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Aspectos históricos das relações
entre saúde e trabalho no Brasil
Profª. Giselle Cristina
Esp. Enfermagem do Trabalho
Esp. Gestão Ambiental
Mestre Meio Ambiente e Sustentabilidade
O SER HUMANO…O SER
HISTÓRICO…
 Todo o passado determina, constroí,
reconstrói, explica, significa e re-significa
o presente; todo presente engendra,
contém e constrói o futuro.
 Toda ação humana é portadora do futuro,
carrega em si toda a História da
Humanidade.
 Não apenas os objetos, mas os atos
também são históricos.
TRABALHO AO LONGO DA HISTÓRIA -
IDADE DA PEDRA:
“Não é a espécie mais forte que sobrevive, nem a mais
inteligente, mas aquele que responde mais rápido as
mudanças”. Charles Darwin
ORIGEM DA PALAVRA TRABALHO
 Na Grécia antiga, não se encontra um vocábulo
designando o trabalho em geral, mas: ergon,
techné, ponos, práxis, poièsis e se modificam com
o tempo.
 Século IX e X: A palavra "trabalho" tem sua
origem no vocábulo latino "TRIPALIU" .
 Atualmente “trabalho” significa:
Atividade Física ou intelectual que visa a algum
objetivo; labor; ocupação. O produto dessa
atividade; obra. Esforço, empenho.
www.dicionariodoaurelio.com
IDADE MÉDIA:
 Na Idade Média Antiga (séc V), escassos
registros nos foram legados acerca da relação
trabalho e saúde.
 Agrícola (1494-1555) e Paracelso (1493-1541)
escreveram quadros de doença de provável
relação com o trabalho: "asma dos mineiros"
sugere tratar-se de silicose.
 Era a fase dos "miasmas" e da alquimia, de
predomínio do conteúdo empírico do
conhecimento científico acerca do processo
saúde-doença.
QUATROCENTOS ANOS DE TRABALHO
ESCRAVO NO BRASIL
(REPRODUÇÕES DE J. B. DEBRET)
RELAÇÕES ENTRE SENHORES E CLERO
PROPRIETÁRIOS DE ESCRAVOS;
 Escravo não é proprietário do
seu corpo, não herda a sua
prole, não tem liberdade para
si e para seus dependentes.
 Força de trabalho contida no
corpo do escravo, ou seja,
compunha o patrimônio do
escravista. O comércio do
escravo implicava no comércio
da força de trabalho; trabalho
forçado; cerceamento total da
liberdade.
 Mercado de escravos –
homem reduzido à condição
de mercadoria # Mercado de
trabalho capitalista.
A FORÇA DE TRABALHO
ESCRAVO
 Estima-se que a população de escravos
tenha alcançado 3.646.800
trabalhadores
 Principalmente das etnias Sudanesas,
da África ocidental e Bantus, da África
central.
EPIDEMIAS NO TRABALHO
ESCRAVO
 Esperança de vida no trabalho escravo era de 7
anos;
 Os escravos morriam da violência imposta pelos
castigos, suplícios, doenças como escorbuto,
desinterias. Muitos se suicidavam, e o banzo,
forma de depressão profunda traduzida como a
nostalgia mortal dos negros, que não raro
levava ao suicídio ou ao sacrifício pelos feitores;
 Banzo pode ser considerada uma epidemia de
doenças mentais do trabalho no Brasil, na
invisível história da saúde do trabalhador.
MODALIDADE DE “EPI”
HEDIONDO
 Em 1820, Carlos Augusto Taunay
recomendava aos escravistas, no "Manual do
Agricultor Brasileiro", distribuir cachaça aos
escravos após o jantar (reedição 2001, USP),
como forma de reduzir as consequências do
trabalho extenuante
 Proporcionava condições para produzir
dependência ao álcool; mas, as práticas
terapêuticas eram forçadas, violentas e
humilhantes.
Castigo; silêncio; abstinência forçada contra o álcool
Método de gestão: Cárcere  Aprisionamento nas Senzalas; vigilância
permanente (trabalho, descanso...);
Gestão da vida reprodutiva  planejamento familiar em função do uso e da
necessidade de reprodução no “patrimônio”;
- O artesanato foi a forma de produção
industrial característica da Baixa Idade
Média.
- A manufatura, que predominou ao longo
da Idade Moderna e na Antiguidade
Clássica.
- Domesticação dos Animais.
PRODUÇÃO MANUAL QUE ANTECEDE
À REVOLUÇÃO INDUSTRIAL :
INFLUÊNCIA DA LEGISLAÇÃO
- Final do século XVII: trabalhadores viveram
sem nenhum amparo = acidentes.
- Início do século XVIII: iniciam os movimentos
sociais .
- Em 1802 o Parlamento Britânico conseguiu
aprovação da primeira lei de proteção aos
trabalhadores: A “Lei de Saúde e Moral dos
Aprendizes”.
- Em 1833 surgia na Inglaterra a “Lei das
Fábricas” (Factory Act), que deve ser
considerada como a primeira legislação
realmente eficiente no campo de proteção ao
trabalhador.
- Aplicava-se a todas as empresas têxteis onde
se usasse força hidráulica ou a vapor.
- Villermé: Análise de Morbidade
- Dr. Auguste Delpech: sulfeto de carbono.
“Lei das Fábricas” (Factory Act):
• proibia o trabalho noturno aos menores de 18 anos;
• restringia as horas de trabalho destes a 12 por dia e
69 por semana;
• as fábricas precisavam ter escolas, que deviam ser
freqüentadas por todos os trabalhadores menores de
13 anos;
• a idade mínima para o trabalho era de nove anos, e
um médico devia atestar que o desenvolvimento físico
da criança correspondia à sua idade cronológica.
HISTÓRIA DA CLASSE
TRABALHADORA
 O conceito de “classe trabalhadora”,
originou na Europa do século XIX.
 Críticas constantes na Ásia, África e
América Latina. Eles apontam que as
fronteiras entre trabalho “livre”
assalariado, entre trabalho urbano e rural,
que não deve ser tomada como absoluta.
MEDICINA DO TRABALHO:
 Surge na Inglaterra, na primeira metade
do século XIX, com a Revolução
Industrial.
 Fenômeno tipicamente inglês, a revolução
Industrial foi sobretudo a passagem de um
sistema de produção marcadamente agrário e
artesanal para outro de cunho industrial,
dominados pela fábrica e maquinaria.
Caracterizou-se por sucessivas inovações
tecnológicas.
 Robert Dernham,
preocupado com seus
operários
Dr. Robert Baker:
verificar o efeito do
trabalho sobre as
pessoas;
Médico “unicamente
responsabilizado".
 A resposta do empregador foi a de contratar
Baker para trabalhar na sua fábrica, surgindo
assim, em 1830, o primeiro serviço de medicina
do trabalho.
 A expansão ocorreu paralelamente ao processo
de industrialização.
 Porém os Serviços de Saúde Pública neste
período ainda eram precários.
 A preocupação por prover serviços médicos aos
trabalhadores começa a se refletir no cenário
internacional: Organização Internacional do
Trabalho (OIT), criada em 1919.
1ª Revolução Industrial
- Divisão técnica do trabalho (produção pela
reunião de peças ou partes para compor o produto
final)
- Organização do trabalho: militar/iniciativa e
incentivo
- Acidentes do trabalho (graves)
- Doenças da miséria operária (tuberculose pp.)
- Doenças profissionais
- Medicina «militar»: cirúrgico/traumática
DEMANDA DE SERVIÇOS DE SAÚDE COMO
PARTE DA ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL
- O combate ao absenteísmo como essencial
para manter a linha de produção, em
funcionamento constante, aumentando assim
a produtividade no trabalho;
 A necessidade de prevenir acidentes e
doenças do trabalho como parte do aumento
da produtividade e ligada de forma sistêmica à
racionalidade produtiva:
PADRÕES DE DESGASTE
DUPLO PADRÃO
 Trabalhadores contratados
 Em geral, melhora as condições de trabalho e saúde, apesar da
intensificação do trabalho – polivalência –
 Introdução de novas práticas na indústria – prevenção das doenças em
geral soma-se à prevenção das doenças do trabalho – exercícios físicos;
nutrição, etc. promoção da saúde em geral;
 Trabalhadores sub-contratados –precarização do
atendimento pelos profissionais da saúde; precarização geral
das condições de trabalho e saúde.
 Desafio dos profissionais de saúde e segurança no
trabalho no processo de reestruturação produtiva:
eliminar o duplo padrão, melhoria geral das condições de
saúde e trabalho.
Características da Precarização do
Trabalho no Toyotismo
 Diminuição de postos de trabalho e fragilidade dos
novos arranjos laborais, como a oferta de empregos de
tempo parcial ou duração eventual;
 Limitações na absorção da força de trabalho jovem,
inclusive qualificada;
 Instabilidade e irregularidade ocupacionais;
 Subemprego e desemprego recorrente, duradouro e
sem perspectivas de inclusão no mercado formal;
 Dificuldades de inserção da força de trabalho não-
qualificada e rendimentos decrescentes para boa
parcela das populações já empobrecidas.
(Minayo-Gomez e Thedim-Costa, 2003)
Período Fordismo (1863-1947)
 Intensifica a atividade trabalhista:
-Produção de carros em massa.
-Jornada de 8 horas.
-Princípio da intensificação;
-Princípio de economicidade.
-Princípio de produtividade.
-Princípio da Exceção.
Fordismo: redução do
ausentismo por doença
Antes do fordismo:
Adoecimento deste trabalhador
interrompe a produção deste
automóvel
Fordismo:
Adoecimento deste
trabalhador paralisa
toda a linha de
produção; portanto
a medicina do
trabalho e a
engenharia de
segurança devem
evitar o ausentismo
por doença ou
acidente.
IMPACTOS GERAIS PARA A
SAÚDE DO TRABALHADOR –
TAYLORISMO/FORDISMO
 Incremento das doenças do trabalho típicas –
perda auditiva induzida pelo ruído;
intoxicações no trabalho; pneumopatias
ocupacionais etc.
 incremento de doenças cardiovasculares e
psicossomáticas, fadiga psíquica, depressão
e estresse, doenças do sistema músculo-
esquelético e distúrbios de comportamento.
 As doenças do trabalho, intoxicações agudas
e mutilações se inseriam no conjunto de
epidemias relacionadas à miséria – em
particular a tuberculose.
 Horas de trabalho por semana para
trabalhadores adultos nas indústrias
têxteis:
 1780 - em torno de 80 horas por
semana
 1820 - 67 horas por semana
 1860 - 53 horas por semana
 2007 - 46 horas por semana
CONCEITO DE MEDICINA DO
TRABALHO:
 Concepção baseada na unicausalidade, que
reconhece que todo acidente ou doença tem
uma única causa e cada causa determina um
único acidente ou doença.
 Os acidentes são explicados como a
resultante exclusiva da ação isolada do
trabalhador, ato inseguro, e as doenças como
resultantes específicas da atuação de agentes
patogênicos específicos sobre o organismo do
trabalhador.
 Fonte: Instituto Nacional de Saúde no Trabalho:
www.insticut.org.br
Medicina do Trabalho:
 A medicina do trabalho constituía
fundamentalmente uma atividade médica,
onde o "locus" de sua prática são os locais
de trabalho.
 Uma das expectativas importantes da
Medicina do Trabalho é promover a
"adaptação” do trabalhador ao trabalho,
quanto a "manutenção de sua saúde“.
 1958: Configura-se o Serviço de Medicina do Trabalho,
com objetivos:
- assegurar a proteção dos trabalhadores contra todo o
risco que prejudique a sua saúde e que possa resultar de
seu trabalho ou das condições em que este se efetue;
- contribuir à adaptação física e mental dos
trabalhadores, em particular pela adequação do trabalho
e pela sua colocação em lugares de trabalho
correspondentes às suas aptidões;
- contribuir ao estabelecimento e manutenção do nível
mais elevado possível do bem-estar físico e mental dos
trabalhadores.
SAÚDE DO TRABALHADOR : BRASIL
 As relações entre saúde e trabalho eram
tratadas apenas por um campo de
conhecimento, o da medicina,
 Exportação do café: primeiro ciclo de
industrialização do país.
 Surgiu então a preocupação com a patologia
do trabalho: a cólera, a peste e a febre
amarela.
 O sanitarista Oswaldo Cruz: prioriza a “saúde dos
portos”,
 Na construção da ferrovia Madeira-Mamoré, em 1910,
combateu epidemias de doenças infecciosas
relacionadas ao trabalho como a malária e a
ancilostomose,
 Sob influência das imigrações e reflexo dos
movimentos sindicais europeus: greves de 1907, 1912
e as grandes greves de 1917 a 1920,
 O setor privado a começar a pagar seguros de
acidentes do trabalho.
 1923: lei Eloy Chaves, a primeira lei
acidentaria do país,
 Foram então instituídas as CAP’s (caixas
de aposentadoria e pensão) que tinham
função de prestar benefícios e assistência
médica a seus filiados e dependentes,
 As primeiras CAPs foram criadas nas
empresas de estradas de ferro.
 Por volta da década de 30 – Getúlio Vargas:
a criação dos Ministérios do Trabalho e da
Indústria e Comércio e da CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho),
 1934 são nomeados os primeiros inspetores
Médicos do Trabalho no Brasil, tendo como
função a inspeção higiênica dos locais de
trabalho e estudo das doenças e acidentes
profissionais.
 Segunda Guerra Mundial (1939-1945),
houveram mudanças no enfoque meramente
clínico,
 Fim da Ditatura, expansão dos Hospitais,
 Passa a ser considerado o “Ambiente de
Trabalho” e suas relações,
 Ampliou-se então, a atuação médica
direcionada ao trabalhador, pelo
desenvolvimento da Saúde Ocupacional.
 1978: Publicação da Portaria 3.214 de
08/06, que cria as Normas
Regulamentadoras do Ministério do
Trabalho.
 Com as NR’s são criados os Serviços de
Medicina e Segurança do trabalho, com
atuação direcionada para a prevenção
das doenças ocupacionais e dos
acidentes de trabalho.
 Década de 70 e 80 os movimentos de massa
levou o Brasil ao seu processo de
redemocratização.
 Saúde do Trabalhador surge a resposta dos
diversos movimentos destes períodos como:
- o movimento de Oposição Sindical dos anos 70 e
80;
- o Movimento da Reforma Sanitária Brasileira;
- o movimento pelas eleições diretas e pela
Assembléia Nacional Constituinte e;
- a conquista do direito à saúde e o advento do
Sistema Único de Saúde.
 A saúde do trabalhador passou aos poucos a ser
incorporada nas ações do SUS em 1990,
 Lei Orgânica da Saúde (LOS, nº 8080, parágrafo 3º,
artigo 6º) é conferido a direção nacional do SUS a
responsabilidade de coordenar a política de saúde do
trabalhador.:
“Um conjunto de atividades que se destina, por
meio das ações de vigilância epidemiológica e
vigilância sanitária, à promoção e a proteção da
saúde do trabalhador, assim como visa a
recuperação e a reabilitação dos trabalhadores
submetidos aos riscos e agravos advindos das
condições de trabalho”
 A partir do SUS começam as Ações de
Saúde Pública ao Trabalhador: Diabetes,
Hipertensão, HIV…
 As políticas públicas no campo da saúde
e segurança no trabalho constituem ações
implementadas pelo Estado visando
garantir o trabalho, a realização pessoal e
social dos trabalhadores, sem prejuízo
para sua saúde, integridade física e
mental.
IMPORTANTE…
 O princípio da Universalidade pressupõe a
responsabilidade do SUS sobre todos os
trabalhadores, independentemente de seu
grau de inserção na economia ou tipo de
vínculo trabalhista.
 Segundo estimativa da Organização Mundial
de Saúde (OMS), na América Latina, apenas
1% a 4% das doenças do trabalho são notifi
cadas.
DADO ILUSTRATIVO: MS (2006)
 De 1999 a 2003, a Previdência Social
registrou entre os 23 milhões de
trabalhadores formais, (menos de 30% da
População Economicamente Ativa – PEA),
os seguintes dados:
 O coeficiente médio de mortalidade nesse
período foi de 14,84 por100 mil
trabalhadores.
 Em outros países:
- Finlândia era de 2,1 por 100 mil trab. (2001),
- França de 4,4 (2000), Canadá 7,2 (2002), e
Espanha 8,3 (2003).
A SITUAÇÃO DOS
TRABALHADORES NO BRASIL
 É pouco conhecida:
 Novas tecnologias: métodos gerenciais e
precarização das relações de trabalho.
 Essas novas tecnologias facilita a intensificação do
trabalho modifica o perfil de adoecimento e
sofrimento dos trabalhadores.
 Outros riscos ainda desconhecidos: indústrias
nucleares, biotecnologia (organismos geneticamente
modificados).
Precarização do Trabalho:
 Desregulamentação e perda de direitos
trabalhistas:
◦ Aumento do número de trabalhadores autônomos
e serviços informais;
◦ Fragilização das Organizações Sindicais;
◦ Trabalho rural às margens das leis trabalhistas,
com utilização de mão-de-obra escrava.
Terceirização
 Fator importante de precarização do trabalho:
◦ Práticas de intensificação do trabalho e/ou
aumento da jornada de trabalho;
◦ Acúmulo de funções;
◦ Maior exposição a fatores de risco para a saúde;
◦ Descumprimento de regulamentos de proteção à
saúde e segurança;
◦ Rebaixamento dos níveis salariais e aumento da
instabilidade do emprego
EXCLUSÃO SOCIAL E DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚD
Trabalhar a Intersetorialidade:
 As ações em saúde do trabalhador deve ser
integrada, uma vez que os riscos gerados
podem afetar diversos setores, e serem
causados também pelos mesmo:
◦ Meio ambiente
◦ Econômico
◦ Indústria e comércio
◦ Trabalho
◦ Previdência Social
Conceito de Saúde do
Trabalhador:
 São ações voltadas para implementação de políticas
de proteção à saúde, visando à redução e eliminação
do adoecimento e morte resultantes das condições,
dos processos e dos ambientes de trabalho, bem
como o aprimoramento da assistência à saúde dos
trabalhadores.
 São inclusos todos os trabalhadores presentes em
áreas urbanas e rurais, abrangendo os do mercado
formal, com carteira assinada ou não, do mercado
informal, autônomos, funcionários públicos, e
aposentados.
 Os agravos que podem estar relacionados às
condições de trabalho somam mais de 250 doenças
diferentes, todas catalogadas pelo Ministério da
Saúde.
Definição conforme MS (2002):
 Saúde do Trabalhador refere-se a um
campo do saber que visa compreender as
relações entre o trabalho e o processo
saúde/doença.
 Considera-se saúde e doença processos
dinâmicos vinculados ao desenvolvimento
produtivo da humanidade.
 Acredita-se que a forma de inserção do
trabalhador em seu espaço de trabalho,
define como ele vai adoecer e morrer.
ENFERMAGEM DO TRABALHO:
 A inclusão do enfermeiro do trabalho na
equipe de Saúde Ocupacional aconteceu
por meio da portaria nº3. 460 do
Ministério do Trabalho, em 1975.
 Neste mesmo ano criou-se no Rio
Grande do Sul o primeiro Sindicato de
Enfermagem.
 Assistência de enfermagem do trabalho
visava atendimento emergencial na
empresa.
 Ampliando a cada dia, seja na
assistência direta aos trabalhadores e
familiares.
 A equipe de enfermagem do trabalho é
composta por técnicos/auxiliares de
enfermagem e enfermeiros do trabalho.
Enquanto Enfermeiros do
Trabalho devemos estimular:
 Os trabalhadores a serem participantes
das ações de saúde, através do:
◦ Estudo das condições de trabalho.
◦ Identificação dos mecanismos de intervenção
técnica para a sua melhoria.
◦ Adequação e controle dos serviços de saúde
prestados.
 Promoção da saúde do trabalhador;
 Proteção contra os riscos decorrentes de
suas atividades laborais;
 Proteção contra agentes químicos, físicos
e biológicos e psicossociais;
 Manutenção de sua saúde no mais alto
grau de bem-estar físico e mental e
recuperações de lesões, doenças
ocupacionais ou não-ocupacionais e sua
reabilitação para o trabalho.
RAMO DA ENFERMAGEM DE
SAÚDE PÚBLICA
SAÚDE OCUPACIONAL
 Saúde Ocupacional é uma obrigatoriedade que o
Ministério do Trabalho e Emprego impôs a todas
as empresas, visando observar e resguardar a
qualidade de vida dos trabalhadores.
 Trabalha desde a prevenção de doenças e
acidentes até mesmo os problemas provenientes
do trabalho, pois seu objetivo é promover o bem
estar tanto físico como mental e social dos
trabalhadores no exercício de suas ocupações.
Conceito de Saúde
Ocupacional
 Concepção baseada na multicausalidade, que
reconhece a multiplicidade ou interação de
vários agentes.
 Valoriza os aspectos externos ao trabalhador,
reproduzindo a forma tradicional da engenharia
e da medicina de encarar os acidentes e as
doenças
Fonte: Instituto Nacional de Saúde no Trabalho: www.insticut.org.br
Segurança no Trabalho:
 Conjuntos de medidas que são
adotadas visando proteger a
integridade física e mental do
trabalhador.
Segurança
 Resultados esperados: redução
do número de acidentes de
trabalho e das doenças
relacionadas com o trabalho.

Sem dúvida o problema era grave, exigindo a
elaboração então de uma Política Nacional de
Segurança para a redução do número de acidentes
do trabalho.
Política Nacional de Segurança do
Trabalho (PNSST) -
 São considerados trabalhadores todos os
homens e mulheres que exercem
atividades para sustento próprio e/ou de
seus dependentes, qualquer que seja sua
forma de inserção no mercado de
trabalho, no setor formal ou informal da
economia.
 Portaria: Interministerial nº153 de 13/02/2004:
 Estão inseridos nesse grupo todos os
indivíduos que trabalharam ou trabalham
como: empregados assalariados;
trabalhadores domésticos; avulsos;
rurais; autônomos; temporários;
servidores públicos; trabalhadores em
cooperativas e empregadores,
particularmente os proprietários de micro
e pequenas unidades de produção e
serviços, entre outros.
Acidentes do Trabalho
 Não são casos fortuitos.
 Previsíveis - Análise Preliminar de Risco por
Tarefa (APRT).
 Evitáveis mediante medidas preventivas
eficazes.
IDENTIFICAÇÃO (Diagnóstico)
 Ausência de Políticas Consistentes de
Prevenção de Acidentes.
 Escassez e inconsistência das informações
(Dados epidemiológicos).
 Estabelecer a Política Nacional de
Segurança para a Prevenção dos
Acidentes e Doenças do Trabalho.
65
Principais atividades- Segurança do trabalho
 Assessorar na elaboração de análise de riscos.
 Realizar treinamentos introdutórios e específicos de Segurança.
 Realizar avaliações ambientais (higienista).
 Realizar campanhas educativas.
Apoiar atividades das CIPAs.
 Participar das comissões de investigação e análise em caso de
acidente do trabalho.
 Realizar inspeções de segurança.
 Elaborar programa anual de segurança.
 Especificar os EPI’s necessários para cada cargo e fiscalizar o correto
uso dos mesmos.
 Elaborar estatísticas mensais de segurança.
“Tão importantes como salário e
carreira são as condições de trabalho”.
REFERÊNCIAS:
 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas
de Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
 Brasil. Ministério da Saúde. Representação no
Brasil da OPAS/OMS. Doenças relacionadas ao
trabalho: manual de procedimentos para os
serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde,
2001.
 Legislação de Segurança e Medicina do Trabalho.
2 ed. Rev., atual. E ampl. São Paulo: Método,
2008.
 Site: www.fundacentro.gov.br
O TRABALHADOR E A
RELAÇÃO COM SEU
LOCAL DE TRABALHO
OFICINA MECÂNICA
OFICINA MECÂNICA
Funcionário
sem uso de
EPI adequado
Parando um pouco no
tempo…
 A primeira lição que um estudioso do
trabalho aprende é: pergunte pelo
produto.
 Aprendemos muito cedo que ao
entender o produto entenderemos
muito do trabalhador.
 Qual é o produto do Profissional de
saude?
Boas práticas para o trabalho
Cuidado. Sua saúde depende de
você!

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  • 1. Aspectos históricos das relações entre saúde e trabalho no Brasil Profª. Giselle Cristina Esp. Enfermagem do Trabalho Esp. Gestão Ambiental Mestre Meio Ambiente e Sustentabilidade
  • 2. O SER HUMANO…O SER HISTÓRICO…  Todo o passado determina, constroí, reconstrói, explica, significa e re-significa o presente; todo presente engendra, contém e constrói o futuro.  Toda ação humana é portadora do futuro, carrega em si toda a História da Humanidade.  Não apenas os objetos, mas os atos também são históricos.
  • 3. TRABALHO AO LONGO DA HISTÓRIA - IDADE DA PEDRA: “Não é a espécie mais forte que sobrevive, nem a mais inteligente, mas aquele que responde mais rápido as mudanças”. Charles Darwin
  • 4. ORIGEM DA PALAVRA TRABALHO  Na Grécia antiga, não se encontra um vocábulo designando o trabalho em geral, mas: ergon, techné, ponos, práxis, poièsis e se modificam com o tempo.  Século IX e X: A palavra "trabalho" tem sua origem no vocábulo latino "TRIPALIU" .  Atualmente “trabalho” significa: Atividade Física ou intelectual que visa a algum objetivo; labor; ocupação. O produto dessa atividade; obra. Esforço, empenho. www.dicionariodoaurelio.com
  • 5. IDADE MÉDIA:  Na Idade Média Antiga (séc V), escassos registros nos foram legados acerca da relação trabalho e saúde.  Agrícola (1494-1555) e Paracelso (1493-1541) escreveram quadros de doença de provável relação com o trabalho: "asma dos mineiros" sugere tratar-se de silicose.  Era a fase dos "miasmas" e da alquimia, de predomínio do conteúdo empírico do conhecimento científico acerca do processo saúde-doença.
  • 6. QUATROCENTOS ANOS DE TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL (REPRODUÇÕES DE J. B. DEBRET)
  • 7. RELAÇÕES ENTRE SENHORES E CLERO PROPRIETÁRIOS DE ESCRAVOS;  Escravo não é proprietário do seu corpo, não herda a sua prole, não tem liberdade para si e para seus dependentes.  Força de trabalho contida no corpo do escravo, ou seja, compunha o patrimônio do escravista. O comércio do escravo implicava no comércio da força de trabalho; trabalho forçado; cerceamento total da liberdade.  Mercado de escravos – homem reduzido à condição de mercadoria # Mercado de trabalho capitalista.
  • 8. A FORÇA DE TRABALHO ESCRAVO  Estima-se que a população de escravos tenha alcançado 3.646.800 trabalhadores  Principalmente das etnias Sudanesas, da África ocidental e Bantus, da África central.
  • 9. EPIDEMIAS NO TRABALHO ESCRAVO  Esperança de vida no trabalho escravo era de 7 anos;  Os escravos morriam da violência imposta pelos castigos, suplícios, doenças como escorbuto, desinterias. Muitos se suicidavam, e o banzo, forma de depressão profunda traduzida como a nostalgia mortal dos negros, que não raro levava ao suicídio ou ao sacrifício pelos feitores;  Banzo pode ser considerada uma epidemia de doenças mentais do trabalho no Brasil, na invisível história da saúde do trabalhador.
  • 11.  Em 1820, Carlos Augusto Taunay recomendava aos escravistas, no "Manual do Agricultor Brasileiro", distribuir cachaça aos escravos após o jantar (reedição 2001, USP), como forma de reduzir as consequências do trabalho extenuante  Proporcionava condições para produzir dependência ao álcool; mas, as práticas terapêuticas eram forçadas, violentas e humilhantes.
  • 12. Castigo; silêncio; abstinência forçada contra o álcool
  • 13. Método de gestão: Cárcere  Aprisionamento nas Senzalas; vigilância permanente (trabalho, descanso...); Gestão da vida reprodutiva  planejamento familiar em função do uso e da necessidade de reprodução no “patrimônio”;
  • 14. - O artesanato foi a forma de produção industrial característica da Baixa Idade Média. - A manufatura, que predominou ao longo da Idade Moderna e na Antiguidade Clássica. - Domesticação dos Animais. PRODUÇÃO MANUAL QUE ANTECEDE À REVOLUÇÃO INDUSTRIAL :
  • 15. INFLUÊNCIA DA LEGISLAÇÃO - Final do século XVII: trabalhadores viveram sem nenhum amparo = acidentes. - Início do século XVIII: iniciam os movimentos sociais . - Em 1802 o Parlamento Britânico conseguiu aprovação da primeira lei de proteção aos trabalhadores: A “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”.
  • 16. - Em 1833 surgia na Inglaterra a “Lei das Fábricas” (Factory Act), que deve ser considerada como a primeira legislação realmente eficiente no campo de proteção ao trabalhador. - Aplicava-se a todas as empresas têxteis onde se usasse força hidráulica ou a vapor. - Villermé: Análise de Morbidade - Dr. Auguste Delpech: sulfeto de carbono.
  • 17. “Lei das Fábricas” (Factory Act): • proibia o trabalho noturno aos menores de 18 anos; • restringia as horas de trabalho destes a 12 por dia e 69 por semana; • as fábricas precisavam ter escolas, que deviam ser freqüentadas por todos os trabalhadores menores de 13 anos; • a idade mínima para o trabalho era de nove anos, e um médico devia atestar que o desenvolvimento físico da criança correspondia à sua idade cronológica.
  • 18. HISTÓRIA DA CLASSE TRABALHADORA  O conceito de “classe trabalhadora”, originou na Europa do século XIX.  Críticas constantes na Ásia, África e América Latina. Eles apontam que as fronteiras entre trabalho “livre” assalariado, entre trabalho urbano e rural, que não deve ser tomada como absoluta.
  • 19. MEDICINA DO TRABALHO:  Surge na Inglaterra, na primeira metade do século XIX, com a Revolução Industrial.  Fenômeno tipicamente inglês, a revolução Industrial foi sobretudo a passagem de um sistema de produção marcadamente agrário e artesanal para outro de cunho industrial, dominados pela fábrica e maquinaria. Caracterizou-se por sucessivas inovações tecnológicas.
  • 20.  Robert Dernham, preocupado com seus operários Dr. Robert Baker: verificar o efeito do trabalho sobre as pessoas; Médico “unicamente responsabilizado".
  • 21.  A resposta do empregador foi a de contratar Baker para trabalhar na sua fábrica, surgindo assim, em 1830, o primeiro serviço de medicina do trabalho.  A expansão ocorreu paralelamente ao processo de industrialização.  Porém os Serviços de Saúde Pública neste período ainda eram precários.  A preocupação por prover serviços médicos aos trabalhadores começa a se refletir no cenário internacional: Organização Internacional do Trabalho (OIT), criada em 1919.
  • 22.
  • 23. 1ª Revolução Industrial - Divisão técnica do trabalho (produção pela reunião de peças ou partes para compor o produto final) - Organização do trabalho: militar/iniciativa e incentivo - Acidentes do trabalho (graves) - Doenças da miséria operária (tuberculose pp.) - Doenças profissionais - Medicina «militar»: cirúrgico/traumática
  • 24. DEMANDA DE SERVIÇOS DE SAÚDE COMO PARTE DA ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL - O combate ao absenteísmo como essencial para manter a linha de produção, em funcionamento constante, aumentando assim a produtividade no trabalho;  A necessidade de prevenir acidentes e doenças do trabalho como parte do aumento da produtividade e ligada de forma sistêmica à racionalidade produtiva:
  • 25.
  • 26. PADRÕES DE DESGASTE DUPLO PADRÃO  Trabalhadores contratados  Em geral, melhora as condições de trabalho e saúde, apesar da intensificação do trabalho – polivalência –  Introdução de novas práticas na indústria – prevenção das doenças em geral soma-se à prevenção das doenças do trabalho – exercícios físicos; nutrição, etc. promoção da saúde em geral;  Trabalhadores sub-contratados –precarização do atendimento pelos profissionais da saúde; precarização geral das condições de trabalho e saúde.  Desafio dos profissionais de saúde e segurança no trabalho no processo de reestruturação produtiva: eliminar o duplo padrão, melhoria geral das condições de saúde e trabalho.
  • 27. Características da Precarização do Trabalho no Toyotismo  Diminuição de postos de trabalho e fragilidade dos novos arranjos laborais, como a oferta de empregos de tempo parcial ou duração eventual;  Limitações na absorção da força de trabalho jovem, inclusive qualificada;  Instabilidade e irregularidade ocupacionais;  Subemprego e desemprego recorrente, duradouro e sem perspectivas de inclusão no mercado formal;  Dificuldades de inserção da força de trabalho não- qualificada e rendimentos decrescentes para boa parcela das populações já empobrecidas. (Minayo-Gomez e Thedim-Costa, 2003)
  • 28. Período Fordismo (1863-1947)  Intensifica a atividade trabalhista: -Produção de carros em massa. -Jornada de 8 horas. -Princípio da intensificação; -Princípio de economicidade. -Princípio de produtividade. -Princípio da Exceção.
  • 29. Fordismo: redução do ausentismo por doença Antes do fordismo: Adoecimento deste trabalhador interrompe a produção deste automóvel Fordismo: Adoecimento deste trabalhador paralisa toda a linha de produção; portanto a medicina do trabalho e a engenharia de segurança devem evitar o ausentismo por doença ou acidente.
  • 30. IMPACTOS GERAIS PARA A SAÚDE DO TRABALHADOR – TAYLORISMO/FORDISMO  Incremento das doenças do trabalho típicas – perda auditiva induzida pelo ruído; intoxicações no trabalho; pneumopatias ocupacionais etc.  incremento de doenças cardiovasculares e psicossomáticas, fadiga psíquica, depressão e estresse, doenças do sistema músculo- esquelético e distúrbios de comportamento.  As doenças do trabalho, intoxicações agudas e mutilações se inseriam no conjunto de epidemias relacionadas à miséria – em particular a tuberculose.
  • 31.  Horas de trabalho por semana para trabalhadores adultos nas indústrias têxteis:  1780 - em torno de 80 horas por semana  1820 - 67 horas por semana  1860 - 53 horas por semana  2007 - 46 horas por semana
  • 32. CONCEITO DE MEDICINA DO TRABALHO:  Concepção baseada na unicausalidade, que reconhece que todo acidente ou doença tem uma única causa e cada causa determina um único acidente ou doença.  Os acidentes são explicados como a resultante exclusiva da ação isolada do trabalhador, ato inseguro, e as doenças como resultantes específicas da atuação de agentes patogênicos específicos sobre o organismo do trabalhador.  Fonte: Instituto Nacional de Saúde no Trabalho: www.insticut.org.br
  • 33. Medicina do Trabalho:  A medicina do trabalho constituía fundamentalmente uma atividade médica, onde o "locus" de sua prática são os locais de trabalho.  Uma das expectativas importantes da Medicina do Trabalho é promover a "adaptação” do trabalhador ao trabalho, quanto a "manutenção de sua saúde“.
  • 34.  1958: Configura-se o Serviço de Medicina do Trabalho, com objetivos: - assegurar a proteção dos trabalhadores contra todo o risco que prejudique a sua saúde e que possa resultar de seu trabalho ou das condições em que este se efetue; - contribuir à adaptação física e mental dos trabalhadores, em particular pela adequação do trabalho e pela sua colocação em lugares de trabalho correspondentes às suas aptidões; - contribuir ao estabelecimento e manutenção do nível mais elevado possível do bem-estar físico e mental dos trabalhadores.
  • 35. SAÚDE DO TRABALHADOR : BRASIL  As relações entre saúde e trabalho eram tratadas apenas por um campo de conhecimento, o da medicina,  Exportação do café: primeiro ciclo de industrialização do país.  Surgiu então a preocupação com a patologia do trabalho: a cólera, a peste e a febre amarela.
  • 36.  O sanitarista Oswaldo Cruz: prioriza a “saúde dos portos”,  Na construção da ferrovia Madeira-Mamoré, em 1910, combateu epidemias de doenças infecciosas relacionadas ao trabalho como a malária e a ancilostomose,  Sob influência das imigrações e reflexo dos movimentos sindicais europeus: greves de 1907, 1912 e as grandes greves de 1917 a 1920,  O setor privado a começar a pagar seguros de acidentes do trabalho.
  • 37.  1923: lei Eloy Chaves, a primeira lei acidentaria do país,  Foram então instituídas as CAP’s (caixas de aposentadoria e pensão) que tinham função de prestar benefícios e assistência médica a seus filiados e dependentes,  As primeiras CAPs foram criadas nas empresas de estradas de ferro.
  • 38.  Por volta da década de 30 – Getúlio Vargas: a criação dos Ministérios do Trabalho e da Indústria e Comércio e da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho),  1934 são nomeados os primeiros inspetores Médicos do Trabalho no Brasil, tendo como função a inspeção higiênica dos locais de trabalho e estudo das doenças e acidentes profissionais.
  • 39.  Segunda Guerra Mundial (1939-1945), houveram mudanças no enfoque meramente clínico,  Fim da Ditatura, expansão dos Hospitais,  Passa a ser considerado o “Ambiente de Trabalho” e suas relações,  Ampliou-se então, a atuação médica direcionada ao trabalhador, pelo desenvolvimento da Saúde Ocupacional.
  • 40.  1978: Publicação da Portaria 3.214 de 08/06, que cria as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho.  Com as NR’s são criados os Serviços de Medicina e Segurança do trabalho, com atuação direcionada para a prevenção das doenças ocupacionais e dos acidentes de trabalho.
  • 41.  Década de 70 e 80 os movimentos de massa levou o Brasil ao seu processo de redemocratização.  Saúde do Trabalhador surge a resposta dos diversos movimentos destes períodos como: - o movimento de Oposição Sindical dos anos 70 e 80; - o Movimento da Reforma Sanitária Brasileira; - o movimento pelas eleições diretas e pela Assembléia Nacional Constituinte e; - a conquista do direito à saúde e o advento do Sistema Único de Saúde.
  • 42.  A saúde do trabalhador passou aos poucos a ser incorporada nas ações do SUS em 1990,  Lei Orgânica da Saúde (LOS, nº 8080, parágrafo 3º, artigo 6º) é conferido a direção nacional do SUS a responsabilidade de coordenar a política de saúde do trabalhador.: “Um conjunto de atividades que se destina, por meio das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e a proteção da saúde do trabalhador, assim como visa a recuperação e a reabilitação dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho”
  • 43.  A partir do SUS começam as Ações de Saúde Pública ao Trabalhador: Diabetes, Hipertensão, HIV…  As políticas públicas no campo da saúde e segurança no trabalho constituem ações implementadas pelo Estado visando garantir o trabalho, a realização pessoal e social dos trabalhadores, sem prejuízo para sua saúde, integridade física e mental.
  • 44. IMPORTANTE…  O princípio da Universalidade pressupõe a responsabilidade do SUS sobre todos os trabalhadores, independentemente de seu grau de inserção na economia ou tipo de vínculo trabalhista.  Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), na América Latina, apenas 1% a 4% das doenças do trabalho são notifi cadas.
  • 45. DADO ILUSTRATIVO: MS (2006)  De 1999 a 2003, a Previdência Social registrou entre os 23 milhões de trabalhadores formais, (menos de 30% da População Economicamente Ativa – PEA), os seguintes dados:  O coeficiente médio de mortalidade nesse período foi de 14,84 por100 mil trabalhadores.  Em outros países: - Finlândia era de 2,1 por 100 mil trab. (2001), - França de 4,4 (2000), Canadá 7,2 (2002), e Espanha 8,3 (2003).
  • 46. A SITUAÇÃO DOS TRABALHADORES NO BRASIL  É pouco conhecida:  Novas tecnologias: métodos gerenciais e precarização das relações de trabalho.  Essas novas tecnologias facilita a intensificação do trabalho modifica o perfil de adoecimento e sofrimento dos trabalhadores.  Outros riscos ainda desconhecidos: indústrias nucleares, biotecnologia (organismos geneticamente modificados).
  • 47. Precarização do Trabalho:  Desregulamentação e perda de direitos trabalhistas: ◦ Aumento do número de trabalhadores autônomos e serviços informais; ◦ Fragilização das Organizações Sindicais; ◦ Trabalho rural às margens das leis trabalhistas, com utilização de mão-de-obra escrava.
  • 48. Terceirização  Fator importante de precarização do trabalho: ◦ Práticas de intensificação do trabalho e/ou aumento da jornada de trabalho; ◦ Acúmulo de funções; ◦ Maior exposição a fatores de risco para a saúde; ◦ Descumprimento de regulamentos de proteção à saúde e segurança; ◦ Rebaixamento dos níveis salariais e aumento da instabilidade do emprego EXCLUSÃO SOCIAL E DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚD
  • 49. Trabalhar a Intersetorialidade:  As ações em saúde do trabalhador deve ser integrada, uma vez que os riscos gerados podem afetar diversos setores, e serem causados também pelos mesmo: ◦ Meio ambiente ◦ Econômico ◦ Indústria e comércio ◦ Trabalho ◦ Previdência Social
  • 50. Conceito de Saúde do Trabalhador:  São ações voltadas para implementação de políticas de proteção à saúde, visando à redução e eliminação do adoecimento e morte resultantes das condições, dos processos e dos ambientes de trabalho, bem como o aprimoramento da assistência à saúde dos trabalhadores.  São inclusos todos os trabalhadores presentes em áreas urbanas e rurais, abrangendo os do mercado formal, com carteira assinada ou não, do mercado informal, autônomos, funcionários públicos, e aposentados.  Os agravos que podem estar relacionados às condições de trabalho somam mais de 250 doenças diferentes, todas catalogadas pelo Ministério da Saúde.
  • 51. Definição conforme MS (2002):  Saúde do Trabalhador refere-se a um campo do saber que visa compreender as relações entre o trabalho e o processo saúde/doença.  Considera-se saúde e doença processos dinâmicos vinculados ao desenvolvimento produtivo da humanidade.  Acredita-se que a forma de inserção do trabalhador em seu espaço de trabalho, define como ele vai adoecer e morrer.
  • 52. ENFERMAGEM DO TRABALHO:  A inclusão do enfermeiro do trabalho na equipe de Saúde Ocupacional aconteceu por meio da portaria nº3. 460 do Ministério do Trabalho, em 1975.  Neste mesmo ano criou-se no Rio Grande do Sul o primeiro Sindicato de Enfermagem.
  • 53.  Assistência de enfermagem do trabalho visava atendimento emergencial na empresa.  Ampliando a cada dia, seja na assistência direta aos trabalhadores e familiares.  A equipe de enfermagem do trabalho é composta por técnicos/auxiliares de enfermagem e enfermeiros do trabalho.
  • 54. Enquanto Enfermeiros do Trabalho devemos estimular:  Os trabalhadores a serem participantes das ações de saúde, através do: ◦ Estudo das condições de trabalho. ◦ Identificação dos mecanismos de intervenção técnica para a sua melhoria. ◦ Adequação e controle dos serviços de saúde prestados.
  • 55.  Promoção da saúde do trabalhador;  Proteção contra os riscos decorrentes de suas atividades laborais;  Proteção contra agentes químicos, físicos e biológicos e psicossociais;  Manutenção de sua saúde no mais alto grau de bem-estar físico e mental e recuperações de lesões, doenças ocupacionais ou não-ocupacionais e sua reabilitação para o trabalho. RAMO DA ENFERMAGEM DE SAÚDE PÚBLICA
  • 56. SAÚDE OCUPACIONAL  Saúde Ocupacional é uma obrigatoriedade que o Ministério do Trabalho e Emprego impôs a todas as empresas, visando observar e resguardar a qualidade de vida dos trabalhadores.  Trabalha desde a prevenção de doenças e acidentes até mesmo os problemas provenientes do trabalho, pois seu objetivo é promover o bem estar tanto físico como mental e social dos trabalhadores no exercício de suas ocupações.
  • 57. Conceito de Saúde Ocupacional  Concepção baseada na multicausalidade, que reconhece a multiplicidade ou interação de vários agentes.  Valoriza os aspectos externos ao trabalhador, reproduzindo a forma tradicional da engenharia e da medicina de encarar os acidentes e as doenças Fonte: Instituto Nacional de Saúde no Trabalho: www.insticut.org.br
  • 58. Segurança no Trabalho:  Conjuntos de medidas que são adotadas visando proteger a integridade física e mental do trabalhador.
  • 59. Segurança  Resultados esperados: redução do número de acidentes de trabalho e das doenças relacionadas com o trabalho.
  • 60.  Sem dúvida o problema era grave, exigindo a elaboração então de uma Política Nacional de Segurança para a redução do número de acidentes do trabalho.
  • 61. Política Nacional de Segurança do Trabalho (PNSST) -  São considerados trabalhadores todos os homens e mulheres que exercem atividades para sustento próprio e/ou de seus dependentes, qualquer que seja sua forma de inserção no mercado de trabalho, no setor formal ou informal da economia.  Portaria: Interministerial nº153 de 13/02/2004:
  • 62.  Estão inseridos nesse grupo todos os indivíduos que trabalharam ou trabalham como: empregados assalariados; trabalhadores domésticos; avulsos; rurais; autônomos; temporários; servidores públicos; trabalhadores em cooperativas e empregadores, particularmente os proprietários de micro e pequenas unidades de produção e serviços, entre outros.
  • 63. Acidentes do Trabalho  Não são casos fortuitos.  Previsíveis - Análise Preliminar de Risco por Tarefa (APRT).  Evitáveis mediante medidas preventivas eficazes.
  • 64. IDENTIFICAÇÃO (Diagnóstico)  Ausência de Políticas Consistentes de Prevenção de Acidentes.  Escassez e inconsistência das informações (Dados epidemiológicos).  Estabelecer a Política Nacional de Segurança para a Prevenção dos Acidentes e Doenças do Trabalho.
  • 65. 65 Principais atividades- Segurança do trabalho  Assessorar na elaboração de análise de riscos.  Realizar treinamentos introdutórios e específicos de Segurança.  Realizar avaliações ambientais (higienista).  Realizar campanhas educativas. Apoiar atividades das CIPAs.  Participar das comissões de investigação e análise em caso de acidente do trabalho.  Realizar inspeções de segurança.  Elaborar programa anual de segurança.  Especificar os EPI’s necessários para cada cargo e fiscalizar o correto uso dos mesmos.  Elaborar estatísticas mensais de segurança.
  • 66. “Tão importantes como salário e carreira são as condições de trabalho”.
  • 67. REFERÊNCIAS:  Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.  Brasil. Ministério da Saúde. Representação no Brasil da OPAS/OMS. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.  Legislação de Segurança e Medicina do Trabalho. 2 ed. Rev., atual. E ampl. São Paulo: Método, 2008.  Site: www.fundacentro.gov.br
  • 68. O TRABALHADOR E A RELAÇÃO COM SEU LOCAL DE TRABALHO
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  • 84. Parando um pouco no tempo…  A primeira lição que um estudioso do trabalho aprende é: pergunte pelo produto.  Aprendemos muito cedo que ao entender o produto entenderemos muito do trabalhador.  Qual é o produto do Profissional de saude?
  • 85. Boas práticas para o trabalho Cuidado. Sua saúde depende de você!