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Edição Audiovisual
Cinema mudo
   Aula 4
Sergei Eisenstein: o teórico da
montagem




Serguei Mikhailovitch Eisenstein (1898 – 1948) O mais importante cineasta soviético e
dos maiores de todo o mundo. Ligado ao movimento de vanguarda russa, participou
ativamente da Revolução de 1917. É considerado o maior teórico da montagem
cinematográfica.
A teoria da montagem de Eisenstein
Sergei Eisenstein estudou engenharia e arquitetura, largando os
estudos para militar no movimento revolucionário, servindo ao
Exército Vermelho. Interessou-se pela arte japonesa e os
caracteres Kanji. Transferido para Moscou iniciou carreira na
produção teatral e como designer.

Juntando estes conhecimentos, Eisenstein iniciou-se no cinema,
tentando reunir Griffith com Karl Marx, criando filmes que
revolucionaram a montagem e a estética cinematográfica.

Eisenstein experimentou teorizar sobre a montagem como um
choque de imagens e idéias. O cinema de Eisenstein é um
cinema militante. Sua formação marxista fez com que tivesse
uma grande preocupação com a teoria e a dialética.
A teoria da montagem de Eisenstein

A teoria de Eisenstein sobre montagem é
composta por cinco tipos:

          Métrica
          Rítmica
          Tonal
          Atonal
          Intelectual
A montagem métrica

A montagem métrica refere-se à duração de
cada um dos planos.

Encurtar os planos diminui o tempo que o
público tem para absorver a informação de cada
um deles.

Esse procedimento aumenta a tensão da cena.
O uso de planos próximos cira uma sequencia
mais intensa.
A montagem rítmica

Relaciona-se à continuidade visual entre os
planos.

A continuidade baseada na ação e nas entradas
e saídas do quadro são exemplos da montagem
rítmica.

Esse procedimento tem potencial para
demonstrar conflitos pelas diferentes direções
dos elementos.
A montagem tonal

Na montagem tonal, as decisões da montagem
buscam estabelecer uma característica
emocional da cena.

As emoções mudam, logo devem mudar também
o tom da cena.

Na sequencia da escadaria de Odessa, em
Encouraçado Potemkim, a morte de uma jovem
mãe, e a descida descontrolada do carrinho
destacam a profundidade da tragédia.
Seqüência da escadaria de Odessa em
O Encouraçado Potemkim (1925)
A montagem atonal
A montagem atonal conjuga as montagens
métrica, rítmica e tonal, manipulando o tempo
do plano, idéias e emoções a fim de conquistar o
efeito desejado na platéia.

Os planos que enfatizam os excessos do uso de
força pelo exército e a exploração de
enfraquecidos cidadãos pontuam a mensagem.
A montagem Intelectual
A montagem intelectual trata da inserção de
idéias em uma seqüência de grande carga
emocional.

Exemplifica essa forma de montagem o filme
Outubro (1928). Kerensky, o líder manchevique
da primeira revolução russa, sobe as escadas tão
rapidamente quanto sobe na linha do poder
após a queda do Czar. Intercaladas com esta
ascensão, há planos de um pavão mecânico
ajeitando suas penas.
Outubro (1928)
A teoria da montagem de Eisenstein
Eisenstein era um cineasta profundamente
intelectualizado. Mesmo na União Soviética, era
considerado muito acadêmico.
Aos olhos contemporâneos, Eisenstein
permanece excessivamente militante.

No entanto, Eisenstein foi um cineasta que
descobriu a racionalidade possível em uma
montagem, tornando-se o grande mestre desta
arte.
FIM

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  • 2. Cinema mudo Aula 4
  • 3. Sergei Eisenstein: o teórico da montagem Serguei Mikhailovitch Eisenstein (1898 – 1948) O mais importante cineasta soviético e dos maiores de todo o mundo. Ligado ao movimento de vanguarda russa, participou ativamente da Revolução de 1917. É considerado o maior teórico da montagem cinematográfica.
  • 4. A teoria da montagem de Eisenstein Sergei Eisenstein estudou engenharia e arquitetura, largando os estudos para militar no movimento revolucionário, servindo ao Exército Vermelho. Interessou-se pela arte japonesa e os caracteres Kanji. Transferido para Moscou iniciou carreira na produção teatral e como designer. Juntando estes conhecimentos, Eisenstein iniciou-se no cinema, tentando reunir Griffith com Karl Marx, criando filmes que revolucionaram a montagem e a estética cinematográfica. Eisenstein experimentou teorizar sobre a montagem como um choque de imagens e idéias. O cinema de Eisenstein é um cinema militante. Sua formação marxista fez com que tivesse uma grande preocupação com a teoria e a dialética.
  • 5. A teoria da montagem de Eisenstein A teoria de Eisenstein sobre montagem é composta por cinco tipos: Métrica Rítmica Tonal Atonal Intelectual
  • 6. A montagem métrica A montagem métrica refere-se à duração de cada um dos planos. Encurtar os planos diminui o tempo que o público tem para absorver a informação de cada um deles. Esse procedimento aumenta a tensão da cena. O uso de planos próximos cira uma sequencia mais intensa.
  • 7. A montagem rítmica Relaciona-se à continuidade visual entre os planos. A continuidade baseada na ação e nas entradas e saídas do quadro são exemplos da montagem rítmica. Esse procedimento tem potencial para demonstrar conflitos pelas diferentes direções dos elementos.
  • 8. A montagem tonal Na montagem tonal, as decisões da montagem buscam estabelecer uma característica emocional da cena. As emoções mudam, logo devem mudar também o tom da cena. Na sequencia da escadaria de Odessa, em Encouraçado Potemkim, a morte de uma jovem mãe, e a descida descontrolada do carrinho destacam a profundidade da tragédia.
  • 9. Seqüência da escadaria de Odessa em O Encouraçado Potemkim (1925)
  • 10. A montagem atonal A montagem atonal conjuga as montagens métrica, rítmica e tonal, manipulando o tempo do plano, idéias e emoções a fim de conquistar o efeito desejado na platéia. Os planos que enfatizam os excessos do uso de força pelo exército e a exploração de enfraquecidos cidadãos pontuam a mensagem.
  • 11. A montagem Intelectual A montagem intelectual trata da inserção de idéias em uma seqüência de grande carga emocional. Exemplifica essa forma de montagem o filme Outubro (1928). Kerensky, o líder manchevique da primeira revolução russa, sobe as escadas tão rapidamente quanto sobe na linha do poder após a queda do Czar. Intercaladas com esta ascensão, há planos de um pavão mecânico ajeitando suas penas.
  • 13. A teoria da montagem de Eisenstein Eisenstein era um cineasta profundamente intelectualizado. Mesmo na União Soviética, era considerado muito acadêmico. Aos olhos contemporâneos, Eisenstein permanece excessivamente militante. No entanto, Eisenstein foi um cineasta que descobriu a racionalidade possível em uma montagem, tornando-se o grande mestre desta arte.
  • 14. FIM