Aspectos tecnologicos da teoria da objetivação.pptx
1. Aspectos Metodológicos da Teoria da
Objetivação
Luis Radford - 2015
Revista Perspectivas da Educação Matemática - PPEGEDUMAT
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
Jaqueline Vargas Plaça
2. Introdução
É impossível realizar uma investigação sobre
aprendizagem sem uma metodologia clara.
O que é menos óbvio é chegar a um consenso sobre o
que é uma metodologia.
META + HODOS O que seguir depois
(depois + uma viagem) Um seguimento
posterior
Meaning hence “a following after”. (Harper, 2013)
A Metodologia pode ser considerada um tipo de método,
um procedimento para seguir.
3. Introdução
Para tornar uma metodologia operacional,
precisamos especificar as “coisas” (ou seja, os
objetos de investigação) que buscamos.
Existe alguma evidência de que a aprendizagem ocorreu
ou está ocorrendo?
Quais condições uma metodologia deve cumprir para nos
fornecer evidências convincentes?
Exemplo: Classificações e experimento científico.
Não há respostas diretas para essas
questões.
4. Introdução (p.548)
Metodologia não é independente da natureza dos
fatos.
Aristóteles (A princípios gerais; Particularização do geral.)
Bacon (O princípio através de um processo indutivo.)
Uma metodologia, M, está sempre em relação com
alguns princípios teóricos, P.
Esses princípios teóricos também nos permitem
formular de maneiras específicas as questões de
pesquisa.
5. Introdução
A metodologia, M, faz sentido somente por inter-
relação com um conjunto de princípios teóricos, P e
a pesquisa perguntas, Q, que buscamos responder.
Radford chama de teoria do trípleto (P, M, Q).
Questões de
pesquisa (Q)
Princípios
Teóricos (P)
Metodologia
(M)
Relação
dialética
6. Introdução (p.549)
Neste artigo, o autor foca na metodologia de uma
teoria específica de ensino e aprendizagem: a teoria
da objetivação (TO).
Na primeira parte, o autor escreve brevemente as
linhas gerais da teoria.
Na segunda parte, concentra-se no componente
metodológico.
7. Um esboço da Teoria da Objetivação (p.549)
Educação matemática (teoria das situações e sócio
construtivismo).
A teoria da objetificação - uma teoria do ensino e da
aprendizagem - segue um caminho diferente.
Concebe a educação matemática como incorporada
em um projeto educacional e transformacional mais
amplo.
Processos de ensino e aprendizagem e apresenta
uma concepção materialista dialética do
conhecimento.
8. Conhecimento (p.550)
A teoria da objetivação baseia-se no materialismo
dialético.
O conhecimento é uma síntese cultural, dialética e
sensorial, das ações das pessoas.
Conhecimento como possibilidade significa que o
conhecimento não é imediato.
O conhecimento só pode se tornar um objeto de
pensamento por meio de atividades específicas.
Potencial (algo que pode
acontecer, ou seja, a
possibilidade)
Real (seu
acontecimento)
Distinção
entre
Ideia materialista dialética do conhecimento
9. Conhecimento (p. 551)
O potencial abstrato é colocado em movimento por
meio da atividade e é atualizado em um singular.
Atividade que coloca em movimento a
potencialidade e a concretiza ou concretiza num
singular.
Potencialidade
Objetos do
Conhecimento
Atualidade
Singulares
Atividade
10. Learning (aprendendo) (p. 551)
A aprendizagem são os processos por meio dos
quais os estudantes gradualmente se familiarizam
com os significados culturais e formas de raciocínio
e ação historicamente constituídos.
Esses processos são denominados processos de
objetivação (Radford, 2002).
11. Learning (aprendendo) (p. 551)
Radford (2014), apresenta quatro elementos
importantes de objetificação:
1º) A objetificação é um processo - um processo
inacabado e interminável.
2º) A objetificação é um processo social.
3º) No decorrer de um processo de objetivação, os
alunos tornam-se conscientes ou conscientes de algo
que já existia.
4º) Em um processo de objetivação, os alunos tornam-
se progressivamente familiarizado com significados
culturais historicamente constituídos. (raciocínio e
ação)
A consciência só se torna consciência quando é preenchida. . . (conteúdo
semiótico), consequentemente, apenas no processo de interação social ”.
12. Learning (aprendendo) (p. 551)
A objetificação é de fato um processo dialético - isto
é, um processo transformador e criativo entre sujeito
e objeto que se afetam mutuamente.
As salas de aula de matemática não produzem
apenas conhecimento, mas também subjetividades,
e que a aprendizagem é tanto um processo de
conhecimento quanto um processo de
transformação (Radford, 2008b).
A TO é uma tentativa de compreender a
aprendizagem não como o resultado das ações
individuais do estudante, mas como um processo
histórico-cultural.
13. Metodologia (p.553)
A unidade de análise
O que os estudantes encontram não é conhecimento
como potencialidade, mas conhecimento realizado por
meio da atividade.
Na teoria da objetivação, a atividade é, de fato, tomada
como a unidade metodológica de análise.
A atividade na teoria da objetivação não significa apenas
fazer algo.
Atividade refere-se a um sistema que contribui para a
satisfação de necessidades coletivas e que opera dentro
de uma divisão específica de trabalho. (reproduz a
sociedade como um todo)
14. O design das atividades da sala de aula
Knowing (Sabendo) (p.554)
Atividades em sala de aula são caracterizadas pelo
seu objeto.
O objeto é a objetivação de algum conceito.
O professor e os alunos têm uma compreensão
diferente desse objeto.
Para que a atividade da sala de aula se mova em
direção a seu objeto, é necessário introduzir
algumas metas.
15. O design das atividades da sala de aula
Para alcançar os objetivos da atividade, tarefas
específicas, devem ser elaboradas.
Lista básica de trabalho elaborada por Radford (2014)
que nos ajuda a elaborar o projeto da atividade:
a) Levar em consideração o que os alunos sabem;
b) Ser interessante do ponto de vista dos alunos;
c) Abrir um espaço de reflexão crítica, interação e discussões
em pequenos grupos e discussões gerais;
d) Tornar significativos os conceitos alvo em níveis conceituais
profundos;
e) Oferecer aos alunos a oportunidade de refletir de diferentes
maneiras (não apenas por meio do conteúdo dominante);
f) São organizados de tal forma que haja um fio conceitual
orientado para problemas de aumentar a complexidade
matemática. (Radford, Demers e Miranda, 2009)
16. O design das atividades da sala de aula
Objeto – Meta – Tarefa Potencialidade
Objetos do
Conhecimento
Atualidade
Singulares
Atividade
θ
Φ
Φ: Refere-se à intenção pedagógica da
atividade de sala de aula.
θ : Como as coisas realmente se tornam
na sala de aula.
17. O design das atividades da sala de aula
As aulas com as quais Radford trabalha são geralmente
divididas em pequenos grupos de dois a três ou quatro
alunos. a
Apresentação da
atividade pelo professor
Trabalho em pequenos grupos
Discussão entre professores
e alunos
Discussão geral
18. Becoming (tornando-se)
As ideias básicas de toda a atividade da sala de aula, a
saber: (1) as formas de produção de conhecimento em
sala de aula e (2) as formas de colaboração humana.
As formas de produção de conhecimento em sala de
aula e as formas de colaboração humana.
A ética comunitária são modos de colaboração e
interação humana que promovem a postura crítica, a
solidariedade, a responsabilidade e o cuidado o outro.
Os principais elementos da ética comunitária que
apresentamos não são naturais. São o resultado da
evolução cultural. Aqui, o professor desempenha um
papel fundamental promovê-los na sala de aula.
19. Coleta e análise dos dados
Geralmente o autor segue a mesma classe por três
a cinco ou seis anos. Mas também pode trabalhar
com aulas por apenas um ano em projetos
específicos.
Os dados são coletados por meio de um processo
de quatro fases:
1) Gravação de vídeo e áudio;
2) Folha de atividade do aluno;
3) Documentos da lousa digital;
4) Notas de campo.
20. Processamento e Análise de dados
As folhas de atividades dos alunos são escaneadas
e, juntamente com os documentos da lousa digital e
as notas de campo, são transferidas para um
servidor dedicado com os vídeos e suas
transcrições.
Esquema de organização dos dados por escola. (p.
560)
Escola/Ano/Datas/Dados
21. Análise dos dados
O autor procura documentar os processos de
objetivação e subjetivação. Na análise dos dados,
se faz:
• Passagens que parecem conter o desejado, indícios e
evidências dos processos de objetivação e subjetivação
Transcrição aproximada do vídeos e primeira
análise (localizar os segmentos salientes)
São submetidos a uma transcrição (se a
transcrição ainda não foi feita)
• Fairclough (1995), Moerman (1988) e Coulthard (1977).
Análise de transcrição interpretativa
22. Análise dos dados
A análise interpretativa da transcrição é realizada
em três etapas.
Primeira
etapa
Todas as
elocuções são
tratadas
igualmente sem
prestar atenção
ao contexto,
intenção e
assim por
diante.
Segunda
etapa
O material bruto
resultante da primeira
etapa é analisado
através das lentes dos
princípios teóricos da
teoria e das questões de
pesquisa em questão. Os
segmentos salientes (ou
partes deles) são
identificados e colocados
em categorias analíticas
conceituais emergentes
e contextualizados.
Terceira
etapa
A cadência do
diálogo é
inserida na
transcrição,
indicando
pausas,
hesitações
verbais, a
ocorrência de
gestos, etc.
Também pode
inserir análises
de voz.
23. Análise dos dados
A primeira e segunda colunas
têm o número da linha de
transcrição e o corpo da
transcrição, respectivamente.
Comentários interpretativos
que inserimos na terceira
coluna da folha de
transcrição.
24. Análise dos dados
À medida que se analisa os dados, novas hipóteses
de desenvolvimento são desenvolvidas. Eles são
levados em consideração no projeto de novas
tarefas.
Implementação
Análise de
dados
Geração de
Hipóteses
Tarefas
O ciclo de projeto de tarefas, implementação, análise de dados e geração de
hipóteses.
25. Observações Finais
Neste artigo o autor com a questão da metodologia da teoria
da objetificação.
Argumento que uma metodologia está sempre ligada aos
princípios teóricos e questões de pesquisa da teoria .
A metodologia tenta rastrear os processos de objetivação e
subjetivação dos quais a aprendizagem, argumenta-se,
consiste.
A unidade de análise é a atividade de sala de aula, que é
conceituada em uma dialética sentido materialista.
A análise da transcrição interpretativa em três etapas, uma
reconstrução multifacetada da atividade conjunta discursiva e
não discursiva dos alunos e professores é assim criada,
permitindo-nos fornecer relatos de aprendizagem e as
condições que permitem (ou impedem) que a aprendizagem
ocorra.
26. Questões - Tânia
1. Radford afirma que a TO baseia-se no materialismo
dialético e com base nisso define que o conhecimento
não é algo que os indivíduos possuem, adquirem. ou
constroem (p. 550). O que são os objetos do
conhecimento?
2. Radford afirma que "se removermos a construção da
consciência na Teoria da Objetivação, não há mais
teoria: ela entra em colapso"(p.552). Qual o conceito de
consciência adotado por Radford?
3. Na metodologia de análise de dados Radford afirma a
necessidade de documentar os processos de objetivação
e subjetivação (p.549). Quais etapas são propostas pelo
autor para a realização da análise de dados?
27. Questões - Dirce
1. Radford afirma que há uma relação entre as questões de
pesquisa, a metodologia e seus princípios teóricos (p. 549).
Como pode ser explicada esta relação?
2. Qual a relação entre os processos de subjetivação, a ética
comunitária definida por Radford e a estrutura da atividade (p.
557)?
3. Em uma pesquisa com alunos do ensino fundamental sobre
a atualização dos conceitos relacionados a alimentação
saudável foram utilizados para a coleta de dados gravadores
e folhas das respostas dos problemas propostos nas tarefas
da atividade realizada. Ao submeter um artigo com os
resultados da pequisa para uma revista científica, o revisor
rejeitou o trabalho, afirmando que a coleta de dados foi
comprometida e os resultados eram inconsistentes.
Conhecendo os princípios da TO, por que ele fez essa