O documento descreve a classificação biológica e a taxonomia, definindo a sistemática como a ciência que estuda a diversidade biológica e as relações evolutivas entre os seres vivos. Explica as principais categorias taxonômicas propostas por Lineu e os cinco reinos do sistema moderno de classificação: Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia.
2. A Sistemática
A Sistemática é o ramo da Biologia que estuda a
diversidade biológica
( a biodiversidade) , isto é, os tipos de seres vivos e as
variações existentes entre eles.
A sistemática é a ciência dedicada a inventariar e descrever
a biodiversidade para compreender as relações
filogenéticas entre os organismos;
3. A Sistemática
O seu estudo inclui a taxonomia - ramo da ciência que
trata da ordenação (classificação) e denominação
(nomenclatura) dos seres vivos, agrupando-os de acordo
com o seu grau de semelhança;
e a filogenia -ciência que trata das relações evolutivas
entre os organismos.
4. As classificações biológicas
Até pouco tempo, as classificações biológicas baseavam-se
quase que exclusivamente na comparação de
características morfológicas e anatômicas. Nos últimos
anos, porém, a taxonomia tem sido revolucionada pelo
emprego de técnicas avançadas de Biologia Molecular, que
permitem comparar a composição química dos mais
diversos seres vivos, principalmente quanto às proteínas e
aos ácidos nucléicos (DNA e RNA). Um exemplo disso, é a
classificação dos pandas gigantes da China.
6. Como trabalham os Sistematas
Utilizam os dados de diversos ramos do conhecimento
para agrupar os seres vivos de acordo com o seu grau de
parentesco e a sua história evolutiva. O seu objetivo é
procurar as relações evolutivas entre os organismos e
expressar essas relações em sistemas taxonômicos.
7. PRINCIPAIS OBJETIVOS DA SISTEMÁTICA
Descrever a diversidade biológica, desenvolvendo catálogos
tão completos quanto possível das características típicas de
cada espécie, “ batizando-a” com um nome científico;
Desenvolver critérios para organizar a diversidade,
agrupando os seres vivos de acordo com características
importantes e
Compreender os processos responsáveis pela existência
biológica (a vida).
8. O princípio da Pesquisa Sistemática
A Sistemática desenvolvida pelos cientistas, utiliza em linhas
gerais, o mesmo princípio utilizado na organização de
produtos em um supermercado (cada item posto em locais
específicos como: área de alimentos, de limpeza, etc). Imagine
fazer compras num local onde os produtos não estejam
agrupados em categorias.
De forma semelhante, os cientistas dividem os seres vivos em
categorias de acordo com suas características comuns. Assim, a
Sistemática apresenta seus resultados por meio da classificação
biológica, isto é, em categorias taxonômicas ou táxons ( as
categorias menores incluídas nas maiores).
9. O DESENVOLVIMENTO DA
CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA
Uma das primeiras classificações biológicas que se tem
notícia foi elaborada na Grécia antiga e classificava os
animais em aquáticos, terrestres e aéreos, critérios: o
ambiente em que viviam. As plantas, classificadas em ervas,
arbustos e árvores, critério: tamanho.
No decorrer dos séculos XIV, XV e XVI, os estudiosos
sentiram necessidade de sistemas de classificação que
agrupassem os seres vivos conforme características típicas,
critérios: estrutura corporal, as funções orgânicas e os
hábitos.
Sistemas naturais e não artificiais como antes (que levasse
em conta a natureza biológica do ser vivo).
10.
11. O SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE
LINEU
Entre os estudiosos da classificação natural destaca-se o
sueco Carl von Linné (1707-1778), também conhecido como
Lineu. Suas ideias foram publicadas no livro Systema
Naturae(Sistema Natural), 1735.
Após suas conclusões, Lineu agrupou os animais de acordo
com as semelhanças na estrutura corporal e, as plantas, de
acordo com a anatomia geral e a estrutura das flores e dos
frutos. Deu nome cientifico formado por mais de uma
palavra, em latim.
12. A NOMENCLATURA BINOMIAL DE LINEU
Nome popular Nome científico
Espécie humana Homo sapiens
Cachorro Canis familiaris
Girafa Giraffa camelopardalis
Gato Felis catus
Milho Zea mays
13. REGRAS DA NOMENCLATURA BINOMIAL
O nome científico dos organismos deve ser escrito
em latim (ou ser latinizado) e deve sempre ser
destacado do texto onde aparecem, sendo
impresso em Itálico ou grifado;
Lineu sugeriu que o nome científico de todo ser
vivo deve ser composto de duas palavras, a
primeira referindo-se ao nome genérico e a
segunda, ao nome específico, daí a expressão
sistema binomial de nomenclatura;
A expressão formada pela primeira palavra mais a
segunda designa a espécie. Ex. Canis é o gênero e
Canis familiaris é a espécie;
14. CONT. DAS REGRAS DA NOMENCLATURA
O gênero deve ser sempre escrito com letra inicial
maiúscula e a espécie, com letra inicial minúscula;
Ex. Homo sapiens (homem);
Quando existe subespécie, o nome que a designa
deve ser escrito depois do nome da espécie, sempre
com inicial minúscula. Exemplo: Rhea americana alba
(ema branca).
Quando existe subgênero, o nome que o designa
deve ser escrito depois do nome do gênero, entre
parênteses e com inicial maiúscula. Exemplo:
Anopheles (Nyssorhinchus) darlingi
15. CONT. DAS REGRAS DA
NOMENCLATURA
O gênero pode ser escrito sem se referir
a uma espécie em particular. Por ex.
Canis, sem especificar se é lobo ou
cão(caninos). Nesse caso o nome do
gênero é seguido pela abreviatura sp,
isto é, quando não há necessidade de
explicitar a espécie. Ex Canis sp. E
escrito com spp, no caso de referir a
várias espécies de um gênero, também
sem explicitar. Ex. Canis spp.
16. CONT. DAS REGRAS DA NOMENCLATURA
O nome científico ao ser usado pela primeira vez em um
texto, deve ser escrito por extenso; nas demais vezes que
aparecer, a parte genérica pode ser abreviada.
Ex. C. familiaris;
Se o autor da descrição de uma espécie for mencionado
deve aparecer em seguida à espécie com a data, sem
pontuação.
Ex. Trypanosoma cruzi Chagas, 1909
17. CONT. DAS REGRAS DA
NOMENCLATURA
Lei da prioridade, os nomes dados antes, se for descrito um
organismo já classificado, prevalecerá o nome dado
primeiro.
Um detalhe, para escrever o no nome das famílias e ordens
das plantas ou animais, o nome recebe o sufixo idae e o da
subfamília o sufixo inae, para animais Ex. Felidae, Felinae.
Para plantas, utiliza-se em geral, a terminação para família
aceae (Rosaceae) e para a ordem, ales (Coniferales, ordem
do pinheiro).
18. CATEGORIAS TAXÔMICAS = TÁXON
A espécie é a unidade básica de classificação.
Sendo mais abrangente que a espécie, o gênero inclui diferentes espécies
que apresentam grandes semelhanças.
Lineu reuniu gêneros semelhantes em famílias, e famílias semelhantes em
ordens.
19. CATEGORIAS TAXÔMICAS = TÁXON
Atualmente, além das quatro categorias criadas por Lineu,
na classificação, as ordens semelhantes formam as classes.
O conjunto de classes semelhantes formam os filos e os
filos estão reunidos em Reinos.
Assim as categorias taxonômicas são 7:
Reino-filo-classe-ordem-família-gênero-espécie .
20. OBSERVAÇÕES
Devido à complexidade de certos grupos, foi necessário
estabelecer grupos intermediários, assim denominados:
subgenêros – supergenêros; subfamílias – superfamílias;
subordens – superordens, etc.
Obs: Nos sistemas de classificação filogenéticos, as
categorias taxonômicas são constituídas de forma a
refletir linhagens evolutivas. Assim, é considerado
que dois seres vivos são tanto mais próximos
quanto maior for, o número de táxon comuns a que
pertencem. Ex. Se são da mesma ordem, família, etc.
21. SISTEMAS MODERNOS DE CLASSIFICAÇÃO
BIOLÓGICA
Na metade do século XIX, uma nova teoria revolucionou a
biologia com grande impacto na ciência da Sistemática: a
teoria evolucionista de Charles Darwin .
Os métodos modernos de análise evolutiva dos seres vivos
estão associados a análises genéticas e bioquímicas;
Esses estudos devem trazer mudanças expressivas à
classificação biológica nos próximos anos. É até possível
que o gênero humano (homo) ganhe duas novas
espécies, pois os estudos mostram que existe mais de
95% de semelhança entre o DNA dos chimpazés e o
DNA humano.
22. SISTEMAS MODERNOS DE
CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA
A genética e a fisiologia tornaram-se
importantes para a classificação, O uso da
genética molecular na comparação de códigos
genéticos, é prova disso. Programas de
computador específicos são usados na análise
matemática dos dados. A partir do século XX,
ocorre um grande avanço nas pesquisas de
biotecnologia destacando-se estudos sobre a
Biologia Evolutiva do Desenvolvimento, o
conhecimento da filogenia molecular. Daí, por
que a reclassificação tem ocorrido com certa
freqüência.
23. A Sistemática como conhecimentos úteis à
biotecnologia e à contenção de doenças
emergentes
Alguns cientistas defendem o "projeto genoma" da
biodiversidade da Terra, onde propõem a criação de
uma base de dados digital com fotos detalhadas de
todas as espécies vivas e a finalização do projeto
Árvore da vida.
Sem dúvida o estudo das ciências da vida deve trazer
importantes indicações sobre os seres vivos e sobre
os seus parentescos, classificação e identificação,
podendo permitir uma melhor compreensão e
tratamento das doenças e da conservação das
espécies, em especial, as ameaçadas de extinção.
24. O SISTEMA DE CINCO REINOS
–
Grande parte dos pesquisadores
aceita, atualmente, cinco reinos:
25. Reino Monera
Procariótica.
Sem organelas membranares.
Unicelulares, solitários ou coloniais.
Autotróficos (fotossíntese e quimiossíntese).
Heterotróficos (absorção/alimento).
Produtores. Microconsumidores ou decompositores.
Ex. bactérias
26. Reino Protista
Eucariótica.
Núcleo, mitocôndrias.
Alguns com cloroplastos.
Unicelulares, solitários (a maioria). Alguns coloniais,
outros multicelulares.
Autotróficos (fotossíntese).
Heterotróficos (absorção e ingestão).
Produtores. Microconsumidores.
Macroconsumidores.
Ameba, paramécio, algas.
27. Reino Fungi
Eucariótica.
Núcleo, mitocôndrias; sem cloroplastos. Parede celular quitinosa.
Multicelulares (grande parte). Alguns multinucleados. Reduzida
diferenciação.
Heterotróficos (absorção).
Microconsumidores.
Ex. Bolores, cogumelos.
28. Reino Plantae
Eucariótica.
Núcleo, mitocôndrias, cloroplastos. Parede celular celulósica.
Multicelulares, com diferenciação de tecidos.
Autotróficos (fotossíntese).
Produtores.
Musgos, plantas com e sem flor.
29. Reino Animalia
Eucariótica.
Núcleo, mitocôndrias; sem cloroplastos nem parede celular.
Multicelulares, com diferenciação de tecidos
Heterotróficos (ingestão)
Macroconsumidores.
Ex. Esponjas, insetos, baleias.
30. Fontes de consulta:
Livros
Amabis e Martho.Biologia. Vol. 2 Biologia série Brasil.
Sérgio Linhares e Fernando Gewandsznajder. Vol Único.
Sônia Lopes e Cézar e Cesar
Sites na internet relacionados a área biologia