O documento resume o livro "Sobre História" de Eric Hobsbawm, que reúne 22 ensaios escritos entre 1968 e 1997 sobre a natureza da história. O documento também discute a carreira de Hobsbawm como um dos mais importantes historiadores marxistas, e como seus ensaios fornecem reflexões sobre o papel do historiador e os desafios atuais do socialismo.
1) A História Social Inglesa surgiu da contribuição de historiadores marxistas ligados ao Partido Comunista Inglês após a Segunda Guerra Mundial;
2) Esses historiadores se voltaram para uma concepção de história materialista e preocupada com as classes trabalhadoras e comuns;
3) A História do Trabalho dialoga com múltiplas áreas, buscando explorar como questões políticas, econômicas, culturais e sociais influenciam a vida dos trabalhadores.
1) A sociologia surgiu no século XIX para entender e mudar a sociedade, mas sua missão é questionar fenômenos tidos como naturais.
2) A sociologia portuguesa foi fundada por Adérito Sedas Nunes na década de 1960 e consolidou-se após a Revolução dos Cravos.
3) Hoje há cerca de 30 mil sociólogos em Portugal, mas o setor empresarial absorve poucos, demonstrando fraca sensibilidade para a profissão.
O artigo argumenta que a nova legislação laboral em Portugal assenta na ideia de conflito de classes entre trabalhadores e capitalistas. A legislação promove a redução de custos com trabalhadores e facilita o despedimento, em busca de maior produtividade e lucro para os empresários. Isto pode levar a uma nova forma de servidão dos trabalhadores, quase como trabalho escravo.
O documento resume o livro "Costumes em Comum" de Edward P. Thompson, que analisa os costumes da classe trabalhadora inglesa no século XVIII. Thompson argumenta que os costumes só podem ser compreendidos no contexto histórico e que representavam formas de resistência das classes populares às mudanças impostas pelas elites. O livro examina como os trabalhadores usavam tradições e rituais para negociar suas condições e defender seus interesses frente às classes dominantes.
O documento discute os vários sentidos do trabalho à luz da crise capitalista atual e da desconstrução dos direitos trabalhistas. Argumenta que o trabalho é essencial para a humanização e emancipação, mas que foi alienado e explorado pelo capitalismo. Defende que as futuras formas de trabalho devem equilibrar os aspectos opressivos e emancipatórios do trabalho.
O documento apresenta uma introdução sobre o mito dos "anos dourados" do governo de JK na memória coletiva brasileira e analisa o contexto político e econômico turbulento deste período. Apresenta também breves biografias de JK e analisa como sua trajetória como figura central deste momento histórico acabou por simbolizar a esperança de modernização do país. Por fim, discute como a geração intelectual dos anos 50 foi marcada pelas oportunidades e desafios do período.
O artigo discute a evolução da História do Trabalho de uma abordagem nacional para uma perspectiva global. A Nova História do Trabalho introduziu uma renovação ao contextualizar as lutas dos trabalhadores, embora ainda focasse nos países desenvolvidos. Recentemente, a disciplina expandiu-se geograficamente com estudos de outros continentes. Isso revelou limitações da abordagem "insular" de obras como A Formação da Classe Operária Inglesa de E.P. Thompson, que ignorou conexões transnacionais e o colonialismo.
1) A História Social Inglesa surgiu da contribuição de historiadores marxistas ligados ao Partido Comunista Inglês após a Segunda Guerra Mundial;
2) Esses historiadores se voltaram para uma concepção de história materialista e preocupada com as classes trabalhadoras e comuns;
3) A História do Trabalho dialoga com múltiplas áreas, buscando explorar como questões políticas, econômicas, culturais e sociais influenciam a vida dos trabalhadores.
1) A sociologia surgiu no século XIX para entender e mudar a sociedade, mas sua missão é questionar fenômenos tidos como naturais.
2) A sociologia portuguesa foi fundada por Adérito Sedas Nunes na década de 1960 e consolidou-se após a Revolução dos Cravos.
3) Hoje há cerca de 30 mil sociólogos em Portugal, mas o setor empresarial absorve poucos, demonstrando fraca sensibilidade para a profissão.
O artigo argumenta que a nova legislação laboral em Portugal assenta na ideia de conflito de classes entre trabalhadores e capitalistas. A legislação promove a redução de custos com trabalhadores e facilita o despedimento, em busca de maior produtividade e lucro para os empresários. Isto pode levar a uma nova forma de servidão dos trabalhadores, quase como trabalho escravo.
O documento resume o livro "Costumes em Comum" de Edward P. Thompson, que analisa os costumes da classe trabalhadora inglesa no século XVIII. Thompson argumenta que os costumes só podem ser compreendidos no contexto histórico e que representavam formas de resistência das classes populares às mudanças impostas pelas elites. O livro examina como os trabalhadores usavam tradições e rituais para negociar suas condições e defender seus interesses frente às classes dominantes.
O documento discute os vários sentidos do trabalho à luz da crise capitalista atual e da desconstrução dos direitos trabalhistas. Argumenta que o trabalho é essencial para a humanização e emancipação, mas que foi alienado e explorado pelo capitalismo. Defende que as futuras formas de trabalho devem equilibrar os aspectos opressivos e emancipatórios do trabalho.
O documento apresenta uma introdução sobre o mito dos "anos dourados" do governo de JK na memória coletiva brasileira e analisa o contexto político e econômico turbulento deste período. Apresenta também breves biografias de JK e analisa como sua trajetória como figura central deste momento histórico acabou por simbolizar a esperança de modernização do país. Por fim, discute como a geração intelectual dos anos 50 foi marcada pelas oportunidades e desafios do período.
O artigo discute a evolução da História do Trabalho de uma abordagem nacional para uma perspectiva global. A Nova História do Trabalho introduziu uma renovação ao contextualizar as lutas dos trabalhadores, embora ainda focasse nos países desenvolvidos. Recentemente, a disciplina expandiu-se geograficamente com estudos de outros continentes. Isso revelou limitações da abordagem "insular" de obras como A Formação da Classe Operária Inglesa de E.P. Thompson, que ignorou conexões transnacionais e o colonialismo.
O documento discute como a crise do capitalismo afeta a educação escolar em um período de políticas neoliberais. A ofensiva do capital promove alternativas como o voluntariado e o terceiro setor que esvaziam a função social da educação e reforçam a mercantilização das escolas. O autor argumenta que apenas uma alternativa socialista pode superar as contradições do capitalismo e emancipar a classe trabalhadora, requerendo uma compreensão crítica da realidade e da unificação dos esforços anticapitalistas.
Habermas mudança estrutural da esfera públicaMyllena Azevedo
Este documento apresenta um resumo da introdução de um livro sobre a mudança estrutural da esfera pública burguesa. O autor delimita o objeto de estudo, que é analisar o tipo de esfera pública burguesa, considerando sua complexidade e a necessidade de abordagens interdisciplinares. Ele também destaca a abordagem tanto sociológica quanto histórica, analisando a esfera pública como uma categoria histórica específica do desenvolvimento da sociedade burguesa. Por fim, o autor ressalta que a anál
5º Bloco 2 As RevoluçõEs Do SéC. Xx E O Significado HistóRico Ronaldo C...Wladimir Crippa
O documento discute as lições da experiência soviética para a luta pelo socialismo no século XXI. Aborda quatro pontos principais: 1) a transição do capitalismo ao socialismo deve ser entendida como um processo, não um modelo único; 2) não há um modelo único de socialismo, mas variações de acordo com cada contexto nacional; 3) o marxismo deve ser aplicado de forma criativa em cada nação; 4) a democracia é essencial para o socialismo.
O documento discute os conceitos fundamentais do pensamento de Karl Marx, como a teoria da mais-valia, da luta de classes e do materialismo histórico. Também analisa trechos do Manifesto Comunista que descrevem a formação da sociedade capitalista e a oposição entre proprietários dos meios de produção e trabalhadores. Por fim, aborda a explicação marxista para a desigualdade social pela separação entre classes decorrente da propriedade privada.
Este documento discute como as revoluções industriais foram acompanhadas por novas tecnologias sociais de organização do trabalho, não apenas por avanços tecnológicos. A produção medieval era realizada em casa e controlada pelos trabalhadores, enquanto o sistema de fábricas expropriou seu tempo, ferramentas e criatividade. Os trabalhadores inicialmente resistiram com revoltas e valores tradicionais, mas logo desenvolveram teorias socialistas utópicas para defender seus direitos.
Este documento é um livro organizado por Jörn Schütrumpf sobre a vida e obra da revolucionária socialista Rosa Luxemburgo. O livro contém uma introdução biográfica sobre Luxemburgo, artigos de diferentes autores analisando seus principais escritos e textos originais dela mesma.
O documento discute os movimentos artísticos do Realismo e do Naturalismo no século XIX:
1) O Realismo surgiu como reação ao Romantismo e focou na anatomia do caráter humano e na crítica da sociedade da época;
2) O Naturalismo radicalizou os aspectos deterministas do Realismo, vendo o homem como produto de leis naturais e sociais;
3) Ambos os movimentos refletiram as transformações da Revolução Industrial e do capitalismo nascente, retratando a nova sociedade burguesa
O documento discute trechos do Manifesto Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels. Marx e Engels descrevem como a sociedade capitalista substituiu a manufatura pela indústria moderna, levando à formação de uma nova classe de milionários industriais e à exploração do proletariado pela burguesia.
Florentino de carvalho dois escritos da imprensa anarquista de são paulomoratonoise
Este documento contém dois textos do anarquista Florentino de Carvalho publicados no jornal Germinal em 1913. O primeiro texto discute a importância do escândalo para atividades subversivas e anarquistas. O segundo texto argumenta que a imprensa anarquista não deve se ater a uma única tendência anarquista, mas sim propagar diversas escolas enquanto afirma os princípios anarquistas.
Apresenta Thompson ao Procurar PENSAR NOVAS RELAÇÕES ENTRE BASE/SUPERESTRUTURA A PARTIR DA ANÁLISE DA CONSCIÊNCIA da classe operária. Acaba usando do CULTURALISMO RELACIONADO COM AS ESTRUTURAS, no qual discordou dos estruturalistas, como Lévi-Strauss, Louis Althusser e com os funcionalistas, fincando suas raízes no que podemos chamar de MARXISMO CULTURALISTA.
O documento é uma entrevista com o sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Ele fala sobre sua carreira e obra, começando com a sociologia na Polônia pós-guerra, quando se voltou para a disciplina para ajudar a reconstruir a sociedade. Ele também discute como tenta combinar os papéis de sociólogo e filósofo em seu trabalho, focando nas questões éticas e humanas.
Quintaneiro; barbosa; oliveira. um toque de clássicos marx, durkheim e webernandoflorippa
1) O documento apresenta uma introdução sobre as origens da sociologia e as transformações sociais resultantes da industrialização na Europa entre os séculos 16 e 19, incluindo mudanças nas estruturas de classes, na família e nas condições de trabalho.
2) Apresenta resumidamente os principais autores clássicos da sociologia - Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber - e os temas centrais abordados em seus trabalhos.
3) Fornece um breve resumo dos capítulos do livro sobre cada autor, incluindo conce
O documento é uma aula de sociologia sobre vários temas, incluindo cidadão livre, estratificação social, desigualdade social e socialismo. Contém charges e perguntas para treinar os alunos para uma prova. As charges ilustram esses conceitos sociológicos de acordo com pensadores como Marx, Weber e Durkheim.
1) O documento descreve uma pesquisa sobre o Movimento Literário Realismo, seu contexto histórico e características.
2) O Realismo surgiu na Europa em resposta ao cientificismo e positivismo da época, enfatizando a observação da realidade em oposição à imaginação.
3) Grandes escritores como Eça de Queirós e Machado de Assis representaram o movimento em Portugal e no Brasil, criticando problemas sociais por meio de uma visão pessimista e anti-heroica dos personagens.
Movimento Literário Realismo: A diferença do comportamento humano conforme a ...Gabriel Alves
Artigo feito por Gabriel Alves da Silva, Luan Silva Carvalho e João Vitor Gomes, da escola João Cruz, Jacareí.
Orientado pela professora Maria Piedade Teodoro silva
O documento discute a construção histórica dos Estados modernos absolutistas no mundo ocidental. Em 3 frases:
1) Começa com a Idade Média e o poder da Igreja Católica, passando pelas guerras religiosas até o surgimento dos Estados absolutistas e a instauração da soberania e igualdade formais entre os Estados.
2) Argumenta que o ser humano é essencialmente histórico e que as histórias, contadas ou não, nos ajudam a nos formar e entender o presente.
3) Defende a import
O documento critica um artigo publicado na revista Veja que ataca sindicatos de professores. Os autores argumentam que o artigo defende interesses privados sob o disfarce de interesse público e que minimiza as difíceis condições de trabalho dos professores. Eles também criticam a influência crescente de institutos privados na educação pública.
Este documento apresenta o plano de ensino para o curso de História Contemporânea em uma Faculdade de Comunicação Social. O curso abordará a história da modernidade desde a Revolução Industrial até os dias atuais, com foco nos processos de formação do capitalismo, imperialismo, guerras mundiais, Guerra Fria e globalização. Serão utilizados livros, filmes e seminários com o objetivo de analisar criticamente o sistema mundial colonial-moderno e seus problemas contemporâneos.
Aula de sociologia sobre sua origem e as características do positivo. Brave analise da influência do positivismo no Brasil e seus principais pensadores.
RAGO_Margareth_O efeito Foucault na historiografia brasileira.pdfElisaCaetano12
O artigo discute como as proposições de Foucault transformaram as concepções de história, levando os historiadores a focar nas bases epistemológicas dos discursos em vez dos fatos. Isso porque Foucault via o passado como discursos que constituíam campos de poder, não uma verdade documental. Embora provocando reações, seu trabalho influenciou a historiografia brasileira a considerar novos temas e abordagens como a genealogia e o simbólico.
1) O documento discute os primeiros estudos sobre juventude e universitários na sociologia brasileira dos anos 1960, focando nos trabalhos de Otávio Ianni e Marialice Foracchi.
2) Karl Mannheim foi pioneiro na década de 1920 ao estudar gerações e juventude, lançando as bases para futuros estudos sobre o tema.
3) A urbanização no Brasil nas décadas seguintes permitiu que a sociologia brasileira passasse a estudar os jovens como categoria social emergente.
1. O documento apresenta informações sobre uma aula de sociologia no 3o ano do ensino médio, incluindo o objetivo de problematizar a disciplina e seu contexto histórico de surgimento.
2. A sociologia surgiu no contexto da Revolução Industrial e da formação do capitalismo para estudar os fenômenos sociais resultantes dessas transformações, como a urbanização e a classe trabalhadora.
3. Os principais eventos que levaram ao surgimento da sociologia foram a Revolução Industrial, a Revolução Francesa, a formação dos estados
O documento discute como a crise do capitalismo afeta a educação escolar em um período de políticas neoliberais. A ofensiva do capital promove alternativas como o voluntariado e o terceiro setor que esvaziam a função social da educação e reforçam a mercantilização das escolas. O autor argumenta que apenas uma alternativa socialista pode superar as contradições do capitalismo e emancipar a classe trabalhadora, requerendo uma compreensão crítica da realidade e da unificação dos esforços anticapitalistas.
Habermas mudança estrutural da esfera públicaMyllena Azevedo
Este documento apresenta um resumo da introdução de um livro sobre a mudança estrutural da esfera pública burguesa. O autor delimita o objeto de estudo, que é analisar o tipo de esfera pública burguesa, considerando sua complexidade e a necessidade de abordagens interdisciplinares. Ele também destaca a abordagem tanto sociológica quanto histórica, analisando a esfera pública como uma categoria histórica específica do desenvolvimento da sociedade burguesa. Por fim, o autor ressalta que a anál
5º Bloco 2 As RevoluçõEs Do SéC. Xx E O Significado HistóRico Ronaldo C...Wladimir Crippa
O documento discute as lições da experiência soviética para a luta pelo socialismo no século XXI. Aborda quatro pontos principais: 1) a transição do capitalismo ao socialismo deve ser entendida como um processo, não um modelo único; 2) não há um modelo único de socialismo, mas variações de acordo com cada contexto nacional; 3) o marxismo deve ser aplicado de forma criativa em cada nação; 4) a democracia é essencial para o socialismo.
O documento discute os conceitos fundamentais do pensamento de Karl Marx, como a teoria da mais-valia, da luta de classes e do materialismo histórico. Também analisa trechos do Manifesto Comunista que descrevem a formação da sociedade capitalista e a oposição entre proprietários dos meios de produção e trabalhadores. Por fim, aborda a explicação marxista para a desigualdade social pela separação entre classes decorrente da propriedade privada.
Este documento discute como as revoluções industriais foram acompanhadas por novas tecnologias sociais de organização do trabalho, não apenas por avanços tecnológicos. A produção medieval era realizada em casa e controlada pelos trabalhadores, enquanto o sistema de fábricas expropriou seu tempo, ferramentas e criatividade. Os trabalhadores inicialmente resistiram com revoltas e valores tradicionais, mas logo desenvolveram teorias socialistas utópicas para defender seus direitos.
Este documento é um livro organizado por Jörn Schütrumpf sobre a vida e obra da revolucionária socialista Rosa Luxemburgo. O livro contém uma introdução biográfica sobre Luxemburgo, artigos de diferentes autores analisando seus principais escritos e textos originais dela mesma.
O documento discute os movimentos artísticos do Realismo e do Naturalismo no século XIX:
1) O Realismo surgiu como reação ao Romantismo e focou na anatomia do caráter humano e na crítica da sociedade da época;
2) O Naturalismo radicalizou os aspectos deterministas do Realismo, vendo o homem como produto de leis naturais e sociais;
3) Ambos os movimentos refletiram as transformações da Revolução Industrial e do capitalismo nascente, retratando a nova sociedade burguesa
O documento discute trechos do Manifesto Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels. Marx e Engels descrevem como a sociedade capitalista substituiu a manufatura pela indústria moderna, levando à formação de uma nova classe de milionários industriais e à exploração do proletariado pela burguesia.
Florentino de carvalho dois escritos da imprensa anarquista de são paulomoratonoise
Este documento contém dois textos do anarquista Florentino de Carvalho publicados no jornal Germinal em 1913. O primeiro texto discute a importância do escândalo para atividades subversivas e anarquistas. O segundo texto argumenta que a imprensa anarquista não deve se ater a uma única tendência anarquista, mas sim propagar diversas escolas enquanto afirma os princípios anarquistas.
Apresenta Thompson ao Procurar PENSAR NOVAS RELAÇÕES ENTRE BASE/SUPERESTRUTURA A PARTIR DA ANÁLISE DA CONSCIÊNCIA da classe operária. Acaba usando do CULTURALISMO RELACIONADO COM AS ESTRUTURAS, no qual discordou dos estruturalistas, como Lévi-Strauss, Louis Althusser e com os funcionalistas, fincando suas raízes no que podemos chamar de MARXISMO CULTURALISTA.
O documento é uma entrevista com o sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Ele fala sobre sua carreira e obra, começando com a sociologia na Polônia pós-guerra, quando se voltou para a disciplina para ajudar a reconstruir a sociedade. Ele também discute como tenta combinar os papéis de sociólogo e filósofo em seu trabalho, focando nas questões éticas e humanas.
Quintaneiro; barbosa; oliveira. um toque de clássicos marx, durkheim e webernandoflorippa
1) O documento apresenta uma introdução sobre as origens da sociologia e as transformações sociais resultantes da industrialização na Europa entre os séculos 16 e 19, incluindo mudanças nas estruturas de classes, na família e nas condições de trabalho.
2) Apresenta resumidamente os principais autores clássicos da sociologia - Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber - e os temas centrais abordados em seus trabalhos.
3) Fornece um breve resumo dos capítulos do livro sobre cada autor, incluindo conce
O documento é uma aula de sociologia sobre vários temas, incluindo cidadão livre, estratificação social, desigualdade social e socialismo. Contém charges e perguntas para treinar os alunos para uma prova. As charges ilustram esses conceitos sociológicos de acordo com pensadores como Marx, Weber e Durkheim.
1) O documento descreve uma pesquisa sobre o Movimento Literário Realismo, seu contexto histórico e características.
2) O Realismo surgiu na Europa em resposta ao cientificismo e positivismo da época, enfatizando a observação da realidade em oposição à imaginação.
3) Grandes escritores como Eça de Queirós e Machado de Assis representaram o movimento em Portugal e no Brasil, criticando problemas sociais por meio de uma visão pessimista e anti-heroica dos personagens.
Movimento Literário Realismo: A diferença do comportamento humano conforme a ...Gabriel Alves
Artigo feito por Gabriel Alves da Silva, Luan Silva Carvalho e João Vitor Gomes, da escola João Cruz, Jacareí.
Orientado pela professora Maria Piedade Teodoro silva
O documento discute a construção histórica dos Estados modernos absolutistas no mundo ocidental. Em 3 frases:
1) Começa com a Idade Média e o poder da Igreja Católica, passando pelas guerras religiosas até o surgimento dos Estados absolutistas e a instauração da soberania e igualdade formais entre os Estados.
2) Argumenta que o ser humano é essencialmente histórico e que as histórias, contadas ou não, nos ajudam a nos formar e entender o presente.
3) Defende a import
O documento critica um artigo publicado na revista Veja que ataca sindicatos de professores. Os autores argumentam que o artigo defende interesses privados sob o disfarce de interesse público e que minimiza as difíceis condições de trabalho dos professores. Eles também criticam a influência crescente de institutos privados na educação pública.
Este documento apresenta o plano de ensino para o curso de História Contemporânea em uma Faculdade de Comunicação Social. O curso abordará a história da modernidade desde a Revolução Industrial até os dias atuais, com foco nos processos de formação do capitalismo, imperialismo, guerras mundiais, Guerra Fria e globalização. Serão utilizados livros, filmes e seminários com o objetivo de analisar criticamente o sistema mundial colonial-moderno e seus problemas contemporâneos.
Aula de sociologia sobre sua origem e as características do positivo. Brave analise da influência do positivismo no Brasil e seus principais pensadores.
RAGO_Margareth_O efeito Foucault na historiografia brasileira.pdfElisaCaetano12
O artigo discute como as proposições de Foucault transformaram as concepções de história, levando os historiadores a focar nas bases epistemológicas dos discursos em vez dos fatos. Isso porque Foucault via o passado como discursos que constituíam campos de poder, não uma verdade documental. Embora provocando reações, seu trabalho influenciou a historiografia brasileira a considerar novos temas e abordagens como a genealogia e o simbólico.
1) O documento discute os primeiros estudos sobre juventude e universitários na sociologia brasileira dos anos 1960, focando nos trabalhos de Otávio Ianni e Marialice Foracchi.
2) Karl Mannheim foi pioneiro na década de 1920 ao estudar gerações e juventude, lançando as bases para futuros estudos sobre o tema.
3) A urbanização no Brasil nas décadas seguintes permitiu que a sociologia brasileira passasse a estudar os jovens como categoria social emergente.
1. O documento apresenta informações sobre uma aula de sociologia no 3o ano do ensino médio, incluindo o objetivo de problematizar a disciplina e seu contexto histórico de surgimento.
2. A sociologia surgiu no contexto da Revolução Industrial e da formação do capitalismo para estudar os fenômenos sociais resultantes dessas transformações, como a urbanização e a classe trabalhadora.
3. Os principais eventos que levaram ao surgimento da sociologia foram a Revolução Industrial, a Revolução Francesa, a formação dos estados
O documento discute o manifesto do grupo Krisis contra o trabalho e sua adaptação ao contexto brasileiro. O grupo Krisis critica o trabalho como fonte central de identidade nas sociedades capitalistas e propõe a abolição do trabalho. A adaptação brasileira enfatiza a necessidade de reduzir a jornada de trabalho para 30 horas semanais para promover tempo de lazer e sustentabilidade social e ambiental. O autor argumenta que isso é necessário para equilibrar trabalho e vida, reduzir desemprego e aumentar produtividade, abordando também desaf
O documento discute a periodização da história dividida em Pré-História e História propriamente dita, e como esta é dividida em períodos como a Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna/Contemporânea de acordo com marcos como o advento da escrita e queda do Império Romano. Também debate conceitos como positivismo e como a história deve ser constantemente reescrita.
Caderno contento os artigos:
- Da Revolução de Outubro ao Ecossocialismo do século XXI - Michael Löwy
- Espaços econômicos de subversão feminista? - Amaia Pérez Orozco
- O comunismo em movimento - Catherine Samary
O documento discute as principais correntes historiográficas: Positivismo, Marxismo, Escola dos Annales, Nova História e Micro-história. O Positivismo defendia a história política baseada em documentos oficiais. A Escola dos Annales incorporou métodos das ciências sociais e estudou atividades pouco investigadas. A Nova História focou na história das mentalidades. A Micro-história analisou temas delimitados a partir de fontes exaustivas. O Marxismo baseou-se em critérios econômicos e na luta de
PREFÁCIO DE CONTRIBUIÇÃO À CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA - KARL MARXCristiane Vitório
1) O documento descreve a trajetória intelectual de Karl Marx e como ele desenvolveu suas ideias sobre economia política e socialismo.
2) Marx passou a estudar questões econômicas enquanto jornalista e desenvolveu a visão de que as relações econômicas de uma sociedade determinam sua estrutura política e social.
3) Marx e Engels trabalharam juntos para desenvolver uma crítica da filosofia pós-hegeliana à luz de suas novas ideias econômicas, resultando em um manuscrito não
Karl Marx (1818-1883) foi um filósofo e economista alemão que desenvolveu a teoria do materialismo histórico e da luta de classes. Sua obra mais famosa é O Capital, onde critica o capitalismo e suas contradições intrínsecas. Marx acreditava que a história é determinada pelas lutas entre classes sociais e que o comunismo traria a abolição da propriedade privada e do Estado.
Karl Marx (1818-1883) foi um filósofo e economista alemão que desenvolveu a teoria do materialismo histórico e da luta de classes. Sua obra mais famosa é O Capital, onde critica o capitalismo e suas contradições intrínsecas. Marx acreditava que a história é determinada pelas lutas entre classes sociais e que o comunismo traria a abolição da propriedade privada e do Estado.
RERUM NOVARUM, O ESPÍRITO DO CAPITALISMO E O SURGIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL LOCIMAR MASSALAI
O texto faz um resgate do contexto histórico da época em que foi escrita a Carta Encíclica Rerum Novarum de Leão XIII, um dos marcos da doutrina social da igreja sobre a condição dos operários no final do século XIX, provocado pela apreciação do filme “Daens um grito de justiça” que relata a vida miserável de trabalhadores, mulheres e crianças em uma fábrica de tecidos na cidade belga de Aalst, metáfora da vida explorada de tantos trabalhadores da época e no século seguinte. No segundo capítulo o texto resgata os grandes temas da Rerum Novarum fazendo algumas acentuações críticas de seus paradoxos e contradições. Finaliza com retomada de alguns pontos históricos do surgimento do Serviço Social dentro da lógica e do espírito do capitalismo e de como esta profissão conseguiu romper a visão alienada de si mesma e do seu fazer.
O documento discute a influência da cultura árabe e islâmica na cultura brasileira de acordo com o historiador e folclorista Luís da Câmara Cascudo. Algumas das influências apontadas incluem costumes alimentares, arquitetônicos e linguísticos incorporados no cotidiano brasileiro através dos séculos de contato entre as culturas. O texto também reflete sobre a cobertura da mídia sobre ataques terroristas e a necessidade de uma abordagem mais equilibrada dos aspectos culturais envolvidos.
Este documento apresenta um resumo introdutório da filosofia de Marx, discutindo: 1) as duas respostas radicais ao dilema sobre a exploração do homem pelo homem, sendo a conservadora que defende ser imutável e a revolucionária que defende a superação; 2) a visão conservadora de uma essência humana imutável versus a visão revolucionária de que a essência humana é moldada historicamente; 3) a possibilidade histórica de a humanidade se tornar comunista assim como se tornou burguesa, superando o capital
Errico Malatesta, Revolta e Ética anarquista - Nildo AvelinoBlackBlocRJ
Este documento discute a trajetória do anarquismo e as contribuições de suas principais figuras históricas como Proudhon, Bakunin, Kropotkin e Malatesta. O autor argumenta que o anarquismo evoluiu de um sentimento intuitivo da vida com Proudhon para uma sistematização com Kropotkin, perdendo seu elemento ético original, que foi recuperado por Malatesta ao fundamentar o anarquismo em bases éticas e políticas.
O documento resume o Manifesto do Partido Comunista de Marx e Engels, descrevendo sua estrutura e ideias centrais. O texto analisa como o Manifesto descreve a história da humanidade e a luta de classes entre burgueses e proletários, defendendo que os comunistas lutam pelos mesmos objetivos que outros partidos operários da época: a organização do proletariado para conquistar o poder político e destruir a supremacia burguesa.
O documento analisa o livro "A Era das Revoluções" de Eric Hobsbawm. O livro discute as Revoluções Francesa e Industrial, analisando suas causas e consequências profundas nas sociedades entre 1789-1848. A Revolução Industrial começou na Inglaterra devido a fatores econômicos, tecnológicos e sociais. A Revolução Francesa espalhou ideias liberais na Europa e marcou a queda da monarquia com a Declaração dos Direitos do Homem. As revoluções transformaram a
Marx, karl. contribuição à crítica da economia políticaSara Leal
Este documento apresenta a segunda edição traduzida para o português da obra "Contribuição à Crítica da Economia Política" de Karl Marx. A tradução foi realizada por Florestan Fernandes a partir de versões em inglês, francês e espanhol. O texto contém a apresentação, introdução e os primeiros capítulos da obra, além de anexos com comentários de Engels e notas do editor.
Marx, Karl. Contribuicao para a critica da economia politicaAndré Santos Luigi
O documento apresenta o livro "Contribuição à crítica da economia política" de Karl Marx, traduzido e introduzido por Florestan Fernandes. O livro contém uma introdução do tradutor, o prefácio e os dois primeiros capítulos da obra de Marx, além de anexos com textos complementares.
Marx, Karl. Contribuicao para a critica da economia politica
114 316-1-pb (1)
1. HISTÓRIA SOCIAL Campinas - SP NO
4/5 215-220 1997/1998
Sobre História, de Eric Hobsbawm. São Paulo: Compahia das Letras,
1998.
Valter Pomar*
Sobre História, o livro mais recente de Eric Hobsbawm, reúne um
prefácio e 22 ensaios, escritos entre 1968 e 1997, dos quais apenas seis
nunca tinham sido publicados até agora. A maioria deles (16) foi
apresentada originalmente em conferências, colóquios e aulas magnas.
Diferentemente de outras coletâneas de Hobsbawm disponíveis em
português, esta é “sobre história”, ou seja, reúne ensaios que têm em comum
o fato de abordarem diferentes aspectos do debate acerca da natureza da
história (nos dois sentidos da palavra).
Toda a obra de Hobsbawm é explicitamente atravessada por essa
preocupação, digamos, metodológica. Professor desde 1947, ele organizou
seu primeiro livro em 1948 e defendeu sua tese de doutoramento em 1950.
Desde então, produz copiosamente. Só no Brasil, teve publicadas as
seguintes obras: Capitão Swing, A Invenção das Tradições, da Revolução
Industrial Inglesa ao Imperialismo, Rebeldes Primitivos, Os Bandidos,
Mundos do Trabalho, Os Trabalhadores, Revolucionários, Estratégias para
uma Esquerda Racional, Ecos da Marselhesa, A Era das Revoluções, A Era
do Capital, A Era dos Impérios, Era dos Extremos: o Breve Século XX, além
de um livro sobre jazz e a coleção História do Marxismo, da qual foi
organizador.
Esta produção, concentrada em dois grandes temas (classes
trabalhadoras e história mundial), fez de Hobsbawm um dos mais
conhecidos e importantes historiadores da atualidade. Algo que não deixa de
*
Mestrando em história econômica pela Universidade de São Paulo.
2. 216 RESENHAS
ser irônico e surpreendente, nesses tempos de renegados e convertidos, já
que Hobsbawm nunca escondeu sua dupla condição de marxista e
comunista. Situação equivalente, talvez, só a de José Saramago.
O marxismo de Hobsbawm não tem nada de pós-moderno: “o que a
história pode fazer é descobrir os padrões e mecanismos da mudança
histórica em geral, e mais particularmente das transformações das
sociedades humanas durante os últimos séculos de mudanças radicalmente
aceleradas e abrangentes. Ora, um projeto dessa ordem exige uma estrutura
analítica para a análise da história. Essa estrutura deve estar baseada no
único elemento observável e objetivo de mudança direcional nos assuntos
humanos, isto é, a capacidade persistente e crescente da espécie humana de
controlar as forças da natureza por meio do trabalho manual e mental, da
tecnologia e da organização da produção. Aqui reside a importância crucial
de Karl Marx para os historiadores, porque ele construiu sua concepção e
análise da história sobre essa base. E isso significa, basicamente, uma
concepção materialista da história”.
Há, mesmo entre os marxistas, quem considere Hobsbawm um
“ortodoxo”. Claro que sua ortodoxia nada tem a ver com os manuais, mas
para os padrões elásticos atualmente em voga, ele chega a ser chocante.
Como ninguém coloca em dúvida a qualidade de sua obra, há duas
alternativas: ou estamos diante de um caso de esquizofrenia teórica, ou é
exatamente o alicerce “ortodoxo” que sustenta seu trabalho de historiador.
Além desse tipo de debate teórico, Sobre História contém importantes
reflexões sobre a finalidade e as conseqüências do trabalho do historiador.
Em alguns momentos, é como se Hobsbawm estivesse preocupado em
oferecer orientações de “ética profissional”.
Por exemplo: no primeiro ensaio, originalmente uma palestra para
estudantes, ele diz que “os governos, o sistema econômico, as escolas, tudo
na sociedade, não se destina ao benefício das minorias privilegiadas. Nós
podemos cuidar de nós mesmos. É para o benefício da grande maioria das
pessoas, que não são particularmente inteligentes ou interessantes, não têm
um grau elevado de instrução, não são prósperas ou realmente fadadas ao
3. RESENHAS 217
sucesso, não são nada de muito especial. É para as pessoas que, ao longo da
história, fora de seu bairro, apenas têm entrado para a história como
indivíduos nos registros de nascimento, casamento e morte. Toda sociedade
na qual valha a pena viver é uma sociedade que se destine a elas, e não aos
ricos, inteligentes e excepcionais, embora toda sociedade em que valha a
pena viver deva garantir espaço e propósito para tais minorias. Mas o mundo
não é feito para o nosso benefício pessoal, e tampouco estamos no mundo
para nosso benefício pessoal. Um mundo que afirme ser esse seu propósito
não é bom e não deve ser duradouro”.
Hobsbawm possui um sentido muito prático acerca dos efeitos da
história (nos dois sentidos da palavra) sobre as pessoas, inclusive sobre si
mesmo, como sabem os que leram a Introdução de A Era dos Impérios, onde
ele afirma ser “extremamente improvável que um encontro assim (entre sua
mãe austríaca e seu pai inglês, no Esporte Clube dos arredores de
Alexandria) tivesse acontecido num lugar assim, ou que tivesse levado ao
casamento entre duas pessoas assim em qualquer outro período (anterior) da
história”.
Ou ainda: “todo historiador tem seu próprio tempo de vida, um
poleiro particular a partir do qual sondar o mundo. Meu próprio poleiro é
constituído, entre outros materiais, de uma infância na Viena dos anos 20, os
anos da ascensão de Hitler em Berlim, que determinaram minhas posições
políticas e meu interesse pela história, e a Inglaterra, e especificamente a
Cambridge dos anos 30, que confirmaram ambos”.
Essa percepção aguda e pessoal dá a algumas de suas reflexões um
sentido quase melancólico: “Grande parte de minha vida, talvez a maior
parte de minha vida consciente, foi dedicada a uma esperança que foi
claramente desapontada, e para uma causa que evidentemente fracassou: o
comunismo iniciado pela Revolução de Outubro”. Mas, apoiando-se no
professor Reinhard Koselleck (para quem “no curto prazo a história pode ser
feita pelos vencedores. No longo prazo, os ganhos em compreensão histórica
têm advindo dos derrotados”), Hobsbawm conclui que “o fim deste milênio
deve inspirar muita história boa e inovadora. Isto porque, à medida que o
4. 218 RESENHAS
século termina, o mundo está mais cheio de pensadores derrotados
preocupados com uma variedade muito ampla de insígnias ideológicas que
de pensadores triunfantes – principalmente entre aqueles com idade
suficiente para terem longas memórias”.
Além do debate teórico e da discussão sobre o mister do historiador,
Sobre História contém uma análise sobre os desafios atuais do movimento
socialista: “durante a maior parte da história, o mecanismo básico para o
crescimento econômico foi a apropriação do excedente social. O
crescimento operava por meio da desigualdade. Isso foi compensado, até
certo ponto, pelo enorme crescimento na riqueza total. (Os produtores
partilhavam dos benefícios) mediante a participação no processo produtivo.
Suponhamos agora que a maioria da população não seja mais necessária
para a produção. É provável que aumente e intensifique a desigualdade
econômica e outras, como a desigualdade entre a maioria supérflua e os
demais”.
“Após cerca de 150 anos de declínio secular, a barbárie esteve em
crescimento durante a maior parte do século XX e não há nenhum indício de
que esse crescimento esteja no fim”.
“O Manifesto Comunista ainda tem muito a dizer ao mundo às
vésperas do século XXI. O mundo transformado pelo capitalismo que ele
descrevia em 1848 é reconhecidamente o mundo no qual vivemos 150 anos
depois. O Manifesto é um documento que levava em conta o fracasso.
Esperava que o resultado do desenvolvimento capitalista fosse uma
reconstituição revolucionária da sociedade em geral mas, como já vimos,
não excluía a alternativa: ruína comum. Muitos anos depois, outro marxiano
reformulou a frase como a escolha entre socialismo e barbárie. Qual deles
prevalecerá é uma pergunta que devemos deixar para o século XXI
responder”.
Tomadas em conjunto, as reflexões sobre a história, sobre os
historiadores, sobre os desafios presentes e futuros contidas em Sobre
História compõem uma espécie de testamento, que está longe de ser pessoal.
Afinal, Hobsbawm é apenas o mais destacado dos historiadores marxistas
5. RESENHAS 219
britânicos, grupo que incluiu Maurice Dobb, E.P. Thompson, Cristopher
Hill, Rodney Hilton, entre outros que serviram e servem de referência para
diversas gerações de historiadores.
Este grupo aprendeu a ver na história “o suor, o sangue, as lágrimas e
os triunfos da gente comum, de nossa gente”. Cada qual a seu modo, todos
beberam na fonte do marxismo. Desenvolveram uma cooperação intensa,
que prosseguiu mesmo depois que parte deles saiu do Partido Comunista.
Eruditos, mostraram-se capazes de trabalho duro, muita pesquisa e uma
enorme capacidade de interagir com outros ramos do saber e com outras
escolas de pensamento. Há quem os considere portadores de uma ou mais
tradições teóricas (a esse respeito, seria importante que alguma editora
traduzisse Os Historiadores Marxistas Britânicos, de Harvey J. Kaye).
Os marxistas britânicos, entre eles Hobsbawm, constituem hoje uma
espécie de “padrão de qualidade” para as atuais e futuras gerações de
historiadores. Que enfrentarão um desafio enorme: afinal, se é verdade que
“os ganhos em compreensão téorica provêm dos derrotados”, é verdade
também que as derrotas sofridas pelo movimento socialista nos últimos anos
foram intensas, e os danos intelectuais ainda maiores. Como sabe qualquer
professor secundário, ou simplesmente alguém que leia sobre a qualidade de
nossos livros didáticos, muito esforço terá que ser feito até mesmo para
garantir um ensino regular de história mínimo e decente.
Pelo menos no caso do Brasil, a maioria das pessoas, inclusive os
estudantes universitários, lêem menos e estudam menos ainda. As academias
fornecem condições de trabalho excessivamente precárias. As organizações
dos trabalhadores (partidos, sindicatos etc) dedicam poucos recursos para as
atividades teóricas. Aliás, parte da esquerda está mais preocupada em
ocupar o seu lugar na ordem do que em subvertê-la, inclusive
intelectualmente. Amplos setores da intelectualidade converteram-se em
porta-vozes do capitalismo, outros regrediram para uma crítica utópica ao
capitalismo. Os que se mantêm marxistas ainda não dispõem de uma análise
global do capitalismo contemporâneo, necessária para embasar uma
alternativa socialista. Que agora precisa incluir, também, um balanço das
6. 220 RESENHAS
tentativas de construir o socialismo ocorridas no século XX. Nesse contexto,
as chances de a “derrota converter-se em compreensão teórica” são tão
grandes quanto as de converter-se em qualquer outra coisa.
Qualquer que seja o futuro, e independentemente do que ele ainda nos
ofereça, já valem para Hobsbawm as palavras que ele dedicou a Marx, no
prefácio de Sobre História: “mesmo que eu achasse que grande parte da sua
abordagem da história precisasse ser jogada no lixo, ainda assim continuaria
a levar em consideração, profunda mas criticamente, aquilo que os
japoneses chamam de um sensei, mestre intelectual para quem se deve algo
que não pode ser retribuído”.