A Escola dos Anais passou por três gerações. A terceira geração surgiu em um contexto de descolonização e questionamento do eurocentrismo, levando os historiadores a estudarem outras culturas e a relativizarem a história do Ocidente. Isso resultou no surgimento da antropologia histórica e de uma nova abordagem sociocultural na historiografia francesa.
O documento discute novas abordagens sociológicas como a "sociologia das ausências" e "sociologia das emergências" para combater a exclusão e promover o multiculturalismo, direitos coletivos e justiça globalizante. Ele propõe uma "razão cosmopolita" que reconhece a diversidade de saberes através de uma "ecologia dos saberes" e um "trabalho de tradução" entre culturas.
O documento discute a Sociologia das Ausências e das Emergências. A Sociologia das Ausências visa revelar grupos e experiências sociais invisibilizadas, enquanto a Sociologia das Emergências busca valorizar novas experiências humanas e possibilidades ainda não realizadas para expandir nosso entendimento do presente e futuro. Juntas, elas propõem uma abordagem mais plural e cosmopolita nas ciências sociais.
A aula discute a história do direito e como ela vem evoluindo. Apresenta como a "Nova História" passou a privilegiar toda atividade humana e focar nas mudanças estruturais e experiências das pessoas comuns. Também define história do direito como parte da história geral que examina o direito como fenômeno sociocultural produzido através do tempo por fontes históricas. Seu objetivo é fazer compreender como o direito atual se formou e desenvolveu ao longo dos séculos por meio de uma contextualização crítica
1) O documento descreve o contexto histórico que levou ao surgimento da escola dos Annales, em especial os efeitos da Primeira Guerra Mundial e da Grande Depressão de 1929.
2) A Primeira Guerra Mundial causou um grande trauma e questionou a visão eurocêntrica da história, ao mesmo tempo em que a economia passou a ter um papel central na sociedade e na política.
3) Nesse cenário, Marc Bloch e Lucien Febvre fundaram a revista Annales em 1929 para propor uma "nova
O documento resume o livro "Sobre História" de Eric Hobsbawm, que reúne 22 ensaios escritos entre 1968 e 1997 sobre a natureza da história. O documento também discute a carreira de Hobsbawm como um dos mais importantes historiadores marxistas, e como seus ensaios fornecem reflexões sobre o papel do historiador e os desafios atuais do socialismo.
Neste capítulo apresentamos as atuais tendências da Antropologia mundial. A tarefa é difícil, pois a Antropologia é hoje muito diversificada, e os lugares de produção do pensamento antropológico se multiplicaram.
O documento descreve a evolução do pensamento sobre raça no século XIX, quando teorias raciais passaram a naturalizar as diferenças entre os grupos humanos. Inicialmente, no Iluminismo, enxergava-se a humanidade como uma única espécie passível de aperfeiçoamento; porém, no século XIX surgiram teorias que defendiam origens distintas para as raças ou sua degeneração em climas diferentes. A publicação de A Origem das Espécies de Darwin amenizou o debate, mas também foi usada para justificar o darwin
Aula iii annales - programa - marc bloc - nova versãoHelio Smoly
O documento discute a expressão "nouvelle histoire", definindo-a como a história sob influência das ciências sociais que surgiu no início do século XX e se consolidou com a revista Annales d'Histoire Economique et Sociale fundada em 1929 por Lucien Febvre e Marc Bloch. A nouvelle histoire rompeu com a tradição ao adotar novos métodos e questões influenciados pelas ciências sociais.
O documento discute novas abordagens sociológicas como a "sociologia das ausências" e "sociologia das emergências" para combater a exclusão e promover o multiculturalismo, direitos coletivos e justiça globalizante. Ele propõe uma "razão cosmopolita" que reconhece a diversidade de saberes através de uma "ecologia dos saberes" e um "trabalho de tradução" entre culturas.
O documento discute a Sociologia das Ausências e das Emergências. A Sociologia das Ausências visa revelar grupos e experiências sociais invisibilizadas, enquanto a Sociologia das Emergências busca valorizar novas experiências humanas e possibilidades ainda não realizadas para expandir nosso entendimento do presente e futuro. Juntas, elas propõem uma abordagem mais plural e cosmopolita nas ciências sociais.
A aula discute a história do direito e como ela vem evoluindo. Apresenta como a "Nova História" passou a privilegiar toda atividade humana e focar nas mudanças estruturais e experiências das pessoas comuns. Também define história do direito como parte da história geral que examina o direito como fenômeno sociocultural produzido através do tempo por fontes históricas. Seu objetivo é fazer compreender como o direito atual se formou e desenvolveu ao longo dos séculos por meio de uma contextualização crítica
1) O documento descreve o contexto histórico que levou ao surgimento da escola dos Annales, em especial os efeitos da Primeira Guerra Mundial e da Grande Depressão de 1929.
2) A Primeira Guerra Mundial causou um grande trauma e questionou a visão eurocêntrica da história, ao mesmo tempo em que a economia passou a ter um papel central na sociedade e na política.
3) Nesse cenário, Marc Bloch e Lucien Febvre fundaram a revista Annales em 1929 para propor uma "nova
O documento resume o livro "Sobre História" de Eric Hobsbawm, que reúne 22 ensaios escritos entre 1968 e 1997 sobre a natureza da história. O documento também discute a carreira de Hobsbawm como um dos mais importantes historiadores marxistas, e como seus ensaios fornecem reflexões sobre o papel do historiador e os desafios atuais do socialismo.
Neste capítulo apresentamos as atuais tendências da Antropologia mundial. A tarefa é difícil, pois a Antropologia é hoje muito diversificada, e os lugares de produção do pensamento antropológico se multiplicaram.
O documento descreve a evolução do pensamento sobre raça no século XIX, quando teorias raciais passaram a naturalizar as diferenças entre os grupos humanos. Inicialmente, no Iluminismo, enxergava-se a humanidade como uma única espécie passível de aperfeiçoamento; porém, no século XIX surgiram teorias que defendiam origens distintas para as raças ou sua degeneração em climas diferentes. A publicação de A Origem das Espécies de Darwin amenizou o debate, mas também foi usada para justificar o darwin
Aula iii annales - programa - marc bloc - nova versãoHelio Smoly
O documento discute a expressão "nouvelle histoire", definindo-a como a história sob influência das ciências sociais que surgiu no início do século XX e se consolidou com a revista Annales d'Histoire Economique et Sociale fundada em 1929 por Lucien Febvre e Marc Bloch. A nouvelle histoire rompeu com a tradição ao adotar novos métodos e questões influenciados pelas ciências sociais.
O documento descreve uma história de amizade entre duas adolescentes que se separaram após uma delas arranjar um namorado, deixando a outra com ciúmes. A jovem ciumenta encontra um celeiro abandonado onde é espancada por um fantasma que a faz jurar segredo. Mais tarde, a outra rapariga é encontrada morta no mesmo celeiro, com o namorado a ser preso, embora sem provas contra ele.
Este documento resume a história da Escola dos Annales em 3 gerações. A primeira geração fundou a revista Annales d'histoire économique et sociale com uma abordagem interdisciplinar da história. A segunda geração, liderada por Fernand Braudel, transformou noções de tempo e espaço. A terceira geração trouxe maior fragmentação e influência, indo "Do Porão ao Sótão".
Da história das mentalidades à história cultural - Teoria da história IIKaio Veiga
A história das mentalidades declinou a partir da década de 1980 devido a fortes críticas, abrindo espaço para novos campos como a história da vida privada e da sexualidade. Estes campos absorveram parte das mentalidades. No entanto, o principal refúgio das mentalidades foi a história cultural, que buscou corrigir as imperfeições teóricas das mentalidades e defender a legitimidade do estudo do "mental" sem abrir mão da história como disciplina. A história cultural apresenta uma abordagem pluralista e valoriza estratificações socioc
O documento discute a evolução do ensino e do conhecimento histórico ao longo do tempo. Aborda a história tradicional versus a história crítica, como o saber histórico é construído desde a Antiguidade até os séculos XIX e XX, e como organizar o estudo da história de forma eficaz.
Aula hist. do livro. braude212121121l.pdfeverethvt
Este documento discute a vida e obra do historiador Fernand Braudel. Em três parágrafos, aborda a trajetória intelectual e carreira de Braudel, sua concepção inovadora de história que incorporava diferentes temporalidades e a interdisciplinaridade, e sua influente obra "O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrâneo à Época de Filipe II".
1) O documento discute as transformações sociais que ocorreram entre os séculos 15 e 18 na Europa, incluindo a expansão do comércio, o crescimento das cidades, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.
2) Essas transformações sociais criaram novas perguntas e desafios que levaram ao surgimento da Sociologia no século 19 como forma de compreender a sociedade moderna.
3) A Sociologia surgiu principalmente nas cidades para estudar problemas como a desigualdade social que se tornaram evidentes no contexto urb
A revista Annales foi criada na França em meados do século XX por Lucien Febvre e Marc Bloch para mudar a abordagem positivista da historiografia e compreender melhor a história da sociedade considerando diferentes aspectos da vida humana, como outras ciências. O movimento questionou a historiografia tradicional e possibilitou novas formas de escrever a história.
O documento descreve as transformações sociais, culturais e tecnológicas do século XX, incluindo: 1) o avanço dos direitos das mulheres e o movimento feminista; 2) o desenvolvimento de novas formas de comunicação de massa como rádio, cinema e imprensa; 3) as mudanças nas artes e ciências com o surgimento de novos movimentos como cubismo, fauvismo e dadaísmo.
1. O livro analisa a evolução da percepção e atitude em relação à história ao longo dos tempos, desde a Idade Média até o século XX.
2. A obra discute como diferentes correntes de pensamento, como o marxismo e o conservadorismo, enxergam a história.
3. Também examina como o homem moderno passou a se envolver de forma diferente com a história a partir do século XVII.
1) O documento introduz o tema do estudo da história, explicando que historiadores interpretam o passado de forma subjetiva e que é importante ter um espírito crítico ao estudar história.
2) Aborda cinco assuntos principais: o que é história e o que ela estuda; o trabalho do historiador; fontes históricas; como a história é escrita; e a crise dos paradigmas históricos.
3) Explica que todos devem participar da construção da história, independentemente de raça, classe social ou
O documento discute a evolução do pensamento antropológico sobre sociedades indígenas. No século XIX, intelectuais europeus desenvolveram teorias evolucionistas que colocavam sociedades europeias no topo e justificavam a dominação colonial. No século XX, antropólogos passaram a criticar essas visões etnocêntricas e documentaram a complexidade de culturas indígenas, como mostrou Lévi-Strauss em seus estudos dos mitos.
O documento discute os principais eventos e ideias que levaram ao surgimento da sociologia como campo científico, incluindo o Renascimento, a Revolução Científica, o Iluminismo e a Revolução Industrial. Estes desenvolvimentos contribuíram para a liberdade de pensamento, questionamento das estruturas sociais existentes e compreensão de que os seres humanos moldam suas próprias sociedades.
O documento descreve as principais transformações nos comportamentos e na cultura no início do século XX na Europa Ocidental após a Primeira Guerra Mundial. Aborda a mudança nos valores tradicionais e na vida urbana com o surgimento de novas formas de sociabilidade, bem como o impacto das novas concepções científicas e artísticas como o feminismo, o relativismo e as vanguardas.
Aula de sociologia sobre sua origem e as características do positivo. Brave analise da influência do positivismo no Brasil e seus principais pensadores.
I. O autor analisa a moda como um fenômeno social que emerge com o individualismo na Idade Média e se consolida na modernidade. Ele discute como a moda reflete tendências históricas e seus efeitos de longo prazo na sociedade ocidental.
II. No século XIX, a alta-costura em Paris dita as tendências da moda, voltadas para a psicologização por meio de modelos que expressam emoções. No século XX, a moda se torna mais acessível com a indústria do prêt-à-port
O documento discute o conceito de modernidade no contexto histórico dos séculos XV e XVIII, explicando que a modernidade foi vista de forma eurocêntrica, apresentando os continentes africano e americano como atrasados e selvagens, ignorando a diversidade cultural desses povos. O texto argumenta que essa visão é equivocada e que sociedades africanas e americanas tinham tecnologias e construções sofisticadas.
O documento resume os principais acontecimentos políticos e sociais de 1968 ao redor do mundo, com ênfase no Brasil. Em 3 frases:
1) Foi um ano marcado por protestos estudantis em todo o mundo, pela guerra no Vietnã e invasão da Tchecoslováquia.
2) No Brasil, houve manifestações contra a ditadura militar e o surgimento do movimento tropicalista.
3) O ano terminou com a edição do Ato Institucional no5, que ampliou a repressão no país.
Este documento discute conceitos fundamentais da História como disciplina, incluindo definições de História, o papel do historiador, fontes históricas e diferentes abordagens temporais. Também aborda a evolução do pensamento historiográfico ao longo do tempo.
Este documento discute conceitos fundamentais da história, incluindo: (1) A história estuda as experiências humanas ao longo do tempo de uma perspectiva subjetiva; (2) Os historiadores usam fontes históricas para realizar seus estudos e interpretam os fatos de diferentes maneiras; (3) Novos campos e métodos históricos, como a micro-história, surgiram para ampliar os sujeitos da história.
O documento discute a filosofia da diferença de acordo com pensadores como Henri Lefèbvre. A diferença é apresentada como uma forma de ressuscitar o espaço eliminado pela identidade, e como uma crítica ao modelo ocidental de pensar a identidade. O movimento de maio de 1968 na França é descrito como um desdobramento de questões propostas por filósofos da diferença que criticavam a homogeneização.
Lucien Febvre e Marc Bloch foram os fundadores do movimento dos Annales. Embora diferentes em personalidade, trabalharam juntos por vinte anos entre as duas guerras mundiais. Na Escola Normal Superior, Febvre foi influenciado por professores interessados em aproximar história de outras ciências sociais. Sua tese de doutorado já demonstrava interesse em aspectos sociais e econômicos da história.
Este documento descreve um plano de curso para a disciplina Teoria da História II, que analisa a historiografia francesa da Escola dos Annales, seu combate contra a história narrativa e o determinismo econômico, e seus desdobramentos até a terceira geração. O curso tem como objetivos permitir que os alunos compreendam os significados do movimento dos Annales e identifiquem suas principais fases, por meio de aulas expositivo-dialogadas e debates teóricos estimulados.
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O documento descreve uma história de amizade entre duas adolescentes que se separaram após uma delas arranjar um namorado, deixando a outra com ciúmes. A jovem ciumenta encontra um celeiro abandonado onde é espancada por um fantasma que a faz jurar segredo. Mais tarde, a outra rapariga é encontrada morta no mesmo celeiro, com o namorado a ser preso, embora sem provas contra ele.
Este documento resume a história da Escola dos Annales em 3 gerações. A primeira geração fundou a revista Annales d'histoire économique et sociale com uma abordagem interdisciplinar da história. A segunda geração, liderada por Fernand Braudel, transformou noções de tempo e espaço. A terceira geração trouxe maior fragmentação e influência, indo "Do Porão ao Sótão".
Da história das mentalidades à história cultural - Teoria da história IIKaio Veiga
A história das mentalidades declinou a partir da década de 1980 devido a fortes críticas, abrindo espaço para novos campos como a história da vida privada e da sexualidade. Estes campos absorveram parte das mentalidades. No entanto, o principal refúgio das mentalidades foi a história cultural, que buscou corrigir as imperfeições teóricas das mentalidades e defender a legitimidade do estudo do "mental" sem abrir mão da história como disciplina. A história cultural apresenta uma abordagem pluralista e valoriza estratificações socioc
O documento discute a evolução do ensino e do conhecimento histórico ao longo do tempo. Aborda a história tradicional versus a história crítica, como o saber histórico é construído desde a Antiguidade até os séculos XIX e XX, e como organizar o estudo da história de forma eficaz.
Aula hist. do livro. braude212121121l.pdfeverethvt
Este documento discute a vida e obra do historiador Fernand Braudel. Em três parágrafos, aborda a trajetória intelectual e carreira de Braudel, sua concepção inovadora de história que incorporava diferentes temporalidades e a interdisciplinaridade, e sua influente obra "O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrâneo à Época de Filipe II".
1) O documento discute as transformações sociais que ocorreram entre os séculos 15 e 18 na Europa, incluindo a expansão do comércio, o crescimento das cidades, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.
2) Essas transformações sociais criaram novas perguntas e desafios que levaram ao surgimento da Sociologia no século 19 como forma de compreender a sociedade moderna.
3) A Sociologia surgiu principalmente nas cidades para estudar problemas como a desigualdade social que se tornaram evidentes no contexto urb
A revista Annales foi criada na França em meados do século XX por Lucien Febvre e Marc Bloch para mudar a abordagem positivista da historiografia e compreender melhor a história da sociedade considerando diferentes aspectos da vida humana, como outras ciências. O movimento questionou a historiografia tradicional e possibilitou novas formas de escrever a história.
O documento descreve as transformações sociais, culturais e tecnológicas do século XX, incluindo: 1) o avanço dos direitos das mulheres e o movimento feminista; 2) o desenvolvimento de novas formas de comunicação de massa como rádio, cinema e imprensa; 3) as mudanças nas artes e ciências com o surgimento de novos movimentos como cubismo, fauvismo e dadaísmo.
1. O livro analisa a evolução da percepção e atitude em relação à história ao longo dos tempos, desde a Idade Média até o século XX.
2. A obra discute como diferentes correntes de pensamento, como o marxismo e o conservadorismo, enxergam a história.
3. Também examina como o homem moderno passou a se envolver de forma diferente com a história a partir do século XVII.
1) O documento introduz o tema do estudo da história, explicando que historiadores interpretam o passado de forma subjetiva e que é importante ter um espírito crítico ao estudar história.
2) Aborda cinco assuntos principais: o que é história e o que ela estuda; o trabalho do historiador; fontes históricas; como a história é escrita; e a crise dos paradigmas históricos.
3) Explica que todos devem participar da construção da história, independentemente de raça, classe social ou
O documento discute a evolução do pensamento antropológico sobre sociedades indígenas. No século XIX, intelectuais europeus desenvolveram teorias evolucionistas que colocavam sociedades europeias no topo e justificavam a dominação colonial. No século XX, antropólogos passaram a criticar essas visões etnocêntricas e documentaram a complexidade de culturas indígenas, como mostrou Lévi-Strauss em seus estudos dos mitos.
O documento discute os principais eventos e ideias que levaram ao surgimento da sociologia como campo científico, incluindo o Renascimento, a Revolução Científica, o Iluminismo e a Revolução Industrial. Estes desenvolvimentos contribuíram para a liberdade de pensamento, questionamento das estruturas sociais existentes e compreensão de que os seres humanos moldam suas próprias sociedades.
O documento descreve as principais transformações nos comportamentos e na cultura no início do século XX na Europa Ocidental após a Primeira Guerra Mundial. Aborda a mudança nos valores tradicionais e na vida urbana com o surgimento de novas formas de sociabilidade, bem como o impacto das novas concepções científicas e artísticas como o feminismo, o relativismo e as vanguardas.
Aula de sociologia sobre sua origem e as características do positivo. Brave analise da influência do positivismo no Brasil e seus principais pensadores.
I. O autor analisa a moda como um fenômeno social que emerge com o individualismo na Idade Média e se consolida na modernidade. Ele discute como a moda reflete tendências históricas e seus efeitos de longo prazo na sociedade ocidental.
II. No século XIX, a alta-costura em Paris dita as tendências da moda, voltadas para a psicologização por meio de modelos que expressam emoções. No século XX, a moda se torna mais acessível com a indústria do prêt-à-port
O documento discute o conceito de modernidade no contexto histórico dos séculos XV e XVIII, explicando que a modernidade foi vista de forma eurocêntrica, apresentando os continentes africano e americano como atrasados e selvagens, ignorando a diversidade cultural desses povos. O texto argumenta que essa visão é equivocada e que sociedades africanas e americanas tinham tecnologias e construções sofisticadas.
O documento resume os principais acontecimentos políticos e sociais de 1968 ao redor do mundo, com ênfase no Brasil. Em 3 frases:
1) Foi um ano marcado por protestos estudantis em todo o mundo, pela guerra no Vietnã e invasão da Tchecoslováquia.
2) No Brasil, houve manifestações contra a ditadura militar e o surgimento do movimento tropicalista.
3) O ano terminou com a edição do Ato Institucional no5, que ampliou a repressão no país.
Este documento discute conceitos fundamentais da História como disciplina, incluindo definições de História, o papel do historiador, fontes históricas e diferentes abordagens temporais. Também aborda a evolução do pensamento historiográfico ao longo do tempo.
Este documento discute conceitos fundamentais da história, incluindo: (1) A história estuda as experiências humanas ao longo do tempo de uma perspectiva subjetiva; (2) Os historiadores usam fontes históricas para realizar seus estudos e interpretam os fatos de diferentes maneiras; (3) Novos campos e métodos históricos, como a micro-história, surgiram para ampliar os sujeitos da história.
O documento discute a filosofia da diferença de acordo com pensadores como Henri Lefèbvre. A diferença é apresentada como uma forma de ressuscitar o espaço eliminado pela identidade, e como uma crítica ao modelo ocidental de pensar a identidade. O movimento de maio de 1968 na França é descrito como um desdobramento de questões propostas por filósofos da diferença que criticavam a homogeneização.
Semelhante a Aula v a terceira geração-revisto e ampliando (20)
Lucien Febvre e Marc Bloch foram os fundadores do movimento dos Annales. Embora diferentes em personalidade, trabalharam juntos por vinte anos entre as duas guerras mundiais. Na Escola Normal Superior, Febvre foi influenciado por professores interessados em aproximar história de outras ciências sociais. Sua tese de doutorado já demonstrava interesse em aspectos sociais e econômicos da história.
Este documento descreve um plano de curso para a disciplina Teoria da História II, que analisa a historiografia francesa da Escola dos Annales, seu combate contra a história narrativa e o determinismo econômico, e seus desdobramentos até a terceira geração. O curso tem como objetivos permitir que os alunos compreendam os significados do movimento dos Annales e identifiquem suas principais fases, por meio de aulas expositivo-dialogadas e debates teóricos estimulados.
O documento descreve a evolução da historiografia desde os gregos até a Revolução Francesa. Os gregos tinham uma visão anti-histórica, focada no eterno e não no transitório. Durante a Iluminismo, houve uma primeira contestação à narrativa dominante da história dos grandes feitos, mas foi apenas no século XIX que a "nova história" sociocultural foi marginalizada em favor da história política defendida por Ranke.
O documento discute o surgimento da "Escola dos Annales" e sua abordagem histórica. A Escola dos Annales surgiu na década de 1920 na Universidade de Estrasburgo sob a influência de Lucien Febvre e Marc Bloch. Eles propuseram uma "nova história" influenciada pelas ciências sociais, que se afastava da história política tradicional e enfatizava temas como economia e mentalidades coletivas.
Este artigo discute as relações entre as ciências humanas e a necessidade de uma abordagem interdisciplinar. A história pode contribuir com seu estudo do tempo social, que não se resume ao passado, mas também influencia o presente. As outras ciências sociais precisam reconhecer a importância da duração histórica e da pluralidade de tempos na realidade social.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e bateria de longa duração. O dispositivo também possui processador mais rápido e armazenamento expansível. O novo modelo será lançado em outubro por um preço inicial de US$799.
Diversas fases da escola do annales continuidade ou descontinuidadeHelio Smoly
O documento divide a história da "Escola dos Annales" em quatro fases: 1) 1900-1920, quando iniciou-se uma reação à história alemã e propostas de renovação; 2) 1920-1946, quando o projeto se expandiu através de publicações e instituições; 3) 1946-1968, quando os Annales se consolidaram institucionalmente; 4) 1968-1988, quando houve influência do movimento estudantil de 1968 e revisões na orientação.
O documento discute a historiografia do Antigo Regime e suas críticas. Lucien Febvre e Marc Bloch lideraram uma revolução na historiografia francesa, questionando a ênfase excessiva na história política e nos grandes homens. No século XIX, historiadores como Marx defenderam uma abordagem mais socioeconômica, enquanto a Escola dos Annales surgiu criticando a ênfase na cronologia e nos eventos políticos.
Escola do annales surgimento da escola dos analles e o seu programaHelio Smoly
1) O documento discute o surgimento da Escola dos Annales e da nouvelle histoire no início do século XX.
2) A nouvelle histoire surgiu sob a influência das ciências sociais e se corporificou na revista Annales d'Histoire Economique et Sociale fundada por Lucien Febvre e Marc Bloch em 1929.
3) Febvre e Bloch desenvolveram esse novo enfoque histórico enquanto trabalhavam na Universidade de Estrasburgo, que enfatizava a interdisciplinaridade e levou os futuros Annal
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2. • A moda estruturalista, apesar da ofensiva
braudeliana, beneficia-se de um contexto favorável; a
descolonização.
• A consciência etnológica descobre o interesse que
outras civilizações apresentam. Cada um se
interessa, então, por aquilo que faz a força de resistência
dessas sociedades. Pela permanência de suas
estruturas e seus valores, que parecem irredutíveis ao
modelo ocidental.
Teoria da História - Hélio Moreira da Costa
2
Júnior
3. • Trata-se da descoberta do outro, no
espaço, transformado em exemplo de uma verdade
humana que relativiza o eurocentrismo.
• O ocidente fica com a impressão que não faz mais a
história humana, mas a história de uma humanidade.
Teoria da História - Hélio Moreira da Costa
3
Júnior
4. • No Terceiro mundo,* que recusa essa história em um
combate muitas vezes radical, os intelectuais ocidentais
ficaram também tentados a jogar para o alto o passado
impecável de sua sociedade e lançar o olhar sobre o
mundo mais espacial do que temporal.
Teoria da História - Hélio Moreira da Costa
4
Júnior
5. • O Ocidente descobre os charmes discretos do tempo
antigo, da idade do ouro perdida, da belle époque, que é
preciso reencontrar.
• É esse tempo reencontrado que os historiadores se
encarregam de reproduzir ao tomarem emprestado os
instrumentos de análise e os códigos dos etnólogos. (...)
Teoria da História - Hélio Moreira da Costa
5
Júnior
6. • Tudo se torna objeto de curiosidade para o historiador,
que desloca seu olhar para as margens, para o avesso
dos valores estabelecidos, para os loucos, para as
feiticeiras, para os transgressores...
• O horizonte do historiador fechar-se sobre um presente
imóvel, não há mais futuro: “Há um sinal que eu acho
encorajador (...) é o fim do progressismo” (Philippe
Ariès)
Teoria da História - Hélio Moreira da Costa
6
Júnior
7. • A crise da ideia de progresso acentuo o renascimento
das culturas anteriores à industrialização.
• A Nova História se esconde então na busca das
tradições, ao valorizar o tempo que se repete, as voltas e
reviravoltas dos indivíduos.
• O surgimento de um neo-romantismo (referência a idade
média)
Teoria da História - Hélio Moreira da Costa
7
Júnior
8. • Nova estética se instala, segundo a qual se fala de uma
aldeia, das mulheres, dos imigrados e dos marginais.
• A Terceira Geração dos Annales, sensível como as
outras às interrogações do presente, muda o rumo de
seu discurso ao desenvolver a antropologia histórica.
Teoria da História - Hélio Moreira da Costa
8
Júnior
9. • Ao responder ao desfio da antropologia estrutural, os
historiadores dos Annales retomam mais uma vez a
roupagem dos rivais mais sérios e confirmam suas
posições hegemônicas.
• O preço a ser pago: o abandono dos grandes espaços
econômicos braudelianos, o refluxo do social para o
simbólico e para o cultural.
Teoria da História - Hélio Moreira da Costa
9
Júnior
10. • Nasce uma Nova História que Daniel Roche chama “ a
história sociocultural”
• Mudança na direção da Revista dos Annales: de uma
tradição uma para uma direção colegiada: André
Burguière, Marc erro, Jacques Le Goff, Emmanuel Le
Roy Ladurie e Jacques Ravel
Teoria da História - Hélio Moreira da Costa
10
Júnior
11. • "O que queremos, de fato, é que as ideias voltem a ser perigosas"
(Guy Debord)
• "Sejam realistas, exijam o impossível!"
• "A imaginação ao poder"
• "É proibido proibir"
• "As paredes têm ouvidos, seus ouvidos têm paredes"
• "Se queres ser feliz, prende o teu proprietário"
• "O patrão precisa de ti, tu não precisas dele“
• Fonte: Folha de São Paulo (30.04.2008)
Teoria da História - Hélio Moreira da Costa
11
Júnior
12. • "A revolução deve ser feitas nos homens, antes de
ser feita nas coisas"
• "Um só fim de semana não-revolucionário é
infinitamente mais sangrento que um mês de
revolução permanente"
• "Quanto mais amor faço, mais vontade tenho de fazer
a revolução. Quanto mais revolução faço, maior
vontade tenho de fazer amor"
• Fonte: Folha de São Paulo (30.04.2008)
Teoria da História - Hélio Moreira da Costa
12
Júnior
13. • A França dos anos de 1960, sob o comando do general
Charles De Gaulle, era uma sociedade culturalmente
conservadora e fechada, vivendo ainda o reflexo das
perdas sofridas durante a Segunda Guerra Mundial
(1939-1945).
• Nas escolas francesas, as crianças eram disciplinadas
com rigidez. As mulheres francesas tinham o costume de
pedir autorização aos maridos para expressarem uma
opinião, e a homossexualidade era diagnosticada pelos
médicos como uma doença.
Teoria da História - Hélio Moreira da Costa
13
Júnior
14. • O Maio de 68 mudou profundamente as relações entre raças,
sexos e gerações na França, e, em seguida, no restante da
Europa. No decorrer das décadas, as manifestações
ajudaram o Ocidente a fundar ideias como as das liberdades
civis democráticas, dos direitos das minorias, e da igualdade
entre homens e mulheres, brancos e negros e heterossexuais
e homossexuais.
• O Maio francês rapidamente repercutiu em vários países da
Europa e do mundo, de uma forma direta e imediata. As
ocupações de universidades se multiplicaram a partir da
França, e ocorreu a expansão das mobilizações entre os
trabalhadores europeus e latino-americanos, em muitos casos
em aliança com osTeoria da História - Hélio Moreira da Costa
estudantes.
14
Júnior
15. • O movimento francês teve início na Universidade de
Nanterre, nos arredores de Paris, que foi cercada no final de
abril por estudantes liderados por Daniel Cohn-Bendit. O
protesto dos estudantes logo se dirigiu à capital.
• Em 5 de maio, cerca de 10 mil estudantes entraram em
choque com policiais no bairro latino Quartier Latin, em
Paris, em um protesto contra o fechamento de outra
universidade francesa, a Sorbonne, em Paris.
• Em seguida, em 10 de maio, ocorre a Noite das
Barricadas, quando 20 mil estudantes enfrentaram a polícia
nas universidades e ruas de Paris.
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16. • No dia 13, estudantes e trabalhadores franceses unificam
seus movimentos e decretam uma greve geral de 24 horas
em Paris, em protesto contra as políticas trabalhista e
educacional do governo do general De Gaule.
• No dia 20, a mobilização atinge seu auge: Paris amanhece
sem metrô, ônibus, telefones e outros serviços. Cerca de 6
milhões de grevistas ocupam as 300 fábricas da França.
• A Universidade de Sorbonne, ocupada pelos estudantes,
começa uma outra batalha, em que as maiores "armas" foram
as palavras. Surgiram frases que expressavam a política
"libertária" desejada pelos jovens universitários: "A
imaginação ao poder", "É proibido proibir", "Abaixo a
universidade" e "Abaixo a sociedade espetacular mercantil".
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17. • Após 1968 as condições estavam prontas para uma
nova mudança na historiografia francesa.
• A partir de 1969, André Burguière e Jacques Revel
envolveram-se na administração dos Annales, e com a
aposentadoria em 1972 de Braudel da Presidência da VI
Seção, que iria ser ocupada em seguida, por Jacques Le
Goff; e em 1975, quando a velha VI Seção desapareceu
e Le Goff tornou-se o Presidente da reorganizada École
des Hautes Études en Sciences Sociales, sendo
substituído, em 1977, por François Furet.
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18. • é mais difícil traçar o perfil da terceira geração do que
das duas anteriores. Ninguém neste período dominou o
grupo como o fizeram Febvre e Braudel.
• François Dosse chega mesmo a falar numa
fragmentação da Clio.
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19. • o policentrismo prevaleceu.
• Vários membros do grupo levaram mais adiante o projeto
de Febvre, estendendo as fronteiras da história de forma
a permitir a incorporação da infância, do sonho, do corpo
e, mesmo, do odor.
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20. • Outros solaparam o projeto pelo retorno à história
política e à dos eventos.
• Alguns continuaram a praticar a história
quantitativa, outros reagiram contra ela.
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21. • A terceira geração é a
primeira a incluir
mulheres, especialmente
Christiane Klapisch, que
trabalhou sobre a história
da família na Toscana
durante a Idade Média e o
Renascimento;
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22. • Arlette Farge, que
estudou o mundo social
das ruas de Paris no
século XVIII; Mona Ozouf,
autora de um estudo muito
conhecido sobre os
festivais durante a
Revolução Francesa.
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23. • Michèle Perrot, que
escreveu sobre a história
do trabalho e a história da
mulher.
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24. • A critica feita á ausência das mulheres na historiografia
parece ter sido superada a a partir das publicações de
Georges Duby e Michèle Perrot, por exemplo, que
estarão empenhados em organizar uma história da
mulher em vários volumes.
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25. • Esta geração, por outro lado, é mais aberta a idéias
vindas do exterior.
• Muitos dos seus membros viveram um ano ou mais nos
Estados Unidos, em Princeton, Ithaca, Madison ou San
Diego. Diferentemente de Braudel, falam e escrevem em
inglês.
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26. • Por diferentes caminhos, tentaram fazer uma síntese
entre a tradição dos Annales e as tendências intelectuais
americanas-como a psico-história, a nova história
econômica, a história da cultura popular, antropologia
simbólica, etc.
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27. DO PORÃO AO SÓTÃO
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28. • Na geração de Braudel, a história das mentalidades e
outras formas de história cultural não foram inteiramente
negligenciadas, contudo, situavam-se marginalmente ao
projeto dos Annales.
• No correr dos anos 60 e 70, porém, uma importante
mudança de interesse ocorreu.
• O itinerário intelectual de alguns historiadores dos
Annales transferiu-se da base econômica para a
“superestrutura” cultural, “do porão ao sótão”
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29. • Foi realmente um historiador da
geração de Braudel que despertou a
atenção pública para a história das
mentalidades, através de um livro
notável, quase sensacional,
publicado em 1960. Philippe Ariès
era um historiador diletante, “um
historiador domingueiro”.
(...)Demógrafo histórico por
formação, Ariès veio a rejeitar a
perspectiva quantitativa (da mesma
maneira que rejeitou outros
aspectos do mundo burocrático- da Costa
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30. • Seus interesses direcionaram-se
para a relação entre natureza e
cultura, para as formas pelas quais
uma cultura vê e classifica
fenômenos naturais tais como a
infância e a morte.
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31. • Em seu estudo sobre as famílias e as escolas durante o
antigo regime, Ariès defende que a idéia de infância, ou, mais
exatamente, que o sentimento da infância, não existia na
Idade Média. O grupo etário que chamamos de “crianças” era
visto, mais ou menos, como animais até a idade de sete anos
e quase que como uma miniatura dos adultos daí em diante. A
infância, de acordo com Ariès, foi descoberta na França, na
altura do século XVII. Foi por esse tempo que, por exemplo,
roupas especiais eram destinadas às crianças, como a “robe”
para meninos. Cartas e diários do período documentam o
interesse crescente dos adultos no comportamento das
crianças, que tentavam, algumas vezes, reproduzir a fala
infantil. Baseou-se também em registros iconográficos, como
o crescente número de quadros de crianças, para ilustrar a
hipótese de que a consciência da infância como uma fase do
desenvolvimento humano retroage ao limiar dos tempos
modernos-não vai além (Ariès, 1960).
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32. • Seus últimos anos foram dedicados a estudos sobre as
atitudes perante a morte, focalizando de novo um
fenômeno da natureza refratado pela cultura, a cultura
ocidental, e atendendo a um famoso reclamo de Lucien
Febvre, em 1941, “Nós não possuímos uma história da
morte” (Febvre, 1973, p. 24).
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33. • Robert Mandrou: a figura principal na psicologia
histórica à la Febvre foi publicou Introduction à la France
Moderne, com o subtítulo “Um ensaio em psicologia
histórica – 1500-1640”, em que incluía capítulos sobre
saúde, emoções e mentalidades (Mandrou, 1961).
• Ruptura entre Braudel e Mandrou, no decorrer de um
debate sobre o futuro do movimento dos Annales.
• Nessa discussão, Braudel defendeu a
inovação, enquanto Mandrou preferia a herança de
Febvre, o que ele chamava “o estilo original” ( Annales
première manière), em que a psicologia histórica ou a
história das mentalidades desempenhavam um papel
importante.
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34. • Delumeau utilizou, ocasionalmente, as idéias de psicanalistas
como Wilhelm Reich e Erich Fromm. Havia sido precedido
nesse sentido por Le Roy Ladurie, cujo Les paysans de
Languedoc (1966), analisado no capítulo anterior, incluía
livros de Freud na bibliografia, (...).
• Le Roy descreveu o carnaval de Romans como um
psicodrama, “que dava acesso imediato a criações do
inconsciente”, tais como fantasias de canibalismo, e
interpretou as convulsões proféticas dos camisards em termos
de histeria.
• Alain Besançon, um especialista na Rússia do século XIX, que
escreveu um longo ensaio na revista sobre as possibilidades
do que ele denominava “história psicanalítica”. Tentou pôr em
prática essas possibilidades num estudo sobre pais e filhos. O
estudo focalizava dois tzares, Ivã, o Terrível, e Pedro, o
Grande, o primeiroTeoria da História -Júnior Moreira dao segundo condenou o 34
matou seu filho, e Costa
Hélio
seu à morte (Besançon, 1968, 1971).
35. • Besançon, Le Roy Ladurie e Delumeau tomaram as
idéias principalmente de Freud, dos freudianos ou
neofreudianos.
• O estilo americano de psico-história, orientado no
sentido do estudo de indivíduos, finalmente encontrou a
psicologia histórica francesa, dirigida no sentido do
estudo de grupos, embora as duas correntes não se
tenham fundido numa síntese.
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36. • Contudo, a tendência principal la numa direção diferente.
Dois dos mais destacados historiadores recrutados para
a história das mentalidades, no início dos anos 60, foram
os medievalistas:
• Jacques Le Goff (“O tempo dos mercadores e o tempo da Igreja
na Idade Média”) e
• Georges Duby (La naissance du Purgatoire O nascimento do
purgatório).
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37. O “TERCEIRO NÍVEL” DA
HISTÓRIA SERIAL
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38. • A história das mentalidades não foi
marginalizada nos Annales, em sua segunda
geração, apenas porque Braudel não tinha
interesse nela. Existiram pelo menos, duas
outras razões mais importantes para essa
marginalização.
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39. • Em primeiro lugar, um bom número de
historiadores franceses acreditava, ou pelo
menos pressupunha, que a história social e
econômica era mais importante, ou mais
fundamental, do que outros aspectos do
passado.
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40. • Em segundo lugar, a nova abordagem
quantitativa, analisada no capítulo anterior, não
encontrava no estudo das mentalidades o
mesmo tipo de sustentação oferecido pela
estrutura socioeconômica.
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41. • A abordagem estatística foi desenvolvida para
estudar a história da prática religiosa, a história
do livro e a história da alfabetização. Espraiou-
se, algum tempo depois, para outros domínios
históricos.
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42. • A ideia de uma história da prática religiosa francesa , ou
de uma sociologia retrospectiva do catolicismo francês,
baseada em estatísticas da frequência à comunhão, das
vocações religiosas etc., remonta a Gabriel Le Bras, que
publicou um artigo sobre o tema, em 1931 (Le Bras,
1931).
• Criou uma escola de historiadores da Igreja e sociólogos
da religião, que estavam particularmente preocupados
com o que chamavam de “descristianização” da França
do final do século XVIII em diante, investigando a
questão através de métodos quantitativos.
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43. • a obra do círculo de Le Bras (como o de Ariès) inspirou
alguns historiadores dos Annales quando se elevaram do
porão ao sótão.
• Estudos regionais mais recentes sobre
Anjou, Provença, Avignon e Bretanha dedicaram-se mais
fortemente à cultura do que seus predecessores, e, em
particular, às atitudes diante da morte.
• Como escreveu Le Goff no prefácio de um desses
estudos, “a morte está na moda”.
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44. • O mais original desses trabalhos é o de Vovelle. Um
historiador marxista da Revolução Francesa, “formado
na escola de Ernest Labrousse”, como ele próprio
diz, Vovelle interessou-se pelo problema da
“descristianização”.
• Sua ideia foi a de tentar mensurar esse processo pelo
estudo das atitudes diante da morte e o além tal como
são reveladas nos testamentos.
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45. • O resultado, consubstanciado em sua tese doutoral, foi
um estudo da Provença fundamentado na análise
sistemática de cerca de 30.000 testamentos.
• Onde historiadores anteriores haviam justaposto
evidências quantitativas sobre mortalidade com
evidências mais literárias sobre as atitudes frente a
morte, Vovelle quis mensurar mudanças no pensamento
e no sentimento.
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46. • Deu atenção, por exemplo, às referências feitas à
proteção dos santos padroeiros; ao número de missas
que o testador encomenda para a salvação de sua alma;
aos arranjos feitos para os funerais e mesmo ao peso
das velas acendidas durante a cerimônia.
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47. • Vovelle identificou uma mudança bastante significativa
no que denominou de “pompa barroca” dos funerais do
século XVII para a singeleza dos funerais do século
XVIII.
• Sua principal pressuposição era a de que a linguagem
dos testamentos refletia “o sistema de representações
coletivas; sua conclusão mais importante foi a
identificação de tendências à secularização, sugerindo
que a “descristianização” nos anos da Revolução
Francesa foi espontânea e não imposta de cima, por
fazer parte de uma tendência mais ampla.
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48. • Digna de nota é a maneira pela qual Vovelle mapeia a
expansão das novas atitudes da nobreza para com os
artesãos e camponeses, das grandes cidades, como Aix,
Marselha e Toulon, através de pequenas cidades,
Barcelonette, por exemplo, para as pequenas vilas.
• Sua argumentação era ilustrada com uma grande
quantidade de mapas, gráficos e tabelas.
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49. • Piété baroque et Dechristianisation, título do estudo de
Vovelle, produziu uma certa sensação intelectual, graças
particularmente ao uso virtuoso das estatísticas,
acompanhado de um agudo senso das dificuldades em
interpreta-las.
• (...) O que Ariès vinha realizando sozinho no campo da
história da morte, em seu estilo deliberadamente
impressionista, foi assim completado por pesquisas
coletivas e quantitativas de profissionais”.
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50. • Essa apropriação da vida depois da morte por
historiadores laicos, armados de computadores, é ainda
o mais notável exemplo da história serial de terceiro
nível.
• Outros historiadores da cultura, porém, utilizaram de
maneira eficiente os métodos
quantitativos, especialmente na história da alfabetização
e na história do livro.
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51. • O estudo da alfabetização é um outro campo da história
cultural que conduz à pesquisa coletiva e à análise
estatística.
• O projeto mais importante nesse campo, iniciado na
década de [19]70, foi levado a efeito na École des
Hautes Études, dirigido por François Furet – um
discípulo de Ernest Labrousse (...).
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52. • O tema do projeto era a mudança dos níveis de
alfabetização, na França do século XVI ao XIX (Furet e
Ozouf, 1977).
• Os pesquisadores utilizaram fontes mais variadas, do
recenseamento às estatísticas do exército sobre os
conscritos, o que os habilitava antes a afirmar do que a
presumir a correlação entre a habilidade de assinar o
próprio nome à capacidade de ler e escrever.
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53. • Confirmaram a tradicional divisão entre duas Franças,
mas sofisticaram a análise estabelecendo distinções
dentro das regiões. Entre outras conclusões
interessantes, notaram que, no século XVIII, a
alfabetização cresceu mais rapidamente entre as
mulheres do que entre os homens.
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54. • As pesquisas sobre a alfabetização foram
acompanhadas de pesquisas sobre o que os franceses
chamam de “a história do livro”.
• Pesquisas que não se preocupavam com os grandes
livros, mas com as tendências da sua produção e com os
hábitos de leitura dos diferentes grupos sociais
(Roche/Chartier, 1974).
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55. • O estudo de cultura popular de Robert Mandrou, (...), por
exemplo, lidava com literatura de Cordel, a chamada
“Biblioteca Azul” (Mandrou, 1964).
• Tais livros, que custavam um ou dois sous, eram
distribuídos por mascates e produzidos em grande parte
por famílias de impressores em Troyes, localizada na
região Nordeste da França, onde a taxa de alfabetização
era elevada.
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56. • Mandrou examinou cerca de 450 títulos, assinalando a
importância da leitura religiosa (120 títulos), almanaques
e mesmo romances de cavalaria.
• Concluiu que essa literatura era essencialmente uma
“literatura de evasão”, lida especialmente pelos
camponeses e que revelava uma mentalidade
“conformista”.
• Obs: La Bibliothèque Bleue tinha esse nome porque suas capas
eram feitas de papel azul, utilizado para empacotar açúcar.
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