O documento discute vários tipos de necessidades especiais em crianças, incluindo causas, sintomas e avaliações. É fornecido um guia sobre como identificar possíveis problemas no desenvolvimento da criança e quando procurar ajuda de especialistas. Uma variedade de condições é explicada, como atrasos na fala, surdez, deficiência mental e síndromes genéticas.
O documento discute o conceito de letramento e sua relação com o autismo. Resume as seguintes ideias principais:
1) Letramento é uma palavra recente no vocabulário da educação e ciências linguísticas que representa uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita.
2) Tradicionalmente, a escola ensina alfabetização sem levar em conta as práticas cotidianas dos alunos, diferente do conceito de letramento.
3) O letramento de um autista ocorre gradualmente por meio de técnicas educ
A aluna teve bom desempenho durante o bimestre, exceto em Matemática onde ficou de recuperação. Ela é introvertida e insegura, dependendo da mãe, mas vem se desenvolvendo bem em outros aspectos. No entanto, possui dificuldades significativas em Matemática que requerem avaliação por profissional.
Esse projeto nos foi enviado pela professora Matilde Januario.
Acesse nosso Blog para conhecer nossas atividades http://professoressolidarios.blogspot.com.br
The document is an observation report from a school coordinator. It summarizes the coordinator's observation of a teacher, including the academic content covered, activities proposed, teaching strategies used, materials, and student engagement. At the end, the coordinator provides feedback for the teacher and the report is signed by the coordinator, teacher, and school director.
O documento discute técnicas de ensino para crianças autistas, enfatizando a importância de identificar o estilo de aprendizagem da criança e adaptar a instrução de acordo. Fornece dicas como focar em um sentido de cada vez, incorporar interesses da criança nas aulas e trabalhar com especialistas para desenvolver um plano educacional individualizado.
O documento relata o desempenho escolar de uma aluna no bimestre. A família não deu o devido apoio, como assinar a agenda e fornecer material, levando à reprovação. A escola ofereceu apoio extra, mas a aluna não fez as avaliações de recuperação. Orienta os pais a melhorarem o acompanhamento escolar para o sucesso da aluna.
Planejamento adaptação escolar por simone helen drumondSimoneHelenDrumond
Este documento apresenta um planejamento para a adaptação escolar de crianças. O objetivo geral é favorecer um ambiente rico em estímulos onde as crianças possam se expressar livremente. Os objetivos específicos incluem integrar as crianças na escola através de diálogo e atividades lúdicas, ensinar os nomes dos colegas e dependências da escola, e incentivar a música.
O documento discute a importância da rotina na educação de pessoas autistas. Ele enfatiza que a rotina permite que a pessoa autista saiba o que esperar e tenha consistência, e também é importante perceber quando novas habilidades são adquiridas para repeti-las em diferentes situações. Da mesma forma, é importante que as atividades educacionais sejam bem estruturadas e compatíveis com o desenvolvimento da pessoa autista.
O documento discute o conceito de letramento e sua relação com o autismo. Resume as seguintes ideias principais:
1) Letramento é uma palavra recente no vocabulário da educação e ciências linguísticas que representa uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita.
2) Tradicionalmente, a escola ensina alfabetização sem levar em conta as práticas cotidianas dos alunos, diferente do conceito de letramento.
3) O letramento de um autista ocorre gradualmente por meio de técnicas educ
A aluna teve bom desempenho durante o bimestre, exceto em Matemática onde ficou de recuperação. Ela é introvertida e insegura, dependendo da mãe, mas vem se desenvolvendo bem em outros aspectos. No entanto, possui dificuldades significativas em Matemática que requerem avaliação por profissional.
Esse projeto nos foi enviado pela professora Matilde Januario.
Acesse nosso Blog para conhecer nossas atividades http://professoressolidarios.blogspot.com.br
The document is an observation report from a school coordinator. It summarizes the coordinator's observation of a teacher, including the academic content covered, activities proposed, teaching strategies used, materials, and student engagement. At the end, the coordinator provides feedback for the teacher and the report is signed by the coordinator, teacher, and school director.
O documento discute técnicas de ensino para crianças autistas, enfatizando a importância de identificar o estilo de aprendizagem da criança e adaptar a instrução de acordo. Fornece dicas como focar em um sentido de cada vez, incorporar interesses da criança nas aulas e trabalhar com especialistas para desenvolver um plano educacional individualizado.
O documento relata o desempenho escolar de uma aluna no bimestre. A família não deu o devido apoio, como assinar a agenda e fornecer material, levando à reprovação. A escola ofereceu apoio extra, mas a aluna não fez as avaliações de recuperação. Orienta os pais a melhorarem o acompanhamento escolar para o sucesso da aluna.
Planejamento adaptação escolar por simone helen drumondSimoneHelenDrumond
Este documento apresenta um planejamento para a adaptação escolar de crianças. O objetivo geral é favorecer um ambiente rico em estímulos onde as crianças possam se expressar livremente. Os objetivos específicos incluem integrar as crianças na escola através de diálogo e atividades lúdicas, ensinar os nomes dos colegas e dependências da escola, e incentivar a música.
O documento discute a importância da rotina na educação de pessoas autistas. Ele enfatiza que a rotina permite que a pessoa autista saiba o que esperar e tenha consistência, e também é importante perceber quando novas habilidades são adquiridas para repeti-las em diferentes situações. Da mesma forma, é importante que as atividades educacionais sejam bem estruturadas e compatíveis com o desenvolvimento da pessoa autista.
O documento discute várias atividades relacionadas ao desenvolvimento do corpo, gestos e movimentos em crianças, incluindo brincadeiras de imitação, exploração do espaço, cuidados com o corpo e habilidades manuais.
Este documento contém um conjunto de atividades para ensinar sobre encontros vocálicos e rimas em palavras. Inclui a leitura de uma parlenda, exercícios de circunscrever letras que formam encontros vocálicos e rimas, e imaginar palavras que completem rimas. Há instruções para a professora conduzir as atividades de forma a desenvolver a percepção sonora dos alunos.
O projeto "Sacola da Leitura" tem como objetivos envolver a família nas práticas de leitura, colocar a criança em contato com livros, desenvolver sua linguagem e atenção, e motivar o amor pela leitura. A sacola com livros e materiais será levada pela criança para casa e retornará na semana seguinte, para que as famílias leiam e comentem a experiência.
80 planejamento de atividades para desenvolver a linguagem do autistaSimoneHelenDrumond
Este documento descreve técnicas para desenvolver a linguagem de pessoas autistas usando o programa Son-Rise. As técnicas enfatizam manter a pessoa autista altamente motivada através do prazer e diversão na interação social. Planejamentos diários são desenvolvidos para atividades interativas focadas em desenvolver a comunicação verbal usando canções, brincadeiras e exercícios de sons específicos.
O documento apresenta as regras de conduta e protocolos de segurança da EMEF Professor Eunice Pereira Silveira durante a pandemia. Entre as principais diretrizes estão a obrigatoriedade do uso de máscara em todos os ambientes da escola, manter distanciamento social, proibição de aglomerações e compartilhamento de objetos. Também define as consequências para infrações como advertências, suspensões e comunicação às autoridades competentes em casos graves.
The document contains a coloring page celebrating International Women's Day (March 8th) with instructions to color it carefully. The page includes blank spaces for school, teacher, student, grade, and class details. At the bottom, it provides the website where the image was obtained.
O documento contém vários exercícios de matemática e números para alunos do ensino fundamental, incluindo:
1) Preencher sequências numéricas e quadros de números
2) Escrever algarismos e por extenso
3) Recortar e colar números em cantigas e parlendas
This document appears to be a series of blank forms with fields for a professor's name, student name, and date. However, the forms do not contain any information, as all the fields are blank. It provides no other context or details.
Relatório descritivo de mateus amarante de aguiar.Erkv
O relatório descreve o progresso do aluno Mateus Amarante de Aguiar entre fevereiro e junho de 2014. O aluno demonstrou ser alegre, prestativo e carinhoso, embora tenha apresentado insegurança no início do período, mas logo superou. Ele se relacionou bem com colegas e professores, manteve bons hábitos de higiene e pontualidade. Ainda apresentava dificuldades motoras e na fala, mas evoluiu na coordenação. Participou ativamente de brincadeiras e teve bom desenvolvimento no recon
O documento apresenta um livro sobre animais destinado ao ensino de crianças com autismo. Ele contém atividades lúdicas com cartões de animais para ensinar sobre suas características e estimular a curiosidade sobre o mundo natural. Há também exercícios de identificação, associação e decomposição de palavras relacionadas aos animais.
Apostila de atividades adaptadas para autistas Vol. 5Lucilene Rocha
O documento apresenta atividades pedagógicas adaptadas para autistas de aprendizagem, incluindo exercícios sobre identificação de classes gramaticais, sujeito e predicado, raiz quadrada, expressões algébricas, preposições e pontuação. As atividades usam figuras e recortes para explicar conceitos gramaticais de forma lúdica e acessível.
O documento consiste em uma prova de português aplicada a estudantes do ensino fundamental. A prova contém 15 questões sobre um poema infantil e informações sobre dengue. As questões abordam conceitos como gênero textual, rima, sinônimos e classificação de palavras.
O documento apresenta um resumo sobre números decimais, incluindo como ler e escrever números decimais, classificar números decimais por unidades, décimos e centésimos, e realizar operações como adição e subtração com números decimais. Ele também apresenta exemplos práticos de adição e subtração de números decimais e uma questão sobre economia em compras em um supermercado.
1) O documento é uma avaliação de ciências sobre os estados da matéria e o sistema solar. 2) A avaliação contém questões sobre os estados físicos da água, o desenho do sistema solar e a identificação dos planetas. 3) As informações essenciais cobrem os estados físicos da água, o caminho dos planetas ao redor do sol e os nomes dos planetas do sistema solar.
O documento descreve o que é dengue, como é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, e quais são os sintomas mais comuns da doença. A dengue não tem tratamento específico e a melhor forma de prevenção é evitar a proliferação do mosquito, combatendo locais que acumulem água parada.
O documento apresenta as propriedades das cores primárias, secundárias, terciárias e neutras. Ensina que as cores primárias são vermelho, amarelo e azul, e como combiná-las para formar as cores secundárias e terciárias. Também explica a diferença entre cores quentes e frias.
1) O documento apresenta uma avaliação de ciências sobre o Sistema Solar com perguntas sobre os planetas e suas características em relação à distância do Sol. 2) Cometas são "pedras de gelo sujo" formadas principalmente por material volátil e poeira, e diferem dos planetas por terem órbitas mais elípticas em torno do Sol. 3) O texto contém também um caça-palavras com os nomes dos corpos celestes.
Instrumentos e Recursos utilizados na Avaliação das Crianças na Educação Infa...Claudinéia Barbosa
As atuais discussões acerca desse assunto apontam diferentes procedimentos de acompanhamento pedagógico que se configuram na organização de instrumentos e recursos utilizados na Prática Avaliativa para o Desenvolvimento Global das Crianças na Educação Infantil. Como instrumentos há o Portfólio da Criança, As Fichas com Indicadores de Aprendizagem, Os Pareceres Descritivos ou Relatórios. Estes dois últimos fazem parte dos componentes que junto a outros componentes constituem o Diário Escolar específico para a Educação Infantil.
O documento discute várias atividades relacionadas ao desenvolvimento do corpo, gestos e movimentos em crianças, incluindo brincadeiras de imitação, exploração do espaço, cuidados com o corpo e habilidades manuais.
Este documento contém um conjunto de atividades para ensinar sobre encontros vocálicos e rimas em palavras. Inclui a leitura de uma parlenda, exercícios de circunscrever letras que formam encontros vocálicos e rimas, e imaginar palavras que completem rimas. Há instruções para a professora conduzir as atividades de forma a desenvolver a percepção sonora dos alunos.
O projeto "Sacola da Leitura" tem como objetivos envolver a família nas práticas de leitura, colocar a criança em contato com livros, desenvolver sua linguagem e atenção, e motivar o amor pela leitura. A sacola com livros e materiais será levada pela criança para casa e retornará na semana seguinte, para que as famílias leiam e comentem a experiência.
80 planejamento de atividades para desenvolver a linguagem do autistaSimoneHelenDrumond
Este documento descreve técnicas para desenvolver a linguagem de pessoas autistas usando o programa Son-Rise. As técnicas enfatizam manter a pessoa autista altamente motivada através do prazer e diversão na interação social. Planejamentos diários são desenvolvidos para atividades interativas focadas em desenvolver a comunicação verbal usando canções, brincadeiras e exercícios de sons específicos.
O documento apresenta as regras de conduta e protocolos de segurança da EMEF Professor Eunice Pereira Silveira durante a pandemia. Entre as principais diretrizes estão a obrigatoriedade do uso de máscara em todos os ambientes da escola, manter distanciamento social, proibição de aglomerações e compartilhamento de objetos. Também define as consequências para infrações como advertências, suspensões e comunicação às autoridades competentes em casos graves.
The document contains a coloring page celebrating International Women's Day (March 8th) with instructions to color it carefully. The page includes blank spaces for school, teacher, student, grade, and class details. At the bottom, it provides the website where the image was obtained.
O documento contém vários exercícios de matemática e números para alunos do ensino fundamental, incluindo:
1) Preencher sequências numéricas e quadros de números
2) Escrever algarismos e por extenso
3) Recortar e colar números em cantigas e parlendas
This document appears to be a series of blank forms with fields for a professor's name, student name, and date. However, the forms do not contain any information, as all the fields are blank. It provides no other context or details.
Relatório descritivo de mateus amarante de aguiar.Erkv
O relatório descreve o progresso do aluno Mateus Amarante de Aguiar entre fevereiro e junho de 2014. O aluno demonstrou ser alegre, prestativo e carinhoso, embora tenha apresentado insegurança no início do período, mas logo superou. Ele se relacionou bem com colegas e professores, manteve bons hábitos de higiene e pontualidade. Ainda apresentava dificuldades motoras e na fala, mas evoluiu na coordenação. Participou ativamente de brincadeiras e teve bom desenvolvimento no recon
O documento apresenta um livro sobre animais destinado ao ensino de crianças com autismo. Ele contém atividades lúdicas com cartões de animais para ensinar sobre suas características e estimular a curiosidade sobre o mundo natural. Há também exercícios de identificação, associação e decomposição de palavras relacionadas aos animais.
Apostila de atividades adaptadas para autistas Vol. 5Lucilene Rocha
O documento apresenta atividades pedagógicas adaptadas para autistas de aprendizagem, incluindo exercícios sobre identificação de classes gramaticais, sujeito e predicado, raiz quadrada, expressões algébricas, preposições e pontuação. As atividades usam figuras e recortes para explicar conceitos gramaticais de forma lúdica e acessível.
O documento consiste em uma prova de português aplicada a estudantes do ensino fundamental. A prova contém 15 questões sobre um poema infantil e informações sobre dengue. As questões abordam conceitos como gênero textual, rima, sinônimos e classificação de palavras.
O documento apresenta um resumo sobre números decimais, incluindo como ler e escrever números decimais, classificar números decimais por unidades, décimos e centésimos, e realizar operações como adição e subtração com números decimais. Ele também apresenta exemplos práticos de adição e subtração de números decimais e uma questão sobre economia em compras em um supermercado.
1) O documento é uma avaliação de ciências sobre os estados da matéria e o sistema solar. 2) A avaliação contém questões sobre os estados físicos da água, o desenho do sistema solar e a identificação dos planetas. 3) As informações essenciais cobrem os estados físicos da água, o caminho dos planetas ao redor do sol e os nomes dos planetas do sistema solar.
O documento descreve o que é dengue, como é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, e quais são os sintomas mais comuns da doença. A dengue não tem tratamento específico e a melhor forma de prevenção é evitar a proliferação do mosquito, combatendo locais que acumulem água parada.
O documento apresenta as propriedades das cores primárias, secundárias, terciárias e neutras. Ensina que as cores primárias são vermelho, amarelo e azul, e como combiná-las para formar as cores secundárias e terciárias. Também explica a diferença entre cores quentes e frias.
1) O documento apresenta uma avaliação de ciências sobre o Sistema Solar com perguntas sobre os planetas e suas características em relação à distância do Sol. 2) Cometas são "pedras de gelo sujo" formadas principalmente por material volátil e poeira, e diferem dos planetas por terem órbitas mais elípticas em torno do Sol. 3) O texto contém também um caça-palavras com os nomes dos corpos celestes.
Instrumentos e Recursos utilizados na Avaliação das Crianças na Educação Infa...Claudinéia Barbosa
As atuais discussões acerca desse assunto apontam diferentes procedimentos de acompanhamento pedagógico que se configuram na organização de instrumentos e recursos utilizados na Prática Avaliativa para o Desenvolvimento Global das Crianças na Educação Infantil. Como instrumentos há o Portfólio da Criança, As Fichas com Indicadores de Aprendizagem, Os Pareceres Descritivos ou Relatórios. Estes dois últimos fazem parte dos componentes que junto a outros componentes constituem o Diário Escolar específico para a Educação Infantil.
Este documento fornece um guia para atividades usando um kit de desenvolvimento da primeira infância. O kit contém materiais para estimular o aprendizado e diversão de crianças, como quebra-cabeças, livros, bolas e blocos. O guia explica como usar os materiais de forma segura e como eles podem ajudar no desenvolvimento de habilidades das crianças.
Atual Estrategias Adptadas P O Ensino Do Aluno SurdoNelinha Soares
O documento discute estratégias para ensinar alunos surdos, enfatizando o uso de imagens e ilustrações nos textos para facilitar a compreensão inicial da escrita. Também aborda como a alfabetização de alunos surdos difere do método tradicional devido à impossibilidade de estabelecer relação entre letras e sons.
Práticas motoras inclusivas para portador de Síndrome de DownJuliana Silva
O documento descreve uma experiência educacional que teve como objetivo promover a inclusão de um aluno com Síndrome de Down através de atividades físicas e esportivas. As atividades desenvolvidas buscavam respeitar as limitações do aluno e proporcionar a prática da inclusão. O aluno demonstrou bom desempenho nas atividades motoras e interesse pelo futebol. Os colegas não demonstraram preconceito e a experiência mostrou a importância do respeito às diferenças.
Inclusão escolar o planejamento das aulas tem de prever atividades para todo...SimoneHelenDrumond
O documento discute a importância do planejamento de aulas inclusivas que preveem atividades para todos os alunos. Ele apresenta os princípios da educação inclusiva, como a discriminação positiva e o respeito à singularidade de cada aluno. Também discute a necessidade de adaptações curriculares com base em diagnósticos iniciais de cada estudante, de modo a promover a aprendizagem de todos.
O documento discute as necessidades educativas especiais de crianças com deficiência motora. Aborda conceitos como deficiência motora, suas causas e tipos, características, adaptações familiares e escolares necessárias, o papel do educador e estratégias educativas. O objetivo é conhecer as estratégias para educar crianças com deficiência motora.
O documento discute transtornos alimentares infantis, incluindo sinais e sintomas, tipos como anorexia nervosa e bulimia, e como identificar e tratar esses transtornos. É enfatizado que é importante agir rapidamente se um transtorno for identificado e que o tratamento envolve abordagens multidisciplinares.
O documento discute deficiência mental, definindo-a como limitações no funcionamento mental e adaptativo que causam lentidão na aprendizagem. As causas mais comuns incluem condições genéticas, problemas durante a gravidez ou parto, e problemas de saúde. O diagnóstico avalia o funcionamento mental e adaptativo da pessoa.
O documento discute deficiência mental, definindo-a como limitações no funcionamento mental e adaptativo que causam lentidão na aprendizagem. Ele lista causas comuns como condições genéticas, problemas durante a gravidez ou parto, e problemas de saúde. O diagnóstico avalia o funcionamento mental e adaptativo da pessoa.
O documento fornece sugestões pedagógicas para auxiliar alunos com diferentes deficiências no processo de aprendizagem. Ele aborda adaptações curriculares para alunos com deficiência intelectual, especificamente a síndrome de Down, com foco em percepção, atenção, memória, leitura, escrita e raciocínio lógico-matemático. Também fornece estratégias e atividades para alunos com autismo, deficiência auditiva, deficiência visual e deficiência física.
1. O relatório descreve observações realizadas durante um estágio de Educação Física na Associação Pestalozzi de Maceió com alunos com deficiência intelectual.
2. Durante o estágio, os observadores acompanharam aulas de basquete, alongamento e circuitos com foco em equilíbrio.
3. O relatório fornece detalhes sobre os conteúdos, atividades e recursos utilizados pelos professores durante as aulas observadas.
Obesidade na adoslescência (alimentação saudável)Madalena Santos
[1] Madalena Santos apresenta um trabalho sobre obesidade na adolescência, incluindo o que é obesidade, fatores que influenciam sua ocorrência e como preveni-la. [2] A obesidade está aumentando entre jovens devido a fatores genéticos, hormonais, psicológicos, falta de atividade física e consumo excessivo de alimentos gordurosos. [3] Uma alimentação saudável e prática regular de exercícios físicos podem ajudar a evitar e controlar a obesidade na adolescência
O documento apresenta informações sobre um curso de nutrição na infância e adolescência, incluindo o link para a primeira aula, dados sobre a professora, ementa do curso, cronograma e avaliações. O curso abordará tópicos como avaliação e diagnóstico nutricional, planejamento dietético e educação alimentar para diferentes faixas etárias e patologias.
Este documento discute a abordagem fisioterapêutica da síndrome de Down em crianças. Ele apresenta uma revisão da literatura sobre o desenvolvimento motor de crianças com síndrome de Down e o papel do fisioterapeuta nesse desenvolvimento, incluindo técnicas como estimulação precoce. Conclui-se que o fisioterapeuta deve ajudar no desenvolvimento global da criança e orientar os pais sobre os métodos de estimulação.
Este guia fornece informações sobre amamentação bem-sucedida em 6 seções. Ele explica porque amamentar é importante, desmistifica mitos sobre preparação para amamentar, e discute questões como quando iniciar a amamentação, dor nos seios, posições para amamentar e mais. O objetivo é orientar mulheres durante o processo de lactação.
O capítulo resgata a história das brinquedotecas, desde sua origem em 1934 em Los Angeles como serviço de empréstimo de brinquedos. Educadores como Pestalozzi, Froebel e Montessori reconheceram a importância da manipulação de brinquedos para a aquisição de experiências infantis. A primeira brinquedoteca no Brasil surgiu na APAE de São Paulo em 1971 como exposição de brinquedos pedagógicos, transformando-se em 1973 no Sistema de Brinquedos e Materiais Pedagógicos
1. O documento discute a importância do pediatra geral na promoção da saúde integral da criança, enfatizando a puericultura como meio de prevenir doenças e problemas no desenvolvimento desde o nascimento até a adolescência.
2. É destacada a necessidade de estabelecer empatia e vínculo com a família por meio de consultas periódicas que avaliem o crescimento, nutrição, comportamento e outros aspectos do desenvolvimento da criança.
3. O pediatra geral deve ter competência para diagnostic
Este projeto visa realizar exames médicos nos alunos de uma escola para detectar possíveis problemas de saúde e orientar tratamentos. Serão avaliados aspectos fisiológicos, nível de obesidade, alimentação e pressão arterial dos estudantes para conscientizá-los sobre hábitos saudáveis e oferecer atividades físicas diferenciadas quando necessário.
Trabalho preventivo 2011 (por: Euripedes Imbaé)mariaisabel123
Este projeto visa realizar exames médicos nos alunos de uma escola em parceria com o sistema de saúde municipal para detectar possíveis problemas de saúde e orientar tratamentos. O objetivo é promover a saúde dos alunos através do reconhecimento de necessidades, identificação de fatores de risco e conscientização sobre hábitos saudáveis. Os exames irão avaliar aspectos físicos e psicológicos dos estudantes.
O aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses de vida. Isso significa que, até completar essa idade, o bebê deve receber somente o leite materno, não deve ser oferecida qualquer outro tipo de comida ou bebida, nem mesmo água ou chá. Após esse período ele deve continuar, pelo menos até os dois anos de idade, em associação com a alimentação complementar. As vantagens do aleitamento materno são muitas: promove uma interação profunda entre mãe e filho;
ajuda no desenvolvimento motor e emocional da criança;
faz o útero da mãe voltar mais rápido ao tamanho natural;
diminui o risco de hemorragia pós parto e, consequentemente, de anemia na mãe; ajuda a mulher a voltar mais rapidamente ao peso que tinha antes da gestação e diminui o risco de câncer de mama e de ovário.
Ao longo da história da humanidade o leite materno tem sido a principal fonte disponível de nutrientes dos lactentes. Entretanto, a partir do século XX e principalmente após a II Guerra Mundial, o aleitamento artificial adquiriu uma importância significativamente maior. Diversos fatores contribuíram para esse fato. A industrialização e o aperfeiçoamento das técnicas de esterilização do leite de vaca propiciaram a produção em larga escala de leites em pó. As indústrias produtoras desses leites, assessoradas por intensa e agressiva publicidade procuraram fazer com que o leite em pó fosse caracterizado como um substituto satisfatório para o leite materno devido à sua praticidade, condições adequadas de higiene e suprimento completo de todas as necessidades nutricionais do lactente, uma vez que a maioria deles reforçava o fato de serem enriquecidos com variadas vitaminas, o que os tornava até superiores ao leite materno. Além disso, a entrada da mulher no mercado de trabalho limitava a possibilidade de amamentação por seis meses .
Mulheres que estão amamentando e mães deveriam ter direito a prisão domiciliar como apenas algumas das elites conseguem.
Orientações para presidiárias sobre Aleitamento
A questão da amamentação tem sido grande foco de atenção no cenário mundial de saúde, em especial com os objetivos do milênio, que dialogam diretamente com mortalidade infantil, saúde da gestante e combate à fome.
Um ponto, entretanto, a ser considerado é que, para além da amamentação em si, o aleitamento precisa ser discutido de forma aberta e saudável.
Podemos nos perguntar qual a diferença entre amamentação e aleitamento. A amamentação é ligada ao ato de amamentar, de a criança mamar diretamente do seio. O aleitamento, por sua vez, diz respeito à alimentação de crianças através do leite, seja de sua mãe, seja de outra pessoa, vindo do seio
ou da mamadeira. Quando falamos de aleitamento, englobamos no discurso todas as crianças que, pelos mais diversos motivos, não podem mamar em suas mães.
Esta publicação tem como objetivo orientar mulheres que se encontram em privação de liberdade, com seus bebês ou gestantes. Consiste em um apanhado de perguntas e respostas que passam correntemente pela cabeça
de qualquer mulher responsável pela alimentação de crianças pequenas, mesmo que a amamentação em si não seja possível.
Aqui você terá informações sobre os testes realizados no pré-natal, a importância de uma alimentação saudável,
casos em que a amamentação não é possível, orientações sobre alimentação suplementar (que substitui o leite materno),
a importância do vínculo entre a mãe e o bebê e sugestões para preservar a sua saúde e de suas crianças.
Ministério da Saúde
Apresentação realizada pelo Professor Adjunto de Pediatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Ricardo Halpern, durante 2a. Mesa do Seminário Cidadão do Futuro: Políticas para o desenvolvimento na primeira infância.
O documento discute intervenção precoce para crianças entre 0-6 anos que apresentam alterações no desenvolvimento ou estão em alto risco. A intervenção precoce fornece apoio integrado centrado na criança e família para prevenir ou reduzir problemas e fortalecer as habilidades parentais. Serviços de saúde, creches, escolas e serviços sociais podem fornecer recursos de intervenção precoce.
1) A deficiência intelectual ou atraso cognitivo se refere a limitações no funcionamento mental e desempenho de tarefas como comunicação, cuidados pessoais e relacionamentos sociais, causando maior lentidão na aprendizagem.
2) As causas mais comuns incluem condições genéticas, problemas durante a gravidez ou parto, e problemas de saúde como sarampo ou meningite.
3) O diagnóstico avalia a capacidade cognitiva e competências adaptativas como vida diária, comunicação e relações sociais comparando
O documento discute a febre amarela, incluindo sua etiologia, epidemiologia, quadro clínico, diagnóstico, tratamento e prevenção. A febre amarela é uma doença viral aguda transmitida por mosquitos que pode causar sintomas leves ou graves, incluindo icterícia e hemorragias. O diagnóstico é feito por testes laboratoriais e a prevenção inclui a vacinação e controle de vetores.
Regimento do ministério do louvor da assembléia de deus de missão minsitério ...Wesley Lima de Oliveira
Este documento estabelece as diretrizes para o Ministério de Louvor da Assembléia de Deus de Missão Restauração. Ele define que os membros devem ser voluntários comprometidos, subordinados à liderança da igreja. Também estabelece requisitos mínimos de participação nos cultos e ensaios, e protocolos para a escolha do repertório musical e liderança do louvor.
Este documento apresenta as histórias de quatro pessoas em situações difíceis: Tarcísio, um homem deprimido após traição da esposa; Beto, um usuário de drogas rejeitado pela família; Débora, uma roqueira rebelde isolada da sociedade; e uma jovem meretriz que se prostitui por falta de apoio. No final, o narrador reflete sobre como a igreja pode oferecer esperança e recuperação para essas vidas por meio do amor e mensagem de Jesus Cristo.
Este documento apresenta as histórias de quatro pessoas em situações difíceis: Tarcísio, um homem deprimido após traição da esposa; Beto, um usuário de drogas rejeitado pela família; Débora, uma roqueira rebelde isolada da sociedade; e uma jovem meretriz que se prostitui por falta de apoio. No final, o narrador reflete sobre como a igreja pode oferecer esperança e recuperação para essas vidas por meio do amor e mensagem de Jesus Cristo.
O documento discute a cronobiologia, definida como o estudo dos ritmos biológicos associados aos ciclos circadianos de 24 horas e circanuais relacionados às estações do ano. Explica que os organismos evoluíram em um planeta com ciclos naturais e desenvolveram relógios biológicos internos sincronizados com esses ciclos, influenciando funções como produção de hormônios, digestão, dor e humor. Finalmente, exemplifica como diferentes espécies animais se adaptaram aos ciclos naturais atrav
O documento descreve os passos do exame físico abdominal, incluindo inspeção, ausculta, percussão e palpação. Detalha as técnicas para examinar cada órgão abdominal, como fígado, baço, rins, pâncreas e vesícula biliar, e sinais para diagnosticar condições como ascite, abscessos hepáticos e obstruções intestinais.
1. Ministério da Educação
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – IFNMG
Pró-Reitoria de Extensão
Bolsas-Formação do Pronatec
C UR S O
CUIDADOR INFANTIL
Crianças especiais
Prof. Wesley Lima de Oliveira
Almenara – 2012
__________________________
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
2. SUMÁRIO
Crianças especiais..................................................................................................... 3
Causas e avaliação das necessidades especiais....................................................... 4
Dislexia....................................................................................................................... 19
Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)................................ 21
Autismo...................................................................................................................... 22
Deficiência Mental..................................................................................................... 25
Obesidade Infantil e na Adolescência...................................................................... 29
Sindrome de Down.................................................................................................... 32
Síndrome do Usher................................................................................................... 34
Síndrome de Williams.............................................................................................. 36
Esclerose tuberosa.................................................................................................... 38
Deficiência Auditiva.................................................................................................. 41
Deficiência Visual...................................................................................................... 43
Depressão Infantil .................................................................................................... 45
Transtorno Obsessivo Compulsivo na Infância..................................................... 49
Síndrome de Rubinstein-Taybi................................................................................ 51
Síndrome de Angelman............................................................................................ 53
Síndrome de Prader Willi....................................................................................... 55
Síndrome de West..................................................................................................... 57
Síndrome de Hutchinson-Gilford............................................................................ 58
Deficiência em X-Frágil............................................................................................ 59
Epilepsias................................................................................................................... 61
__________________________
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
3. CRIANÇAS ESPECIAIS
Este termo é muito genérico, abrange as mais diferentes síndromes infantis .
Todas as crianças são muito especiais, mas algumas precisam de um apoio, de
um olhar, de uma atenção especial, de um acompanhamento e acima de tudo
muito carinho.
É sobre estas crianças que vamos tentar falar um pouco e chamar sua atenção. A
criança portadora de necessidades especiais, além do direito, tem a necessidade
de cursar uma escola normal, de ser tratada com muito carinho e respeito por
todos nós.
ESTE MATERIAL FOI CONFECCIONADO A PARTIR DE ARTIGOS E
DOCUMENTOS DISPONÍVEIS EM VÁRIOS ENDEREÇOS ELETRÔNICOS E
SEUS LINKS ASSOCIADOS ACESSADOS EM SETEMBRO E OUTUBO DE 2012,
COM ALGUMAS MODIFICAÇÕES A CRITÉRIO DO PROFESSOR DA
DISCIPLINA
ENDEREÇOS CONSULTADOS
√ http://www.criancasespeciais.com.br/
√ http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/crianca-especial.htm
√ http://saude.hsw.uol.com.br/necessidades-especiais-infantis.htm
__________________________ 3
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
4. CAUSAS E AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES ESPECIAIS
Problemas de desenvolvimento: causas possíveis
Algumas crianças possuem problemas congênitos, como danos ou
desenvolvimento incompleto do cérebro, que impedem que elas tenham um
desenvolvimento normal. Outras sofrem de condições ou doenças que podem ser
tratadas se forem identificadas. Uma doença metabólica hereditária rara, que é
testada quando as crianças completam alguns dias de vida ou em sua primeira
visita ao médico é a fenilcetonúria (PKU). Quando não tratada, a doença leva ao
retardamento mental, mas a detecção e tratamento rápido através da alimentação
costumam possibilitar o desenvolvimento de inteligência dentro da média. Outro
teste ao qual os recém-nascidos são submetidos é o de hipotireoidismo congênito,
que também é raro e causa retardamento quando não tratado.
As crianças que nascem com alguns problemas podem não parecer anormais
imediatamente, mas a maioria exibe atrasos específicos no desenvolvimento que
acabam sendo observados por seus pais ou médicos. A cada avaliação, o pediatra
observa o comportamento da criança para ter uma idéia de como está indo o
desenvolvimento. Ele também pode fazer testes rápidos em idades específicas da
vida do bebê. Tanto na observação como nos testes, o médico procura por
possíveis sinais de perigo.
Outras crianças, normais no nascimento, acabam sofrendo posteriormente
devido a cuidados insuficientes ou incompletos. Os médicos costumam ter mais
problemas para identificar problemas ambientais do que deficiências congênitas e
eles podem ser muito perigosos para o desenvolvimento da criança. Algumas das
pistas que dão o sinal de alerta ao médico são as seguintes:
• distúrbios na alimentação ou no sono (insuficientes ou excessivos). Tanto
a quantidade como a qualidade de cuidados recebidos dos pais influenciam a
maneira que uma criança come e dorme;
• sintomas físicos, como vômitos freqüentes, diarréia e erupções na pele;
• problemas no crescimento, tanto na altura como no peso. Uma criança,
privada de carinho, pode apresentar problemas no crescimento mesmo quando a
quantidade de comida ingerida é grande. Se a falta de cuidados não for o
problema, o médico vai investigar a supressão de fatores de crescimento no
cérebro do bebê;
__________________________ 4
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
5. • atrasos ou desvios específicos em áreas específicas, como no
desenvolvimento motor, habilidade verbal, desenvolvimento intelectual,
aprendizado geral ou quem sabe ao se relacionar com os outros, em sua
autopercepção ou na capacidade de brincar.
Muitas vezes, quando os ingredientes necessários para a educação da criança
não estão presentes, ela desenvolve vários problemas médicos ou psicológicos.
Por exemplo, se não houver a criação do elo entre a mãe e o filho, é normal
encontrar um relacionamento perturbado entre os dois, além de dificuldades para
vencer problemas de comportamento. Isso não significa que há problemas
automáticos se o processo de vínculo ideal não ocorrer imediatamente após o
nascimento. Estudos recentes demonstraram que mães que passaram por
cesarianas, partos prematuros ou que adotaram bebês podem desenvolver esse elo
posteriormente.
Da mesma forma, os pais que estão cientes de suas imperfeições e falta de
conhecimento não precisam achar que, devido às suas limitações, o
desenvolvimento de seu bebê será automaticamente prejudicado. Os bebês
possuem uma tendência forte ao desenvolvimento normal que os ajuda a resistir
aos fatores ambientais "que não são os ideais". É claro que a habilidade das
crianças em se desenvolver pode ser prejudicada em situações de cuidados
insuficientes, mas nenhum de nós é perfeito. Devemos fazer o melhor por nossas
crianças, mas não é necessário ser perfeito para criar pessoas normais.
Pais preocupados com algum aspecto do desenvolvimento de seu filho ou,
posteriormente, com problemas comportamentais devem primeiro falar com o
médico. Há momentos em que a tendência da pessoa é evitar incomodar o
médico, e é verdade que o tempo é precioso para um médico. Mesmo assim, se o
médico parecer não querer discutir o que os pais vêem como um problema ou se
recusar por alguma razão a se envolver nas preocupações dos pais, o melhor é
procurar outro médico. Se o tempo necessário para conversar sobre problemas
comportamentais em uma consulta é maior do que uma consulta normal, alguns
médicos podem até cobrar mais. No entanto, pense nesse dinheiro extra como
dinheiro bem gasto se ele conseguir resolver problemas sérios.
Avaliações especiais do desenvolvimento
De vez em quando, uma criança cujos problemas são específicos, por
exemplo, desenvolvimento lento da fala ou gerais, como desenvolvimento geral
lento, precisa dos cuidados de um pediatra especializado no desenvolvimento de
__________________________ 5
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
6. crianças nos primeiros anos de vida. Pais que suspeitam de um problema no
desenvolvimento motor ou cognitivo de seus filhos, ou vêem sinais de que seu
bebê se nega a sociabilizar ou que está retraído e deprimido, podem pedir a
avaliação desse tipo de médico, ou o próprio pediatra da criança pode
encaminhá-los. O especialista em desenvolvimento, que pode trabalhar com uma
equipe composta por outros profissionais como assistentes sociais e psicólogos,
observa a criança realizando várias atividades em uma situação de jogo para
determinar a existência e extensão dos problemas. Outros especialistas podem ser
chamados como consultores.
Após uma avaliação, o especialista irá conversar com os pais sobre sua
opinião e recomendações para o tratamento. Infelizmente, alguns pais recebem a
notícia de que seus medos não eram infundados. Outros ouvem que seu filho
pode se desenvolver normalmente, mas talvez precisem de alguma ajuda
especial. Mas qualquer que seja o resultado da avaliação, os pais devem buscar
um equilíbrio em suas reações. Excesso de preocupação não ajuda ninguém, e
tentar se isolar da dor escolhendo não se envolver é tão inapropriado quanto.
Avaliando a deficiência
Todas as crianças podem aprender e se desenvolver. Mas crianças não
aprendem e se desenvolvem da mesma maneira ou na mesma velocidade. Há
momentos em que os pais percebem a existência de um padrão geral de lentidão
nas respostas da criança ao mundo ao redor. Os pais podem perceber que o
crescimento e as realizações físicas gerais da criança parecem estar muito atrás
das de outras crianças.
Algumas crianças não parecem desenvolver respostas sensoriais normais.
Crianças cegas, por exemplo, podem não conseguir focar ou seguir objetos com
seus olhos. Uma criança surda pode não reagir a sons ou pode não conseguir falar
ou fazer sons anteriores à fala, ou ela pode murmurar quando está mais velha e
com menos freqüência do que outras crianças com audição normal.
Quando os pais percebem um padrão constante de atrasos, pode ser uma boa
idéia deixar que um profissional avalie a criança. Parte dessa avaliação consiste
na tentativa de determinar possíveis causas para o problema.
E são várias as causas possíveis para problemas de desenvolvimento. Nos
primeiros estágios de desenvolvimento do feto, por exemplo, uma modificação
espontânea nos cromossomos ou em genes específicos pode levar à síndrome de
Down, uma condição que faz com que as crianças afetadas se desenvolvam mais
__________________________ 6
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
7. devagar do que crianças normais. O nascimento prematuro também pode levar a
dificuldades de desenvolvimento algumas vezes. Certas infecções que afetam a
mãe podem atingir o feto no início do seu desenvolvimento e levar ao
retardamento e outras anomalias. Outra possibilidade são traumas sofridos
durante o nascimento ou um pouco antes ou depois que podem afetar a criança de
modo adverso e levar a problemas como a paralisia cerebral. Certas doenças
infantis, como a encefalite e a meningite, também podem deixar a criança com
necessidades especiais físicas e mentais.
Mas nem sempre é possível determinar a causa de uma deficiência, pois
alguns desses problemas são difíceis de se diagnosticar. Um QI (quociente de
inteligência) abaixo de 69 indica que uma criança pode ter problema mental
(considera-se que a média seja de 90 a 109). Mas o diagnóstico de uma
deficiência não deve recair somente sobre um teste de QI. O comportamento
adaptativo de uma criança (sua habilidade de responder a estímulos, aprender e
se desenvolver) também deve ser medido. No entanto, não há testes com total
eficácia para nos dizer com que rapidez a deficiência irá se desenvolver, ou o
quanto a criança será capaz de se desenvolver.
Problemas de desenvolvimento comuns são o atraso na fala e/ou perda de
audição, que costumam estar relacionados. Na próxima seção, vamos falar sobre
como identificar os sintomas, fazer testes e aplicar tratamentos para os problemas
da fala e surdez.
__________________________ 7
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
8. Problemas da fala e surdez em crianças
O seu bebê se comunica com você através de meios não-verbais como gestos,
expressões faciais e linguagem corporal. Aprender a verbalizar os pensamentos,
sentimentos e desejos é uma parte importante do desenvolvimento dele. Muitos
bebês falam sua primeira palavra quando têm por volta de um ano de idade, mas
é claro que cada bebê é único e há casos em que primeiras palavras demoram um
pouco mais para sair. E, pelo fato de a fala ser tão ligada à audição, dificuldades
na primeira podem indicar perda de audição ou até surdez. Abaixo, você vai ler
sobre os diferentes tipos de problemas de fala e audição, suas causas e as
medidas corretas a serem tomadas se suspeitar que sua criança possui algum
deles.
Problemas da fala e gagueira
Há muitas razões pelas quais uma criança pode começar a falar um pouco
mais tarde, ou até muito mais tarde, do que crianças da mesma idade. Poucas
delas são sérias e a maioria das crianças acaba se ajustando. Por exemplo, a
maioria das meninas começa a falar antes dos meninos. O ambiente em que a
criança vive pode afetar o desenvolvimento da fala também. Se a família não fala
tanto, o filho provavelmente vai começar a falar depois e menos do que as outras
crianças. Se ele passa os dias em uma creche ou maternal na qual uma pessoa é
responsável por várias crianças, o desenvolvimento da fala pode ser mais
devagar. A competição por atenção individual em casa também pode fazer com
que a criança comece a falar mais tarde. Por exemplo, se existem dois filhos de
idades muito próximas, ou gêmeos, pode ser que não se consiga dar muito tempo
a cada um deles individualmente. Às vezes, a linguagem particular que os
gêmeos desenvolvem é mais devido à falta de conversas individuais com um dos
pais do que o desejo de falar entre eles mesmos.
Outros fatores que afetam o desenvolvimento da fala são a inteligência,
audição e controle dos músculos envolvidos no ato da fala. A fala pode ser
atrasada ou impedida se os centros da fala no cérebro não forem normais, ou se
houver alguma anormalidade da laringe, garganta, nariz, língua ou lábios. E ela
também pode não se desenvolver normalmente devido à surdez parcial ou total,
deficiência mental, danos cerebrais ou problemas no funcionamento dos centros
de fala no cérebro.
__________________________ 8
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
9. Disfemia (gagueira) - crianças entre os dois e os cinco anos de idade costumam
não ter fluência na fala e podem gaguejar quando não encontram as palavras
certas para se expressar. Pausas involuntárias ou bloqueios na fala e rápida
repetição de sílabas ou no som inicial de uma palavra podem ocorrer. Esses
problemas podem ser temporários, acontecendo apenas ocasionalmente quando
uma criança está empolgada, impaciente ou envergonhada, ou podem ser
crônicos, causados por espasmos musculares ou conflitos mentais ou emocionais
subjacentes que precisam ser resolvidos para que a habilidade da fala possa
melhorar.
Quando ocorre em uma criança de dois a cinco anos de idade, a gagueira
não precisa ser considerada um problema tão grande, a menos que o problema
continue vários meses após o primeiro sinal. A criança pode nem estar consciente
de seu problema, a não ser que mostrem a ela. Para ajudar uma criança que
gagueja, não demonstre raiva ou impaciência recusando-se a entendê-la,
completando o seu pensamento ou tentando forçá-la a falar devagar e claramente.
Ignore a gagueira e não deixe que os irmãos ou outras crianças debochem ou
riam dela. Leia, cante e fale com a criança o máximo que puder.
Quando se preocupar - consulte o pediatra caso seu a criança fale somente no
mesmo tom ou com um forte som nasal, se seu vocabulário e habilidade de
pronunciar as palavras parecer diminuir em vez de melhorar, ou se a gagueira for
grave, constante ou prolongada. Além de testar a audição da criança, o médico
irá realizar um exame físico e verificar a garganta, o céu da boca e a língua. Se a
criança tiver menos de cinco anos de idade, o médico pode encaminhá-lo para
um fonoaudiólogo, para que avalie e receite o melhor tratamento se considerar
que a gagueira é um problema grave ou se a criança parecer muito frustrada em
suas tentativas de falar claramente ou ainda se os pais precisarem de ajuda para
lidar com o desenvolvimento da fala do seu filho. E se a criança continuar a
substituir sons (r pelo l, por exemplo) ou gaguejar após os cinco ou seis anos de
idade, o médico pode sugerir uma consulta e, talvez, tratamento com um
fonoaudiólogo.
Infecções do ouvido e surdez
A surdez é uma perda parcial ou completa da audição em um ou dois
ouvidos. Uma criança pode nascer com perdas na audição ou desenvolver o
__________________________ 9
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
10. problema posteriormente. Como as crianças aprendem a falar imitando os outros,
uma criança que não ouve os outros falando não consegue reproduzir esses sons.
A audição normal ocorre quando as ondas sonoras passam pelo canal
auditivo e fazem com que o tímpano vibre. As vibrações do tímpano, por sua vez,
movem três pequenos ossos no ouvido médio. O movimento desses ossos
transmite as vibrações do ouvido médio para o ouvido interno, onde elas são
transformadas em impulsos elétricos carregados ao cérebro através do oitavo
nervo craniano. O cérebro interpreta estes impulsos elétricos como sons. Danos,
doenças ou problemas no funcionamento de qualquer uma dessas estruturas pode
causar surdez. Qualquer um dos problemas a seguir podem levar a dificuldades
na audição que, provavelmente, levarão a dificuldades de aprendizado.
• Problemas no canal auditivo que podem causar perda auditiva incluem
acúmulo de cera, objeto estranho no canal e infecção conhecida como otite.
• Problemas no tímpano e no ouvido médio podem ser causados por uma
inflamação do ouvido médio ou um bloqueio na trompa de eustáquio, que
conecta a garganta e o ouvido médio. A infecção do ouvido médio (otite média)
costuma ocorrer nos dois primeiros anos de vida, especialmente entre crianças
expostas freqüentemente a ela nas creches. A infecção costuma envolver um
acúmulo de líquidos que causa perda auditiva leve ou moderada e intermitente
por até nove meses, ameaçando o desenvolvimento correto das habilidades de
linguagem da criança.
• Problemas do ouvido interno podem ser causados por ferimentos ou
infecções.
• Já os problemas do oitavo nervo craniano têm muitas causas possíveis.
Este nervo é responsável por transportar todos os sinais dos ouvidos e estruturas
de equilíbrio ao cérebro. Uma criança pode nascer com um nervo que não se
desenvolveu corretamente ou que foi danificado antes do nascimento. Por
exemplo, se uma gestante contrai rubéola, o vírus pode infectar o oitavo nervo
craniano do feto. Após o nascimento, um ferimento ou infecção por um vírus
(caxumba ou sarampo) ou bactéria (meningite) pode danificar esse nervo. Há
também certos medicamentos que podem afetá-lo.
Detectando a surdez- normalmente, são os pais que detectam os primeiros
sinais de perda auditiva em uma criança. Pode-se desconfiar de algum tipo de
perda auditiva se algum dos comportamentos a seguir ocorrer: uma criança maior
do que três meses ignora sons ou não vira a cabeça na direção de um som, um
bebê maior de um ano de idade não parece entender nem mesmo algumas
__________________________ 10
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
11. palavras, uma criança maior de dois não produz frases de ao menos duas ou três
palavras ou quando uma criança simplesmente parece não ouvir bem. Esses
sintomas, porém, também podem ter outras causas. O médico pode encaminhar a
criança a um centro especializado em fala e audição. Uma criança com audição
deficiente deve começar a receber educação especial assim que o problema for
descoberto, mesmo se ela tiver apenas um ano de idade.
Tome precauções - é possível prevenir problemas de audição no seu filho se
tomar algumas precauções. Nunca coloque qualquer objeto, incluindo cotonetes,
dentro de seu canal auditivo. Se o fizer, pode acabar forçando a cera para dentro
e entupir o canal ou danificar o tímpano. Deve-se observar o cartão de vacina,
uma vez que vacinas contra sarampo e caxumba, devido aos seus efeitos
colaterais podem causar surdez. No caso de mulheres em idade de engravidar,
consulte seu médico sobre possíveis métodos de imunização contra a rubéola.
Independentemente das necessidades especiais que a criança apresenta, vai
ser preciso fazer um esforço especial para ajudar no seu desenvolvimento. Na
próxima página, indicaremos as etapas que você pode seguir para estimular o
desenvolvimento de uma criança com necessidades especiais.
Estimulando o desenvolvimento de uma criança com necessidades especiais
Não há duas crianças com necessidades especiais iguais, nem as que
têm necessidades especiais semelhantes. Nesta seção, vamos explorar as
necessidades especiais variadas e saber como estimular uma criança com
necessidades especiais e ajudá-la no processo de seu desenvolvimento.
O papel dos pais
Dar amor e apoio - as criança com necessidades especiais precisam de amor e
apoio de seus pais, assim como qualquer criança. Algumas vezes, os pais ficam
tão absorvidos pela necessidade de estimular seu filho e compensar sua
deficiência que acabam esquecendo que a tarefa mais importante é amá-lo e
gostar dele como ser humano. Quando uma criança vê que seus pais gostam de
estar com ela, ela aumenta o valor que dá a si própria. Esse sentimento crescente
de valor é uma medida importante do sucesso dos pais em criar uma criança com
necessidade especial.
Estimule a independência - se você tem uma criança com necessidades
__________________________ 11
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
12. especiais, seus objetivos são estimular a independência e ajudar seu filho a
desenvolver um sentimento de valor e realização pessoal. Com terapia e jogos,
você ajuda o seu filho a lidar com seu problema e realizar seu potencial
completo. A quantidade de independência de seu filho vai depender, bastante,
não apenas de qual necessidade especial ele possui, mas como você o deixa
realizar sozinho cada estágio.
Todas as crianças passam por momentos em que parecem parar de melhorar ou
quando podem até regredir um pouco. Esse pode ser um momento especialmente
difícil para os pais, pois têm que aprender a avaliar o progresso de seu filho.
Concentre-se em objetivos a curto prazo - quando seu filho atingir um platô
(estagnar seu desenvolvimento), olhe para trás e se concentre no quanto ele já
progrediu. Este também pode ser um bom momento para esquecer objetivos a
longo prazo e se concentrar nos objetivos a curto prazo: alimentar-se com as
mãos, vestir-se, repetir a primeira palavra ou frase inteligível ou finalmente ir ao
banheiro sozinho. Quando os pais concentram suas energias em um único
objetivo a curto prazo, uma criança com necessidade especial pode começar a
progredir novamente. Ao parar de observar como a criança lida com esses
desafios, como se adapta a novas e maiores necessidades, os pais podem se
ajudar a desenvolver expectativas realistas para seus filhos.
As crianças progridem mais quando os pais agem como seus advogados,
escolhendo os métodos educacionais mais apropriados, definindo objetivos
razoáveis e fornecendo um ambiente caloroso e protetor. Os pais deveriam
enxergar a si próprios como parceiros dos profissionais na hora de planejar os
cuidados de seus filhos com necessidades espaciais.
Estimulando o potencial de desenvolvimento
A partir do momento em que nascem, as crianças começam a aprender sobre o
mundo ao seu redor. Elas aprendem através de seus movimentos e dos cinco
sentidos. Quando um ou mais desses sentidos são danificados, a maneira como a
criança vê o mundo é alterada e sua habilidade de aprender se altera. Mas com os
avanços na medicina, tecnologia e nossa compreensão sobre como os bebês
crescem e aprendem, podemos esperar desenvolvimento mental e físico muito
__________________________ 12
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
13. maior de crianças com com necessidades especiais do que imaginávamos há uma
década. O tamanho desse desenvolvimento depende da extensão da sua
limitação, quão breve ela foi diagnosticada corretamente e o quão rapidamente a
criança é colocada em um ambiente de estímulos apropriados. Crianças
com limitações mentais, por exemplo, precisam de estímulos freqüentes e
consistentes devido às suas dificuldades de concentração e memória. Elas
também podem ter dificuldades de percepção que tornam difícil compreender o
que está acontecendo ao redor e o motivo dessas coisas.
Concentre-se no sentido debilitado - em muitos casos, as habilidades da criança
podem ser melhoradas ao estimular o sentido deficiente. Crianças com distrofia
muscular, síndrome de Down e paralisia cerebral costumam se beneficiar de um
programa de fisioterapia que exercite seus músculos. Exercitar as pernas e pés da
criança com casos graves de espinha bífida os preparam para andar com
aparelhos e muletas. Já as crianças surdas podem aprender a usar sua audição
residual com a ajuda de equipamentos auditivos e treinamento auditivo que
aumenta e expande sua habilidade de ouvir. As crianças cegas podem afiar seus
outros sentidos para ajudar a compensar sua falta de visão, enquanto aprendem
sobre o mundo. E, por último, as crianças com síndrome de Down e paralisia
cerebral também podem se beneficiar de terapias visuais, auditivas e
ocupacionais.
Trabalhe com um fisioterapeuta - (ou terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo,
psicólogo) programas de estímulo preparados para crianças desde o nascimento
até os três anos demonstraram que mesmo crianças com necessidades
especiais graves podem aprender, crescer e participar do mundo que as cerca. Os
pais podem guiar muitos dos exercícios desses programas sozinhos, mas quase
sempre se beneficiam da supervisão de um terapeuta especializado. O seu posto
de saúde, escola pública ou secretaria da saúde locais podem ter um programa de
estímulo infantil adequado ou podem lhe recomendar um terapeuta especializado
que pode visitar sua casa regularmente para ajudar seu filho e ensinar exercícios
e jogos adequados para você. Hospitais universitários e organizações privadas
que auxiliam crianças com necessidades especiais também são boas fontes de
informação.
Use brincadeiras para explorar - brincadeiras são uma importante forma de
__________________________ 13
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
14. aprendizado para todas as crianças. As crianças com necessidades especiais que
não podem se movimentar para explorar sozinhas ainda têm a possibilidade de
aprender sobre os arredores ao viajar com a família. Dentro de casa, ela pode ser
carregada ou guiada de um cômodo a outro para tocar, sentir, ver, cheirar ou
ouvir vários objetos. Crianças cegas podem usar suas mãos, rostos, pés e outras
partes de seus corpos para explorar e aprender. E as surdas precisam de estímulos
de linguagem constantes e, como todas as crianças, precisam ouvir explicações
sobre o que está acontecendo ao seu redor. Figuras em livros e revistas são outra
forma de expor essas crianças a lugares, pessoas, animais e formas de vida fora
de seu círculo comum.
Brinquedos dão outro meio de compreender nossos corpos e o mundo.
Crianças com necessidades especiais podem ter problemas para usar brinquedos
convencionais, mas os pais podem adaptá-los às necessidades deles ou criar
brinquedos apropriados. Muitas comunidades possuem brinquedotecas que
funcionam como recurso para fornecer brinquedos projetados ou selecionados
especialmente para crianças com necessidades especiais.
No entanto, não importa o quanto um pai ou uma mãe tente dar a seu filho,
sempre há limites para o que eles podem conseguir sozinhos. Na próxima página,
vamos observar as opções disponíveis para suprir as outras necessidades dessas
Programas especiais para uma criança com necessidades especiais
Mais cedo ou mais tarde, uma criança com necessidades especiais vai participar
de um programa específico para ela, como um acampamento ou creche. Aqui vão
algumas dicas para escolher um programa especial.
Escolhendo um programa especial
Muitas deficiências possuem associações de âmbito nacional, que fornecem
informações e recomendam programas ou recursos. Muitas dessas associações
possuem sedes locais e grupos de apoio aos pais.
Se for sortudo o bastante para ter um leque de programas para escolher, como vai
escolher o melhor para o seu filho? Baseie suas decisões no quanto você confia
nos profissionais dos programas disponíveis e nas terapias que eles apresentam.
Algumas terapias são menos conhecidas e não disponíveis em tantos lugares
como outras. Freqüentemente, os educadores discordam quanto à seqüência de
__________________________ 14
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
15. aprendizagem, alguns educadores de surdez, por exemplo, acreditam que o
correto é apresentar a linguagem dos sinais à criança quase que imediatamente,
enquanto outros acreditam que as crianças devem ter somente treinamento
auditivo-oral antes de aprender quaisquer tipos de sinais. E pelo fato de as
opiniões e métodos dos profissionais serem diferentes, pesquise vários programas
antes de se comprometer (e o seu filho) com algum específico. Se considerar um
programa particular com terapeutas, lembre-se de que o custo do programa nem
sempre é um indicador de sua qualidade ou de que ele é o mais apropriado.
Embora os fatores custo e conveniência certamente influenciem sua decisão, os
pais também deveriam considerar outros:
• Por quanto tempo o programa será o melhor para seu filho?
• Você está falando de um novo programa que usa técnicas
experimentais ou de um programa já estabelecido que usa terapias
amplamente aceitas?
• Qual o nível da educação dos terapeutas que irão trabalhar com o seu
filho?
• Quem supervisiona o trabalho dos terapeutas?
• O que o terapeuta espera de você?
• Ele parece disposto a compartilhar a experiência dele com você?
• O terapeuta quer que você entenda seus métodos?
• O terapeuta parece capaz de estabelecer um bom entendimento com o
seu filho?
• Caso seja um programa novo, ele tem recursos garantidos ou tem que
levantar esses recursos todos os anos?
• Quantas crianças o programa ajuda no momento e como é a relação
entre os funcionários e alunos?
__________________________ 15
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
16. • As crianças com necessidades especiais múltiplas estão juntas em salas
de aula com crianças que têm somente uma ou duas claramente
definidas?
Expectativas dos profissionais - talvez o fator mais importante ao escolher um
desses programas sejam as expectativas dos profissionais envolvidos. Cada
criança é diferente e traz ao programa sua própria determinação para conseguir
atingir o resultado. Os pais podem ver pontos fortes e reconhecer progressos que
os profissionais não percebem. Se as expectativas dos profissionais forem muito
baixas, seu filho pode não progredir tão rapidamente quanto você acha que seria
o correto. E se as expectativas deles forem muito grandes, o seu filho pode se
sentir frustrado.
Seu relacionamento com os profissionais
A maioria dos profissionais recebe bem e encoraja o envolvimento ativo dos pais
em decisões que afetam a criança. Embora seja seguro presumir que a maioria
dos profissionais que lida com crianças com necessidades especiais quer vê-las
bem cuidadas, eles podem trazer consigo certos preconceitos que não ajudam a
todas as crianças. Se você tem as suas próprias opiniões, expresse-as. O ideal é
que você fale abertamente com os profissionais a respeito de suas preocupações e
dúvidas. Se o terapeuta estiver muito ocupado ou apresentar resistência a essas
discussões, ou se achar que essas reuniões são improdutivas e insatisfatórias,
reflita sobre a possibilidade de encontrar um novo programa ou terapeuta.
Embora seja do interesse da criança ter um tratamento a longo prazo, é melhor
mudar de programa se acredita que seu filho não está recebendo o que deveria.
Outra consideração importantíssima para pais de uma criança com necessidade
especial é quando seu filho deve ir para escola e qual a melhor escola. Vamos
olhar as opções disponíveis na próxima seção.
Educação para uma criança com necessidades especiais
Conforme as crianças vão ficando mais velhas, os pais podem considerar a
hipótese de mandá-las para a pré-escola ou maternal. Você deve enviar o seu
filho para uma escola especial onde estará com outras crianças na mesma
condição e na qual os professores são treinados para lidar com se problema
específico? Algumas vezes, não há escolas especiais ou elas ficam muito longe, o
__________________________ 16
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
17. que obriga seu filho a fazer uma viagem longa para a escola todos os dias ou
morar nela.
Colocando seu filho em escolas comuns - mesmo quando há escolas especiais
por perto, uma opção é mandar seu filho para um maternal comum. Muitos
especialistas acreditam que crianças jovens com deficiências leves a moderadas
ficam melhores quando são mantidas em um ambiente normal o máximo período
de tempo possível. Essas crianças costumam aceitar melhor as diferenças do que
crianças mais velhas ou adultos, o que vai fazer com que uma criança com
necessidades especiais não se sinta diferente ou isolada em um maternal comum.
Muitos maternais têm boa vontade e capacidade para aceitar crianças
com problemas leves a moderadas. Há até mesmo aqueles que aceitam crianças
com necessidades especiais graves.
Certas filosofias de educação são mais dispostas a integrar essas crianças. Se não
puder encontrar uma dessas escolas em sua região, procure uma escola do
método Montessori ou de outro método não tradicional para a educação maternal.
Se estiver pensando em colocar seu filho em uma escola comum com pouca ou
nenhuma experiência nessa área, observe e fale com o diretor e com os
professores que cuidarão dele. Seja honesto a respeito de suas necessidades.
Pergunte sobre as atitudes da escola com relação a essa questão e com relação ao
problema esepecífico do seu filho. Como os professores costumam lidar com
problemas de indisciplina e ironias? Como eles agem quando outras crianças
fazem perguntas sobre o seu filho? Você sente que as expectativas dos
professores são razoáveis e consistentes com as suas para crianças em geral e
para o seu filho em particular?
Se decidir mesmo colocar seu filho em uma escola comum, prepare-se para servir
como fonte de informações para a escola. Você pode decidir visitar a sala de aula
e conversar com as crianças sobre como funciona um aparelho de surdez, o
motivo de seu filho usar aparelhos ou a razão de sua aparência ou o motivo de
sua fala. Prepare-se para frustrações, especialmente no começo, enquanto os pais
e outros alunos se esforçam para entender seu filho e como se relacionar com ele.
Planeje-se para observar a rotina da escola com freqüência. Se a sua presença
perturba a rotina do seu filho, peça a amigos para fazer essa observação. Ao
__________________________ 17
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
18. observar, não se concentre somente no seu filho. Os pais de crianças
com necessidades especiais costumam ter surpresas (agradáveis) quando
observam o quanto as outras crianças são parecidas com seu filho.
Seus direitos
De acordo com a lei 7853 (24/10/98) regulamentada pelo Decreto 3298
(20/10/99), cada criança tem um programa de educação individualizado que
indica quais tipos de educação especial e serviços relacionados a criança irá
receber. Os pais têm o direito de participar de cada decisão relacionada à
educação de seu filhos e de contestar e apelar contra qualquer decisão a respeito
da identificação, avaliação ou colocação de seu filho.
Há muitas entidades e órgãos que dão respaldo a crianças com deficiências dos 3
aos 21 anos. Mas é possível encontrar várias escolas que fornecem programas
para crianças menores de três anos de idade mesmo quando isso não é exigido
por lei. Muitos desses programas recebem financiamento federal.
Embora a lei tenha tentado fornecer educação à maioria das crianças com
necessidades especiais, ela não padronizou a qualidade dessa educação, o que
pode variar muito de estado para estado e de uma escola para outra. E até dentro
da mesma escola, certas necessidades especiais encontram um suporte maior do
que outras. E mais, cortes nos orçamentos governamentais têm afetado
especialmente os programas educacionais, muitos dos quais foram cortados ou
simplesmente eliminados. Esteja ciente de que o melhor programa para o seu
caso pode não estar disponível perto de sua casa. Muitos distritos escolares
fornecem informações sobre o que está disponível, assim como orientações
descrevendo os direitos educacionais das crianças. Se o seu distrito não pode
fornecer informações e uma cópia das leis em vigor, entre em contato com o
órgão governamental responsável pela educação.
Criar uma criança com necessidades especiais traz desafios únicos para os pais.
Mas há muitos recursos por aí que podem dar assistência e muito conhecimento
disponível sobre como estimular o desenvolvimento, o que significa que uma
criança deficiente agora pode progredir mais do que podia há uma década. E,
como com qualquer criança, é possível compartilhar com os outros as alegrias
das novas conquistas!
__________________________ 18
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
19. Dislexia
Dislexia é um transtorno genético e hereditário da linguagem, de origem
neurobiológica, que se caracteriza pela dificuldade de decodificar o estímulo
escrito ou o símbolo gráfico. A dislexia compromete a capacidade de aprender a
ler e escrever com correção e fluência e de compreender um texto. Em diferentes
graus, os portadores desse defeito congênito não conseguem estabelecer a
memória fonêmica, isto é, associar os fonemas às letras.
De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia, o transtorno acomete de
0,5% a 17% da população mundial, pode manifestar-se em pessoas com
inteligência normal ou mesmo superior e persistir na vida adulta.
A causa do distúrbio é uma alteração cromossômica hereditária, o que explica a
ocorrência em pessoas da mesma família. Pesquisas recentes mostram que a
dislexia pode estar relacionada com a produção excessiva de testosterona pela
mãe durante a gestação da criança.
Sintomas
Os sintomas variam de acordo com os diferentes graus de gravidade do distúrbio
e tornam-se mais evidentes durante a fase da alfabetização. Entre os mais comuns
encontram-se as seguintes dificuldades: 1) para ler, escrever e soletrar; 2) de
entendimento do texto escrito; 3) para de identificar fonemas, associá-los às
letras e reconhecer rimas e aliterações; 4) para decorar a tabuada, reconhecer
símbolos e conceitos matemáticos (discalculia); 5) ortográficas: troca de letras,
inversão, omissão ou acréscimo de letras e sílabas (disgrafia); 6) de organização
temporal e espacial e coordenação motora.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por exclusão, em geral por equipe multidisciplinar (médico,
psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, neurologista). Antes de afirmar que
uma pessoa é disléxica, é preciso descartar a ocorrência de deficiências visuais e
auditivas, déficit de atenção, escolarização inadequada, problemas emocionais,
psicológicos e socioeconômicos que possam interferir na aprendizagem.
É de extrema importância estabelecer o diagnóstico precoce para evitar que
sejam atribuídos aos portadores do transtorno rótulos depreciativos, com reflexos
negativos sobre sua auto-estima e projeto de vida.
__________________________ 19
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
20. Tratamento
Ainda não se conhece a cura para a dislexia. O tratamento exige a participação de
especialistas em várias áreas (pedagogia, fonoaudiologia, psicologia, etc.) para
ajudar o portador de dislexia a superar, na medida do possível, o
comprometimento no mecanismo da leitura, da expressão escrita ou da
matemática.
Recomendações
* Algumas dificuldades que as crianças podem apresentar durante a alfabetização
só ocorrem porque são pequenas e imaturas e ainda não estão prontas para iniciar
o processo de leitura e escrita. Se as dificuldades persistirem, o ideal é
encaminhar a criança para avaliação por profissionais capacitados;
* O diagnóstico de dislexia não significa que a criança seja menos inteligente;
significa apenas que é portadora de um distúrbio que pode ser corrigido ou
atenuado;
* O tratamento da dislexia pressupõe um processo longo que demanda
persistência;
* Portadores de dislexia devem dar preferência a escolas preparadas para atender
suas necessidades específicas;
* Saber que a pessoa é portadora de dislexia e as características do distúrbio é o
melhor caminho para evitar prejuízos no desempenho escolar e social e os rótulos
depreciativos que levam à baixa-estima.
Ref. Bibliográfica
http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/dislexia/
__________________________ 20
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
21. Transtorno do déficit de atenção e
hiperatividade (TDAH)
A Síndrome do Transtorno do Déficit de Atenção / Hiperatividade, conhecida
pela sigla TDAH, é caracterizada pela presença simultânea de desatenção,
hiperatividade e impulsividade.
A desatenção pode ser identificada por:
Dificuldade de prestar atenção a detalhes ou errar por descuido em
atividades escolares e de trabalho;
Dificuldade para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;
parecer não escutar quando lhe dirigem a palavra;
Não seguir instruções e não terminar tarefas escolares, domésticas ou
deveres profissionais;
Dificuldade em organizar tarefas e atividades;
Evitar, ou relutar, em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental
constante;
Perder coisas necessárias para tarefas ou atividades;
Ser facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa;
Apresentar esquecimentos em atividades diárias.
A hiperatividade se caracteriza pela presença freqüente das seguintes
características:
Agitar as mãos ou os pés ou se remexer na cadeira;
Abandonar sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se
espera que permaneça sentado;
Correr ou escalar em demasia, em situações nas quais isto é inapropriado;
Dificuldade em brincar ou envolver-se silenciosamente em atividades de
lazer;
Estar freqüentemente “a mil” ou muitas vezes agir como se estivesse “a
todo o vapor”;
Falar em demasia.
Os sintomas de impulsividade são:
Freqüentemente dar respostas precipitadas antes das perguntas terem sido
concluídas;
Com freqüência ter dificuldade em esperar a sua vez;
Freqüentemente interromper ou se meter em assuntos de outros.
Ref. Bibliográfica
http://www.tuasaude.com/transtorno-do-deficit-de-atencao-e-hiperatividade-tdah/
__________________________ 21
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
22. Autismo
Definições:
O autismo é uma deficiência no desenvolvimento que se manifesta de maneira
grave por toda a vida. É incapacitante e aparece tipicamente nos três primeiros
anos de vida. Acomete cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos e é quatro vezes
mais comum no sexo masculino do que no feminino. É encontrado em todo o
mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Não se
conseguiu até agora provar qualquer causa psicológica no meio ambiente dessas
crianças, que possa causar a doença.
( Autism Society of American Associação Americana de Autismo-ASA).
Transtorno global do desenvolvimento caracterizado por: um desenvolvimento
anormal ou alterado, manifestado antes da idade de três anos, e apresentando
uma perturbação característica do funcionamento em cada um dos três domínios
seguintes: interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e
repetitivo. Além disso, o transtorno se acompanha comumente de numerosas
outras manifestações inespecíficas, por exemplo: fobias, perturbações de sono ou
da alimentação, crises de birra ou agressividade. (CID-10 – 2000)
Causas:
Não se conhece a causa do autismo, mas, estudos de gêmeos idênticos indicam
que a desordem pode ser, em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos
os gêmeos se acontecer em um. Embora a maioria dos casos não tenha nenhuma
causa óbvia, alguns podem estar relacionados a uma infecção viral, fenilcetonúria
que é uma deficiência herdada de enzima, ou a síndrome do X frágil. Além disso,
pode-se admitir que tenha relação com fatos ocorrido durante a gestação ou
parto.
__________________________ 22
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
23. Sintomas:
Os sintomas do autista, geralmente persistem ao longo de toda a vida e são
verificados através de muita observação, tais como:
• Usa as pessoas como ferramenta, isto é, aponta objetos para que as
pessoas peguem para eles sem manifestarem esforço para faze-lo.
• Resiste a mudanças de rotina.
• Isola-se e não se mistura a outras crianças.
• Não mantêm contato visual com outra pessoa.
• Age como se fosse surdo, não atendendo a chamados.
• Resiste ao aprendizado.
• Apresenta apego a determinados objetos.
• Não apresenta medo de perigos.
• Gira objetos de maneira estranho e peculiar.
• Apresenta risos e movimentos com relação a nada.
• Resiste extremamente ao contato físico.
• Acentuada hiperatividade física.
• Às vezes torna-se agressivo, destrói objetos, ataca e fere pessoas
aparentemente sem motivo.
• Apresenta certos gestos imotivados como balançar as mãos ou ficar
balançando-se.
• Apresenta comportamento indiferente e arredio.
• Cheira ou lambe os brinquedos, etc...
Diagnóstico
Não existem exames laboratoriais ou de imagem que diagnostiquem o autismo.
Os pais são os primeiros a notar algo diferente nas crianças autistas. Quando
bebê mostra-se indiferente à estimulação por pessoas ou brinquedos, focando sua
atenção por longos períodos em determinados itens. Outras crianças começam
com um desenvolvimento normal nos primeiros meses para mais tarde tornar-se
isolado a tudo e a todos. Normalmente, o diagnóstico é feito clinicamente através
de entrevista e histórico do paciente. No entanto, tem famílias que levam anos
para perceber algo anormal na criança, causando atraso para o início de uma
educação especial, pois quanto antes se inicia o tratamento, melhor é o resultado.
Tratamento
O tratamento deve ser feito por uma equipe multi e interdisciplinar:
• Tratamento médico - formado por pediatra, neurologista, psiquiatra e
dentista.
__________________________ 23
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
24. • Tratamento não-médico - formado por psicólogo, fonoaudiólogo,
pedagogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e orientador familiar.
Contudo, a família e a base do tratamento com envolvimento total ao mesmo,
estes devem procurar uma fonte de apoio que pode ser um terapeuta, um amigo,
uma religião e lembrar-se sempre que o autismo é para sempre, mas não é uma
sentença de morte e todos os familiares devem procurar se informar ao máximo
sobre o autismo, para poder auxiliar no tratamento.
Os medicamentos continuam sendo componentes importante para o tratamento,
porém nem todos os pacientes deverão utilizá-lo.
O sucesso do tratamento depende exclusivamente da dedicação qualificação dos
profissionais que se dedicam ao atendimento, bem como a dedicação e empenho
dos familiares.
Bibliografia:
MELLO, A. M. S. R, Autismo: Guia prático, 3ª Edição, São Paulo: AMA;
Brasília: CORDE, 2004, 93p.
CAVALCANTE, A. E. C., ROCHA, P. S; Autismo, 2ª Edição, São Paulo – Casa
do Psicólogo, 2002, 150p.
http://www.autismo.com.br/ Endereço eletrônico acessado em 04 de outubro de
2005.
__________________________ 24
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
25. Deficiência Mental
Segundo a AAMR (Associação Americana de Deficiência Mental) e DSM-IV
(Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), pode-se definir
deficiência mental como o estado de redução notável do funcionamento
intelectual inferior à média, associado a limitações pelo menos em dois aspectos
do funcionamento adaptativo: comunicação, cuidados pessoais, competência
domésticas, habilidades sociais, utilização dos recursos comunitários, autonomia,
saúde e segurança, aptidões escolares, lazer e trabalho.
Segundo critérios das classificações internacionais, o início da Deficiência
Mental deve ocorrer antes dos 18 anos, caracterizando assim um transtorno do
desenvolvimento e não uma alteração cognitiva como é a Demência.
É preciso que haja vários sinais para que se suspeite de deficiência mental. Um
único aspecto não pode ser considerado como indicativo de qualquer deficiência.
A deficiência mental pode ser caracterizada por um quociente de inteligência
(QI) inferior a 70, média apresentada pela população, conforme padronizado em
testes psicométricos ou por uma defasagem cognitiva em relação às respostas
esperadas para a idade e realidade sociocultural, segundo provas, roteiros e
escalas, baseados nas teorias psicogenéticas.
Classificação da OMS (Organização Mundial da Saúde)
Coeficiente DenominaçãoNível cognitivo segundo Idade mental
intelectual Piaget correspondente
Menor de 20 Profundo Período Sensório-Motriz 0-2 anos
Entre 20 e 35 Agudo grave Período Sensório-Motriz 0-2 anos
Entre 36 e 51 Moderado Período Pré-operativo 2-7 anos
Entre 52 e 67 Leve Período das Operações 7-12 anos
Concretas
Todos os aspectos citados anteriormente devem ocorrer durante o
desenvolvimento infantil para que um indivíduo seja diagnosticado como sendo
portador de deficiência mental.
Intensidade dos Apoios
Intermitente:
__________________________ 25
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
26. Apoio 'quando necessário'. Se caracteriza por sua natureza de episódios. Assim, a
pessoa não precisa sempre de apoio ou requer apoio de curta duração durante
momentos de transição em determinados ciclos da vida (por exemplo, perda do
emprego ou fase aguda de uma doença). Este apoio pode ser de alta ou de baixa
intensidade.
Limitado:
Apoios intensivos caracterizados por sua duração, por tempo limitado, mas não
intermitente. Podem requerer um menor número de profissionais e menor custo
que outros níveis de apoio mais intensivos (por exemplo, treinamento para o
trabalho por tempo limitado ou apoios transitórios durante o período entre a
escola e a vida adulta).
Extenso:
Apoios caracterizados por sua regularidade (por exemplo, diária) em pelo menos
em algumas áreas (tais como na vida familiar ou na profissional) e sem limitação
temporal (por exemplo, apoio a longo prazo e apoio familiar a longo prazo)
Generalizado:
Apoios caracterizados por sua constância e elevada intensidade, proporcionados
em diferentes áreas, para proporcionar a vida. Estes apoios generalizados exigem
mais pessoal e maior intromissão que os apoios extensivos ou os de tempo
limitado. "
Dados Estatísticos
Segundo a Organização Mundial de Saúde, 10% da população em países em
desenvolvimento, são portadores de algum tipo de
deficiência, sendo que metade destes são portadores de deficiência mental.
Causas e Fatores de Risco
As causas e os fatores de risco que podem levar à instalação da deficiência
mental são inúmeros e muitas vezes não se chega a definir a causa da deficiência
mental. Citaremos alguns fatores de risco que podem levar a deficiência mental:
Fatores de Risco e Causas Pré Natais.
Incidem desde a concepção até o início do trabalho de parto como:
• desnutrição materna;
• má assistência à gestante;
• doenças infecciosas: sífilis, rubéola, toxoplasmose;
• tóxicos: alcoolismo, consumo de drogas, efeitos colaterais de
medicamentos (medicamentos teratogênicos), poluição ambiental,
tabagismo;
• genéticos: alterações cromossômicas (numéricas ou estruturais), ex. :
Síndrome de Down, Síndrome de Matin Bell; alterações gênicas, ex.: erros
__________________________ 26
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
27. inatos do metabolismo (fenilcetonúria), Síndrome de Williams, esclerose
tuberosa, etc.
Fatores de Risco e Causas Periantos.
Incidem do início do trabalho de parto até o 30º dia de vida do bebê como:
• má assistência ao parto e traumas de parto;
• oxigenação cerebral insuficiente;
• Prematuridade e baixo peso;
• Icterícia grave do recém nascido.
Fatores de Risco e Causas Pós Natais.
Incidem do 30º dia de vida até o final da adolescência e podem ser:
• Desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação global;
• Infecções: meningoencefalites, sarampo, etc. ;
• Intoxicações exógenas (envenenamento): remédios, inseticidas, produtos
químicos (chumbo, mercúrio, etc.);
• Acidentes: trânsito, afogamento, choque elétrico, asfixia, quedas, etc.
• Infestações: neurocisticircose (larva da Taenia Solium).
Como Identificar:
• Atraso no desenvolvimento neuro-psicomotor (a criança demora para
firmar a cabeça, sentar, andar, falar.
• Dificuldade no aprendizado (dificuldade de compreensão de normas e
ordens, dificuldade no aprendizado escolar).
Diagnóstico:
O diagnóstico, sempre que possível, deve ser feito por uma equipe
multiprofissional, composta pelo menos de um assistente social, um médico e um
psicólogo que atuando em equipe possuem condições de avaliar o indivíduo em
sua totalidade.
• assistente social - analisará os aspectos sócio culturais
• médico - analisará os aspectos biológicos
• psicólogo - avaliará os aspectos psicológicos e nível de deficiência
mental.
Após as avaliações, em reunião, todos os aspectos devem ser discutido em
conjunto pelos profissionais que atenderem o caso, para as conclusões finais e
diagnóstico, definindo as condutas a serem tomadas.
Acreditamos que com essa sistemática de trabalho em equipe, é bem mais fácil a
orientação da família que, entendendo as potencialidades do filho e suas
necessidades poderá participar e cooperar no tratamento proposto. A participação
da família é fundamental no processo de atendimento à pessoa com deficiência
mental.
__________________________ 27
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
28. Bibliografia
• LUCKASSON, R et. al. Mental retardion: definition, classification and
systems of supports. 9ª ed. Washington, AAMR, c1992, 1997.
• MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS
MENTAIS. DSM-IV. Trad. De Dayse Batista. 4.ed. Porto Alegre, Artes
Médicas, 1995.
• KRYNSKI, S. et. al. Novos rumos da deficiência mental, São Paulo,
Sarvier, 1983
• FEDERAÇÃO DAS APAES DO ESTADO DE SÃO PAULO, Prevenção
- a única solução, São Paulo, APAE,
• 1991.
• VERDUGO, M. A. El cambio de paradigma en la concepcion del retraso
mental: la nueva definicion de la AAMR. Ciclo Cero, Vol. 25(3). Pág.5-
25, 1994.
• MATOS, C. J. B. de; Gorla, J. I.; Gonçalves, H. R. Crescimento e
desenvolvimento físico de portadores de deficiência mental da APAE de
Umuarama – PR. Endereço eletrônico:
http://www.efdeportes.com/efd51/apae.htm, acessado em 15/09/2005.
• TEMBE, F. M. A Criança portadora da deficiência mental e a educação.
Disability World, Volumen No. 12 Enero-Marzo 2002. Endereço
eletrônico: http://www.disabilityworld.org/01-
03_02/spanish/ninos/educationport.shtml, acessado em 15/09/2005
__________________________ 28
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
29. Obesidade Infantil e na Adolescência
A obesidade não é mais apenas um problema estético, que
incomoda por causa da “zoação” dos colegas. O excesso de peso
pode provocar o surgimento de vários problemas de saúde como
diabetes, problemas cardíacos e a má formação do esqueleto.
Cerca de 15% das crianças e 8% dos adolescentes sofrem de problemas de
obesidade, e oito em cada dez adolescentes continuam obesos na fase adulta.
As crianças em geral ganham peso com facilidade devido a fatores tais como:
hábitos alimentares errados, inclinação genética, estilo de vida sedentário,
distúrbios psicológicos, problemas na convivência familiar entre outros.
As pessoas dizem que crianças obesas ingerem grande quantidade de comida.
Esta afirmativa nem sempre é verdadeira, pois em geral as crianças obesas usam
alimentos de alto valor calórico que não precisa ser em grande quantidade para
causar o aumento de peso.
Consumo demasiado de alimentos gordurosos
Como exemplo podemos citar os famosos sanduíches (hambúrguer,
misto-quente, cheesburguer etc.) que as mamães adoram preparar
para o lanche dos seus filhos, as batatas fritas, os bife passados na
manteiga são os verdadeiros vilãs da alimentação infantil, vindo de
encontro ao pessoal da equipe de saúde que condenam estes
alimentos expondo os perigos da má alimentação aos pais onde
alguns ainda pensam que criança saudável é criança gorda. As
crianças costumam também a imitar os pais em tudo que eles
fazem, assim sendo se os pais tem hábitos alimentares errados,
acaba induzindo seus filhos a se alimentarem do mesmo jeito.
Falta de atividades físicas
A vida sedentária facilitada pelos avanços tecnológicos
(computadores, televisão, videogames, etc.), fazem com que as
crianças não precisem se esforçar fisicamente a nada. Hoje em dia,
ao contrário de alguns anos atrás, as crianças devido a violência
urbana a pedido de seus pais, ficam dentro de casa com atividades
que não as estimulam fazer atividades físicas como correr, jogar
__________________________ 29
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
30. bola, brincar de pique etc., levando-as a passarem horas paradas
enfrente a uma tv ou outro equipamento eletrônico e quase sempre
com um pacote de biscoito ou um sanduíche regados a refrigerantes.
Isto é um fator preocupante para o desenvolvimento da obesidade.
Ansiedade
Não são apenas os adultos que sofrem de ansiedade provocados pelo
stress do dia a dia. Os jovens também são alvos deste sintoma,
causados, por exemplo, por preocupações em semanas de prova na
escola ou pela tensão do vestibular, entre outros. A ansiedade os faz
comer mais.É como se fosse uma comilança compulsiva, sem fome.
Psiquiatras afirmam que por trás de um obeso sempre poderá existir
um problema psicológico, agravando-se devido a nossa cultura onde
a sociedade exclui os gordinhos de várias brincadeiras devido a sua
situação. Isso só leva a criança ou adolescente a piorar porque quase
sempre são tímidas e sentem-se envergonhadas, acabam se isolando e
fazendo da alimentação uma “fuga” da realidade, isto é, quanto mais
rejeitado, mais ansiosos mais comem.
Depressão
Pessoas com sintomas de depressão, sofrem alterações no apetite
podendo emagrecer ou engordar. Algumas pesquisas comprovaram
que a pessoa deprimida, geralmente não pratica atividades físicas e
come mais doces, principalmente, o chocolate.
Fatores hormonais
A obesidade pode ainda ter correlação com variações hormonais
tais como: excesso de insulina; deficiência do hormônio de
crescimento; excesso de hidrocortizona, os estrógenos etc.
Fatores Genéticos
Algumas pesquisas já revelaram que se um dos pais é obeso, o
filho tem 50% de chances de se tornar gordinho, e se os dois pais
estão acima do peso, o risco aumenta para 100%. A criança que
__________________________ 30
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
31. tem pais obesos corre o risco de se tornar obesa também porque a
obesidade pode ser adquirida geneticamente.
Você já prestou atenção e que tem sempre alguém gordinho na
sua turma ou entre os seus amigos do bairro?
Isso indica que a obesidade é um risco cada vez mais presente na
vida dos jovens de hoje em dia, o que é muito preocupante. Você
sabia que nos anos 70, a relação de brasileiros obesos entre 6 e 18
anos em condições acima do peso eram apenas 3%?
E o pior que nos últimos 30 anos o contingente de gordos
aumentou 5 vezes, ou seja, aproximadamente 6,5 milhões de
crianças e adolescentes são obesos.
Prevenção é a palavra chave para evitar a obesidade. Aqui vão
algumas dicas recomendadas por médicos e nutricionistas para
que você se previna contra esse mal e tenha uma vida sempre
saudável:
• Seguir uma alimentação balanceada, rica em frutas, legumes
e verduras.
• Respeitar os horários das refeições e não beliscar guloseimas
entre um intervalo e outro.
• Evitar alimentos gordurosos, como doces, frituras e
refrigerantes
• Praticar atividades físicas, sejam esportes no colégio ou
academia, desde que seja orientado por um profissional.
Caminhar é a melhor pedida, pois qualquer pessoa pode.
• Beba bastante água, pelo menos 2 litros por dia. A água é
importantíssima no bom desempenho das funções do organismo.
Principalmente para quem pratica atividades físicas, pois mantém
o corpo sempre hidratado.
A obesidade é um problema grave e deve ser encarado com cuidado. Se você está
ou conhece alguém que esteja acima do peso, deve procurar ajuda médica, pois
as causas da obesidade podem ter diversas origens desde hábitos irregulares até
fatores genéticos e hormonais. Quanto mais cedo for tratado, maiores são as
chances de cura. Mas não se esqueça que o mais importante é estarmos de bem
com nós mesmos. Ter um corpo legal depende do equilíbrio emocional e uma
mente consciente.
Ivana Silva e Cássia Nunes
__________________________ 31
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
32. Sindrome de Down
Para entender melhor o termo vamos
tentar explicar por partes começando
pela origem do nome da síndrome.
Síndrome – Conjunto de características
que prejudicam de algum modo o
desenvolvimento do indivíduo.
Down – Sobrenome do médico que
descreveu esta síndrome John Langdon
Down .
A Síndrome de Down também pode ser chamada de trissomia do 21 e as pessoas
que a possuem de trissômicos . Freqüentemente, a Síndrome de Down é chamada
de "mongolismo" e as pessoas que a apresentam de "mongolóides". Todavia,
estes termos são totalmente inadequados preconceituosos, criados a partir de
descrições incorretas realizadas no passado e, por isso, devem ser evitados .
A síndrome de down é um atraso no desenvolvimento, das funções motoras do
corpo e das funções mentais, o bebê é pouco ativo e “molinho” (hipotonia).
células possui 46 cromossomos, que são iguais, dois a dois, quer dizer, existem
23 pares ou duplas de cromossomos dentro de cada célula. Um desses
cromossomos, chamado de nº21 é que está alterado na Síndrome de Down. A
criança que possui a Síndrome de Down, tem um cromossomo 21 a mais, ou seja,
ela tem três cromossomos 21 em todas as suas células, ao invés de ter dois. É a
trissomia 21. Portanto a causa da Síndrome de Down é a trissomia do
cromossomo 21. Podemos dizer que é um acidente genético. Esse erro não está
no controle de ninguém.
Conseqüências
Em face de hipotonia do bebê, este é mais quieto, apresenta dificuldade para
sugar, engolir, sustentar a cabeça e os membros.
A abertura das pálpebras é inclinada como parte externa mais elevada, e a prega,
no canto interno dos olhos é como nas pessoas da raça amarela. Tem a língua
protusa (para fora da boca). Em 40% dos casos são encontradas cardiopatias. Sua
estatura é baixa. Apresenta um rebaixamento intelectual.
__________________________ 32
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
33. Não há cura para esta síndrome, ela é uma anomalia das próprias células, por isso
não exite meio algum de cura até o momento.
Como forma de tratamento pode-se iniciar a partir do 15º dia do nascimento
programas de estimulação precoce que propiciem ao bebê seu desenvolvimento
motor e intelectual.
Bibliografia
PUECHEL, S. – Síndrome de Down Guia Para Pais e Educadores. 4º ed.
Campinas: Papitus, 1993.
MANTOAN, E. T. M. Essas Crianças Tão Especiais. – Manual para Solicitação
do Desenvolvimento de Crianças Portadoras da Síndrome de Down, Corde
(Coordenação Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência) –
Brasília, 1993.
TELFORD, C. W., Sawrey, J. M. O indivíduo Excepcional - 5ª Edição
Texto de Ivana Silva, revisado por Cássia Nunes
__________________________ 33
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
34. Síndrome do Usher
A comunicação com o tato facilita a vida dos portadores da doença, que afeta a audição
e a visão.
De origem genética, a síndrome tem graus variáveis se associando a surdez, presente já
no nascimento, com a perda gradual da visão, que se inicia na infância ou na
adolescência. A cegueira, parcial ou total, é causada pela retinose pigmentar, mal que
pode atingir até não-portadores.
A doença afeta primeiro a visão noturna e depois a periférica, das laterais, preservando
por mais tempo a central. Causa também sensibilidade a excesso de luminosidade.
Embora esta síndrome seja incurável, é possível suavizar ou espaçar alguns de seus
efeitos. Nos casos de surdez parcial pode-se atenuar com cirurgias e aparelhos auditivos.
Os óculos também podem ser mais adequados, incluindo os de visão subnormal. A
retinose pigmentar costuma ainda ter problemas associados, como catarata e edema
macular, que podem ser operados, permitindo que a pessoa enxergue melhor por mais
tempo.
O importante é diagnosticar precocemente esta síndrome para que se possa tomar
medidas no sentido de amenizar ou mesmo retardar as seqüelas desta doença. Nos casos
de qualquer sintoma relacionado à surdez e a visão na infância, precisa-se estar atento ,
para identificar a presença da Síndrome de Usher.
__________________________ 34
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
35. EXISTEM QUATRO TIPOS DE SÍNDROME DE USHER
USHER TIPO I Provoca surdez profunda de nascimento e
retinose pigmentar, cegueira noturna com
perda de equilíbrio.
USHER TIPO II Provoca surdez leve a moderada, não
progressiva com retinose pigmentar no início
na puberdade, cegueira noturna e com perda
de equilíbrio na maioria dos casos na fase
adulta.
USHER TIPO III Provoca surdez neuro-sensorial congênita
progressiva, isto é, nascem com uma boa
audição ou com ligeira perda, que aos poucos
vai aumentando. Apresentam também
retinose pigmentar e cegueira noturna que
aparece na infância, com perda de equilíbrio.
USHER TIPO IV É um tipo mais raro , afeta apenas 10% da
população acometida pela Síndrome de
Usher.
Bibliografia:
• Swaricz, W. B.; Bonfim, R. O. do; Dias, S. M. S. Você sabe o que é Síndrome
de USHER? Universidade Tuiuti do Paraná Centro de Reabilitação"Sydnei
Antonio" – CRESA
• ABREU, M, Chies MA, Abreu G. Síndrome de Usher: novos conceitos. Arq Inst
Penido Burnier 1997;39:13-21.
• FISHMAN, G. A .Kumar A, Joseph ME, Torok N Anderson RJ. Usher’s
syndrome. Ophthalmic and neuro-otologic findings suggesting genetic
heterogeneity. Arch Ophthalmol 1983;101:1367-74.
• HECKENLIVELY R.P. Jr. Syndromes. Philadelphia: J B Linppincott; 1988.
p.221-38.
• CARR, R.E., Heckenlively RP Jr. Hereditary pigmentary degenerations of the
retina In: Tasman W, Jaeger EA editors. Duane‘s clinical ophthalmology
[monograph on CD-ROM]. 4th ed. Philadelphia: Linppincott; 1993. v.3, cap. 24.
• FEDERMAN, J. L., Gouras P, Schubert H, Slusher MM, Vrabec TR. Hereditary
and primary degenerations In: Retina and vitreous. St. Louis: Mosby; 1994.
cap.8. p.8.11-8.16.
• PIAZZA, L, Fishman G.A, Farber M, Derlack D, Anderson RJ. Visual acuity
loss in patients with Usher’s syndrome. Arch Ophthalmol 1986;104:1336-9.
__________________________ 35
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
36. Síndrome de Williams
Embora comecem a falar
tarde, por volta dos 18 meses, demonstram facilidade para aprender rimas e
canções, demonstrando muita sensibilidade musical e concomitantemente boa
memória auditiva.
Seu desenvolvimento motor é mais lento. Demoram a andar, e tem grande
dificuldade em executar tarefas que necessitem de coordenação motora tais
como: cortar papel, desenhar, andar de bicicleta, amarrar o sapato etc..
O que é?
A Síndrome de Williams também conhecida como síndrome Williams-Beuren é
uma desordem genética que, talvez, por ser rara, freqüentemente não é
diagnosticada. Sua transmissão não é genética. O nome desta síndrome vem do
médico, Dr. J.C.P. Williams que a descreveu em 1961 na Nova Zelândia e pelo
Dr. A. J. Beuren da Alemanha em 1962 .
Acometendo ambos os sexos, na maioria dos casos infantis (primeiro ano de
vida), as crianças têm dificuldade de se alimentar, ficam irritadas facilmente e
choram muito.
A síndrome de Williams é uma doença caracterizada por "face de gnomo ou
fadinha”, nariz pequeno e empinado, cabelos encaracolados, lábios cheios, dentes
pequenos e sorriso freqüente. Estas crianças normalmente têm problemas de
coordenação e equilíbrio, apresentando um atraso psicomotor. Seu
comportamento é sociável e comunicativo embora utilizem expressões faciais,
contatos visuais e gestos em sua comunicação.
Tratamento e Prevenção das Complicações
É muito importante identificar portadores desta síndrome logo na primeira
infância, pois, tem influência em diversas partes do desenvolvimento cognitivo,
comportamental e motor.
As medidas preventivas devem-se iniciar logo após o diagnóstico com um estudo
minucioso para descarte de anomalias do coração e rins. É necessário monitorar
__________________________ 36
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
37. freqüentemente a hipertensão arterial, incluindo a avaliação da tensão arterial nos
quatro membros.
A otite crônica exige avaliações auditivas freqüentes e quando necessário o envio
para uma consulta de otorrinolaringologia. O tratamento de problemas dentários
necessita da profilaxia da endocardite. Face às infecções urinárias freqüentes
torna-se necessário avaliar a função renal periodicamente e realizar um estudo
minucioso na infância e na adolescência.
Na adolescência, para além de se manter a vigilância dos sistemas já descritos,
deve-se pesquisar a presença de escoliose e contratura das articulações. Os
problemas alimentares observados nos mais novos são ultrapassados, sendo a
obesidade encontrada em 29% dos adultos. O comportamento e aproveitamento
escolar, quando problemáticos carecem de medidas de apoio. A ansiedade pode
estar associada à úlcera péptica e a litíase biliar é um diagnóstico possível em
doentes com dores abdominais.
Personalidade e comportamento
Nas crianças portadoras desta síndrome é grande a sociabilidade, entusiasmo,
grande sensibilidade, tem uma memória fantástica para pessoas, nomes e local;
ansiedade medo de alturas, preocupação excessiva com determinados assuntos ou
objetos, distúrbios do sono, controle do esfíncter É normal crianças com esta
síndrome serem amigas de adultos e procurarem a companhia deles ao mesmo
tempo tem dificuldade em fazer amizades outras crianças da sua idade. Muitas
crianças com esta síndrome demonstram medo ao escutarem ruídos de bater
palmas, liquidificador, avião, etc., por serem hipersensíveis ao som.
Referências Bibliográficas:
MACHADO, M. T., et al. Achados Neuro-Urológicos da Síndrome de Williams: Relato
de Caso. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 1998, 56 (3-b): 683-687.
EWART A.K.; et al: A human vascular disorder, supravalvular aortic stenosis, maps to
chromosome 7. Porc Natl Acad Sci USA 90:3226-30, 1993.
FRANGISKAKIS J. M.; et al; Lim-kinase hemizigosity implicated in impaired
visuospatial constructive cognition. Cell 86:59-69, 1996.
DUTLY, F , Schnitzel, A: Unequal interchromosomal rearrangements may result in
elastin gene deletions causing Williams Beuren syndrome. Hum Mol Genet 12:1893-98,
1993.
ASHKAN LASHKARI, B.S., et al. Williams- Beuren Syndrome: An update and review
for the primary Physician. Clinical Pediatrics, 1999; 38: 189-208.
__________________________ 37
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
38. ESCLEROSE TUBEROSA
Doença rara e pouco conhecida de difícil diagnóstico. Em muitos casos de
Esclerose Tuberosa os portadores são tardiamente diagnosticados e a falta de
informação dificulta o tratamento de seus sintomas.
A Esclerose Tuberosa, também conhecida como Síndrome de Bourneville-
Pringle ou Epilóia, é uma desordem genética e, portanto, uma doença não
contagiosa, causada por anomalias nos genes TSC1 ou TSC2, dos cromossomos
9 e 16, respectivamente.
Inicialmente a Esclerose Tuberosa foi descrita no sistema nervoso central por
Bourneville, em 1880.
É uma doença degenerativa, causadora de tumores benignos, que pode afetar
diversos órgãos, especialmente cérebro, coração, olhos, rins, pele e pulmões.
As manifestações clínicas da doença podem variar dependendo do grau de
acometimento dos órgãos afetados. Podendo surgir lesões na pele, nos ossos,
dentes, rins, pulmões, olhos, coração e sistema nervoso central.
As lesões dermatológicas se apresentam sob a forma de nódulos de cor vermelha
ou cereja geralmente na região facial. As lesões retinianas afetam as camadas
superficiais da retina e as lesões cerebrais podem ser tumores e calcificações na
região dos ventrículos cerebrais.
É uma doença rara, de tendência evolutiva que pode afetar ambos os sexos de
todas as raças e grupos étnicos.
Ao primeiro sinal de depressão, os pais devem acolher a criança e encaminhá-la
a um profissional o mais rápido possível. Na maioria das vezes, o apoio da
__________________________ 38
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
39. família e a psicoterapia são suficientes. Somente a partir dos 6 anos de idade, é
necessário, em alguns casos, intervir com medicamentos. A depressão infantil
desencadeia várias outras doenças tais como: anorexia, bulimia, etc.
Quadro Clínico
A Esclerose Tuberosa é caracterizada por Deficiência Mental, epilepsia e
erupção facial tipo adenoma sebáceo. Devido a tais características a doença
também foi chamada de epilóia.
epil = epilepsia
oi = oligofrenia ==> Epiloia
a = adenoma
Os sintomas da Esclerose Tuberosa são o aparecimento de neoplasias benignas
em um ou mais órgãos, sendo o sistema nervoso central e retina, pele, coração e
rins os mais comuns de serem afetados. Tumores cerebrais no Sistema Nervoso
Central também podem ocorrer em casos confirmados da doença, aparecendo até
aos 20 anos de idade do paciente.
Esclerose Tuberosa aparece no sistema nervoso central através de tumores
benignos e nódulos.
As variações de sintomas entre pacientes são muitas, mas, os mais comuns são
as crises epiléticas, incluindo também o Retardo Mental ou a hidrocefalia
secundária. A Deficiência Mental pode estar ausente em cerca de 30% dos casos,
mas as convulsões, de difícil controle, aparecem em cerca de 80%, começando
antes dos 5 anos de idade.
Os exames que se pode fazer para constatação e acompanhamentos da Esclerose
Tuberosos são os exames genéticos de Cariótipo, a Tomografia Craniana
Computadorizada, Ressonância Magnética Nuclear e Craniografia
Tratamento:
Ainda não há cura para essa síndrome, apenas tratamento para seus sintomas,
mas há muito a ser feito para melhorar a qualidade de vida do portador. O
tratamento é sintomático, isto é, procura-se sanar os sintomas que se
__________________________ 39
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
40. manifestam, e normalmente é acompanhado da aplicação de anticonvulsivantes
no intuito de se controlar as crises convulsivas presentes na maioria dos casos.
Além das medicações convencionais, diversas formas de terapias já mostraram
resultados positivos, como o shiatsu, o reiki e as freqüências de brilho que
trazem benefícios que variam de quadro para quadro, mas podem ser sensíveis
em alguns casos. Terapias como a Homeopatia, a Fisioterapia e a Terapia
Ocupacional têm sido um ganho enorme junto aos pacientes portadores da
doença.
Bibliografia:
BALLONE G.J. - Esclerose Tuberosa - in. PsiqWeb, Internet, disponível
em http://sites.uol.com.br/gballone/infantil/dm2.html acessado em 13 de
outubro de 2005.
KATO, M.; WICHERT-ANA, L.; GARZON, E.; TERRA, V.C.;
VELASCO, T.R.; FERNANDES, R.M.F.; IASIGI, N.; SANTOS, A.C.;
MACHADO, H.R.; SAKAMOTO, A.C. - Esclerose Tuberosa:
Sensibilidade do Spect Ictal na Avaliação do Foco Epileptogênico in XIX
Brazilian Congress of Nuclear Medicine Serviço de Medicina
Nuclear, Departamento do Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica &
Centro de Cirurgia de Epilepsia & CIREP Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina, de Ribeirão Preto – USP
__________________________ 40
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
41. Deficiência Auditiva
Deficiência auditiva é considerada como a diferença existente entre a
desempenho do indivíduo e a habilidade normal para a detecção sonora de
acordo com padrões estabelecidos pela American National Standards Institute
(ANSI - 1989).
Considera-se, em geral, que a audição normal corresponde à habilidade para
detecção de sons até 20 dB N.A (decibéis, nível de audição).
A audição desempenha um papel principal e decisivo no desenvolvimento e na
manutenção da comunicação por meio da linguagem falada, além de funcionar
como um mecanismo de defesa e alerta contra o perigo que funciona 24 horas
por dia, pois nossos ouvidos não descansam nem quando dormimos.
Tipos de Deficiência Auditiva:
1. Condutiva :
Quando ocorre qualquer interferência na transmissão do som desde o conduto
auditivo externo até a orelha interna. A grande maioria das deficiências auditivas
condutivas pode ser corrigida através de tratamento clínico ou cirúrgico. Esta
deficiência pode ter várias causa, entre elas pode-se citar: C orpos estranhos no
conduto auditivo externo, tampões de cera , otite externa e média, mal formação
congênita do conduto auditivo, inflamação da membrana timpânica, perfuração
do tímpano, obstrução da tuba auditiva, etc.
2. Sensório-Neural :
Quando há uma impossibilidade de recepção do som por lesão das células
ciliadas da orelha interna ou do nervo auditivo. Este tipo de deficiência auditiva é
irreversível. A deficiência auditiva sensório-neural pode ser de origem
hereditária como problemas da mãe no pré-natal tais como a rubéola, sífilis,
herpes, toxoplasmose, alcoolismo, toxemia, diabetes etc. Também podem ser
__________________________ 41
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)
42. causadas por traumas físicos, prematuridade, baixo peso ao nascimento, trauma
de parto, meningite, encefalite, caxumba, sarampo etc.
3. Mista :
Quando há uma alteração na condução do som até o órgão terminal sensorial
associada à lesão do órgão sensorial ou do nervo auditivo. O audiograma mostra
geralmente limiares de condução óssea abaixo dos níveis normais, embora com
comprometimento menos intenso do que nos limiares de condução aérea.
4. Central ou Surdez Central :
Este tipo de deficiência auditiva não é, necessariamente, acompanhado de
diminuição da sensitividade auditiva, mas manifesta-se por diferentes graus de
dificuldade na compreensão das informações sonoras. Decorre de alterações nos
mecanismos de processamento da informação sonora no tronco cerebral (Sistema
Nervoso Central).
Em 1966 Davis e Silverman, os níveis de limiares utilizados para caracterizar os
graus de severidade da deficiência auditiva são:
• Audição Normal – Limiares entre 0 a 24 dB nível de audição.
• Deficiência Auditiva Leve – Limiares entre 25 a 40 dB nível de audição.
• Deficiência Auditiva Moderna – Limiares entre 41 e 70 dB nível de
audição.
• Deficiência Auditiva Severa – Limiares entre 71 e 90 dB nível de audição.
• Deficiência Auditiva Profunda – Limiares acima de 90 dB.
Entre os muitos instrumentos usados para comunicação não oral, figura a
linguagem dos sinais, criada por um monge beneditino francês, morador de um
mosteiro onde imperava a lei do silêncio. Adotada há mais de cem anos, no
Brasil é chamada de Libras.
Segundo a Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos – Feneis, um
indivíduo que já tenha nascido com deficiência auditiva pode levar um ano para
aprender a linguagem. Já alguém que ouve bem ou que perdeu a capacidade
auditiva depois de adulto, pode levar um pouco mais de tempo para aprender, por
ter se habituado à linguagem oral.
Bibliografia:
BESS, F. H. E HUMES, L. E.; 1995 Audiology: The Fundamentals. Baltimore Williams & Wilkins
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Coordenadoria de Estudos a Normas Pedagógicas, O
Que Você Sabe Sobre Deficiência Auditiva; Guia de Orientação aos Pais, São Paulo, SE/ CENP,
1985.
MONDELLI, M. F. C. G. , BEVILACQU, M. C.; Estudo da deficiência auditiva das crianças do
HRAC-USP, Bauru-SP: subsídios para uma política de intervenção. Sinopse de Pediatria; V.8, N.3
Ed. Moreira Jr; Outubro de 2002
__________________________ 42
Prof. Wesley Lima de Oliveira – Bacharel em Enfermagem (UNIMONTES – 2000); Especialista em
Saúde da Família; Educação em Saúde; Gestão Clínica da Atenção Primária à Saúde (UNIMONTES
2003; 2005; 2009); Especializando em Enfermagem do Trabalho (UCAMPROMINAS – 2012)