O documento discute patologias em estruturas de concreto armado, incluindo causas como erros de projeto e execução, fatores físicos e químicos, e métodos de recuperação. Problemas comuns incluem corrosão de armaduras, ninhos de concreto e desagregação. A recuperação pode envolver remoção do concreto danificado e substituição da armadura corroída.
No processo de aprendizagem motora, a forma como o indivíduo processa as info...
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
1. PATOLOGIA DAS
ESTRUTURAS, PISOS DE
CONCRETO E DOS
REVESTIMENTOS.
Acadêmicos: Adrian Sotana, Carlos Eduardo Bamberg, Thiago Batista da Costa
2. PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO
"A patologia na construção
pode ser entendida, como à
Ciência Médica, o ramo da
engenharia que estuda os
sintomas, formas de
manifestação, origens e causas
das doenças ou defeitos que
ocorrem nas edificações."
(CARMO, 2000).
3. PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO
Os problemas patológicos têm O surgimento de problemas
suas origens motivadas por patológicos na estrutura
falhas que ocorrem durante a indica maneira geral, a
realização de uma ou mais das existência de falhas durante a
atividades inerentes ao execução de uma das etapas
processo comum que se da construção, além de
denomina de Construção Civil,
Civil apontar para falhas também
processo este que pode ser no sistema de controle de
dividido em três etapas básicas: qualidade próprio de uma ou
Falhas de projeto, execução e mais atividades.
de manutenção.
4. PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO
Os problemas patológicos estão presentes na maioria das
edificações, seja com maior ou menor intensidade, variando o período
de aparição e/ou a forma de manifestação.
Pilar corroído com armaduras Patologias
Fonte: www.piniweb.com.br Fonte: www.piniweb.com.br
5. PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO
PATOLOGIAS GERADAS NA ETAPA DE CONCEPÇÃO DA
ESTRUTURA - PROJETO
Várias são as falhas que podem ocorrer durante a concepção da
estrutura, podendo se originar durante os estudo preliminar, na
execução do ante-projeto, ou durante a elaboração do projeto de
execução.
Falhas originadas por um estudo preliminar deficiente, ou de
ante-projetos equivocados, resultam principalmente no encarecimento
do processo de construção, ou por transtornos na utilização da obra, já
falhas geradas durante a realização do projeto final de engenharia são
responsáveis por problemas patológicos sérios.
6. PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO
PATOLOGIAS GERADAS NA ETAPA DE EXECUÇÃO DA
ESTRUTURA - CONSTRUÇÃO
Uma vez iniciada a construção podem ocorrer falhas das mais
diversas naturezas, associadas a causas tão diversas como: falta de condições
locais de trabalho, não capacitação profissional da mão-de-obra, inexistência
de controle de qualidade de execução, má qualidade de materiais e
componentes, irresponsabilidade técnica e até mesmo sabotagem.
Estes inúmeros fatores podem facilmente levar a graves erros em
determinadas atividades, como a implantação da obra, escoramento, formas,
posicionamento e quantidade de armaduras e a qualidade do concreto, desde
sua fabricação até a cura.
7. Muitos dos problemas patológicos tem sua origem na qualidade
inadequada nos materiais e componentes, a menor durabilidade, os erros
dimensionais, a presença de agentes agressivos incorporados e a baixa
resistência mecânica são apenas alguns dos muitos problemas que podem
ser implantados nas estruturas como conseqüência desta baixa
qualidade.
FALHA NA EXECUÇÃO DO PILAR
Fonte http://2.bp.blogspot.com
8. PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO
PATOLOGIAS GERADAS NA ETAPA DE UTILIZAÇÃO DA
ESTRUTURA - MANUTENÇÃO
Acabadas as etapas de concepção e de execução com qualidade
adequada, as estruturas podem vir apresentar problemas patológicos
originados da utilização errônea ou da falta de um programa de manutenção
adequado.
Problemas patológicos podem ser evitados informando o usuário
sobre as possibilidades e as limitações da obras como por exemplo em um
edifício de alvenaria estrutural, informar ao morador sobre quais são as
paredes portantes, para que não se realizem obras de demolição ou aberturas
de vãos sem a consulta e assistência de especialistas.
Muitos são os casos em que a manutenção periódica pode evitar
problemas patológicos sérios, como a limpeza e a impermeabilização de lajes
de cobertura, marquises, piscinas elevadas, que se não forem executadas,
possibilitarão a infiltração prolongada de água, que implicarão na
deterioração da estrutura.
9. PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO
Problemas comuns do país, onde classifica-se as incidências de acordo com sua
origem de incidência.
Fonte: www.infohab.org.br
10. CORROSÃO DE ARMADURAS NA BASE DE PILARES
ASPECTOS GERAIS
Manchas superficiais de cor avermelhadas;
Fissuras paralelas à armadura;
Redução da seção da armadura;
Descolamento do concreto.
CAUSAS PROVÁVEIS
Alta densidade de armaduras devido a presença de
ancoragem não permitindo o cobrimento mínimo
exigido;
Cobrimento em desacordo com o projeto;
Falta de homogeneidade do concreto;
Perda de nata de cimento pela junta das fôrmas;
Alta permeabilidade do concreto;
Insuficiência de argamassa para o envolvimento
total dos agregados;
Em áreas de garagem, devido à presença de
monóxido de carbono que pode contribuir para a
rápida carbonatação do concreto. Fonte: www.infohab.org.br
11. CORROSÃO DE ARMADURAS EM VIGAS COM JUNTAS DE DILATAÇÃO
ASPECTOS GERAIS
Manchas superficiais de cor marrom-
avermelhadas;
Fissuras paralelas à armadura;
Redução da seção da armadura;
Descolamento do concreto;
Saturação da parte inferior da viga.
Fonte: www.infohab.org.br
CAUSAS PROVÁVEIS
Juntas de dilatação obstruídas e com infiltrações;
Presença de agentes agressivos: águas salinas, atmosferas marinhas, etc.;
Alta densidade de armaduras não permitindo o cobrimento mínimo exigido;
Cobrimento em desacordo com o projeto;
Alta permeabilidade do concreto;
Insuficiência de argamassa para o envolvimento total dos agregados;
12. CORROSÃO DE ARMADURAS EM LAJES
ASPECTOS GERAIS
Manchas superficiais de cor marrom-
avermelhadas;
Corrosão generalizada em todas as
barras da armadura;
Redução da seção da armadura;
Descolamento do concreto.
Fonte: www.infohab.org.br
CAUSAS PROVÁVEIS
Falta de espaçadores;
Abertura nas juntas das fôrmas, provocando a fuga de nata de cimento;
Presença de agentes agressivos: águas salinas, atmosferas marinhas, etc.;
Cobrimento em desacordo com o projeto;
Concreto com alta permeabilidade e/ou elevada porosidade;
Insuficiência de estanqueidade das fôrmas;
13. CORROSÃO DE ARMADURAS DEVIDO À PRESENÇA DE UMIDADE
ASPECTOS GERAIS
Manchas superficiais (em geral
branco-avermelhadas) na superfície
do concreto;
Umidade e infiltrações;
Percolação de água;
Fonte: www.infohab.org.br
CAUSAS PROVÁVEIS
Acúmulo de água e infiltrações;
Alta permeabilidade do concreto;
Fissuras na superfície do concreto favorecendo a entrada de água presente.
Juntas de concretagem mal executadas;
Presença de ninhos de concretagem.
14. Infiltração e presença de limo causadas pela fissuração e permeabilidade
excessiva da laje de concreto. (Paulo Barroso Engenharia Ltda)
15. Corrosão nas armaduras próximas as tubulações que
apresentam infiltrações.(Jefferson Maia Lima)
16. Laje apresentando a infiltração de águas provocando a lixiviação do concreto
desencadeando a corrosão das armaduras. (Jefferson Maia Lima)
17. CORROSÃO DE ARMADURAS POR ATAQUE DE CLORETOS
ASPECTOS GERAIS
Manchas superficiais de cor
marrom-avermelhadas;
Apresenta corrosão localizada com
formação de "pites";
Fonte: www.infohab.org.br
CAUSAS PROVÁVEIS
Presença de agentes agressivos incorporados ao concreto: águas salinas,
aditivos à base de cloretos ou cimentos;
Atmosfera viciada: locais fechados com baixa renovação de ar, existindo a
intensificação da concentração de gases.
18. Apresenta-se formação de pites de
corrosão localizada por toda a
estrutura e lascamento do concreto
devido a expansão dos produtos de
corrosão. (José R. S. Pacha)
19. NINHOS E SEGREGAÇÕES NO CONCRETO
ASPECTOS GERAIS
Vazios na massa de concreto;
Agregados sem o envolvimento da argamassa;
Concreto sem homogeneidade dos componentes;
CAUSAS PROVÁVEIS
Baixa trabalhabilidade do
concreto;
Insuficiência no transporte,
lançamento e adensamento do
concreto;
Alta densidade de armaduras;
Ninho de concretagem na viga, originalmente encoberto por concreto que não penetrou
entre a fôrma e as armaduras. (Revista Téchne n.º 08, p. 23)
20. Ninhos de concretagem no encontro do pilar
com a viga, posteriormente preenchido com
tijolo cerâmico. (José R. S. Pacha)
21. DESAGREGAÇÕES DO CONCRETO
ASPECTOS GERAIS
Agregados soltos ou de fácil remoção;
CAUSAS PROVÁVEIS
Devido ao ataque químico
expansivo de produtos inerentes ao
concreto;
Baixa resistência do concreto;
Pilar apresentando desagregação na sua base com fácil remoção de
concreto e presença de corrosão acentuada. (ANDRADE, 1992)
22. LASCAMENTO DO CONCRETO
ASPECTOS GERAIS
Descolamento de trechos isolados do
concreto;
Desplacamento de algumas partes de
concreto geralmente em quinas dos
elementos e em locais submetidos a fortes
tensões expansivas;
CAUSAS PROVÁVEIS
Corrosão das armaduras;
Canos de elementos estruturais sem
armadura
Suficiente para absorver os esforços; Lascamento do concreto devido à expansão
dos produtos de corrosão nas armaduras da
Desfôrma rápida.
laje. (Jefferson Maia Lima)
23. Lascamento do concreto devido à expansão dos produtos de corrosão nas
armaduras da laje. (Jefferson Maia Lima)
24. Lascamento do concreto devido à expansão dos produtos de corrosão
nas armaduras da laje e parte da viga. (Jefferson Maia Lima)
25. DEFEITOS EM EDIFÍCIOS
QUAIS SÃO AS CAUSAS ? QUEM É RESPONSÁVEL ? COMO REFORMAR ?
Geralmente os problemas
começam a aparecer quando extinto o
prazo de garantia legal, a construtora se
despede, definitivamente, do prédio. O
síndico, passa a ser pressionado por
reclamações dos condôminos, acaba
contratando reformas sem dispor de
exatos diagnósticos dos danos existentes.
A "solução" do problema costuma nascer
de inúmeros palpites e "achismos"
gerados no meio dos próprios moradores.
Diagnósticos "infalíveis" são
apresentados, por alguns prestadores de
serviço pouco responsáveis, que oferecem
reformas aparentemente baratas, sem
respaldo técnico consistente ou real
conhecimento do prédio, apenas movidos
pelo interesse em "pegar o serviço".
26. As causas da patologia do concreto pode se dar por vários
fatores como erros de projeto e execução mas também podem
acontecer por fatores fisicos e quimicos.
FATORES FÍSICOS
Dependendo das condições climáticas e ambientais, o concreto
estará submetido aos efeitos de um conjunto de agentes agressivos e
diferentes fatores destrutivos. Esses agentes ou fatores podem atuar
isoladamente, dentre os quais se incluem os de natureza física com os
seus efeitos característicos. O resultado das interações ambientais com a
microestrutura do concreto é a mudança das suas propriedades
mecânicas.
29. PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO
IPC - INSTITUTO DE PATOLOGIAS DA CONSTRUÇÃO
É uma organização situada no Rio de Janeiro que congrega
técnicos e engenheiros do setor de patologias, para implementar
tecnologias específicas à determinado problema nas edificações.
Este instituto foi criado de modo a sensibilizar os técnicos e
engenheiros para o fato de que construir e recuperar são atividades
totalmente diferentes, tanto a nível de mão-de-obra executiva quanto do
uso de materiais e equipamentos.
30. RECUPERAÇÃO DA ARMADURA
Corrosões e bicheiras em estruturas de concreto são comuns
devido a falhas de concretagem, quando a mistura não ficou homogênea,
o adensamento deixou arestas ou, ao ser especificado, o traço do concreto
não foi respeitado. Com o tempo, surgem fissuras, trincas e lascamentos
na estrutura.
Existem dois tipos
materiais que podem ser usados
para reparo um deles é o graute,
O graute é utilizado para
preenchimento mais profundos e
pode ser aplicado em camadas
com até 5 cm de espessura, sem
adição de brita ou pedrisco. E o
outro é a argamassa polimérica é
recomendada para preencher
reparos com até 2 cm de
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp espessura.
31. PASSO - A - PASSO PAR RECUPERAÇÃO DA ARMADURA
PASSO 1
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
Marcação da área:
Delimite a área com um ângulo reto, de preferência retangular, com uma
folga de 10 cm a 15 cm da área com bicheira ou com armadura exposta.
32. PASSO 2
Corte:
Corte a região demarcada
com disco de corte
apropriado, tomando o
cuidado de efetuar o
cruzamento dos cortes nos
cantos do reparo a fim de
assegurar a profundidade.
Isso garante maior
facilidade para a limpeza do
local. Durante o corte, tome
cuidado para não romper a
armadura, se houver.
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
33. PASSO 3
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
Remoção do concreto
deteriorado:
Com ponteiro e marreta ou
rompedor elétrico, apicoar
e eliminar todas as áreas
deterioradas, criando uma
superfície regular e limpa.
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
34. PASSO 4
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
Limpeza da área de trabalho
A superfície do concreto deve estar
isenta de partículas soltas e da
presença de graxa e óleos. A área
deve estar rugosa para obter boa
aderência.
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
35. PASSO 5
Preparação da mistura e da área:
Umedeça a área com a broxa e em seguida prepare
a argamassa ou graute de acordo com a
recomendação do fabricante.
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
36. PASSO 6
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139193-1.asp
Recomposição do concreto:
Imediatamente após a preparação da mistura, aplique a argamassa na
área do reparo moldando com a colher de pedreiro. Aplique por
camadas: com a argamassa, a espessura é de 2 cm, e no caso do graute
é possível criar camadas de até 5 cm. O tempo de cura varia de acordo
com o produto - argamassa ou graute - de cada fabricante. Em média,
cada camada de argamassa demora 6h.
38. O piso de concreto é definido a partir da sua utilização final
nos seguintes itens: acabamento, resistências, espessura, tipo de
concreto, tipo de estrutura, processo de concretagem e acabamento.
39. As patologias dos pisos cimentados agrupam-se em três
grandes divisões: fissuras, desgastes e esborcinamento de juntas,
porém sem excluir outros registros como problemas de coloração e
delaminação.
40. DESGASTE SUPERFICIAL
• Patologia relativamente comum;
• Fatores: baixa qualidade dos materiais utilizados; traço inadequado
do concreto; exsudação; acabamento inapropriado; ausência do
procedimento de cura; excesso de carregamento.
42. DELAMINAÇÃO
• Patologia comum aos pisos de concreto;
• Caracteriza-se pelo destacamento da lâmina superficial do piso,
tendo como uma de suas consequências a diminuição de resistência
do piso;
• Fatores: Polimento precoce do piso, procedimento que sela o
concreto e deixa a superficie menos permeável, impedindo a
passagem da água de exsudação.
44. ESBORCINAMENTO
• Quebra das bordas;
• Fatores: erros de projeto, como a adoção de barras de transferência
de diâmetro inadequado ou especificação incorreta de materiais de
preenchimento.
46. FISSURAS
• Patologia característica das estruturas de concreto.
• A caracterização da fissuração depende sempre da origem,
intensidade e magnitude do quadro de fissuração existente.
• Fatores: retração plástica; assentamento plástico do concreto;
movimentação de formas e/ou do subleito; retração hidráulica.
47. FISSURAS
Retração plástica (quando a água de desloca para fora de um corpo
poroso não totalmente rígido, ocorre uma contração deste corpo.
48. FISSURAS
Assentamento plástico do concreto (após o lançamento do
concreto, os sólidos da mistura começam a sedimentar, deslocando
água e o ar aprisionado.
49. FISSURAS
Movimentação de Formas e/ou do Subleito (os recalques do
subleito ou mau escoramento das fôrmas podem causar trincas no
concreto durante a fase plástica.
50. FISSURAS
Retração hidráulica (após a pega é devida à perda por evaporação
de parte da água de amassamento para o ambiente, de baixa
umidade relativa. A retração após a pega manifesta-se muito mais
lentamente do que a retração plástica.
51. MANCHAS NO CONCRETO
Três causas básicas:
1 – pega diferenciada do concreto, ocorrida por um atraso no processo
de concretagem;
2 – posicionamento dos agregados graúdos muito próximos a
superfície;
3 – má aplicação das mantas de cura.
53. BOLHAS
• Antecede o fenômeno de deslocamento dos revestimentos.
• Pequenas formações na superfície começam a aparecer, e aos
poucos, vão se tornando maiores e numerosas.
• Fatores: acúmulo de líquidos ou gases vindos da sub-base, base e do
próprio revestimento, em decorrência de falhas durante a catalise
dos materiais
55. REVESTIMENTOS CERÂMICOS
Dentre as patologias que o revestimento cerâmico
pode apresentar, pode-se dizer, que estão distribuidas
em relação a origem do processo construtivo, onde
parcela dessas patologias, são oriundas de projetos mau
elaborados, seguidos de mau execução e qualidade dos
materiais utilizados.
56. • As patologias mais frequentes em cerâmicas são:
•Patologias quanto as eflorescências;
•Patologias quanto as trincas, gretamento e fissuras;
•Patologias quanto ao bolor;
•Deterioração das juntas;
•Patologias quanto a expansão por umidade (EPU);
•Destacamentos de placas
57. Eflorescência
Eflorescência são marcas de bolor, decorrentes da infiltração de
água. São manchas normalmente brancas que se formam sobre a
superfície alterando a estética dos acabamentos. O quadro
patológico da eflorescência, tem como fator predominante a
presença e a ação da água.
59. Para evitar as eflorescências deve-se utilizar cimento CP IV
(pozolânico) ou cimento tipo RS (resistente a sulfatos). Outra forma
de conter a eflorescência, é utilizar rejuntes impermeáveis, e acima
de tudo, vazamentos em paredes, visto que, a origem da
eflorescência se dá, devido aos vazamentos de canos, umidades de
terrenos, ou penetração por meio de rejuntes mau aplicados.
60. Para limpeza, geralmente se recomenda o uso de ácido
sulfámico (H2N SO2 OH2) ou ácido amidosulfónico. Deve-se
utilizar uma solução em torno de 5%, tomando-se os cuidados de
efetuar testes iniciais e tomar cuidado em proteger superfícies
metálicas e outras adjacentes. Quando a superfície estiver limpa,
lavar todo o local com água em abundância.
62. Trincas, Gretamentos e Fissuras
Essa patologia, ocorre devido a perda de integridade da
superfície da placa cerâmica.
As trincas são rupturas causadas por esforços mecânicos,
resultando na separação das placas, gerando aberturas
superiores a 1 mm. Já as fissuras, são rompimentos nas placas
cerâmicas, que não chegam a causar a ruptura nas placas,
gerando uma abertura inferior a 1 mm.
O gretamento são aberturas em várias direções, inferiores
a 1 mm, ocorrendo na superfície esmaltada das placas.
Para evitar essa patologia, deve-se usar argamassas bem
dosadas ou colantes.
64. Patologias quanto ao Bolor
O desenvolvimento de fungos em revestimentos externos causa
alteração estética formando manchas escuras indesejáveis em
tonalidades preta, marrom e verde, ou ocasionalmente, manchas
claras esbranquiçadas ou amareladas.
66. A limpeza de manchas de bolor, gordura ou sujeira pode
ser feita com escova ou esponja, utilizando-se produtos de
limpeza desengordurantes ou à base de cloro. Não devem ser
usados ácidos.
Para ambientes que entram em contato direto com a água,
o rejunte deve ser impermeável (para impedir que o líquido
infiltre por baixo da cerâmica) e antifúngico (para evitar a
formação de bolor).
67. Deterioração das Juntas.
A deterioração das juntas compromete o desempenho dos
revestimentos cerâmicos, pois as juntas são responsáveis pela
vedação do revestimento cerâmico e por absorver deformações.
69. É possível perceber quando ocorre uma deterioração da junta
quando há perda de estanqueidade e envelhecimento do material de
preenchimento. No caso da perda da estanqueidade, isso se dá,
devido ao mau procedimento de limpeza, logo após a sua execução,
que em contato com agentes agressivos, pode causar fissuras.
Em situações que os rejuntes apresentam uma quantidade
grande de resinas podem ocorrer envelhecimento e perda de cor no
revestimento.
Para evitar essa patologia é necessário ter um controle rigoroso
da execução do rejuntamento, do preenchimento das juntas e da
escolha dos materiais que será utilizados.
70. Patologias quanto a expansão por umidade
(EPU)
Trata-se de uma propriedade dos materiais cerâmicos que
tendem a inchar-se, em maior ou menor grau com o decorrer do
tempo, essa expansão associada à ausência de juntas adequadas
resultará fatalmente nodescolamento do revestimento por
flambagem, ou greteamento e fissuras doesmalte.
71. Com a expansão por umidade ocorre o aumento da peça
cerâmica devido à absorção de água, podendo resultar na
descolagem da peça da argamassa. Para locais com umidade e que
estão diretamente expostos ao sol, deve-se analisar o índice de
absorção de água da peça, visando um índice baixo para que não
haja expansão.
73. Destacamento de Placas
O destacamento das placas ocorre devido a perda de
aderência da cerâmica do substrato, quando as tensões
aplicadas ultrapassarem a sua capacidade de aderência das
ligações.
74. É possível perceber o destacamento da placa quando ocorrer
um som oco na cerâmica, ou quando ocorrer o estufamento da
camada de acabamento. Isso ocorre devido a acomodação da
construção, pela deformação lenta da estrutura de concreto armado,
pela ausência de detalhes construtivos, quando utilizado cimento
colante vencido, mão de obra desqualificada, entre outras
possibilidades.
Para solucionar essa patologia, na maioria das vezes, a solução
é a retirada total do revestimento, devido a sua recuperação ser
trabalhosa e cara.
76. Revestimentos Argamassados
A patologia nos revestimentos argamassados ocorre devido a
qualidade do materiais utilizados na execução, do traço da
argamassa de cimento, da espessura do revestimento, da aplicação
do revestimento, do tipo de pintura, da umidade e da expansão da
argamassa de assentamento.
A origem para a ocorrência desses problemas estão associados
às fases de projeto e execução desse revestimento, ou seja, pela
ausência do projeto do revestimento ou pela má concepção e pela
não conformidade entre o projetado e o executado.
77. As patologias mais frequentes nos revestimentos
argamassados são:
• fissuração e o deslocamento da pintura;
• formação de manchas de umidade, com desenvolvimento
de bolor;
• deslocamento da argamassa de revestimento da alvenaria;
• fissuração da superfície do revestimento;
• formação de vesículas na superfície do revestimento;
• deslocamento entre o reboco e o emboço.
78. Qualidade dos materiais utilizados
• Agregados
A desagregação do revestimento, tem como causa a presença
de torrões argilosos, com excesso de finos na areia ou de mica em
quantidade apreciável. A mica pode também reduzir a aderência do
revestimento à base ou de duas camadas entre si.
79.
80. • Cal
Se for utilizada logo após a fabricação, ocorrerá aumento de
volume, causando danos ao revestimento, mais precisamente na
camada de reboco. Existindo óxido de cálcio livre, na forma de
grãos grossos, a expansão não pode ser absorvida pelos vazios de
argamassa e o efeito é o de formação de vesículas, podendo ser
observados já nos primeiros meses de aplicação do reboco.
81.
82. • Cimento
Não existe inconveniente quanto ao tipo de cimento, mas sim,
quanto à finura que regulará os níveis de retração por secagem. A
retração nas primeiras 24 horas é controlada pela retenção de água
que, sendo proporcional ao teor de finos. Mas, em idades, maiores, a
retração aumenta com o teor de finos. Para resolver o problema,
costuma-se adicionar aditivo incorporador de ar à argamassas de
cimento, ou adicionar cal hidratada para que aumente o teor de
finos, melhorando a retenção de água e trabalhabilidade do
conjunto.
83.
84. Traço da Argamassa
• Argamassa de Cal
O endurecimento é resultante da carbonatação da cal. Dessa
forma, a resistência da argamassa é função de uma proporção
adequada de areia, cal e de condições favoráveis à penetração do
anidrido carbônico do ar atmosférico através de toda a espessura da
camada. Considera-se argamassa rica a que contém proporção cal
areia, em massa superior a 1:3.
85. • Argamassa de Cimento
A primeira camada do revestimentoé o emboço, regularizando
a superfície da base. Para que essa camada seja elástica, deve conter
cal e cimento em proporções adequadas. Quando essa camada for
rica em cimento, pode-se observar fissuras e deslocamente, condição
agravada quando aplicada em espessura superior a 2 cm.
86. Modo de Aplicação
• Aderência
Uma camada do revestimento aplicada sobre outra, impedindo
a penetração da nata do aglomerante, pode apresentar problemas de
aderência. O revestimento mantém-se aderente nos locais
correspondentes às juntas do assentamento. Sendo a área dessas
juntas pequenas, o revestimento acaba sendo descolado sob o efeito
do seu próprio peso. É essencial que existam condições de aderência
do revestimento à base.
87. • Aplicação da Argamassa
Se o tempo de endurecimento e secagem da camada inferior
não é observado antes da aplicação da camada superior, a retração
que acompanha a secagem da camada inferior gera fissuras na
camada superior.
88. • Espessura do Revestimento
Em casos em que há um traço rico de cimento, acaba não
permitindo que o revestimento acompanhe a movimentação da
estrutura, deslocando-se. No reboco, o efeito observado é de
desagregação por falta de carbonatação. Segundo as prescrições da
NB-231 "Revestimento de paredes e tetos com argamassas:
materiais, preparo, aplicação e manutenção", a espessura do emboço
não deve ultrapassar 2 cm e a do reboco 2 mm.
89.
90. Tipo de Pintura
As tintas a óleo e epóxi promovem uma camada impermeável,
dificultando a difusão do ar atmosférico através da argamassa de
revestimento. Se a pintura for aplicada prematuramente, o grau de
carbonatação não será suficiente para dar resistência suficiente a
camada de reboco, gerando um deslocamento do emboço com
desagregação.
91.
92. Causas Externas
• Umidade
A infiltração de água acaba gerando manchas, acompanhadas
pela formação de eflorescência ou vesículas. A infiltração constante
provoca a desagregação do revestimento, com pulverulência ou
formação de bolor em locais onde não há incidência com o sol.
93.
94. • Expansão da Argamassa de Assentamento
A expansão da argamassa de assentamento pode ser provocada
por reações químicas entre os constituintes desta argamassa ou
mesmo entre compostos do cimento e dos tijolos ou blocos que
compõem a alvenaria, ocorrendo no sentido vertival, podendo ser
identificada por fissuras horizontais no revestimento. Isso ocorre
devido a reação de sulfato do meio ambiente ou do componente da
alvenaria com o cimento da argamassa e pela hidratação retardada
da cal dolomitica usada na argamassa de assentamento.
95.
96. Reparos
Sempre que surgir danos na edificação, é necessário que sejam
feitos reparos para evitar que o fenômeno alastre-se
progressivamente, solicitando um reparo constante. Por isso mesmo,
é necessária a identificação das causas e da extensão do dano para
procurar solicioná-los o mais rapido possível.