O documento caracteriza um empreendimento residencial em São Paulo e discute os requisitos da NBR 15575 para a avaliação do desempenho estrutural e de segurança contra incêndio dos sistemas de pisos. Aborda a caracterização do empreendimento, os requisitos do usuário, a incumbência dos intervenientes no projeto, métodos de avaliação de desempenho, desempenho estrutural em relação a impactos e cargas, e segurança contra incêndio no que se refere à reação ao fogo dos materiais e resistência ao fogo de
Apresentação norma de desempenho parte 3 pisos v02
1. Avaliação
1
de Desempenho do
Sistema de Pisos de Edifício
História da Rossi
Residencial Vertical
e panorama atual
•Euler José de Oliveira Morais
•Felipe Valverde
•José Rui Duarte de Almeida
•Marcus Vinícius Fernandes Grossi
2. Caracterização do Empreendimento
Localização: São Paulo – SP
Torres: Residencial Multifamiliar
Andares: 1 Térreo, 11 e 12 pavimentos tipo, 1 Cobertura.
2
Vista da entrada
Vista do fundo
6. O que é Desempenho?
O foco do conceito de desempenho e da metodologia de desempenho é o
comportamento da edificação e de suas partes quando submetido às
condições de uso e operação e às condições de
exposição.
O foco é o usuário, as necessidades humanas em relação à edificação ao
longo da vida útil.
Fonte: NGI – Núcleo de Gestão e Inovação
7. Norma técnica tem validade jurídica?
• As normas jurídicas têm força obrigatória > leis, decretos e
demais atos legislativos.
• As normas técnicas não são normas jurídicas > ganham força
obrigatória por força de leis (ex: Código de Defesa do
Consumidor - cap.V, seção IV, art. 39, item VIII)
7
8. Entre em vigor quando?
Publicação da
versão 2013
Válida a partir de 19
de julho de 2013
Entra em vigor 120 dias após a
publicação da norma (19/02/2013)
8
Empreendimentos que tiverem
projetos protocolados
(prefeitura municipal) a partir de
19/07/2013
9. Segmento Econômico - Villa Flora
Resumo Geral
Atendimento à NBR 15.575-3
• 63% Não atende (22)
• 17% Atende (6)
• 20% Não se aplica (7)
11. Quais são os “Requisitos do Usuário”?
O que o usuário precisa?
O que o usuário quer?
Habitabilidade
•
•
•
•
•
•
•
11
Estanqueidade
Desempenho térmico
Desempenho acústico
Desempenho lumínico
Saúde, higiene e qualidade ar
Funcionalidade e acessibilidade
Conforto tátil e antropodinâmico
Segurança
• Segurança estrutural
• Segurança contra fogo
• Segurança no uso e operação
Sustentabilidade
• Durabilidade
• Manutenabilidade
• Impacto ambiental
13. Segmento Econômico - Villa Flora
Incumbência dos Intervenientes
Fornecedores de Insumo, Material, Componente e/ou Sistema
•Caracterizar o desempenho de acordo com a NBR15575, indicar a vida útil e
cuidados na operação e manutenção;
•Seguir as normas técnicas brasileiras aplicáveis, ou caso não haja norma,
comprovar desempenho por ensaios.
Projetistas
•Estabelecer VUP de cada sistema;
•Especificar materiais, produtos e processos que atendam desempenho mínimo
da NBR15575.
Construtor e Incorporador
•Identificação de riscos previsíveis na época de projeto;
•Providenciar estudos técnicos requeridos e prover as informações necessárias
aos projetistas;
•Elaborar manual de uso, operação e manutenção para proprietário e síndico.
Usuários
•Realizar as manutenções previstas no manual e NBR5674;
•Não realizar modificações que prejudiquem o desempenho original.
15. Segmento Econômico - Villa Flora
Incumbência dos Intervenientes
Projetista
Projeto
Incumbências
Status
REPROVADO
Arquitetura
Especificações dos materiais e componentes,
citando as normas técnicas.
Estabelecer VUP – Vida útil de projeto
REPROVADO
Especificações dos materiais e componentes,
citando as normas técnicas.
REPROVADO
Estabelecer VUP – Vida útil de projeto
REPROVADO
Especificações dos materiais e componentes,
citando as normas técnicas.
REPROVADO
Estabelecer VUP – Vida útil de projeto
REPROVADO
Impermeabilização
Estrutura
16. Segmento Econômico - Villa Flora
Incumbência dos Intervenientes
Incorporador e Construtor
Incorporador / Construtor
Incumbências
Status
Identificação de riscos previsíveis
Incorporador
APROVADO
Estudos técnicos requeridos e prover as
informações necessárias aos projetistas
APROVADO
Elaborar manual do proprietário
PARCIAL
Elaborar manual do síndico
PARCIAL
Construtor
18. Avaliação de Desempenho
Comprovação do desempenho da edificação
Investigação de Desempenho
• Recomenda-se que a investigação de desempenho, que orientara a realização
de projeto seja documentada por meio de registros:
• Imagens, memorial de cálculo, observações instrumentadas, catálogos
técnicos dos produtos, registros de eventuais planos de expansão de
serviços públicos.
Métodos de avaliação de desempenho
• Ensaios de tipo, ensaios de campo, inspeções de protótipos ou em campo,
simulações e análise de projetos.
Documento com os resultados da avaliação do sistema
• Deve ser elaborado um documento de avaliação do desempenho, baseado nos
requistos e critérios avaliados de acordo com a norma NBR15575.
• Com informações que caracterizem a edificação habitacional ou sistema
analisado.
18
20. Desempenho Estrutural
Sistema de Pisos
Resistência a impactos de corpo mole e corpo duro
• A verificação da resistência ao impacto deve ser por ensaios em laboratório
em protótipos, ou na obra, devendo o corpo de prova representar fielmente as
condições executivas, inclusive o apoio/vinculações.
•
Aplicável a pisos elevados, pedras, cerâmicas, intertravados, cimentados, etc.
Ensaio de impacto
20
21. Desempenho Estrutural
Sistema de Pisos
Nível de
Energia de Impacto
Desempenho de Corpo Duro (J)
5
M
30
5
I
30
5
S
21
30
Não faz sentido o texto da norma
Parte 3, adotar texto da Parte 2.
Critérios de Desempenho
Não ocorrência de ruptura total da camada de acabamento.
Permitidas falhas superficiais, como mossas, lascamentos,
fissuras e desagregações.
Não ocorrência de falhas.
Mossas com qualquer profundidade
Não ocorrência de ruína e traspassamento.
Permitidas falhas superficiais, como mossas, fissuras,
lascamentos e desagregações.
Não ocorrência de falhas.
Profundidade da mossa: p ≤ 5mm.
Não ocorrência de ruína e traspassamento.
Permitidas falhas superficiais, como mossas, fissuras e
desagregações.
Não ocorrência de falhas.
Profundidade de mossa: p ≤ 2mm.
Não ocorrência de ruína e traspassamento.
Permitidas falhas superficiais, como mossas, fissuras e
desagregações.
22. Desempenho Estrutural
Sistema de Pisos
Cargas verticais concentradas
• Os sistemas de pisos não podem apresentar ruptura ou qualquer outro dano,
quando submetidos a cargas verticais concentradas de 1kN, aplicadas no ponto
mais desfavorável, não podendo apresentar deslocamentos superiores a L/500
(material rígido), ou L/300 (material dúctil).
•
Deve ser realizado ensaio do sistema de pisos.
Material
Status
Piso Cerâmico Forma Slim
Branco
Piso Cerâmico Rimin Taupe
???
Pintura especial para pisos
???
Porcelanato Giordano White
???
Piso intertravado
22
???
???
24. Segurança Contra Incêndio
Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada
1. Avaliação da reação ao fogo da face inferior do sistema de piso
Os ambientes devem ser classificada de acordo com o uso.
Os materiais devem ser ensaiados conforme normas ISO1182,
NBR8660, ISO11925-2, ASTM E662, NBR9442, EN13823.
Ambiente
Classe Necessária
Material
Status
Banheiros
I, IIA ou IIIA
Forro placa de gesso
???
Cozinhas
I ou IIA
Textura sobre laje
???
A.S.
I, IIA ou IIIA
Textura sobre laje
???
Terraços
I, IIA ou IIIA
Textura sobre laje
???
I ou IIA
Forro placa de gesso
???
I ou IIA e Dm < 100
Textura sobre laje
???
I ou IIA
Forro placa de gesso
???
Halls
Escadarias
Salão de Festas
24
*Dm (densidade especif. óptica max. de fumaça)
25. Segurança Contra Incêndio
Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada
2. Avaliação da reação ao fogo da face superior do sistema de piso
• Deve ser classificada como:
o I, II A, III A ou IV A, em todas as áreas da edificação;
o I ou II A com Dm ≤ 100.
Os materiais devem ser ensaiados conforme normas ISO1182,
NBR8660, ISO11925-2, ASTM E662, NBR9442, EN13823.
Ambiente
Banheiros
Cozinhas
A.S.
Terraços
Halls
Material
Piso Cerâmico Forma Slim
Branco
Piso Cerâmico Rimin Taupe
Escadarias
Pintura especial para pisos
Salão de Festas
Porcelanato Giordano White
25
*Dm (densidade especif. óptica max. de fumaça)
Classe Necessária
Status
I, IIA ou IIIA
APROVADO
I ou IIA
APROVADO
I, IIA ou IIIA
APROVADO
I, IIA ou IIIA
APROVADO
I ou IIA
APROVADO
I ou IIA e Dm < 100
???
I ou IIA
APROVADO
26. Segurança Contra Incêndio
Dificultar propagação do incêndio, da fumaça e preservar a
estabilidade estrutural da edificação
1. Resistência ao fogo de elementos de compartimentação entre
pavimentos e elementos estruturais associados
• As compartimentações devem ser corta-fogo em função da altura da
edificação. Não sendo considerados subsolos, áticos, casa de máquinas,
barriletes, reservatórios d’água, e outros sem atividade de permanência humana.
• Análise de projeto estrutural e realização de ensaios de resistência ao fogo
de acordo com a NBR5628.
• Análise de projeto estrutural em situação de incêndio atendendo as normas
NBR14323 (aço), NBR15200 (concreto), Eurocode (demais).
26
27. Segurança Contra Incêndio
1. Resistência ao fogo de elementos de compartimentação entre
pavimentos e elementos estruturais associados
h=38m
Altura da Edificação
TRRF
Casa
30 min.
Até 12m
30 min.
12m até 23m
60 min.
23m até 30m
90 min.
30m até 120m
120 min.
Acima de 120m
180 min.
27
(GUIMARÃES, p.36, 2010)
h=10cm
Eurocode 2
28. Segurança Contra Incêndio
O método está certo, porém como
a espessura da laje não resiste, a
Dificultar propagação do incêndio, da fumaça e preservar a
selagem também não.
estabilidade estrutural da edificação
2. Selagem corta-fogo nas prumadas elétricas e hidráulicas
• As aberturas existentes nos pisos para transposições das instalações elétricas
e hidráulicas devem ser dotadas de selagem corta-fogo, apresentando tempo de
resistência ao fogo idêntico ao requerido para o sistema de piso (em função da
altura da edificação).
•
28
Ensaios de resistência ao fogo de acordo com a NBR6479.
Prumada de elétrica
Prumada de água fria
29. Segurança Contra Incêndio
Dificultar propagação do incêndio, da fumaça e preservar a
estabilidade estrutural da edificação
3. Selagem corta-fogo de tubulações de materiais poliméricos
• Tubulações de poliméricos Ø ≥ 40mm que passam pelo sistema de piso
devem receber proteção especial, por selagem capaz de fechar o buraco deixado
pelo tubo ao ser consumido pelo fogo abaixo do piso. Por se substituído por
prumadas enclausuradas (item 5).
• Ensaios de resistência ao fogo de acordo com a NBR6479.
29
Prumadas de águas pluviais e esgoto
Anel intumescente
31. SegurançaSegmento Econômico - Villa Flora
no uso e operação
Definição de ambientes
•Áreas molhadas: áreas da edificação cuja condição de uso e de
exposição pode resultar na formação de lâmina d’água pelo uso
normal a que o ambiente se destina (ex: box de banheiro, áreas de
serviço e áreas externas).
•Áreas molháveis: áreas da edificação que recebem respingos de
água decorrentes da sua condição de uso e exposição e que não
resulte na formação de lâmina d’água pelo uso normal a que se
destina (ex: banheiros(exceto o box), lavabos, cozinhas, sacadas
cobertas).
•Áreas secas: áreas onde, em condições normais de uso e
exposição a utilização direta de água não está prevista nem mesmo
durante a operação de limpeza.
32. Segurança no uso e operação
Coeficiente de atrito da camada de acabamento
Coef. de atrito ≥ 0,4 (NBR13818 Anexo N)
Locais onde requer resistência ao escorregamento: Rampas, escadas, terraços e
áreas molhadas (box, área de serviço e áreas descobertas). Recomenda-se no
banheiro e cozinha.
Coef. de atrito ≥ 0,5
(I.T.Nº11 CB-SP)
Locais onde requer resistência ao escorregamento: Rota de fuga: rampas, escadas e
qualquer pavimento sem saída em nível para o espaço livre exterior.
Demais áreas não há especificação de coeficiente de atrito.
32
Prainha na piscina
Piso de Ardósia
Piso de Ardósia
33. Segurança no uso e operação
Coeficiente de atrito da camada de acabamento
33
• Solicitar ensaios dos fabricantes, conforme “NBR13818 Anexo N”, na condição
projetada de uso (molhada ou seca).
• Apesar do ensaio ser para cerâmica, será aplicado a todos os tipos de piso.
34. Segurança no uso e operação
Ambiente
Coef. Atrito Nec.
Coef. Atrito Mat.
Status
Piso Cerâmico
Eliane Forma
Slim Branco
Classe I ≥ 0,4
Classe I < 0,4
REPROVADO
Classe I ≥ 0,4
Classe I < 0,4
REPROVADO
Piso Cerâmico
Eliane Rimin
Taupe
Classe I ≥ 0,4
Classe I < 0,4
REPROVADO
Classe I < 0,4
Classe I < 0,4
APROVADO
Pintura especial
para pisos,
Suvinil Piso
Premium
Classe I ≥ 0,5
NÃO DISPONIVEL
NECESSIDADE
DE ENSAIO
Porcelanato
Salão de Festas Eliane Giordano
White
Classe I < 0,4
Classe I ≥ 0,4
APROVADO
Ed. Garagem
Piso de Concreto
Classe I ≥ 0,4
NÃO DISPONIVEL
NECESSIDADE
DE ENSAIO
Garagem
Descoberta
Piso Intertravado
Classe I ≥ 0,4
NÃO DISPONIVEL
NECESSIDADE
DE ENSAIO
Banheiros
Cozinhas / A.S.
Terraços PNE
Halls
Escadarias
34
Material
35. Segurança no uso e operação
Segurança na circulação
• Desníveis abruptos > 5mm
a) As unidades privadas devem ter sinalização que
garanta a visibilidade do desnível. (ex: mudança de cor,
testeira e faixas).
Testeira com cor diferente
b) Para áreas comuns seguir a NBR9050.
c) Premissas de projeto: o projeto deve recomendar cuidados específicos para as
camadas de acabamento de sistemas de pisos aplicadas em escadas ou rampas
(acima de 5% de inclinação) e nas áreas comuns.
• Circulação pisos internos e externos
a) Não podem apresentar abertura máxima de frestas (ou juntas sem
preenchimento), entre componentes do piso, maior que 4 mm, excetuando-se o
caso de juntas de movimentação em ambientes externos.
b) Não podem apresentar arestas contundentes, nem liberar fragmentos
perfurantes, em condições normais de uso e manutenção.
35
37. Segmento Econômico - Villa Flora
Estanqueidade
Sistema de Pisos
1. Em sistema de pisos em contato com umidade ascendente
• Deve ser estanque à umidade ascendente, considerando-se a altura máxima
de lençol freático prevista.
• Análise de projeto: atender as NBR9575, NBR9574 e indicar o sistema
construtivo que impeça a ascensão para o piso, quanto a: estanqueidade a
umidade; resistência mecânica contra danos durante a construção e utilização do
imóvel e previsão de eventual drenagem.
Embasamento sem impermeabilização
38. Segmento Econômico - Villa Flora
Estanqueidade
Sistema de Pisos
Não é obrigatório uso de
impermeabilização!!!
2. Em sistema de pisos de áreas molháveis
• Não é necessário ser estanque e esta informação deve constar no Manual do
Proprietário e Síndico.
3. Em sistema de pisos de áreas molhadas
• Não devem permitir o surgimento de umidade, quando submetido a lâmina
d’água ≥10mm durante 72h.
• Caso sejam impermeabilizadas devem atender as NBR9575 e NBR9574.
Banheiro
Área de Serviço (ralo)
Varanda (caimento)
40. Segmento Econômico - Villa Flora
Desempenho acústico – sistema de pisos
Ruído de impacto (entre pavimentos – dormitório)
Qualquer ambiente
Tapping Machine
O quanto de ruído passa!
Dormit.
L'nT,w (dB)
mínimo
interm.
40
66 a 80
56 a 65
superior
< 55
41. Desempenho acústico – sistema de pisos
Ruído de impacto (entre pavimentos – uso coletivo/dormit)
Salão festas,
fitness, etc
Tapping Machine
O quanto de ruído passa!
Dormit.
L'nT,w (dB)
mínimo
interm.
46 a 50
superior
41
51 a 55
< 45
Necessário tratamento acústico
42. Desempenho acústico
Ruído de impacto (entre pavimentos)
Ruído de impacto
Piso
Gesso
L'nT,w Classificação
cerâmico teto
Laje
42
10 cm
pré
3 mm
3 cm
---
---
58
intermediário
Sala
10 cm
pré
3 mm
3 cm
1 cm
---
74
mínimo
Sala
10 cm
pré
---
3 cm
---
---
69
mínimo
Sala
Águas
Claras
Manta C. piso
Sala
Cores de
Mogi
Tipo
10 cm
pré
---
---
---
---
76
mínimo
Sala
10 cm
mista
---
---
---
---
76
mínimo
Dorm.
10 cm
mista
---
---
---
---
80
mínimo
mínimo
interm.
superior
L'nT,w (dB)
66 a 80
56 a 65
< 55
43. Desempenho acústico – sistema de pisos
Ruído aéreo (entre apartamentos)
Qualquer
ambiente
Dormitório
Dormit.
O quanto de ruído isola!
DnT,w (dB)
mínimo
interm.
Índice > Desempenho Acústico
50 a 54
superior
43
45 a 49
> 55
46. Durabilidade
Generalidades
Capacidade da edificação ou de seus sistemas de desempenhar suas funções ao
longo do tempo, sob condições de uso e manutenção especificadas no Manual de
Uso, Operação e Manutenção.
Projetistas, construtores e incorporadores são responsáveis pelos valores teóricos
de vida útil de projeto (VUP), que podem ser confirmados por meio de
atendimento às normas ABNT, ou Internacionais (ex: ISO, IEC), ou Regionais
(ex:Mercosul), e não havendo estas, podem ser consideradas normas estrangeiras
na data do projeto.
Porém, não podem se responsabilizar pelo valor atingido de vida útil (VU), uma
vez que este depende de fatores fora de seu controle.
46
47. Durabilidade
Conceito
O termo “durabilidade” expressa o período esperado de tempo em que um
produto tem potencial de cumprir as funções a que foi destinado, num patamar de
desempenho igual ou superior àquele predefinido. Para tanto, há necessidade de
correta utilização, bem como de realização de manutenções periódicas em estrita
obediência às recomendações do fornecedor do produto, sendo que as
manutenções devem recuperar parcialmente a perda de desempenho resultante
da degradação, conforme ilustrado na figura.
47
48. Segmento Econômico - Villa Flora
Vida Útil de Projeto
Fase de projeto
• A edificação deve apresentar VUP igual ou superior aos períodos especificados na
NBR15575-1;
• Na análise do projeto a avaliação do atendimento da VUP pode ser realizada pela
metodologia das ISO 15.686-1 a 15.686-3 e ISO 15.686-5 a 15.686-7.
Comprovação
• A contar do Habite-se, decorridos 50% dos prazos de VUP, desde que não
existam intervenções significativas (Categoria D tabela C.3), considera-se
atendido o requisito de VUP.
• Também, podem ser comprovados por verificações de atendimento das normas
prescritivas na data do projeto, bem como constatações, em obra, do
atendimento integral do projeto pela construtora.
49. Durabilidade de Pisos
•
•
Ausência de danos em sistema de pisos de áreas molhadas e
molháveis pela presença de umidade
O sistema de piso exposto a uma lâmina d’água de 10mm na cota mais alta,
por 72h, não pode apresentar, após 24h da retirada da água, danos como
bolhas, fissuras, empolamentos, destacamento, deslocamentos, delaminações,
eflorecências e desagregação superficial.
A alteração de tonalidade, visível a olho nu, é permitida, desde que informada
previamente pelo fabricante e, neste caso, deve constar no Manual do
Proprietário.
Realizar para
todo ocsistema
de piso
50. Durabilidade de Pisos
•
•
•
•
•
Ausência de danos em sistema de pisos pela presença de agentes
químicos
A resistência química dos sistemas de pisos depende das solicitações de uso e do
tipo de camada de acabamento utilizada.
O componentes da camada de acabamento devem resistir ao ataque químico,
conforme normas específicas.
Para acabamentos que não possuem norma, utilizar o Anexo D da NBR15575-3.
Válido para todos os pisos (áreas secas, molháveis e molhadas).
O projeto deve considerar para a seleção da camada de acabamento as
principais características de uso de cada ambiente.
Áreas secas
Áreas molháveis e molhadas
51. Durabilidade de Pisos
Desgaste por abrasão
•
•
As camadas de acabamento da habitação devem apresentar resistência ao
desgaste devido aos esforços de uso, de forma a garantir a vida útil
estabelecida em projeto, devendo seguir as normas específicas de método de
ensaio – NBR 13818.
O projeto deve considerar para a seleção da camada de acabamento as
principais características de uso e condições de exposição de cada ambiente.
Ambiente
Banheiros
Cozinhas
A.S.
Terraços
Halls
Material
Abrasão
Status
4
APROVADO
4
APROVADO
4
APROVADO
3
APROVADO
3
REPROVADO
RESISTENTE A LAVAGEM
APROVADO
4
APROVADO
Piso intertravado
?????
?????
Piso de concreto
?????
?????
Piso Cerâmico Forma Slim
Branco
Piso Cerâmico Rimin Taupe
Escadarias
Pintura especial para pisos
Salão de Festas
Porcelanato Giordano White
Garagem
53. Segmento Econômico - Villa Flora
Funcionalidade e acessibilidade
Sistema de pisos para pessoas portadoras de deficiências
físicas ou pessoas com mobilidade reduzida (pmr)
1. Sistema de pisos para áreas
privativas
• O sistema de piso deve ser
adaptado à moradia de pessoas
portadores de deficiência física ou
pmr.
2. Sistema de pisos para área
comum
• O sistema de piso deve atender a
NBR9050.
54. Segmento Econômico - Villa
Funcionalidade e acessibilidadeFlora
Área Privativa
• 7 unidades adaptadas
para Portadores de
Necessidades
Especiais (PNE).
55. Segmento Econômico - Villa
Funcionalidade e acessibilidadeFlora
Área Privativa
NBR 9050 - 8.3.1.2 “As dimensões do mobiliário dos dormitórios acessíveis devem atender
às condições de alcance
manual e visual[...].”.
[...] “Dispostos de forma a não obstruírem uma faixa livre mínima de circulação interna de
0,90 m de largura, prevendo área de manobras para o acesso ao sanitário, camas e
armários.”.
“Deve haver pelo menos uma área com diâmetro de no mínimo 1,50 m que possibilite um
giro de 360°, conforme figura.”.
Circulações mínimas em dormitórios
Detalhe do dormitório do empreendimento
56. Segmento Econômico - Villa
Funcionalidade e acessibilidadeFlora
Área Privativa
NBR 9050 - 8.3.2 Cozinhas
[...] “Deve ser garantida a condição de circulação, aproximação e alcance dos utensílios [...].
As pias devem possuir altura de no máximo 0,85 m, com altura livre inferior de no
mínimo 0,73 m, conforme figura.”.
PLANTA
VISTA
Circulações mínimas em cozinhas
Altura da bancada da cozinha PNE
57. Segmento Econômico - Villa
Funcionalidade e acessibilidadeFlora
Área Privativa e Comuns
NBR 9050 - 6.1.4 Desníveis
Desníveis de qualquer natureza devem ser evitados em
rotas acessíveis.
• Eventuais desníveis no piso de até 5 mm não demandam
tratamento especial.
• Desníveis superiores a 5 mm até 15 mm devem ser tratados
em forma de rampa, com inclinação máxima de 1:2 (50%),
conforme figura.
• Desníveis superiores a 15 mm devem ser considerados
como degraus e ser sinalizados.
Soleiras com 5mm
Baguetes com 5mm
Banheiro PNE sem baguete no box
58. Segmento Econômico - Villa
Funcionalidade e acessibilidadeFlora
Área Privativa e Comum
NBR 9050 - 6.1 Circulação - Condições gerais - 6.1.1 Pisos
“Os pisos devem ter superfície regular, firme, estável e antiderrapante sob qualquer
condição, que não provoque trepidação em dispositivos com rodas (cadeiras de rodas ou
carrinhos de bebê).”. [...]
“Recomenda-se evitar a utilização de padronagem na superfície do piso que possa causar
sensação de insegurança (por exemplo, estampas que pelo contraste de cores possam
causar a impressão de tridimensionalidade).”.
Ambiente
Banheiros PNE
Cozinhas / A.S. PNE
Terraços PNE
Halls
Material
Piso Cerâmico Eliane
Forma Slim Branco
Piso Cerâmico Eliane
Rimin Taupe
Escadarias
Pintura especial para
pisos, Suvinil Piso
Premium
Salão de Festas
Porcelanato Eliane
Giordano White
Coef. Atrito
Status
REPROVADO
Classe I < 0,4
REPROVADO
REPROVADO
REPROVADO
N.D.
NECESSIDADE DE
ENSAIO
Classe I ≥ 0,4
APROVADO
59. Segmento Econômico - Villa
Funcionalidade e acessibilidadeFlora
Área Comum
NBR 9050 - 6.3 Rotas de fuga – Condições gerais
6.3.3 Quando as rotas de fuga incorporarem escadas de emergência, devem ser previstas
áreas de resgate com espaço reservado e demarcado para o posicionamento de pessoas em
cadeiras de rodas, dimensionadas de acordo com o M.R. A área deve ser ventilada e fora do
fluxo principal de circulação, conforme exemplificado na figura 78. Os M.R. devem ser
sinalizados conforme 5.15.4.
Exemplo da NBR 9050:2004
Projeto da escada atendendo NBR9050
60. Segmento Econômico - Villa
Funcionalidade e acessibilidadeFlora
Área Comum
NBR 9050 - 6.5 Rampas
6.5.1.2 As rampas devem ter inclinação de acordo com os limites estabelecidos na tabela 5.
Para inclinação entre 6,25% e 8,33% devem ser previstas áreas de descanso nos patamares,
a cada 50 m de percurso.
6.5.2.2 Entre os segmentos de rampa devem ser previstos patamares com dimensão
longitudinal mínima de 1,20 m sendo recomendável 1,50 m. Os patamares situados em
mudanças de direção devem ter dimensões iguais à largura da rampa.
Todas as rampas atendem a inclinação máxima de 8,33%
61. Segmento Econômico - Villa
Funcionalidade e acessibilidadeFlora
Área Comum
NBR 9050 – 5.13 Sinalização visual de degraus
Todo degrau ou escada deve ter sinalização visual na borda do piso, em cor contrastante com
a do acabamento, medindo entre 0,02 m e 0,03 m de largura. Essa sinalização pode estar
restrita à projeção dos corrimãos laterais, com no mínimo 0,20 m de extensão, localizada
conforme figura.
5.14.1.2 A sinalização tátil de alerta deve ser instalada perpendicularmente ao sentido de no
início e término de escadas fixas, em cor contrastante com a do piso, com largura entre 0,25
m a 0,60 m, afastada de 0,32 m no máximo do ponto onde ocorre a mudança do plano,
conforme exemplifica a figura 63;
Sinalização visual e tátil no piso dos degraus Exemplo
Projeto da obra atendendo NBR9050
62. Segmento Econômico - Villa
Funcionalidade e acessibilidadeFlora
Área Comum
NBR 9050 – 5.14 Sinalização tátil no piso
d) junto às portas dos elevadores, em cor contrastante com a do piso, com largura entre 0,25
m a 0,60 m, afastada de 0,32 m no máximo da alvenaria, conforme exemplifica a figura 64;
5.14.2 Sinalização tátil direcional
5.14.2.3 A sinalização tátil direcional deve ser utilizada em áreas de circulação na ausência
ou interrupção da guia de balizamento, indicando o caminho a ser percorrido e em espaços
amplos.
Piso tátil em projeto sem piso tátil direcional
Sinalização tátil de alerta junto à porta de elevador
– Exemplo
64. Segmento Econômico - Villa Flora
Conforto tátil, visual e antropodinâmico
Homogeneidade quanto a planicidade da camada de acabamento do
sistema de pisos
• Planicidade
A planicidade da camanda de acabamento ou superfície do piso deve
apresentar valores menores ou iguais a 3mm com régua de 2m, em qualquer
direção.
Verificação de planicidade e nível do piso
Registros de inspeção da obra
65. Muito Obrigado!
Euler José de Oliveira Morais
Arquiteto e Urbanista
Felipe Valverde
Arquiteto e Urbanista
José Rui Duarte de Almeida
Engenheiro Civil
Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Engenheiro Civil
65
Curso: Engenharias Civis – Excelência Construtiva e Anomalias
Turma: N
66. Documentos de Referência
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR15575
Edificações habitacionais — Desempenho - Parte 1: Requisitos
gerais, 2013.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR15575
Edificações habitacionais — Desempenho - Parte 3: Requisitos para
os sistemas de pisos, 2013.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR9050
Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos, 2004.
CBIC - Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Desempenho de
Edificações Habitacionais: guia orientativo para atendimento à norma
ABNT NBR15575/2013. Fortaleza, 2013.
GUIMARÃES, Nuno Bento Teixeira. Resistência ao Fogo de Estruturas de
Betão – Modelação Numérica dos Métodos Tabelados e Simplificados e
Aplicação a um Projeto, Porto, Portugal, 2009.
66