Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Apresentação2 JANGO DE SABERES SOBRE MEPEC - Cópia.pdf
1. Prof. Msc Faustino Moma Tchipesse
CENTRO DE ESTUDOS E APOIO DE POLITICAS
EDUCATIVAS CEAPE-ANGOLA
Iº JANGO DE SABERES SOBRE METODOLOGIA DE
PESQUISA CIENTÍFICA – MEPEC-2023
Luanda, 27 de Maio de 2023
2. A melhor estrutura não garantirá os
resultados nem o rendimento. Mas a
estrutura equivocada é uma
garantia de fracasso.
Peter Drucker (1909) apud Vazquez (2018)
3. 0. QUADRO PICTÓRICO
Estrutura de um artigo científico.
Algumas sugestões e elementos que ajudam na
elaboração de um bom artigo científico.
Particularidades gerais dos artigos de diferentes
ramos do conhecimento.
Exemplos de artigos nos diferentes ramos do
conhecimento
A linguagem do artigo.
Requisitos para redigir um bom artigo.
Um ARTIGO CIENTÍFICO é um tipo de
publicação que contém uma descrição
completa, breve e acabada de uma
investigação. A sua finalidade é apresentar
com:
CLAREZA
PRECISÃO
BREVIDADE E FIDELIDADE
4. É um relatório sobre resultados de
uma investigação científica. Refere-se
a um problema científico.
Os resultados da investigação devem
ser válidos e fidedignos. Comunica
pela primeira vez os resultados de
uma investigação. Sua estrutura
responde a padrões internacionais.
• Tem que ser adequado a partir das
normas de cada revista em
específico.
• As análises feitas têm como base os
resultados apresentados em forma
de tabelas e figuras entre outros.
os resultados de uma investigação como
um todo acabado e internamente
estruturado. Ou seja:
1. Clareza
informação de fácil compreensão que
permita entender bem os objectivos;
Precisão: interpretação exacta do texto, não
deixando espaço para dúvidas;
2. Brevidade
só a informação que é pertinente;
3. Fidelidade
só conteúdo com observância rigorosa da
verdade.
6. Lógica da
IMReD
Que questão (problema) se estudou? A resposta é a
Introdução. Deve explicar ao leitor os elementos essenciais
do tema que tratará o artigo, quais os aspectos desse
problema que se estudaram e até onde se chegou. Isto de
forma sintética.
Como se estudou o problema? A resposta são os Métodos.
Como se realizou o estudo e quais foram as vantagens de o
fazer dessa maneira comparada com outras formas de
realização.
Quais foram os resultados obtidos ou achados? A resposta
são os próprios Resultados.
O que significam esses resultados? A resposta é a
Discussão. Deve ressaltar os lucros de seu trabalho em
relação a outros similares existentes e explicar as principais
conclusões a que se chegou com a investigação.
7. • É a expressão sintética do
conteúdo do artigo.
• Deve ficar expresso em 15 palavras
que descrevam o conteúdo do
artigo em forma clara, exacta e
concisa.
• O título não deve ter siglas nem
abreviaturas, excepto aquelas que
toda a audiência conhece.
• Não use frases como:
Estudo de...
Investigação sobre...
Aspectos de…
FORMULAÇÃO DOS TÍTULOS • Exemplo:
Efeito de Antibióticos nas Bactérias.
(Que efeitos, que antibióticos, que
bactérias?)
Pode parece adequado ao autor porque
conhece perfeitamente o conteúdo do
artigo mas, que informação dá sobre o
conteúdo da investigação? Quantos
leitores procurarão este artigo a partir
deste título?
ALTERNATIVA:
INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO DO
MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS
EM PRESENÇA DE ESTREPTOMICINA.
8. EXEMPLOS
1. O estudo da administração pública em Angola:
a luta universal contra a colonização
epistémica, e para a assimilação crítica.
2. Violência e família: possibilidades vinculativas e
formas de subjectivação
3. A influencia das redes sócias e suas implicações
na vida dos jovens
4. Ensino Inclusivo: uma abordagem teórica e
prática sobre Autismo
5. Educação e família: estudos dos processos de
cooperação e suas contribuições na
aprendizagem significativa dos alunos
6. Processos cultural na formação de professores
em Angola: Caso, IMNE-Comandante Benedito
C. Norte.
PALAVRAS CHAVES
Escrevem-se em ordem
alfabética.
• São um conjunto de
palavras que permitirá ao
editor localizar o trabalho
em diferente publicações.
• As que se seleccionam
devem ser o mais geral e
comuns possível.
•
9. Tem por objectivo informar o leitor, em breves linhas, sobre
o objecto e objectivos do trabalho, seus resultados mais
importantes e as contribuições que faz à ciência ou
tecnologia no marco de sua especialidade.
Deve ser constituído por uma sequência de frases
concisas e não uma simples enumeração de tópicos.
É uma sínteses do artigo.
RESUMO DO ARTIGO CIENTIFICO
Geralmente, um bom resumo é seguido
por um bom artigo; um pobre resumo é
prenúncio de problemas que estão por
vir.
O resumo é, por assim
dizer, um mini-artigo que
sintetiza os quatro
aspectos principais da
investigação:
• O propósito do
trabalho (Introdução)
• Os principais métodos
(Materiais e Métodos)
• Os resultados mais
importantes(Resultado
s)
• As principais
conclusões (Discussão)
10. O uso agrícola de resíduos é uma alternativa interessante para ciclagem de nutrientes. A vinhaça
biodigerida, gerada após o processo de sua biodigestão e produção de biogás, permite o reuso
agrícola. O presente trabalho quantificou a produção de massa seca da parte aérea em plantas de
alface, assim como o acúmulo foliar de nitrogênio, fósforo e potássio após aplicação de vinhaça
biodigerida no solo. Os tratamentos, com quatro repetições em um delineamento inteiramente
casualizado, utilizaram lodo anaeróbio de indústria de gelatina, vinhaça in natura, vinhaça biodigerida, além
de tratamento testemunha. Foi aplicada a dose equivalente a 150 m/L em vasos com capacidade para 5 L,
sendo o experimento conduzido por 45 dias nos vasos. A vinhaça biodigerida foi produzida a
partir da biodigestão anaeróbia de vinhaça, utilizando lodo anaeróbio de
indústria de gelatina como fonte de micro-organismos. Tratamentos com
vinhaça biodigerida demonstraram melhores índices de produção de massa
seca da parte aérea e acúmulo de nitrogênio, fósforo e potássio em folhas do
que tratamentos utilizando vinhaça in natura.
palavra-chave:
EXEMPLO DE UM RESUMO
11. • Não pode exceder o nº de palavras especificado pela revista
(usualmente 150 a 250 palavras).
• A versão no idioma original e a versão em inglês têm que ter
o mesmo conteúdo
• Escreve-se em tempo passado (encontrou-se, observou-se,
etc.).
• Consiste de um só parágrafo.
• Não contém referências a tabelas ou figuras.
• Não contém siglas ou abreviaturas (excepto aquelas que toda
a audiência conhece).
• Contém o nome comum e o nome científico das espécies
estudadas.
12. Introdução
• A introdução informa três elementos muito importantes da
investigação: o propósito, a importância e o conhecimento actual do tema. O relato
começa com elementos gerais (frequentemente cronologicamente) e continua até chegar
ao propósito do projecto.
• Deve explicar o problema geral da investigação, o que outros escreveram sobre o
mesmo e os objectivos e hipótese de estudo.
• Expõe-se de forma resumida o estado da arte do tema abordado como fundamentação
científica da problemática, o problema científico e os objectivos da investigação.
13. MÉTODOS DE PESQUISA
Descrevem o desenho da investigação e explicam como se realizou a prática,
justificando a eleição de métodos e técnicas de forma tal que um leitor
competente possa repetir o estudo.
apresentam a descrição segundo a sequência que seguiu a investigação:
desenho, população e amostra, variáveis, colecta de dados e análise entre
outros.
Integra os métodos, procedimentos técnicas e instrumentos
usadas na investigação. Deve-se expor de maneira precisa para que se
possa compreender a forma como foi resolvido o problema da investigação.
É importante fundamentar as técnicas usadas com boas referências
bibliográficas.
14. OS RESULTADOS
• Apresentam-se os resultados relevantes (inclusive os contrários à hipótese),
incluindo detalhes suficientes para justificar as conclusões.
• Utiliza-se o meio de apresentação mais adequado, preferivelmente o texto (em
tempo passado), tabelas e gráficos (explicativos) e ilustrações (só as
necessárias).
• O texto é a forma mais rápida e eficiente para apresentar poucos dados.
• As tabelas são ideais para apresentar dados precisos e
repetitivos.
• As figuras são ideais para apresentar dados com tendências ou padrões
importantes.
15. AS TABELAS
• Antes de preparar os quadros ou tabelas em sua forma definitiva, não deixe de
ler as "Instruções dos autores" da revista a que se propõe apresentar o texto. É
muito possível que a revista especifique os tipos que aceitará e suas dimensões,
além de outras directrizes para preparar bons quadros. Devem conter um título
por extenso, inscrito no topo da tabela, para indicar a natureza e abrangência do
seu conteúdo.
• as muito pequenas ou grandes são com frequência desnecessárias
• Deve-se precisar cada campo da tabela, seu conteúdo e unidades.
• Se tem códigos deve ficar claro o seu significado
• Usa-se o mesmo grau de precisão para todos os valores (35,00;
36,50 e não 35 ou 36,5).
16. FIGURAS DISCUSSÕES
São ideais para presentar dados com
tendências ou padrões bem definidos.
Para apresentar processos complexos e
imagens que são difíceis de descrever
com palavras.
Devem ser utilizadas só quando
necessárias e quando contribuam
significativamente para o conteúdo do
artigo.
• Explica os dados experimentais e
os compara com resultados obtidos
por outros investigadores.
• Pode mencionar os resultados
sumáriamente antes de discuti-los,
mas não deve repeti-los em
detalhe.
• Deve comparar o trabalho com
investigações verdadeiramente
comparáveis.
17. ASPECTOS IMPORTANTES PARA UMA BOA DISCUSSÃO
Trate de apresentar os princípios, relações e generalizações que os
resultados indicam. E tenha em conta que, em uma boa Discussão, os
resultados se expõem, não se recapitulam.
Assinale as excepções ou as faltas de correlação e delimite os
aspectos não resolvidos. Não escolha nunca a opção, extremamente
arriscada de ocultar ou alterar os dados que não encaixem bem.
Mostre como concordam (ou não) seus resultados e interpretações
com os trabalhos anteriormente publicados
PÓVOA BORGES ,2019
18. Não seja tímido: exponha as consequências teóricas de seu trabalho e
suas possíveis aplicações práticas.
Formule suas conclusões da forma mais clara possível.
Resuma os testes que suportam cada conclusão.
A finalidade principal da Discussão é mostrar as relações existentes
entre os factos observados.
Avalie atentamente os materiais e métodos dos outros trabalhos para
precisar até onde deve chegar a comparação.
Quando comparar seus resultados considere tanto os trabalhos que
apoiam sua hipótese como os que informam resultados contrários.
19. ELEMENTOS CONCLUSIVOS DO ARTIGO
Respondem aos objectivos do trabalho.
Escrevem-se de maneira precisa, clara e breve.
Não devem ser mais de três ou cinco.
Devem cumprir com as exigências da revista onde se
pretende publicar o artigo.
AS REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
20. RESPOSTAS PARA PERGUNTAS TÉCNICA E METODOLOGICAS
1. O que? (título)
2. Por que? (objetivos)
3. Para quem? (leitor)
4 Onde? (material e métodos)
5.Quando? (material e métodos)
6. Como? (material e métodos)
7. Quanto? (resultados)
8.O que significa? (discussão)
9. E então? (conclusões)
Para que essas
qualidades se
manifestem é
necessário,
principalmente, que o
autor tenha um elevado
conhecimento a
respeito do que está a
escrever e tenha feito
uma leitura
adequada do material
pesquisado.
Magaly Casals Hung ,2019
21. TAUTOLOGIA (dizer o mesmo duas vezes, com palavras diferentes);
Exs:
• Em minha própria opinião pessoal
• Cada indivíduo, isoladamente
• Agrupados conjuntamente
• Superpostos uns sobre os outros
• Um após outro, em sucessão
• O fruto foi dividido em duas metades iguais
CIRCUNLÓQUIO (várias palavras que podem ser substituídas, sem
perder o significado, por uma única palavra)
• Em vista do fato de (porque)
• Com a excepção de (excepto)
• Que se conhece pelo nome de (chamado, denominado)
• Neste preciso momento (agora)
• Durante o tempo em que (enquanto)
É FUNDAMENTAL EVITAR
NANCY VAZQUEZ, 2018
22. REQUISITOS PESSOAS PARA REDIGIR
UM BOM ARTIGO
1. DOMINAR O IDIOMA
Saber escrever orações lógicas e
parágrafos bem
organizados.
Usar com destreza os sinais de
pontuação.
Produzir orações precisas, claras e
concisas.
2. FOCAR-SE NO TRABALHO
Estabelecer um plano de trabalho.
Cumprir com as metas e terminar o
trabalho conforme
o planejado.
3. DEDICAR TEMPO À REVISÃO DO
MANUSCRITO
Deve-se dedicar um tempo à
revisão cuidadosa do manuscrito, é
parte da profissionalismo e
sobretudo da imagem do cientista.
Entender e aplicar os princípios
fundamentais da redacção
Precisão, claridade, brevidade na
exposição das ideias.
Linguagem correcta e precisa.
Coerência na argumentação
Objectividade.
Concisão e fidelidade às fontes citadas.
23. Não é trabalho do revisor ou o editor escrever
o artigo para estes autores.
Devolvemos ou retornamos o manuscrito
sem revisar devido a sérios problemas com o
idioma.
Simplesmente não tenho tempo para
reescrever este trabalho para os autores.
O formato deste artigo não cumpre as normas
de nossa revista
AS RESPOSTAS QUE PODES TER DAS REVISTAS
PARA UMA COMUNICAÇÃO EFIENCIENTE
PLANEJE
ESCREVA
PENSE
REVEJA
24. “Os cientistas precisam escrever”
Robert Barrass apud Cristina Póvoa Borge (2019)
Para UNESCO(2015) os artigos devem estar redigidos de tal maneira que
qualquer investigador possa:
Reproduzir o experimento e obter os resultados descritos com a mesma
precisão indicada pelo autor.
Repetir as observações, os cálculos ou as deduções teóricas.
Julgar suas conclusões.
DIÁLOGOS DO JANGO SOBRE PESQUISA CIENTIFICA
25. DIREITOS DE AUTOR
• Então, saiba que o direito de autor lhe permite assegurar máxima protecção às suas
obras originais.
• O direito de autor protege todas as suas expressões artísticas, científicas e
literárias, tal como livros, músicas, filmes, publicações técnicas, programas de
computador, base de dados, projectos de arquitectura, revistas e jornais, entre
muitos outros.
• Outorga exclusivamente a os autores o poder de
fruir e utilizar em exclusivo as mesmas ou autorizar a sua fruição, no todo ou em
parte, dentro dos limites e nos termos da lei.
JORDI MYRABENT AVILA,2019
26. • Data 10 de Março de 1990: Lei n.º 4/90, Primeira Lei dos Direitos de autor
Angolana.
• Data 22 de Maio do 2014: A Assembleia Nacional aprovou a nova Lei dos
Direitos de Autor e Conexos que visa a aperfeiçoar a anterior. O novo texto
altera a Lei n.º 4/90, de 10 de Março que “não protege os direitos dos intérpretes,
executantes, produtores e organismos de radiodifusão, bem como dos criadores
no domínio das novas tecnologias de informação e comunicação”, lê-se.
• A nova legislação protege os Direitos de Autor e Conexos nas áreas das artes,
literatura, ciência e outras formas de conhecimento e criação.
ANGOLA GARANTE OS DIREITOS DE AUTOR?
27. 1. OBRAS ORIGINAIS
criações intelectuais do domínio literário,
científico e artístico, quaisquer que sejam
o género, a forma de expressão, o
mérito, o modo de comunicação e o
objectivo, compreendem nomeadamente
Livros, folhetos, revistas, jornais e outros
escritos; Conferências, lições, alocuções
e sermões;
OBRAS EQUIPARADAS A ORIGINAIS
Os Sumários e as Compilações de obras
protegidas ou não, tais como Selectas,
Enciclopédias e Antologias que, pela
escolha ou disposição das matérias,
constituam criações intelectuais;
As Compilações Sistemáticas ou Anotadas
de textos de Convenções, de leis de
Regulamentos e de Relatórios ou de
Decisões Administrativas, judiciais ou de
quaisquer Órgãos ou Autoridades do
Estado ou da Administração
JORDI MIRABENT ÁVILA,2019
DEFINIÇÃO DE OBRAS A REGISTAR
28. Comete o crime de usurpação quem, sem autorização do autor ou do
artista, utilizou uma obra ou prestação por qualquer das formas
previstas neste Código.
Quem divulgar ou publicar abusivamente uma obra ainda não divulgada
nem publicada pelo seu autor ou não destinada a divulgação ou
publicação, mesmo que a apresente como sendo do respectivo autor,
quer se proponha ou não obter qualquer vantagem económica.
COMETI CRIME
29. Acontece sempre que se copiam direitamente
trabalhos e ideias científicas ou teses de conclusão
de outros, em vez de utilizar as CITAÇÕES
BIBLIOGRÁFICAS com as normas bibliográficas
vigentes; onde o autor deve ser Devidamente
identificado.
O ato do plágio, como consiste numa cópia da
propriedade intelectual de outra pessoa, prejudica
o desenvolvimento do pensamento crítico de um
aluno, consequentemente retardando o seu
aprendizado.
PLÁGIO EM
TRABALHOS
ACADÉMICOS
J.M, ÁVILA, 2019
30. O software anti-plágio é uma ferramenta que
permite identificar suspeita de plágio em
documentos disponíveis na Internet e que vem
auxiliando muito autores e Instituições nessa
questão que infelizmente vem se alastrando muito
no meio académico.
Normalmente eles analisam arquivos em diversos
formatos e apresentam relatórios sobre os
documentos encontrados
DECTETOR
DE PLÁGIOS