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19 DE FEVEREIRO DE 2020 QUARTA-FEIRA
Director Adriano Callé Lucas
HelenaAmaro
Acçõestãosimplescomoalar-
gar os horários de visitas para
osacompanhantesdosutentes
internadosnavésperadeNatal
enanoitedepassagemdeano,
aplicar um inquérito de satis-
fação, ou promover o silêncio
e o combate ao ruído nos in-
ternamentos,podemfazeradi-
ferençaparaquemnecessitade
cuidadosmédicos.
Porque mais de metade dos
portugueses têm pelo menos
umadoençacrónica.Porquea
humanizaçãodeveserpartein-
tegrantedoscuidadosdesaúde.
ÉesseocaminhoqueoCentro
HospitalardeLeiria(CHL)tem
trilhadonosúltimosanos,epa-
ra o qual assumiu o Compro-
misso para a Humanização
Hospitalar. Foi, em Setembro,
juntamentecommais48insti-
tuiçõeshospitalaresnacionais,
queoCHLcomprometeu-sea
traçarumplanodeacçãocom
medidas concretas que deve-
rãoabrangeraglobalidadedos
serviços e profissionais de
saúde.
O documento preconiza 15
áreasquedevemseranalisadas
ealvodeintervençãoparacon-
cretização e/ou melhoria: or-
gânica institucional; privaci-
dadedosutentes;personaliza-
ção do cuidar e do tratar; cir-
culaçãodosutentes;visitasaos
doentes;acolhimentodospro-
fissionais; normas de relacio-
namentocomutentes;normas
derelacionamentointerpessoal
e interprofissional; formação
emcomunicação,empatiaere-
lacionamento;psicologiaposi-
tiva, promoção da saúde e
bem-estar;amenidadesesegu-
rançahospitalaresparaprofis-
sionais;combateaoruído;pro-
moção do silêncio; avaliação
dasatisfação;eparticipaçãoci-
dadã.
Na ocasião da assinatura do
compromisso, Licínio de Car-
valho, presidente do Conselho
deAdministraçãodoCHL,ma-
nifestoutotalempenhonacon-
cretizaçãodoplanoestratégico
proposto, numa área já muito
desenvolvida naquela institui-
ção,atravésdotrabalhodaCo-
missão de Humanização, que
temvindoadinamizarasáreas
que integram o compromisso.
“Oscuidadosdesaúdepres-
tados aos nossos utentes são
desde sempre a nossa priori-
dade,epretendemoscontinuar
a apostar na humanização
desse cuidar, que vai desde a
segurança e qualidade, inova-
ção e tecnologia, à personali-
zação, empatia e atitude dos
profissionais”,disse.
No mês em que se assinalou
oDiaMundialdoDoente,pro-
curámos apurar as acções da
ComissãodeHumanizaçãodo
CHL, desde logo no inquérito
desatisfaçãodaHumanização.
Nestecampo,foiaplicadoum
inquérito de satisfação aos
utentesinternadosparaavaliar
a concretização dos pontos
constantes na Carta de Com-
promissoparaaHumanização
Hospitalar,paraperceberquais
as melhorias a implementar e
asáreasondeintervirmais.
Porque o silêncio também
cura,estáaserpromovidoosi-
lêncioeocombateaoruídonos
internamentos,sobretudorea-
lizado pelos elos dinamizado-
res. Esclarece o CHL ao nosso
jornal que, em Dezembro de
2019foifeita,porumaempresa
especializada, uma monitori-
zação do ruído de áreas pro-
blemáticas nas três unidades
queconstituemoCentroHos-
pitalar de Leiria (Leiria, Alco-
baça e Pombal), com o intuito
de avaliar o grau de ruído e a
necessidadedeimplementação
demelhorias,como,porexem-
plo, a colocação de semáforos
paracontrolaroruído.
Na última quarta-feira de
Abril, é assinalado o Dia Inter-
nacionaldeCombateaoRuído.
Outradasmedidaspassapor
sessões de Mindfulness, com
formação já dada a colabora-
dores,estando,nestemomento,
emfasedeselecçãodeutentes
dos exames de Gastroentero-
logia que reúnam condições
para beneficiar destas forma-
ções no controlo da dor, alívio
desintomas,problemasdean-
siedadeeoutras.
É também celebrado, anual-
mente,oDiadaFamília,coma
realização de actividades para
filhos e familiares dos colabo-
radoresdoCHL.
Aépoca natalícia não foi es-
quecida. Encontra-se imple-
mentado o alargamento dos
horários de visitas para os
acompanhantesdosutentesin-
ternadosnavésperadeNatale
na noite de passagem de ano,
assimcomoapossibilidadedos
familiaresfazeremaceiadeNa-
taledeAnoNovocomosdoen-
tesinternados.
Em relação ao Hospital
Amigo do Celíaco, a primeira
unidade a nascer em Leiria,
criada com vista a sensibilizar
acomunidademédicaparaes-
tapatologiaeinformarasocie-
dade em geral, o CHLinforma
queosprofissionaisdacozinha
já receberam formação e está
prevista a formação de assis-
tentes operacionais de vários
serviços.
Por outro lado, serão ainda
realizadassessõesdeformação
sobreotema,nasescolasdo1.º
cicloondehácriançascomesta
doença,estandoaindaprevista
umasessãoclínicadestinadaa
médicoseabertaaoutrospro-
fissionais,arealizaemMaio.
O aproveitamento de exce-
dentes alimentares também
constadoprogramadeacções,
nomeadamente através do
protocoloexistentedesde2016
noHospitaldeSantoAndré,em
Leiria, com a Refood para o
aproveitamento dos exceden-
tesalimentares.Noiníciodeste
ano, o CHL prevê o alarga-
mento deste projecto ao Hos-
pital de Alcobaça Bernardino
LopesdeOliveira.
“Humanização é parte
integrante’
ParaMariadeLurdesRocha,
coordenadora da Unidade de
SaúdeFamiliarD.Diniz,emLei-
ria, a humanização dos cuida-
dosdesaúdenãodeveserme-
didapor‘grausdeimportância’.
“A humanização é parte inte-
granteedeveestarsemprepre-
sente na relação estabelecida
entre qualquer profissional de
saúdeeapessoaquenecessita
erequerosseuscuidados”.
NocasodaUnidadedeSaúde
FamiliarD.Diniz,MariadeLur-
des Rocha enumera algumas
das diversas formas de actua-
ção dos profissionais, “com
vista a proporcionar um aten-
dimento de excelência” aos
utentes: o “atendimento sim-
páticoeempático”,a“acessibi-
lidade de encontro às necessi-
dades requeridas”, as “visitas
domiciliáriasquandonecessá-
rio”,eo“atendimentopreferen-
cial pela micro-equipa”, com-
posta por um enfermeiro, um
médicoeumsecretárioclínico,
àqualoutentepertence.
Poroutrolado,existeaindaa
“tentativadeproporcionarcon-
fortoeconfidencialidade”e“o-
ferecer orientação multidisci-
plinar de forma a adaptar o a-
tendimento e planos terapêu-
ticosàindividualidadedecada
pessoa”.|
Humanização na saúde deve ser parte
integrante na relação médico/utente
Efeméride No mês em que se assinala o Dia Mundial do Doente, destacamos o compromisso do
Centro Hospitalar de Leiria para humanizar os cuidados de saúde. Na USF D. Diniz, a humaniza-
ção é parte integrante da relação entre o médico e o utente
Dia Mundial do Doente foi uma data instituída a 11 de Fevereiro de
1992, pelo Papa João Paulo II, e visa transmitir uma mensagem de
esperança e carinho a todos os que lutam contra alguma doença
LFC/ARQUIVO
Sabia que mais de metade dos
portugueses tem pelo menos
uma doença crónica? E que
ocorre com mais frequência
nasmulheres,naspessoascom
menos escolaridade e nos se-
niores?
Osdadosconstamdoúltimo
Inquérito Nacional de Saúde
com Exame Físico (INSEF) di-
vulgado há um ano, a propó-
sitodoDiaMundialdoDoente,
e revelam uma realidade que
poucosconhecem.
De acordo com os dados do
inquérito,divulgadospeloSer-
viçoNacionaldeSaúde,3,9mi-
lhões de pessoas reportaram
ter pelo menos uma doença
crónica das citadas numa lista
de20doenças.
Questionados sobre a exis-
tência de alguma doença ou
problema de saúde que dure
há mais de seis meses ou que
se espere que venha a durar
mais de seis meses, mais de
metade dos inquiridos, cerca
de 57 por cento (%), disseram
quesim.
Por outro lado, quase 20%
dos inquiridos (19,4%) disse-
ram ter uma doença crónica,
17% apontaram duas e 10,4%
referiram três patologias cró-
nicas. A ocorrência de doença
crónica foi mais frequente nas
mulheres(62%)doquenosho-
mens(53,1%),naspessoascom
menosescolaridadeenogrupo
etário dos 65-74 anos, referem
osdadosdoinquérito.
Noshomens,asdoençascró-
nicasmaisfrequentesforamhi-
pertensão (25,1%), colesterol
elevado(23,7%),alergia(11,4%),
diabetes (10,4%), dor crónica
(7,4%)eartrose(7,3%).
Já nas mulheres, as doenças
crónicasmaisapontadasforam
hipertensão (26,1%), colesterol
elevado(25,7%),artrose(20,6%),
alergia (18,1%), depressão
(15,2%)edorcrónica(13,5%).
Promovido e coordenado
pelo Departamento de Epide-
miologia do INSA, o inquérito
foidesenvolvidoem2015para
recolha de informação epide-
miológica sobre o estado, de-
terminantesecuidadosdesaú-
de da população portuguesa.
Os indicadores apurados há
um ano referem-se à popula-
ção com idades entre os 25 e
os74anos,tendocontadocom
aparticipaçãode4.911pessoas,
nasuamaioriaemidadeactiva
(84,3%comidadeentreos25e
os64anos),cercadetrêsquin-
tos (63,4%) dos quais “sem es-
colaridade ou com escolari-
dadeinferioraoensinosecun-
dário”e 11,2% desempregados.
O INSEF tem como finali-
dadecontribuirparaamelhoria
da saúde dos portugueses, a-
poiando as actividades nacio-
naiseregionaisdeobservação
e monitorização do estado de
saúdedapopulação,avaliação
dosprogramasdesaúdeeain-
vestigaçãoemsaúdepública.|
12 | 19 FEV 2020 | QUARTA-FEIRA
SAUDE
Mais de metade dos portugueses
têm pelo menos uma doença crónica
Dados do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico revelam que 3,9 milhões de pessoas re-
portaram ter pelo menos uma doença crónica das citadas numa lista de 20 doenças
DR
Números revelam uma realidade que poucos conhecem: a prevalência das doenças crónicas
57%
dosinquiridosdisseramque
problemadesaúdeduramais
deseismeses
20%
dissenoinquéritoteruma
doençacrónica,e17%aponta-
ramduas
62%
ocorrênciadedoençacrónica
foimaisfrequentenasmulhe-
res,segundooinquérito
Investigadores
desenvolvem
método para
facilitar
diagnóstico
de doenças
Investigadores do Centro de
NeurociênciaseBiologiaCelu-
lardaUniversidadedeCoimbra
desenvolveram um método
que poderá tornar mais fácil e
precoceodiagnósticodedoen-
çasneurodegenerativas,como
a de Parkinson.Ainvestigação
permitiudesenvolverum“mé-
todo mais sofisticado” de de-
tectaralteraçõesemproteínas,
facilitando o diagnóstico, e vi-
souodesenvolvimentodeuma
“metodologia mais simples,
rentável e barata de detectar
oxidações em proteínas, alte-
rações que por vezes são irre-
versíveisequepermitemiden-
tificar potenciais biomarcado-
resdadoençadeParkinson”.
Jovens adultos
envolvem-se
pouco nos
cuidados com
a saúde
Um estudo desenvolvido pela
Escola Superior de Enferma-
gem de Coimbra concluiu que
os jovens se envolvem pouco
noscuidadoscomasuasaúde,
particularmente no sentido de
terem uma alimentação equi-
librada, no estudo ‘Disciplina
ParentaleasPráticasdeAuto-
cuidado de Saúde em Jovens
Adultos’.|
SAÚDE
QUARTA-FEIRA | 19 FEV 2020 | 13
O alerta da população para a
importânciadeumdiagnóstico
maisprecocedador,enquanto
factordiferenciadornosucesso
das terapêuticas, é o lema da
campanha nacional envol-
vendo 1.200 farmácias que vai
estender-seatéMarço.
Denominada ‘De 0 a 10.
Quantodói?’,acampanhaquer
aproveitar“arelaçãodeproxi-
midade e confiança que a far-
máciaestabelececomcadaum
dos seus utentes” para trans-
formar “o farmacêutico num
profissional de saúde de fácil
acessopara,desdelogo,ajudar
aidentificarotipoeintensidade
dador”.
Segundo o comunicado dos
promotores, a capacidade do
farmacêutico para “funcionar
como o primeiro contacto na
cadeia de saúde pode possibi-
litarumaantecipaçãododiag-
nóstico e, consequentemente,
a minimização da dor ou en-
caminhamento para acompa-
nhamento médico especiali-
zado”.
Citando um estudo da Uni-
versidadedoPorto,ocomuni-
cado aponta que “Portugal
gasta 4.610 milhões de euros
anuais com tratamentos, bai-
xasereformasantecipadasde-
vidoàdorcrónica”.
Promovida pela Cooprofar -
Cooperativa dos Proprietários
de Farmácia juntamente com
as Farmácias, a campanha é
também dotada de uma ver-
tente informativa e formativa,
“procurando clarificar os dife-
rentes tipos e origens da dor,
bemcomoexplicardequefor-
ma os utentes podem partici-
par mais activamente no seu
própriotratamento”.
A par destas medidas, serão
organizadas“acçõesdeforma-
ção destinadas a profissionais
de farmácia, com o objectivo
de dotá-los de maiores com-
petências para ajudar os seus
utentes no combate à dor”, lê-
-senanotadeimprensa.
Enfatizando ser a dor “um
dosfactoresquemaisinfluen-
ciaaqualidadedevidadaspes-
soas,comimplicaçõesrelevan-
tesnavertentefamiliarelabo-
ral”,anotadeimprensaacres-
centaquea“dorcrónicaafecta
mais de três milhões de por-
tugueses, sendo a segunda
doença mais prevalente no
País, responsável por quase
50% de todas as ausências do
trabalho e 60% de incapaci-
dade permanente para traba-
lhar”. |
Campanha em 1.200 farmácias sensibiliza
até Março para diagnóstico precoce da dor
Dor ‘De 0 a 10. Quanto dói?’ dá mote para uma campanha nacional, envolvendo as farmácias portuguesas, que alerta
para a importância de um diagnóstico mais precoce da dor
Campanha pretende transformar o farmacêutico num profissio-
nal de saúde de fácil acesso para ajudar a identificar o tipo e a in-
tensidade da dor
“Portugal gasta 4.610
milhões de euros
anuais com
tratamentos, baixas e
reformas antecipadas
devido à dor crónica”
DR
DIABETESAAssociação Pro-
tectora dos Diabéticos de Por-
tugal(APDP)lançouumapeti-
ção para levar o Ministério da
Saúdeacriarumregistonacio-
nal de diabetes tipo 1, que de-
verá ser actualizado anual-
mente.“Pelassuasimplicações,
a diabetes tipo 1 exige uma
abordagemmuitoprópriaede
grande exigência. E, apesar do
aumento da sua incidência e
prevalência,nãoexiste,emPor-
tugal, um programa estrutu-
rado e coerente que aborde a
diabetestipo1emtodasasida-
des”, refere aAPDPem comu-
nicado.
Paraopresidentedaassocia-
ção,JoséManuelBoavida,“um
registo nacional actualizado
que permita a aquisição de
mais e melhor conhecimento
científicosobrearealdimensão
da diabetes, permite pensa-
mentocríticoparaumamelhor
definiçãodaspolíticasdesaúde
relacionadas com a doença e
para o enquadramento de no-
vasperspectivasterapêuticasa
nível imunológico e tecnoló-
gico”.
A concretização de um re-
gistonacionalemváriospaíses
daEuropafoiumpontodepar-
tidaparapromoverestratégias
mais eficientes de controlo da
doença, refere a associação,
adiantandoqueaeducaçãote-
rapêutica,oacompanhamento
multidisciplinar, o auto-con-
troloeaauto-gestãosãoferra-
mentas fundamentais para
quemvivecomestapatologia.
“Adiabetestipo1,doençaque
se pode desenvolver em qual-
quer idade, é ainda pouco co-
nhecidapelapopulaçãoemge-
ral, dos decisores de políticas
de saúde e frequentemente
confundidacomadiabetestipo
2,muitomaisprevalente.Uma
gestãoeficientedadoençacom
dados actualizados é crucial”,
sublinhaJoséManuelBoavida.
A petição, disponível em
https://participacao.parla-
mento.pt/initiatives/1051, tem
oapoiodaAssociaçãoMellitus
Criança, do Grupo Diabéticos,
da Sociedade Portuguesa de
Diabetologia,daSecçãodeEn-
docrinologiaeDiabetologiaPe-
diátrica da Sociedade Portu-
guesadePediatriaedoNúcleo
deEstudosdaDiabetesMellitus
da Sociedade Portuguesa de
MedicinaInterna.
Estima-se que em todo o
mundo1,1milhãodecriançase
adolescentescommenosde20
anos, tenham diabetes tipo 1,
sendoumadasdoençascróni-
cas mais comuns na infância,
mastambémpodeaparecerem
adultoseseniores.Pessoascom
diabetes tipo 1 necessitam de
terapêutica com insulina para
toda a vida porque o pâncreas
deixadeapoderfabricar.|
Lançada petição para criar registo
nacional de diabetes tipo 1
19 DE FEVEREIRO DE 2020 QUARTA-FEIRA
Director Adriano Callé Lucas
C
elebrou-senopassado
dia11defevereiroo
XXVIIIDiaMundialdo
Doente,datainstituídaem1992,
peloPapaJoãoPauloII.Estaefe-
mérideécelebradaemPortugal
atravésdeváriasaçõesdesensi-
bilizaçãodasociedadecivilpara
anecessidadedeapoiareajudar
todasaspessoasdoentes.Re-
cordoquehámuitoaOrganiza-
çãoMundialdaSaúdereco-
mendaqueodoentedevesercolocadono
centrodosistema,qualificandoedignificando
oacessodosmesmoaoscuidadosdesaúde.
DestaformapoderemosCuidar,ecuidarMe-
lhor!
Mas que pressupostos deverão estar subja-
centesparamelhoraraqualidadedosCuidados
de Saúde? O primeiro, estou convicto, passa
necessariamente por Organizar. Organizar o
sistemaouasorganizações/instituições.Eneste
âmbito saliento todo o trabalho que estas têm
desenvolvidos num passado re-
cente,comenfoqueemdiferentes
dimensões da atividade assisten-
cial. As diferentes instituições
prestadorasdecuidadosdesaúde,
têm nos últimos anos desenvol-
vido processos de melhoria em
várias dimensões, como a Exce-
lênciaClínica,a Segurança,aAde-
quação e Conforto e a Satisfação
do Doente, entre outras. Os cui-
dadosdevemserfocados,sempre
numa perspetiva de Ajudar no Cuidar, Huma-
nizandotodooprocesso.
Não importa apenas apostar numa melhoria
da Estrutura, seja das infraestruturas ou equi-
pamentos, seja dos quadros especializados (as
Pessoas, antes apelidados de Recursos Huma-
nos). Urge Organizar e otimizar Processos, em
busca do que realmente interessa: a excelência
doCuidar!Permitam-seumabrevereflexãoso-
breanossarealidadeatual,atravésdealgumas
questões, quando me coloco no papel de cida-
dão doente. “Estou capacitado e sou ajudado
para tomar conta da mim, na saúde e/ou na
doença?”; “Posso escolher os meus médicos e
asinstituiçõesaquerecorro?”;“Existeequidade
no acesso aos cuidados de saúde, sem discri-
minaçãogeográfica,degénero,credoouetnia?”
A resposta a estas e muitas outras questões,
passa obviamente por um esforço consertado
dos governos e instituições, no sentido de or-
ganizar o sistema e os serviços. Mas também
passa pelo Cidadão, que deverá mostrar dever
cívico, mais literacia em saúde e um espírito
crescente de ajudar, incrementando a Huma-
nização através do voluntariado. E por fim os
profissionaisdesaúde,queparaalémdascom-
petências, devem disponibilizar tempo aos
doentes,promoverumarelaçãoempática,cen-
tradanasprioridadesepreocupaçõesdodoente,
utilizandoumdiscursoentendívelepermitindo
adecisãopartilhada.
Terminocomaconvicçãodequemuitasdes-
taslinhasorientadorasserãoprogressivamente
assimiladaspelosdiferentesstakeholders,e,por
conseguinte,introduzidasnapráticaquotidiana
das nossas instituições. E desta forma, Organi-
zando, Apoiando e Humanizando, mais e me-
lhor, poderemos ter cuidados de saúde de ex-
celênciaefocadosnodoente,crucialnumapo-
pulaçãocadavezmaisenvelhecida.
*Director Clínico do Hospital
D. Manuel deAguiar,
Consultor de Cirurgia/
Cirurgia Colorrectal |
(autor escreve com o actual
acordo ortográfico)
“ORGANIZAR,APOIAR E HUMANIZAR PARAUM MELHOR CUIDAR!”
NUNO RAMA
DIRECTOR
CLÍNICO*
F
evereiroéomêsdo‘do-
ente’.
Separo com guião a palavra
para tirar a conotação negativa
queestapossui.
Ninguémgostadesentir-semal
edeestar‘semsaúde’paraterem
ordemodia-a-dia.
Temos inúmeras fórmulas, fe-
lizmente,paracontornar,prevenir
etratarestasituação.
Porumlado,edependendodossintomas,con-
sultaraummédicodemedicinageral.
É o primeiro dos nossos guias para ter uma
boasaúde.Apartirdeaíedosconselhosrecebi-
dos vamos escolher o nosso próprio caminho.
Hojeemdiapodemosusufruirdeimensaste-
rapias denominadas ‘naturais’ou ‘alternativas’,
comestudoscientíficoscomprovadosequeaju-
dammuitonoprocessoterapêutico.
E assim chegamos ao assunto que me traz
aquihojequeéométodoYogadoRiso.
OYoga do Riso nasceu na India das mãos do
Dr.MadanKataria(FundadorMundial)
Podemencontrarmaisinforma-
ção sobre o divertidamente deno-
minado ‘Gurú do Riso’ em
http://laughteryoga.org
O Riso é um assunto muito sé-
rio.
É um grande aliado para man-
ter e melhorar a nossa saúde fí-
sica, mental, social e emocional,
com benefícios comprovados
cientificamente.
Podemospraticarrisodiáriodurante10mi-
nutos continuados para obter benefícios tais
como;
• Rir fortalece o sistema imunológico
• Rir liberta substâncias químicas positivas
paraonossoorganismoeparaanossamente
como a serotonina, as endorfinas e a dopa-
mina
• Rir desce os níveis do cortisol pelo que o
nosso estres diminui
• Oxigenamos o organismo e a mente
• Fortalecemos o sistema cardiovascular e
o sistema respiratório
•Activa a nossa vida social e emocional
• Libertamos tensões acumuladas
•Éterapêuticonamedidaqueajudanopro-
cesso de cura
Por estes e por outros benefícios aconselho
a prática diária.Transformará a sua realidade
totalmente porque passará a ver a vida, a
saúde, o trabalho, a família, etc… de uma
forma muito mais leve e com uma perspec-
tiva mais ampla e renovada.
A nossa saúde depende, em parte, de nós,
de como tratamos de nós e através do riso
encontramos uma fonte de bem-estar e de
alegria que nos leva a contagiar o ambiente
que nos rodeia mudando assim a realidade
quotidiana para melhor.
O Riso que praticamos, no início da Sessão
de Riso, é um riso ‘induzido’que através dos
exercícios de riso que fazemos e a interacção
dos participantes torna-se verdadeiro.
Este aspecto é muito importante porque
muitos dias não nos apetece mesmo rir, nem
temos vontade, nem motivos, nem estímulos.
E como contornar este aspecto?
Praticando o riso induzido todos os dias.
Sozinhos, acompanhados, no trabalho…
Use o espelho, use o chuveiro, use o riso
em quanto lava a loiça ou enquanto envia
um email…
Quando induzimos a nossa gargalhada o
simples facto de ouvir a nós próprios nos vai
fazer rir verdadeiramente. De facto, mesmo
que o riso não seja genuíno, obtemos os mes-
mos benefícios que se fosse verdadeiro.
E o mais interessante. Não precisamos de
ter motivos para rir, nem de ter sentido do
humor, nem de contar piadas ou anedotas. A
única coisa que temos de fazer é rir, por tudo
epornada,emqualqueralturaeemqualquer
circunstância pois um riso é sempre um mo-
tivo de alegria e de bem-estar para todos.
E agora…vamos começar a praticar?
*Risoterapeuta, especialista e Master
Trainer de Yoga do Riso,
embaixadora do Riso, formadora de for-
madores de líderes de Yoga do Riso,
fundadora do Congresso ‘Rir é Saúde’,
fundadora dos projectos ‘Pink Monday’e
‘Rir + na Terceira Idade’,
autora do livro ‘O Riso na Minha Vida’ |
“RIR É SAÚDE”
SABRINA TACCONI
RISOTERAPEUTA*
Asdiferentesinstituiçõespres-
tadorasdecuidadosdesaúde,
têmnosúltimosanosdesenvol-
vidoprocessosdemelhoriaem
váriasdimensões,comoaExce-
lênciaClínica,a Segurança,a
AdequaçãoeConfortoeaSa-
tisfaçãodoDoente

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Humanização na saúde deve ser parte integrante na relação médico/utente

  • 1. 19 DE FEVEREIRO DE 2020 QUARTA-FEIRA Director Adriano Callé Lucas HelenaAmaro Acçõestãosimplescomoalar- gar os horários de visitas para osacompanhantesdosutentes internadosnavésperadeNatal enanoitedepassagemdeano, aplicar um inquérito de satis- fação, ou promover o silêncio e o combate ao ruído nos in- ternamentos,podemfazeradi- ferençaparaquemnecessitade cuidadosmédicos. Porque mais de metade dos portugueses têm pelo menos umadoençacrónica.Porquea humanizaçãodeveserpartein- tegrantedoscuidadosdesaúde. ÉesseocaminhoqueoCentro HospitalardeLeiria(CHL)tem trilhadonosúltimosanos,epa- ra o qual assumiu o Compro- misso para a Humanização Hospitalar. Foi, em Setembro, juntamentecommais48insti- tuiçõeshospitalaresnacionais, queoCHLcomprometeu-sea traçarumplanodeacçãocom medidas concretas que deve- rãoabrangeraglobalidadedos serviços e profissionais de saúde. O documento preconiza 15 áreasquedevemseranalisadas ealvodeintervençãoparacon- cretização e/ou melhoria: or- gânica institucional; privaci- dadedosutentes;personaliza- ção do cuidar e do tratar; cir- culaçãodosutentes;visitasaos doentes;acolhimentodospro- fissionais; normas de relacio- namentocomutentes;normas derelacionamentointerpessoal e interprofissional; formação emcomunicação,empatiaere- lacionamento;psicologiaposi- tiva, promoção da saúde e bem-estar;amenidadesesegu- rançahospitalaresparaprofis- sionais;combateaoruído;pro- moção do silêncio; avaliação dasatisfação;eparticipaçãoci- dadã. Na ocasião da assinatura do compromisso, Licínio de Car- valho, presidente do Conselho deAdministraçãodoCHL,ma- nifestoutotalempenhonacon- cretizaçãodoplanoestratégico proposto, numa área já muito desenvolvida naquela institui- ção,atravésdotrabalhodaCo- missão de Humanização, que temvindoadinamizarasáreas que integram o compromisso. “Oscuidadosdesaúdepres- tados aos nossos utentes são desde sempre a nossa priori- dade,epretendemoscontinuar a apostar na humanização desse cuidar, que vai desde a segurança e qualidade, inova- ção e tecnologia, à personali- zação, empatia e atitude dos profissionais”,disse. No mês em que se assinalou oDiaMundialdoDoente,pro- curámos apurar as acções da ComissãodeHumanizaçãodo CHL, desde logo no inquérito desatisfaçãodaHumanização. Nestecampo,foiaplicadoum inquérito de satisfação aos utentesinternadosparaavaliar a concretização dos pontos constantes na Carta de Com- promissoparaaHumanização Hospitalar,paraperceberquais as melhorias a implementar e asáreasondeintervirmais. Porque o silêncio também cura,estáaserpromovidoosi- lêncioeocombateaoruídonos internamentos,sobretudorea- lizado pelos elos dinamizado- res. Esclarece o CHL ao nosso jornal que, em Dezembro de 2019foifeita,porumaempresa especializada, uma monitori- zação do ruído de áreas pro- blemáticas nas três unidades queconstituemoCentroHos- pitalar de Leiria (Leiria, Alco- baça e Pombal), com o intuito de avaliar o grau de ruído e a necessidadedeimplementação demelhorias,como,porexem- plo, a colocação de semáforos paracontrolaroruído. Na última quarta-feira de Abril, é assinalado o Dia Inter- nacionaldeCombateaoRuído. Outradasmedidaspassapor sessões de Mindfulness, com formação já dada a colabora- dores,estando,nestemomento, emfasedeselecçãodeutentes dos exames de Gastroentero- logia que reúnam condições para beneficiar destas forma- ções no controlo da dor, alívio desintomas,problemasdean- siedadeeoutras. É também celebrado, anual- mente,oDiadaFamília,coma realização de actividades para filhos e familiares dos colabo- radoresdoCHL. Aépoca natalícia não foi es- quecida. Encontra-se imple- mentado o alargamento dos horários de visitas para os acompanhantesdosutentesin- ternadosnavésperadeNatale na noite de passagem de ano, assimcomoapossibilidadedos familiaresfazeremaceiadeNa- taledeAnoNovocomosdoen- tesinternados. Em relação ao Hospital Amigo do Celíaco, a primeira unidade a nascer em Leiria, criada com vista a sensibilizar acomunidademédicaparaes- tapatologiaeinformarasocie- dade em geral, o CHLinforma queosprofissionaisdacozinha já receberam formação e está prevista a formação de assis- tentes operacionais de vários serviços. Por outro lado, serão ainda realizadassessõesdeformação sobreotema,nasescolasdo1.º cicloondehácriançascomesta doença,estandoaindaprevista umasessãoclínicadestinadaa médicoseabertaaoutrospro- fissionais,arealizaemMaio. O aproveitamento de exce- dentes alimentares também constadoprogramadeacções, nomeadamente através do protocoloexistentedesde2016 noHospitaldeSantoAndré,em Leiria, com a Refood para o aproveitamento dos exceden- tesalimentares.Noiníciodeste ano, o CHL prevê o alarga- mento deste projecto ao Hos- pital de Alcobaça Bernardino LopesdeOliveira. “Humanização é parte integrante’ ParaMariadeLurdesRocha, coordenadora da Unidade de SaúdeFamiliarD.Diniz,emLei- ria, a humanização dos cuida- dosdesaúdenãodeveserme- didapor‘grausdeimportância’. “A humanização é parte inte- granteedeveestarsemprepre- sente na relação estabelecida entre qualquer profissional de saúdeeapessoaquenecessita erequerosseuscuidados”. NocasodaUnidadedeSaúde FamiliarD.Diniz,MariadeLur- des Rocha enumera algumas das diversas formas de actua- ção dos profissionais, “com vista a proporcionar um aten- dimento de excelência” aos utentes: o “atendimento sim- páticoeempático”,a“acessibi- lidade de encontro às necessi- dades requeridas”, as “visitas domiciliáriasquandonecessá- rio”,eo“atendimentopreferen- cial pela micro-equipa”, com- posta por um enfermeiro, um médicoeumsecretárioclínico, àqualoutentepertence. Poroutrolado,existeaindaa “tentativadeproporcionarcon- fortoeconfidencialidade”e“o- ferecer orientação multidisci- plinar de forma a adaptar o a- tendimento e planos terapêu- ticosàindividualidadedecada pessoa”.| Humanização na saúde deve ser parte integrante na relação médico/utente Efeméride No mês em que se assinala o Dia Mundial do Doente, destacamos o compromisso do Centro Hospitalar de Leiria para humanizar os cuidados de saúde. Na USF D. Diniz, a humaniza- ção é parte integrante da relação entre o médico e o utente Dia Mundial do Doente foi uma data instituída a 11 de Fevereiro de 1992, pelo Papa João Paulo II, e visa transmitir uma mensagem de esperança e carinho a todos os que lutam contra alguma doença LFC/ARQUIVO
  • 2. Sabia que mais de metade dos portugueses tem pelo menos uma doença crónica? E que ocorre com mais frequência nasmulheres,naspessoascom menos escolaridade e nos se- niores? Osdadosconstamdoúltimo Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) di- vulgado há um ano, a propó- sitodoDiaMundialdoDoente, e revelam uma realidade que poucosconhecem. De acordo com os dados do inquérito,divulgadospeloSer- viçoNacionaldeSaúde,3,9mi- lhões de pessoas reportaram ter pelo menos uma doença crónica das citadas numa lista de20doenças. Questionados sobre a exis- tência de alguma doença ou problema de saúde que dure há mais de seis meses ou que se espere que venha a durar mais de seis meses, mais de metade dos inquiridos, cerca de 57 por cento (%), disseram quesim. Por outro lado, quase 20% dos inquiridos (19,4%) disse- ram ter uma doença crónica, 17% apontaram duas e 10,4% referiram três patologias cró- nicas. A ocorrência de doença crónica foi mais frequente nas mulheres(62%)doquenosho- mens(53,1%),naspessoascom menosescolaridadeenogrupo etário dos 65-74 anos, referem osdadosdoinquérito. Noshomens,asdoençascró- nicasmaisfrequentesforamhi- pertensão (25,1%), colesterol elevado(23,7%),alergia(11,4%), diabetes (10,4%), dor crónica (7,4%)eartrose(7,3%). Já nas mulheres, as doenças crónicasmaisapontadasforam hipertensão (26,1%), colesterol elevado(25,7%),artrose(20,6%), alergia (18,1%), depressão (15,2%)edorcrónica(13,5%). Promovido e coordenado pelo Departamento de Epide- miologia do INSA, o inquérito foidesenvolvidoem2015para recolha de informação epide- miológica sobre o estado, de- terminantesecuidadosdesaú- de da população portuguesa. Os indicadores apurados há um ano referem-se à popula- ção com idades entre os 25 e os74anos,tendocontadocom aparticipaçãode4.911pessoas, nasuamaioriaemidadeactiva (84,3%comidadeentreos25e os64anos),cercadetrêsquin- tos (63,4%) dos quais “sem es- colaridade ou com escolari- dadeinferioraoensinosecun- dário”e 11,2% desempregados. O INSEF tem como finali- dadecontribuirparaamelhoria da saúde dos portugueses, a- poiando as actividades nacio- naiseregionaisdeobservação e monitorização do estado de saúdedapopulação,avaliação dosprogramasdesaúdeeain- vestigaçãoemsaúdepública.| 12 | 19 FEV 2020 | QUARTA-FEIRA SAUDE Mais de metade dos portugueses têm pelo menos uma doença crónica Dados do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico revelam que 3,9 milhões de pessoas re- portaram ter pelo menos uma doença crónica das citadas numa lista de 20 doenças DR Números revelam uma realidade que poucos conhecem: a prevalência das doenças crónicas 57% dosinquiridosdisseramque problemadesaúdeduramais deseismeses 20% dissenoinquéritoteruma doençacrónica,e17%aponta- ramduas 62% ocorrênciadedoençacrónica foimaisfrequentenasmulhe- res,segundooinquérito Investigadores desenvolvem método para facilitar diagnóstico de doenças Investigadores do Centro de NeurociênciaseBiologiaCelu- lardaUniversidadedeCoimbra desenvolveram um método que poderá tornar mais fácil e precoceodiagnósticodedoen- çasneurodegenerativas,como a de Parkinson.Ainvestigação permitiudesenvolverum“mé- todo mais sofisticado” de de- tectaralteraçõesemproteínas, facilitando o diagnóstico, e vi- souodesenvolvimentodeuma “metodologia mais simples, rentável e barata de detectar oxidações em proteínas, alte- rações que por vezes são irre- versíveisequepermitemiden- tificar potenciais biomarcado- resdadoençadeParkinson”. Jovens adultos envolvem-se pouco nos cuidados com a saúde Um estudo desenvolvido pela Escola Superior de Enferma- gem de Coimbra concluiu que os jovens se envolvem pouco noscuidadoscomasuasaúde, particularmente no sentido de terem uma alimentação equi- librada, no estudo ‘Disciplina ParentaleasPráticasdeAuto- cuidado de Saúde em Jovens Adultos’.|
  • 3. SAÚDE QUARTA-FEIRA | 19 FEV 2020 | 13 O alerta da população para a importânciadeumdiagnóstico maisprecocedador,enquanto factordiferenciadornosucesso das terapêuticas, é o lema da campanha nacional envol- vendo 1.200 farmácias que vai estender-seatéMarço. Denominada ‘De 0 a 10. Quantodói?’,acampanhaquer aproveitar“arelaçãodeproxi- midade e confiança que a far- máciaestabelececomcadaum dos seus utentes” para trans- formar “o farmacêutico num profissional de saúde de fácil acessopara,desdelogo,ajudar aidentificarotipoeintensidade dador”. Segundo o comunicado dos promotores, a capacidade do farmacêutico para “funcionar como o primeiro contacto na cadeia de saúde pode possibi- litarumaantecipaçãododiag- nóstico e, consequentemente, a minimização da dor ou en- caminhamento para acompa- nhamento médico especiali- zado”. Citando um estudo da Uni- versidadedoPorto,ocomuni- cado aponta que “Portugal gasta 4.610 milhões de euros anuais com tratamentos, bai- xasereformasantecipadasde- vidoàdorcrónica”. Promovida pela Cooprofar - Cooperativa dos Proprietários de Farmácia juntamente com as Farmácias, a campanha é também dotada de uma ver- tente informativa e formativa, “procurando clarificar os dife- rentes tipos e origens da dor, bemcomoexplicardequefor- ma os utentes podem partici- par mais activamente no seu própriotratamento”. A par destas medidas, serão organizadas“acçõesdeforma- ção destinadas a profissionais de farmácia, com o objectivo de dotá-los de maiores com- petências para ajudar os seus utentes no combate à dor”, lê- -senanotadeimprensa. Enfatizando ser a dor “um dosfactoresquemaisinfluen- ciaaqualidadedevidadaspes- soas,comimplicaçõesrelevan- tesnavertentefamiliarelabo- ral”,anotadeimprensaacres- centaquea“dorcrónicaafecta mais de três milhões de por- tugueses, sendo a segunda doença mais prevalente no País, responsável por quase 50% de todas as ausências do trabalho e 60% de incapaci- dade permanente para traba- lhar”. | Campanha em 1.200 farmácias sensibiliza até Março para diagnóstico precoce da dor Dor ‘De 0 a 10. Quanto dói?’ dá mote para uma campanha nacional, envolvendo as farmácias portuguesas, que alerta para a importância de um diagnóstico mais precoce da dor Campanha pretende transformar o farmacêutico num profissio- nal de saúde de fácil acesso para ajudar a identificar o tipo e a in- tensidade da dor “Portugal gasta 4.610 milhões de euros anuais com tratamentos, baixas e reformas antecipadas devido à dor crónica” DR DIABETESAAssociação Pro- tectora dos Diabéticos de Por- tugal(APDP)lançouumapeti- ção para levar o Ministério da Saúdeacriarumregistonacio- nal de diabetes tipo 1, que de- verá ser actualizado anual- mente.“Pelassuasimplicações, a diabetes tipo 1 exige uma abordagemmuitoprópriaede grande exigência. E, apesar do aumento da sua incidência e prevalência,nãoexiste,emPor- tugal, um programa estrutu- rado e coerente que aborde a diabetestipo1emtodasasida- des”, refere aAPDPem comu- nicado. Paraopresidentedaassocia- ção,JoséManuelBoavida,“um registo nacional actualizado que permita a aquisição de mais e melhor conhecimento científicosobrearealdimensão da diabetes, permite pensa- mentocríticoparaumamelhor definiçãodaspolíticasdesaúde relacionadas com a doença e para o enquadramento de no- vasperspectivasterapêuticasa nível imunológico e tecnoló- gico”. A concretização de um re- gistonacionalemváriospaíses daEuropafoiumpontodepar- tidaparapromoverestratégias mais eficientes de controlo da doença, refere a associação, adiantandoqueaeducaçãote- rapêutica,oacompanhamento multidisciplinar, o auto-con- troloeaauto-gestãosãoferra- mentas fundamentais para quemvivecomestapatologia. “Adiabetestipo1,doençaque se pode desenvolver em qual- quer idade, é ainda pouco co- nhecidapelapopulaçãoemge- ral, dos decisores de políticas de saúde e frequentemente confundidacomadiabetestipo 2,muitomaisprevalente.Uma gestãoeficientedadoençacom dados actualizados é crucial”, sublinhaJoséManuelBoavida. A petição, disponível em https://participacao.parla- mento.pt/initiatives/1051, tem oapoiodaAssociaçãoMellitus Criança, do Grupo Diabéticos, da Sociedade Portuguesa de Diabetologia,daSecçãodeEn- docrinologiaeDiabetologiaPe- diátrica da Sociedade Portu- guesadePediatriaedoNúcleo deEstudosdaDiabetesMellitus da Sociedade Portuguesa de MedicinaInterna. Estima-se que em todo o mundo1,1milhãodecriançase adolescentescommenosde20 anos, tenham diabetes tipo 1, sendoumadasdoençascróni- cas mais comuns na infância, mastambémpodeaparecerem adultoseseniores.Pessoascom diabetes tipo 1 necessitam de terapêutica com insulina para toda a vida porque o pâncreas deixadeapoderfabricar.| Lançada petição para criar registo nacional de diabetes tipo 1
  • 4. 19 DE FEVEREIRO DE 2020 QUARTA-FEIRA Director Adriano Callé Lucas C elebrou-senopassado dia11defevereiroo XXVIIIDiaMundialdo Doente,datainstituídaem1992, peloPapaJoãoPauloII.Estaefe- mérideécelebradaemPortugal atravésdeváriasaçõesdesensi- bilizaçãodasociedadecivilpara anecessidadedeapoiareajudar todasaspessoasdoentes.Re- cordoquehámuitoaOrganiza- çãoMundialdaSaúdereco- mendaqueodoentedevesercolocadono centrodosistema,qualificandoedignificando oacessodosmesmoaoscuidadosdesaúde. DestaformapoderemosCuidar,ecuidarMe- lhor! Mas que pressupostos deverão estar subja- centesparamelhoraraqualidadedosCuidados de Saúde? O primeiro, estou convicto, passa necessariamente por Organizar. Organizar o sistemaouasorganizações/instituições.Eneste âmbito saliento todo o trabalho que estas têm desenvolvidos num passado re- cente,comenfoqueemdiferentes dimensões da atividade assisten- cial. As diferentes instituições prestadorasdecuidadosdesaúde, têm nos últimos anos desenvol- vido processos de melhoria em várias dimensões, como a Exce- lênciaClínica,a Segurança,aAde- quação e Conforto e a Satisfação do Doente, entre outras. Os cui- dadosdevemserfocados,sempre numa perspetiva de Ajudar no Cuidar, Huma- nizandotodooprocesso. Não importa apenas apostar numa melhoria da Estrutura, seja das infraestruturas ou equi- pamentos, seja dos quadros especializados (as Pessoas, antes apelidados de Recursos Huma- nos). Urge Organizar e otimizar Processos, em busca do que realmente interessa: a excelência doCuidar!Permitam-seumabrevereflexãoso- breanossarealidadeatual,atravésdealgumas questões, quando me coloco no papel de cida- dão doente. “Estou capacitado e sou ajudado para tomar conta da mim, na saúde e/ou na doença?”; “Posso escolher os meus médicos e asinstituiçõesaquerecorro?”;“Existeequidade no acesso aos cuidados de saúde, sem discri- minaçãogeográfica,degénero,credoouetnia?” A resposta a estas e muitas outras questões, passa obviamente por um esforço consertado dos governos e instituições, no sentido de or- ganizar o sistema e os serviços. Mas também passa pelo Cidadão, que deverá mostrar dever cívico, mais literacia em saúde e um espírito crescente de ajudar, incrementando a Huma- nização através do voluntariado. E por fim os profissionaisdesaúde,queparaalémdascom- petências, devem disponibilizar tempo aos doentes,promoverumarelaçãoempática,cen- tradanasprioridadesepreocupaçõesdodoente, utilizandoumdiscursoentendívelepermitindo adecisãopartilhada. Terminocomaconvicçãodequemuitasdes- taslinhasorientadorasserãoprogressivamente assimiladaspelosdiferentesstakeholders,e,por conseguinte,introduzidasnapráticaquotidiana das nossas instituições. E desta forma, Organi- zando, Apoiando e Humanizando, mais e me- lhor, poderemos ter cuidados de saúde de ex- celênciaefocadosnodoente,crucialnumapo- pulaçãocadavezmaisenvelhecida. *Director Clínico do Hospital D. Manuel deAguiar, Consultor de Cirurgia/ Cirurgia Colorrectal | (autor escreve com o actual acordo ortográfico) “ORGANIZAR,APOIAR E HUMANIZAR PARAUM MELHOR CUIDAR!” NUNO RAMA DIRECTOR CLÍNICO* F evereiroéomêsdo‘do- ente’. Separo com guião a palavra para tirar a conotação negativa queestapossui. Ninguémgostadesentir-semal edeestar‘semsaúde’paraterem ordemodia-a-dia. Temos inúmeras fórmulas, fe- lizmente,paracontornar,prevenir etratarestasituação. Porumlado,edependendodossintomas,con- sultaraummédicodemedicinageral. É o primeiro dos nossos guias para ter uma boasaúde.Apartirdeaíedosconselhosrecebi- dos vamos escolher o nosso próprio caminho. Hojeemdiapodemosusufruirdeimensaste- rapias denominadas ‘naturais’ou ‘alternativas’, comestudoscientíficoscomprovadosequeaju- dammuitonoprocessoterapêutico. E assim chegamos ao assunto que me traz aquihojequeéométodoYogadoRiso. OYoga do Riso nasceu na India das mãos do Dr.MadanKataria(FundadorMundial) Podemencontrarmaisinforma- ção sobre o divertidamente deno- minado ‘Gurú do Riso’ em http://laughteryoga.org O Riso é um assunto muito sé- rio. É um grande aliado para man- ter e melhorar a nossa saúde fí- sica, mental, social e emocional, com benefícios comprovados cientificamente. Podemospraticarrisodiáriodurante10mi- nutos continuados para obter benefícios tais como; • Rir fortalece o sistema imunológico • Rir liberta substâncias químicas positivas paraonossoorganismoeparaanossamente como a serotonina, as endorfinas e a dopa- mina • Rir desce os níveis do cortisol pelo que o nosso estres diminui • Oxigenamos o organismo e a mente • Fortalecemos o sistema cardiovascular e o sistema respiratório •Activa a nossa vida social e emocional • Libertamos tensões acumuladas •Éterapêuticonamedidaqueajudanopro- cesso de cura Por estes e por outros benefícios aconselho a prática diária.Transformará a sua realidade totalmente porque passará a ver a vida, a saúde, o trabalho, a família, etc… de uma forma muito mais leve e com uma perspec- tiva mais ampla e renovada. A nossa saúde depende, em parte, de nós, de como tratamos de nós e através do riso encontramos uma fonte de bem-estar e de alegria que nos leva a contagiar o ambiente que nos rodeia mudando assim a realidade quotidiana para melhor. O Riso que praticamos, no início da Sessão de Riso, é um riso ‘induzido’que através dos exercícios de riso que fazemos e a interacção dos participantes torna-se verdadeiro. Este aspecto é muito importante porque muitos dias não nos apetece mesmo rir, nem temos vontade, nem motivos, nem estímulos. E como contornar este aspecto? Praticando o riso induzido todos os dias. Sozinhos, acompanhados, no trabalho… Use o espelho, use o chuveiro, use o riso em quanto lava a loiça ou enquanto envia um email… Quando induzimos a nossa gargalhada o simples facto de ouvir a nós próprios nos vai fazer rir verdadeiramente. De facto, mesmo que o riso não seja genuíno, obtemos os mes- mos benefícios que se fosse verdadeiro. E o mais interessante. Não precisamos de ter motivos para rir, nem de ter sentido do humor, nem de contar piadas ou anedotas. A única coisa que temos de fazer é rir, por tudo epornada,emqualqueralturaeemqualquer circunstância pois um riso é sempre um mo- tivo de alegria e de bem-estar para todos. E agora…vamos começar a praticar? *Risoterapeuta, especialista e Master Trainer de Yoga do Riso, embaixadora do Riso, formadora de for- madores de líderes de Yoga do Riso, fundadora do Congresso ‘Rir é Saúde’, fundadora dos projectos ‘Pink Monday’e ‘Rir + na Terceira Idade’, autora do livro ‘O Riso na Minha Vida’ | “RIR É SAÚDE” SABRINA TACCONI RISOTERAPEUTA* Asdiferentesinstituiçõespres- tadorasdecuidadosdesaúde, têmnosúltimosanosdesenvol- vidoprocessosdemelhoriaem váriasdimensões,comoaExce- lênciaClínica,a Segurança,a AdequaçãoeConfortoeaSa- tisfaçãodoDoente