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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
NOTAS DE AULAS DA DISCIPLINA
CONSTRUÇÃO CIVIL
ASSUNTO: REVESTIMENTOS
(última revisão em abril de 2002)
PROF. CARLAN SEILER ZULIAN
ELTON CUNHA DONÁ
CARLOS LUCIANO VARGAS
abril de 2002
REVESTIMENTOS
1 – CONCEITO
2 – REVESTIMENTO DE PAREDES
3 – REVESTIMENTOS DE PISOS
4 – REVESTIMENTOS DE TETOS
GLOSSÁRIO
NORMAS TÉCNICAS
BIBLIOGRAFIA
1 – CONCEITO
Revestimentos são todos os procedimentos utilizados na aplicação de materiais de
proteção e de acabamento sobre superfícies horizontais e verticais de uma
edificação ou obra de engenharia, tais como: alvenarias e estruturas. Nas
edificações, consideraram-se três tipos de revestimentos: revestimento de paredes,
revestimento de pisos e revestimento de tetos ou forro.
2 – REVESTIMENTO DE PAREDES
Os revestimentos de paredes têm por finalidade regularizar a superfície, proteger
contra intempéries, aumentar a resistência da parede e proporcionar estética e
acabamento. Os revestimentos de paredes são classificados de acordo com o
material utilizado em revestimentos argamassados e não-argamassados.
2.1 – Revestimentos argamassados
Os revestimentos argamassados são os procedimentos tradicionais da aplicação de
argamassas sobre as alvenarias e estruturas com o objetivo de regularizar e
uniformizar as superfícies, corrigindo as irregularidades, prumos, alinhamentos dos
painéis e quando se trata de revestimentos externos, atuam como camada de
proteção contra a infiltração de águas de chuvas. O procedimento tradicional e
técnico é constituído da execução de no mínimo de três camadas superpostas,
contínuas e uniformes: chapisco, emboço e reboco.
2.1.1 – Chapisco
Chapisco é argamassa básica de cimento e areia grossa, na proporção de 1:3 ou
1:4, bastante fluída, que aplicada sobre as superfícies previamente umedecidas e
tem a propriedade de produzir um véu impermeabilizante, além de criar um substrato
de aderência para a fixação de outro elemento.
2.1.2 – Emboço
O emboço é a argamassa de regularização que deve determinar a uniformização da
superfície, corrigindo as irregularidades, prumos, alinhamento dos painéis e cujo
traço depende do que vier a ser executado como acabamento. É o elemento que
proporciona uma capa de impermeabilização das alvenarias de tijolos ou blocos e
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cuja espessura não deve ser maior que 1,5 cm. O emboço é constituído de uma
argamassa grossa de cal e areia no traço 1:3. Usualmente adiciona-se cimento na
argamassa do emboço constituindo uma argamassa mista, em geral nos traços
1/2:1:5; 1:1:6; 1:2:9 (cimento, cal e areia).
Para a execução do emboço é necessário ter decorrido um tempo mínimo de
carência da aplicação do chapisco de 3 dias e que preferencialmente os elementos
embutidos das paredes tenham sido executados, as tubulações hidráulicas e
elétricas, os rasgos devidamente preenchidos, os batentes das portas colocados ou
com os tacos dos batentes assentados, contramarcos dos caixilhos e
preferencialmente o contrapiso executado (neste caso, cuidar de proteger o
contrapiso contra prováveis incrustações de argamassas). Antes, ainda, de iniciar a
execução do emboço é conveniente fazer uma limpeza da superfície, caso não
tenha sido feita antes da aplicação do chapisco, retirando sujeira acumulada
(poeiras, graxas, desmoldantes, tintas etc.). Nas figuras a seguir são mostradas as
etapas executivas do emboço.
a) Colocação dos tacos ou taliscas – são pequenas peças de madeira ou de
ladrilhos cerâmicos colocados sobe a superfície a ser revestida e que
servirá de referencia para o acabamento. Usa-se fixar os tacos com a
mesma argamassa que vai ser utilizada no emboço. Os tacos devem ser
aprumados e nivelados nas distâncias indicadas na figura, redobrando o
cuidado em relação ao alinhamento em que se encontram os registros, as
tomadas d’água, caixas dos interruptores e tomadas elétricas. Se
necessário, fazer os ajustes nesses elementos para obedecer o plano de
acabamento (prumo) desejado.
1 a 1,5 cm Má ximo
30 cm do teto
Má ximo
30 cm do piso
1,0 a 2,0 m
1,0a1,5m
Pa rede cha pisca da
Ta co
(ta lisca )
Cha pa da de
a rga ma ssa p/
fixa r ta cos
Eta pa 1 - Coloca çã o dos ta cos a pruma dos e nivela dos
Máximo 30 cm
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Planodeacabamento
Ca ixa de
toma da
Ele troduto
Planodeacabamento
Registro
de ga ve ta
Tubula çã o
hidrá ulica
Cuida dos na eta pa 1 - definiçã o do pla no de a ca ba mento (prumos)
b) Execução das mestras – depois que os tacos estiverem consolidados (2
dias, no mínimo), preenche-se o espaço entre as taliscas verticalmente
com a mesma argamassa do emboço e estando a massa firme com o uso
de uma régua de alumínio (desempenadeira), apruma-se as mestras que
servirão de guia para a execução do revestimento.
1 a 1,5 cm
Pa rede cha pisca da
Mestra s
Eta pa 2 - Execuçã o da s mestra s
c) Emassamento da parede – depois de consolidados as mestras (mínimo 2
dias), executa-se o preenchimento dos vãos entre as mestras com
argamassa de revestimento em porções chapadas cuidando para que
fique um excesso em relação ao plano das mestras. No caso da
espessura do revestimento ficar maior que 2 a 3 cm, executar em
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camadas menores em intervalos de no mínimo 16 horas. As chapadas
deverão ser comprimidas com colher de pedreiro num primeiro
espalhamento, tomando o cuidado de recolher o excesso de argamassa
depositado sobre o piso antes que endureçam.
Eta pa 3 - Ema ssa ma nto e espa lha mento
Cha pa da s de
a rga ma ssa
d) Sarrafeamento – iniciar o sarrafeamento tão logo a argamassa tenha
atingido o ponto de sarrafeamento usando uma régua desempenadeira de
baixo para cima, retirando o excesso de material chapeado. Para verificar
o ponto de desempeno, que depende do tipo de argamassa usada, da
capacidade de sucção da base e das condições climáticas, deve-se
pressionar com o dedo a superfície chapeada. O ideal é quando o dedo
não mais penetra na argamassa (apenas uma leve deformação),
permanecendo praticamente limpo.
Eta pa 4 - Sa rra fea me nto
Arga ma ssa cha pea da
em ponto de desempeno
Superfície
sa rra fea daRégua
desempena deira
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e) Desempeno – dependendo do acabamento desejado pode-se executar o
desempeno da superfície com desempenadeira de mão adequada para
cada caso (madeira, aço ou feltro). Se a parede for receber revestimento
cerâmico, basta um leve desempeno com desempenadeira de madeira,
cuidando para não deixar incrustações nos cantos e no piso próximo ao
rodapé.
2.1.3 – Reboco
É a argamassa básica de cal e areia fina, onde a nata de cal (água e cal hidratada)
adicionada em excesso no traço, constitui uma argamassa gorda, que tem a
característica de pequena espessura (na ordem de 2 mm) e de preparar a superfície,
com aspecto agradável, acetinado, com pouca porosidade, para a aplicação de
pintura. A aplicação é feita sobre a superfície do emboço, após 7 dias (sem que
tenha sido desempenado) com desempenadeira de mão, comprimindo-se a massa
contra a parede, arrastando de baixo para cima, dando o acabamento (alisamento)
com movimentos circulares tão logo esteja no ponto, trocando-se de
desempenadeira (aço, espuma, feltro) dependendo do acabamento desejado.
2.1.4 - Argamassas Especiais
São encontradas no mercado variadas argamassas industrializadas para aplicação
imediata, cujas características de preparo e recomendações especiais de aplicação
são fornecidas pelos fabricantes (detentores das patentes).
2.1.5 - Normas Gerais para Execução de Revestimentos Argamassados
a) as superfícies a revestir deverão ser limpas e molhadas antes de qualquer
revestimento ser aplicado. Molhando a parede, executa-se a limpeza,
permitindo as melhores condições de fixação do revestimento, com a
remoção do limo, fuligem, poeira, óleo etc., que podem acarretar o
desprendimento futuro da argamassa;
b) antes de ser iniciado qualquer serviço de revestimento, deverão ser
instalados os dutos embutidos dos sistemas elétricos, de comunicação, gás e
hidro-sanitários, devendo ser testadas as canalizações (sob pressão fluídica
ou com lançamento dos guias), permitindo que se façam reparos, se
necessários;
c) as superfícies estruturais em concreto, tijolos laminados ou prensados, serão
previamente chapiscadas, logo após o término da elevação das alvenarias;
d) emboço só será aplicado após completa pega da argamassa de
assentamento das alvenarias e do chapisco, e as superfícies deverão ser
molhadas convenientemente antes do processo;
e) quando houver necessidade de espessura de emboço acima de 2 cm,
deverão ser executados em camadas, respeitando a espessura de 1,5 cm
cada;
f) a cal hidratada usada na confecção das argamassas para emboço, deve ser
peneirada, para eliminar os grãos de cal, que se existirem na argamassa
darão origem ao processo de hidratação higroscópica retardada, cuja
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conseqüência é o aparecimento do vulgarmente chamado empipocamento do
revestimento;
g) uso da nata de cal na argamassa para reboco deve passar pelo processo de
hidratação completa, deixando-se o elemento descansar pelo menos 3 dias,
ou seja, 72 horas, em lugar protegido do sol e ventilação.
2.2 – Outros tipos de revestimentos argamassados
Considerando o reboco como acabamento final do revestimento, citamos alguns
rebocos ou revestimentos argamassados que não recebem o tratamento do
recobrimento com pintura, quais sejam:
a) Reboco Hidrófugo – a adição de hidrofugantes na composição do reboco
impede a percolação de umidade oriunda de precipitação pluvial normal. O
mesmo não acontece, todavia, com a difusão do vapor d’água (condensação
por choque térmico);
b) Reboco Impermeável – reboco resistente à pressão d’água, geralmente
executada com argamassa de cimento com adição de aditivo
impermeabilizante, execução semelhante a barra lisa;
c) Barra Lisa de Cimento (cimento queimado) – trata-se do revestimento
executado com argamassa de cimento, na proporção de 1:3 ou 1:4, tendo o
cuidado do uso de areia fina peneirada (peneira de fubá). A aplicação deve
ser feita sobre emboço firme (1:4/8 – argamassa mista de cal) ou superfície
de concreto, onde coloca-se a massa na desempenadeira (talocha) de
madeira e comprime-se de baixo para cima de maneira que se obtenha uma
espessura mínima de 3 ou 4 mm. Em seguida, com movimento circular com a
desempenadeira procura-se desbastar a espessura e ao mesmo tempo
uniformizar o painel de maneira a se obter uma espessura final de 2 ou 3 mm,
lança-se o pó de cimento e em seguida com a broxa esborrifa-se água e com
a desempenadeira de aço, alisa-se o pó de cimento incrustado na argamassa,
caracterizando a chamada queima do cimento.
d) Estuque Lúcido (barra lustra ou barra lúcida) – é um revestimento
contínuo, impermeável, utilizado em banheiros, cozinhas e áreas em contato
com água, que substitui o azulejo e tem aparência de mármore. Por ser um
revestimento contínuo, não aceita reparos ou emendas. O trabalho deve ser
executado por mão de obra especializada, que aplica sobre o emboço, um
reboco desempenado com argamassa mista de cal (1:4/8), que após
completa secagem (2 dias), recebe uma capa de 2 mm de uma pasta especial
(3:3:2 ou 2:2:1 – pó de mármore, nata de cal, cimento branco, água e corante
a gosto) que deve ser queimada com desempenadeira de aço e após dá-se o
lustro com o polimento da superfície usando-se uma boneca de pano que
deve ser esfregada com energia junto com o talco, até atingir o polimento
desejado. Outro acabamento, utiliza passar óleo de linhaça e encerar com
cera de carnaúba. O resultado final é uma superfície muito lisa e brilhante,
comparável ao vidro e que na fase de queima pode receber um processo
artístico de impregnação de óxido de ferro diluído em água, formando veios
determinados por técnicas (uso de esponja ou pena de galinha) que imitam
mármore.
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e) Reboco Travertino (massa tipo travertino) – revestimento semelhante ao
estuque lúcido. Essas massas são industrializadas, portanto patenteadas sua
composição. Aplica-se a massa sobre emboço de argamassa mista de cal
(1:4/12) molhado até a saturação, como se fosse reboco normal. Para a
imitação do mármore travertino, faz-se da seguinte maneira: com o reboco
ainda bem molhado, comprime-se com uma boneca de estopa limpa ou pano
seco, de maneira que na superfície se determinam pequenos sulcos típicos
do mármore, desempena-se com a desempenadeira de aço levemente, de
maneira a não desmanchar os sulcos feitos. O filamento para imitação das
placas de mármore é feito com um ferro de 3/16” ou 1/4” na forma de
semicírculo, passado na superfície ainda úmida. O rendimento é de 10 kg/m².
f) Massa Lavada – semelhante a massa tipo travertino, é um material
industrializado e patenteado, onde a característica predominante está no
agregado que é composto de granas de granitos coloridos e quartzo. Aplicado
com uma espessura na ordem de 5 mm, o seu acabamento é feito com a
lavagem de solução de ácido muriático e água 1:6, lavando-se em seguida
com água limpa para remoção da solução ácida. Este processo é repetido até
aparecerem os grãos e granilhas de granito, limpos e brilhantes. O
rendimento é de 15 kg/m².
g) Reboco Raspado (massa raspada) – sua composição é feita com quartzo,
cimento ou cimento branco e corante, sendo os traços, patentes dos
fabricantes. A espessura do reboco não deve ser inferior a 3 mm, nem
superior a 5 mm. Os painéis devem ser executados de forma contínua, sem
emendas, existindo juntas determinadas por colher de pedreiro ou fitas
adesivas, entre os mesmos. O acabamento final é conseguido com a
passagem de um pente de aço ou pedaço de lâmina de serra, após 2 horas
aproximadamente da sua aplicação, removendo a parte superficial do reboco,
que deve ser lavada para a remoção do pó, como procedimento final.
h) Granilito ou Granitina – revestimento argamassado cujo acabamento tem
aparência de granito. É preparado no canteiro com cimento branco, granas e
granilhas de granito, mármore e corante. Executados em painéis com
espessura na ordem de 5 a 8 mm, com juntas de dilatação de latão, alumínio
ou plástico. A aplicação é feita da mesma maneira que o emboço, por
lançamento, batendo com a desempenadeira repetidas vezes para melhor
fixação, aí então sarrafeia-se e desempena-se. Após a secagem, dá-se o
polimento com máquina, podendo receber como acabamento final o
enceramento e lustro com flanela.
i) Massa Acrílica – são materiais industrializados, composto de granas de
granito, combinados com resinas acrílicas, que após aplicadas se constituem
em produto de alta resistência, monolítico e impermeável à ação do tempo. É
aplicado com desempenadeira de aço ou PVC, formando uma camada com
espessura de 3 mm, com rendimento na ordem de 4 kg/m².
2.3 – Não Argamassados
São revestimentos de paredes, constituídos por outros elementos naturais ou
artificiais, assentados sobre emboço de regularização, com argamassa colante ou
estruturas especiais de fixação. Esses produtos têm procedimentos de
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assentamento ou fixação específicos, segundo as características de seus
elementos. Entre os mais utilizados estão:
a) Revestimento cerâmico;
b) Revestimento de pastilhas de porcelana;
c) Revestimento de pedras naturais;
d) Revestimento de mármores e granitos polidos;
e) Revestimento de madeira;
f) Revestimento de plástico;
g) Revestimento de alumínio.
2.3.1 – Revestimentos Cerâmicos
São produtos industrializados com grande controle do processo de fabricação, que
exigem atenção desde a composição da massa, que utiliza argilas, filitos, talcos,
feldspatos (grês) e areias (quartzo), até a classificação final do material,
caracterizado por elementos cerâmicos, de grande variedade de cores, brilhantes e
acetinados, em diversos padrões, lisos e decorados, de alta vitrificação, ou sejam,
de grande coesão, resistência a compressão e abrasão. A espessura média é de 5,4
mm. A face posterior (tardoz) não é vidrada e apresenta saliências para aumentar a
capacidade de aderência da argamassa de assentamento.
2.3.1.1 – Finalidade e vantagens do revestimento cerâmico
a) proteção à alvenaria;
b) é anti-alérgico;
c) facilidade de limpeza (é higiênico);
d) beleza (possui inúmeras opções decorativas);
e) é durável (quando de boa qualidade);
f) é anti-inflamável.
Observação: O revestimento cerâmico não pode ser considerado elemento
impermeabilizante a ponto de conter coluna de água sobre ele, assim como a
cerâmica e a argamassa de rejuntamento.
2.3.1.2 – Elementos do revestimento cerâmico
Considerado como um sistema, tecnicamente, o revestimento cerâmico é constituído
por um conjunto de elementos distintos funcionando como uma estrutura
organizada. Esses elementos têm composições diferentes que geram esforços
diferentes, que devem apresentar, no final, um equilíbrio de todas as tensões que
atuam no sistema, para que não ocorra o comprometimento do revestimento
cerâmico. Os elementos do revestimento cerâmico são:
a) substrato ou base (emboço);
b) argamassa colante;
c) placa cerâmica;
d) diferentes tipos de juntas;
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e) argamassa de rejuntamento.
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2.3.1.3 – Normas gerais para a execução de assentamento cerâmico
a) utilizar as ferramentas adequadas ao serviço;
b) fazer o planejamento de assentamento dos painéis para cada superfície ou
áreas de revestimento contínuo, elaborando projeto se necessário;
c) verificar nivelamento de forro e prumada do revestimento de emboço, que
deve ter sido executado 14 dias antes do serviço, conforme a NBR 8214;
d) marcar pontos de referência e pontos auxiliares em nível, em cada parede, a
uma altura cômoda para o trabalho, para o alinhamento das peças (fiada
mestra);
e) efetuar a montagem em bancada das peças, determinando sobre uma peça
de madeira ou alumínio, a “galga”, incluindo os espaçadores que definem a
dimensão das juntas;
f) instalar uma régua de alumínio com o auxílio da galga, logo acima do piso,
para o assentamento da primeira linha das placas cerâmicas inferiores,
aplicando-se duas peças nos cantos superiores para verificação ou correção
do prumo, com as peças já aplicadas nos cantos inferiores;
g) assentamento deve ser feito com argamassa colante, adesivos à base de
cimento aditivados, que proporcionam maior produtividade;
h) no assentamento deve ser observada a execução de juntas entre as peças,
de acordo com a Norma NBR 8214/83, que estabelecem as dimensões
mínimas de acordo com as dimensões das peças cerâmicas utilizadas. Essas
juntas se fazem necessárias para impedir a propagação de tensões entre as
peças e favorecem os ajustes no perfeito alinhamento que compensem
eventuais diferenças de dimensões entre as mesmas;
Dime nsã o indica da
pa ra junta s (mm)
Azule jos
15x15
15x20
Ma teria l
cerâ mic o
Dimensã o
(cm)
1,5
2,0
La drilhos
7,5x15
15x15
15x20
20x20
20x30
30x30
30x40
2,0
2,0
2,0
2,0
3,0 a 5,0
3,0 a 5,0
5,0 a 10,0
i) os tipos mais comuns de juntas são: estrutural, de assentamento, de
movimentação e de dessolidarização. Para as juntas de assentamento, usam-
se espaçadores de plástico, pregos ou palitos;
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j) molhar o material antes do assentamento, mergulhando as peças cerâmicas
em um reservatório com água.
Observação: antes de iniciar o assentamento de placas cerâmicas, verificar
nas etiquetas das caixas do material a ser aplicado, a uniformidade na
indicação do nome do produto, cor e tonalidade.
1 - Contra piso
2 - Piso acaba do
2
1
Teto ou
a ltura
do forro
G uia de
prumo
Fia da mestra
Eta pa 1 - Fixa çã o da fia da mestra e guia s de prumos
Régua
1 - Contrapiso
2 - Piso a caba do
2
1
Teto ou
a ltura
do forro
Fia da mestra
Eta pa 2 - coloca çã o dos la drilhos a cima da fia da mestra
Espa ça dores
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1 - Contra piso
2 - Piso a ca ba do
2
1
Teto ou
a ltura
do forro
Fia da mestra
Eta pa 3 - coloca çã o dos la drilhos a ba ixo da fia da mestra
Azulejo
Piso cerâ mico
5 mm
Impermea biliza çã o
Emboço
Argama ssa
cola nte
Detalhe do a rrema te dos a zulejos com o piso
2.3.1.4 – Características técnicas importantes das peças cerâmicas
a) EPU – expansão por umidade: a placa cerâmica absorve água após a saída
do forno e tende a expandir-se, isto é, aumentar de tamanho. Uma alta EPU
pode causar sérios problemas, como o deslocamento e o gretamento
(fissuramento da face) da placa. Recomenda-se usar em pisos e paredes
internas, cerâmicas com EPU de no máximo 0,60 mm / m. Em fachadas
recomenda-se usar cerâmicas com EPU de no máximo 0,40 mm / m.
b) PEI (Instituto de Esmaltes para Porcelana): é um índice usado como norma
internacional para indicar a resistência do esmalte da cerâmica ao desgaste
(abrasão) quando submetido à ação de sujeiras abrasivas em função do uso.
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c) A classificação normalizada é a seguinte:
PEI Tráfego Prováveis locais de uso
0 - paredes (desaconselhável para pisos)
1 baixo banheiros residenciais, quartos de dormir etc.
2 médio cômodos sem portas para o exterior e
banheiros
3 médio alto cozinhas, corredores, halls e sacadas
residenciais e quintais
4 alto residências, garagens, lojas, bares, bancos,
restaurantes, hospitais, hotéis e escritórios
5 altíssimo residências, áreas públicas, shoppings,
aeroportos, padarias e fast-foods
Fonte: Anfacer
d) Limpabilidade (ou resistência às manchas): são 5 classes:
 Classe 1 – impossibilidade de remover manchas;
 Classe 2, 3 e 4 – possibilidade de remover as manchas conforme o agente
aplicado e o produto de limpeza utilizado;
 Classe 5 – corresponde à maior facilidade de limpeza.
e) Absorção de água (%):
 B Ia – 0,0 < absorção > 0,5
 B Ib – 0,5 < > 3,0
 B IIa – 3,0 < > 6,0
 B IIb – 6,0 < > 10,0
f) Classificação das placas esmaltadas (resistência ao ataque químico contidos
em produtos de limpeza e industrilização):
 A – alta
 B – média
 C – baixa
g) Em função da superfície e do processo de fabricação, as placas cerâmicas
são classificadas em esmaltadas e não-esmaltadas, extrudadas e prensadas,
bioqueima, monoqueima ou monoporosa. Comercialmente as placas são
classificadas de acordo com as características de absorção de água,
conforme segue:
Tipo de cerâmica Características
Porcelanatos Baixa absorção e resistência mecânica alta
Grês Baixa absorção e resistência mecânica alta
Semi-grês Média absorção e resistência mecânica média
Semi-porosos Alta absorção e resistência mecânica baixa
Porosos Alta absorção e resistência mecânica baixa
Fonte: Anfacer
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h) Outras Características: coeficiente de atrito, resistência ao congelamento,
resistência ao impacto, módulo de flexão, coeficiente de dilatação, entre
outras.
2.3.1.5 – Tipos de juntas para aliviar as tensões entre as peças cerâmicas
Junta é definida como o espaço (fresta) regular entre duas peças de materiais
idênticos ou distintos. Os tipos mais comuns de juntas são: estrutural, de
assentamento, de movimentação e de dessolidarização.
Quanto a forma de aplicação, as peças podem ser assentadas com:
a) juntas paralelas ou a prumo;
b) juntas amarradas;
c) juntas em diagonal desencontradas;
d) juntas em diagonal paralelas.
a prumo a ma rra da s
dia gona is dia gona is a ma rra da s
Quanto a função, as juntas são classificadas em:
a) Junta Estrutural – é a fresta regular cuja função é aliviar tensões provocadas
pela movimentação da estrutura da obra. Devem ser respeitadas em posição
e largura, em toda espessura do revestimento;
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b) Junta de Assentamento – é a fresta regular entre duas peças cerâmicas
adjacentes e tem a função de:
 absorver parte das tensões provocadas pela EPU da cerâmica, pela
movimentação do substrato e pela dilatação térmica;
 compensar a variação de bitola da placa cerâmica, facilitando o
alinhamento;
 garantir um perfeito preenchimento e estanqueidade;
 facilitar eventuais trocas de peças cerâmicas;
 estética;
 A largura das juntas de assentamento deve obedecer a recomendação do
fabricante da cerâmica e estar de acordo com a NBR 8214/83, variando
com as dimensões das peças e local de aplicação, interna ou externa.
c) Junta de Movimentação – executada com a função de aliviar tensões
provocadas pela movimentação do revestimento e do substrato, nas linhas de
ligação entre as paredes de alvenarias e as estruturas de concreto.
d) Junta de Dessolidarização – é o espaço regular cuja função é separar a área
com revestimento de outras áreas (paredes, tetos, pisos, lajes e pilares), para
aliviar tensões provocadas pela movimentação do revestimento e/ou
substrato.
Emboço
La je
Cerâ mica
Junta de
a ssenta mento
Junta de
movimenta çã o
Junta s de
dessolida riza çã o
Corte s/ esc
Viga
Observação: a execução de juntas e a posição das juntas de movimentação são
orientadas pelas seguintes normas:
NBR 13753 – em pisos internos e externos (expostos a insolação e/ou umidade);
NBR 13754 – em paredes internas;
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NBR 13755 – em paredes externas.
Emboço
Pila res
Junta
estrutura l
(com enchimento flexível)
Se la nte
Junta de
a ssenta mento
Cerâ mica
Junta de
dessolida riza çã o
Pla nta s/ esc.
2.3.2 – Revestimento de pastilhas de porcelana
É um produto cerâmico de grês (argila pura de alta vitrificação), produzido com alta
tecnologia, cuja característica principal é ter teor de absorção praticamente 0%. A
sua aplicação requer mão de obra especializada (pastilheiro), cujo assentamento
poderá ser executado por dois métodos: convencional (sobre emboço rústico
sarrafeado) ou com argamassa colante (sobre emboço sarrafeado ou
desempenado).
No processo convencional, a base para aplicação é de emboço sarrafeado, com
acabamento rústico (se necessário, a superfície deverá ser escarificada) de
argamassa rica em cimento portland comum, isenta de impermeabilizantes,
devidamente curado (para evitar tensões de retração da argamassa sobre o
revestimento). A aplicação das pastilhas se fará sobre esta base, umedecida,
assentando-se com argamassa mista de cal e areia fina, no traço 1:3:9, em volume,
espalhando-se uma camada de 2 mm sobre uma área tal que possa ser revestida
com pastilhas antes do início do seu endurecimento. Ao mesmo tempo, sobre cada
placa, na face sem papel, estende-se uma fina camada de pasta de cimento branco
(sem caulim), no traço 2:1, fixando a placa sobre a argamassa fina e fresca,
pressionando para que haja a aderência das mesmas. Cuidar com o alinhamento e
esquadro das linhas de rejuntes.
No processo do uso de argamassa colante, o emboço deve ser cuidadosamente
sarrafeado e destorcido, e após curado, a placas de pastilhas são fixadas com
argamassa pré-fabricada, com aditivos especiais, bem dosada, mecanicamente
misturada e, portanto, com traço uniforme. A argamassa pré-fabricada permite
melhor acabamento, fazendo o rejuntamento com a própria argamassa e eliminando
o risco de desprendimento das pastilhas.
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2.3.3 – Revestimento com tijoletas cerâmicas (Tijolo aparente)
Para o revestimento de fachadas, lareiras, churrasqueiras e ambientes internos
pode-se usar tijoletas que imitam a face lateral de um tijolo de 2 furos. Produzidas
com mair controle de qualidade apresentam certa uniformidade no tom,
proporcionando ótimo acabamento se executada dentro da técnica. No
assentamento utiliza-se argamassa mista de cimento, cal e areia na proporção de
1:½:4 sobre parede chapiscada e 1:1/4:4 sobre parede emboçada.
8 a 12 mm
Rejuntes
p/ dentro
8 a 12 mm
Tijoleta s pa ra revestimento de tijolo a pa rente
2.3.4 – Revestimento de pedra natural
Utilizando rochas naturais, como: arenito, granito, folhelho, gnaisse, pedra mineira, e
outras, as unidades são cortadas ou serradas, constituindo peças irregulares ou
regulares, que são assentadas com argamassa mista de cimento, sobre superfícies
chapiscadas, procedendo-se antecipadamente o chapisco da contra-face na
aderência das peças, também. O serviço de assentamento deve ser executado por
pedreiro especializado, com treinamento na arte do preparo das peças, classificação
e montagem dos painéis.
2.3.5 – Revestimento de mármores e granitos polidos
Primeiramente, deve-se avaliar o material a ser empregado, quanto a sua
adequação estética e funcional, posteriormente, quanto a qualidade, relativa a
existência de manchas, impurezas, diferença de tonalidade e bicheiras. A espessura
das peças para aplicação como revestimento de parede é de 2 cm, e a aplicação
deve observar ao cuidado no levantamento das medidas da área de revestimento,
que gerará o detalhamento de painéis e/ou placas mais uniformes possíveis,
respeitando as disposições das manchas e veios das placas obtidas dos
desdobramentos dos blocos das rochas. Este procedimento resultará em um projeto
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de montagem, onde as placas receberão uma numeração seqüencial para facilitar o
assentamento.
Para o assentamento das placas com argamassa mista de cimento, é necessário
considerar a superfície se de tijolos ou de concreto, que deverão estar chapiscadas.
As placas destinadas a revestir superfície de concreto, deverão ter na contra face,
grapas de ferro chumbadas; nas que serão aplicadas sobre tijolos são dispensáveis,
não havendo também necessidade de argamassa de regularização das superfícies.
Em ambas as situações, a contra face das placas devem ser chapiscadas.
2.3.6 – Revestimento de madeira
O uso mais comum de revestimento em madeira para paredes é o lambril, peças em
madeira maciça com bordos em macho e fêmea, dimensão de 10 cm de largura e ½”
de espessura, cuja fixação é feita sobre um tarugamento executado com caibros
(trapezoidais), fixos na parede em linhas paralelas com espaçamento de 50 cm,
ortogonalmente à posição de assentamento das peças.
1 a 1,5 cm
50cm
La mbril
de ma deira
Ta rugos
tra pezoida is
Evita r de enocosta r o la mbril na
pa rede pa ra permitir que a
ma deira respire
Va zio
2.3.7 – Revestimento de plástico ou vinílico
Produtos de alta tecnologia, são pouco usados, mais apresentam grandes
vantagens sobre outros materiais de revestimentos impermeáveis. Destacam-se as
chapas de PVC coloridas e as chapas de Laminado Decorativo de Alta Pressão
(LDAP), compostas de camadas de material fibroso, celulósico (papel, por exemplo),
impregnada com resinas termoestáveis, amínicas (melamínicas) e fenólicas,
montadas, prensadas sob condições de calor e alta pressão, em que as camadas de
superfície, em ambos os lados, são decorativas (exemplo: chapas fórmicas). No
mercado encontra-se 14 tipos de LDPA, com características especiais quanto ao
uso.
Os substratos recomendados para a fixação são: madeira aglomerada,
compensada, maciça, medium density fiberboard (MDF), superfícies metálicas e
alvenarias revestidas com argamassa queimada ou preparada como massa corrida,
para suportar a colagem do laminado. Os adesivos indicados para os diversos
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substratos são: o termoendurecível uréia-formaldeído; a cola branca ou acetato de
polivinila (PVAc) e adesivo de contato à base de borracha sintética (policloropeno).
2.3.8 – Revestimento de alumínio
Apresentado em chapas de alumínio, sua aplicação é restrita a indicação em
projetos sofisticados, que deverão ser orientados pelos fornecedores quanto aos
detalhes de fixação.
3 – REVESTIMENTO DE PISOS
Ao revestimento de pisos designa-se a denominação de pavimentação. Assim
sendo, pavimentação é definida como sendo uma superfície qualquer, continua ou
descontínua com finalidade de permitir o trânsito pesado ou leve. São diversos os
materiais utilizados como pisos na construção civil, sendo que as qualidades gerais
da pavimentação são:
a) resistência ao desgaste ao trânsito;
b) apresentar atrito necessário do trânsito;
c) quanto a higiene necessária;
d) fácil conservação;
e) inalterabilidade (cor, dimensões, etc.);
f) função decorativa;
g) econômica.
3.1 – Classificação quanto ao tipo de material
a) em concreto: simples, armado ou em peças pré-moldadas intertravadas (tipo
paver) ou articuladas (tipo blokret);
b) em cerâmica: piso cerâmico não vidrado (lajota colonial) e piso cerâmico
vidrado de resistência variável (decorados e antiderrapantes);
c) em madeira: soalho (tábua), taco e parquete
d) em pedra:
 Naturais – arenitos, granitos, mármores, mosaico português, etc.
 Artificiais – granitina, ladrilho hidráulico e concreto
e) Vinílicos – Ladrilho vinílico semiflexível, em placas fabricadas como resinas
de PVC, plastificantes e pigmentos corantes;
f) Piso melamínico de alta pressão (PMAP) – são chapas para revestimentos de
substratos rígidos, compostas de material fibroso, celulósico, empregnado
com resinas termoestáveis, amínicas e fenólicas, prensadas por meio de calor
e alta pressão, constituindo um revestimento de elevado índice de resistência
ao desgaste, com espessura de 2 mm, produzidos em diferente versões,
específicas para cada aplicação e uso (convencional, fogo retardante,
reforçado etc.).
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3.2 – Considerações gerais quanto aos cuidados na execução de
pavimentações
a) Para a execução de uma pavimentação, devemos considerar os
procedimentos de preparo da base que pode ocorrer sobre o solo ou em lajes
de concreto armado;
b) Na pavimentação em que a base é o solo, deve-se ter o cuidado com a
compactação do aterro, execução de lastro para drenagem e
impermeabilização do contra-piso.
c) Deve-se ter o cuidado de planejar as declividades das superfícies externas,
na execução dos contra-pisos ou lastro de regularização, de acordo com a
orientação de captação d’água, do projeto hidráulico;
d) Nas áreas de garagens, não deixar de executar declividades mínimas para o
escoamento natural d’água.
e) Se possível, a cota do piso interno de uma edificação deve estar sempre
elevado em relação ao piso externo;
f) Antes da execução do contrapiso, deve ser executado o assentamento das
redes de esgotos sob o piso;
g) Nos trabalhos de assentamento de piso conjugado, madeira e rochas polidas,
deve-se executar primeiro o assentamento das pedras, para evitar que a água
de amassamento infiltre na madeira, provocando distorção nas peças.
h) Antes da execução do contrapiso, deve ser executado o assentamento da
rede de esgoto e dutos embutidos sob o piso;
i) A pavimentação com placas ou réguas de laminado plástico termoestável –
laminado fenólico-melamínico – devem ser executados sobre base de
cimento plastificado (argamassa de cimento 1:3 adicionado de acetato de
polivinila – PVC), para um perfeito nivelamento da superfície aplicado com
desempenadeira metálica;
j) Nos trabalhos de assentamento de piso conjugado, madeira e rochas polidas,
deve-se executar primeiro o assentamento das pedras, para evitar que a água
de amassamento infiltre na madeira, provocando distorção nas peças;
k) Na execução de pisos e contrapisos em concreto em concreto não se deve
esquecer de dimensionar o número de juntas e suas locações.
3.3 – Pisos em concreto pré-moldados
Além de pisos de concreto moldados in-loco em painéis de variados tamanhos e
tipos de juntas, é cada vez mais freqüente a execução de pisos diferentes das
tradicionais pedras portuguesas (petit-pavet). Atualmente, existem muitos
fornecedores de pisos para os mais diversos usos, tais como: pátios, calçadas,
passeios, quadras esportivas e playgrounds. A base de tais revestimentos
dependem do material utilizado e podem variar desde arenito apiloado até um
contrapiso de concreto (armado). A seguir é mostrado alguns dos tipos de
revestimentos feitos em concreto:
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Tipo “Blokret” a rticulado
Tipo “blokret” pa ra ti
Decorativo
Decora tivo
3.3.1 – Seqüências dos procedimentos para a execução do contrapiso
Os procedimentos a seguir são indicados para o caso de áreas internas sobre lajes
com contrapiso em painéis de 2,0x2,5 m e espessura mínima de 2,0 cm e espessura
máxima dependendo do desnível necessário ou da correção de nível exigida.
a) Antes de iniciar o contrapiso é necessário retirar todos os entulhos do
ambiente, assim como óleos, graxas, cola, tinta, material que possa soltar-se
(usar ponteiro);
b) Marcar o nível das mestras de acordo com o projeto (transferir o nível)
usando nível de mangueira, lembrando que nas áreas onde haverá
escoamento de água (ralo) prever um caimento mínimo de 1%;
c) Dois dias antes da execução do contrapiso colocar os tacos (taliscas)
conforme o nível determinado fixando-os com a mesma argamassa que vai
ser usada no contrapiso (depende do revestimento final que vai ser colocado,
conforme tabela a seguir). Molhar o local onde vai ser colocado o taco e
polvilhar com cimento comum para garantir a perfeita aderência da
argamassa com a base;
Tipo de revestimento
Traço da argamassa
(cimento : areia média)
Água 10 %
Carpetes, madeira, vinílicos e
têxteis
1 : 4 a 1 : 5
Base para manta de
impermeabilização
1 : 3 a 1 : 4
Cerâmicas e pedras 1 : 5 a 1 : 6
d) Os tacos deverão ficar a uma distância máxima de 2 metros e após 2 dias,
lavar bem a superfície (água em abundância) e executar as mestras,
adotando-se os mesmos cuidados de polvilhar cimento, inicialmente nos
locais das mestras e depois em toda a superfície que vai receber o
contrapiso, espalhando e misturando com a água para formar uma nata de
aderência;
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e) Espalhar a argamassa entre os tacos numa espessura um pouco acima da
altura dos tacos e compactando-a com um soquete (a argamassa deve estar
em ponto de farofa). Em seguida, usando os tacos como apoio, nivelar a
mestras com uma régua de alumínio (reguar) e retirar os tacos, preenchendo
o espaço com a mesma argamassa;
f) Logo após a execução das mestras lançar argamassa entre elas até um
pouco acima das mestras, espalhando com uma enxada ou rodo (espessura
máxima por camada de 5 cm), compactar da mesma forma que as mestras,
preenchendo os espaços que ficarem abaixo das mestras, sempre
compactando;
g) De forma idêntica ao sarrafeamento feito antes, cortar a argamassa com uma
régua de alumínio, fazendo o acabamento (cimento alisado ou desempenho)
de acordo com o tipo de revestimento que será executado;
h) Isolar a área por no mínimo 3 dias após o término do serviço e controlar o
trânsito de equipamentos que possam danificar o contrapiso. Liberar para a
execução do revestimento decorridos 28 dias de cura. Aos 14 dias fazer a
verificação e aderência com um ponteiro de aço. Testar, também, o caimento
jogando água com balde a fim de verificar empoçamento e caimento
inadequado. Refazer onde for necessário.
1
8
9 10
7
2 3
6
11 12
5
4
La stro de Brita a piloa da
Coloca çã o da s sa rra fos 1”x3”
1
8
9 10
7
2 3
6
11 12
5
4
Concreta gem dos
pa inéis ímpa res
1
8
9 10
7
2 3
6
11 12
5
4
Retira da dos sa rra fos
40 hora s depois
1
8
9 10
7
2 3
6
11 12
5
4
Concreta gem dos
pa inéis pa res
Esquema pa ra concreta gem de pisos
de concreto em junta seca
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Aplic a r soluçã o
betuminosa Régua p/ sa rra fea r
Subba se de Brita a piloa da
brita 1 (6 a 7 cm)
Ma nta de lona preta
Soquete 8kg
3.3.2 – Pisos de alta resistência em concreto armado
São pisos indicados para áreas de tráfego de veículos pesados, como pátios de
estacionamento de ônibus, carga e descarga de caminhões, postos de combustíveis
(não utilizar asfalto, pois este reage em contato com óleo diesel). A altura (h) deve
ser dimensionada em função do tipo de uso previsto. Na figura a seguir, é mostrado
um perfil de um piso de concreto armado, sendo o esquema de concretagem pode
seguir o sistema em xadrez, como foi mostrado no item anterior.
h/ 2
h/ 2 h/ 3
Tela solda da Junta com ma stique
espa çador
Barra de
tra nsferência
3.4 - Pisos de madeira
3.4.1 – Pisos de tábuas (assoalho)
São pavimentos feitos com madeira frisadas (com encaixe tipo macho e fêmea) com
larguras e comprimentos variáveis fixados sobre vigamento ou contrapiso.
Geralmente os de largura de 5 a 8 cm são pregados com a pregação ficando oculta
na mecha (encaixe). Para larguras maiores pode-se usar cola ou pregação aparente
ou ainda, parafusos. Veja na figura a seguir esquemas de fixação de assoalhos de
madeira:
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Pilarete de
alvena ria
terreno
ba rrote
ponta lete
Pa rede de
tá bua e ma ta -junta
viga
a ssoalho
Assoa lho sobre ba rrotea me nto com ca ixa de a r entre solo e piso
O prego de ve ser
cra va do na pa rte ma is
espessa , inclina do e
esc ondido c om
punçã oMá xima distâ ncia
entre barrotes
50 cm
Má x 50 cm
Assoa lho sobre contra piso de concreto com enchimento (a cústica )
Suporte tra pezoida l (ga nzepe)enchimento
assoalho
A
A
Corte AA
Bucha pla stica
Passa r cola de
ma deira nos pontos
de contato
As emenda s deve m
fica r em linha s
desencontra das
sempre sobre o
suporte
Enchimento pode ser de
serra gem a piloada
pa ra fuso
contrapiso
4 – REVESTIMENTO DE TETOS (FORROS)
Elemento de acabamento interno da edificação, o forro é um sistema de
revestimento superior de um ambiente (cômodo). Caracterizado como forro falso
quando reveste abaixo do teto (que tecnicamente define o pé-direito), o forro é o
sistema que regula o espaço e o conforto do ambiente, possuindo uma relação
direta com a reverberação dos sons, o conforto térmico e lúminico. Para um
desempenho adequado, deve possibilitar fácil manutenção, ter praticidade na
instalação, e estar dentro dos padrões de resistência mecânica, de resistência à
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propagação de chamas e à ação de fungos e insetos. Um forro deve ainda fornecer
condições para a adaptação de luminárias, alarmes, sprinklers, dutos de ar
condicionado e outras instalações, se necessário. Os tipos de forros mais
comumente utilizados, segundo as características de fixação são: forros colados,
forros tarugados e forros suspensos.
De uma forma mais ampla os revestimentos de tetos podem ser resumidos como
segue:
a) Concreto aparente (laje aparente) – é o teto sem nenhum revestimento
especial, a não ser em alguns casos, uma pintura (verniz) diretamente sobre
a face inferior da laje de concreto;
b) Argamassados – é a aplicação de camadas de revestimento argamassados
da mesma forma com que se revestem as paredes (chapisco, emboço,
reboco etc.) sobre a face inferior de laje maciça, premoldada ou mista;
c) Madeira – executados como forro falso em chapas, réguas ou colméias,
fixados por meio de vigamentos, tarugamentos e contraventamento;
d) Gesso – em placas lisas, perfuradas ou estriadas, placas de gesso
acartonado (placas de 0,60x0,60 m) suspensas por arames galvanizados
fixados nas lajes por pino de aço cravado com pistola à pólvora. As placas
podem ser rejuntadas, lixadas e pintadas e receber arremates especiais
também em gesso ou outro material (plástico, PVC e isopor);
e) Fibras vegetais ou minerais – em placas prensadas de fibras de madeira
(pinus e eucalipto) e lã de vidro, rocha ou polietireno expandido (isopor),
caracterizando o chamado "forro pacote", que são fixados em estruturas de
perfis de alumínio, aço ou madeira atirantados ao teto, por meio de pendurais
de aço, ou chapas de alumínio;
f) Metal – principalmente alumínio e aço, apresentando as mais variadas
configurações e acabamentos;
g) PVC rígido – apresentados em réguas com encaixe tipo macho e fêmea,
fixados em tarugamentos de madeira.
GLOSSÁRIO NA ÁREA DE EXECUÇÃO DE REVESTIMENTOS
Acabamento alisado – depois de reguado e desempenado a madeira, faz o
alisamento com desempenadeira metálica e polvilhamento de cimento.
Acabamento desempenado – logo após o sarrafeado, executado cuidadoso com
desempenadeira de madeira.
Acabamento sarrafeado ou reguado – é o acabamento do emboço feito por réguas
manuais ou vibratórias.
Áreas molhadas – são as dependências da edificação que estarão sujeitas a ação
de água (área de serviço, cozinha, banheiros e sacadas).
Bicheiras – são falhas de concretagem que devem ser preenchidas antes de iniciar o
revestimento.
Caimento – diz-se da necessidade de verificar o caimento das águas nas áreas
molhadas, ou seja, garantir que não ocorra empoçamento ou encaminhamento da
água para locais inadequados.
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Cavaletes – suportes de madeira ou metálicos para as plataformas de trabalho
(andaimes).
Chapisco rolado – chapisco comum adicionado de resina PVA e aplicado com rolo,
implicando em menores perdas e maior produtividade.
Contrapiso zero – diz-se quando o revestimento de piso é executado diretamente
sobre a laje sem a necessidade de contrapiso de regularização.
Duas massas – termo usado no norte do Paraná para designar revestimento com
emboço e reboco.
Encascar – é o enchimento necessário quando a espessura do revestimento é
superior a 3 cm. Nesses casos convém encascar com argamassa e pequenos
pedaços de tijolos antes de chapiscar. Geralmente é necessário para corrigir falha
de prumo ou mudança de projeto.
Fiada mestra – é a fiada de azulejos que serve de guia para as demais, é colocada a
partir do piso ou do teto, dependendo da paginação escolhida, mais ou menos na
atura de trabalho (um terço do pé-direito).
Galgas (na obra: garga) – tenazes feitos de ferro de construção usadas para firmar
formas dos revestimentos nos arremates.
Polvilhar cimento – é o procedimento de espalhar cimento sobre superfícies
molhadas para formar uma nata e garantir melhor aderência.
Ponteira – ferramenta usada para retirar com a marreta o excesso de material
encrustados.
Rejunte (rejuntamento) – é o enchimento dos sulcos entres as peças cerâmicas
(juntas) com argamassa apropriada.
Uma massa ou massa paulista – diz da execução de revestimento com emboço
desempenado.
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NORMAS TÉCNICAS PERTINENTES
Título da norma Código Última atualização
Argamassa de alta resistência mecânica para pisos EB2100
NBR 11801
1990
Argamassa de alta resistência mecânica para pisos -
Determinação da resistência à compressão simples e
tração por compressão diametral
MB3378
NBR 12041
1990
Argamassa industrializada para assentamento de
paredes e revestimento de paredes e tetos
NBR 13281 1995
Assentamento de azulejos NB796
NBR 8214
1983
Revestimento de paredes externas com placas
cerâmicas e com utilização de argamassa colante -
procedimento
NBR 13755 1996
Revestimento de paredes internas com placas
cerâmicas e com utilização de argamassa colante -
procedimento
NBR 13754 1996
Revestimento de pisos internos e externos com
placas cerâmicas e com utilização de argamassa
colante - procedimento
NBR 13753 1996
Execução de revestimento de paredes e tetos de
argamassas inorgânicas - Procedimento
NB231
NBR 7200
1998
Pisos para revestimento de pavimentos CB102
NBR 6137
1978
Placa de mármore natural para revestimentos
superficiais verticais externos
PB107
NBR 7205
1969
Placa vinílica para revestimento de pisos e paredes -
Determinação da estabilidade dimensional à imersão
em água
NBR 13855 1998
Placa vinílica semiflexível para revestimento de pisos
e paredes - Requisitos
EB961
NBR 7374
1998
Revestimentos têxteis de piso TB193
NBR 7686
1982
Sistemas de revestimentos de alto desempenho, à
base de resinas epoxídicas e agregados minerais -
Projeto, execução e avaliação do desempenho -
Procedimento
NBR 14050 1998
NORMAS DO MINISTÉRIO DE TRABALHO
NR – 11 Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais
NR – 18 Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção
LINKS NA INTERNET
Associação Nacional da Indústria Cerâmica http://www.anicer.com.br/
Materiais cerâmicos para construção http://geocities.com/ceramicauefs/
Associação Brasileira de Cerâmica http://www.abceram.org.br/
Associação Brasileira de Normas Técnicas http://www.abnt.org.br/
Instituto Nacional de Metrologia http://www.inmetro.gov.br/
_____________________________________________________________________________________________________
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício e seu acabamento. São Paulo: Edgard
Blücher, 1987. 1178p.
AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício e sua cobertura. São Paulo: Edgard Blücher,
1977. 182p.
BAUER, L A Falcão. Materiais de construção. 5ª edição. Rio de Janeiro: RJ. LTC-
Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1994. 935p.
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DA UEPG. Notas de aulas da disciplina
de Construção Civil. Carlan Seiler Zulian; Elton Cunha Doná. Ponta Grossa:
DENGE, 2000.
DIRETÓRIO ACADÊMICO DE ENGENHARIA CIVIL DA UFPR. Notas de aulas da
disciplina de Construção Civil (terceiro volume). Diversos autores. Revisor:
Lázaro A. R. Parellada. Apostíla. Curitiba: DAEP, 1997.
GUEDES, Milber Fernandes. Caderno de encargos. 3ª ed. atual. São Paulo: Pini,
1994. 662p.
KLOSS, Cesar Luiz. Materiais para construção civil. 2ª ed. Curitiba: Centro
Federal de Educação Tecnológica, 1996. 228p.
PETRUCCI, Eládio G R. Materiais de construção. 4ª edição. Porto Alegre- RS:
Editora Globo, 1979. 435p.
RIPPER, Ernesto. Como evitar erros na construção. 3ª ed.rev. São Paulo: Pini,
1996. 168p.
RIPPER, Ernesto. Manual prático de materiais de construção. São Paulo: Pini,
1995. 253p.
SAMPAIO, José Carlos de A. Manual de aplicação da NR-18. São Paulo: Pini,
1998. 540p.
SOUZA, Roberto...[et al.]. Qualidade na aquisição de materiais e execução de
obras. São Paulo: Pini, 1996. 275p.
SOUZA, Roberto...[et al.]. Sistema de gestão da qualidade para empresas
construtoras. São Paulo: Pini, 1995. 247p.
VERÇOSA, Enio José. Materiais de construção. Porto Alegre: PUC.EMMA.1975.
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Revestimentos de paredes, pisos e tetos: conceitos e técnicas

  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL NOTAS DE AULAS DA DISCIPLINA CONSTRUÇÃO CIVIL ASSUNTO: REVESTIMENTOS (última revisão em abril de 2002) PROF. CARLAN SEILER ZULIAN ELTON CUNHA DONÁ CARLOS LUCIANO VARGAS abril de 2002
  • 2. REVESTIMENTOS 1 – CONCEITO 2 – REVESTIMENTO DE PAREDES 3 – REVESTIMENTOS DE PISOS 4 – REVESTIMENTOS DE TETOS GLOSSÁRIO NORMAS TÉCNICAS BIBLIOGRAFIA 1 – CONCEITO Revestimentos são todos os procedimentos utilizados na aplicação de materiais de proteção e de acabamento sobre superfícies horizontais e verticais de uma edificação ou obra de engenharia, tais como: alvenarias e estruturas. Nas edificações, consideraram-se três tipos de revestimentos: revestimento de paredes, revestimento de pisos e revestimento de tetos ou forro. 2 – REVESTIMENTO DE PAREDES Os revestimentos de paredes têm por finalidade regularizar a superfície, proteger contra intempéries, aumentar a resistência da parede e proporcionar estética e acabamento. Os revestimentos de paredes são classificados de acordo com o material utilizado em revestimentos argamassados e não-argamassados. 2.1 – Revestimentos argamassados Os revestimentos argamassados são os procedimentos tradicionais da aplicação de argamassas sobre as alvenarias e estruturas com o objetivo de regularizar e uniformizar as superfícies, corrigindo as irregularidades, prumos, alinhamentos dos painéis e quando se trata de revestimentos externos, atuam como camada de proteção contra a infiltração de águas de chuvas. O procedimento tradicional e técnico é constituído da execução de no mínimo de três camadas superpostas, contínuas e uniformes: chapisco, emboço e reboco. 2.1.1 – Chapisco Chapisco é argamassa básica de cimento e areia grossa, na proporção de 1:3 ou 1:4, bastante fluída, que aplicada sobre as superfícies previamente umedecidas e tem a propriedade de produzir um véu impermeabilizante, além de criar um substrato de aderência para a fixação de outro elemento. 2.1.2 – Emboço O emboço é a argamassa de regularização que deve determinar a uniformização da superfície, corrigindo as irregularidades, prumos, alinhamento dos painéis e cujo traço depende do que vier a ser executado como acabamento. É o elemento que proporciona uma capa de impermeabilização das alvenarias de tijolos ou blocos e _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 2/29
  • 3. cuja espessura não deve ser maior que 1,5 cm. O emboço é constituído de uma argamassa grossa de cal e areia no traço 1:3. Usualmente adiciona-se cimento na argamassa do emboço constituindo uma argamassa mista, em geral nos traços 1/2:1:5; 1:1:6; 1:2:9 (cimento, cal e areia). Para a execução do emboço é necessário ter decorrido um tempo mínimo de carência da aplicação do chapisco de 3 dias e que preferencialmente os elementos embutidos das paredes tenham sido executados, as tubulações hidráulicas e elétricas, os rasgos devidamente preenchidos, os batentes das portas colocados ou com os tacos dos batentes assentados, contramarcos dos caixilhos e preferencialmente o contrapiso executado (neste caso, cuidar de proteger o contrapiso contra prováveis incrustações de argamassas). Antes, ainda, de iniciar a execução do emboço é conveniente fazer uma limpeza da superfície, caso não tenha sido feita antes da aplicação do chapisco, retirando sujeira acumulada (poeiras, graxas, desmoldantes, tintas etc.). Nas figuras a seguir são mostradas as etapas executivas do emboço. a) Colocação dos tacos ou taliscas – são pequenas peças de madeira ou de ladrilhos cerâmicos colocados sobe a superfície a ser revestida e que servirá de referencia para o acabamento. Usa-se fixar os tacos com a mesma argamassa que vai ser utilizada no emboço. Os tacos devem ser aprumados e nivelados nas distâncias indicadas na figura, redobrando o cuidado em relação ao alinhamento em que se encontram os registros, as tomadas d’água, caixas dos interruptores e tomadas elétricas. Se necessário, fazer os ajustes nesses elementos para obedecer o plano de acabamento (prumo) desejado. 1 a 1,5 cm Má ximo 30 cm do teto Má ximo 30 cm do piso 1,0 a 2,0 m 1,0a1,5m Pa rede cha pisca da Ta co (ta lisca ) Cha pa da de a rga ma ssa p/ fixa r ta cos Eta pa 1 - Coloca çã o dos ta cos a pruma dos e nivela dos Máximo 30 cm _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 3/29
  • 4. Planodeacabamento Ca ixa de toma da Ele troduto Planodeacabamento Registro de ga ve ta Tubula çã o hidrá ulica Cuida dos na eta pa 1 - definiçã o do pla no de a ca ba mento (prumos) b) Execução das mestras – depois que os tacos estiverem consolidados (2 dias, no mínimo), preenche-se o espaço entre as taliscas verticalmente com a mesma argamassa do emboço e estando a massa firme com o uso de uma régua de alumínio (desempenadeira), apruma-se as mestras que servirão de guia para a execução do revestimento. 1 a 1,5 cm Pa rede cha pisca da Mestra s Eta pa 2 - Execuçã o da s mestra s c) Emassamento da parede – depois de consolidados as mestras (mínimo 2 dias), executa-se o preenchimento dos vãos entre as mestras com argamassa de revestimento em porções chapadas cuidando para que fique um excesso em relação ao plano das mestras. No caso da espessura do revestimento ficar maior que 2 a 3 cm, executar em _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 4/29
  • 5. camadas menores em intervalos de no mínimo 16 horas. As chapadas deverão ser comprimidas com colher de pedreiro num primeiro espalhamento, tomando o cuidado de recolher o excesso de argamassa depositado sobre o piso antes que endureçam. Eta pa 3 - Ema ssa ma nto e espa lha mento Cha pa da s de a rga ma ssa d) Sarrafeamento – iniciar o sarrafeamento tão logo a argamassa tenha atingido o ponto de sarrafeamento usando uma régua desempenadeira de baixo para cima, retirando o excesso de material chapeado. Para verificar o ponto de desempeno, que depende do tipo de argamassa usada, da capacidade de sucção da base e das condições climáticas, deve-se pressionar com o dedo a superfície chapeada. O ideal é quando o dedo não mais penetra na argamassa (apenas uma leve deformação), permanecendo praticamente limpo. Eta pa 4 - Sa rra fea me nto Arga ma ssa cha pea da em ponto de desempeno Superfície sa rra fea daRégua desempena deira _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 5/29
  • 6. e) Desempeno – dependendo do acabamento desejado pode-se executar o desempeno da superfície com desempenadeira de mão adequada para cada caso (madeira, aço ou feltro). Se a parede for receber revestimento cerâmico, basta um leve desempeno com desempenadeira de madeira, cuidando para não deixar incrustações nos cantos e no piso próximo ao rodapé. 2.1.3 – Reboco É a argamassa básica de cal e areia fina, onde a nata de cal (água e cal hidratada) adicionada em excesso no traço, constitui uma argamassa gorda, que tem a característica de pequena espessura (na ordem de 2 mm) e de preparar a superfície, com aspecto agradável, acetinado, com pouca porosidade, para a aplicação de pintura. A aplicação é feita sobre a superfície do emboço, após 7 dias (sem que tenha sido desempenado) com desempenadeira de mão, comprimindo-se a massa contra a parede, arrastando de baixo para cima, dando o acabamento (alisamento) com movimentos circulares tão logo esteja no ponto, trocando-se de desempenadeira (aço, espuma, feltro) dependendo do acabamento desejado. 2.1.4 - Argamassas Especiais São encontradas no mercado variadas argamassas industrializadas para aplicação imediata, cujas características de preparo e recomendações especiais de aplicação são fornecidas pelos fabricantes (detentores das patentes). 2.1.5 - Normas Gerais para Execução de Revestimentos Argamassados a) as superfícies a revestir deverão ser limpas e molhadas antes de qualquer revestimento ser aplicado. Molhando a parede, executa-se a limpeza, permitindo as melhores condições de fixação do revestimento, com a remoção do limo, fuligem, poeira, óleo etc., que podem acarretar o desprendimento futuro da argamassa; b) antes de ser iniciado qualquer serviço de revestimento, deverão ser instalados os dutos embutidos dos sistemas elétricos, de comunicação, gás e hidro-sanitários, devendo ser testadas as canalizações (sob pressão fluídica ou com lançamento dos guias), permitindo que se façam reparos, se necessários; c) as superfícies estruturais em concreto, tijolos laminados ou prensados, serão previamente chapiscadas, logo após o término da elevação das alvenarias; d) emboço só será aplicado após completa pega da argamassa de assentamento das alvenarias e do chapisco, e as superfícies deverão ser molhadas convenientemente antes do processo; e) quando houver necessidade de espessura de emboço acima de 2 cm, deverão ser executados em camadas, respeitando a espessura de 1,5 cm cada; f) a cal hidratada usada na confecção das argamassas para emboço, deve ser peneirada, para eliminar os grãos de cal, que se existirem na argamassa darão origem ao processo de hidratação higroscópica retardada, cuja _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 6/29
  • 7. conseqüência é o aparecimento do vulgarmente chamado empipocamento do revestimento; g) uso da nata de cal na argamassa para reboco deve passar pelo processo de hidratação completa, deixando-se o elemento descansar pelo menos 3 dias, ou seja, 72 horas, em lugar protegido do sol e ventilação. 2.2 – Outros tipos de revestimentos argamassados Considerando o reboco como acabamento final do revestimento, citamos alguns rebocos ou revestimentos argamassados que não recebem o tratamento do recobrimento com pintura, quais sejam: a) Reboco Hidrófugo – a adição de hidrofugantes na composição do reboco impede a percolação de umidade oriunda de precipitação pluvial normal. O mesmo não acontece, todavia, com a difusão do vapor d’água (condensação por choque térmico); b) Reboco Impermeável – reboco resistente à pressão d’água, geralmente executada com argamassa de cimento com adição de aditivo impermeabilizante, execução semelhante a barra lisa; c) Barra Lisa de Cimento (cimento queimado) – trata-se do revestimento executado com argamassa de cimento, na proporção de 1:3 ou 1:4, tendo o cuidado do uso de areia fina peneirada (peneira de fubá). A aplicação deve ser feita sobre emboço firme (1:4/8 – argamassa mista de cal) ou superfície de concreto, onde coloca-se a massa na desempenadeira (talocha) de madeira e comprime-se de baixo para cima de maneira que se obtenha uma espessura mínima de 3 ou 4 mm. Em seguida, com movimento circular com a desempenadeira procura-se desbastar a espessura e ao mesmo tempo uniformizar o painel de maneira a se obter uma espessura final de 2 ou 3 mm, lança-se o pó de cimento e em seguida com a broxa esborrifa-se água e com a desempenadeira de aço, alisa-se o pó de cimento incrustado na argamassa, caracterizando a chamada queima do cimento. d) Estuque Lúcido (barra lustra ou barra lúcida) – é um revestimento contínuo, impermeável, utilizado em banheiros, cozinhas e áreas em contato com água, que substitui o azulejo e tem aparência de mármore. Por ser um revestimento contínuo, não aceita reparos ou emendas. O trabalho deve ser executado por mão de obra especializada, que aplica sobre o emboço, um reboco desempenado com argamassa mista de cal (1:4/8), que após completa secagem (2 dias), recebe uma capa de 2 mm de uma pasta especial (3:3:2 ou 2:2:1 – pó de mármore, nata de cal, cimento branco, água e corante a gosto) que deve ser queimada com desempenadeira de aço e após dá-se o lustro com o polimento da superfície usando-se uma boneca de pano que deve ser esfregada com energia junto com o talco, até atingir o polimento desejado. Outro acabamento, utiliza passar óleo de linhaça e encerar com cera de carnaúba. O resultado final é uma superfície muito lisa e brilhante, comparável ao vidro e que na fase de queima pode receber um processo artístico de impregnação de óxido de ferro diluído em água, formando veios determinados por técnicas (uso de esponja ou pena de galinha) que imitam mármore. _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 7/29
  • 8. e) Reboco Travertino (massa tipo travertino) – revestimento semelhante ao estuque lúcido. Essas massas são industrializadas, portanto patenteadas sua composição. Aplica-se a massa sobre emboço de argamassa mista de cal (1:4/12) molhado até a saturação, como se fosse reboco normal. Para a imitação do mármore travertino, faz-se da seguinte maneira: com o reboco ainda bem molhado, comprime-se com uma boneca de estopa limpa ou pano seco, de maneira que na superfície se determinam pequenos sulcos típicos do mármore, desempena-se com a desempenadeira de aço levemente, de maneira a não desmanchar os sulcos feitos. O filamento para imitação das placas de mármore é feito com um ferro de 3/16” ou 1/4” na forma de semicírculo, passado na superfície ainda úmida. O rendimento é de 10 kg/m². f) Massa Lavada – semelhante a massa tipo travertino, é um material industrializado e patenteado, onde a característica predominante está no agregado que é composto de granas de granitos coloridos e quartzo. Aplicado com uma espessura na ordem de 5 mm, o seu acabamento é feito com a lavagem de solução de ácido muriático e água 1:6, lavando-se em seguida com água limpa para remoção da solução ácida. Este processo é repetido até aparecerem os grãos e granilhas de granito, limpos e brilhantes. O rendimento é de 15 kg/m². g) Reboco Raspado (massa raspada) – sua composição é feita com quartzo, cimento ou cimento branco e corante, sendo os traços, patentes dos fabricantes. A espessura do reboco não deve ser inferior a 3 mm, nem superior a 5 mm. Os painéis devem ser executados de forma contínua, sem emendas, existindo juntas determinadas por colher de pedreiro ou fitas adesivas, entre os mesmos. O acabamento final é conseguido com a passagem de um pente de aço ou pedaço de lâmina de serra, após 2 horas aproximadamente da sua aplicação, removendo a parte superficial do reboco, que deve ser lavada para a remoção do pó, como procedimento final. h) Granilito ou Granitina – revestimento argamassado cujo acabamento tem aparência de granito. É preparado no canteiro com cimento branco, granas e granilhas de granito, mármore e corante. Executados em painéis com espessura na ordem de 5 a 8 mm, com juntas de dilatação de latão, alumínio ou plástico. A aplicação é feita da mesma maneira que o emboço, por lançamento, batendo com a desempenadeira repetidas vezes para melhor fixação, aí então sarrafeia-se e desempena-se. Após a secagem, dá-se o polimento com máquina, podendo receber como acabamento final o enceramento e lustro com flanela. i) Massa Acrílica – são materiais industrializados, composto de granas de granito, combinados com resinas acrílicas, que após aplicadas se constituem em produto de alta resistência, monolítico e impermeável à ação do tempo. É aplicado com desempenadeira de aço ou PVC, formando uma camada com espessura de 3 mm, com rendimento na ordem de 4 kg/m². 2.3 – Não Argamassados São revestimentos de paredes, constituídos por outros elementos naturais ou artificiais, assentados sobre emboço de regularização, com argamassa colante ou estruturas especiais de fixação. Esses produtos têm procedimentos de _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 8/29
  • 9. assentamento ou fixação específicos, segundo as características de seus elementos. Entre os mais utilizados estão: a) Revestimento cerâmico; b) Revestimento de pastilhas de porcelana; c) Revestimento de pedras naturais; d) Revestimento de mármores e granitos polidos; e) Revestimento de madeira; f) Revestimento de plástico; g) Revestimento de alumínio. 2.3.1 – Revestimentos Cerâmicos São produtos industrializados com grande controle do processo de fabricação, que exigem atenção desde a composição da massa, que utiliza argilas, filitos, talcos, feldspatos (grês) e areias (quartzo), até a classificação final do material, caracterizado por elementos cerâmicos, de grande variedade de cores, brilhantes e acetinados, em diversos padrões, lisos e decorados, de alta vitrificação, ou sejam, de grande coesão, resistência a compressão e abrasão. A espessura média é de 5,4 mm. A face posterior (tardoz) não é vidrada e apresenta saliências para aumentar a capacidade de aderência da argamassa de assentamento. 2.3.1.1 – Finalidade e vantagens do revestimento cerâmico a) proteção à alvenaria; b) é anti-alérgico; c) facilidade de limpeza (é higiênico); d) beleza (possui inúmeras opções decorativas); e) é durável (quando de boa qualidade); f) é anti-inflamável. Observação: O revestimento cerâmico não pode ser considerado elemento impermeabilizante a ponto de conter coluna de água sobre ele, assim como a cerâmica e a argamassa de rejuntamento. 2.3.1.2 – Elementos do revestimento cerâmico Considerado como um sistema, tecnicamente, o revestimento cerâmico é constituído por um conjunto de elementos distintos funcionando como uma estrutura organizada. Esses elementos têm composições diferentes que geram esforços diferentes, que devem apresentar, no final, um equilíbrio de todas as tensões que atuam no sistema, para que não ocorra o comprometimento do revestimento cerâmico. Os elementos do revestimento cerâmico são: a) substrato ou base (emboço); b) argamassa colante; c) placa cerâmica; d) diferentes tipos de juntas; _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 9/29
  • 10. e) argamassa de rejuntamento. _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 10/29
  • 11. 2.3.1.3 – Normas gerais para a execução de assentamento cerâmico a) utilizar as ferramentas adequadas ao serviço; b) fazer o planejamento de assentamento dos painéis para cada superfície ou áreas de revestimento contínuo, elaborando projeto se necessário; c) verificar nivelamento de forro e prumada do revestimento de emboço, que deve ter sido executado 14 dias antes do serviço, conforme a NBR 8214; d) marcar pontos de referência e pontos auxiliares em nível, em cada parede, a uma altura cômoda para o trabalho, para o alinhamento das peças (fiada mestra); e) efetuar a montagem em bancada das peças, determinando sobre uma peça de madeira ou alumínio, a “galga”, incluindo os espaçadores que definem a dimensão das juntas; f) instalar uma régua de alumínio com o auxílio da galga, logo acima do piso, para o assentamento da primeira linha das placas cerâmicas inferiores, aplicando-se duas peças nos cantos superiores para verificação ou correção do prumo, com as peças já aplicadas nos cantos inferiores; g) assentamento deve ser feito com argamassa colante, adesivos à base de cimento aditivados, que proporcionam maior produtividade; h) no assentamento deve ser observada a execução de juntas entre as peças, de acordo com a Norma NBR 8214/83, que estabelecem as dimensões mínimas de acordo com as dimensões das peças cerâmicas utilizadas. Essas juntas se fazem necessárias para impedir a propagação de tensões entre as peças e favorecem os ajustes no perfeito alinhamento que compensem eventuais diferenças de dimensões entre as mesmas; Dime nsã o indica da pa ra junta s (mm) Azule jos 15x15 15x20 Ma teria l cerâ mic o Dimensã o (cm) 1,5 2,0 La drilhos 7,5x15 15x15 15x20 20x20 20x30 30x30 30x40 2,0 2,0 2,0 2,0 3,0 a 5,0 3,0 a 5,0 5,0 a 10,0 i) os tipos mais comuns de juntas são: estrutural, de assentamento, de movimentação e de dessolidarização. Para as juntas de assentamento, usam- se espaçadores de plástico, pregos ou palitos; _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 11/29
  • 12. j) molhar o material antes do assentamento, mergulhando as peças cerâmicas em um reservatório com água. Observação: antes de iniciar o assentamento de placas cerâmicas, verificar nas etiquetas das caixas do material a ser aplicado, a uniformidade na indicação do nome do produto, cor e tonalidade. 1 - Contra piso 2 - Piso acaba do 2 1 Teto ou a ltura do forro G uia de prumo Fia da mestra Eta pa 1 - Fixa çã o da fia da mestra e guia s de prumos Régua 1 - Contrapiso 2 - Piso a caba do 2 1 Teto ou a ltura do forro Fia da mestra Eta pa 2 - coloca çã o dos la drilhos a cima da fia da mestra Espa ça dores _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 12/29
  • 13. 1 - Contra piso 2 - Piso a ca ba do 2 1 Teto ou a ltura do forro Fia da mestra Eta pa 3 - coloca çã o dos la drilhos a ba ixo da fia da mestra Azulejo Piso cerâ mico 5 mm Impermea biliza çã o Emboço Argama ssa cola nte Detalhe do a rrema te dos a zulejos com o piso 2.3.1.4 – Características técnicas importantes das peças cerâmicas a) EPU – expansão por umidade: a placa cerâmica absorve água após a saída do forno e tende a expandir-se, isto é, aumentar de tamanho. Uma alta EPU pode causar sérios problemas, como o deslocamento e o gretamento (fissuramento da face) da placa. Recomenda-se usar em pisos e paredes internas, cerâmicas com EPU de no máximo 0,60 mm / m. Em fachadas recomenda-se usar cerâmicas com EPU de no máximo 0,40 mm / m. b) PEI (Instituto de Esmaltes para Porcelana): é um índice usado como norma internacional para indicar a resistência do esmalte da cerâmica ao desgaste (abrasão) quando submetido à ação de sujeiras abrasivas em função do uso. _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 13/29
  • 14. c) A classificação normalizada é a seguinte: PEI Tráfego Prováveis locais de uso 0 - paredes (desaconselhável para pisos) 1 baixo banheiros residenciais, quartos de dormir etc. 2 médio cômodos sem portas para o exterior e banheiros 3 médio alto cozinhas, corredores, halls e sacadas residenciais e quintais 4 alto residências, garagens, lojas, bares, bancos, restaurantes, hospitais, hotéis e escritórios 5 altíssimo residências, áreas públicas, shoppings, aeroportos, padarias e fast-foods Fonte: Anfacer d) Limpabilidade (ou resistência às manchas): são 5 classes:  Classe 1 – impossibilidade de remover manchas;  Classe 2, 3 e 4 – possibilidade de remover as manchas conforme o agente aplicado e o produto de limpeza utilizado;  Classe 5 – corresponde à maior facilidade de limpeza. e) Absorção de água (%):  B Ia – 0,0 < absorção > 0,5  B Ib – 0,5 < > 3,0  B IIa – 3,0 < > 6,0  B IIb – 6,0 < > 10,0 f) Classificação das placas esmaltadas (resistência ao ataque químico contidos em produtos de limpeza e industrilização):  A – alta  B – média  C – baixa g) Em função da superfície e do processo de fabricação, as placas cerâmicas são classificadas em esmaltadas e não-esmaltadas, extrudadas e prensadas, bioqueima, monoqueima ou monoporosa. Comercialmente as placas são classificadas de acordo com as características de absorção de água, conforme segue: Tipo de cerâmica Características Porcelanatos Baixa absorção e resistência mecânica alta Grês Baixa absorção e resistência mecânica alta Semi-grês Média absorção e resistência mecânica média Semi-porosos Alta absorção e resistência mecânica baixa Porosos Alta absorção e resistência mecânica baixa Fonte: Anfacer _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 14/29
  • 15. h) Outras Características: coeficiente de atrito, resistência ao congelamento, resistência ao impacto, módulo de flexão, coeficiente de dilatação, entre outras. 2.3.1.5 – Tipos de juntas para aliviar as tensões entre as peças cerâmicas Junta é definida como o espaço (fresta) regular entre duas peças de materiais idênticos ou distintos. Os tipos mais comuns de juntas são: estrutural, de assentamento, de movimentação e de dessolidarização. Quanto a forma de aplicação, as peças podem ser assentadas com: a) juntas paralelas ou a prumo; b) juntas amarradas; c) juntas em diagonal desencontradas; d) juntas em diagonal paralelas. a prumo a ma rra da s dia gona is dia gona is a ma rra da s Quanto a função, as juntas são classificadas em: a) Junta Estrutural – é a fresta regular cuja função é aliviar tensões provocadas pela movimentação da estrutura da obra. Devem ser respeitadas em posição e largura, em toda espessura do revestimento; _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 15/29
  • 16. b) Junta de Assentamento – é a fresta regular entre duas peças cerâmicas adjacentes e tem a função de:  absorver parte das tensões provocadas pela EPU da cerâmica, pela movimentação do substrato e pela dilatação térmica;  compensar a variação de bitola da placa cerâmica, facilitando o alinhamento;  garantir um perfeito preenchimento e estanqueidade;  facilitar eventuais trocas de peças cerâmicas;  estética;  A largura das juntas de assentamento deve obedecer a recomendação do fabricante da cerâmica e estar de acordo com a NBR 8214/83, variando com as dimensões das peças e local de aplicação, interna ou externa. c) Junta de Movimentação – executada com a função de aliviar tensões provocadas pela movimentação do revestimento e do substrato, nas linhas de ligação entre as paredes de alvenarias e as estruturas de concreto. d) Junta de Dessolidarização – é o espaço regular cuja função é separar a área com revestimento de outras áreas (paredes, tetos, pisos, lajes e pilares), para aliviar tensões provocadas pela movimentação do revestimento e/ou substrato. Emboço La je Cerâ mica Junta de a ssenta mento Junta de movimenta çã o Junta s de dessolida riza çã o Corte s/ esc Viga Observação: a execução de juntas e a posição das juntas de movimentação são orientadas pelas seguintes normas: NBR 13753 – em pisos internos e externos (expostos a insolação e/ou umidade); NBR 13754 – em paredes internas; _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 16/29
  • 17. NBR 13755 – em paredes externas. Emboço Pila res Junta estrutura l (com enchimento flexível) Se la nte Junta de a ssenta mento Cerâ mica Junta de dessolida riza çã o Pla nta s/ esc. 2.3.2 – Revestimento de pastilhas de porcelana É um produto cerâmico de grês (argila pura de alta vitrificação), produzido com alta tecnologia, cuja característica principal é ter teor de absorção praticamente 0%. A sua aplicação requer mão de obra especializada (pastilheiro), cujo assentamento poderá ser executado por dois métodos: convencional (sobre emboço rústico sarrafeado) ou com argamassa colante (sobre emboço sarrafeado ou desempenado). No processo convencional, a base para aplicação é de emboço sarrafeado, com acabamento rústico (se necessário, a superfície deverá ser escarificada) de argamassa rica em cimento portland comum, isenta de impermeabilizantes, devidamente curado (para evitar tensões de retração da argamassa sobre o revestimento). A aplicação das pastilhas se fará sobre esta base, umedecida, assentando-se com argamassa mista de cal e areia fina, no traço 1:3:9, em volume, espalhando-se uma camada de 2 mm sobre uma área tal que possa ser revestida com pastilhas antes do início do seu endurecimento. Ao mesmo tempo, sobre cada placa, na face sem papel, estende-se uma fina camada de pasta de cimento branco (sem caulim), no traço 2:1, fixando a placa sobre a argamassa fina e fresca, pressionando para que haja a aderência das mesmas. Cuidar com o alinhamento e esquadro das linhas de rejuntes. No processo do uso de argamassa colante, o emboço deve ser cuidadosamente sarrafeado e destorcido, e após curado, a placas de pastilhas são fixadas com argamassa pré-fabricada, com aditivos especiais, bem dosada, mecanicamente misturada e, portanto, com traço uniforme. A argamassa pré-fabricada permite melhor acabamento, fazendo o rejuntamento com a própria argamassa e eliminando o risco de desprendimento das pastilhas. _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 17/29
  • 18. 2.3.3 – Revestimento com tijoletas cerâmicas (Tijolo aparente) Para o revestimento de fachadas, lareiras, churrasqueiras e ambientes internos pode-se usar tijoletas que imitam a face lateral de um tijolo de 2 furos. Produzidas com mair controle de qualidade apresentam certa uniformidade no tom, proporcionando ótimo acabamento se executada dentro da técnica. No assentamento utiliza-se argamassa mista de cimento, cal e areia na proporção de 1:½:4 sobre parede chapiscada e 1:1/4:4 sobre parede emboçada. 8 a 12 mm Rejuntes p/ dentro 8 a 12 mm Tijoleta s pa ra revestimento de tijolo a pa rente 2.3.4 – Revestimento de pedra natural Utilizando rochas naturais, como: arenito, granito, folhelho, gnaisse, pedra mineira, e outras, as unidades são cortadas ou serradas, constituindo peças irregulares ou regulares, que são assentadas com argamassa mista de cimento, sobre superfícies chapiscadas, procedendo-se antecipadamente o chapisco da contra-face na aderência das peças, também. O serviço de assentamento deve ser executado por pedreiro especializado, com treinamento na arte do preparo das peças, classificação e montagem dos painéis. 2.3.5 – Revestimento de mármores e granitos polidos Primeiramente, deve-se avaliar o material a ser empregado, quanto a sua adequação estética e funcional, posteriormente, quanto a qualidade, relativa a existência de manchas, impurezas, diferença de tonalidade e bicheiras. A espessura das peças para aplicação como revestimento de parede é de 2 cm, e a aplicação deve observar ao cuidado no levantamento das medidas da área de revestimento, que gerará o detalhamento de painéis e/ou placas mais uniformes possíveis, respeitando as disposições das manchas e veios das placas obtidas dos desdobramentos dos blocos das rochas. Este procedimento resultará em um projeto _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 18/29
  • 19. de montagem, onde as placas receberão uma numeração seqüencial para facilitar o assentamento. Para o assentamento das placas com argamassa mista de cimento, é necessário considerar a superfície se de tijolos ou de concreto, que deverão estar chapiscadas. As placas destinadas a revestir superfície de concreto, deverão ter na contra face, grapas de ferro chumbadas; nas que serão aplicadas sobre tijolos são dispensáveis, não havendo também necessidade de argamassa de regularização das superfícies. Em ambas as situações, a contra face das placas devem ser chapiscadas. 2.3.6 – Revestimento de madeira O uso mais comum de revestimento em madeira para paredes é o lambril, peças em madeira maciça com bordos em macho e fêmea, dimensão de 10 cm de largura e ½” de espessura, cuja fixação é feita sobre um tarugamento executado com caibros (trapezoidais), fixos na parede em linhas paralelas com espaçamento de 50 cm, ortogonalmente à posição de assentamento das peças. 1 a 1,5 cm 50cm La mbril de ma deira Ta rugos tra pezoida is Evita r de enocosta r o la mbril na pa rede pa ra permitir que a ma deira respire Va zio 2.3.7 – Revestimento de plástico ou vinílico Produtos de alta tecnologia, são pouco usados, mais apresentam grandes vantagens sobre outros materiais de revestimentos impermeáveis. Destacam-se as chapas de PVC coloridas e as chapas de Laminado Decorativo de Alta Pressão (LDAP), compostas de camadas de material fibroso, celulósico (papel, por exemplo), impregnada com resinas termoestáveis, amínicas (melamínicas) e fenólicas, montadas, prensadas sob condições de calor e alta pressão, em que as camadas de superfície, em ambos os lados, são decorativas (exemplo: chapas fórmicas). No mercado encontra-se 14 tipos de LDPA, com características especiais quanto ao uso. Os substratos recomendados para a fixação são: madeira aglomerada, compensada, maciça, medium density fiberboard (MDF), superfícies metálicas e alvenarias revestidas com argamassa queimada ou preparada como massa corrida, para suportar a colagem do laminado. Os adesivos indicados para os diversos _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 19/29
  • 20. substratos são: o termoendurecível uréia-formaldeído; a cola branca ou acetato de polivinila (PVAc) e adesivo de contato à base de borracha sintética (policloropeno). 2.3.8 – Revestimento de alumínio Apresentado em chapas de alumínio, sua aplicação é restrita a indicação em projetos sofisticados, que deverão ser orientados pelos fornecedores quanto aos detalhes de fixação. 3 – REVESTIMENTO DE PISOS Ao revestimento de pisos designa-se a denominação de pavimentação. Assim sendo, pavimentação é definida como sendo uma superfície qualquer, continua ou descontínua com finalidade de permitir o trânsito pesado ou leve. São diversos os materiais utilizados como pisos na construção civil, sendo que as qualidades gerais da pavimentação são: a) resistência ao desgaste ao trânsito; b) apresentar atrito necessário do trânsito; c) quanto a higiene necessária; d) fácil conservação; e) inalterabilidade (cor, dimensões, etc.); f) função decorativa; g) econômica. 3.1 – Classificação quanto ao tipo de material a) em concreto: simples, armado ou em peças pré-moldadas intertravadas (tipo paver) ou articuladas (tipo blokret); b) em cerâmica: piso cerâmico não vidrado (lajota colonial) e piso cerâmico vidrado de resistência variável (decorados e antiderrapantes); c) em madeira: soalho (tábua), taco e parquete d) em pedra:  Naturais – arenitos, granitos, mármores, mosaico português, etc.  Artificiais – granitina, ladrilho hidráulico e concreto e) Vinílicos – Ladrilho vinílico semiflexível, em placas fabricadas como resinas de PVC, plastificantes e pigmentos corantes; f) Piso melamínico de alta pressão (PMAP) – são chapas para revestimentos de substratos rígidos, compostas de material fibroso, celulósico, empregnado com resinas termoestáveis, amínicas e fenólicas, prensadas por meio de calor e alta pressão, constituindo um revestimento de elevado índice de resistência ao desgaste, com espessura de 2 mm, produzidos em diferente versões, específicas para cada aplicação e uso (convencional, fogo retardante, reforçado etc.). _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 20/29
  • 21. 3.2 – Considerações gerais quanto aos cuidados na execução de pavimentações a) Para a execução de uma pavimentação, devemos considerar os procedimentos de preparo da base que pode ocorrer sobre o solo ou em lajes de concreto armado; b) Na pavimentação em que a base é o solo, deve-se ter o cuidado com a compactação do aterro, execução de lastro para drenagem e impermeabilização do contra-piso. c) Deve-se ter o cuidado de planejar as declividades das superfícies externas, na execução dos contra-pisos ou lastro de regularização, de acordo com a orientação de captação d’água, do projeto hidráulico; d) Nas áreas de garagens, não deixar de executar declividades mínimas para o escoamento natural d’água. e) Se possível, a cota do piso interno de uma edificação deve estar sempre elevado em relação ao piso externo; f) Antes da execução do contrapiso, deve ser executado o assentamento das redes de esgotos sob o piso; g) Nos trabalhos de assentamento de piso conjugado, madeira e rochas polidas, deve-se executar primeiro o assentamento das pedras, para evitar que a água de amassamento infiltre na madeira, provocando distorção nas peças. h) Antes da execução do contrapiso, deve ser executado o assentamento da rede de esgoto e dutos embutidos sob o piso; i) A pavimentação com placas ou réguas de laminado plástico termoestável – laminado fenólico-melamínico – devem ser executados sobre base de cimento plastificado (argamassa de cimento 1:3 adicionado de acetato de polivinila – PVC), para um perfeito nivelamento da superfície aplicado com desempenadeira metálica; j) Nos trabalhos de assentamento de piso conjugado, madeira e rochas polidas, deve-se executar primeiro o assentamento das pedras, para evitar que a água de amassamento infiltre na madeira, provocando distorção nas peças; k) Na execução de pisos e contrapisos em concreto em concreto não se deve esquecer de dimensionar o número de juntas e suas locações. 3.3 – Pisos em concreto pré-moldados Além de pisos de concreto moldados in-loco em painéis de variados tamanhos e tipos de juntas, é cada vez mais freqüente a execução de pisos diferentes das tradicionais pedras portuguesas (petit-pavet). Atualmente, existem muitos fornecedores de pisos para os mais diversos usos, tais como: pátios, calçadas, passeios, quadras esportivas e playgrounds. A base de tais revestimentos dependem do material utilizado e podem variar desde arenito apiloado até um contrapiso de concreto (armado). A seguir é mostrado alguns dos tipos de revestimentos feitos em concreto: _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 21/29
  • 22. Tipo “Blokret” a rticulado Tipo “blokret” pa ra ti Decorativo Decora tivo 3.3.1 – Seqüências dos procedimentos para a execução do contrapiso Os procedimentos a seguir são indicados para o caso de áreas internas sobre lajes com contrapiso em painéis de 2,0x2,5 m e espessura mínima de 2,0 cm e espessura máxima dependendo do desnível necessário ou da correção de nível exigida. a) Antes de iniciar o contrapiso é necessário retirar todos os entulhos do ambiente, assim como óleos, graxas, cola, tinta, material que possa soltar-se (usar ponteiro); b) Marcar o nível das mestras de acordo com o projeto (transferir o nível) usando nível de mangueira, lembrando que nas áreas onde haverá escoamento de água (ralo) prever um caimento mínimo de 1%; c) Dois dias antes da execução do contrapiso colocar os tacos (taliscas) conforme o nível determinado fixando-os com a mesma argamassa que vai ser usada no contrapiso (depende do revestimento final que vai ser colocado, conforme tabela a seguir). Molhar o local onde vai ser colocado o taco e polvilhar com cimento comum para garantir a perfeita aderência da argamassa com a base; Tipo de revestimento Traço da argamassa (cimento : areia média) Água 10 % Carpetes, madeira, vinílicos e têxteis 1 : 4 a 1 : 5 Base para manta de impermeabilização 1 : 3 a 1 : 4 Cerâmicas e pedras 1 : 5 a 1 : 6 d) Os tacos deverão ficar a uma distância máxima de 2 metros e após 2 dias, lavar bem a superfície (água em abundância) e executar as mestras, adotando-se os mesmos cuidados de polvilhar cimento, inicialmente nos locais das mestras e depois em toda a superfície que vai receber o contrapiso, espalhando e misturando com a água para formar uma nata de aderência; _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 22/29
  • 23. e) Espalhar a argamassa entre os tacos numa espessura um pouco acima da altura dos tacos e compactando-a com um soquete (a argamassa deve estar em ponto de farofa). Em seguida, usando os tacos como apoio, nivelar a mestras com uma régua de alumínio (reguar) e retirar os tacos, preenchendo o espaço com a mesma argamassa; f) Logo após a execução das mestras lançar argamassa entre elas até um pouco acima das mestras, espalhando com uma enxada ou rodo (espessura máxima por camada de 5 cm), compactar da mesma forma que as mestras, preenchendo os espaços que ficarem abaixo das mestras, sempre compactando; g) De forma idêntica ao sarrafeamento feito antes, cortar a argamassa com uma régua de alumínio, fazendo o acabamento (cimento alisado ou desempenho) de acordo com o tipo de revestimento que será executado; h) Isolar a área por no mínimo 3 dias após o término do serviço e controlar o trânsito de equipamentos que possam danificar o contrapiso. Liberar para a execução do revestimento decorridos 28 dias de cura. Aos 14 dias fazer a verificação e aderência com um ponteiro de aço. Testar, também, o caimento jogando água com balde a fim de verificar empoçamento e caimento inadequado. Refazer onde for necessário. 1 8 9 10 7 2 3 6 11 12 5 4 La stro de Brita a piloa da Coloca çã o da s sa rra fos 1”x3” 1 8 9 10 7 2 3 6 11 12 5 4 Concreta gem dos pa inéis ímpa res 1 8 9 10 7 2 3 6 11 12 5 4 Retira da dos sa rra fos 40 hora s depois 1 8 9 10 7 2 3 6 11 12 5 4 Concreta gem dos pa inéis pa res Esquema pa ra concreta gem de pisos de concreto em junta seca _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 23/29
  • 24. Aplic a r soluçã o betuminosa Régua p/ sa rra fea r Subba se de Brita a piloa da brita 1 (6 a 7 cm) Ma nta de lona preta Soquete 8kg 3.3.2 – Pisos de alta resistência em concreto armado São pisos indicados para áreas de tráfego de veículos pesados, como pátios de estacionamento de ônibus, carga e descarga de caminhões, postos de combustíveis (não utilizar asfalto, pois este reage em contato com óleo diesel). A altura (h) deve ser dimensionada em função do tipo de uso previsto. Na figura a seguir, é mostrado um perfil de um piso de concreto armado, sendo o esquema de concretagem pode seguir o sistema em xadrez, como foi mostrado no item anterior. h/ 2 h/ 2 h/ 3 Tela solda da Junta com ma stique espa çador Barra de tra nsferência 3.4 - Pisos de madeira 3.4.1 – Pisos de tábuas (assoalho) São pavimentos feitos com madeira frisadas (com encaixe tipo macho e fêmea) com larguras e comprimentos variáveis fixados sobre vigamento ou contrapiso. Geralmente os de largura de 5 a 8 cm são pregados com a pregação ficando oculta na mecha (encaixe). Para larguras maiores pode-se usar cola ou pregação aparente ou ainda, parafusos. Veja na figura a seguir esquemas de fixação de assoalhos de madeira: _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 24/29
  • 25. Pilarete de alvena ria terreno ba rrote ponta lete Pa rede de tá bua e ma ta -junta viga a ssoalho Assoa lho sobre ba rrotea me nto com ca ixa de a r entre solo e piso O prego de ve ser cra va do na pa rte ma is espessa , inclina do e esc ondido c om punçã oMá xima distâ ncia entre barrotes 50 cm Má x 50 cm Assoa lho sobre contra piso de concreto com enchimento (a cústica ) Suporte tra pezoida l (ga nzepe)enchimento assoalho A A Corte AA Bucha pla stica Passa r cola de ma deira nos pontos de contato As emenda s deve m fica r em linha s desencontra das sempre sobre o suporte Enchimento pode ser de serra gem a piloada pa ra fuso contrapiso 4 – REVESTIMENTO DE TETOS (FORROS) Elemento de acabamento interno da edificação, o forro é um sistema de revestimento superior de um ambiente (cômodo). Caracterizado como forro falso quando reveste abaixo do teto (que tecnicamente define o pé-direito), o forro é o sistema que regula o espaço e o conforto do ambiente, possuindo uma relação direta com a reverberação dos sons, o conforto térmico e lúminico. Para um desempenho adequado, deve possibilitar fácil manutenção, ter praticidade na instalação, e estar dentro dos padrões de resistência mecânica, de resistência à _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 25/29
  • 26. propagação de chamas e à ação de fungos e insetos. Um forro deve ainda fornecer condições para a adaptação de luminárias, alarmes, sprinklers, dutos de ar condicionado e outras instalações, se necessário. Os tipos de forros mais comumente utilizados, segundo as características de fixação são: forros colados, forros tarugados e forros suspensos. De uma forma mais ampla os revestimentos de tetos podem ser resumidos como segue: a) Concreto aparente (laje aparente) – é o teto sem nenhum revestimento especial, a não ser em alguns casos, uma pintura (verniz) diretamente sobre a face inferior da laje de concreto; b) Argamassados – é a aplicação de camadas de revestimento argamassados da mesma forma com que se revestem as paredes (chapisco, emboço, reboco etc.) sobre a face inferior de laje maciça, premoldada ou mista; c) Madeira – executados como forro falso em chapas, réguas ou colméias, fixados por meio de vigamentos, tarugamentos e contraventamento; d) Gesso – em placas lisas, perfuradas ou estriadas, placas de gesso acartonado (placas de 0,60x0,60 m) suspensas por arames galvanizados fixados nas lajes por pino de aço cravado com pistola à pólvora. As placas podem ser rejuntadas, lixadas e pintadas e receber arremates especiais também em gesso ou outro material (plástico, PVC e isopor); e) Fibras vegetais ou minerais – em placas prensadas de fibras de madeira (pinus e eucalipto) e lã de vidro, rocha ou polietireno expandido (isopor), caracterizando o chamado "forro pacote", que são fixados em estruturas de perfis de alumínio, aço ou madeira atirantados ao teto, por meio de pendurais de aço, ou chapas de alumínio; f) Metal – principalmente alumínio e aço, apresentando as mais variadas configurações e acabamentos; g) PVC rígido – apresentados em réguas com encaixe tipo macho e fêmea, fixados em tarugamentos de madeira. GLOSSÁRIO NA ÁREA DE EXECUÇÃO DE REVESTIMENTOS Acabamento alisado – depois de reguado e desempenado a madeira, faz o alisamento com desempenadeira metálica e polvilhamento de cimento. Acabamento desempenado – logo após o sarrafeado, executado cuidadoso com desempenadeira de madeira. Acabamento sarrafeado ou reguado – é o acabamento do emboço feito por réguas manuais ou vibratórias. Áreas molhadas – são as dependências da edificação que estarão sujeitas a ação de água (área de serviço, cozinha, banheiros e sacadas). Bicheiras – são falhas de concretagem que devem ser preenchidas antes de iniciar o revestimento. Caimento – diz-se da necessidade de verificar o caimento das águas nas áreas molhadas, ou seja, garantir que não ocorra empoçamento ou encaminhamento da água para locais inadequados. _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 26/29
  • 27. Cavaletes – suportes de madeira ou metálicos para as plataformas de trabalho (andaimes). Chapisco rolado – chapisco comum adicionado de resina PVA e aplicado com rolo, implicando em menores perdas e maior produtividade. Contrapiso zero – diz-se quando o revestimento de piso é executado diretamente sobre a laje sem a necessidade de contrapiso de regularização. Duas massas – termo usado no norte do Paraná para designar revestimento com emboço e reboco. Encascar – é o enchimento necessário quando a espessura do revestimento é superior a 3 cm. Nesses casos convém encascar com argamassa e pequenos pedaços de tijolos antes de chapiscar. Geralmente é necessário para corrigir falha de prumo ou mudança de projeto. Fiada mestra – é a fiada de azulejos que serve de guia para as demais, é colocada a partir do piso ou do teto, dependendo da paginação escolhida, mais ou menos na atura de trabalho (um terço do pé-direito). Galgas (na obra: garga) – tenazes feitos de ferro de construção usadas para firmar formas dos revestimentos nos arremates. Polvilhar cimento – é o procedimento de espalhar cimento sobre superfícies molhadas para formar uma nata e garantir melhor aderência. Ponteira – ferramenta usada para retirar com a marreta o excesso de material encrustados. Rejunte (rejuntamento) – é o enchimento dos sulcos entres as peças cerâmicas (juntas) com argamassa apropriada. Uma massa ou massa paulista – diz da execução de revestimento com emboço desempenado. _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 27/29
  • 28. NORMAS TÉCNICAS PERTINENTES Título da norma Código Última atualização Argamassa de alta resistência mecânica para pisos EB2100 NBR 11801 1990 Argamassa de alta resistência mecânica para pisos - Determinação da resistência à compressão simples e tração por compressão diametral MB3378 NBR 12041 1990 Argamassa industrializada para assentamento de paredes e revestimento de paredes e tetos NBR 13281 1995 Assentamento de azulejos NB796 NBR 8214 1983 Revestimento de paredes externas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante - procedimento NBR 13755 1996 Revestimento de paredes internas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante - procedimento NBR 13754 1996 Revestimento de pisos internos e externos com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante - procedimento NBR 13753 1996 Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Procedimento NB231 NBR 7200 1998 Pisos para revestimento de pavimentos CB102 NBR 6137 1978 Placa de mármore natural para revestimentos superficiais verticais externos PB107 NBR 7205 1969 Placa vinílica para revestimento de pisos e paredes - Determinação da estabilidade dimensional à imersão em água NBR 13855 1998 Placa vinílica semiflexível para revestimento de pisos e paredes - Requisitos EB961 NBR 7374 1998 Revestimentos têxteis de piso TB193 NBR 7686 1982 Sistemas de revestimentos de alto desempenho, à base de resinas epoxídicas e agregados minerais - Projeto, execução e avaliação do desempenho - Procedimento NBR 14050 1998 NORMAS DO MINISTÉRIO DE TRABALHO NR – 11 Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais NR – 18 Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção LINKS NA INTERNET Associação Nacional da Indústria Cerâmica http://www.anicer.com.br/ Materiais cerâmicos para construção http://geocities.com/ceramicauefs/ Associação Brasileira de Cerâmica http://www.abceram.org.br/ Associação Brasileira de Normas Técnicas http://www.abnt.org.br/ Instituto Nacional de Metrologia http://www.inmetro.gov.br/ _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 28/29
  • 29. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício e seu acabamento. São Paulo: Edgard Blücher, 1987. 1178p. AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício e sua cobertura. São Paulo: Edgard Blücher, 1977. 182p. BAUER, L A Falcão. Materiais de construção. 5ª edição. Rio de Janeiro: RJ. LTC- Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1994. 935p. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DA UEPG. Notas de aulas da disciplina de Construção Civil. Carlan Seiler Zulian; Elton Cunha Doná. Ponta Grossa: DENGE, 2000. DIRETÓRIO ACADÊMICO DE ENGENHARIA CIVIL DA UFPR. Notas de aulas da disciplina de Construção Civil (terceiro volume). Diversos autores. Revisor: Lázaro A. R. Parellada. Apostíla. Curitiba: DAEP, 1997. GUEDES, Milber Fernandes. Caderno de encargos. 3ª ed. atual. São Paulo: Pini, 1994. 662p. KLOSS, Cesar Luiz. Materiais para construção civil. 2ª ed. Curitiba: Centro Federal de Educação Tecnológica, 1996. 228p. PETRUCCI, Eládio G R. Materiais de construção. 4ª edição. Porto Alegre- RS: Editora Globo, 1979. 435p. RIPPER, Ernesto. Como evitar erros na construção. 3ª ed.rev. São Paulo: Pini, 1996. 168p. RIPPER, Ernesto. Manual prático de materiais de construção. São Paulo: Pini, 1995. 253p. SAMPAIO, José Carlos de A. Manual de aplicação da NR-18. São Paulo: Pini, 1998. 540p. SOUZA, Roberto...[et al.]. Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras. São Paulo: Pini, 1996. 275p. SOUZA, Roberto...[et al.]. Sistema de gestão da qualidade para empresas construtoras. São Paulo: Pini, 1995. 247p. VERÇOSA, Enio José. Materiais de construção. Porto Alegre: PUC.EMMA.1975. _____________________________________________________________________________________________________ Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 29/29