O documento descreve a história da Igreja Batista Particular de Londres desde sua fundação em 1650. Começou pequena e clandestina devido à proibição do rei Charles I contra grupos separatistas, crescendo significativamente sob os pastores Benjamin Keach e John Gill no século XVIII. John Rippon pastoreou a igreja por 63 anos no século XVIII, durante o qual a congregação se tornou uma das maiores do país. Mais tarde, sob Charles Spurgeon no século XIX, a igreja experimentou ainda mais crescimento.
1. Paixão pela Glória de Deus Fidelidade na Exposição da Palavra
Só em Cristo há salvação! Só há um Mediador entre Deus e os homens: Cristo Cristo é a única esperança!
Os “Batistas Particulares”: uma importante igreja batista
começou por volta de 1650 em Londres. A princípio era um
pequeno grupo que se reunia de casa em casa de modo
clandestino por causa da proibição de Charles I (1600-1649)
contra os independentes e separatistas. Seu primeiro pastor foi
William Rider, de 1653 a 1665. Em 1688 a lei de restrição de culto
foi revogada e a igreja construiu uma capela em Souhwark.
Benjamim Keach pastoreou a igreja de 1688 até a1704. Durante
seu ministério a igreja cresceu consideravelmente. John Gill, um
dos mais importantes teólogos batistas do século XVIII, pastoreou
a igreja por 51 anos. Depois dele John Rippon (1751-1836) serviu
ali como pastor por 63 anos. Logo no início do ministério de
Rippon um grupo de 40 pessoas deixou a igreja para começar um
novo trabalho, cujo pastor foi um certo William Button. Durante o
ministério de Rippon a igreja experimentou grande crescimento e
se tornou uma das maiores congregações do país. Mais tarde, em
1833, a congregação mudou-se para New Park Street (Rua do
Novo Parque), onde a capela podia acomodar 1.200 pessoas
sentadas e 300 pessoas em pé. Para aqueles que acham que a
localização de uma igreja é essencial ao crescimento é bom
lembrar que essa igreja estava num dos piores lugares de
Londres. Spurgeon, que foi o mais ilustre dos seus pastores certa
vez declarou: “se os diáconos levassem 30 anos para escolher
um bom lugar para enterrar uma igreja, não teriam arranjado lugar
melhor que esse...”. Mas a igreja resistiu e cresceu. Sob o
ministério de Spurgeon que durou 38 anos a igreja experimentou
um crescimento ainda maior, chegando a 5 mil pessoas. Mais
tarde uma reforma ampliou o que veio a ser conhecido como
Tabernáculo Metropolitano para 6 mil lugares. Atualmente o
Tabernáculo é pastoreado por Peter Master.
Continua
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HUMILDADE – VERDADEIRA GRANDEZA
1 Pedro 5: 5-7
Humildade é uma palavra chave no cristianismo. Não se
compreende e nem se pode viver o cristianismo sem humildade. A
humildade é a marca do cristianismo verdadeiro. A porta de
entrada as bem-aventuranças e a porta de entrada da maior das
bem aventuranças, a própria salvação. Embora seja tão essencial,
o mundo despreza a humildade. A cultura moderna de modo geral
valoriza a soberba, o orgulho, a arrogância e não a humildade. A
verdade é que o mundo teme a humildade como se ela fosse uma
rota contrária ao sucesso, realização pessoal ou à felicidade. Mas
não é. A Bíblia afirma que o orgulho é a rota mais rápida para o
fracasso, Pv.16:18. Já a humildade precede a honra, Pv. 15:33. A
humildade é verdadeira grandeza. A humildade é aquilo que faz
com que Deus nos veja, nos conceda sua graça e no seu tempo
nos exalte. É sobre a humildade que Pedro trata nos versículos
que hoje vamos estudar juntos.
A primeira coisa a fazer é definir o que é humildade, v.5.
Neste versículo, a injunção apostólica é que sejamos humildes
uns para com os outros. Literalmente o que Pedro diz é que nos
revistamos de humildade, como diz a AS21. Humildade é uma
palavra chave que abre a porta para a compreensão da
mensagem do evangelho. Uma das marcas do cristianismo
verdadeiro é a humildade. Agostinho dizia “para os que desejam
aprender os caminhos de Deus, a humildade é a primeira, a
segunda e a terceira lições.” Mas o que precisamente vem a ser
humildade? Precisamos, inicialmente, evitar duas concepções
errôneas sobre a humildade. A primeira é aquela entende que a
humildade é a negação pura e simples de dons, capacitação e
virtudes pessoais. Humildade não é menosprezo. A segunda é
aquela que entende a humildade como mera rejeição de prêmios,
coroas ou elogios. Humildade não é auto desclassificação. Uma
Ano I Domingo, 30 de junho de 2013
História dos Batistas
Prelúdio musical
Abertura
Salmo 91
Oração invocatória
Cântico
Uníssono (Congregação)
Efésios 6:10 a 20
Período de oração
Cânticos
Dedicação de bens e vida
Malaquias 3:10-12
Instrumental
Ação de graças
Mensagem: Pr. Silas Roberto Nogueira
1 Pedro 5:5-7
Oração
Posludio instrumental
Liturgia
Nossos encontros
Domingos
EBD às 17h00min
Culto às 18h30min
Quinta-feira
Oração e estudo às 20h00min
1º Domingo do mês: Ceia do Senhor
Pense nisso:
“em toda a tarefa da Igreja, o
ministério da Palavra de Deus
é central”.
Edmund Clowney
2. Paixão pela Glória de Deus Fidelidade na Exposição da Palavra
Só em Cristo há salvação! Só há um Mediador entre Deus e os homens: Cristo Cristo é a única esperança!
definição simples de humildade é oferecida pelo crítico social Os
Guinness: “humildade... é realismo a respeito de nós mesmos e
confiança em Deus”. (Os sete pecados capitais, Shedd, p. 65).
Essa definição está de acordo com aquilo que o apóstolo Paulo
afirma em Romanos 12:3. Assim sendo, a humildade é
basicamente uma visão correta ou equilibrada acerca de si
mesmo e uma visão correta acerca de Deus. Humildade é
honestidade acerca de nós mesmos e acerca de Deus. É saber
quem somos e principalmente saber quem é Deus. O puritano
John Flavel afirmava com sabedoria meridiana: “os que conhecem
a Deus serão humildes; os que conhecem a si próprios não
podem ser orgulhosos”. John Owen afirmava “há duas coisas
apropriadas para humilhar a alma dos homens...uma reflexão
exata sobre Deus, e depois sobre nós mesmos”. A diferença entre
Deus e o homem é que Deus sabe que não é homem. Dizia C. S.
Lewis com sabedoria que “o primeiro passo rumo à humildade é o
reconhecimento do nosso orgulho”. Reconheça o seu orgulho, a
sua arrogância. Olhe para si mesmo com honestidade e olhe para
Deus como as Escrituras o revelam.
O segundo ponto que quero destacar é a razão pela qual
devemos ser humildes, v.5. Bem, devemos ser humildes
obviamente porque é um mandamento bíblico. Mas o que é
maravilhoso nas Escrituras é que as suas injunções são sempre
acompanhadas de uma explicação, de uma razão. Há diversas
razões para sermos humildes, Pedro nos oferece duas, e as mais
importantes: (a) Deus resiste aos soberbos. Uma das coisas que
devemos saber sobre a humildade é que você a possui ou não.
Ou você é humilde ou é arrogante. No caso de não ser humilde,
tenho uma péssima notícia para lhe dar: Deus se opõe a você.
Pedro está citando o Velho Testamento, Pv 3:34. A palavra que
ele usa aqui tem o sentido de alguém que se opõe, que oferece
resistência, faz força na direção contrária. Nas palavras de Jesus
a resistência de Deus tem por objetivo humilhar o soberbo, Lc
14:11. E sabe o que mais? O verbo está no tempo presente e na
voz ativa. Isso significa que a oposição divina a quem é arrogante
é uma atividade imediata e contínua. A falta de humildade não fica
impune, Sl 18:27; 31:23; 146:6. A falta de humilde coloca Deus
contra nós, não ao nosso lado. (b) Deus dá graça aos humildes. O
que Pedro diz aqui é que Deus se põe ao lado daqueles que são
humildes. O fato é que a humildade atrai a atenção de Deus –
“mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de
espírito e o que treme da minha palavra”, Is 66:2. Você entende o
sentido dessas palavras? Basicamente isso significa que: (1)
Deus considera os humildes (Sl 138:6), (2) ouve seus clamores
(Sl 9:12; 10:17), e (3) ele se faz presente com Eles em todos as
circunstâncias de suas vias (Is 57:15). C. J. Mahaney declara
“Deus é, decididamente, atraído pela humildade. Uma pessoa
humilde é aquela que atrai a atenção de Deus, e, neste sentido,
atrair a atenção dele também significa atrair sua graça...”
(Humildade, p.21,22). John Blanchard diz que “Deus pensa mais
no homem que pensa menos em si”. A humildade é a porta de
entrada as bem-aventuranças, Mt 5:3. As portas do reino de Deus
se abrem aos humildes, mas estão cerradas aos soberbos. Dr.
Martyn Lloyd-Jones afirma “a humildade está entre as principais
de todas as virtudes cristãs; ela é a marca registrada do filho de
Deus”. Porventura temos nós esta marca?
O terceiro ponto que pretendo destacar sobre a humildade é
que ela se traduz em ações práticas, duas delas são referidas
aqui, v.6,7. O Rev. Elben M. Lenz César fala com propriedade
quando diz que a humildade “não é inatividade, mas uma
atividade comandada e alimentada pela sabedoria e pela
providência de Deus.” Pedro deixa claro aqui que a humildade se
traduz em ações práticas, vejamos: (a) Resignação diante das
circunstâncias adversas, v.6. Em toda sua Epístola Pedro trata da
questão do sofrimento e aqui não é diferente. O humilhar-se sob a
potente mão de Deus é aceitar a porção de sua santa providência
com a certeza de que a seu tempo Ele agirá de modo favorável e
reverterá a situação. A frase “a seu tempo” quer dizer literalmente
“no momento oportuno”. Warren Wiersbe comenta: “Deus nunca
exalta uma pessoa até que esteja pronta para isso. Primeiro a
cruz, depois a coroa; primeiro o sofrimento, depois a glória.
Moisés passou quarenta anos sob a mão de Deus antes de ser
enviado para livrar os hebreus do Egito, José passou pelo menos
treze anos sob a mão de Deus antes de ser exaltado ao trono”.
Uma das evidências do orgulho é a impaciência com Deus, e um
dos motivos pelos quais sofremos é para aprender a humildade
(Dt 8:1-20; Lm 3:20-21). (b) Lançar sobre o Senhor toda nossa
ansiedade, v.7. A ansiedade afeta, segundo pesquisas da
Organização Mundial da Saúde, cerca de 20% da população da
região metropolitana de S. Paulo. A pesquisa também revelou que
as mulheres têm mais propensão à ansiedade. No país todo, mais
de 10 milhões de pessoas sofrem com ansiedade e ao redor do
mundo os números de pessoas que sofrem com ansiedade só faz
aumentar. Ansiedade é preocupação. Ansiedade é sofrer por
antecipação. Ansiedade é aquela preocupação com o suprimento
de amanhã que consumirá toda a nossa energia impedindo que
experimentemos as bênçãos do suprimento de Deus hoje, Mt
6:25ss. A pessoa ansiosa acrescenta o problema de amanhã aos
de hoje, causando inquietação e sofrimento à sua alma, Mt 6:34.
Alimentar a ansiedade é pecado, Fp 4:6. Stanley Jones,
missionário na Índia, afirmava “preocupação é pecado contra o
cuidado amoroso do Pai”. Estar ansioso é demonstrar soberba,
orgulho. Essa foi uma dura lição para mim. C. J. Mahaney
comenta “onde há preocupação e ansiedade, há também orgulho
na raiz do problema. Quando fico ansioso, a questão principal é
minha tentativa de ser autossuficiente”. Ora, Deus se dispõe a
carregar os nossos fardos, Ele quer aliviar-nos e nós não
aceitamos isso quando estamos ansiosos. Somos ou não somos
orgulhosos? Ele diz: “eu te ajudo” e nós dizemos a Deus – “não,
muito obrigado, posso cuidar de mim mesmo”. Pedro explica o
porquê devemos lançar nossas ansiedades sobre o Senhor, “ele
tem cuidado de vós”. Literalmente isso significa “ele se importa
com vocês”. Quando carregamos nossos fardos de ansiedade
negamos o cuidado do Senhor sobre nossas vidas. Precisamos
nos lembrar das palavras de John Blanchard acerca de
ansiedade “a ansiedade nunca fortalece você para o amanhã; ela
apenas o enfraquece para o dia de hoje”. A ordem é lançar sobre
Deus toda a nossa ansiedade, não fazer isso é uma clara
demonstração de orgulho.
Para concluir, a questão final é: como podemos desenvolver a
humildade? Se quisermos mesmo manifestar humildade deve
haver de nossa parte uma resoluta aplicação da verdade. C. J.
Mahaney recomenda algumas ações: (a) Reflita sobre a cruz. A
cruz mata qualquer sentimento de soberba que quer se
assenhorar de nós. Don Cason conta que perguntou a Carl Henry,
um dos mais destacados teólogos do século XX, como ele se
tornou uma pessoa humilde. Antes que pudesse anotar, Henry
respondeu: “como alguém pode ser arrogante quando fica ao lado
da cruz?” Entendeu ou quer que eu desenhe? (b) Comece o dia
reconhecendo que depende de Deus. Controle os seus
pensamentos, submeta-os à Cristo, 2 Co 10:5. Afirme
mentalmente a sua dependência de Deus. Dr Lloyd-Jones ao
pregar no Salmo 42:11 afirmou “você já percebeu que a maior
parte da infelicidade em sua vida é decorrente do fato de você
ouvir a si mesmo, ao invés de falar consigo mesmo?” Assuma
responsabilidade pelos seus pensamentos. Não comungue com
pensamentos soberbos; (c) Tenha comunhão com Deus por meio
da oração e leitura da Palavra. Discipline-se a orar e ler a Bíblia
todos os dias. É por meio da oração que podemos lançar sobre
Deus toda a nossa ansiedade, Fp 4:6,7. É por meio da oração que
nos guardamos da soberba, Sl 19:13; 131. É por meio da Palavra
que Deus se revela a nós e nós percebemos quem realmente
somos e quão carentes somos dEle e o quão perdidos estamos
sem Ele.
Silas Roberto Nogueira