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A Obra do Espírito Santo na Salvação 
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Algumas Citações deste Artigo 
“Em Atos 19 aprendemos que quando o apóstolo Paulo chegou a Éfeso, ele perguntou a alguns discípulos de João Batista „Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes?‟ (v. 2) E nos é dito: „Eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo”. É triste dizer: a história se repetiu. Sem dúvida, se fosse perguntado aos membros de centenas das chamadas “igrejas” (nas quais o modernismo e o mundanismo imperam) a mesma pergunta, eles seriam obrigados a retornar uma resposta idêntica.‟” 
“Na maioria dos lugares onde o Senhor Jesus ainda é formalmente reconhecido como o único Salvador para os pecadores, o ensino atual é que Cristo tornou possível que os homens sejam salvos, mas que eles próprios devem decidir se eles serão salvos. A ideia agora tão amplamente predominante é que Cristo é oferecido para aceitação do homem, e que ele deve “aceitar a Cristo como seu Salvador pessoal”, “dar o seu coração para Jesus”, “tomar a sua posição por Cristo”, etc. se você quiser que o sangue da Cruz sirva para remir seus pecados. Assim, de acordo com essa concepção, a obra consumada de Cristo, a maior obra de todos os tempos e em todo o universo é deixada na dependência da vontade inconstante do homem para saber se será um sucesso ou um fracasso!” 
“Entrando agora num círculo mais estreito da Cristandade, em lugares onde ainda é entendido que o Espírito Santo tem uma missão e ministério, em conexão com a pregação do Evangelho, a ideia geral prevalece mesmo onde o Evangelho de Cristo é fielmente pregado, o Espírito Santo convence os homens do pecado e lhes revela a sua necessidade de um Salvador. Mas, além disso muito poucos estão dispostos a ir. A teoria que prevalece nesses lugares é que o pecador tem que cooperar com o Espírito, que ele mesmo deve ceder ao Espírito “se esforçando” ou ele não vai e não pode ser salvo. Mas esta teoria perniciosa insulta a Deus nega duas coisas: argumentar que o homem natural é capaz de cooperar com o Espírito é negar que ele está “morto em delitos e pecados” pois um homem morto é incapaz de fazer qualquer coisa. E, por dizer que as operações do Espírito no coração e na consciência de um homem podem ser resistidas, opostas, é negar Sua onipotência!” 
“O trabalho externo do Espírito, seu testemunho através das Escrituras, uma vez que recai sobre o ouvido externo do homem natural, é sempre “resistido” e rejeitado, o que só dá demonstração solene do terrível fato de que “a inclinação da carne é inimizade contra Deus” (Romanos 8:7). Mas o que vamos hoje salientar é que a Escritura revela outra obra do Espírito Santo, uma obra que é interna, imperceptível e invisível. Este trabalho é sempre eficaz. É a obra do Espírito na salvação, começado no coração com o novo nascimento, continuado ou mantido ao longo de todo o curso da vida do cristão na terra, e concluído e consumado no céu. Isto é o que é referido em Filipenses 1:6: “aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará”. Isto é o que está em vista em Salmos 138:8: “O Senhor aperfeiçoará o que me toca”. Este trabalho é feito pelo Espírito em cada um dos “eleitos de Deus”, e neles apenas.”
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“Um dos enganos do dia é que uma crença evangélica em Cristo repousa sobre o poder do homem não regenerado, de modo que pela realização do que é ingenuamente chamado de “um simples ato de fé”, ele se torna um homem renovado. Em outras palavras, supõe-se que o homem é o iniciante da sua própria salvação. Ele dá o primeiro passo, e Deus faz o resto; ele “acredita” e, em seguida, Deus vem e o salva. Isto não é senão uma negação evidente e obscura da obra do Espírito. Se há um momento mais do que qualquer outro em que o pecador se encontra na necessidade do poder do Espírito é no princípio. “Aquele que nega a necessidade do Espírito, no início, não pode acreditar em Sua obra nas fases seguintes. Não, não pode acreditar na neces- sidade da obra do Espírito de forma alguma. A maior e mais insuperável dificuldade se encontra no começo. Se o pecador pode superar essa parte sem o Espírito, ele pode facilmente superar o restante. Se ele não precisa do Espírito para capacitá-lo a crer, ele não vai precisar dele para capacitá-lo a amar” (Horatius Bonar).” 
“Erram muito os que pensam que depois que o Espírito fez Seu trabalho na consciência continua a ser o homem quem deve dizer se ele quer ser regenerado ou não, se ele irá crer ou não. O Espírito de Deus não espera o pecador exercer sua vontade para crer; Ele trabalha nos “eleitos” “tanto o querer como o efetuar”. (Filipenses 2:13) Portanto, Jeová declara: “Eu fui achado pelos que não Me buscavam” (Isaías 65:1, citado por Paulo em Romanos 10:20). Pois “crer” em Cristo de forma salvífica é um ato sobrenatural, o efeito da graça sobrenatural. Não há mais poder no homem caído para crer para a salvação de sua alma do que mérito de sua autoria que lhe dá direito ao favor de Deus; assim, ele é tão dependente do Espírito por poder como em Cristo por merecimento. A obra do Espírito é aplicar a redenção que o Senhor Jesus comprou para o seu povo, e os filhos de Deus devem sua salvação à Um tanto quanto ao Outro.” 
“Em Tito 3:5, a salvação dos remidos é expressamente atribuída a Deus, o Espírito: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”. “Se for perguntado em que sentido os homens podem ser chamados de “salvos” pela renovação do Espírito, a resposta é óbvia: Há uma série de verdades a que nenhuma delas pode ser perdida. Somos salvos pelo propósito divino, pois Deus nos elegeu para a salvação: somos salvos pela expiação como o fundamento meritório do todo, somos salvos pela fé, como o vínculo de união a Cristo, somos salvos pela graça, em contraste com as obras feitas, somos salvos pela verdade enquanto carregamos o testemunho de Deus, e, como aqui é dito: somos salvos pela renovação do Espírito Santo, como a produção de fé no coração”. (Prof. Smeaton)” 
“„E vos vivificou estando vós mortos em delitos e pecados‟ (Efésios 2:1). A vivificação dos que estão mortos em delitos é a obra da terceira Pessoa da Trindade: “O que é nascido do Espírito é espírito”. (João 3:6) O homem natural está morto espiritualmente. Ele está vivo para o pecado e para o mundo, mas morto para Deus: “separados da vida de Deus” (Efésios 4:18). Se esta verdade solene for realmente crida, haveria um fim à controvérsia sobre o nosso tema presente. Um homem morto não pode “cooperar” com o Espírito, nem pode “aceitar a Cristo”. Em 2 Coríntios 3:5, lemos: “Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos”. Isto é dito aos cristãos. Se o regenerado não tem capacidade de “pensar” espiritual-
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mente, muito menos capazes ainda são os não-regenerados.” 
“„Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente‟ (1 Coríntios 2:14) O que poderia ser mais claro? O “homem natural” está caído em seu estado não-regenerado. A menos que ele nasça de cima, ele é completamente desprovido de discernimento espiritual. Nosso Senhor expressamente declarou: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3:3). O “homem natural” não pode ver a si mesmo, a sua ruína, sua depravação, a imundícia da sua própria justiça. Não importa o quão claramente a Verdade de Deus lhe seja apresentada, sendo cego, ele não pode discernir tanto o seu significado espiritual ou a sua própria necessidade. A compreensão espiritual do Evangelho é verdadeiramente devido à operação do Espírito Santo, assim como Ele é o Autor da Revelação Divina. A vida espiritual deve preceder a visão espiritual, e o próprio Espírito deve entrar no coração antes que haja a “vida”: “porei em vós o meu Espírito, e vivereis” (Ezequiel 37:14).” 
“A obra do Espírito na regeneração é um milagre Divino, que é primeiramente o resultado da Sua introdução de poder sobrenatural. É a vivificação de um cadáver espiritual; é o trazer de uma alma morta à vida. O próprio pecador não mais pode realizá-lo por um ato de sua própria vontade do que ele pode criar um universo. Este milagre da graça é descrito nas Escrituras como: “a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus” (Efésios 1:19-20).” 
“Nosso título para a glória reside unicamente na justiça de Cristo; nossa aptidão pessoal para ela reside na nossa regeneração pelo Espírito Santo.” 
“Um servo de Deus profundamente instruído certa vez escreveu a um jovem pregador, “Nunca apresente a fé como sendo um ato tão “simples” que o trabalho do Espírito não se faz necessário para produzi-la”. No entanto, este é o que tem sido comumente feito. Uma grande parte dos evangelistas dos últimos séculos têm mostrado um zelo que não estava de acordo com o conhecimento (Romanos 10:2), e manifestaram uma preocupação muito maior para ver almas salvas do que para pregar a verdade de Deus em sua pureza. Em seus esforços para mostrar a simplicidade do “caminho da salvação”, eles perderam de vista as dificuldades de salvação (Lucas 18:24, 1 Pedro 4:18). Em sua urgente responsabilidade de fazer o homem crer, eles ignoraram o fato de que ninguém pode acreditar até que o Espírito conceda a fé.” 
“[...] a obra do Espírito no coração é tão real e urgentemente necessária, como foi o trabalho de Cristo na Cruz.” 
“Não há meio-termo entre a vida e a morte; nenhum estágio intermediário entre a conversão e não-conversão. A outorga da vida eterna é instantânea; somos “criados em Cristo Jesus” (Efésios 2:10) É um erro gravíssimo supor que depois que o Espírito de Deus tem feito a Sua obra no pecador, ainda permanece para ele dizer, a incumbência de deve ser regenerado ou não, se ele
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deve crer ou não. Todos os que são recipientes de Suas operações sobrenaturais são regenera- dos, efetivamente convertidos e realmente acreditam. Não é que o Espírito dá a capacidade de acreditar e aguarda o indivíduo exercer a sua vontade de acreditar: não, Ele opera nos eleitos “tanto o querer como o efetuar” (Filipenses 2:13). Eu posso dizer a um homem que na sala ao lado, existe uma luz acesa, e ele pode não acreditar em mim, mas deixe-me levá-la para a sala onde ele está, e tão logo ele veja a luz por si mesmo, e ele é irresistivelmente persuadido. Assim, um servo de Deus pode dizer a um homem que Cristo é suficiente para o principal dos pecadores, e ele não acreditar; mas quando Cristo é “revelado nele” (Gálatas 1:16), ele não pode deixar de confiar nEle. Veja 2 Coríntios 4:6.” 
“Como o homem perversamente inverte a ordem da verdade de Deus. Eles pedem a pecadores mortos para vir a Cristo, supondo que eles têm o poder ou vontade de fazê-lo. Considerando que Cristo clara e enfaticamente afirmou que “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer” (João 6:44) “Vir a Cristo” é o afeto do coração sendo atraído para Ele, e como pode uma pessoa amar o que ela não conhece? Veja João 4:10. Ah, é o Espírito que deve levar Cristo para mim, revelá-lO em mim antes que eu possa realmente conhecê-lO. “Vir a Cristo” é um ato interior e espiritual, não um ato externo e natural. Verdadeiramente, “o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Coríntios 2:14) Não podemos “olhar para Cristo” até que tenhamos nascido de novo (João 3:3).” 
“A Graça salvadora é algo mais do que um fato objetivo que nos é apresentado; é uma operação subjetiva forjado dentro de nós. Como não é pelo meu discernimento natural que eu descubro a minha necessidade de Cristo, também não é por minha força natural e vontade que eu “vou” a Ele. Deve haver vida e luz (visão) antes que possa haver movimento. Um bebê tem que nascer, e possuir visão e força, também, antes que seja capaz de “vir” a seu pai. Crer em Cristo é um ato sobrenatural, o produto de um poder sobrenatural.” 
“[...] „temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos‟ (2 Coríntios 4:13) Aqui, o Espírito de Deus fala de acordo com a obra que ele opera. “O título 'Espírito de fé‟ dá a entender que o Espírito Santo é o autor de fé; para todos os homens não têm fé; isto é, não é dado a todos e não pertence a todos (2 Tessalo- nicenses 3:2). A designação significa que a causa a aquisição de fé é o Espírito Santo que produz esse efeito por uma chamada invisível, um convite que acompanha, de acordo com o beneplácito de Sua vontade, a proclamação externa do Evangelho. A fé, portanto, da qual Ele é o autor, não é afetada pela própria força do ouvinte, ou pela própria vontade efetiva do ouvinte... A operação especial do Espírito inclina o pecador, anteriormente avesso, para receber os convites do Evangelho; pois é somente Ele, atuando como o Espírito de fé, que remove a inimizade da mente carnal contra as doutrinas da cruz, pois sem tais doutrinas pareceriam desnecessárias, tolas ou ofensivas” (Prof. Smeaton).” 
“Escrevendo aos santos de Filipos, o apóstolo declarou: “A vós é dado... crer nele” (1:29) A fé é “dom” de Deus como Efésios 2:8-9 afirma positivamente. Não é um dom oferecido para a
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aceitação do homem, mas, na verdade, conferido aos filhos de Deus, soprados neles. Ele a com- cedeu a cada um dos “eleitos de Deus” no seu tempo determinado pelo Espírito Santo. Não é produzida pela vontade da criatura, mas é “fé no poder de Deus” (Colossenses 2:12) É uma “obra” do Espírito Santo, pela sua atuação sobrenatural. O Espírito Santo é dado por Cristo para este fim, a saber, para que cada um daqueles por quem Ele morreu ser levado ao conhecimento da salvação da verdade, portanto, é-nos dito: “por Ele (não por nossa vontade) credes em Deus” (1 Pedro 1:21). Em 1 Coríntios 3:5 nos é dito que: “crestes... conforme o que o Senhor deu a cada um”; assim em Efésios 6:23 é declarado: “Paz seja com os irmãos, e amor com fé da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo”. O próprio grau e força da nossa fé é determinado unicamente por Deus: “pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Romanos 12:3). Se pela graça fez de você verdadeiramente um “crente”, que o leitor dê a Deus, o Espírito, a honra, a glória e o louvor por isso.” 
“„Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade‟ (2 Tessalonicenses 2:13). A missão do Espírito na terra é aplicar aos eleitos de Deus o resgate proposto por Deus Pai e comprado por Deus, o Filho, para eles. O Espírito Santo está aqui para fazer o bem às almas dos herdeiros da glória pelos frutos das dores de parto da alma de Cristo. Isso ele faz por meio do Evangelho pelos escritos e pelo ministério oral da Escritura, pois a Pala- vra de Deus é o único instrumento que Ele emprega ou utiliza. A Palavra de Deus é “a palavra da vida” (Filipenses 2:16), mas ela só se torna vida na experiência da alma individual pela operação imediata e aplicação do Espírito de Deus. Como Paulo escreveu aos santos de Tessalônica: “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade” (2 Tessaloni- censes 2:13). Isto não é para negar a eficácia do própria Palavra, mas é para insistir que a agência direta do Espírito sobre o coração é absolutamente necessária para a recepção da Palavra. A Palavra é lâmpada para o nosso caminho, mas deve haver uma abertura dos olhos do nosso entendimento pelo Espírito antes de podermos ver a Sua luz.” 
“A salvação dos eleitos de Deus foi proposta, planejada e provida por Deus Pai, antes da fundação do mundo. Foi adquirida e garantida pela encarnação, obediência, morte e ressurreição do Filho de Deus. É revelada, aplicada neles por Deus, o Espírito. Assim, “do Senhor vem a salvação” (Jonas 2:9), e o homem não tem parte ou põe a mão nela em qualquer ponto. O filho de Deus não é o conquistador, mas o recipiente dela. A fé não é uma condição que o pecador eleito deve atingir a fim de obter a salvação, mas é o meio e canal através do qual ele pessoalmente goza a salvação do Trino Jeová.”
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A obra do Espírito Santo na salvação 
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Em Atos 19 aprendemos que quando o apóstolo Paulo chegou a Éfeso, ele perguntou a alguns discípulos de João Batista “Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes?” (v. 2) E nos é dito: “Eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo”. É triste dizer: a história se repetiu. Sem dúvida, se fosse perguntado aos membros de cen- tenas das chamadas “igrejas” (nas quais o modernismo e o mundanismo imperam) a mes- ma pergunta, eles seriam obrigados a retornar uma resposta idêntica. A razão pela qual aqueles discípulos em Éfeso não conheciam o Espírito Santo foi, muito provavelmente, porque eles haviam sido batizados na Judéia pelo precursor de Cristo e, em seguida, voltaram para Éfeso, onde eles permaneceram na ignorância do que havia acontecido no dia de Pentecostes. Mas a razão pela qual os membros da “igreja” comum não sabem na- da sobre a terceira Pessoa da Trindade é porque os pregadores deles não falam sobre Ele. 
Também não é muito melhor com muitas das igrejas ainda contadas como ortodoxas. Em- bora a Pessoa do Espírito possa não ser repudiada e embora Seu nome possa, ocasio- nalmente, ser mencionado, contudo, com apenas raras exceções há qualquer ensino bíblico definitivo dado sobre os ofícios e operações do Consolador Divino. Quanto à sua obra na salvação, isso é muito pouco compreendido até mesmo por cristãos professos. Na maioria dos lugares onde o Senhor Jesus ainda é formalmente reconhecido como o único Salvador para os pecadores, o ensino atual é que Cristo tornou possível que os homens sejam salvos, mas que eles próprios devem decidir se eles serão salvos. A ideia agora tão amplamente predominante é que Cristo é oferecido para aceitação do homem, e que ele deve “aceitar a Cristo como seu Salvador pessoal”, “dar o seu coração para Jesus”, “ tomar a sua posição por Cristo”, etc. se você quiser que o sangue da Cruz sirva para remir seus pecados. Assim, de acordo com essa concepção, a obra consumada de Cristo, a maior obra de todos os tempos e em todo o universo é deixada na dependência da vontade inconstante do homem para saber se será um sucesso ou um fracasso! 
Entrando agora num círculo mais estreito da Cristandade, em lugares onde ainda é entendido que o Espírito Santo tem uma missão e ministério, em conexão com a pregação do Evangelho, a ideia geral prevalece mesmo onde o Evangelho de Cristo é fielmente pregado, o Espírito Santo convence os homens do pecado e lhes revela a sua necessidade de um Salvador. Mas, além disso, muito poucos estão dispostos a ir. A teoria que prevalece nesses lugares é que o pecador tem que cooperar com o Espírito, que ele mesmo deve ceder ao Espírito “se esforçando” ou ele não vai e não pode ser salvo. Mas
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esta teoria perniciosa que insulta a Deus nega duas coisas: argumentar que o homem natural é capaz de cooperar com o Espírito é negar que ele está “morto em delitos e pecados”, pois um homem morto é incapaz de fazer qualquer coisa. E, por dizer que as operações do Espírito no coração e na consciência de um homem podem ser resistidas, opostas, é negar Sua onipotência! 
Antes prosseguindo adiante, e a fim de abrir o caminho para o que se segue, algumas palavras precisam ser ditas sobre “O meu Espírito não contenderá para sempre com o homem” (Gênesis 6:3) e “vós sempre resistis ao Santo Espírito” (Atos 7:51). Agora, essas passagens se referem ao trabalho externo do Espírito, isto é, o seu testemunho através da Palavra pregada. 1 Pedro 3:18-20 mostra que foi o Espírito de Cristo em Noé, que “se esforçou” com os antediluvianos enquanto o patriarca pregava a eles (2 Pedro 2:5). Assim, Atos 7 explica as palavras v. 51: “A qual dos profetas não perseguiram vossos pais”. Como disse Neemias: “Porém estendeste a tua benignidade sobre eles por muitos anos, e testificaste contra eles pelo teu Espírito, pelo ministério dos teus profetas” (Neemias 9:30). 
O trabalho externo do Espírito, seu testemunho através das Escrituras, uma vez que recai sobre o ouvido externo do homem natural, é sempre “resistido” e rejeitado, o que só dá demonstração solene do terrível fato de que “a inclinação da carne é inimizade contra Deus” (Romanos 8:7). Mas o que vamos hoje salientar é que a Escritura revela outra obra do Espírito Santo, uma obra que é interna, imperceptível e invisível. Este trabalho é sempre eficaz. É a obra do Espírito na salvação, começado no coração com o novo nascimento, continuado ou mantido ao longo de todo o curso da vida do cristão na terra, e concluído e consumado no céu. Isto é o que é referido em Filipenses 1:6: “aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará.” Isto é o que está em vista em Salmos 138:8: “O Senhor aperfeiçoará o que me toca”. Este trabalho é feito pelo Espírito em cada um dos “eleitos de Deus”, e neles apenas. 
Tem sido dito que “a parte e o oficio do Espírito Santo na salvação dos eleitos de Deus consiste em renová-los. Ele vivifica os herdeiros da glória com a vida espiritual, ilumina a mente para conhecer a Cristo, O revela a eles, forma a Cristo em seus corações e os leva a construir todas as suas esperanças de glória eterna somente nEle. Ele derrama o amor do Pai em seus corações, e dá-lhes um sentido real do mesmo na qual a experiência de Sua obra graciosa e eficaz em suas almas, eles são levados a dizer como o salmista: „Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes, e fazes chegar a ti, para que habite em teus átrios‟ (Salmos 65:4)”.
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Um dos enganos do dia é que uma crença evangélica em Cristo repousa sobre o poder do homem não regenerado, de modo que pela realização do que é ingenuamente chama- do de “um simples ato de fé”, ele se torna um homem renovado. Em outras palavras, supõe-se que o homem é o iniciante da sua própria salvação. Ele dá o primeiro passo, e Deus faz o resto; ele “acredita” e, em seguida, Deus vem e o salva. Isto não é senão uma negação evidente e obscura da obra do Espírito. Se há um momento mais do que qual- quer outro em que o pecador se encontra na necessidade do poder do Espírito é no prin- cípio. “Aquele que nega a necessidade do Espírito, no início, não pode acreditar em Sua obra nas fases seguintes. Não, não pode acreditar na necessidade da obra do Espírito de forma alguma. A maior e mais insuperável dificuldade se encontra no começo. Se o pecador pode superar essa parte sem o Espírito, ele pode facilmente superar o restante. Se ele não precisa do Espírito para capacitá-lo a crer, ele não vai precisar dele para capacitá-lo a amar” (Horatius Bonar). 
Erram muito os que pensam que depois que o Espírito fez Seu trabalho na consciência continua a ser o homem quem deve dizer se ele quer ser regenerado ou não, se ele irá crer ou não. O Espírito de Deus não espera o pecador exercer sua vontade para crer; Ele trabalha nos “eleitos” “tanto o querer como o efetuar”. (Filipenses 2:13) Portanto, Jeová declara: “Eu fui achado pelos que não Me buscavam” (Isaías 65:1, citado por Paulo em Romanos 10:20). Pois “crer” em Cristo de forma salvífica é um ato sobrenatural, o efeito da graça sobrenatural. Não há mais poder no homem caído para crer para a salvação de sua alma do que mérito de sua autoria que lhe dá direito ao favor de Deus; assim, ele é tão dependente do Espírito por poder como em Cristo por merecimento. A obra do Espírito é aplicar a redenção que o Senhor Jesus comprou para o Seu povo, e os filhos de Deus devem sua salvação a Um tanto quanto ao Outro. 
Em Tito 3:5, a salvação dos remidos é expressamente atribuída a Deus, o Espírito: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos sal- vou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”. “Se for perguntado em que sentido os homens podem ser chamados de “salvos” pela renovação do Espírito, a resposta é óbvia: Há uma série de verdades a que nenhuma delas pode ser perdida. Somos salvos pelo propósito divino, pois Deus nos elegeu para a salvação, somos salvos pela expiação como o fundamento meritório do todo, somos salvos pela fé, como o vínculo de união a Cristo, somos salvos pela graça, em contraste com as obras feitas, somos salvos pela verdade enquanto carregamos o testemunho de Deus, e, como aqui é dito: somos salvos pela renovação do Espírito Santo, como a produção de fé no coração”. (Prof. Smeaton)
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A REGENERAÇÃO É PELO ESPÍRITO 
“E vos vivificou estando vós mortos em delitos e pecados” (Efésios 2:1). A vivificação dos que estão mortos em delitos é a obra da terceira Pessoa da Trindade: “O que é nascido do Espírito é espírito”. (João 3:6) O homem natural está morto espiritualmente. Ele está vivo para o pecado e para o mundo, mas morto para Deus: “separados da vida de Deus” (Efésios 4:18). Se esta verdade solene for realmente crida, haveria um fim à controvérsia sobre o nosso tema presente. Um homem morto não pode “cooperar” com o Espírito, nem pode “aceitar a Cristo”. Em 2 Coríntios 3:5, lemos: “Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos”. Isto é dito aos cristãos. Se o regenerado não tem capacidade de “pensar” espiritualmente, muito menos capazes ainda são os não- regenerados. 
“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe pare- cem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Corín- tios 2:14) O que poderia ser mais claro? O “homem natural” está caído em seu estado não-regenerado. A menos que ele nasça de cima, ele é completamente desprovido de discernimento espiritual. Nosso Senhor expressamente declarou: “Na verdade, na verda- de te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3:3). O “homem natural” não pode ver a si mesmo, a sua ruína, sua depravação, a imundícia da sua própria justiça. Não importa o quão claramente a Verdade de Deus lhe seja apresentada, sendo cego, ele não pode discernir tanto o seu significado espiritual ou a sua própria necessidade. A compreensão espiritual do Evangelho é verdadeiramente de- vido à operação do Espírito Santo, assim como Ele é o Autor da Revelação Divina. A vida espiritual deve preceder a visão espiritual, e o próprio Espírito deve entrar no coração antes que haja a “vida”: “porei em vós o meu Espírito, e vivereis” (Ezequiel 37:14). 
A obra do Espírito na regeneração é um milagre Divino, que é primeiramente o resultado da Sua introdução de poder sobrenatural. É a vivificação de um cadáver espiritual; é o trazer de uma alma morta à vida. O próprio pecador não mais pode realizá-lo por um ato de sua própria vontade do que ele pode criar um universo. Este milagre da graça é descrito nas Escrituras como: “a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que manifestou em Cristo, ressus- citando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus” (Efésios 1:19-20). “O mesmo poder que foi empregado para levantar Cristo dentre os mortos é exercido na regeneração... A ressurreição de Cristo é o modelo exemplar de nossa ressurreição espiritual, segundo a qual, conforme o Espírito Santo operou nEle, para que Ele operasse em nós uma obra conforme à Sua ressurreição. Assim como a ressurreição de Cristo foi a grande declaração de ser Ele o Filho de Deus, também a regeneração é a declaração de
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sermos filhos de Deus, sendo a prova da nossa adoção, e também a primeira descoberta de nossa eleição. Como a ressurreição de Cristo é o primeiro passo para o Seu reino éter- no e glória, do mesmo modo a regeneração é a primeira introdução aberta para a todas as bênçãos do estado de graça na qual o filho de Deus é agora introduzido”. (S. E. Pierce) 
A APTIDÃO PARA O CÉU É POR MEIO ESPÍRITO 
Nosso título para a glória reside unicamente na justiça de Cristo; nossa aptidão pessoal para ela reside na nossa regeneração pelo Espírito Santo. Toda a nossa iminência para o estado celeste foi operada em nós na regeneração. Escrevendo aos regenerados de Colossenses o apóstolo disse: “Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz”. E então ele mostra em que esta “idoneidade” consiste: “O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” [Colossenses 1:12-13]. Este título não vem deles; sua “idoneidade” os antecede. O Espírito Santo criou neles uma natureza que é capacitada para conhecer e desfrutar de Deus Triuno. 
Em nosso estado não-regenerado estávamos completamente sob o poder das trevas, isto é, do pecado e de Satanás, e eram menos que capazes de nos livrar do cativeiro do que Jonas foi capaz de escapar da barriga da baleia. Nós nos “assentávamos na escuridão” e “na região e sombra da morte” (Mateus 4:16). Estávamos “cativos”, “sujeitos” e na “prisão”. (Isaías 61:1) Nós éramos aqueles “não tinham esperança, e estavam sem Deus no mundo” (Efésios 2:12). A partir desse estado terrível cada alma renovada foi “liberta” pelo poder gracioso, soberano e invencível do Espírito Santo, e tem sido “transportado para o reino do Filho amado de Deus”. Então deixe cada leitor igualmente honrar, adorar e louvar a Ele como ao Pai e ao Filho. 
A JUSTIFICAÇÃO E SANTIFICAÇÃO SÃO PELO ESPÍRITO 
“E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus” (1 Coríntios 6:11). Esta é uma Escritura notável e pouco ponderada. Nos levaria muito longe de nosso tema que estávamos tentando expor completamente. Duas coisas aqui nós claramente destacamos: as três bênçãos de salvação enumeradas neste versículo são referidas: em primeiro lugar, pelo “nome” ou méritos de Cristo como Sua própria causa alcançada; e depois pelo Espírito Santo, que faz dos eleitos participantes dele por Sua
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própria aplicação eficaz. Ele é quem ilumina a mente e abre o coração para receber e ter certeza de que eles são “lavados, santificados e justificados” 
A FÉ É PELO ESPÍRITO 
Um servo de Deus profundamente instruído certa vez escreveu a um jovem pregador, “Nunca apresente a fé como sendo um ato tão “simples” que o trabalho do Espírito não se faz necessário para produzi-la”. No entanto, este é o que tem sido comumente feito. Uma grande parte dos evangelistas dos últimos séculos tem mostrado um zelo que não estava de acordo com o conhecimento (Romanos 10:2), e manifestaram uma preocupação muito maior para ver almas salvas do que para pregar a verdade de Deus em sua pureza. Em seus esforços para mostrar a simplicidade do “caminho da salvação”, eles perderam de vista as dificuldades de salvação (Lucas 18:24, 1 Pedro 4:18). Em sua urgente responsa- bilidade de fazer o homem crer, eles ignoraram o fato de que ninguém pode acreditar até que o Espírito conceda a fé. Pois apresentar Cristo ao pecador e, em seguida, larga-lo de volta a sua própria vontade, é zombar dele em seu desamparo; a obra do Espírito no coração é tão real e urgentemente necessária, como foi o trabalho de Cristo na Cruz. Pois o fato do coração ser realmente levado a acreditar e confiar em Deus é um ato espiritual, um “bom fruto”, e se o homem caído possui poder inerente de fazer o bem, segue-se que apresentar a Expiação para ele é completamente desnecessário. 
Não há meio-termo entre a vida e a morte; nenhum estágio intermediário entre a conver- são e não- conversão. A outorga da vida eterna é instantânea; somos “criados em Cristo Jesus” (Efésios 2:10) É um erro gravíssimo supor que depois que o Espírito de Deus tem feito a Sua obra no pecador, ainda permanece para ele dizer, a incumbência de ser regenerado ou não, se ele deve crer ou não. Todos os que são recipientes de Suas operações sobrenaturais são regenerados, efetivamente convertidos e realmente acredi- tam. Não é que o Espírito dá a capacidade de acreditar e aguarda o indivíduo exercer a sua vontade de acreditar: não, Ele opera nos eleitos “tanto o querer como o efetuar” (Filipenses 2:13). Eu posso dizer a um homem que na sala ao lado, existe uma luz acesa, e ele pode não acreditar em mim, mas deixe-me levá-la para a sala onde ele está, e tão logo ele veja a luz por si mesmo, e ele é irresistivelmente persuadido. Assim, um servo de Deus pode dizer a um homem que Cristo é suficiente para o principal dos pecadores, e ele não acreditar; mas quando Cristo é “revelado nele” (Gálatas 1:16), ele não pode deixar de confiar nEle. Veja 2 Coríntios 4:6. 
Como o homem perversamente inverte a ordem da verdade de Deus. Eles pedem a pecadores mortos para vir a Cristo, supondo que eles têm o poder ou vontade de fazê-lo.
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Considerando que Cristo clara e enfaticamente afirmou que “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer” (João 6:44) “Vir a Cristo” é o afeto do coração sendo atraído para Ele, e como pode uma pessoa amar o que ela não conhece? Veja João 4:10. Ah, é o Espírito que deve levar Cristo para mim, revelá-lO em mim antes que eu possa realmente conhecê-lO. “Vir a Cristo” é um ato interior e espiritual, não um ato externo e natural. Verdadeiramente, “o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Coríntios 2:14) Não podemos “olhar para Cristo” até que tenhamos nascido de novo. (João 3:3) 
A Graça salvadora é algo mais do que um fato objetivo que nos é apresentado; é uma operação subjetiva forjada dentro de nós. Como não é pelo meu discernimento natural que eu descubro a minha necessidade de Cristo, também não é por minha força natural e vontade que eu “vou” a Ele. Deve haver vida e luz (visão) antes que possa haver movi- mento. Um bebê tem que nascer, e possuir visão e força, também, antes que seja capaz de “vir” a seu pai. Crer em Cristo é um ato sobrenatural, o produto de um poder sobrena- tural. Pode-se, por meio de frases gramaticais e proposições das Escrituras ensinar a ver- dade espiritual para outro, mas isso não pode iluminar a mente dele a esse respeito. Ele pode dizer a um homem que Deus é santo, mas ele não pode dar a ele uma consciência de que Deus é santo. Ele pode dizer a ele que o pecado é infinitamente hediondo, mas ele não pode gerar nele um sentimento ou fazê-lo compreender de coração que é assim. Para aqueles que estavam bem familiarizados com eles exteriormente, Cristo disse: “Não me conheceis a mim, nem a meu Pai” (João 8:19) Um homem pode “conhecer” o caminho da justiça “ (2 Pedro 2:21), teoricamente, intelectualmente, mas é uma questão muito diferente (embora muito poucos sejam interiormente cientes disso) a partir de um conhecimento experimental e espiritual dEle: “temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos” (2 Coríntios 4:13) Aqui, o Espírito de Deus fala de acordo com a obra que ele opera. “O título 'Espírito de fé‟ dá a entender que o Espírito Santo é o autor de fé; para todos os homens não têm fé; isto é, não é dado a todos e não pertence a todos (2 Tessalonicenses 3:2). A designação significa que a causa a aquisição de fé é o Espírito Santo que produz esse efeito por uma chamada invisível, um convite que acompanha, de acordo com o beneplácito de Sua vontade, a proclamação externa do Evangelho. A fé, portanto, da qual Ele é o autor, não é afetada pela própria força do ouvinte, ou pela própria vontade efetiva do ouvinte... A operação especial do Espírito inclina o pecador, anteriormente avesso, para receber os convites do Evangelho; pois é somente Ele, atuando como o Espírito de fé, que remove a inimizade da mente carnal contra as doutrinas da cruz, pois sem tais doutrinas pareceriam desnecessárias, tolas ou ofensivas” (Prof. Smeaton).
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Escrevendo aos santos de Filipos, o apóstolo declarou: “A vós é dado... crer nele” (1:29) A fé é “dom” de Deus como Efésios 2:8-9 afirma positivamente. Não é um dom oferecido para a aceitação do homem, mas, na verdade, conferido aos filhos de Deus, soprados neles. Ele a concedeu a cada um dos “eleitos de Deus” no seu tempo determinado pelo Espírito Santo. Não é produzida pela vontade da criatura, mas é “fé no poder de Deus” (Colossenses 2:12) É uma “obra” do Espírito Santo, pela sua atuação sobrenatural. O Espírito Santo é dado por Cristo para este fim, a saber, para que cada um daqueles por quem Ele morreu seja levado ao conhecimento da salvação da verdade, portanto, é-nos dito: “por Ele (não por nossa vontade) credes em Deus” (1 Pedro 1:21). Em 1 Coríntios 3:5 nos é dito que: “crestes... conforme o que o Senhor deu a cada um”; assim em Efésios 6:23 é declarado: “Paz seja com os irmãos, e amor com fé da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo”. O próprio grau e força da nossa fé é determinado unicamente por Deus: “pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Romanos 12:3). Se pela graça fez de você verdadeiramente um “crente”, que o leitor dê a Deus, o Espírito, a honra, a glória e o louvor por isso. 
A SALVAÇAO É TOTALMENTE APLICADA PELO ESPÍRITO 
“Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade” (2 Tessalonicenses 2:13). A missão do Espírito na terra é aplicar aos eleitos de Deus o resgate proposto por Deus Pai e comprado por Deus, o Filho, para eles. O Espírito Santo está aqui para fazer o bem às almas dos herdeiros da glória pelos frutos das dores de parto da alma de Cristo. Isso Ele faz por meio do Evangelho, pelos escritos e pelo ministério oral da Escritura, pois a Palavra de Deus é o único instrumento que Ele emprega ou utiliza. A Palavra de Deus é “a palavra da vida” (Filipenses 2:16), mas ela só se torna vida na experiência da alma individual pela operação imediata e aplicação do Espírito de Deus. Como Paulo escreveu aos santos de Tessalônica: “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade” (2 Tessalonicenses 2:13). Isto não é para negar a eficácia da própria Palavra, mas é para insistir que a agência direta do Espírito sobre o coração é absolutamente necessária para a recepção da Palavra. A Palavra é lâmpada para o nosso caminho, mas deve haver uma abertura dos olhos do nosso entendimento pelo Espírito antes de podermos ver a Sua luz. 
A salvação dos eleitos de Deus foi proposta, planejada e provida por Deus Pai, antes da fundação do mundo. Foi adquirida e garantida pela encarnação, obediência, morte e res- surreição do Filho de Deus. É revelada, aplicada neles por Deus, o Espírito. Assim, “do
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Senhor vem a salvação” (Jonas 2:9), e o homem não tem parte ou põe a mão nela em qualquer ponto. O filho de Deus não é o conquistador, mas o recipiente dela. A fé não é uma condição que o pecador eleito deve atingir a fim de obter a salvação, mas é o meio e canal através do qual ele pessoalmente goza a salvação do Trino Jeová. 
Oh Glorioso Espírito Santo de Deus! Oramos para que apliques o que de Ti há neste sermão aos 
nossos corações e nos corações daqueles que lerem estas linhas, por Cristo para a glória de Cristo. 
Ore para que o Espírito Santo use estas palavras para trazer muitos 
ao Conhecimento Salvador de Jesus Cristo, pela Graça de Deus. Amém. 
Sola Scriptura! Sola Gratia! Sola Fide! Solus Christus! 
Soli Deo Gloria !
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Fonte: EternalLifeMinistries.org | Título Original: The Holy Spirit's Work in Salvation 
As citações bíblicas desta tradução são da versão ACF (Almeida Corrigida Fiel) 
Tradução Amanda Ramalho │ Revisão e Capa por William Teixeira 
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Uma Biografia de Arthur Walkington Pink 
Arthur Walkington Pink (1886 – 1952) e sua esposa Vera E. Russell (1893 – 1962) 
Arthur Walkington Pink (01 de abril de 1886 – 15 de julho de 1952) foi um evangelista e teólogo inglês, conhecido por sua firme adesão aos ensinamentos calvinistas e puritanos. Nasceu em Nottingham, Inglaterra. Seus pais eram cristãos piedosos e ele tinha um irmão e duas irmãs. Aos 16 anos A. W. Pink encerrou os seus estudos e entrou para o ramo de negócios. Rapidamente obteve sucesso no que havia determinado fazer, mas, para a tristeza dos seus pais, ele abriu mão do Evangelho. Foi nesta época que ele se tornou um discípulo da Teosofia e do Espiritismo. Em 1908 ele já era conhecido como um teosofista e um espírita praticante. Neste mesmo ano, com 22 anos, ao chegar em casa após uma reunião teosófica, seu pai dirigiu-se a ele e citou este versículo da Bíblia: 
“Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Provérbios 14:12) 
Pink foi para o seu quarto e ficou pensando nas palavras que seu pai lhe dissera. Em
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seguida resolveu orar e pedir uma orientação a Deus. Foi o suficiente para enxergar o seu erro. Esta experiência foi tão marcante que A.W. Pink encontrou o que tanto desejava: Jesus Cristo, Aquele que Lhe daria a Água Viva para saciar a sua sede, assim como prometera à mulher samaritana (Jo 4:14). 
Cristo tornara-se real para ele! O mais interessante é que, na 6ª feira daquela mesma semana, Pink faria uma palestra para os adeptos da Teosofia (que ainda não sabiam de sua conversão). No dia e hora marcados, Pink dirigiu-se ao salão de Convenções da Teosofia. Quando subiu para falar, pregou o Evangelho em demonstração de Poder. A reação da turba foi imediata: retiram-lhe à força e lançaram-no à rua. Um episódio que serviu para abrir os olhos dele para o caminho que o esperava! 
Assim, Arthur Pink não tinha mais dúvidas sobre o seu chamado. Mas em qual Igreja? Havia tanto liberalismo nos ministérios. Então, ele foi recebido na Igreja dos Irmãos, onde ensinavam a Bíblia com muito amor. Depois, recomendaram que ele fosse estudar no Instituto Dwight L. Moody, em Chigago, Estados Unidos. Então, em 1910, ele foi para Chicago estudar. Mas logo abandou o Instituto, por discordar do que ali era ensinado. Nos anos que se seguiram esteve pastoreando Igrejas no Colorado e na Califórnia. Em 1916, casou-se em Kentucky, com uma mulher chamada Vera E. Russell. Em 1917 pastoreou uma Igreja Batista na Carolina do Sul. 
Foi nesta época que ele começou a ter problemas com o seu ensino. Começou a ler os puritanos e descobriu verdades que o perturbaram. Principalmente sobre a grande doutrina bíblica da Soberania de Deus, porém à medida que ele começou a pregar sobre isto, descobriu que não eram coisas populares. Em 1920, ele saiu da Igreja Batista na Carolina do Sul e começou um ministério itinerante em todos os EUA, para anunciar à Igreja esta visão da Soberania de Deus. Suas pregações eram firmes e bíblicas, mas, não eram populares, seus ouvintes não gostavam do que ele pregava. 
Em 1922, começou uma revista chamada Studies in the Scriptures (Estudo nas Escrituras). Mas poucas pessoas se interessaram pela leitura da Revista. Ele publicou 1000 revistas e, muitas delas, não foram sequer vendidas. Ainda neste ano, fizeram-lhe um convite para visitar a Austrália. Ele viu neste convite uma grande oportunidade de pregar o Evangelho e terminou por estabelecer-se na cidade de Sidney, à convite das Igrejas Batistas locais. Porém não obteve sucesso em seu ministério como pregador. 
Depois de 8 anos vivendo na Austrália, em 1928, Pink retornou à Inglaterra. Onde aconteceu uma surpreendente obra da Providência divina durante 8 anos ele procurou um lugar para pregar a Palavra e ajudar as pessoas, mas não conseguiu encontrar. Ninguém
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estava interessado em ouvir suas pregações. A sua fé foi duramente provada durante este período e, apesar de toda a luta, ele continuava a editar a revista “Estudo nas Escrituras”, embora somente uns poucos a liam. 
Em 1936, ele entendeu que Deus, de alguma forma, havia fechado as portas da pregação para ele. Então ele entregou-se totalmente a escrever e expor as Escrituras Sagradas. Esta era a sua chamada. 
Quando começou a 2ª Guerra Mundial, A. W. Pink vivia no sul da Inglaterra, região que sofreu fortes ataques aéreos. Então, em 1940, ele e a sua esposa, Vera, mudaram-se para o norte da Escócia, em uma pequenina ilha chamada Luis. 12 anos depois, em 1952, A.W. Pink faleceu vítima de anemia. Ian Murray, seu biógrafo, relata que, além de sua esposa, apenas oito pessoas apareceram em seu enterro. 
Com certeza, A. W. Pink (como assinava em suas cartas e artigos) nunca imaginaria que, no final do século 20 e ao longo do século 21, dificilmente seria necessário explicar quem é Pink quando nos dirigindo às pessoas que consideram a Bíblia como Palavra de Deus e se empenham em compreendê-la, entre outras coisas, utilizando bons livros. Vivendo quase em completo anonimato, salvo por aqueles poucos que assinavam sua revista publicada mensalmente, o valor de Arthur Pink foi descoberto pelo mundo apenas após sua morte, quando seus artigos passaram a ser reunidos e publicados na forma de livros. Ian Murray afirma que, mediante a ampla circulação de seus escritos após a sua morte, ele se tornou um dos autores evangélicos mais influentes na segunda metade do século 20. Foi D. Martyn Lloyd-Jones quem disse: “Não desperdice o seu tempo lendo Barth e Brunner. Você não receberá nada deles que o ajude na pregação. Leia Pink!”. 
Richard Belcher tem escrito alguns livros sobre a vida e obra do nosso autor, disse o seguinte: 
“Nós não o idolatramos. Mas o reconhecemos como um homem de Deus ímpar, que pode nos ensinar por meio da sua caneta. Ele verdadeiramente „nasceu para escrever‟, e todas as circunstâncias de sua vida, mesmo as negativas que ele não entendeu, levaram-no ao cumprimento desse propósito ordenado por Deus”. 
John Thornbury, autor de vários livros, inclusive uma excelente biografia sobre David Brainerd, disse o seguinte: “Sua influência abrange o mundo todo e hoje um exército poderoso de pregadores de várias denominações está usando seus materiais e pregando à congregações, grandes e pequenas, as verdades que ele extraiu da Palavra de Deus.
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Eu o honro por sua coragem, discernimento, perspicuidade, equilíbrio, e acima de tudo por seu amor apaixonado pelo Deus trino”. 
As últimas palavras de Pink antes de morrer, ao lado de sua esposa, foram: “As Escrituras explicam a si mesmas”. Que declaração final apropriada para um homem que dedicou sua vida ao entendimento e explicação da Palavra de Deus! 
______________ 
Esta biografia é baseada nas seguintes fontes: 
♦ DIDINI, Ronaldo. Um gigante esquecido da fé cristã: Uma biografia resumida de A. W. Pink. Disponível em: <https://www.ministeriocaminhar.com.br/?ver=74>. Acesso em: 01 de dezembro de 2013. 
♦ SABINO, Felipe A. N. Os dez Mandamentos. 1ª edição. Brasília: Editora Monergismo: 2009. Prefácio.
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2 Coríntios 4 
1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; 2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 9 Persegui- dos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 10 Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; 11 E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal. 12 De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13 E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos. 14 Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15 Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus. 16 Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18 Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.

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  • 2. A Obra do Espírito Santo na Salvação Arthur Walkington Pink Facebook.com/oEstandarteDeCristo
  • 3. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 2 Algumas Citações deste Artigo “Em Atos 19 aprendemos que quando o apóstolo Paulo chegou a Éfeso, ele perguntou a alguns discípulos de João Batista „Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes?‟ (v. 2) E nos é dito: „Eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo”. É triste dizer: a história se repetiu. Sem dúvida, se fosse perguntado aos membros de centenas das chamadas “igrejas” (nas quais o modernismo e o mundanismo imperam) a mesma pergunta, eles seriam obrigados a retornar uma resposta idêntica.‟” “Na maioria dos lugares onde o Senhor Jesus ainda é formalmente reconhecido como o único Salvador para os pecadores, o ensino atual é que Cristo tornou possível que os homens sejam salvos, mas que eles próprios devem decidir se eles serão salvos. A ideia agora tão amplamente predominante é que Cristo é oferecido para aceitação do homem, e que ele deve “aceitar a Cristo como seu Salvador pessoal”, “dar o seu coração para Jesus”, “tomar a sua posição por Cristo”, etc. se você quiser que o sangue da Cruz sirva para remir seus pecados. Assim, de acordo com essa concepção, a obra consumada de Cristo, a maior obra de todos os tempos e em todo o universo é deixada na dependência da vontade inconstante do homem para saber se será um sucesso ou um fracasso!” “Entrando agora num círculo mais estreito da Cristandade, em lugares onde ainda é entendido que o Espírito Santo tem uma missão e ministério, em conexão com a pregação do Evangelho, a ideia geral prevalece mesmo onde o Evangelho de Cristo é fielmente pregado, o Espírito Santo convence os homens do pecado e lhes revela a sua necessidade de um Salvador. Mas, além disso muito poucos estão dispostos a ir. A teoria que prevalece nesses lugares é que o pecador tem que cooperar com o Espírito, que ele mesmo deve ceder ao Espírito “se esforçando” ou ele não vai e não pode ser salvo. Mas esta teoria perniciosa insulta a Deus nega duas coisas: argumentar que o homem natural é capaz de cooperar com o Espírito é negar que ele está “morto em delitos e pecados” pois um homem morto é incapaz de fazer qualquer coisa. E, por dizer que as operações do Espírito no coração e na consciência de um homem podem ser resistidas, opostas, é negar Sua onipotência!” “O trabalho externo do Espírito, seu testemunho através das Escrituras, uma vez que recai sobre o ouvido externo do homem natural, é sempre “resistido” e rejeitado, o que só dá demonstração solene do terrível fato de que “a inclinação da carne é inimizade contra Deus” (Romanos 8:7). Mas o que vamos hoje salientar é que a Escritura revela outra obra do Espírito Santo, uma obra que é interna, imperceptível e invisível. Este trabalho é sempre eficaz. É a obra do Espírito na salvação, começado no coração com o novo nascimento, continuado ou mantido ao longo de todo o curso da vida do cristão na terra, e concluído e consumado no céu. Isto é o que é referido em Filipenses 1:6: “aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará”. Isto é o que está em vista em Salmos 138:8: “O Senhor aperfeiçoará o que me toca”. Este trabalho é feito pelo Espírito em cada um dos “eleitos de Deus”, e neles apenas.”
  • 4. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 3 “Um dos enganos do dia é que uma crença evangélica em Cristo repousa sobre o poder do homem não regenerado, de modo que pela realização do que é ingenuamente chamado de “um simples ato de fé”, ele se torna um homem renovado. Em outras palavras, supõe-se que o homem é o iniciante da sua própria salvação. Ele dá o primeiro passo, e Deus faz o resto; ele “acredita” e, em seguida, Deus vem e o salva. Isto não é senão uma negação evidente e obscura da obra do Espírito. Se há um momento mais do que qualquer outro em que o pecador se encontra na necessidade do poder do Espírito é no princípio. “Aquele que nega a necessidade do Espírito, no início, não pode acreditar em Sua obra nas fases seguintes. Não, não pode acreditar na neces- sidade da obra do Espírito de forma alguma. A maior e mais insuperável dificuldade se encontra no começo. Se o pecador pode superar essa parte sem o Espírito, ele pode facilmente superar o restante. Se ele não precisa do Espírito para capacitá-lo a crer, ele não vai precisar dele para capacitá-lo a amar” (Horatius Bonar).” “Erram muito os que pensam que depois que o Espírito fez Seu trabalho na consciência continua a ser o homem quem deve dizer se ele quer ser regenerado ou não, se ele irá crer ou não. O Espírito de Deus não espera o pecador exercer sua vontade para crer; Ele trabalha nos “eleitos” “tanto o querer como o efetuar”. (Filipenses 2:13) Portanto, Jeová declara: “Eu fui achado pelos que não Me buscavam” (Isaías 65:1, citado por Paulo em Romanos 10:20). Pois “crer” em Cristo de forma salvífica é um ato sobrenatural, o efeito da graça sobrenatural. Não há mais poder no homem caído para crer para a salvação de sua alma do que mérito de sua autoria que lhe dá direito ao favor de Deus; assim, ele é tão dependente do Espírito por poder como em Cristo por merecimento. A obra do Espírito é aplicar a redenção que o Senhor Jesus comprou para o seu povo, e os filhos de Deus devem sua salvação à Um tanto quanto ao Outro.” “Em Tito 3:5, a salvação dos remidos é expressamente atribuída a Deus, o Espírito: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”. “Se for perguntado em que sentido os homens podem ser chamados de “salvos” pela renovação do Espírito, a resposta é óbvia: Há uma série de verdades a que nenhuma delas pode ser perdida. Somos salvos pelo propósito divino, pois Deus nos elegeu para a salvação: somos salvos pela expiação como o fundamento meritório do todo, somos salvos pela fé, como o vínculo de união a Cristo, somos salvos pela graça, em contraste com as obras feitas, somos salvos pela verdade enquanto carregamos o testemunho de Deus, e, como aqui é dito: somos salvos pela renovação do Espírito Santo, como a produção de fé no coração”. (Prof. Smeaton)” “„E vos vivificou estando vós mortos em delitos e pecados‟ (Efésios 2:1). A vivificação dos que estão mortos em delitos é a obra da terceira Pessoa da Trindade: “O que é nascido do Espírito é espírito”. (João 3:6) O homem natural está morto espiritualmente. Ele está vivo para o pecado e para o mundo, mas morto para Deus: “separados da vida de Deus” (Efésios 4:18). Se esta verdade solene for realmente crida, haveria um fim à controvérsia sobre o nosso tema presente. Um homem morto não pode “cooperar” com o Espírito, nem pode “aceitar a Cristo”. Em 2 Coríntios 3:5, lemos: “Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos”. Isto é dito aos cristãos. Se o regenerado não tem capacidade de “pensar” espiritual-
  • 5. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 4 mente, muito menos capazes ainda são os não-regenerados.” “„Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente‟ (1 Coríntios 2:14) O que poderia ser mais claro? O “homem natural” está caído em seu estado não-regenerado. A menos que ele nasça de cima, ele é completamente desprovido de discernimento espiritual. Nosso Senhor expressamente declarou: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3:3). O “homem natural” não pode ver a si mesmo, a sua ruína, sua depravação, a imundícia da sua própria justiça. Não importa o quão claramente a Verdade de Deus lhe seja apresentada, sendo cego, ele não pode discernir tanto o seu significado espiritual ou a sua própria necessidade. A compreensão espiritual do Evangelho é verdadeiramente devido à operação do Espírito Santo, assim como Ele é o Autor da Revelação Divina. A vida espiritual deve preceder a visão espiritual, e o próprio Espírito deve entrar no coração antes que haja a “vida”: “porei em vós o meu Espírito, e vivereis” (Ezequiel 37:14).” “A obra do Espírito na regeneração é um milagre Divino, que é primeiramente o resultado da Sua introdução de poder sobrenatural. É a vivificação de um cadáver espiritual; é o trazer de uma alma morta à vida. O próprio pecador não mais pode realizá-lo por um ato de sua própria vontade do que ele pode criar um universo. Este milagre da graça é descrito nas Escrituras como: “a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus” (Efésios 1:19-20).” “Nosso título para a glória reside unicamente na justiça de Cristo; nossa aptidão pessoal para ela reside na nossa regeneração pelo Espírito Santo.” “Um servo de Deus profundamente instruído certa vez escreveu a um jovem pregador, “Nunca apresente a fé como sendo um ato tão “simples” que o trabalho do Espírito não se faz necessário para produzi-la”. No entanto, este é o que tem sido comumente feito. Uma grande parte dos evangelistas dos últimos séculos têm mostrado um zelo que não estava de acordo com o conhecimento (Romanos 10:2), e manifestaram uma preocupação muito maior para ver almas salvas do que para pregar a verdade de Deus em sua pureza. Em seus esforços para mostrar a simplicidade do “caminho da salvação”, eles perderam de vista as dificuldades de salvação (Lucas 18:24, 1 Pedro 4:18). Em sua urgente responsabilidade de fazer o homem crer, eles ignoraram o fato de que ninguém pode acreditar até que o Espírito conceda a fé.” “[...] a obra do Espírito no coração é tão real e urgentemente necessária, como foi o trabalho de Cristo na Cruz.” “Não há meio-termo entre a vida e a morte; nenhum estágio intermediário entre a conversão e não-conversão. A outorga da vida eterna é instantânea; somos “criados em Cristo Jesus” (Efésios 2:10) É um erro gravíssimo supor que depois que o Espírito de Deus tem feito a Sua obra no pecador, ainda permanece para ele dizer, a incumbência de deve ser regenerado ou não, se ele
  • 6. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 5 deve crer ou não. Todos os que são recipientes de Suas operações sobrenaturais são regenera- dos, efetivamente convertidos e realmente acreditam. Não é que o Espírito dá a capacidade de acreditar e aguarda o indivíduo exercer a sua vontade de acreditar: não, Ele opera nos eleitos “tanto o querer como o efetuar” (Filipenses 2:13). Eu posso dizer a um homem que na sala ao lado, existe uma luz acesa, e ele pode não acreditar em mim, mas deixe-me levá-la para a sala onde ele está, e tão logo ele veja a luz por si mesmo, e ele é irresistivelmente persuadido. Assim, um servo de Deus pode dizer a um homem que Cristo é suficiente para o principal dos pecadores, e ele não acreditar; mas quando Cristo é “revelado nele” (Gálatas 1:16), ele não pode deixar de confiar nEle. Veja 2 Coríntios 4:6.” “Como o homem perversamente inverte a ordem da verdade de Deus. Eles pedem a pecadores mortos para vir a Cristo, supondo que eles têm o poder ou vontade de fazê-lo. Considerando que Cristo clara e enfaticamente afirmou que “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer” (João 6:44) “Vir a Cristo” é o afeto do coração sendo atraído para Ele, e como pode uma pessoa amar o que ela não conhece? Veja João 4:10. Ah, é o Espírito que deve levar Cristo para mim, revelá-lO em mim antes que eu possa realmente conhecê-lO. “Vir a Cristo” é um ato interior e espiritual, não um ato externo e natural. Verdadeiramente, “o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Coríntios 2:14) Não podemos “olhar para Cristo” até que tenhamos nascido de novo (João 3:3).” “A Graça salvadora é algo mais do que um fato objetivo que nos é apresentado; é uma operação subjetiva forjado dentro de nós. Como não é pelo meu discernimento natural que eu descubro a minha necessidade de Cristo, também não é por minha força natural e vontade que eu “vou” a Ele. Deve haver vida e luz (visão) antes que possa haver movimento. Um bebê tem que nascer, e possuir visão e força, também, antes que seja capaz de “vir” a seu pai. Crer em Cristo é um ato sobrenatural, o produto de um poder sobrenatural.” “[...] „temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos‟ (2 Coríntios 4:13) Aqui, o Espírito de Deus fala de acordo com a obra que ele opera. “O título 'Espírito de fé‟ dá a entender que o Espírito Santo é o autor de fé; para todos os homens não têm fé; isto é, não é dado a todos e não pertence a todos (2 Tessalo- nicenses 3:2). A designação significa que a causa a aquisição de fé é o Espírito Santo que produz esse efeito por uma chamada invisível, um convite que acompanha, de acordo com o beneplácito de Sua vontade, a proclamação externa do Evangelho. A fé, portanto, da qual Ele é o autor, não é afetada pela própria força do ouvinte, ou pela própria vontade efetiva do ouvinte... A operação especial do Espírito inclina o pecador, anteriormente avesso, para receber os convites do Evangelho; pois é somente Ele, atuando como o Espírito de fé, que remove a inimizade da mente carnal contra as doutrinas da cruz, pois sem tais doutrinas pareceriam desnecessárias, tolas ou ofensivas” (Prof. Smeaton).” “Escrevendo aos santos de Filipos, o apóstolo declarou: “A vós é dado... crer nele” (1:29) A fé é “dom” de Deus como Efésios 2:8-9 afirma positivamente. Não é um dom oferecido para a
  • 7. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 6 aceitação do homem, mas, na verdade, conferido aos filhos de Deus, soprados neles. Ele a com- cedeu a cada um dos “eleitos de Deus” no seu tempo determinado pelo Espírito Santo. Não é produzida pela vontade da criatura, mas é “fé no poder de Deus” (Colossenses 2:12) É uma “obra” do Espírito Santo, pela sua atuação sobrenatural. O Espírito Santo é dado por Cristo para este fim, a saber, para que cada um daqueles por quem Ele morreu ser levado ao conhecimento da salvação da verdade, portanto, é-nos dito: “por Ele (não por nossa vontade) credes em Deus” (1 Pedro 1:21). Em 1 Coríntios 3:5 nos é dito que: “crestes... conforme o que o Senhor deu a cada um”; assim em Efésios 6:23 é declarado: “Paz seja com os irmãos, e amor com fé da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo”. O próprio grau e força da nossa fé é determinado unicamente por Deus: “pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Romanos 12:3). Se pela graça fez de você verdadeiramente um “crente”, que o leitor dê a Deus, o Espírito, a honra, a glória e o louvor por isso.” “„Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade‟ (2 Tessalonicenses 2:13). A missão do Espírito na terra é aplicar aos eleitos de Deus o resgate proposto por Deus Pai e comprado por Deus, o Filho, para eles. O Espírito Santo está aqui para fazer o bem às almas dos herdeiros da glória pelos frutos das dores de parto da alma de Cristo. Isso ele faz por meio do Evangelho pelos escritos e pelo ministério oral da Escritura, pois a Pala- vra de Deus é o único instrumento que Ele emprega ou utiliza. A Palavra de Deus é “a palavra da vida” (Filipenses 2:16), mas ela só se torna vida na experiência da alma individual pela operação imediata e aplicação do Espírito de Deus. Como Paulo escreveu aos santos de Tessalônica: “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade” (2 Tessaloni- censes 2:13). Isto não é para negar a eficácia do própria Palavra, mas é para insistir que a agência direta do Espírito sobre o coração é absolutamente necessária para a recepção da Palavra. A Palavra é lâmpada para o nosso caminho, mas deve haver uma abertura dos olhos do nosso entendimento pelo Espírito antes de podermos ver a Sua luz.” “A salvação dos eleitos de Deus foi proposta, planejada e provida por Deus Pai, antes da fundação do mundo. Foi adquirida e garantida pela encarnação, obediência, morte e ressurreição do Filho de Deus. É revelada, aplicada neles por Deus, o Espírito. Assim, “do Senhor vem a salvação” (Jonas 2:9), e o homem não tem parte ou põe a mão nela em qualquer ponto. O filho de Deus não é o conquistador, mas o recipiente dela. A fé não é uma condição que o pecador eleito deve atingir a fim de obter a salvação, mas é o meio e canal através do qual ele pessoalmente goza a salvação do Trino Jeová.”
  • 8. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 7 A obra do Espírito Santo na salvação Arthur Walkington Pink Em Atos 19 aprendemos que quando o apóstolo Paulo chegou a Éfeso, ele perguntou a alguns discípulos de João Batista “Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes?” (v. 2) E nos é dito: “Eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo”. É triste dizer: a história se repetiu. Sem dúvida, se fosse perguntado aos membros de cen- tenas das chamadas “igrejas” (nas quais o modernismo e o mundanismo imperam) a mes- ma pergunta, eles seriam obrigados a retornar uma resposta idêntica. A razão pela qual aqueles discípulos em Éfeso não conheciam o Espírito Santo foi, muito provavelmente, porque eles haviam sido batizados na Judéia pelo precursor de Cristo e, em seguida, voltaram para Éfeso, onde eles permaneceram na ignorância do que havia acontecido no dia de Pentecostes. Mas a razão pela qual os membros da “igreja” comum não sabem na- da sobre a terceira Pessoa da Trindade é porque os pregadores deles não falam sobre Ele. Também não é muito melhor com muitas das igrejas ainda contadas como ortodoxas. Em- bora a Pessoa do Espírito possa não ser repudiada e embora Seu nome possa, ocasio- nalmente, ser mencionado, contudo, com apenas raras exceções há qualquer ensino bíblico definitivo dado sobre os ofícios e operações do Consolador Divino. Quanto à sua obra na salvação, isso é muito pouco compreendido até mesmo por cristãos professos. Na maioria dos lugares onde o Senhor Jesus ainda é formalmente reconhecido como o único Salvador para os pecadores, o ensino atual é que Cristo tornou possível que os homens sejam salvos, mas que eles próprios devem decidir se eles serão salvos. A ideia agora tão amplamente predominante é que Cristo é oferecido para aceitação do homem, e que ele deve “aceitar a Cristo como seu Salvador pessoal”, “dar o seu coração para Jesus”, “ tomar a sua posição por Cristo”, etc. se você quiser que o sangue da Cruz sirva para remir seus pecados. Assim, de acordo com essa concepção, a obra consumada de Cristo, a maior obra de todos os tempos e em todo o universo é deixada na dependência da vontade inconstante do homem para saber se será um sucesso ou um fracasso! Entrando agora num círculo mais estreito da Cristandade, em lugares onde ainda é entendido que o Espírito Santo tem uma missão e ministério, em conexão com a pregação do Evangelho, a ideia geral prevalece mesmo onde o Evangelho de Cristo é fielmente pregado, o Espírito Santo convence os homens do pecado e lhes revela a sua necessidade de um Salvador. Mas, além disso, muito poucos estão dispostos a ir. A teoria que prevalece nesses lugares é que o pecador tem que cooperar com o Espírito, que ele mesmo deve ceder ao Espírito “se esforçando” ou ele não vai e não pode ser salvo. Mas
  • 9. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 8 esta teoria perniciosa que insulta a Deus nega duas coisas: argumentar que o homem natural é capaz de cooperar com o Espírito é negar que ele está “morto em delitos e pecados”, pois um homem morto é incapaz de fazer qualquer coisa. E, por dizer que as operações do Espírito no coração e na consciência de um homem podem ser resistidas, opostas, é negar Sua onipotência! Antes prosseguindo adiante, e a fim de abrir o caminho para o que se segue, algumas palavras precisam ser ditas sobre “O meu Espírito não contenderá para sempre com o homem” (Gênesis 6:3) e “vós sempre resistis ao Santo Espírito” (Atos 7:51). Agora, essas passagens se referem ao trabalho externo do Espírito, isto é, o seu testemunho através da Palavra pregada. 1 Pedro 3:18-20 mostra que foi o Espírito de Cristo em Noé, que “se esforçou” com os antediluvianos enquanto o patriarca pregava a eles (2 Pedro 2:5). Assim, Atos 7 explica as palavras v. 51: “A qual dos profetas não perseguiram vossos pais”. Como disse Neemias: “Porém estendeste a tua benignidade sobre eles por muitos anos, e testificaste contra eles pelo teu Espírito, pelo ministério dos teus profetas” (Neemias 9:30). O trabalho externo do Espírito, seu testemunho através das Escrituras, uma vez que recai sobre o ouvido externo do homem natural, é sempre “resistido” e rejeitado, o que só dá demonstração solene do terrível fato de que “a inclinação da carne é inimizade contra Deus” (Romanos 8:7). Mas o que vamos hoje salientar é que a Escritura revela outra obra do Espírito Santo, uma obra que é interna, imperceptível e invisível. Este trabalho é sempre eficaz. É a obra do Espírito na salvação, começado no coração com o novo nascimento, continuado ou mantido ao longo de todo o curso da vida do cristão na terra, e concluído e consumado no céu. Isto é o que é referido em Filipenses 1:6: “aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará.” Isto é o que está em vista em Salmos 138:8: “O Senhor aperfeiçoará o que me toca”. Este trabalho é feito pelo Espírito em cada um dos “eleitos de Deus”, e neles apenas. Tem sido dito que “a parte e o oficio do Espírito Santo na salvação dos eleitos de Deus consiste em renová-los. Ele vivifica os herdeiros da glória com a vida espiritual, ilumina a mente para conhecer a Cristo, O revela a eles, forma a Cristo em seus corações e os leva a construir todas as suas esperanças de glória eterna somente nEle. Ele derrama o amor do Pai em seus corações, e dá-lhes um sentido real do mesmo na qual a experiência de Sua obra graciosa e eficaz em suas almas, eles são levados a dizer como o salmista: „Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes, e fazes chegar a ti, para que habite em teus átrios‟ (Salmos 65:4)”.
  • 10. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 9 Um dos enganos do dia é que uma crença evangélica em Cristo repousa sobre o poder do homem não regenerado, de modo que pela realização do que é ingenuamente chama- do de “um simples ato de fé”, ele se torna um homem renovado. Em outras palavras, supõe-se que o homem é o iniciante da sua própria salvação. Ele dá o primeiro passo, e Deus faz o resto; ele “acredita” e, em seguida, Deus vem e o salva. Isto não é senão uma negação evidente e obscura da obra do Espírito. Se há um momento mais do que qual- quer outro em que o pecador se encontra na necessidade do poder do Espírito é no prin- cípio. “Aquele que nega a necessidade do Espírito, no início, não pode acreditar em Sua obra nas fases seguintes. Não, não pode acreditar na necessidade da obra do Espírito de forma alguma. A maior e mais insuperável dificuldade se encontra no começo. Se o pecador pode superar essa parte sem o Espírito, ele pode facilmente superar o restante. Se ele não precisa do Espírito para capacitá-lo a crer, ele não vai precisar dele para capacitá-lo a amar” (Horatius Bonar). Erram muito os que pensam que depois que o Espírito fez Seu trabalho na consciência continua a ser o homem quem deve dizer se ele quer ser regenerado ou não, se ele irá crer ou não. O Espírito de Deus não espera o pecador exercer sua vontade para crer; Ele trabalha nos “eleitos” “tanto o querer como o efetuar”. (Filipenses 2:13) Portanto, Jeová declara: “Eu fui achado pelos que não Me buscavam” (Isaías 65:1, citado por Paulo em Romanos 10:20). Pois “crer” em Cristo de forma salvífica é um ato sobrenatural, o efeito da graça sobrenatural. Não há mais poder no homem caído para crer para a salvação de sua alma do que mérito de sua autoria que lhe dá direito ao favor de Deus; assim, ele é tão dependente do Espírito por poder como em Cristo por merecimento. A obra do Espírito é aplicar a redenção que o Senhor Jesus comprou para o Seu povo, e os filhos de Deus devem sua salvação a Um tanto quanto ao Outro. Em Tito 3:5, a salvação dos remidos é expressamente atribuída a Deus, o Espírito: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos sal- vou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”. “Se for perguntado em que sentido os homens podem ser chamados de “salvos” pela renovação do Espírito, a resposta é óbvia: Há uma série de verdades a que nenhuma delas pode ser perdida. Somos salvos pelo propósito divino, pois Deus nos elegeu para a salvação, somos salvos pela expiação como o fundamento meritório do todo, somos salvos pela fé, como o vínculo de união a Cristo, somos salvos pela graça, em contraste com as obras feitas, somos salvos pela verdade enquanto carregamos o testemunho de Deus, e, como aqui é dito: somos salvos pela renovação do Espírito Santo, como a produção de fé no coração”. (Prof. Smeaton)
  • 11. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 10 A REGENERAÇÃO É PELO ESPÍRITO “E vos vivificou estando vós mortos em delitos e pecados” (Efésios 2:1). A vivificação dos que estão mortos em delitos é a obra da terceira Pessoa da Trindade: “O que é nascido do Espírito é espírito”. (João 3:6) O homem natural está morto espiritualmente. Ele está vivo para o pecado e para o mundo, mas morto para Deus: “separados da vida de Deus” (Efésios 4:18). Se esta verdade solene for realmente crida, haveria um fim à controvérsia sobre o nosso tema presente. Um homem morto não pode “cooperar” com o Espírito, nem pode “aceitar a Cristo”. Em 2 Coríntios 3:5, lemos: “Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos”. Isto é dito aos cristãos. Se o regenerado não tem capacidade de “pensar” espiritualmente, muito menos capazes ainda são os não- regenerados. “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe pare- cem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Corín- tios 2:14) O que poderia ser mais claro? O “homem natural” está caído em seu estado não-regenerado. A menos que ele nasça de cima, ele é completamente desprovido de discernimento espiritual. Nosso Senhor expressamente declarou: “Na verdade, na verda- de te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3:3). O “homem natural” não pode ver a si mesmo, a sua ruína, sua depravação, a imundícia da sua própria justiça. Não importa o quão claramente a Verdade de Deus lhe seja apresentada, sendo cego, ele não pode discernir tanto o seu significado espiritual ou a sua própria necessidade. A compreensão espiritual do Evangelho é verdadeiramente de- vido à operação do Espírito Santo, assim como Ele é o Autor da Revelação Divina. A vida espiritual deve preceder a visão espiritual, e o próprio Espírito deve entrar no coração antes que haja a “vida”: “porei em vós o meu Espírito, e vivereis” (Ezequiel 37:14). A obra do Espírito na regeneração é um milagre Divino, que é primeiramente o resultado da Sua introdução de poder sobrenatural. É a vivificação de um cadáver espiritual; é o trazer de uma alma morta à vida. O próprio pecador não mais pode realizá-lo por um ato de sua própria vontade do que ele pode criar um universo. Este milagre da graça é descrito nas Escrituras como: “a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que manifestou em Cristo, ressus- citando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus” (Efésios 1:19-20). “O mesmo poder que foi empregado para levantar Cristo dentre os mortos é exercido na regeneração... A ressurreição de Cristo é o modelo exemplar de nossa ressurreição espiritual, segundo a qual, conforme o Espírito Santo operou nEle, para que Ele operasse em nós uma obra conforme à Sua ressurreição. Assim como a ressurreição de Cristo foi a grande declaração de ser Ele o Filho de Deus, também a regeneração é a declaração de
  • 12. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 11 sermos filhos de Deus, sendo a prova da nossa adoção, e também a primeira descoberta de nossa eleição. Como a ressurreição de Cristo é o primeiro passo para o Seu reino éter- no e glória, do mesmo modo a regeneração é a primeira introdução aberta para a todas as bênçãos do estado de graça na qual o filho de Deus é agora introduzido”. (S. E. Pierce) A APTIDÃO PARA O CÉU É POR MEIO ESPÍRITO Nosso título para a glória reside unicamente na justiça de Cristo; nossa aptidão pessoal para ela reside na nossa regeneração pelo Espírito Santo. Toda a nossa iminência para o estado celeste foi operada em nós na regeneração. Escrevendo aos regenerados de Colossenses o apóstolo disse: “Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz”. E então ele mostra em que esta “idoneidade” consiste: “O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” [Colossenses 1:12-13]. Este título não vem deles; sua “idoneidade” os antecede. O Espírito Santo criou neles uma natureza que é capacitada para conhecer e desfrutar de Deus Triuno. Em nosso estado não-regenerado estávamos completamente sob o poder das trevas, isto é, do pecado e de Satanás, e eram menos que capazes de nos livrar do cativeiro do que Jonas foi capaz de escapar da barriga da baleia. Nós nos “assentávamos na escuridão” e “na região e sombra da morte” (Mateus 4:16). Estávamos “cativos”, “sujeitos” e na “prisão”. (Isaías 61:1) Nós éramos aqueles “não tinham esperança, e estavam sem Deus no mundo” (Efésios 2:12). A partir desse estado terrível cada alma renovada foi “liberta” pelo poder gracioso, soberano e invencível do Espírito Santo, e tem sido “transportado para o reino do Filho amado de Deus”. Então deixe cada leitor igualmente honrar, adorar e louvar a Ele como ao Pai e ao Filho. A JUSTIFICAÇÃO E SANTIFICAÇÃO SÃO PELO ESPÍRITO “E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus” (1 Coríntios 6:11). Esta é uma Escritura notável e pouco ponderada. Nos levaria muito longe de nosso tema que estávamos tentando expor completamente. Duas coisas aqui nós claramente destacamos: as três bênçãos de salvação enumeradas neste versículo são referidas: em primeiro lugar, pelo “nome” ou méritos de Cristo como Sua própria causa alcançada; e depois pelo Espírito Santo, que faz dos eleitos participantes dele por Sua
  • 13. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 12 própria aplicação eficaz. Ele é quem ilumina a mente e abre o coração para receber e ter certeza de que eles são “lavados, santificados e justificados” A FÉ É PELO ESPÍRITO Um servo de Deus profundamente instruído certa vez escreveu a um jovem pregador, “Nunca apresente a fé como sendo um ato tão “simples” que o trabalho do Espírito não se faz necessário para produzi-la”. No entanto, este é o que tem sido comumente feito. Uma grande parte dos evangelistas dos últimos séculos tem mostrado um zelo que não estava de acordo com o conhecimento (Romanos 10:2), e manifestaram uma preocupação muito maior para ver almas salvas do que para pregar a verdade de Deus em sua pureza. Em seus esforços para mostrar a simplicidade do “caminho da salvação”, eles perderam de vista as dificuldades de salvação (Lucas 18:24, 1 Pedro 4:18). Em sua urgente responsa- bilidade de fazer o homem crer, eles ignoraram o fato de que ninguém pode acreditar até que o Espírito conceda a fé. Pois apresentar Cristo ao pecador e, em seguida, larga-lo de volta a sua própria vontade, é zombar dele em seu desamparo; a obra do Espírito no coração é tão real e urgentemente necessária, como foi o trabalho de Cristo na Cruz. Pois o fato do coração ser realmente levado a acreditar e confiar em Deus é um ato espiritual, um “bom fruto”, e se o homem caído possui poder inerente de fazer o bem, segue-se que apresentar a Expiação para ele é completamente desnecessário. Não há meio-termo entre a vida e a morte; nenhum estágio intermediário entre a conver- são e não- conversão. A outorga da vida eterna é instantânea; somos “criados em Cristo Jesus” (Efésios 2:10) É um erro gravíssimo supor que depois que o Espírito de Deus tem feito a Sua obra no pecador, ainda permanece para ele dizer, a incumbência de ser regenerado ou não, se ele deve crer ou não. Todos os que são recipientes de Suas operações sobrenaturais são regenerados, efetivamente convertidos e realmente acredi- tam. Não é que o Espírito dá a capacidade de acreditar e aguarda o indivíduo exercer a sua vontade de acreditar: não, Ele opera nos eleitos “tanto o querer como o efetuar” (Filipenses 2:13). Eu posso dizer a um homem que na sala ao lado, existe uma luz acesa, e ele pode não acreditar em mim, mas deixe-me levá-la para a sala onde ele está, e tão logo ele veja a luz por si mesmo, e ele é irresistivelmente persuadido. Assim, um servo de Deus pode dizer a um homem que Cristo é suficiente para o principal dos pecadores, e ele não acreditar; mas quando Cristo é “revelado nele” (Gálatas 1:16), ele não pode deixar de confiar nEle. Veja 2 Coríntios 4:6. Como o homem perversamente inverte a ordem da verdade de Deus. Eles pedem a pecadores mortos para vir a Cristo, supondo que eles têm o poder ou vontade de fazê-lo.
  • 14. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 13 Considerando que Cristo clara e enfaticamente afirmou que “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer” (João 6:44) “Vir a Cristo” é o afeto do coração sendo atraído para Ele, e como pode uma pessoa amar o que ela não conhece? Veja João 4:10. Ah, é o Espírito que deve levar Cristo para mim, revelá-lO em mim antes que eu possa realmente conhecê-lO. “Vir a Cristo” é um ato interior e espiritual, não um ato externo e natural. Verdadeiramente, “o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Coríntios 2:14) Não podemos “olhar para Cristo” até que tenhamos nascido de novo. (João 3:3) A Graça salvadora é algo mais do que um fato objetivo que nos é apresentado; é uma operação subjetiva forjada dentro de nós. Como não é pelo meu discernimento natural que eu descubro a minha necessidade de Cristo, também não é por minha força natural e vontade que eu “vou” a Ele. Deve haver vida e luz (visão) antes que possa haver movi- mento. Um bebê tem que nascer, e possuir visão e força, também, antes que seja capaz de “vir” a seu pai. Crer em Cristo é um ato sobrenatural, o produto de um poder sobrena- tural. Pode-se, por meio de frases gramaticais e proposições das Escrituras ensinar a ver- dade espiritual para outro, mas isso não pode iluminar a mente dele a esse respeito. Ele pode dizer a um homem que Deus é santo, mas ele não pode dar a ele uma consciência de que Deus é santo. Ele pode dizer a ele que o pecado é infinitamente hediondo, mas ele não pode gerar nele um sentimento ou fazê-lo compreender de coração que é assim. Para aqueles que estavam bem familiarizados com eles exteriormente, Cristo disse: “Não me conheceis a mim, nem a meu Pai” (João 8:19) Um homem pode “conhecer” o caminho da justiça “ (2 Pedro 2:21), teoricamente, intelectualmente, mas é uma questão muito diferente (embora muito poucos sejam interiormente cientes disso) a partir de um conhecimento experimental e espiritual dEle: “temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos” (2 Coríntios 4:13) Aqui, o Espírito de Deus fala de acordo com a obra que ele opera. “O título 'Espírito de fé‟ dá a entender que o Espírito Santo é o autor de fé; para todos os homens não têm fé; isto é, não é dado a todos e não pertence a todos (2 Tessalonicenses 3:2). A designação significa que a causa a aquisição de fé é o Espírito Santo que produz esse efeito por uma chamada invisível, um convite que acompanha, de acordo com o beneplácito de Sua vontade, a proclamação externa do Evangelho. A fé, portanto, da qual Ele é o autor, não é afetada pela própria força do ouvinte, ou pela própria vontade efetiva do ouvinte... A operação especial do Espírito inclina o pecador, anteriormente avesso, para receber os convites do Evangelho; pois é somente Ele, atuando como o Espírito de fé, que remove a inimizade da mente carnal contra as doutrinas da cruz, pois sem tais doutrinas pareceriam desnecessárias, tolas ou ofensivas” (Prof. Smeaton).
  • 15. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 14 Escrevendo aos santos de Filipos, o apóstolo declarou: “A vós é dado... crer nele” (1:29) A fé é “dom” de Deus como Efésios 2:8-9 afirma positivamente. Não é um dom oferecido para a aceitação do homem, mas, na verdade, conferido aos filhos de Deus, soprados neles. Ele a concedeu a cada um dos “eleitos de Deus” no seu tempo determinado pelo Espírito Santo. Não é produzida pela vontade da criatura, mas é “fé no poder de Deus” (Colossenses 2:12) É uma “obra” do Espírito Santo, pela sua atuação sobrenatural. O Espírito Santo é dado por Cristo para este fim, a saber, para que cada um daqueles por quem Ele morreu seja levado ao conhecimento da salvação da verdade, portanto, é-nos dito: “por Ele (não por nossa vontade) credes em Deus” (1 Pedro 1:21). Em 1 Coríntios 3:5 nos é dito que: “crestes... conforme o que o Senhor deu a cada um”; assim em Efésios 6:23 é declarado: “Paz seja com os irmãos, e amor com fé da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo”. O próprio grau e força da nossa fé é determinado unicamente por Deus: “pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Romanos 12:3). Se pela graça fez de você verdadeiramente um “crente”, que o leitor dê a Deus, o Espírito, a honra, a glória e o louvor por isso. A SALVAÇAO É TOTALMENTE APLICADA PELO ESPÍRITO “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade” (2 Tessalonicenses 2:13). A missão do Espírito na terra é aplicar aos eleitos de Deus o resgate proposto por Deus Pai e comprado por Deus, o Filho, para eles. O Espírito Santo está aqui para fazer o bem às almas dos herdeiros da glória pelos frutos das dores de parto da alma de Cristo. Isso Ele faz por meio do Evangelho, pelos escritos e pelo ministério oral da Escritura, pois a Palavra de Deus é o único instrumento que Ele emprega ou utiliza. A Palavra de Deus é “a palavra da vida” (Filipenses 2:16), mas ela só se torna vida na experiência da alma individual pela operação imediata e aplicação do Espírito de Deus. Como Paulo escreveu aos santos de Tessalônica: “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade” (2 Tessalonicenses 2:13). Isto não é para negar a eficácia da própria Palavra, mas é para insistir que a agência direta do Espírito sobre o coração é absolutamente necessária para a recepção da Palavra. A Palavra é lâmpada para o nosso caminho, mas deve haver uma abertura dos olhos do nosso entendimento pelo Espírito antes de podermos ver a Sua luz. A salvação dos eleitos de Deus foi proposta, planejada e provida por Deus Pai, antes da fundação do mundo. Foi adquirida e garantida pela encarnação, obediência, morte e res- surreição do Filho de Deus. É revelada, aplicada neles por Deus, o Espírito. Assim, “do
  • 16. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 15 Senhor vem a salvação” (Jonas 2:9), e o homem não tem parte ou põe a mão nela em qualquer ponto. O filho de Deus não é o conquistador, mas o recipiente dela. A fé não é uma condição que o pecador eleito deve atingir a fim de obter a salvação, mas é o meio e canal através do qual ele pessoalmente goza a salvação do Trino Jeová. Oh Glorioso Espírito Santo de Deus! Oramos para que apliques o que de Ti há neste sermão aos nossos corações e nos corações daqueles que lerem estas linhas, por Cristo para a glória de Cristo. Ore para que o Espírito Santo use estas palavras para trazer muitos ao Conhecimento Salvador de Jesus Cristo, pela Graça de Deus. Amém. Sola Scriptura! Sola Gratia! Sola Fide! Solus Christus! Soli Deo Gloria !
  • 17. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 16 Fonte: EternalLifeMinistries.org | Título Original: The Holy Spirit's Work in Salvation As citações bíblicas desta tradução são da versão ACF (Almeida Corrigida Fiel) Tradução Amanda Ramalho │ Revisão e Capa por William Teixeira *** Acesse nossa conta no Dropbox e baixe mais e-books semelhantes a este: https://www.dropbox.com/sh/ha9bavgb598aazi/ALSKeIjpBN Leia este e outros e-books online acessando nossa conta no ISSUU: http://issuu.com/oEstandarteDeCristo Participe do nosso grupo no Facebook: facebook.com/groups/EstanteEC Você tem permissão de livre uso deste e-book e o nosso incentivo a distribuí-lo, desde que não altere o seu conteúdo e/ou mensagem de maneira a comprometer a fidedignidade e propósito do texto original, também pedimos que cite o site OEstandarteDeCristo.com como fonte. Jamais faça uso comercial deste e-book. Se o leitor quiser usar este sermão ou um trecho dele em seu site, blog ou outro semelhante, eis um modelo que poderá ser usado como citação da referência: Título – Autor Corpo do texto Fonte: EternalLifeMinistries.org Tradução: OEstandarteDeCristo.com (Em caso de escolher um trecho a ser usado indique ao final que o referido trecho é parte deste sermão, e indique as referências (fonte e tradução) do sermão conforme o modelo acima). Este é somente um modelo sugerido, você pode usar o modelo que quiser contanto que cite as informações (título do texto, autor, fonte e tradução) de forma clara e fidedigna. Para solicitar este e-book em formato Word envie-nos um e-mail, solicitando-o: oestandartedecristo@outlook.com
  • 18. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 17 Uma Biografia de Arthur Walkington Pink Arthur Walkington Pink (1886 – 1952) e sua esposa Vera E. Russell (1893 – 1962) Arthur Walkington Pink (01 de abril de 1886 – 15 de julho de 1952) foi um evangelista e teólogo inglês, conhecido por sua firme adesão aos ensinamentos calvinistas e puritanos. Nasceu em Nottingham, Inglaterra. Seus pais eram cristãos piedosos e ele tinha um irmão e duas irmãs. Aos 16 anos A. W. Pink encerrou os seus estudos e entrou para o ramo de negócios. Rapidamente obteve sucesso no que havia determinado fazer, mas, para a tristeza dos seus pais, ele abriu mão do Evangelho. Foi nesta época que ele se tornou um discípulo da Teosofia e do Espiritismo. Em 1908 ele já era conhecido como um teosofista e um espírita praticante. Neste mesmo ano, com 22 anos, ao chegar em casa após uma reunião teosófica, seu pai dirigiu-se a ele e citou este versículo da Bíblia: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Provérbios 14:12) Pink foi para o seu quarto e ficou pensando nas palavras que seu pai lhe dissera. Em
  • 19. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 18 seguida resolveu orar e pedir uma orientação a Deus. Foi o suficiente para enxergar o seu erro. Esta experiência foi tão marcante que A.W. Pink encontrou o que tanto desejava: Jesus Cristo, Aquele que Lhe daria a Água Viva para saciar a sua sede, assim como prometera à mulher samaritana (Jo 4:14). Cristo tornara-se real para ele! O mais interessante é que, na 6ª feira daquela mesma semana, Pink faria uma palestra para os adeptos da Teosofia (que ainda não sabiam de sua conversão). No dia e hora marcados, Pink dirigiu-se ao salão de Convenções da Teosofia. Quando subiu para falar, pregou o Evangelho em demonstração de Poder. A reação da turba foi imediata: retiram-lhe à força e lançaram-no à rua. Um episódio que serviu para abrir os olhos dele para o caminho que o esperava! Assim, Arthur Pink não tinha mais dúvidas sobre o seu chamado. Mas em qual Igreja? Havia tanto liberalismo nos ministérios. Então, ele foi recebido na Igreja dos Irmãos, onde ensinavam a Bíblia com muito amor. Depois, recomendaram que ele fosse estudar no Instituto Dwight L. Moody, em Chigago, Estados Unidos. Então, em 1910, ele foi para Chicago estudar. Mas logo abandou o Instituto, por discordar do que ali era ensinado. Nos anos que se seguiram esteve pastoreando Igrejas no Colorado e na Califórnia. Em 1916, casou-se em Kentucky, com uma mulher chamada Vera E. Russell. Em 1917 pastoreou uma Igreja Batista na Carolina do Sul. Foi nesta época que ele começou a ter problemas com o seu ensino. Começou a ler os puritanos e descobriu verdades que o perturbaram. Principalmente sobre a grande doutrina bíblica da Soberania de Deus, porém à medida que ele começou a pregar sobre isto, descobriu que não eram coisas populares. Em 1920, ele saiu da Igreja Batista na Carolina do Sul e começou um ministério itinerante em todos os EUA, para anunciar à Igreja esta visão da Soberania de Deus. Suas pregações eram firmes e bíblicas, mas, não eram populares, seus ouvintes não gostavam do que ele pregava. Em 1922, começou uma revista chamada Studies in the Scriptures (Estudo nas Escrituras). Mas poucas pessoas se interessaram pela leitura da Revista. Ele publicou 1000 revistas e, muitas delas, não foram sequer vendidas. Ainda neste ano, fizeram-lhe um convite para visitar a Austrália. Ele viu neste convite uma grande oportunidade de pregar o Evangelho e terminou por estabelecer-se na cidade de Sidney, à convite das Igrejas Batistas locais. Porém não obteve sucesso em seu ministério como pregador. Depois de 8 anos vivendo na Austrália, em 1928, Pink retornou à Inglaterra. Onde aconteceu uma surpreendente obra da Providência divina durante 8 anos ele procurou um lugar para pregar a Palavra e ajudar as pessoas, mas não conseguiu encontrar. Ninguém
  • 20. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 19 estava interessado em ouvir suas pregações. A sua fé foi duramente provada durante este período e, apesar de toda a luta, ele continuava a editar a revista “Estudo nas Escrituras”, embora somente uns poucos a liam. Em 1936, ele entendeu que Deus, de alguma forma, havia fechado as portas da pregação para ele. Então ele entregou-se totalmente a escrever e expor as Escrituras Sagradas. Esta era a sua chamada. Quando começou a 2ª Guerra Mundial, A. W. Pink vivia no sul da Inglaterra, região que sofreu fortes ataques aéreos. Então, em 1940, ele e a sua esposa, Vera, mudaram-se para o norte da Escócia, em uma pequenina ilha chamada Luis. 12 anos depois, em 1952, A.W. Pink faleceu vítima de anemia. Ian Murray, seu biógrafo, relata que, além de sua esposa, apenas oito pessoas apareceram em seu enterro. Com certeza, A. W. Pink (como assinava em suas cartas e artigos) nunca imaginaria que, no final do século 20 e ao longo do século 21, dificilmente seria necessário explicar quem é Pink quando nos dirigindo às pessoas que consideram a Bíblia como Palavra de Deus e se empenham em compreendê-la, entre outras coisas, utilizando bons livros. Vivendo quase em completo anonimato, salvo por aqueles poucos que assinavam sua revista publicada mensalmente, o valor de Arthur Pink foi descoberto pelo mundo apenas após sua morte, quando seus artigos passaram a ser reunidos e publicados na forma de livros. Ian Murray afirma que, mediante a ampla circulação de seus escritos após a sua morte, ele se tornou um dos autores evangélicos mais influentes na segunda metade do século 20. Foi D. Martyn Lloyd-Jones quem disse: “Não desperdice o seu tempo lendo Barth e Brunner. Você não receberá nada deles que o ajude na pregação. Leia Pink!”. Richard Belcher tem escrito alguns livros sobre a vida e obra do nosso autor, disse o seguinte: “Nós não o idolatramos. Mas o reconhecemos como um homem de Deus ímpar, que pode nos ensinar por meio da sua caneta. Ele verdadeiramente „nasceu para escrever‟, e todas as circunstâncias de sua vida, mesmo as negativas que ele não entendeu, levaram-no ao cumprimento desse propósito ordenado por Deus”. John Thornbury, autor de vários livros, inclusive uma excelente biografia sobre David Brainerd, disse o seguinte: “Sua influência abrange o mundo todo e hoje um exército poderoso de pregadores de várias denominações está usando seus materiais e pregando à congregações, grandes e pequenas, as verdades que ele extraiu da Palavra de Deus.
  • 21. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 20 Eu o honro por sua coragem, discernimento, perspicuidade, equilíbrio, e acima de tudo por seu amor apaixonado pelo Deus trino”. As últimas palavras de Pink antes de morrer, ao lado de sua esposa, foram: “As Escrituras explicam a si mesmas”. Que declaração final apropriada para um homem que dedicou sua vida ao entendimento e explicação da Palavra de Deus! ______________ Esta biografia é baseada nas seguintes fontes: ♦ DIDINI, Ronaldo. Um gigante esquecido da fé cristã: Uma biografia resumida de A. W. Pink. Disponível em: <https://www.ministeriocaminhar.com.br/?ver=74>. Acesso em: 01 de dezembro de 2013. ♦ SABINO, Felipe A. N. Os dez Mandamentos. 1ª edição. Brasília: Editora Monergismo: 2009. Prefácio.
  • 22. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 21 Sabe traduzir do Inglês? Quer juntar-se a nós nesta Obra? Envie-nos um e-mail: oestandartedecristo@outlook.com Livros que Recomendamos: A Prática da Piedade, por Lewis Bayly – Editora PES Graça Abundante ao Principal dos Pecadores, por John Bunyan – Editora Fiel Um Guia Seguro Para o Céu, por Joseph Alleine – Editora PES O Peregrino, por John Bunyan – Editora Fiel O Livro dos Mártires, por John Foxe – Editora Mundo Cristão O Diário de David Brainerd, compilado por Jonathan Edwards – Editora Fiel Os Atributos de Deus, por A. W. Pink – Editora PES Por Quem Cristo Morreu? Por John Owen (baixe gratuitamente no site FirelandMissions.com) Quem Somos O Estandarte de Cristo é um projeto cujo objetivo é proclamar a Palavra de Deus e o Santo Evangelho de Cristo Jesus, para a glória do Deus da Escritura Sagrada, através de traduções inéditas de textos de autores bíblicos fiéis, para o português. A nossa proposta é publicar e divulgar traduções de escritos de autores como os Puritanos e também de autores posteriores àqueles como John Gill, Robert Murray McCheyne, Charles Haddon Spurgeon e Arthur Walkington Pink. Nossas traduções estão concentradas nos escritos dos Puritanos e destes últimos quatro autores. O Estandarte é formado por pecadores salvos unicamente pela Graça do Santo e Soberano, Único e Verdadeiro Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o testemunho das Escrituras. Buscamos estudar e viver as Escrituras Sagradas em todas as áreas de suas vidas, holisticamente; para que assim, e só assim, possamos glorificar nosso Deus e nos deleitar- mos nEle desde agora e para sempre. Viste as páginas que administramos no Facebook Facebook.com/oEstandarteDeCristo Facebook.com/ESJesusCristo Facebook.com/EvangelhoDaSalvacao Facebook.com/NaoConformistasPuritanos Facebook.com/ArthurWalkingtonPink Facebook.com/CharlesHaddonSpurgeon.org Facebook.com/JonathanEdwards.org Facebook.com/JohnGill.org Facebook.com/PaulDavidWasher Facebook.com/RobertMurrayMCheyne Facebook.com/ThomasWatson.org Livros que Recomendamos: A Prática da Piedade, por Lewis Bayly – Editora PES Graça Abundante ao Principal dos Pecadores, por John Bunyan – Editora Fiel Um Guia Seguro Para o Céu, por Joseph Alleine – Editora PES O Peregrino, por John Bunyan – Editora Fiel O Livro dos Mártires, por John Foxe – Editora Mundo Cristão O Diário de David Brainerd, compilado por Jonathan Edwards – Editora Fiel Os Atributos de Deus, por A. W. Pink – Editora PES Por Quem Cristo Morreu? Por John Owen (baixe gratuitamente no site FirelandMissions.com) Sabe traduzir do Inglês? Quer juntar-se a nós nesta Obra? Envie-nos um e-mail: oestandartedecristo@outlook.com Indicações de E-books de publicações próprias. Baixe estes e outros gratuitamente no site. 10 Sermões – Robert Murray M’Cheyne Agonia de Cristo – Jonathan Edwards Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a Doutrina da Eleição Cristo É Tudo Em Todos – Jeremiah Burroughs Cristo, Totalmente Desejável – John Flavel Doutrina da Eleição, A – Arthur Walkington Pink Eleição & Vocação – Robert Murray M’Cheyne Excelência de Cristo, A – Jonathan Edwards Gloriosa Predestinação, A – C. H. Spurgeon Imcomparável Excelência e Santidade de Deus, A – Jeremiah Burroughs In Memoriam, A Canção dos Suspiros – Susannah Spurgeon Jesus! - Charles Haddon Spurgeon Justificação, Propiciação e Declaração – C. H. Spurgeon Livre Graça, A – C. H. Spurgeon Paixão de Cristo, A – Thomas Adams Plenitude do Mediador, A – John Gill Porção do Ímpios, A – Jonathan Edwards Quem São Os Eleitos? – C. H. Spurgeon Reforma – C. H. Spurgeon Reformação Pessoal & na Oração Secreta – R. M. M'Cheyne Salvação Pertence Ao Senhor, A – C. H. Spurgeon Sangue, O – C. H. Spurgeon Semper Idem – Thomas Adams Sermões de Páscoa – Adams, Pink, Spurgeom, Gill, Owen e Charnock Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de Deus) – C. H. Spurgeon Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A – J. Edwards Tratado sobre a Oração, Um – John Bunyan Verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo, O – Paul D. Washer
  • 23. Facebook.com/ArthurWalkingtonPink OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo 22 Viste as páginas que administramos no Facebook Facebook.com/oEstandarteDeCristo Facebook.com/ESJesusCristo Facebook.com/EvangelhoDaSalvacao Facebook.com/NaoConformistasPuritanos Facebook.com/ArthurWalkingtonPink Facebook.com/CharlesHaddonSpurgeon.org Facebook.com/JonathanEdwards.org Facebook.com/JohnGill.org Facebook.com/PaulDavidWasher Facebook.com/RobertMurrayMCheyne Facebook.com/ThomasWatson.org Página Parceira: Facebook.com/AMensagemCristocentrica 2 Coríntios 4 1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; 2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 9 Persegui- dos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 10 Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; 11 E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal. 12 De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13 E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos. 14 Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15 Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus. 16 Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18 Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.