiológicaSaúde Coletica - 5. vigilância epidemiológica
Saúde Coletica - 5. vigilância epidemiológicaMario Gandra
 
Recomendaco es_amib
Recomendaco  es_amibRecomendaco  es_amib
Recomendaco es_amibgisa_legal
 
Aula Vig Epidemiologica Res Med
Aula Vig Epidemiologica Res MedAula Vig Epidemiologica Res Med
Aula Vig Epidemiologica Res MedSandra Flôr
 
Caderno de atencao hiv aids
Caderno de atencao hiv aidsCaderno de atencao hiv aids
Caderno de atencao hiv aidsMara Soares
 
Vigilância sanitária
Vigilância sanitáriaVigilância sanitária
Vigilância sanitáriabarbaruiva71
 
Diretrizes agravos veiculacao_hidrica
Diretrizes agravos veiculacao_hidricaDiretrizes agravos veiculacao_hidrica
Diretrizes agravos veiculacao_hidricalomantoscrj
 

Mais procurados (19)

Dengue diagnósico e manejo clínico - adulto e criança
Dengue   diagnósico e manejo clínico - adulto e criançaDengue   diagnósico e manejo clínico - adulto e criança
Dengue diagnósico e manejo clínico - adulto e criança
 
Boletim epidemiológico da Tuberculose no Brasil.
Boletim epidemiológico da Tuberculose no Brasil.Boletim epidemiológico da Tuberculose no Brasil.
Boletim epidemiológico da Tuberculose no Brasil.
 
Aids trabalhadores-saude
Aids trabalhadores-saudeAids trabalhadores-saude
Aids trabalhadores-saude
 
Guia de vigilância epidemiológica
Guia de vigilância epidemiológicaGuia de vigilância epidemiológica
Guia de vigilância epidemiológica
 
Dengue diagnóstico e manejo clínico adulto e criança
Dengue diagnóstico e manejo clínico adulto e criançaDengue diagnóstico e manejo clínico adulto e criança
Dengue diagnóstico e manejo clínico adulto e criança
 
Cad hivaids hepatites e outras dst
Cad hivaids  hepatites e outras dstCad hivaids  hepatites e outras dst
Cad hivaids hepatites e outras dst
 
Cadernos de atenção básica 18 hiv-aids, hepatites e outras dst- 2006
Cadernos de atenção básica 18   hiv-aids, hepatites e outras dst- 2006Cadernos de atenção básica 18   hiv-aids, hepatites e outras dst- 2006
Cadernos de atenção básica 18 hiv-aids, hepatites e outras dst- 2006
 
Saúde Coletica - 5. vigilância epidemiológica
Saúde Coletica - 5. vigilância epidemiológicaSaúde Coletica - 5. vigilância epidemiológica
Saúde Coletica - 5. vigilância epidemiológica
 
Txt 690106550
Txt 690106550Txt 690106550
Txt 690106550
 
Cartilha dcnt
Cartilha dcntCartilha dcnt
Cartilha dcnt
 
Recomendaco es_amib
Recomendaco  es_amibRecomendaco  es_amib
Recomendaco es_amib
 
Aula Vig Epidemiologica Res Med
Aula Vig Epidemiologica Res MedAula Vig Epidemiologica Res Med
Aula Vig Epidemiologica Res Med
 
Caderno de atencao hiv aids
Caderno de atencao hiv aidsCaderno de atencao hiv aids
Caderno de atencao hiv aids
 
Livro nova vigilancia_web
Livro nova vigilancia_webLivro nova vigilancia_web
Livro nova vigilancia_web
 
Vigilância sanitária
Vigilância sanitáriaVigilância sanitária
Vigilância sanitária
 
1 oficina rj
1 oficina rj1 oficina rj
1 oficina rj
 
Crescem casos de hepatites
Crescem casos de hepatitesCrescem casos de hepatites
Crescem casos de hepatites
 
Diretrizes agravos veiculacao_hidrica
Diretrizes agravos veiculacao_hidricaDiretrizes agravos veiculacao_hidrica
Diretrizes agravos veiculacao_hidrica
 
Saúde Diário de Leiría 19.2.2020
Saúde Diário de Leiría 19.2.2020Saúde Diário de Leiría 19.2.2020
Saúde Diário de Leiría 19.2.2020
 

Destaque

Dn 1 out 2015 alimentação escolar
Dn 1 out 2015 alimentação escolarDn 1 out 2015 alimentação escolar
Dn 1 out 2015 alimentação escolarLicínia Simões
 
Chek list oferta alimentar em meio escolar
Chek list oferta alimentar em meio escolarChek list oferta alimentar em meio escolar
Chek list oferta alimentar em meio escolarLicínia Simões
 
Recomendações para festas de aniversário mais saudáveis
Recomendações para festas de aniversário mais saudáveisRecomendações para festas de aniversário mais saudáveis
Recomendações para festas de aniversário mais saudáveisLicínia Simões
 
Um guia para_os_pais_-_educacao_e_os_novos_media_0
Um guia para_os_pais_-_educacao_e_os_novos_media_0Um guia para_os_pais_-_educacao_e_os_novos_media_0
Um guia para_os_pais_-_educacao_e_os_novos_media_0Licínia Simões
 
Educacao alimentar em_meio_escolar
Educacao alimentar em_meio_escolarEducacao alimentar em_meio_escolar
Educacao alimentar em_meio_escolarLicínia Simões
 
Brochura sopa.come. aces baixo vouga 2015 and
Brochura sopa.come.  aces baixo vouga 2015 andBrochura sopa.come.  aces baixo vouga 2015 and
Brochura sopa.come. aces baixo vouga 2015 andLicínia Simões
 
Relatório de avaliação do pnse 2014 2015 final_nov
Relatório de avaliação do pnse 2014 2015 final_novRelatório de avaliação do pnse 2014 2015 final_nov
Relatório de avaliação do pnse 2014 2015 final_novLicínia Simões
 
Dados dos alunos na internet - legislação
Dados dos alunos na internet - legislaçãoDados dos alunos na internet - legislação
Dados dos alunos na internet - legislaçãoLicínia Simões
 
Estudo hábitos alimentares - Anadia
Estudo hábitos alimentares - AnadiaEstudo hábitos alimentares - Anadia
Estudo hábitos alimentares - AnadiaLicínia Simões
 
Uso correto de antibióticos
Uso correto de antibióticosUso correto de antibióticos
Uso correto de antibióticosLicínia Simões
 

Destaque (20)

levantar
levantarlevantar
levantar
 
Regresso às aulas
Regresso às aulasRegresso às aulas
Regresso às aulas
 
Poster ondas de frio
Poster   ondas de frioPoster   ondas de frio
Poster ondas de frio
 
fim de ano
 fim de ano fim de ano
fim de ano
 
Dn 1 out 2015 alimentação escolar
Dn 1 out 2015 alimentação escolarDn 1 out 2015 alimentação escolar
Dn 1 out 2015 alimentação escolar
 
alimentacao natal
alimentacao natalalimentacao natal
alimentacao natal
 
Folheto frio
Folheto   frioFolheto   frio
Folheto frio
 
Chek list oferta alimentar em meio escolar
Chek list oferta alimentar em meio escolarChek list oferta alimentar em meio escolar
Chek list oferta alimentar em meio escolar
 
Recomendações para festas de aniversário mais saudáveis
Recomendações para festas de aniversário mais saudáveisRecomendações para festas de aniversário mais saudáveis
Recomendações para festas de aniversário mais saudáveis
 
Programa
ProgramaPrograma
Programa
 
Um guia para_os_pais_-_educacao_e_os_novos_media_0
Um guia para_os_pais_-_educacao_e_os_novos_media_0Um guia para_os_pais_-_educacao_e_os_novos_media_0
Um guia para_os_pais_-_educacao_e_os_novos_media_0
 
Educacao alimentar em_meio_escolar
Educacao alimentar em_meio_escolarEducacao alimentar em_meio_escolar
Educacao alimentar em_meio_escolar
 
Brochura sopa.come. aces baixo vouga 2015 and
Brochura sopa.come.  aces baixo vouga 2015 andBrochura sopa.come.  aces baixo vouga 2015 and
Brochura sopa.come. aces baixo vouga 2015 and
 
Mais contigo
Mais contigoMais contigo
Mais contigo
 
Referencial PES - 2016
Referencial PES - 2016Referencial PES - 2016
Referencial PES - 2016
 
Relatório de avaliação do pnse 2014 2015 final_nov
Relatório de avaliação do pnse 2014 2015 final_novRelatório de avaliação do pnse 2014 2015 final_nov
Relatório de avaliação do pnse 2014 2015 final_nov
 
Convenção de Lanzarote
Convenção de LanzaroteConvenção de Lanzarote
Convenção de Lanzarote
 
Dados dos alunos na internet - legislação
Dados dos alunos na internet - legislaçãoDados dos alunos na internet - legislação
Dados dos alunos na internet - legislação
 
Estudo hábitos alimentares - Anadia
Estudo hábitos alimentares - AnadiaEstudo hábitos alimentares - Anadia
Estudo hábitos alimentares - Anadia
 
Uso correto de antibióticos
Uso correto de antibióticosUso correto de antibióticos
Uso correto de antibióticos
 

Semelhante a Acidentes Domésticos e de Lazer: resultados do sistema EVITA 2010-2014

Aula de eventos adversos aspectos introdutorios
Aula de eventos adversos   aspectos introdutoriosAula de eventos adversos   aspectos introdutorios
Aula de eventos adversos aspectos introdutoriosProqualis
 
Anexo 03- Boletim-Especial-do-COE---Atualizacao-da-Avaliacao-de-Risco.pdf
Anexo 03- Boletim-Especial-do-COE---Atualizacao-da-Avaliacao-de-Risco.pdfAnexo 03- Boletim-Especial-do-COE---Atualizacao-da-Avaliacao-de-Risco.pdf
Anexo 03- Boletim-Especial-do-COE---Atualizacao-da-Avaliacao-de-Risco.pdfProfFranciscoArapira
 
Segurança do paciente na atenção primária à saúde
Segurança do paciente na atenção primária à saúdeSegurança do paciente na atenção primária à saúde
Segurança do paciente na atenção primária à saúdeProqualis
 
STOP Quedas: Programa de Gestão e Controlo das Quedas de Doentes em Ambiente ...
STOP Quedas: Programa de Gestão e Controlo das Quedas de Doentes em Ambiente ...STOP Quedas: Programa de Gestão e Controlo das Quedas de Doentes em Ambiente ...
STOP Quedas: Programa de Gestão e Controlo das Quedas de Doentes em Ambiente ...Fernando Barroso
 
Acidentes de trabalho com exposição a material biológico entre os profissiona...
Acidentes de trabalho com exposição a material biológico entre os profissiona...Acidentes de trabalho com exposição a material biológico entre os profissiona...
Acidentes de trabalho com exposição a material biológico entre os profissiona...Ekateriny Melo
 
Aula introducao à segurança do paciente
Aula introducao à segurança do pacienteAula introducao à segurança do paciente
Aula introducao à segurança do pacienteProqualis
 
05 abordagem clínica e epidemiológica do ofidismo no município de alegre (es)
05  abordagem clínica e epidemiológica do ofidismo no município de alegre (es)05  abordagem clínica e epidemiológica do ofidismo no município de alegre (es)
05 abordagem clínica e epidemiológica do ofidismo no município de alegre (es)adrianomedico
 
Prevalencia de asma en el primer año de vida y factores de riesgo
Prevalencia de asma en el primer año de vida y factores de riesgoPrevalencia de asma en el primer año de vida y factores de riesgo
Prevalencia de asma en el primer año de vida y factores de riesgoJuan Carlos Ivancevich
 
Monografia: Iatrogenias em Unidade de Terapia Intencia
Monografia: Iatrogenias em Unidade de Terapia Intencia Monografia: Iatrogenias em Unidade de Terapia Intencia
Monografia: Iatrogenias em Unidade de Terapia Intencia Eli Paula
 
Aula_Qualidade-e-Seguranca-do-Paciente-AECIHERJ-2016-compressed.pdf
Aula_Qualidade-e-Seguranca-do-Paciente-AECIHERJ-2016-compressed.pdfAula_Qualidade-e-Seguranca-do-Paciente-AECIHERJ-2016-compressed.pdf
Aula_Qualidade-e-Seguranca-do-Paciente-AECIHERJ-2016-compressed.pdfEvertonMonteiro19
 
SEGURANÇA DO PACIENTE.pptx
SEGURANÇA DO PACIENTE.pptxSEGURANÇA DO PACIENTE.pptx
SEGURANÇA DO PACIENTE.pptxsimonezunega
 
Módulo 3 - Aula 5
Módulo 3 - Aula 5Módulo 3 - Aula 5
Módulo 3 - Aula 5agemais
 
Questões saúde pública
Questões saúde públicaQuestões saúde pública
Questões saúde públicaIsmael Costa
 
Parte 2 - SINAN e ADRT
Parte 2 - SINAN e ADRTParte 2 - SINAN e ADRT
Parte 2 - SINAN e ADRTNutecs2
 
Gestão do Risco: Segurança do Doente em Ambiente Hospitalar
Gestão do Risco: Segurança do Doente em Ambiente HospitalarGestão do Risco: Segurança do Doente em Ambiente Hospitalar
Gestão do Risco: Segurança do Doente em Ambiente HospitalarFernando Barroso
 
Relatorio prevencao quedas_velhice
Relatorio prevencao quedas_velhiceRelatorio prevencao quedas_velhice
Relatorio prevencao quedas_velhiceivone guedes borges
 

Semelhante a Acidentes Domésticos e de Lazer: resultados do sistema EVITA 2010-2014 (20)

Aula de eventos adversos aspectos introdutorios
Aula de eventos adversos   aspectos introdutoriosAula de eventos adversos   aspectos introdutorios
Aula de eventos adversos aspectos introdutorios
 
Modulo 5 -_investigação_de_eventos
Modulo 5 -_investigação_de_eventosModulo 5 -_investigação_de_eventos
Modulo 5 -_investigação_de_eventos
 
EPIDEMIOLOGIA - Copia.pdf
EPIDEMIOLOGIA - Copia.pdfEPIDEMIOLOGIA - Copia.pdf
EPIDEMIOLOGIA - Copia.pdf
 
leon22.pptx
leon22.pptxleon22.pptx
leon22.pptx
 
Anexo 03- Boletim-Especial-do-COE---Atualizacao-da-Avaliacao-de-Risco.pdf
Anexo 03- Boletim-Especial-do-COE---Atualizacao-da-Avaliacao-de-Risco.pdfAnexo 03- Boletim-Especial-do-COE---Atualizacao-da-Avaliacao-de-Risco.pdf
Anexo 03- Boletim-Especial-do-COE---Atualizacao-da-Avaliacao-de-Risco.pdf
 
Segurança do paciente na atenção primária à saúde
Segurança do paciente na atenção primária à saúdeSegurança do paciente na atenção primária à saúde
Segurança do paciente na atenção primária à saúde
 
STOP Quedas: Programa de Gestão e Controlo das Quedas de Doentes em Ambiente ...
STOP Quedas: Programa de Gestão e Controlo das Quedas de Doentes em Ambiente ...STOP Quedas: Programa de Gestão e Controlo das Quedas de Doentes em Ambiente ...
STOP Quedas: Programa de Gestão e Controlo das Quedas de Doentes em Ambiente ...
 
Acidentes de trabalho com exposição a material biológico entre os profissiona...
Acidentes de trabalho com exposição a material biológico entre os profissiona...Acidentes de trabalho com exposição a material biológico entre os profissiona...
Acidentes de trabalho com exposição a material biológico entre os profissiona...
 
Aula introducao à segurança do paciente
Aula introducao à segurança do pacienteAula introducao à segurança do paciente
Aula introducao à segurança do paciente
 
05 abordagem clínica e epidemiológica do ofidismo no município de alegre (es)
05  abordagem clínica e epidemiológica do ofidismo no município de alegre (es)05  abordagem clínica e epidemiológica do ofidismo no município de alegre (es)
05 abordagem clínica e epidemiológica do ofidismo no município de alegre (es)
 
Prevalencia de asma en el primer año de vida y factores de riesgo
Prevalencia de asma en el primer año de vida y factores de riesgoPrevalencia de asma en el primer año de vida y factores de riesgo
Prevalencia de asma en el primer año de vida y factores de riesgo
 
Monografia: Iatrogenias em Unidade de Terapia Intencia
Monografia: Iatrogenias em Unidade de Terapia Intencia Monografia: Iatrogenias em Unidade de Terapia Intencia
Monografia: Iatrogenias em Unidade de Terapia Intencia
 
Aula_Qualidade-e-Seguranca-do-Paciente-AECIHERJ-2016-compressed.pdf
Aula_Qualidade-e-Seguranca-do-Paciente-AECIHERJ-2016-compressed.pdfAula_Qualidade-e-Seguranca-do-Paciente-AECIHERJ-2016-compressed.pdf
Aula_Qualidade-e-Seguranca-do-Paciente-AECIHERJ-2016-compressed.pdf
 
SEGURANÇA DO PACIENTE.pptx
SEGURANÇA DO PACIENTE.pptxSEGURANÇA DO PACIENTE.pptx
SEGURANÇA DO PACIENTE.pptx
 
Prevalencia de Sibilancias en el 1er. año de vida y factores de riesgo. Prof....
Prevalencia de Sibilancias en el 1er. año de vida y factores de riesgo. Prof....Prevalencia de Sibilancias en el 1er. año de vida y factores de riesgo. Prof....
Prevalencia de Sibilancias en el 1er. año de vida y factores de riesgo. Prof....
 
Módulo 3 - Aula 5
Módulo 3 - Aula 5Módulo 3 - Aula 5
Módulo 3 - Aula 5
 
Questões saúde pública
Questões saúde públicaQuestões saúde pública
Questões saúde pública
 
Parte 2 - SINAN e ADRT
Parte 2 - SINAN e ADRTParte 2 - SINAN e ADRT
Parte 2 - SINAN e ADRT
 
Gestão do Risco: Segurança do Doente em Ambiente Hospitalar
Gestão do Risco: Segurança do Doente em Ambiente HospitalarGestão do Risco: Segurança do Doente em Ambiente Hospitalar
Gestão do Risco: Segurança do Doente em Ambiente Hospitalar
 
Relatorio prevencao quedas_velhice
Relatorio prevencao quedas_velhiceRelatorio prevencao quedas_velhice
Relatorio prevencao quedas_velhice
 

Mais de Licínia Simões

Ficha de trabalho resolucao
Ficha de trabalho   resolucaoFicha de trabalho   resolucao
Ficha de trabalho resolucaoLicínia Simões
 
Square, rectangle and parallelepiped
Square, rectangle and parallelepipedSquare, rectangle and parallelepiped
Square, rectangle and parallelepipedLicínia Simões
 
Postais da Páscoa - Projeto etwinning
Postais da Páscoa - Projeto etwinningPostais da Páscoa - Projeto etwinning
Postais da Páscoa - Projeto etwinningLicínia Simões
 
The squares , rectangles and cubes in my city or village
The squares , rectangles and cubes in my city or villageThe squares , rectangles and cubes in my city or village
The squares , rectangles and cubes in my city or villageLicínia Simões
 
Triangles and pyramids around me.
Triangles and pyramids around me.Triangles and pyramids around me.
Triangles and pyramids around me.Licínia Simões
 
The circumferences and the circles around us!
The circumferences and the circles around us!The circumferences and the circles around us!
The circumferences and the circles around us!Licínia Simões
 
Dia mundial da Higiene das Mãos
Dia mundial da Higiene das MãosDia mundial da Higiene das Mãos
Dia mundial da Higiene das MãosLicínia Simões
 
Programa seminário cuidados paliativos
Programa seminário cuidados paliativosPrograma seminário cuidados paliativos
Programa seminário cuidados paliativosLicínia Simões
 
Cdc violencia juvenil brochura
Cdc violencia juvenil  brochuraCdc violencia juvenil  brochura
Cdc violencia juvenil brochuraLicínia Simões
 
Relatorio de Violência no namoro - 2017
Relatorio de Violência no namoro - 2017Relatorio de Violência no namoro - 2017
Relatorio de Violência no namoro - 2017Licínia Simões
 
Perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória
Perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatóriaPerfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória
Perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatóriaLicínia Simões
 
Regulamento concurso criatividade -Geração saudável
Regulamento concurso criatividade -Geração saudávelRegulamento concurso criatividade -Geração saudável
Regulamento concurso criatividade -Geração saudávelLicínia Simões
 
Jornal público sono 2017_01_20
Jornal público sono  2017_01_20Jornal público sono  2017_01_20
Jornal público sono 2017_01_20Licínia Simões
 
Alimentação saudável 5º a
Alimentação saudável   5º aAlimentação saudável   5º a
Alimentação saudável 5º aLicínia Simões
 
Manual "Alergia alimentar na restauração"
Manual  "Alergia alimentar na restauração"Manual  "Alergia alimentar na restauração"
Manual "Alergia alimentar na restauração"Licínia Simões
 

Mais de Licínia Simões (20)

Ficha de trabalho resolucao
Ficha de trabalho   resolucaoFicha de trabalho   resolucao
Ficha de trabalho resolucao
 
Square, rectangle and parallelepiped
Square, rectangle and parallelepipedSquare, rectangle and parallelepiped
Square, rectangle and parallelepiped
 
Projeto etwinning 6 d
Projeto etwinning   6 dProjeto etwinning   6 d
Projeto etwinning 6 d
 
Postais da Páscoa - Projeto etwinning
Postais da Páscoa - Projeto etwinningPostais da Páscoa - Projeto etwinning
Postais da Páscoa - Projeto etwinning
 
The squares , rectangles and cubes in my city or village
The squares , rectangles and cubes in my city or villageThe squares , rectangles and cubes in my city or village
The squares , rectangles and cubes in my city or village
 
Ficha de trabalho
Ficha de trabalhoFicha de trabalho
Ficha de trabalho
 
Ficha de trabalho
Ficha de trabalho Ficha de trabalho
Ficha de trabalho
 
Triangles and pyramids around me.
Triangles and pyramids around me.Triangles and pyramids around me.
Triangles and pyramids around me.
 
The circumferences and the circles around us!
The circumferences and the circles around us!The circumferences and the circles around us!
The circumferences and the circles around us!
 
Lanches escolares
Lanches escolaresLanches escolares
Lanches escolares
 
Dia mundial da Higiene das Mãos
Dia mundial da Higiene das MãosDia mundial da Higiene das Mãos
Dia mundial da Higiene das Mãos
 
Programa seminário cuidados paliativos
Programa seminário cuidados paliativosPrograma seminário cuidados paliativos
Programa seminário cuidados paliativos
 
Cdc violencia juvenil brochura
Cdc violencia juvenil  brochuraCdc violencia juvenil  brochura
Cdc violencia juvenil brochura
 
Relatorio de Violência no namoro - 2017
Relatorio de Violência no namoro - 2017Relatorio de Violência no namoro - 2017
Relatorio de Violência no namoro - 2017
 
Perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória
Perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatóriaPerfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória
Perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória
 
Regulamento concurso criatividade -Geração saudável
Regulamento concurso criatividade -Geração saudávelRegulamento concurso criatividade -Geração saudável
Regulamento concurso criatividade -Geração saudável
 
Jornal público sono 2017_01_20
Jornal público sono  2017_01_20Jornal público sono  2017_01_20
Jornal público sono 2017_01_20
 
Programa vacinação SNS
Programa vacinação SNSPrograma vacinação SNS
Programa vacinação SNS
 
Alimentação saudável 5º a
Alimentação saudável   5º aAlimentação saudável   5º a
Alimentação saudável 5º a
 
Manual "Alergia alimentar na restauração"
Manual  "Alergia alimentar na restauração"Manual  "Alergia alimentar na restauração"
Manual "Alergia alimentar na restauração"
 

Último

5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxDianaSheila2
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 

Último (20)

5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 

Acidentes Domésticos e de Lazer: resultados do sistema EVITA 2010-2014

  • 1. 3 artigos breves_ n. 1 _Em casa ou no lazer o acidente pode acontecer: resultados preliminares do sistema EVITA apurados para o período 2010-2014 Mariana Neto, Emanuel Rodrigues mariana.neto@insa.min-saude.pt Unidade de Observação em Saúde e Vigilância Epidemiológica. Departamento de Epidemiologia, INSA. _Introdução e objetivo Para a maior parte das pessoas a casa é considerada o lugar mais seguro do mundo, percebida como uma barreira protetora das ameaças externas e um garante da intimidade na vida diária. O tempo passado em casa ou dedicado ao lazer são dimensões pessoais muito importantes para o equilíbrio individual e para a construção e interação afetiva e, como tal, são naturalmente muito valorizadas. No entanto, essa perceção de segurança não invalida que estes espaços não sejam palco de acidentes, por vezes graves e, não raramente, mortais. Os Acidentes Domésticos e de Lazer (ADL) atingem os indivíduos ao longo de toda a sua vida, com relevo para as crianças e senio- res (1). Por exemplo, no período 2008-2010, ocorreram na União Europeia 233 000 mortes por acidente, das quais 42% (98 891) foram ADL. Estes foram igualmente causa de 22 865 000 hospi- talizações (2). Um panorama semelhante foi observado nos Es- tados Unidos, com 30 000 mortes e 12 milhões de acidentes não mortais por ano (1). Os acidentes mortais são a face mais visível do fenómeno: por cada pessoa que perde a vida num acidente, muitas mais existem com incapacidade permanente e mais ainda, com incapacidade tempo- rária, dando origem a elevadas perdas humanas, sociais e de pro- dutividade. Embora os sistemas de vigilância existentes não sejam exausti- vos na recolha de informação sobre esta matéria, o projeto euro- peu JAMIE – Joint Action on Monitoring Injuries in Europe (3) e o projeto nacional EVITA – Epidemiologia e Vigilância dos Traumatis- mos e Acidentes (4) , que participa no sistema europeu, produzem informação regular a partir da recolha de dados numa amostra de serviços de urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O sistema EVITA, criado em 2000 na continuação do sistema ADELIA – Acidentes Domésticos e de Lazer - Informação Adequa- da e gerido pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Na- cional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), tem como objetivo contribuir para a vigilância dos ADL através da i) determinação das frequências e tendências respetivas, e das características das víti- mas, das situações e dos agentes envolvidos, ii) e da identificação de situações de risco e de produtos perigosos que possam estar envolvidos, de modo a suportar com evidência o desenvolvimento de políticas e medidas de prevenção adequadas. Apresentamos em seguida alguns resultados dos dados apurados a partir deste sistema para a situação nacional no período 2010-2014. _Material e métodos Para o sistema EVITA, ADL são definidos como os acidentes domésticos e de lazer, registados nas urgências do SNS, cuja causa não seja doença, acidente de viação, acidente de trabalho ou violência. Os dados apresentados reportam-se ao período compreendido entre 1 de janeiro 2010 e 30 de setembro de 2014 e foram reco- lhidos pelo sistema EVITA que assenta numa amostra de serviços de urgência do SNS, em colaboração com a Administração Cen- tral dos Sistemas de Saúde. Os resultados são apresentados sob a forma de gráficos e tabelas de frequência. _Resultados Durante o período temporal referido, o número total de acidentes domésticos e de lazer registados pelo sistema EVITA foi de 24 752. A distribuição destes ADL por grupo etário e sexo revelou propor- ções mais elevadas no sexo masculino entre os indivíduos mais novos (0 a 54 anos) e no sexo feminino, nos indivíduos com 55 e mais anos (gráfico 1). No total, a percentagem de ADL foi superior no sexo masculino (52,8%) em relação ao feminino (47,2%). 2015 número 2ª série 13 Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP Doutor Ricardo Jorge Nacional de Saúde_Instituto Observações_ Boletim Epidemiológico www.insa.pt _ Acidentes Domésticos e de Lazer
  • 2. artigos breves_ n. 1 Observou-se um padrão semelhante para cada um dos anos em análise. De facto, os indivíduos do sexo masculino com idades entre 1 e 44 anos evidenciaram valores mais elevados entre 2009 e 2013. Por outro lado, os indivíduos do sexo feminino com idade superior a 55 anos revelaram, em todos os anos, valores mais elevados de ADL. Relativamente aos restantes grupos etários, as crianças menores de um ano registaram valores mais elevados no sexo feminino em 2010 e 2013 e no sexo masculino nos restan- tes anos. Os indivíduos pertencentes ao grupo etário 45-54 anos revelaram valores mais elevados no sexo masculino em todos os anos exceto em 2011 (gráfico 2). 4 2015 número 2ª série 13 Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP Doutor Ricardo Jorge Nacional de Saúde_Instituto Observações_ Boletim Epidemiológico www.insa.pt 2010 M 2010 F 2011 M 2011 F 2012 M 2012 F 2013 M 2013 F 2014 M 2014 F 0 10 20 30 40 50 60 70 80 <1 1-4 5-14 15-24 35-4425-34 45-54 55-64 65-74 75-84 >= 85 Gráfico 2: Proporção de acidentes domésticos e de lazer registados no sistema EVITA por sexo, grupo etário e ano. Gráfico 1: Proporção de acidentes domésticos e de lazer por sexo e grupo etário registados no sistema EVITA no período 2010-2014. F - feminino; M - masculino 0 20 40 60 80 100 % <1 1 - 4 5 - 14 15 - 24 25 - 34 35 - 44 45 - 54 55 - 64 65 - 74 75 - 84 > = 85 Total Feminino Masculino Grupoetário
  • 3. Queda ao mesmo nível Queda, não especificado Objeto em movimento Corte Objeto parado Queda sobre ou de escadas Pessoa Beliscão, compressão Atingimento do olho Atingimento da boca Ano de ocorrência 2010 2011 2012 2013 2014 n 16,1 15,6 5,9 1,9 2,1 2,5 2,5 1,4 0,1 0,5 13,6 15,6 6,3 2,8 3,3 2,4 2,5 1,0 0,3 0,4 21,0 14,2 6,5 2,3 2,3 2,8 2,6 0,7 0,5 0,3 18,6 14,9 5,1 2,9 2,2 2,1 1,6 0,4 0,6 0,5 25,5 9,2 6,8 3,1 2,4 1,8 2,4 0,7 0,9 0,3 4514 3560 1481 660 628 579 557 187 122 101 5 artigos breves_ n. 1 2015 número 2ª série 13 Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP Doutor Ricardo Jorge Nacional de Saúde_Instituto Observações_ Boletim Epidemiológico www.insa.pt Tabela 1: Distribuição de valores percentuais dos 10 principais mecanismos de lesão com maior percentagem de acidentes, por ano de ocorrência. Verificou-se que os mecanismos de lesão que mais contribuíram para o número de ADL foram as quedas ao mesmo nível, desta- cando-se de forma pronunciada como o motivo mais frequente de ADL em todos os anos estudados, exceto 2011 (tabela 1). Os tipos de lesão mais frequentes em resultado dos ADL foram contusões/hematomas, os quais constituíram mais de metade de todas as lesões registadas durante o período considerado, seguin- do-se ferida aberta, sendo que este padrão se reflete em todos os grupos etários. Assinale-se que um acidente poderá dar origem a mais do que uma lesão (gráfico 3). Gráfico 3: Proporção dos ADL registados no sistema EVITA, por tipo de lesão no momento do acidente durante o período 2009-2013. Contusão/ hematoma 75,48 Ferida aberta 12,77 Concussão 4,82 Tipo de lesão não especificado 4,26 Esfolamento 1,38 Queimadura, escaldamento (térmico) 0,99Compressão 0,24 Corrosão (química) 0,06 Não se diagnosticou nenhuma lesão 0,06
  • 4. 6 _Conclusões e discussão O sistema EVITA recolheu 24 752 ADL durante o período em análise. Observou-se uma prevalência superior de ADL no sexo masculino (52,8%) em relação ao feminino (47,2%). Proporções semelhantes foram observadas num estudo realizado em 2009 com base na rede de Médicos-Sentinela de Castilla y León (5). Nos dados analisados, a distribuição percentual dos ADL revela valores mais elevados nos homens com idades iguais ou inferio- res a 54 anos. Esta observação poderá ser explicada pelo facto de os homens preferirem atividades com maior risco físico ou práticas desportivas mais radicais. Pelo contrário, nos grupos etários mais elevados são as mulheres que surgem com a maior proporção de ADL, o que poderá traduzir o facto da população geral conter uma maior proporção de mulheres em idades mais avançadas. Padrão idêntico foi observado no estudo de Castilla y León, mas a proporção de acidentes em homens começa a dimi- nuir por volta dos 35 anos e não aos 45 como no presente estudo. As quedas foram a principal causa de ADL em todos os anos, exceto em 2011. A contusão, hematoma e a ferida aberta foram as lesões mais frequentemente relatadas, associadas a mais de metade de todas as ADL registadas nos anos em estudo. No en- tanto, este resultado deve ser analisado com cautela pois a infor- mação é declarada pelo acidentado ou acompanhante, ou seja sem base no diagnóstico médico. Perante a importância que a caraterização destas ocorrências tem para a adoção de medidas adequadas, que terão que ser transver- sais a vários setores da sociedade e envolver parceiros diversos (6,7), fica patente a importância do sistema EVITA. Todavia, há que salientar que este sistema assenta numa amostra de conveniência e que os dados de 2014 se reportam a 30 de setembro e não ao ano completo. artigos breves_ n. 1 2015 número 2ª série 13 Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP Doutor Ricardo Jorge Nacional de Saúde_Instituto Observações_ Boletim Epidemiológico www.insa.pt Referências bibliográficas: (1) Gielen AC, McDonald EM, Shields W. Unintentional home injuries across the life span: problems and solutions. Annu Rev Public Health. 2015;36:231-53. (2) European Association for Injury Prevention and Safety Promotion. Injuries in the European Union: summary of injury statistics for the years 2008-2010. Amsterdam: EuroSafe, 2013. http://ec.europa.eu/health/data_collection/docs/idb_report_2013_en.pdf (3) Rogmans WH. Joint action on monitoring injuries in Europe (JAMIE). Arch Public Health. 2012;70(1):19. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3733502/ (4) Contreiras T, Rodrigues E. EVITA–Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes: relatório 2009 – 2012. Lisboa: Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge IP, 2014. http://hdl.handle.net/10400.18/2449 (5) Mateos Baruque ML, Vián González EM, Gil Costa M, et al. Incidencia, características epidemiológicas y tipos de accidentes domésticos y de ocio. Red centinela sanitaria de Castilla y León (2009). Aten Primaria. 2012;44(5):250-6. Epub 2011 Jul 5. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0212656711002526 (6) Hosseini H, Hosseini N. Epidemiology and prevention of fall injuries among the elderly. Hosp Top. 2008;86(3):15-20. (7) Lanzisero, T. Hazard Based Safety Engineering in Relation to Injury Epidemiology and Etiology.In Product Compliance Engineering (ISPCE), 2014 IEEE Symposium,pp.41-9.