3. OBJETIVOS
Reconhecer os seis grandes grupos de seres
vivos tratados no capítulo – Archaea,
Bacteria, Protoctista, Fungi, Plantae e
Animalia – e compreender por que os vírus
não são incluídos em nenhum desses reinos
Reconhecer os desafios da
definição de vida e conhecer
as principais características
dos seres vivos
Conhecer e compreender os
critérios científicos que
definem os diferentes níveis
hierárquicos de organização
da vida.
Conhecer a hierarquia das
principais categorias
taxonômicas tradicionais:
espécie, gênero, família,
ordem, classe, filo e reino
Compreender a importância
da nomenclatura binomial
de Lineu para a Biologia.
• Compreender os princípios da
elaboração de árvores filogenéticas e
cladogramas, reconhecendo-os como
maneiras de representar as relações de
parentesco evolutivo entre grupos de
seres vivoss
REINO
5. QUE É VIDA?
Em 1959, por exemplo, o geneticista estadunidense Norman Horowitz
(1915 ‑2005) sugeriu que a vida “caracteriza ‑se por autorreplicação,
mutabilidade e troca de matéria e energia com o meio ambiente
Em 1986, o biólogo evolucionista inglês John Maynard Smith (1920
‑2004) considerou que “[...] entidades com propriedades de
multiplicação, variação e hereditariedade são vivas, e entidades que
não apresentam uma ou mais dessas propriedades não o são”.
Em 1987, O bioquímico evolucionista Jeffrey S. Wicken (1942 ‑2002),
definiu vida como “uma hierarquia de unidades funcionais que, por
meio da evolução, têm adquirido a habilidade de armazenar e
processar a informação necessária para sua própria reprodução”.
6. Em 1982, Ernst Mayr (1904 ‑2005), que assim escreveu:
“Tentativas foram feitas repetidamente para definir ‘vida’. Esses esforços
são um tanto fúteis, visto que agora está inteiramente claro que não há
uma substância, um objeto ou uma força especial que possa ser
identificada à vida”
“O processo da vida, contudo, pode ser definido. Não há dúvida de que os
organismos vivos possuem certos atributos que não são encontrados [...]
em objetos inanimados”.
QUE É VIDA?
11. REAGEM AO AMBIENTE EM QUE VIVEM
Muitos seres vivos são capazes de reagir ao que se passa ao seu redor. Bactérias,
algas e protozoários microscópicos deslocam
se ativamente, procurando os locais
mais favoráveis à sua sobrevivência. A maioria dos animais caracteriza
se por
reações rápidas a estímulos ambientais. Muitas plantas podem alterar a posição
de suas folhas no decorrer do dia, de modo a aproveitar melhor a energia do Sol
CARACTERÍSTICAS
12. CRESCIMENTO E REPRODUÇÃO
O crescimento garante a manutenção do organismo e a reprodução a sua
perpetuação
CARACTERÍSTICAS
SEXUADA ASSEXUADA
13. VARIABILIDADE GENÉTICA E BIODIVERSIDADE
O material genético apresenta características que variam entre as espécies e
mesmo entre indivíduos de uma mesma espécie
CARACTERÍSTICAS
14. ADAPTAÇÃO E EVOLUÇÃO
o ambiente “seleciona” positivamente os indivíduos mais aptos, geração após
geração, o que foi denominado seleção natural.
Graças à variabilidade genética, ocorrem diferenças entre os indivíduos de uma
mesma geração de organismos, o que possibilita que uns organismos se ajustem
melhor que outros ao ambiente em que a população está vivendo. Esse
ajustamento confere a alguns indivíduos maiores chances de se reproduzir e
transmitir aos descendentes suas características adaptativas, que se acentuam
ao longo das gerações e gerações de seleção
CARACTERÍSTICAS
16. NÍVEL CELULAR
ÁTOMOS
que se unem
quimicamente formando
as moléculas das
diversas substâncias
orgânica
MOLÉCULAS
As moléculas orgânicas
constituem os diversos
tipos de estruturas que
compõem as células
CÉLULAS
as unidades básicas dos
seres vivos (exceto os
vírus).
17. NÍVEL DOS TECIDOS
CORPORAIS
TECIDOS
Tecidos são conjuntos
celulares funcionais que
desempenham diversos
papéis no organismo.
ORGÃOS
desempenham funções
específicas. O estômago,
por exemplo, é um órgão
constituído por diversos
tecidos
SISTEMA
Um conjunto de órgãos
funcionalmente
integrados. Sistema
Digestório.
18. NÍVEL DOS ORGANISMOS
ORGANISMO
Os diversos sistemas de
órgãos corporais –
digestório, circulatório,
esquelético etc. – formam
o organismo
ESPÉCIE
indivíduos capazes de
cruzar entre si gerando
descendentes férteis
POPULAÇÃO
é definida como um
conjunto de indivíduos de
mesma espécie que habita
determinada região
geográfica
BIOCENOSE
Ao conjunto de populações
de diferentes espécies que
coexistem em determinada
região, interagindo.
ECOSSISTEMA
Comunidades biológicas
interagem entre si e com o
biótopo.
BIOSFERA
reúne todos os
ecossistemas da Terra
21. A QUESTÃO DA DIVERSIDADE DA VIDA JÁ OCUPAVA O PENSAMENTO DO FILÓSOFO GREGO
ARISTÓTELES (384
322 A.C.) NO SÉCULO IV A.C., LEVANDO
O A ELABORAR UM DOS PRIMEIROS
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA DE QUE SE TEM NOTÍCIA
ANIMAIS PLANTAS
MACROSCÓPICA
22. TODOS OS SERES VIVOS ATUAIS DESCENDEM DOS PRIMEIROS
ORGANISMOS, QUE, HOJE SABEMOS, SURGIRAM BILHÕES DE ANOS
ATRÁS.
século XIX, Charles Darwin
De acordo com a teoria evolucionista, a
diversidade da vida decorre da evolução
biológica, processo de ajustamento dos
organismos e das espécies aos desafios de
sobrevivência. Ao longo do século XX, a teoria
darwinista foi ampliada e consolidada, sendo
atualmente uma das mais importantes na
Biologia
23. classificação biológica deveria levar em conta as
relações de parentesco evolutivo entre as espécies,
uma vez que as espécies atuais se originaram de
outras mais antigas
24. A CLASSIFICAÇÃO TRADICIONAL, DE LINEU (SÉC XVIII) PASSA
ATUALMENTE POR GRANDES MUDANÇAS DEVIDO A NOVAS
TÉCNICAS DE ESTUDO E NOVAS IDEIAS SOBRE COMO E POR
QUE CLASSIFICAR OS SERES VIVOS.
O OBJETIVO DA CLASSIFICAÇÃO MODERNA É SER O MAIS
“NATURAL” POSSÍVEL, OU SEJA, REFLETIR O GRAU DE
PARENTESCO EVOLUTIVO ENTRE AS ESPÉCIES
25. LINEU AGRUPOU OS SERES VIVOS DE ACORDO COM AS
SEMELHANÇAS QUE ELES APRESENTAVAM.
AGRUPAR OS SERES VIVOS COM BASE EM
CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS E ANATÔMICAS
AGRUPAMENTOS EM TÁXONS (ARRANJOS):
ESPÉCIE, GÊNERO, FAMÍLIA, ORDEM, CLASSE, FILO,
REINO ( DO GRUPAMENTO MAIS BÁSICO PARA O
MAIS ABRANGENTE)
26. ATIVIDADE EM GRUPO
PESQUISAR EM SITES CONFIÁVEIS DA INTERNET
SOBRE AS PLANTAS MEDICINAIS CONHECIDAS PELO
NOME POPULAR DE BOLDO
HÁ MAIS DE UM TIPO DE BOLDO? NO CASO DE HAVER MAIS
DE UM, A QUE FAMÍLIAS, GÊNEROS E ESPÉCIES ELES PER‑
TENCEM? E O QUE DIZER DE SEUS EFEITOS SUPOSTAMENTE
TERAPÊUTICOS, SÃO OS MESMOS?
27. A NOMENCLATURA
BINOMIAL
O nome científico de todo ser vivo, para Lineu, devia ser composto de duas palavras, a
primeira referente ao gênero e a segunda referente à espécie do organismo. Por
atribuir dois nomes a cada espécie viva, o sistema de Lineu ficou conhecido como
nomenclatura binomial, utilizada até hoje
NOMES ESCRITOS EM LATIM
PRIMEIRA LETRA DO GÊNERO EM MAIÚSCULA E A DA ESPÉCIE EM
MINÚSCULA
DESTACADO NO TEXTO EM ITÁLICO OU SUBLINHADO
28. EXERCÍCIO
PÁSSAROS DO GÊNERO PAROARIA.
(A) A ESPÉCIE P.
CORONATA MEDE CERCA
DE 18 CM E RECEBE O
NOME POPULAR DE
CARDEAL NA REGIÃO
SUL DO BRASIL E DE
GALO ‑DA ‑CAMPINA NA
REGIÃO DO PANTANAL
MATO ‑GROSSENSE.
(B) A ESPÉCIE P.
CAPITATA,
QUE MEDE CERCA DE
16 CM, É CONHECIDA
POPULARMENTE
COMO CARDEAL NO
PANTANAL
MATO ‑GROSSENSE.
(C) A ESPÉCIE P.
DOMINICANA, COM
CERCA DE 17
CENTÍMETROS,
RECEBE O NOME
POPULAR DE GALO
‑DA‑
‑CAMPINA NA
REGIÃO NORDESTE.
ISSO MOSTRA
A POSSIBILIDADE DE CONFUSÃO ENTRE OS
NOMES POPULARES E A VANTAGEM DE UTILIZAR
A NOMENCLATURA CIENTÍFICA
29. SISTEMÁTICA MODERNA E
EVOLUCIONISMO
A tendência atual da Sistemática é classificar os organismos com base nas
relações de parentesco evolutivo entre eles. Segundo o evolucionismo, todas
as formas de vida são parentes em algum grau, pois necessariamente
tiveram ancestrais comuns. Um dos maiores desafios da Sistemática é
escolher características morfológicas, funcionais ou moleculares que
sejam relevantes para classificar os organismos de modo a refletir seu
parentesco evolutivo
30. Entretanto, nem sempre características semelhantes
significam grau de parentes co evolutivo próximo. Por
exemplo, asas são estruturas adaptadas ao voo e apresentam
uma superfície ampla, possibilitando a sustentação no ar.
Esse princípio estrutural está presente tanto nas asas dos
insetos quanto nas asas das aves, embora tais órgãos tenham
origens embrionárias totalmente distintas nesses grupos de
animais
32. Em uma árvore filogenética, a divisão de um ramo em dois indica que
uma espécie ancestral deu origem a duas novas espécies. Cada
espécie atual representa a extremidade de um ramo da árvore
filogenética; se “descermos” por um ramo dessa árvore,
encontraremos o ponto em que ele se une a outro ramo – um nó –
que indica o ancestral mais recente que duas espécies têm em
comum
33. A CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A
CLADÍSTICA
Em lugar das categorias tradicionais como
classes, ordens etc., os cladistas
propõem que se utilize apenas o termo
clado, ou clade, para designar um grupo
de espécies que tiveram uma espécie
ancestral comum.
34. AS ESPÉCIES SEMPRE SURGEM POR MEIO DA CLADOGÊNESE,
PROCESSO EVOLUTIVO EM QUE UMA ESPÉCIE ANCESTRAL
ORIGINA DUAS NOVAS ESPÉCIES. CADA NÓ DO CLADOGRAMA,
PORTANTO, REPRESENTA A ORIGEM DE DOIS NOVOS RAMOS DE
ORGANISMOS
35. PRINCIPAIS GRUPOS DE
SERES VIVOS ANIMAL X VEGETAL
Ernst Haecke
REINO
PROTISTA
ALGAS E PROTOZOÁRIOS
Edouard Chatton
REINO
MONERA
BACTÉRIAS
Robert H. Whittaker
REINO
FUNGI
FUNGOS
Carl Woese
3 DOMÍNIOS
Bacteria, Archaea e
Eukarya
37. OS VÍRUS: VIVOS OU NÃO
VIVOS
ALGUNS ESTUDIOSOS NÃO CONSIDERAM OS VÍRUS SERES VIVOS PORQUE ELES SÃO
ACELULARES, OU SEJA, NÃO SÃO CONSTITUÍDOS POR CÉLULAS. POR OUTRO LADO, OS
VÍRUS APRESENTAM PROTEÍNAS E MATERIAL GENÉTICO SEMELHANTES AOS DE OUTROS
SERES VIVOS, QUE SOFREM MUTAÇÕES, SE ADAPTAM E EVOLUEM, ALÉM DE
DEPENDEREM DE CÉLULAS VIVAS PARA SE REPRODUZIR. POR ESSES MOTIVOS OS VÍRUS
NÃO SÃO CLASSIFICADOS EM NENHUM DOS SEIS GRANDES GRUPOS APRESENTADOS
ANTERIORMENTE