2. TERMINOLOGIAS
IMPORTANTES
• Sistemática: estudo científico da diversidade biológica e
sua história evolutiva;
• Árvore filogenética: árvore que mostra as relações
genealógicas entre os organismos, com uma única
espécie ancestral em sua base;
• Taxonomia: identificação, denominação e classificação
das espécies;
3. • Grupo monofilético: é composto por um ancestral e todos os seus
descendentes;
• Grupo polifilético: é composto por táxons que descendem de mais de
uma linhagem ancestral;
• Grupo parafilético: possui um ancestral comum, mas não inclui todos os
seus descendentes.
Grupos não-
monofiléticos
4. • Estruturas homólogas: têm uma origem comum, mas não
necessariamente uma função comum (folhas, cotilédones,
brácteas, pétalas);
• Estruturas análogas: possuem função e aparência externa
semelhantes, mas têm um passado evolutivo
completamente distinto (asas de insetos e asas de aves).
5. TAXONOMIA
• 1.753: Carl von Linné, ou Lineu, publicou Species Plantarum (As Espécies de plantas). 12
palavras;
• Lineu utilizou a categoria genérica postulada por Caspar Bauhin (1.560-1.624) e tornou
permanente o sistema binomial.
• Erva-dos-gatos:
• Polinômio: Nepeta floribus interrupte spicatus pedunculatis “cataria” (Nepeta com flores em espiga
pedunculada ininterrupta “associada a gatos”);
• Sistema binomial: Nepetea cataria.
• Código Internacional de Nomenclatura Botânica: O nome binomial mais antigo aplicado a
uma espécie em particular tem prioridade sobre outros nomes que mais tarde sejam aplicados
à mesma espécie.
6. SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
• Visam detectar, descrever e agrupar os organismos vivos em um esquema hierárquico
logicamente organizado, produzindo assim uma classificação;
• Procuram também descobrir relações evolutivas reais;
• Estão diretamente e fundamentalmente ligados ao estudo da evolução geral.
7. IMPORTÂNCIA
DOS SISTEMAS
DE
CLASSIFICAÇÃO
Sintetizar o conhecimento
adquirido de um
determinado grupo;
Transformar esse
conhecimento em algo
compreensível e
estruturado;
Evidenciar o
relacionamento entre
diferentes unidades
taxonômicas.
8. PARA SER UM BOM SISTEMA
DE CLASSIFICAÇÃO
• Precisa:
• Fornecer organização hierárquica que expresse as
relações naturais e/ou filogenéticas entre os organismos;
• Fornecer um método para posterior identificação (chaves,
descrição taxonômica);
• Ter poder de predição;
• Ter estabilidade.
9. SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
• Sistema Artificial: baseado em um ou poucos caracteres.
• Theophrastus (372 a 287 a.C.): Pai da Botânica: criação de grupos baseados principalmente no hábito;
• Dioscórides (1° século d.C.): médico do exército romano. Obra de referência durante 16 séculos – 600
plantas de interesse medicinal;
• Renascença (séc. XVI): invenção da imprensa na Europa. Incorporação de descrições ilustrações
detalhadas. Muitas contribuições para a difusão da fase descritiva da sistemática vegetal. Autores
importantes: Brunfels e Fechs;
• Andreas Cesalpinus (1.519-1.603): 1° taxonomista vegetal – classificação baseada em hábito, fruto,
semente e caracteres florais. Brassicaceae e Asteraceae: conceitos atuais das famílias;
• Caspar Bauhin (1.560-1.624): reconhecimento da categoria genérica. Introdução da nomenclatura binomial;
• Lineu (1.707-1.778): Pai da Taxonomia Animal e Vegetal. Principal representante do sistema artificial. Pouca
preocupação em mostrar afinidades naturais. Sistema sexual de Lineu – reconheceu 24 classes baseadas
em características sexuais: gineceu e androceu. Perpetuou a nomenclatura binomial.
10. • Sistema Natural: baseado em vários caracteres, agrupamento por afinidades e
similaridades.
• M. Adanson (1.727-1.806): sistema de classificação com o maior número de caracteres possível;
• J.P.B. Lamarck (1.744-1.829): “modificações ambientais provocam modificações na estrutura
dos órgãos = hereditário”. Método analítico de ID muito semelhante ao utilizado nas chaves de
ID modernas;
• G. Bentham e J.D Hooker: produziram o mais elaborado Sistema de classificação Natural –
Genera Plantarum (1.862-1.883) – material dissecado depositado em herbários britânicos;
• Darwin (1.859): Teoria da Evolução das Espécies (On the Origin of Species).
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
11. • Sistema Filogenético: baseado em vários caracteres, agrupamento por relações
filogenéticas. Método utilizado para se estudar as relações de parentesco e agrupar
táxons, baseado em ancestralidade compartilhada.
• Eichler (1.839-1.887): 1.883 > esboço primário baseado nas relações genéticas;
• Engler (1.844-1.930): acreditava que as flores simples e unissexuais eram “primitivas”. Primeira
família desta classificação era Casuarinaceae. Angiospermas se originavam de Gminospermas,
Monocotiledôneas derivam das “Dicotiledôneas”;
• Bassey (1.845-1.915): primeiros cladogramas baseados em critérios subjetivos;
• Cronquist (1.919-1.992): sistema de classificação largamente difundido e utilizado, inclusive no
Brasil;
• Willi Henning (1.913-1.976): Pai da Cladística e da Sistemática Filogenética.
• Cladística: analisa dados filogenéticos objetivamente, vê a evolução através da transformação de
caracteres com estados de caráter ancestral e derivado.
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
12. SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA
• Grande impulso a partir da década de 90;
• Utilização de dados moleculares (sequenciamento do DNA nuclear e de organelas);
• Não há um sistema definitivo, havendo mudanças constantes nos últimos anos.
• Fonte de dados: morfologia, química, anatomia, proteínas, DNA, RNA, ecologia, fisiologia,
etc.
• Importância: revolucionou a sistemática animal e vegetal nas últimas duas décadas, com
a obtenção de filogenias para os mais diferentes grupos hierárquicos.
13. CLASSIFICAÇÃO DOS
ORGANISMOS
• Lineu e cientistas anteriores reconheciam três reinos:
• Vegetal (não se mexiam, não comiam, cresciam indefinidamente –
incluindo fungos, algas e bactérias/procariontes), Animal (se
mexiam, comiam, crescimento definido – incluindo protozoários) e
Mineral.
• Animal, Vegetal, Monera (organismos procariontes), Protista e
Fungo.
1) Vírus não têm estrutura celular.
2) Bactérias e cianobactérias (reino Monera) possuem estrutura celular, mas não
têm envoltório nuclear.
3) Algas e protozoários (reino Protista) possuem envoltório nuclear, mas não têm
células organizadas em tecidos
diferenciados.
4) Animais (reino Animalia) possuem tecidos, mas suas células não têm parede
celular.
5) Fungos (reino Fungi) possuem células com parede celular, mas não têm
cloroplastos.
14. • Categorias taxonômicas hierárquicas:
• Reino, Filo (Divisão), Classe, Ordem, Família, Gênero, Espécie.
• Augustin-Pyramus de Candolle (1.778-1.841): inventou a palavra “taxonomia” e
acrescentou a categoria “Divisão” para designar grupos de classes no Reino Vegetal:
• XV Congresso Internacional de Botânica, em 1.993, tornou Filo equivalente a Divisão em termos
de nomenclatura.
CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS
15. DOMÍNIOS: BACTERIA, ARCHAEA E
EUKARYA
• Análises de sequências de RNA da subunidade menor do ribossomo forneceram a
primeira evidência de que o mundo vivo era dividido em três grandes domínios.
16. DOMÍNIOS: BACTERIA, ARCHAEA E
EUKARYA
Esta tabela foi copiada da pág. 188 do livro de Biologia Vegetal.
EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E. Biologia Vegetal. Grupo GEN, 2014. 978-85-277-2384-8. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2384-8/. Acesso em: 02 ago. 2022.
17. PLANTAS TERRESTRES: CENÁRIO ATUAL
Angiosperma
s
“Briófitas” “Pteridófitas”
Licófita Monilófita “Gimnospermas”
Sinfogamia = tubo polínico