O documento descreve a história das relações entre saúde e trabalho no Brasil, desde a Idade da Pedra até os dias atuais. Detalha o trabalho escravo no Brasil por 400 anos e as epidemias que afetaram os escravos, como o "banzo". Também discute a Revolução Industrial e a introdução da legislação trabalhista na Inglaterra no século XIX, e como isso influenciou o desenvolvimento da Medicina do Trabalho.
Acidente de trabalho - Causas, Consequências e Prevenção.Jonas B. Larrosa
Trabalho apresentado no dia 07/10/2016.
Assunto "Acidentes de Trabalho - Causas, Consequências e Prevenção", IPUC-RS.
CURSO: Técnico em Segurança do Trabalho / TST2017.
Aula inaugural da disciplina de Introdução à Medicina do Trabalho apresentada no Curso de Especialização em Medicina do Trabalho da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, no dia 01/02/2016.
Acidente de trabalho - Causas, Consequências e Prevenção.Jonas B. Larrosa
Trabalho apresentado no dia 07/10/2016.
Assunto "Acidentes de Trabalho - Causas, Consequências e Prevenção", IPUC-RS.
CURSO: Técnico em Segurança do Trabalho / TST2017.
Aula inaugural da disciplina de Introdução à Medicina do Trabalho apresentada no Curso de Especialização em Medicina do Trabalho da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, no dia 01/02/2016.
Fatos marcantes relacionados a Saúde e Segurança do Trabalho ao longo dos anos.
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Gilsimar Marques
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Aula 1 Aspectos históricos das relações entre saúde e trabalho.ppt
1. Aspectos históricos das relações
entre saúde e trabalho no Brasil
Profª. Giselle Cristina
Esp. Enfermagem do Trabalho
Esp. Gestão Ambiental
Mestre Meio Ambiente e Sustentabilidade
2. O SER HUMANO…O SER
HISTÓRICO…
Todo o passado determina, constroí,
reconstrói, explica, significa e re-significa
o presente; todo presente engendra,
contém e constrói o futuro.
Toda ação humana é portadora do futuro,
carrega em si toda a História da
Humanidade.
Não apenas os objetos, mas os atos
também são históricos.
3. TRABALHO AO LONGO DA HISTÓRIA -
IDADE DA PEDRA:
“Não é a espécie mais forte que sobrevive, nem a mais
inteligente, mas aquele que responde mais rápido as
mudanças”. Charles Darwin
4. ORIGEM DA PALAVRA TRABALHO
Na Grécia antiga, não se encontra um vocábulo
designando o trabalho em geral, mas: ergon,
techné, ponos, práxis, poièsis e se modificam com
o tempo.
Século IX e X: A palavra "trabalho" tem sua
origem no vocábulo latino "TRIPALIU" .
Atualmente “trabalho” significa:
Atividade Física ou intelectual que visa a algum
objetivo; labor; ocupação. O produto dessa
atividade; obra. Esforço, empenho.
www.dicionariodoaurelio.com
5. IDADE MÉDIA:
Na Idade Média Antiga (séc V), escassos
registros nos foram legados acerca da relação
trabalho e saúde.
Agrícola (1494-1555) e Paracelso (1493-1541)
escreveram quadros de doença de provável
relação com o trabalho: "asma dos mineiros"
sugere tratar-se de silicose.
Era a fase dos "miasmas" e da alquimia, de
predomínio do conteúdo empírico do
conhecimento científico acerca do processo
saúde-doença.
7. RELAÇÕES ENTRE SENHORES E CLERO
PROPRIETÁRIOS DE ESCRAVOS;
Escravo não é proprietário do
seu corpo, não herda a sua
prole, não tem liberdade para
si e para seus dependentes.
Força de trabalho contida no
corpo do escravo, ou seja,
compunha o patrimônio do
escravista. O comércio do
escravo implicava no comércio
da força de trabalho; trabalho
forçado; cerceamento total da
liberdade.
Mercado de escravos –
homem reduzido à condição
de mercadoria # Mercado de
trabalho capitalista.
8. A FORÇA DE TRABALHO
ESCRAVO
Estima-se que a população de escravos
tenha alcançado 3.646.800
trabalhadores
Principalmente das etnias Sudanesas,
da África ocidental e Bantus, da África
central.
9. EPIDEMIAS NO TRABALHO
ESCRAVO
Esperança de vida no trabalho escravo era de 7
anos;
Os escravos morriam da violência imposta pelos
castigos, suplícios, doenças como escorbuto,
desinterias. Muitos se suicidavam, e o banzo,
forma de depressão profunda traduzida como a
nostalgia mortal dos negros, que não raro
levava ao suicídio ou ao sacrifício pelos feitores;
Banzo pode ser considerada uma epidemia de
doenças mentais do trabalho no Brasil, na
invisível história da saúde do trabalhador.
11. Em 1820, Carlos Augusto Taunay
recomendava aos escravistas, no "Manual do
Agricultor Brasileiro", distribuir cachaça aos
escravos após o jantar (reedição 2001, USP),
como forma de reduzir as consequências do
trabalho extenuante
Proporcionava condições para produzir
dependência ao álcool; mas, as práticas
terapêuticas eram forçadas, violentas e
humilhantes.
13. Método de gestão: Cárcere Aprisionamento nas Senzalas; vigilância
permanente (trabalho, descanso...);
Gestão da vida reprodutiva planejamento familiar em função do uso e da
necessidade de reprodução no “patrimônio”;
14. - O artesanato foi a forma de produção
industrial característica da Baixa Idade
Média.
- A manufatura, que predominou ao longo
da Idade Moderna e na Antiguidade
Clássica.
- Domesticação dos Animais.
PRODUÇÃO MANUAL QUE ANTECEDE
À REVOLUÇÃO INDUSTRIAL :
15. INFLUÊNCIA DA LEGISLAÇÃO
- Final do século XVII: trabalhadores viveram
sem nenhum amparo = acidentes.
- Início do século XVIII: iniciam os movimentos
sociais .
- Em 1802 o Parlamento Britânico conseguiu
aprovação da primeira lei de proteção aos
trabalhadores: A “Lei de Saúde e Moral dos
Aprendizes”.
16. - Em 1833 surgia na Inglaterra a “Lei das
Fábricas” (Factory Act), que deve ser
considerada como a primeira legislação
realmente eficiente no campo de proteção ao
trabalhador.
- Aplicava-se a todas as empresas têxteis onde
se usasse força hidráulica ou a vapor.
- Villermé: Análise de Morbidade
- Dr. Auguste Delpech: sulfeto de carbono.
17. “Lei das Fábricas” (Factory Act):
• proibia o trabalho noturno aos menores de 18 anos;
• restringia as horas de trabalho destes a 12 por dia e
69 por semana;
• as fábricas precisavam ter escolas, que deviam ser
freqüentadas por todos os trabalhadores menores de
13 anos;
• a idade mínima para o trabalho era de nove anos, e
um médico devia atestar que o desenvolvimento físico
da criança correspondia à sua idade cronológica.
18. HISTÓRIA DA CLASSE
TRABALHADORA
O conceito de “classe trabalhadora”,
originou na Europa do século XIX.
Críticas constantes na Ásia, África e
América Latina. Eles apontam que as
fronteiras entre trabalho “livre”
assalariado, entre trabalho urbano e rural,
que não deve ser tomada como absoluta.
19. MEDICINA DO TRABALHO:
Surge na Inglaterra, na primeira metade
do século XIX, com a Revolução
Industrial.
Fenômeno tipicamente inglês, a revolução
Industrial foi sobretudo a passagem de um
sistema de produção marcadamente agrário e
artesanal para outro de cunho industrial,
dominados pela fábrica e maquinaria.
Caracterizou-se por sucessivas inovações
tecnológicas.
20. Robert Dernham,
preocupado com seus
operários
Dr. Robert Baker:
verificar o efeito do
trabalho sobre as
pessoas;
Médico “unicamente
responsabilizado".
21. A resposta do empregador foi a de contratar
Baker para trabalhar na sua fábrica, surgindo
assim, em 1830, o primeiro serviço de medicina
do trabalho.
A expansão ocorreu paralelamente ao processo
de industrialização.
Porém os Serviços de Saúde Pública neste
período ainda eram precários.
A preocupação por prover serviços médicos aos
trabalhadores começa a se refletir no cenário
internacional: Organização Internacional do
Trabalho (OIT), criada em 1919.
22.
23. 1ª Revolução Industrial
- Divisão técnica do trabalho (produção pela
reunião de peças ou partes para compor o produto
final)
- Organização do trabalho: militar/iniciativa e
incentivo
- Acidentes do trabalho (graves)
- Doenças da miséria operária (tuberculose pp.)
- Doenças profissionais
- Medicina «militar»: cirúrgico/traumática
24. DEMANDA DE SERVIÇOS DE SAÚDE COMO
PARTE DA ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL
- O combate ao absenteísmo como essencial
para manter a linha de produção, em
funcionamento constante, aumentando assim
a produtividade no trabalho;
A necessidade de prevenir acidentes e
doenças do trabalho como parte do aumento
da produtividade e ligada de forma sistêmica à
racionalidade produtiva:
25.
26. PADRÕES DE DESGASTE
DUPLO PADRÃO
Trabalhadores contratados
Em geral, melhora as condições de trabalho e saúde, apesar da
intensificação do trabalho – polivalência –
Introdução de novas práticas na indústria – prevenção das doenças em
geral soma-se à prevenção das doenças do trabalho – exercícios físicos;
nutrição, etc. promoção da saúde em geral;
Trabalhadores sub-contratados –precarização do
atendimento pelos profissionais da saúde; precarização geral
das condições de trabalho e saúde.
Desafio dos profissionais de saúde e segurança no
trabalho no processo de reestruturação produtiva:
eliminar o duplo padrão, melhoria geral das condições de
saúde e trabalho.
27. Características da Precarização do
Trabalho no Toyotismo
Diminuição de postos de trabalho e fragilidade dos
novos arranjos laborais, como a oferta de empregos de
tempo parcial ou duração eventual;
Limitações na absorção da força de trabalho jovem,
inclusive qualificada;
Instabilidade e irregularidade ocupacionais;
Subemprego e desemprego recorrente, duradouro e
sem perspectivas de inclusão no mercado formal;
Dificuldades de inserção da força de trabalho não-
qualificada e rendimentos decrescentes para boa
parcela das populações já empobrecidas.
(Minayo-Gomez e Thedim-Costa, 2003)
28. Período Fordismo (1863-1947)
Intensifica a atividade trabalhista:
-Produção de carros em massa.
-Jornada de 8 horas.
-Princípio da intensificação;
-Princípio de economicidade.
-Princípio de produtividade.
-Princípio da Exceção.
29. Fordismo: redução do
ausentismo por doença
Antes do fordismo:
Adoecimento deste trabalhador
interrompe a produção deste
automóvel
Fordismo:
Adoecimento deste
trabalhador paralisa
toda a linha de
produção; portanto
a medicina do
trabalho e a
engenharia de
segurança devem
evitar o ausentismo
por doença ou
acidente.
30. IMPACTOS GERAIS PARA A
SAÚDE DO TRABALHADOR –
TAYLORISMO/FORDISMO
Incremento das doenças do trabalho típicas –
perda auditiva induzida pelo ruído;
intoxicações no trabalho; pneumopatias
ocupacionais etc.
incremento de doenças cardiovasculares e
psicossomáticas, fadiga psíquica, depressão
e estresse, doenças do sistema músculo-
esquelético e distúrbios de comportamento.
As doenças do trabalho, intoxicações agudas
e mutilações se inseriam no conjunto de
epidemias relacionadas à miséria – em
particular a tuberculose.
31. Horas de trabalho por semana para
trabalhadores adultos nas indústrias
têxteis:
1780 - em torno de 80 horas por
semana
1820 - 67 horas por semana
1860 - 53 horas por semana
2007 - 46 horas por semana
32. CONCEITO DE MEDICINA DO
TRABALHO:
Concepção baseada na unicausalidade, que
reconhece que todo acidente ou doença tem
uma única causa e cada causa determina um
único acidente ou doença.
Os acidentes são explicados como a
resultante exclusiva da ação isolada do
trabalhador, ato inseguro, e as doenças como
resultantes específicas da atuação de agentes
patogênicos específicos sobre o organismo do
trabalhador.
Fonte: Instituto Nacional de Saúde no Trabalho:
www.insticut.org.br
33. Medicina do Trabalho:
A medicina do trabalho constituía
fundamentalmente uma atividade médica,
onde o "locus" de sua prática são os locais
de trabalho.
Uma das expectativas importantes da
Medicina do Trabalho é promover a
"adaptação” do trabalhador ao trabalho,
quanto a "manutenção de sua saúde“.
34. 1958: Configura-se o Serviço de Medicina do Trabalho,
com objetivos:
- assegurar a proteção dos trabalhadores contra todo o
risco que prejudique a sua saúde e que possa resultar de
seu trabalho ou das condições em que este se efetue;
- contribuir à adaptação física e mental dos
trabalhadores, em particular pela adequação do trabalho
e pela sua colocação em lugares de trabalho
correspondentes às suas aptidões;
- contribuir ao estabelecimento e manutenção do nível
mais elevado possível do bem-estar físico e mental dos
trabalhadores.
35. SAÚDE DO TRABALHADOR : BRASIL
As relações entre saúde e trabalho eram
tratadas apenas por um campo de
conhecimento, o da medicina,
Exportação do café: primeiro ciclo de
industrialização do país.
Surgiu então a preocupação com a patologia
do trabalho: a cólera, a peste e a febre
amarela.
36. O sanitarista Oswaldo Cruz: prioriza a “saúde dos
portos”,
Na construção da ferrovia Madeira-Mamoré, em 1910,
combateu epidemias de doenças infecciosas
relacionadas ao trabalho como a malária e a
ancilostomose,
Sob influência das imigrações e reflexo dos
movimentos sindicais europeus: greves de 1907, 1912
e as grandes greves de 1917 a 1920,
O setor privado a começar a pagar seguros de
acidentes do trabalho.
37. 1923: lei Eloy Chaves, a primeira lei
acidentaria do país,
Foram então instituídas as CAP’s (caixas
de aposentadoria e pensão) que tinham
função de prestar benefícios e assistência
médica a seus filiados e dependentes,
As primeiras CAPs foram criadas nas
empresas de estradas de ferro.
38. Por volta da década de 30 – Getúlio Vargas:
a criação dos Ministérios do Trabalho e da
Indústria e Comércio e da CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho),
1934 são nomeados os primeiros inspetores
Médicos do Trabalho no Brasil, tendo como
função a inspeção higiênica dos locais de
trabalho e estudo das doenças e acidentes
profissionais.
39. Segunda Guerra Mundial (1939-1945),
houveram mudanças no enfoque meramente
clínico,
Fim da Ditatura, expansão dos Hospitais,
Passa a ser considerado o “Ambiente de
Trabalho” e suas relações,
Ampliou-se então, a atuação médica
direcionada ao trabalhador, pelo
desenvolvimento da Saúde Ocupacional.
40. 1978: Publicação da Portaria 3.214 de
08/06, que cria as Normas
Regulamentadoras do Ministério do
Trabalho.
Com as NR’s são criados os Serviços de
Medicina e Segurança do trabalho, com
atuação direcionada para a prevenção
das doenças ocupacionais e dos
acidentes de trabalho.
41. Década de 70 e 80 os movimentos de massa
levou o Brasil ao seu processo de
redemocratização.
Saúde do Trabalhador surge a resposta dos
diversos movimentos destes períodos como:
- o movimento de Oposição Sindical dos anos 70 e
80;
- o Movimento da Reforma Sanitária Brasileira;
- o movimento pelas eleições diretas e pela
Assembléia Nacional Constituinte e;
- a conquista do direito à saúde e o advento do
Sistema Único de Saúde.
42. A saúde do trabalhador passou aos poucos a ser
incorporada nas ações do SUS em 1990,
Lei Orgânica da Saúde (LOS, nº 8080, parágrafo 3º,
artigo 6º) é conferido a direção nacional do SUS a
responsabilidade de coordenar a política de saúde do
trabalhador.:
“Um conjunto de atividades que se destina, por
meio das ações de vigilância epidemiológica e
vigilância sanitária, à promoção e a proteção da
saúde do trabalhador, assim como visa a
recuperação e a reabilitação dos trabalhadores
submetidos aos riscos e agravos advindos das
condições de trabalho”
43. A partir do SUS começam as Ações de
Saúde Pública ao Trabalhador: Diabetes,
Hipertensão, HIV…
As políticas públicas no campo da saúde
e segurança no trabalho constituem ações
implementadas pelo Estado visando
garantir o trabalho, a realização pessoal e
social dos trabalhadores, sem prejuízo
para sua saúde, integridade física e
mental.
44. IMPORTANTE…
O princípio da Universalidade pressupõe a
responsabilidade do SUS sobre todos os
trabalhadores, independentemente de seu
grau de inserção na economia ou tipo de
vínculo trabalhista.
Segundo estimativa da Organização Mundial
de Saúde (OMS), na América Latina, apenas
1% a 4% das doenças do trabalho são notifi
cadas.
45. DADO ILUSTRATIVO: MS (2006)
De 1999 a 2003, a Previdência Social
registrou entre os 23 milhões de
trabalhadores formais, (menos de 30% da
População Economicamente Ativa – PEA),
os seguintes dados:
O coeficiente médio de mortalidade nesse
período foi de 14,84 por100 mil
trabalhadores.
Em outros países:
- Finlândia era de 2,1 por 100 mil trab. (2001),
- França de 4,4 (2000), Canadá 7,2 (2002), e
Espanha 8,3 (2003).
46. A SITUAÇÃO DOS
TRABALHADORES NO BRASIL
É pouco conhecida:
Novas tecnologias: métodos gerenciais e
precarização das relações de trabalho.
Essas novas tecnologias facilita a intensificação do
trabalho modifica o perfil de adoecimento e
sofrimento dos trabalhadores.
Outros riscos ainda desconhecidos: indústrias
nucleares, biotecnologia (organismos geneticamente
modificados).
47. Precarização do Trabalho:
Desregulamentação e perda de direitos
trabalhistas:
◦ Aumento do número de trabalhadores autônomos
e serviços informais;
◦ Fragilização das Organizações Sindicais;
◦ Trabalho rural às margens das leis trabalhistas,
com utilização de mão-de-obra escrava.
48. Terceirização
Fator importante de precarização do trabalho:
◦ Práticas de intensificação do trabalho e/ou
aumento da jornada de trabalho;
◦ Acúmulo de funções;
◦ Maior exposição a fatores de risco para a saúde;
◦ Descumprimento de regulamentos de proteção à
saúde e segurança;
◦ Rebaixamento dos níveis salariais e aumento da
instabilidade do emprego
EXCLUSÃO SOCIAL E DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚD
49. Trabalhar a Intersetorialidade:
As ações em saúde do trabalhador deve ser
integrada, uma vez que os riscos gerados
podem afetar diversos setores, e serem
causados também pelos mesmo:
◦ Meio ambiente
◦ Econômico
◦ Indústria e comércio
◦ Trabalho
◦ Previdência Social
50. Conceito de Saúde do
Trabalhador:
São ações voltadas para implementação de políticas
de proteção à saúde, visando à redução e eliminação
do adoecimento e morte resultantes das condições,
dos processos e dos ambientes de trabalho, bem
como o aprimoramento da assistência à saúde dos
trabalhadores.
São inclusos todos os trabalhadores presentes em
áreas urbanas e rurais, abrangendo os do mercado
formal, com carteira assinada ou não, do mercado
informal, autônomos, funcionários públicos, e
aposentados.
Os agravos que podem estar relacionados às
condições de trabalho somam mais de 250 doenças
diferentes, todas catalogadas pelo Ministério da
Saúde.
51. Definição conforme MS (2002):
Saúde do Trabalhador refere-se a um
campo do saber que visa compreender as
relações entre o trabalho e o processo
saúde/doença.
Considera-se saúde e doença processos
dinâmicos vinculados ao desenvolvimento
produtivo da humanidade.
Acredita-se que a forma de inserção do
trabalhador em seu espaço de trabalho,
define como ele vai adoecer e morrer.
52. ENFERMAGEM DO TRABALHO:
A inclusão do enfermeiro do trabalho na
equipe de Saúde Ocupacional aconteceu
por meio da portaria nº3. 460 do
Ministério do Trabalho, em 1975.
Neste mesmo ano criou-se no Rio
Grande do Sul o primeiro Sindicato de
Enfermagem.
53. Assistência de enfermagem do trabalho
visava atendimento emergencial na
empresa.
Ampliando a cada dia, seja na
assistência direta aos trabalhadores e
familiares.
A equipe de enfermagem do trabalho é
composta por técnicos/auxiliares de
enfermagem e enfermeiros do trabalho.
54. Enquanto Enfermeiros do
Trabalho devemos estimular:
Os trabalhadores a serem participantes
das ações de saúde, através do:
◦ Estudo das condições de trabalho.
◦ Identificação dos mecanismos de intervenção
técnica para a sua melhoria.
◦ Adequação e controle dos serviços de saúde
prestados.
55. Promoção da saúde do trabalhador;
Proteção contra os riscos decorrentes de
suas atividades laborais;
Proteção contra agentes químicos, físicos
e biológicos e psicossociais;
Manutenção de sua saúde no mais alto
grau de bem-estar físico e mental e
recuperações de lesões, doenças
ocupacionais ou não-ocupacionais e sua
reabilitação para o trabalho.
RAMO DA ENFERMAGEM DE
SAÚDE PÚBLICA
56. SAÚDE OCUPACIONAL
Saúde Ocupacional é uma obrigatoriedade que o
Ministério do Trabalho e Emprego impôs a todas
as empresas, visando observar e resguardar a
qualidade de vida dos trabalhadores.
Trabalha desde a prevenção de doenças e
acidentes até mesmo os problemas provenientes
do trabalho, pois seu objetivo é promover o bem
estar tanto físico como mental e social dos
trabalhadores no exercício de suas ocupações.
57. Conceito de Saúde
Ocupacional
Concepção baseada na multicausalidade, que
reconhece a multiplicidade ou interação de
vários agentes.
Valoriza os aspectos externos ao trabalhador,
reproduzindo a forma tradicional da engenharia
e da medicina de encarar os acidentes e as
doenças
Fonte: Instituto Nacional de Saúde no Trabalho: www.insticut.org.br
58. Segurança no Trabalho:
Conjuntos de medidas que são
adotadas visando proteger a
integridade física e mental do
trabalhador.
60.
Sem dúvida o problema era grave, exigindo a
elaboração então de uma Política Nacional de
Segurança para a redução do número de acidentes
do trabalho.
61. Política Nacional de Segurança do
Trabalho (PNSST) -
São considerados trabalhadores todos os
homens e mulheres que exercem
atividades para sustento próprio e/ou de
seus dependentes, qualquer que seja sua
forma de inserção no mercado de
trabalho, no setor formal ou informal da
economia.
Portaria: Interministerial nº153 de 13/02/2004:
62. Estão inseridos nesse grupo todos os
indivíduos que trabalharam ou trabalham
como: empregados assalariados;
trabalhadores domésticos; avulsos;
rurais; autônomos; temporários;
servidores públicos; trabalhadores em
cooperativas e empregadores,
particularmente os proprietários de micro
e pequenas unidades de produção e
serviços, entre outros.
63. Acidentes do Trabalho
Não são casos fortuitos.
Previsíveis - Análise Preliminar de Risco por
Tarefa (APRT).
Evitáveis mediante medidas preventivas
eficazes.
64. IDENTIFICAÇÃO (Diagnóstico)
Ausência de Políticas Consistentes de
Prevenção de Acidentes.
Escassez e inconsistência das informações
(Dados epidemiológicos).
Estabelecer a Política Nacional de
Segurança para a Prevenção dos
Acidentes e Doenças do Trabalho.
65. 65
Principais atividades- Segurança do trabalho
Assessorar na elaboração de análise de riscos.
Realizar treinamentos introdutórios e específicos de Segurança.
Realizar avaliações ambientais (higienista).
Realizar campanhas educativas.
Apoiar atividades das CIPAs.
Participar das comissões de investigação e análise em caso de
acidente do trabalho.
Realizar inspeções de segurança.
Elaborar programa anual de segurança.
Especificar os EPI’s necessários para cada cargo e fiscalizar o correto
uso dos mesmos.
Elaborar estatísticas mensais de segurança.
67. REFERÊNCIAS:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas
de Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
Brasil. Ministério da Saúde. Representação no
Brasil da OPAS/OMS. Doenças relacionadas ao
trabalho: manual de procedimentos para os
serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde,
2001.
Legislação de Segurança e Medicina do Trabalho.
2 ed. Rev., atual. E ampl. São Paulo: Método,
2008.
Site: www.fundacentro.gov.br
84. Parando um pouco no
tempo…
A primeira lição que um estudioso do
trabalho aprende é: pergunte pelo
produto.
Aprendemos muito cedo que ao
entender o produto entenderemos
muito do trabalhador.
Qual é o produto do Profissional de
saude?