SlideShare uma empresa Scribd logo
GÊNEROS LITERÁRIOS E
GÊNEROS DISCURSIVOS
PROFESSORA: FÁTIMA OLIVEIRA
GÊNEROS LITERÁRIOS X GÊNEROS DISCURSIVOS
 Gêneros Literários: estão no campo da literatura e da arte. Ou seja, a
noção de gênero literário é mais restrita, pois se estende apenas aos
textos literários.
 Gêneros Textuais/Discursivos: estão no campo da linguística e
estilística. Portanto, TODO texto de qualquer gênero, literário ou não,
é um gênero textual/discursivo.
Exemplo:
A notícia é um gênero textual/discursivo, mas não se encaixa em
nenhum gênero literário, uma vez que é um texto não literário.
GÊNEROS TEXTUAIS (OU DISCURSIVOS)
• De acordo com Bakhtin, os gêneros discursivos são tipos
relativamente estáveis de enunciado, ou seja, seguem um
determinado padrão.
• São estruturas relativamente estáveis de composição,
com as quais realizamos intervenções sociais, tanto por
escrito quanto oralmente, ou seja, os gêneros são as
ferramentas, os instrumentos que utilizamos para podermos
exercer os atos comunicativos em geral.
EXEMPLOS DE GÊNEROS DISCURSIVOS
- Charge; - Tirinha;
- Artigo de Opinião; - Editorial;
- Ata; - Currículo;
- Entrevista; - Romance;
- Notícia; - Crônica;
- Anúncio;
- Blog;
- Vlog;
- Bula;
- Fanfic;
- Email;
- Mensagens
(WhatsApp);
- Etc.
Os gêneros literários são uma
classificação teórica que tem o objetivo
de separar cada texto literário
segundo suas características
específicas.
De acordo com a poética aristotélica, o
texto literário pode ser classificado de
três maneiras:
- épico (ou narrativo);
- lírico;
- dramático.
GÊNERO ÉPICO (OU NARRATIVO)
O que é uma epopeia?
 Epopeias são narrativas longas que
contam a história de um povo e/ou de
heróis (Exemplo: A Odisseia).
 O texto épico é, pois, em geral, uma
narrativa heroica. Atualmente, o gênero
épico passou a ser o gênero narrativo:
onde encaixamos os romances,
novelas, contos, crônicas, etc.
GÊNERO LÍRICO
 O texto literário do gênero lírico é caracterizado
pela expressão subjetiva de emoções, sentimentos,
desejos. São exemplos desse gênero poemas e letras de
música.
 Pertencem ao gênero lírico aqueles textos em que se
expressam sentimentos e emoções, exterioriza um mundo
interior e apresentam um caráter subjetivo (valorização do
eu).
Exemplos: composições poéticas (soneto, ode, écloga,
elegias, etc.) e músicas (canções).
TIPOS DE COMPOSIÇÕES POÉTICAS (LÍRICAS)
• Écloga: não possui estrutura fixa. Seu tema é sempre pastoril e campestre.
• Elegia: não possui estrutura fixa. Trata-se de um poema melancólico, de lamento.
• Ode: não possui estrutura fixa. Trata-se de um poema de exaltação e homenagem.
• Oitava: composta por estrofes de oito versos, com esquema regular de rimas (três
alternadas e as duas últimas emparelhadas: ABABABCC). Pode ser chamada de oitava
real, oitava-rima ou oitava heroica.
• Soneto: composto por 14 versos, divididos em dois quartetos (ou quadras) e dois
tercetos, disposto em esquema regular de rimas.
• Etc.
GÊNEROS DRAMÁTICOS
 O texto literário do gênero dramático é
aquele escrito para ser encenado, ou seja,
peças de teatro e roteiros de cinema.
• RESUMINDO: é feito para que haja a sua
encenação, divide-se em atos e cenas, conta
a história através da fala das personagens,
apresenta indicações cênicas que auxiliam a
representação (rubricas).
Subgêneros do gênero
dramático: auto,
comédia, tragédia,
tragicomédia, farsa.
A QUAIS GÊNEROS LITERÁRIOS
PERTENCEM OS TEXTOS A SEGUIR?
EXEMPLO 1
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida em vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida…
(Tom Jobim e Vinícius de Morais)
EXEMPLO 2
JOÃO GRILO: — Mas Chicó, e o rio São Francisco?
CHICÓ: — Lá vem você com sua mania de pergunta, João.
JOÃO GRILO: — Claro, tenho que saber. Como foi que você passou?
CHICÓ: — Não sei, só sei que foi assim. Só podia estar seco nesse
tempo, porque não me lembro quando passei... E nesse tempo todo o
cavalo ali comigo, sem reclamar nada!
— JOÃO GRILO: Eu me admirava era se ele reclamasse.
(fragmento de Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna)
EXEMPLO 3
Por nove dias navegamos, nove noites;
O solo ancestre se descortinou ao décimo,
Tão perto que avistávamos sinais de fogo.
Não resisti, exausto, ao sono deleitável;
Mantinha sempre a escota reta, sem confiá-la
A mais ninguém, com pressa de voltar ao lar.
Mas os marujos arengavam na surdina,
Imaginando o conteúdo de ouro e prata
Do odre, regato de Éolo, magna prole de Hípote.
(Canto 10 – Ilíada – Homero)
EXEMPLO 4
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se
o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(SONETO DE SEPARAÇÃO, VINÍVIUS DE MORAES)
EXEMPLO 5
Cena 1
(Na casa dos patrões. Dona Filomena da Cabula usando uniforme de doméstica, sentada e
curvada, corta suas unhas num quartinho separado. Ouve um radinho chiado. O volume do
programa vai diminuindo, assim como a luz que a foca. Ao mesmo tempo, direciona-se luz
no set do outro lado do palco, focando a sala de jantar repleta de quadros, estatuetas e
motivos “folclóricos”. Em primeiro plano, na mesa, o casal de patrões conversa durante a
refeição.)
ADELAIDE — Calvino, ela quer aprender a ler, quer saber de contrato, viajar em estória, em
livro.
(O marido mastiga, tom de desdém, e fala alto, quer ser ouvido lá longe por Filomena.)
CALVINO — [...]. Teve um amigo de vovô, papai que contou: o negão lá queria ler, essa
mesma conversa aí... Ele arrancou as pálpebras do cabra, [...]. Ué, não queria ver a luz?
Então, ficou arregalado noite e dia.
[...]
REFERÊNCIAS
https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/os-generos-literarios.htm
https://profelis.com.br/2020/01/22/generos-literarios-e-discursivos/
https://www.vestmapamental.com.br/literatura/generos-literarios-2/
https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/genero-textual.htm

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

O que é Literatura?
O que é Literatura?O que é Literatura?
O que é Literatura?
Faell Vasconcelos
 
Frase, oração e período
Frase, oração e períodoFrase, oração e período
Frase, oração e período
Mara Virginia
 
Substantivo
SubstantivoSubstantivo
Substantivo
Fábio Guimarães
 
Crônica
CrônicaCrônica
Crônica
Valeria Nunes
 
Interpretação e Compreensão de Texto
Interpretação e Compreensão de Texto Interpretação e Compreensão de Texto
Interpretação e Compreensão de Texto
Cláudia Heloísa
 
Generos e tipos textuais ppt
Generos e tipos textuais pptGeneros e tipos textuais ppt
Generos e tipos textuais ppt
pnaicdertsis
 
Aula sinais de pontuação
Aula sinais de pontuaçãoAula sinais de pontuação
Aula sinais de pontuação
Péricles Penuel
 
LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP02) D15
LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP02) D15LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP02) D15
LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP02) D15
GernciadeProduodeMat
 
Semântica
SemânticaSemântica
Semântica
Cláudia Heloísa
 
Coerência e coesão textual
Coerência e coesão textualCoerência e coesão textual
Coerência e coesão textual
ISJ
 
Slide introdução à literatura
Slide introdução à literaturaSlide introdução à literatura
Slide introdução à literatura
fabrinnem
 
Variações Linguísticas
Variações LinguísticasVariações Linguísticas
Variações Linguísticas
7 de Setembro
 
Lingua e-linguagem2
Lingua e-linguagem2Lingua e-linguagem2
Lingua e-linguagem2
Flávio Ferreira
 
Período simples e período composto
Período simples e período compostoPeríodo simples e período composto
Período simples e período composto
andreiaarruda
 
Tipos de argumentos
Tipos de argumentosTipos de argumentos
Tipos de argumentos
Ana Castro
 
Anáfora e catáfora
Anáfora e catáforaAnáfora e catáfora
Anáfora e catáfora
Gleide Leal
 
1.3 ortografia
1.3   ortografia1.3   ortografia
1.3 ortografia
Ivana Mayrink
 
Poesia e poema
Poesia e poemaPoesia e poema
Poesia e poema
ionasilva
 
Verbete teoria
Verbete teoriaVerbete teoria
Verbete teoria
carla Furlan
 
Paráfrase
ParáfraseParáfrase

Mais procurados (20)

O que é Literatura?
O que é Literatura?O que é Literatura?
O que é Literatura?
 
Frase, oração e período
Frase, oração e períodoFrase, oração e período
Frase, oração e período
 
Substantivo
SubstantivoSubstantivo
Substantivo
 
Crônica
CrônicaCrônica
Crônica
 
Interpretação e Compreensão de Texto
Interpretação e Compreensão de Texto Interpretação e Compreensão de Texto
Interpretação e Compreensão de Texto
 
Generos e tipos textuais ppt
Generos e tipos textuais pptGeneros e tipos textuais ppt
Generos e tipos textuais ppt
 
Aula sinais de pontuação
Aula sinais de pontuaçãoAula sinais de pontuação
Aula sinais de pontuação
 
LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP02) D15
LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP02) D15LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP02) D15
LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP02) D15
 
Semântica
SemânticaSemântica
Semântica
 
Coerência e coesão textual
Coerência e coesão textualCoerência e coesão textual
Coerência e coesão textual
 
Slide introdução à literatura
Slide introdução à literaturaSlide introdução à literatura
Slide introdução à literatura
 
Variações Linguísticas
Variações LinguísticasVariações Linguísticas
Variações Linguísticas
 
Lingua e-linguagem2
Lingua e-linguagem2Lingua e-linguagem2
Lingua e-linguagem2
 
Período simples e período composto
Período simples e período compostoPeríodo simples e período composto
Período simples e período composto
 
Tipos de argumentos
Tipos de argumentosTipos de argumentos
Tipos de argumentos
 
Anáfora e catáfora
Anáfora e catáforaAnáfora e catáfora
Anáfora e catáfora
 
1.3 ortografia
1.3   ortografia1.3   ortografia
1.3 ortografia
 
Poesia e poema
Poesia e poemaPoesia e poema
Poesia e poema
 
Verbete teoria
Verbete teoriaVerbete teoria
Verbete teoria
 
Paráfrase
ParáfraseParáfrase
Paráfrase
 

Semelhante a AULA 2 - GÊNEROS LITERÁRIOS E GÊNEROS DISCURSIVOS.pdf

AULA DIGITAL L.P
AULA DIGITAL L.PAULA DIGITAL L.P
AULA DIGITAL L.P
SilDaniDani
 
Exercícios de espécies literárias
Exercícios de espécies literáriasExercícios de espécies literárias
Exercícios de espécies literárias
ma.no.el.ne.ves
 
Generos literarios-2
Generos literarios-2Generos literarios-2
Generos literarios-2
Bernadete Carrijo Oliveira
 
G. Literários
G. LiteráriosG. Literários
G. Literários
Roberta Savana
 
Apresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic viníciusApresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic vinícius
Ronaldo Rom
 
Apresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic viníciusApresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic vinícius
Ronaldo Rom
 
Apresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic viníciusApresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic vinícius
Ronaldo Rom
 
Os gêneros literários
Os gêneros literáriosOs gêneros literários
Os gêneros literários
Evilane Alves
 
Generos literarios lirico-e_epico
Generos literarios lirico-e_epicoGeneros literarios lirico-e_epico
Generos literarios lirico-e_epico
PATRICIA VIANA
 
Gêneros literários - Épico e drama.
Gêneros literários - Épico e drama.Gêneros literários - Épico e drama.
Gêneros literários - Épico e drama.
Pedroalves141870
 
GENEROS_LITERARIOS_ANGELICA_SOARES_1.pptx
GENEROS_LITERARIOS_ANGELICA_SOARES_1.pptxGENEROS_LITERARIOS_ANGELICA_SOARES_1.pptx
GENEROS_LITERARIOS_ANGELICA_SOARES_1.pptx
Marlene Cunhada
 
Gêneros literários
Gêneros literáriosGêneros literários
Gêneros literários
Federal University of Amazonas
 
Exercícios sobre espécies e gêneros literários
Exercícios sobre espécies e gêneros literáriosExercícios sobre espécies e gêneros literários
Exercícios sobre espécies e gêneros literários
ma.no.el.ne.ves
 
O mito florbela espanca
O mito florbela espancaO mito florbela espanca
O mito florbela espanca
Fernanda Pantoja
 
Aula - Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira
Aula - Gêneros líricos e épicos na Literatura BrasileiraAula - Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira
Aula - Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira
Aleksandra Sampaio
 
Aula 3_Trovadorismo.pptx
Aula 3_Trovadorismo.pptxAula 3_Trovadorismo.pptx
Aula 3_Trovadorismo.pptx
Prfª Flávia
 
Gêneros literários
Gêneros literáriosGêneros literários
Gêneros literários
Flavio Maia Custodio
 
Generos literarios
Generos literariosGeneros literarios
Generos literarios
Ana Karina Silva
 
Literatura Nos Vestibulares Do Rs
Literatura Nos Vestibulares Do RsLiteratura Nos Vestibulares Do Rs
Literatura Nos Vestibulares Do Rs
Edir Alonso
 
Florbela Espanca
Florbela Espanca Florbela Espanca
Florbela Espanca
Davi Lima
 

Semelhante a AULA 2 - GÊNEROS LITERÁRIOS E GÊNEROS DISCURSIVOS.pdf (20)

AULA DIGITAL L.P
AULA DIGITAL L.PAULA DIGITAL L.P
AULA DIGITAL L.P
 
Exercícios de espécies literárias
Exercícios de espécies literáriasExercícios de espécies literárias
Exercícios de espécies literárias
 
Generos literarios-2
Generos literarios-2Generos literarios-2
Generos literarios-2
 
G. Literários
G. LiteráriosG. Literários
G. Literários
 
Apresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic viníciusApresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic vinícius
 
Apresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic viníciusApresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic vinícius
 
Apresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic viníciusApresentação1 cic vinícius
Apresentação1 cic vinícius
 
Os gêneros literários
Os gêneros literáriosOs gêneros literários
Os gêneros literários
 
Generos literarios lirico-e_epico
Generos literarios lirico-e_epicoGeneros literarios lirico-e_epico
Generos literarios lirico-e_epico
 
Gêneros literários - Épico e drama.
Gêneros literários - Épico e drama.Gêneros literários - Épico e drama.
Gêneros literários - Épico e drama.
 
GENEROS_LITERARIOS_ANGELICA_SOARES_1.pptx
GENEROS_LITERARIOS_ANGELICA_SOARES_1.pptxGENEROS_LITERARIOS_ANGELICA_SOARES_1.pptx
GENEROS_LITERARIOS_ANGELICA_SOARES_1.pptx
 
Gêneros literários
Gêneros literáriosGêneros literários
Gêneros literários
 
Exercícios sobre espécies e gêneros literários
Exercícios sobre espécies e gêneros literáriosExercícios sobre espécies e gêneros literários
Exercícios sobre espécies e gêneros literários
 
O mito florbela espanca
O mito florbela espancaO mito florbela espanca
O mito florbela espanca
 
Aula - Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira
Aula - Gêneros líricos e épicos na Literatura BrasileiraAula - Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira
Aula - Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira
 
Aula 3_Trovadorismo.pptx
Aula 3_Trovadorismo.pptxAula 3_Trovadorismo.pptx
Aula 3_Trovadorismo.pptx
 
Gêneros literários
Gêneros literáriosGêneros literários
Gêneros literários
 
Generos literarios
Generos literariosGeneros literarios
Generos literarios
 
Literatura Nos Vestibulares Do Rs
Literatura Nos Vestibulares Do RsLiteratura Nos Vestibulares Do Rs
Literatura Nos Vestibulares Do Rs
 
Florbela Espanca
Florbela Espanca Florbela Espanca
Florbela Espanca
 

Último

Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
TomasSousa7
 
Sócrates e os sofistas - apresentação de slides
Sócrates e os sofistas - apresentação de slidesSócrates e os sofistas - apresentação de slides
Sócrates e os sofistas - apresentação de slides
jbellas2
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
WelberMerlinCardoso
 
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
Escola Municipal Jesus Cristo
 
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptxRedação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
DECIOMAURINARAMOS
 
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e ZCaça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Mary Alvarenga
 
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
MessiasMarianoG
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
RenanSilva991968
 
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxSlides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)
Centro Jacques Delors
 
0002_matematica_6ano livro de matemática
0002_matematica_6ano livro de matemática0002_matematica_6ano livro de matemática
0002_matematica_6ano livro de matemática
Giovana Gomes da Silva
 
.Template .padrao .slides .TCC .2024 ppt
.Template .padrao .slides .TCC .2024 ppt.Template .padrao .slides .TCC .2024 ppt
.Template .padrao .slides .TCC .2024 ppt
IslanderAndrade
 
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdfCaderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
carlaslr1
 
Fernão Lopes. pptx
Fernão Lopes.                       pptxFernão Lopes.                       pptx
Fernão Lopes. pptx
TomasSousa7
 
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Biblioteca UCS
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
Mary Alvarenga
 
Egito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdfEgito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdf
sthefanydesr
 
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
1000a
 
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdfthe_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
CarinaSoto12
 

Último (20)

Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
 
Sócrates e os sofistas - apresentação de slides
Sócrates e os sofistas - apresentação de slidesSócrates e os sofistas - apresentação de slides
Sócrates e os sofistas - apresentação de slides
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
 
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
 
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptxRedação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
 
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e ZCaça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
 
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
 
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxSlides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
 
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)
 
0002_matematica_6ano livro de matemática
0002_matematica_6ano livro de matemática0002_matematica_6ano livro de matemática
0002_matematica_6ano livro de matemática
 
.Template .padrao .slides .TCC .2024 ppt
.Template .padrao .slides .TCC .2024 ppt.Template .padrao .slides .TCC .2024 ppt
.Template .padrao .slides .TCC .2024 ppt
 
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdfCaderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
 
Fernão Lopes. pptx
Fernão Lopes.                       pptxFernão Lopes.                       pptx
Fernão Lopes. pptx
 
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
 
Egito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdfEgito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdf
 
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
 
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdfthe_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
 

AULA 2 - GÊNEROS LITERÁRIOS E GÊNEROS DISCURSIVOS.pdf

  • 1. GÊNEROS LITERÁRIOS E GÊNEROS DISCURSIVOS PROFESSORA: FÁTIMA OLIVEIRA
  • 2. GÊNEROS LITERÁRIOS X GÊNEROS DISCURSIVOS  Gêneros Literários: estão no campo da literatura e da arte. Ou seja, a noção de gênero literário é mais restrita, pois se estende apenas aos textos literários.  Gêneros Textuais/Discursivos: estão no campo da linguística e estilística. Portanto, TODO texto de qualquer gênero, literário ou não, é um gênero textual/discursivo. Exemplo: A notícia é um gênero textual/discursivo, mas não se encaixa em nenhum gênero literário, uma vez que é um texto não literário.
  • 3. GÊNEROS TEXTUAIS (OU DISCURSIVOS) • De acordo com Bakhtin, os gêneros discursivos são tipos relativamente estáveis de enunciado, ou seja, seguem um determinado padrão. • São estruturas relativamente estáveis de composição, com as quais realizamos intervenções sociais, tanto por escrito quanto oralmente, ou seja, os gêneros são as ferramentas, os instrumentos que utilizamos para podermos exercer os atos comunicativos em geral.
  • 4. EXEMPLOS DE GÊNEROS DISCURSIVOS - Charge; - Tirinha; - Artigo de Opinião; - Editorial; - Ata; - Currículo; - Entrevista; - Romance; - Notícia; - Crônica; - Anúncio; - Blog; - Vlog; - Bula; - Fanfic; - Email; - Mensagens (WhatsApp); - Etc.
  • 5. Os gêneros literários são uma classificação teórica que tem o objetivo de separar cada texto literário segundo suas características específicas. De acordo com a poética aristotélica, o texto literário pode ser classificado de três maneiras: - épico (ou narrativo); - lírico; - dramático.
  • 6. GÊNERO ÉPICO (OU NARRATIVO) O que é uma epopeia?  Epopeias são narrativas longas que contam a história de um povo e/ou de heróis (Exemplo: A Odisseia).  O texto épico é, pois, em geral, uma narrativa heroica. Atualmente, o gênero épico passou a ser o gênero narrativo: onde encaixamos os romances, novelas, contos, crônicas, etc.
  • 7. GÊNERO LÍRICO  O texto literário do gênero lírico é caracterizado pela expressão subjetiva de emoções, sentimentos, desejos. São exemplos desse gênero poemas e letras de música.  Pertencem ao gênero lírico aqueles textos em que se expressam sentimentos e emoções, exterioriza um mundo interior e apresentam um caráter subjetivo (valorização do eu). Exemplos: composições poéticas (soneto, ode, écloga, elegias, etc.) e músicas (canções).
  • 8. TIPOS DE COMPOSIÇÕES POÉTICAS (LÍRICAS) • Écloga: não possui estrutura fixa. Seu tema é sempre pastoril e campestre. • Elegia: não possui estrutura fixa. Trata-se de um poema melancólico, de lamento. • Ode: não possui estrutura fixa. Trata-se de um poema de exaltação e homenagem. • Oitava: composta por estrofes de oito versos, com esquema regular de rimas (três alternadas e as duas últimas emparelhadas: ABABABCC). Pode ser chamada de oitava real, oitava-rima ou oitava heroica. • Soneto: composto por 14 versos, divididos em dois quartetos (ou quadras) e dois tercetos, disposto em esquema regular de rimas. • Etc.
  • 9. GÊNEROS DRAMÁTICOS  O texto literário do gênero dramático é aquele escrito para ser encenado, ou seja, peças de teatro e roteiros de cinema. • RESUMINDO: é feito para que haja a sua encenação, divide-se em atos e cenas, conta a história através da fala das personagens, apresenta indicações cênicas que auxiliam a representação (rubricas). Subgêneros do gênero dramático: auto, comédia, tragédia, tragicomédia, farsa.
  • 10.
  • 11. A QUAIS GÊNEROS LITERÁRIOS PERTENCEM OS TEXTOS A SEGUIR?
  • 12. EXEMPLO 1 Eu sei que vou te amar Por toda a minha vida eu vou te amar Em cada despedida em vou te amar Desesperadamente, eu sei que vou te amar E cada verso meu será Pra te dizer que eu sei que vou te amar Por toda a minha vida… (Tom Jobim e Vinícius de Morais)
  • 13. EXEMPLO 2 JOÃO GRILO: — Mas Chicó, e o rio São Francisco? CHICÓ: — Lá vem você com sua mania de pergunta, João. JOÃO GRILO: — Claro, tenho que saber. Como foi que você passou? CHICÓ: — Não sei, só sei que foi assim. Só podia estar seco nesse tempo, porque não me lembro quando passei... E nesse tempo todo o cavalo ali comigo, sem reclamar nada! — JOÃO GRILO: Eu me admirava era se ele reclamasse. (fragmento de Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna)
  • 14. EXEMPLO 3 Por nove dias navegamos, nove noites; O solo ancestre se descortinou ao décimo, Tão perto que avistávamos sinais de fogo. Não resisti, exausto, ao sono deleitável; Mantinha sempre a escota reta, sem confiá-la A mais ninguém, com pressa de voltar ao lar. Mas os marujos arengavam na surdina, Imaginando o conteúdo de ouro e prata Do odre, regato de Éolo, magna prole de Hípote. (Canto 10 – Ilíada – Homero)
  • 15. EXEMPLO 4 De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. (SONETO DE SEPARAÇÃO, VINÍVIUS DE MORAES)
  • 16. EXEMPLO 5 Cena 1 (Na casa dos patrões. Dona Filomena da Cabula usando uniforme de doméstica, sentada e curvada, corta suas unhas num quartinho separado. Ouve um radinho chiado. O volume do programa vai diminuindo, assim como a luz que a foca. Ao mesmo tempo, direciona-se luz no set do outro lado do palco, focando a sala de jantar repleta de quadros, estatuetas e motivos “folclóricos”. Em primeiro plano, na mesa, o casal de patrões conversa durante a refeição.) ADELAIDE — Calvino, ela quer aprender a ler, quer saber de contrato, viajar em estória, em livro. (O marido mastiga, tom de desdém, e fala alto, quer ser ouvido lá longe por Filomena.) CALVINO — [...]. Teve um amigo de vovô, papai que contou: o negão lá queria ler, essa mesma conversa aí... Ele arrancou as pálpebras do cabra, [...]. Ué, não queria ver a luz? Então, ficou arregalado noite e dia. [...]