O documento explica como usar uma lâmpada em série para testar aparelhos eletrônicos, recomendando que a potência da lâmpada seja de 2 a 3 vezes a potência de consumo do aparelho. A lâmpada irá acender levemente se o aparelho estiver funcionando corretamente ou brilhar intensamente se houver um curto-circuito. Uma lâmpada com potência muito alta pode danificar componentes recém-substituídos no aparelho.

1. Aprendendo a Usar a Lâmpada em Série
Michel Chagas
Aprendendo a usar a Lâmpada em Série.
Para que as fontes chaveadas dos aparelhos funcionem, precisamos alimentá-las, com
no mínimo, 70% da tensão da rede. Desta forma, a Lâmpada em Série deve ter
potência de 2 a 3 vezes a potência de consumo do aparelho em reparo. Se o televisor
em teste possui um consumo de 60W, então, seria mais adequado utilizar uma lâmpada
de 150W. Se o consumo fosse 100W, o melhor seria uma de 250W.
Fazendo isso, poderá ocorrer duas situações:
1 – Se o aparelho estiver OK, vai funcionar normalmente, o filamento da lâmpada ficará
levemente iluminado, variando seu brilho conforme a imagem na tela;
2 – Se o “dito cujo” estiver em curto, ela simplesmente fará o que toda lâmpada faz, ou
seja, acender com bastante brilho.
Estou citando isso aqui porque não é nada legal ficar queimando “peças” por causa de
problemas ainda não encontrados no circuito.
Vale ressaltar ainda que se deve desligar a bobina desmagnetizadora do televisor, visto
que essa consome uma corrente muito elevada no instante que é ligada (a lâmpada irá
acender bem forte), podendo fazer com que a fonte do televisor tente partir e não
consiga.
1

2. Aprendendo a Usar a Lâmpada em Série
Michel Chagas
Claro que esse método não é totalmente eficaz, mais funciona com 95% dos aparelhos
em teste (pelo menos por aqui.). Pode acontecer, talvez, de apesar dos cálculos e
escolha da lâmpada “ideal” o aparelho funcione de forma estranha, dando sinais que vai
desligar, ou até mesmo desligando, principalmente quando do surgimento de imagens
brancas. Se isso tiver acontecendo, experimente reduzir um pouco o brilho e constraste.
O uso de lâmpada superdimensionada, poderá queimar os componentes bons que você
acabou de substituir num circuito, como se você estivesse ligando direto na rede. Já
imaginou, você está consertando o circuito horizontal de um televisor e encontrou o
transistor de saída em curto. Faz uma varredura superficial para ver o que fez o
transistor queimar e não encontra problema algum. Aí você logo pensa: deve ter sido só
o saída que deu pau. Vamos imaginar que o TV em questão seja de 50W. Aí, você
coloca sua lâmpada de 200W para ligar em série (50W maior que o recomendado).
Quando ligar o tv, a lâmpada acende (não tão forte quanto a ideal) e queima seu
transistor novamente. Até descobrir que o defeito é causado por causa de um capacitor
cerâmico alterado no estágio excitador, você já trocou vários transistores, além, é claro,
de ficar resmungando da porcaria da lâmpada em série que não adiantou nada.
Essa regra é infalível em 95% dos casos. 50 x 3 = 150W - esse valor de potência é
comercial. Se não for, busque um valor aproximado, dentro da faixa de duas a três vezes
o valor de consumo do aparelho.
O contrário, ou seja, lâmpada abaixo do valor recomendado, o aparelho não funcionará
ou ligará com deficiência.
2