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OBESIDADE E HORMÔNIOS | 85
                                                                                      COMUNICAÇÃO | COMMUNICATION




O papel dos hormônios leptina e grelina na
gênese da obesidade

The role of leptin and ghrelin on the genesis of obesity

Carla Eduarda Machado ROMERO 1
Angelina ZANESCO 1




                                                                                                          RESUMO


A prevalência da obesidade está aumentando e estudos prospectivos mostram que, em 2025, o Brasil será o
quinto país do mundo a apresentar problemas de obesidade em sua população. A etiologia da obesidade não
é de fácil identificação, uma vez que a mesma é caracterizada como uma doença multifatorial, ou seja, diversos
fatores estão envolvidos em sua gênese, incluindo fatores genéticos, psicológicos, metabólicos e ambientais.
Pesquisas recentes na área de metabolismo mostram que o adipócito é capaz de sintetizar várias substâncias
e, diferentemente do que se supunha anteriormente, o tecido adiposo não é apenas um sítio de armazenamento
de triglicérides, é hoje considerado um órgão endócrino. Dentre as diversas substâncias sintetizadas pelo
adipócito, destacam-se a adiponectina, a angiotensina e a leptina. A leptina é um petídeo que desempenha
importante papel na regulação da ingestão alimentar e no gasto energético, gerando um aumento na queima
de energia e diminuindo a ingestão alimentar. Além dos avanços no estudo da célula adiposa, um novo
hormôrnio relacionado ao metabolismo foi descoberto recentemente, a grelina. A grelina é um peptídeo
produzido nas células do estômago, e está diretamente envolvida na regulação do balanço energético a curto
prazo. Assim, este artigo abordará o papel da leptina e da grelina no controle do peso corporal e as limitações
que ainda existem para tratar a obesidade em humanos.
Termos de indexação: hipotálamo; leptina; metabolismo; obesidade; tecido adiposo.



                                                                                                      ABSTRACT


The prevalence of obesity is rising around the world and prospective studies show that in 2025, Brazil will be
the fifth country in the world to have obesity problems. Multifactorial factors are involved in the genesis of
obesity including genetic, psychological, metabolic and environmental factors. Recently, adipocytes have been
considered an endocrine tissue capable of producing several substances, including adiponectin, angiotensin
and leptin. Leptin is the main peptide produced by adipocytes and its serum concentration represents an
important peripheral signal in the regulation of food intake and energy expenditure. In addition to leptin, a
new peptide called ghrelin has been recently discovered. Ghrelin, a gastrointestinal peptide hormone identified

1
    Departamento de Educação Física, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista. Av. 24, 1515, 13506-900, Rio
    Claro, SP, Brasil. Correspondência para/Correspondênce to: A. ZANESCO. E-mail: <azanesco@rc.unesp.br>.



                                       Rev. Nutr., Campinas, 19(1):85-91, jan./fev., 2006                                Revista de Nutrição
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                     in the stomach, is directly involved with short-term regulation of energy balance. Thus, this review will focus
                     on the role of both leptin and ghrelin in controlling body weight and the ongoing limitations in treating
                     obesity in human beings.
                     Indexing terms: hypothalamus; leptin; metabolism; obesity; adipose tissue.



                     INTRODUÇÃO                                                                                        LEPTINA

                            Segundo a Organização Mundial de Saúde                        A leptina (do grego leptos= magro) é uma
                     (OMS), o número de obesos entre 1995 e 2000                  proteína composta por 167 aminoácidos, e possui
                     passou de 200 para 300 milhões, perfazendo                   uma estrutura semelhante às citocinas, do tipo
                     quase 15% da população mundial. Estimativas                  interleucina 2 (IL-2), sendo produzida principal-
                     mostram que, em 2025, o Brasil será o quinto                 mente no tecido adiposo8. Seu pico de liberação
                     país no mundo a ter problemas de obesidade em                ocorre durante a noite e às primeiras horas da
                                                                                  manhã, e sua meia-vida plasmática é de 30
                     sua população. Assim, a obesidade é considerada,
                                                                                  minutos 9,10 . É responsável pelo controle da
                     em países desenvolvidos e em desenvolvimento,
                                                                                  ingestão alimentar, atuando em células neuronais
                     um importante problema de saúde pública, e para
                                                                                  do hipotálamo no sistema nervoso central. A ação
                     a OMS, uma epidemia global1,2.                               da leptina no sistema nervoso central (hipotála-
                             A etiologia da obesidade não é de fácil              mo), em mamíferos, promove a redução da inges-
                     identificação, uma vez que a mesma é caracte-                tão alimentar e o aumento do gasto energético,
                     rizada como uma doença multifatorial, ou seja, é             além de regular a função neuroendócrina e o
                     resultado de uma complexa interação entre fatores            metabolismo da glicose e de gorduras. Ela é
                     comportamentais, culturais, genéticos, fisiológicos          sintetizada também na glândula mamária,
                     e psicológicos. Pode, dessa forma, ser classificada          músculo esquelético, epitélio gástrico e trofoblasto
                     em dois contextos: por determinação genética ou              placentário11.
                     fatores endócrinos e metabólicos, ou então,                          A ação da leptina é feita a partir da
                     influenciada por fatores externos, sejam eles de             ativação de receptores específicos presentes nos
                     origem dietética, comportamental ou ambiental.               órgãos alvos. Existem dois tipos de receptores para
                     Acredita-se que os fatores externos são mais                 a leptina, o ObRb, de cadeia longa (maior quan-
                     relevantes na incidência de obesidade do que os              tidade de aminoácidos), com maior expressão no
                     fatores genéticos1,2,3.                                      hipotálamo, e os receptores de cadeia curta
                                                                                  (menor quantidade de aminoácidos), ObRa,
                             Estudos populacionais têm demonstrado
                                                                                  encontrados em outros órgãos como o pâncreas,
                     que o excesso de tecido adiposo, principalmente
                                                                                  e mais especificamente nas células α e δ das
                     na região abdominal, está intimamente rela-                  ilhotas de Langerhans12.
                     cionado ao risco de desenvolvimento de doença
                                                                                           A expressão da leptina é controlada por
                     arterial coronária, hipertensão arterial sistêmica,
                                                                                  diversas substâncias, como a insulina, os
                     diabetes mellitus e dislipidemias 4,5. E essa
                                                                                  glicocorticóides e as citocinas pró-inflamatórias.
                     associação eleva-se na medida que o índice de
                                                                                  Estados infecciosos e as endotoxinas também
                     massa corporal (IMC) aumenta6. A maior parte                 podem elevar a concentração plasmática de
                     dessas doenças está relacionada à ação do tecido             leptina. Inversamente, a testosterona, a exposição
                     adiposo como órgão endócrino, uma vez que os                 ao frio e as catecolaminas reduzem a síntese de
                     adipócitos sintetizam diversas substâncias como              leptina (Quadro 1). Situações de estresse impostas
                     adiponectina, glicocorticóides, TNFa, hormônios              ao corpo, como jejum prolongado e exercícios
                     sexuais, interleucina -6 (IL- 6) e leptina, que atuam        físicos intensos, provocam a diminuição dos níveis
                     no metabolismo e controle de diversos sistemas7.             circulantes de leptina, comprovando, dessa


Revista de Nutrição                                    Rev. Nutr., Campinas, 19(1):85-91, jan./fev., 2006
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maneira, a atuação do sistema nervoso central                     alimentar enquanto que baixos níveis induzem
na inibição da liberação de leptina pelos                         hiperfagia. Isso é comprovado em ani-mais de
adipócitos12. No ser humano, o gene da leptina                    laboratório obesos que apresentam baixos níveis
localiza-se no cromosso 7q31, sendo produzida                     de leptina ou total deficiência (Figura 1).
essencialmente pelo adiposo branco 11 . A                                 No entanto, indivíduos obesos apresentam
concentração plasmática de leptina está                           elevados níveis plasmáticos de leptina, cerca de
parcialmente relacionada ao tamanho da massa                      cinco vezes mais que aqueles encontrados em
de tecido adiposo presente no corpo. Os                           sujeitos magros13. As mulheres possuem maior
mecanismos pelos quais o aumento de tecido                        concentração plasmática de leptina que os
adiposo é traduzido em aumento da concentração                    homens 11. Esses contrastes indicam que os
sérica de leptina, envolvem tanto o número de                     mecanismos que controlam o metabolismo e o
células adiposas quanto a indução do RNAm ob13.                   peso corporal em humanos são mais complexos
Indivíduos obesos apresentam um aumento do                        do que se imagina, e maiores investigações
número de células adiposas, o que significa uma                   relacionadas ao gênero e à espécie são
maior quantidade de RNAm ob encontrada em                         necessárias17. A hiperleptinemia, encontrada em
seus adipócitos do que em sujeitos eutróficos14.                  pessoas obesas, é atribuída a alterações no
Entretanto, a concentração sérica de leptina não                  receptor de leptina ou a uma deficiência em seu
é dependente somente do tamanho do tecido                         sistema de transporte na barreira hemato-cefálica,
adiposo, uma vez que a redução de 10% do peso
                                                                  fenômeno denominado resistência à leptina
corporal provoca diminuição de cerca de 53% de
                                                                  (Figura 2), semelhante ao que ocorre no diabetes
leptina plasmática, sugerindo que outros fatores,
além da adiposidade tecidual, estão envolvidos
na regulação de sua produção12,15-17.
        A leptina reduz o apetite a partir da
inibição da formação de neuropeptídeos relaciona-
dos ao apetite, como o neuropeptídeo Y, e
também do aumento da expressão de
neuropeptídeos anorexígenos (hormônio
estimulante de α-melanócito (α-MSH), hormônio
liberador de corticotropina (CRH) e substâncias
sintetizadas em resposta à anfetamina e cocaína11.
Assim, altos níveis de leptina reduzem a ingestão
                                                                  Figura 1. Gênese da obesidade em animais.
Quadro 1. Influência de fatores orgânicos e ambientais nos ní-              Adaptado de Friedmann et al.11.
          veis de leptina.

Situações                               Níveis de leptina
Ganho de peso                             Aumentados
Insulina                                  Aumentados
Glicocorticóides                          Aumentados
Infecções agudas                          Aumentados
Citoquinas inflamatórias                  Aumentados
Perda de peso                              Diminuídos
Jejum                                      Diminuídos
Estimulação adrenérgica                    Diminuidor
Hormônio do crescimento (GH)               Diminuídos
Hormônio tireoideanos                      Diminuídos
Melatonina                                 Diminuídos
Fumo                                       Diminuídos
                                                                  Figura 2. Gênese da obesidade em humanos.
Adaptado de Friedmann et al.”.                                              Adaptado de Friedmann et al.11.



                                       Rev. Nutr., Campinas, 19(1):85-91, jan./fev., 2006                            Revista de Nutrição
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                     mellitus13. A produção de leptina em pessoas                (Figura 3), sendo o ligante endógeno para o
                     eutróficas segue um ritmo circadiano e aumenta              receptor secretagogo de GH (GHS-R). Assim, a
                     durante o ciclo menstrual em mulheres12.                    descoberta da grelina permitiu o aparecimento
                             Os benefícios terapêuticos do tratamento            de um novo sistema regulatório para a secreção
                     com leptina, em indivíduos obesos, são ainda                de GH, já que sua ação estimulatória para a
                     controversos. Friedman & Hallaas11 verificaram              liberação de GH é mais acentuada em humanos
                     que, em quatro semanas de administração                     do que em animais e é feita a partir da ativação
                     exógena de leptina, tanto em indivíduos eutróficos          do receptor GHS do tipo 1 (GHS1a)20,28-31. Além
                     quanto obesos apresentaram perda significante               de sua ação como liberador de GH, a grelina possui
                     de peso. Entretanto, essa redução só foi verificada         outras importantes atividades, incluindo estimu-
                     quando os indivíduos não apresentavam                       lação da secreção lactotrófica e corticotrófica,
                     hiperleptinemia, pois a administração de leptina
                                                                                 atividade orexígena acoplada ao controle do gasto
                     em obesos com hiperleptinemia (resistência a
                                                                                 energético; controle da secreção ácida e da
                     leptina) não provocou qualquer alteração no peso
                                                                                 motilidade gástrica, influência sobre a função
                     corporal destes indivíduos18,19. Assim, mais estudos
                                                                                 endócrina pancreática e metabolismo da glicose
                     epidemiológicos prospectivos são necessários para
                     definir as indicações da leptina como tratamento            e ainda ações cardiovasculares e efeitos
                     anti-obesidade.                                             antiproliferativos em células neoplásicas25,28,32-36.

                            A leptina, além de seu importante papel                      Dentre as ações periféricas do ligante
                     no metabolismo, controla o sistema hemato-                  natural do receptor GHS, destacam-se a estimu-
                     poiético, o sistema imune, o sistema reprodutor e           lação da secreção ácida e mobilidade gástrica em
                     o sistema cardiovascular16.                                 ratos33 e o esvaziamento gástrico em humanos35.
                                                                                 Com relação ao seu papel cardioprotetor, sítios
                     GRELINA                                                     de ligação específicos para GHS estão presentes
                                                                                 no sistema cardiovascular, no qual estudos
                             A grelina é um novo hormônio gastrointes-           mostram que a administração de grelina, em
                     tinal identificado no estômago do rato, em 1999,            voluntários jovens saudáveis, é seguida por
                     por Kojima et al.20-22. O nome grelina origina-se           aumento do débito cardíaco sem nenhuma
                     da palavra ghre, que na linguagem Proto-Indo-
                                                                                 modificação em sua frequência37. Os efeitos
                     -Européia é correspondente, em inglês, à palavra
                                                                                 antiproliferativos da grelina mostram suas
                     grow, que significa crescimento20. Ghre (grow
                                                                                 múltiplas atividades biológicas, sugerindo que essa
                     hormone release) descreve uma das principais
                                                                                 substância pode exercer ações anti-neoplásicas,
                     funções desse peptídeo, responsável pelo aumento
                                                                                 uma vez que receptores específicos para GHS têm
                     da secreção do hormônio do crescimento (GH)23.
                     A grelina é composta de 28 aminoácidos com uma
                     modificação octanóica no seu grupo hidroxil sobre
                     a serina 3, que é essencial para o desempenho
                     de sua função liberadora de GH24. Ela foi, primeira-
                     mente, isolada da mucosa oxíntica do estômago,
                     sendo produzida, predominantemente, pelas
                     células Gr do trato gastrointestinal. É também
                     produzida em menores quantidades no sistema
                     nervoso central, rins, placenta e coração20,25-27.
                           O hormônio grelina é um potente estimu-
                     lador da liberação de GH, nas células                       Figura 3. Mecanismos de ação da grelina.
                     somatotróficas da hipófise e do hipotálamo                            Adaptado de Kojima et al.23.



Revista de Nutrição                                   Rev. Nutr., Campinas, 19(1):85-91, jan./fev., 2006
OBESIDADE E HORMÔNIOS | 89




sido encontrados em tecidos tumorais de órgãos              envolvendo liberação desse hormônio, em huma-
que não têm a expressão desses receptores em                nos, mostram que são os tipos de nutrientes
condições fisiológicas normais37.                           contidos na refeição, e não o seu volume, os
        A acilação do peptídeo é necessária para            responsáveis pelo aumento ou decréscimo
a passagem na barreira hemato-encefálica e                  pós-prandial dos níveis plasmáticos de grelina.
essencial para sua ação liberadora de GH e outras           Esses achados sugerem que a contribuição da
atividades endócrinas20,24,34. Entretanto, a grelina        grelina na regulação pós-prandial da alimentação
não-acilada, circulante, em maiores quantidades             pode diferir dependendo do macronutriente
que a acilada, não é biologicamente inativa,                predominante no conteúdo alimentar ingerido43.
cabendo à mesma, o desempenho de algumas                    Sua concentração plasmática é diminuída após
ações não endócrinas, incluindo o efeito cardiopro-         refeições ricas em carboidratos, concomitante-
tetor e as ações antiproliferativas, por intermédio         mente à elevação de insulina plasmática. Por outro
de sua ligação a diferentes subtipos de receptores          lado, níveis plasmáticos aumentados de grelina
GHS38.                                                      foram encontrados após refeições ricas em
                                                            proteína animal e lipídeos, associados ao pequeno
        Estudos em modelos animais indicam que
                                                            aumento da insulina plasmática42,43.
esse hormônio desempenha importante papel na
sinalização dos centros hipotalâmicos que regulam
a ingestão alimentar e o balanço energético39.                                               CONCLUSÃO
Recentes estudos com roedores sugerem que a
grelina, administrada perifericamente ou central-                   Os recentes achados, envolvendo a desco-
mente, independentemente do GH, diminui a                   berta da leptina, produzida pelo adipócito, e da
oxidação das gorduras e aumenta a ingestão                  grelina (produzida pelo estômago), abrem novos
alimentar e a adiposidade40. Assim, esse hormônio           campos de estudo para o controle da obesidade,
parece estar envolvido no estímulo para iniciar             principalmente nas áreas de nutrição e metabo-
uma refeição. Sabe-se ainda que os níveis de                lismo. Portanto, o aprofundamento dos conheci-
grelina são influenciados por mudanças agudas e             mentos sobre esses peptídeos torna-se de grande
crônicas no estado nutricional, encontrando-se              relevância na manutenção e preservação da
                                                            qualidade de vida da população, e poderá
elevados em estado de anorexia nervosa e
                                                            proporcionar novas abordagens terapêuticas no
reduzidos na obesidade22,35,41.
                                                            tratamento da obesidade.
        A grelina está diretamente envolvida na
regulação a curto prazo do balanço energético.
Níveis circulantes de grelina encontram-se aumen-                                          REFERÊNCIAS
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hipoglicemia, e têm sua concentração diminuída              1. Bouchard C. Atividade física e obesidade. São
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                                                            4. Bartness TJ, Bamshad M. Innervation of
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       A liberação endógena de grelina encontra-
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                                 Rev. Nutr., Campinas, 19(1):85-91, jan./fev., 2006                               Revista de Nutrição
90   |   C.E.M. ROMERO & A. ZANESCO




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Revista de Nutrição                                     Rev. Nutr., Campinas, 19(1):85-91, jan./fev., 2006
OBESIDADE E HORMÔNIOS | 91




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                                   Rev. Nutr., Campinas, 19(1):85-91, jan./fev., 2006                                  Revista de Nutrição

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Artigo 2 leptina e grelina na obesidade

  • 1. OBESIDADE E HORMÔNIOS | 85 COMUNICAÇÃO | COMMUNICATION O papel dos hormônios leptina e grelina na gênese da obesidade The role of leptin and ghrelin on the genesis of obesity Carla Eduarda Machado ROMERO 1 Angelina ZANESCO 1 RESUMO A prevalência da obesidade está aumentando e estudos prospectivos mostram que, em 2025, o Brasil será o quinto país do mundo a apresentar problemas de obesidade em sua população. A etiologia da obesidade não é de fácil identificação, uma vez que a mesma é caracterizada como uma doença multifatorial, ou seja, diversos fatores estão envolvidos em sua gênese, incluindo fatores genéticos, psicológicos, metabólicos e ambientais. Pesquisas recentes na área de metabolismo mostram que o adipócito é capaz de sintetizar várias substâncias e, diferentemente do que se supunha anteriormente, o tecido adiposo não é apenas um sítio de armazenamento de triglicérides, é hoje considerado um órgão endócrino. Dentre as diversas substâncias sintetizadas pelo adipócito, destacam-se a adiponectina, a angiotensina e a leptina. A leptina é um petídeo que desempenha importante papel na regulação da ingestão alimentar e no gasto energético, gerando um aumento na queima de energia e diminuindo a ingestão alimentar. Além dos avanços no estudo da célula adiposa, um novo hormôrnio relacionado ao metabolismo foi descoberto recentemente, a grelina. A grelina é um peptídeo produzido nas células do estômago, e está diretamente envolvida na regulação do balanço energético a curto prazo. Assim, este artigo abordará o papel da leptina e da grelina no controle do peso corporal e as limitações que ainda existem para tratar a obesidade em humanos. Termos de indexação: hipotálamo; leptina; metabolismo; obesidade; tecido adiposo. ABSTRACT The prevalence of obesity is rising around the world and prospective studies show that in 2025, Brazil will be the fifth country in the world to have obesity problems. Multifactorial factors are involved in the genesis of obesity including genetic, psychological, metabolic and environmental factors. Recently, adipocytes have been considered an endocrine tissue capable of producing several substances, including adiponectin, angiotensin and leptin. Leptin is the main peptide produced by adipocytes and its serum concentration represents an important peripheral signal in the regulation of food intake and energy expenditure. In addition to leptin, a new peptide called ghrelin has been recently discovered. Ghrelin, a gastrointestinal peptide hormone identified 1 Departamento de Educação Física, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista. Av. 24, 1515, 13506-900, Rio Claro, SP, Brasil. Correspondência para/Correspondênce to: A. ZANESCO. E-mail: <azanesco@rc.unesp.br>. Rev. Nutr., Campinas, 19(1):85-91, jan./fev., 2006 Revista de Nutrição
  • 2. 86 | C.E.M. ROMERO & A. ZANESCO in the stomach, is directly involved with short-term regulation of energy balance. Thus, this review will focus on the role of both leptin and ghrelin in controlling body weight and the ongoing limitations in treating obesity in human beings. Indexing terms: hypothalamus; leptin; metabolism; obesity; adipose tissue. INTRODUÇÃO LEPTINA Segundo a Organização Mundial de Saúde A leptina (do grego leptos= magro) é uma (OMS), o número de obesos entre 1995 e 2000 proteína composta por 167 aminoácidos, e possui passou de 200 para 300 milhões, perfazendo uma estrutura semelhante às citocinas, do tipo quase 15% da população mundial. Estimativas interleucina 2 (IL-2), sendo produzida principal- mostram que, em 2025, o Brasil será o quinto mente no tecido adiposo8. Seu pico de liberação país no mundo a ter problemas de obesidade em ocorre durante a noite e às primeiras horas da manhã, e sua meia-vida plasmática é de 30 sua população. Assim, a obesidade é considerada, minutos 9,10 . É responsável pelo controle da em países desenvolvidos e em desenvolvimento, ingestão alimentar, atuando em células neuronais um importante problema de saúde pública, e para do hipotálamo no sistema nervoso central. A ação a OMS, uma epidemia global1,2. da leptina no sistema nervoso central (hipotála- A etiologia da obesidade não é de fácil mo), em mamíferos, promove a redução da inges- identificação, uma vez que a mesma é caracte- tão alimentar e o aumento do gasto energético, rizada como uma doença multifatorial, ou seja, é além de regular a função neuroendócrina e o resultado de uma complexa interação entre fatores metabolismo da glicose e de gorduras. Ela é comportamentais, culturais, genéticos, fisiológicos sintetizada também na glândula mamária, e psicológicos. Pode, dessa forma, ser classificada músculo esquelético, epitélio gástrico e trofoblasto em dois contextos: por determinação genética ou placentário11. fatores endócrinos e metabólicos, ou então, A ação da leptina é feita a partir da influenciada por fatores externos, sejam eles de ativação de receptores específicos presentes nos origem dietética, comportamental ou ambiental. órgãos alvos. Existem dois tipos de receptores para Acredita-se que os fatores externos são mais a leptina, o ObRb, de cadeia longa (maior quan- relevantes na incidência de obesidade do que os tidade de aminoácidos), com maior expressão no fatores genéticos1,2,3. hipotálamo, e os receptores de cadeia curta (menor quantidade de aminoácidos), ObRa, Estudos populacionais têm demonstrado encontrados em outros órgãos como o pâncreas, que o excesso de tecido adiposo, principalmente e mais especificamente nas células α e δ das na região abdominal, está intimamente rela- ilhotas de Langerhans12. cionado ao risco de desenvolvimento de doença A expressão da leptina é controlada por arterial coronária, hipertensão arterial sistêmica, diversas substâncias, como a insulina, os diabetes mellitus e dislipidemias 4,5. E essa glicocorticóides e as citocinas pró-inflamatórias. associação eleva-se na medida que o índice de Estados infecciosos e as endotoxinas também massa corporal (IMC) aumenta6. A maior parte podem elevar a concentração plasmática de dessas doenças está relacionada à ação do tecido leptina. Inversamente, a testosterona, a exposição adiposo como órgão endócrino, uma vez que os ao frio e as catecolaminas reduzem a síntese de adipócitos sintetizam diversas substâncias como leptina (Quadro 1). Situações de estresse impostas adiponectina, glicocorticóides, TNFa, hormônios ao corpo, como jejum prolongado e exercícios sexuais, interleucina -6 (IL- 6) e leptina, que atuam físicos intensos, provocam a diminuição dos níveis no metabolismo e controle de diversos sistemas7. circulantes de leptina, comprovando, dessa Revista de Nutrição Rev. Nutr., Campinas, 19(1):85-91, jan./fev., 2006
  • 3. OBESIDADE E HORMÔNIOS | 87 maneira, a atuação do sistema nervoso central alimentar enquanto que baixos níveis induzem na inibição da liberação de leptina pelos hiperfagia. Isso é comprovado em ani-mais de adipócitos12. No ser humano, o gene da leptina laboratório obesos que apresentam baixos níveis localiza-se no cromosso 7q31, sendo produzida de leptina ou total deficiência (Figura 1). essencialmente pelo adiposo branco 11 . A No entanto, indivíduos obesos apresentam concentração plasmática de leptina está elevados níveis plasmáticos de leptina, cerca de parcialmente relacionada ao tamanho da massa cinco vezes mais que aqueles encontrados em de tecido adiposo presente no corpo. Os sujeitos magros13. As mulheres possuem maior mecanismos pelos quais o aumento de tecido concentração plasmática de leptina que os adiposo é traduzido em aumento da concentração homens 11. Esses contrastes indicam que os sérica de leptina, envolvem tanto o número de mecanismos que controlam o metabolismo e o células adiposas quanto a indução do RNAm ob13. peso corporal em humanos são mais complexos Indivíduos obesos apresentam um aumento do do que se imagina, e maiores investigações número de células adiposas, o que significa uma relacionadas ao gênero e à espécie são maior quantidade de RNAm ob encontrada em necessárias17. A hiperleptinemia, encontrada em seus adipócitos do que em sujeitos eutróficos14. pessoas obesas, é atribuída a alterações no Entretanto, a concentração sérica de leptina não receptor de leptina ou a uma deficiência em seu é dependente somente do tamanho do tecido sistema de transporte na barreira hemato-cefálica, adiposo, uma vez que a redução de 10% do peso fenômeno denominado resistência à leptina corporal provoca diminuição de cerca de 53% de (Figura 2), semelhante ao que ocorre no diabetes leptina plasmática, sugerindo que outros fatores, além da adiposidade tecidual, estão envolvidos na regulação de sua produção12,15-17. A leptina reduz o apetite a partir da inibição da formação de neuropeptídeos relaciona- dos ao apetite, como o neuropeptídeo Y, e também do aumento da expressão de neuropeptídeos anorexígenos (hormônio estimulante de α-melanócito (α-MSH), hormônio liberador de corticotropina (CRH) e substâncias sintetizadas em resposta à anfetamina e cocaína11. Assim, altos níveis de leptina reduzem a ingestão Figura 1. Gênese da obesidade em animais. Quadro 1. Influência de fatores orgânicos e ambientais nos ní- Adaptado de Friedmann et al.11. veis de leptina. Situações Níveis de leptina Ganho de peso Aumentados Insulina Aumentados Glicocorticóides Aumentados Infecções agudas Aumentados Citoquinas inflamatórias Aumentados Perda de peso Diminuídos Jejum Diminuídos Estimulação adrenérgica Diminuidor Hormônio do crescimento (GH) Diminuídos Hormônio tireoideanos Diminuídos Melatonina Diminuídos Fumo Diminuídos Figura 2. Gênese da obesidade em humanos. Adaptado de Friedmann et al.”. Adaptado de Friedmann et al.11. Rev. Nutr., Campinas, 19(1):85-91, jan./fev., 2006 Revista de Nutrição
  • 4. 88 | C.E.M. ROMERO & A. ZANESCO mellitus13. A produção de leptina em pessoas (Figura 3), sendo o ligante endógeno para o eutróficas segue um ritmo circadiano e aumenta receptor secretagogo de GH (GHS-R). Assim, a durante o ciclo menstrual em mulheres12. descoberta da grelina permitiu o aparecimento Os benefícios terapêuticos do tratamento de um novo sistema regulatório para a secreção com leptina, em indivíduos obesos, são ainda de GH, já que sua ação estimulatória para a controversos. Friedman & Hallaas11 verificaram liberação de GH é mais acentuada em humanos que, em quatro semanas de administração do que em animais e é feita a partir da ativação exógena de leptina, tanto em indivíduos eutróficos do receptor GHS do tipo 1 (GHS1a)20,28-31. Além quanto obesos apresentaram perda significante de sua ação como liberador de GH, a grelina possui de peso. Entretanto, essa redução só foi verificada outras importantes atividades, incluindo estimu- quando os indivíduos não apresentavam lação da secreção lactotrófica e corticotrófica, hiperleptinemia, pois a administração de leptina atividade orexígena acoplada ao controle do gasto em obesos com hiperleptinemia (resistência a energético; controle da secreção ácida e da leptina) não provocou qualquer alteração no peso motilidade gástrica, influência sobre a função corporal destes indivíduos18,19. Assim, mais estudos endócrina pancreática e metabolismo da glicose epidemiológicos prospectivos são necessários para definir as indicações da leptina como tratamento e ainda ações cardiovasculares e efeitos anti-obesidade. antiproliferativos em células neoplásicas25,28,32-36. A leptina, além de seu importante papel Dentre as ações periféricas do ligante no metabolismo, controla o sistema hemato- natural do receptor GHS, destacam-se a estimu- poiético, o sistema imune, o sistema reprodutor e lação da secreção ácida e mobilidade gástrica em o sistema cardiovascular16. ratos33 e o esvaziamento gástrico em humanos35. Com relação ao seu papel cardioprotetor, sítios GRELINA de ligação específicos para GHS estão presentes no sistema cardiovascular, no qual estudos A grelina é um novo hormônio gastrointes- mostram que a administração de grelina, em tinal identificado no estômago do rato, em 1999, voluntários jovens saudáveis, é seguida por por Kojima et al.20-22. O nome grelina origina-se aumento do débito cardíaco sem nenhuma da palavra ghre, que na linguagem Proto-Indo- modificação em sua frequência37. Os efeitos -Européia é correspondente, em inglês, à palavra antiproliferativos da grelina mostram suas grow, que significa crescimento20. Ghre (grow múltiplas atividades biológicas, sugerindo que essa hormone release) descreve uma das principais substância pode exercer ações anti-neoplásicas, funções desse peptídeo, responsável pelo aumento uma vez que receptores específicos para GHS têm da secreção do hormônio do crescimento (GH)23. A grelina é composta de 28 aminoácidos com uma modificação octanóica no seu grupo hidroxil sobre a serina 3, que é essencial para o desempenho de sua função liberadora de GH24. Ela foi, primeira- mente, isolada da mucosa oxíntica do estômago, sendo produzida, predominantemente, pelas células Gr do trato gastrointestinal. É também produzida em menores quantidades no sistema nervoso central, rins, placenta e coração20,25-27. O hormônio grelina é um potente estimu- lador da liberação de GH, nas células Figura 3. Mecanismos de ação da grelina. somatotróficas da hipófise e do hipotálamo Adaptado de Kojima et al.23. Revista de Nutrição Rev. Nutr., Campinas, 19(1):85-91, jan./fev., 2006
  • 5. OBESIDADE E HORMÔNIOS | 89 sido encontrados em tecidos tumorais de órgãos envolvendo liberação desse hormônio, em huma- que não têm a expressão desses receptores em nos, mostram que são os tipos de nutrientes condições fisiológicas normais37. contidos na refeição, e não o seu volume, os A acilação do peptídeo é necessária para responsáveis pelo aumento ou decréscimo a passagem na barreira hemato-encefálica e pós-prandial dos níveis plasmáticos de grelina. essencial para sua ação liberadora de GH e outras Esses achados sugerem que a contribuição da atividades endócrinas20,24,34. Entretanto, a grelina grelina na regulação pós-prandial da alimentação não-acilada, circulante, em maiores quantidades pode diferir dependendo do macronutriente que a acilada, não é biologicamente inativa, predominante no conteúdo alimentar ingerido43. cabendo à mesma, o desempenho de algumas Sua concentração plasmática é diminuída após ações não endócrinas, incluindo o efeito cardiopro- refeições ricas em carboidratos, concomitante- tetor e as ações antiproliferativas, por intermédio mente à elevação de insulina plasmática. Por outro de sua ligação a diferentes subtipos de receptores lado, níveis plasmáticos aumentados de grelina GHS38. foram encontrados após refeições ricas em proteína animal e lipídeos, associados ao pequeno Estudos em modelos animais indicam que aumento da insulina plasmática42,43. esse hormônio desempenha importante papel na sinalização dos centros hipotalâmicos que regulam a ingestão alimentar e o balanço energético39. CONCLUSÃO Recentes estudos com roedores sugerem que a grelina, administrada perifericamente ou central- Os recentes achados, envolvendo a desco- mente, independentemente do GH, diminui a berta da leptina, produzida pelo adipócito, e da oxidação das gorduras e aumenta a ingestão grelina (produzida pelo estômago), abrem novos alimentar e a adiposidade40. Assim, esse hormônio campos de estudo para o controle da obesidade, parece estar envolvido no estímulo para iniciar principalmente nas áreas de nutrição e metabo- uma refeição. Sabe-se ainda que os níveis de lismo. Portanto, o aprofundamento dos conheci- grelina são influenciados por mudanças agudas e mentos sobre esses peptídeos torna-se de grande crônicas no estado nutricional, encontrando-se relevância na manutenção e preservação da qualidade de vida da população, e poderá elevados em estado de anorexia nervosa e proporcionar novas abordagens terapêuticas no reduzidos na obesidade22,35,41. tratamento da obesidade. A grelina está diretamente envolvida na regulação a curto prazo do balanço energético. Níveis circulantes de grelina encontram-se aumen- REFERÊNCIAS tados durante jejum prolongado e em estados de hipoglicemia, e têm sua concentração diminuída 1. Bouchard C. Atividade física e obesidade. São Paulo: Manole; 2000. após a refeição ou administração intravenosa de glicose41. Salbe et al.42 confirmam isto em seu 2. Damaso A. Etiologia da obesidade. Rio de Janeiro: Medsi; 2003. estudo realizado com os índios Pima, no qual 3. Nobrega FJ. Distúrbios da nutrição. Rio de Janeiro: verificaram que a concentração plasmática Revinter; 1998. endógena de grelina no jejum estava elevada, 4. Bartness TJ, Bamshad M. Innervation of mostrando uma relação inversa entre níveis de mammalian white adipose tissue: implications for grelina e a ingestão energética. the regulation of total body fat. Am J Physiol. 1998; 275(44):R1399-R411. A liberação endógena de grelina encontra- 5. Pénicaud L, Cousin B, Leloup C, Lorsignol A, se reduzida após ingestão alimentar, retornando Casteilla L. The autonomic nervous system, adipose progressivamente aos valores basais próximo ao tissue plasticity, and energy balance. Nutrition. término do período pós-prandial. Estudos prévios 2000; 16(10):903-8. Rev. Nutr., Campinas, 19(1):85-91, jan./fev., 2006 Revista de Nutrição
  • 6. 90 | C.E.M. ROMERO & A. ZANESCO 6. Saleh J, Sniderman AD, Cianflone K. Regulation of its current status. Eur J Pharmacol. 2002; plasma fatty acid metabolism. Clin Chim Acta. 440:129-39. 1999; 286(1-2):163-80. 20. Kojima M, Hosoda H, Date Y. Ghrelin is a growth- 7. Ahima RS, Flier, JS. Adipose tissue as an endocrine -hormone-releasing acylated peptide from organ. Trends Endocrinol Metabolism. 2000; stomach. Nature. 1999; 402:656-60. 11(8):327-32. 21. Hosoda H, Kojima M, Matsuo H, Kangawa K. 8. Reseland JE, Anderssen SA, Solvoll K, Hjermann I, Purification and characterization of rats des-Gln Urdal P, Holme I, et al. Effect of long-term changes 14- Ghrelin, a second endogenous ligand for the in diet and exercise on plasma leptin growth hormone secretagogue receptor. J Biol concentrations. Am J Clin Nutr. 2001; 73(2): Chem. 2000; 275(29):910-13. 240-5. 22. Rosicka M, Krsek M, Matoulek Z, Jarkovska Z, Marek 9. Sinha MK, Sturis J, Ohannesian J, Magosin S, J, Justova V, et al. Serum ghrelin levels in obese Stephens T, Heiman ML, et al. Ultradian oscillations patients: the relationship to serum leptin levels of leptin secretion in humans. Biochem Biophys and soluble leptin receptors levels. Physiol Res. Res Commun. 1996; 228(3):733-8. 2003; 52(1):61-6. 10. Maurigeri D, Bonanno MR, Speciale S, Santangelo 23. Kojima M, Hosoda H, Matsuo H, Kangawa K. A, Lentini A, Russo MS, et al. The leptin, a new Ghrelin: discovery of the natural endogenous hormone of adipose tissue: clinical findings and ligand for the growth-hormone secretagogue perspectives in geriatric. Arch Gerontol Geriatr. receptor. Trends Endocrinol Metabol. 2001; 2002; 34(1):47-54. 12(3):118-22. 11. Friedmann J M, Halaas JL. Leptin and the regulation 24. Bednarek MA, Feigner SD, Pong SS, McKee KK, of body weight in mammals. Nature. 1998; Hreniuk DL, Silva MV, et al. Structure-function 395(22):763-70. studies on the new growth hormone-releasing 12. Sandoval DA, Davis SN. Leptin: metabolic control peptide, ghrelin: minimal sequence of ghrelin and regulation. J Diab Compl. 2003; 17(2): necessary for activation of growth hormone 108-13. secretagogue receptor 1a. J Med Chem. 2000; 13. Considini RV, Sinha MK, Heiman ML, Kriauciunas 43(23):4370-76. A, Stephens TW, Nyce MR, et al. Serum 25. Date Y, Kojima M, Hosoda H, Sawaguchi A, Mondal immunoreactive leptin concentrations in normal- MS, Suganuma T, et al. Ghrelin, a novel growth -weight and obese humans. N Engl J Med. 1996; hormone-releasing acylated peptide, is synthesized 334(5):292-5. in a distinct endocrine cell type in the 14. Maffei MJ, Haalas J, Ravussin E, Pratley RE, Lee GH, gastrointestinal tracts of ras and human. Zhang Y, et al. Leptin levels in humans and rodent: Endocrinology. 2000; 141(11):4255-61. measurement of plasma leptin and ob RNA in 26. Papotti M, Ghe C, Cassoni P, Catapano F, Deghengi obese and weight-reduced subjects. Nature Med. R, Ghigo E, et al. Growth hormone secretagogue 1995; 11(1):1155-61. binding sites in peripheral human tissues. J Clin 15. Leyva F, Godsland IF, Ghatei M, Proudler AJ, Aldis Endocrinol Metabol. 2000; 85(10):3803-7. S, Walton C, et al. Hyperleptinemia as a component 27. Gualillo O, Caminos J, Blanco M, Garcia-Caballero of a metabolic syndrome of cardiovascular risk. T, Kojima M, Kangawa K, et al. Ghrelin, a novel Arterio Thromb Vasc Biol. 1998; 18(6):928-33. placental-derived hormone. Endocrinology. 2001; 16. Adami GF, Civalleri D, Cella F, Marinari G, Camerine 142(2):788-94. G, Papadia F, et al. Relationship of serum leptin to 28. Smith RG, van der Ploeg LH, Howard AD, Feighner clinical and anthropometric findings in obese SD, Cheng K, Hickey GJ, et al. Peptidomimetic patients. Obesity Surgery. 2002; 12(5):623-7. regulation of growth hormone secretion. Endocr 17. Vierhapper H, Heinze G, Nowotny P, Bieglmayer C. Rev. 1997; 18(5):621-45. Leptin and the control of obesity. Metabolism. 29. Takaya K, Ariyasu H, Kanamoto N, Iwakura H, 2003; 52(3):379-81. Yoshimoto A, Harada M, et al. Ghrelin strongly 18. Kalra SP, Bagnasco M, Otukonyong EE, Dube MG, stimulates growth hormone release in humans. J Kalra PS. Rhythmic, reciprocal ghrelin and leptin Clin Endocrinol Metabol. 2000; 85(12):4908-11. signaling: new insight in the development of 30. Ghigo E, Arvat E, Giordano R, Broglio F, Gianotti L, obesity. Regul Pept. 2003; 111(1-3):1-11. Maccario M, et al. Biologic activities of growth 19. Lee DM, Leinung MC, Rozhavskaya-Arena M, hormone secretagogues in humans. Endocrine. Grasso P. Leptin and the treatment of obesity: 2001; 14(1):87-93. Revista de Nutrição Rev. Nutr., Campinas, 19(1):85-91, jan./fev., 2006
  • 7. OBESIDADE E HORMÔNIOS | 91 31. Pombo M, Pombo CM, Garcia A, Caminos E, 38. Cassoni P, Papotti M, Ghe C, Catapano F, Sapino Gualillo O, Alvarez CV. Hormonal control of growth A, Graziani A, et al. Identification, characterization, hormone secretion. Horm Res. 2001; 55(Suppl and biological activity of specific receptors for 1):11s-6s. natural (ghrelin) and synthetic growth hormone 32. Kamegai J, Tamura H, Shimizu T, Ishii S, Sugihara secretagogues and analogs in humans breast H, Wakabayashi I. Chronic central infusion of carcinomas and cell lines. J Clin Endocrinol Metab. ghrelin increases hypothalamic neuropeptide Y 2001; 86(4):1738-45. and Agouti-related protein mRNA levels and body 39. Nakazato M, Murakami N, Date Y, Kojima M, weight in rats. Diabetes. 2001; 50(11):2438-43. Matsuo H, Kangawa K, et al. A role for ghrelin in 33. Masuda Y, Tanaka T, Inomata N, Ohnuma N, Tanaka the central regulation of feeding. Nature. 2001; S, Itoh Z, et al. Ghrelin stimulates gastric acid 409(6817):194-8. secretion and motility in rats. Biochem Biophys 40. Ukkola O, Poykoo S. Ghrelin, growth and obesity. Res Commun. 2000; 276(3):905-8. Ann Med. 2002; 34(2):102-8. 34. Muccioli G, Broglio F, Valetto MR, Ghé C, Catapano 41. Leidy HJ, Gardner JK, Frye BR, Snook ML, Schuchert F, Graziani A, et al. Growth hormone-releasing MK, Richard EL. Circulating ghrelin is sensitive to peptides and the cardiovascular system. Ann changes in body weight during a diet and exercise Endocrinol. 2000; 61(1):27-31. program in normal weight young women. J Clin 35. Tschop M, Smiley DL, Heiman ML. Ghrelin induces Endocrinol Metabol, 2004; 89(6):2659-64. adiposity in rodents. Nature. 2000; 407(6806): 42. Salbe AD, Tshop MH, Delparigi A, Venti C, Tataranni 908-13. PA . Negative relationship between fasting plasma 36. Arvat E, Maccario M, Di Vito L, Broglio F, Benso A, ghrelin concentrations and ad libitum food intake. Gottero C, et al. Endocrine activities of ghrelin, a J Clin Endocrinol Metabol. 2004; 89(6):2951-6. natural growth hormone secretagogue (GHS) in 43. Erdmann J, Topsch R, Lippl F, Gussmann P, humans: comparison and interactions with Schusdziarra V. Postprandial response of plasma hexarelin, a nonnatural peptidyl GHS, and ghrelin levels to various test meals in relation to GH-releasing hormone. J Clin Endocrinol Metab. food intake, plasma insulin, and glucose. J Clin 2001; 86(5):1169-74. Endocrinol Metabol. 2004; 89(6):3048-54. 37. Nagaya N, Kojima M, Uematsu M, Yamagishi M, Hosoda H, Oya H, et al. Hemodynamic and Recebido em: 22/10/2004 hormonal effects of human ghrelin in healthy Versão final reapresentada em: 20/7/2005 volunteers. Am J Physiol. 2001; 280(5):R-1483-7. Aprovado em: 5/9/2005 Rev. Nutr., Campinas, 19(1):85-91, jan./fev., 2006 Revista de Nutrição