O documento analisa a lógica do eleitorado brasileiro. Argumenta que os eleitores são influenciados por suas raízes históricas no populismo e coronelismo e têm dificuldade em fazer conexões ideológicas complexas. Isso torna o voto mais baseado em benefícios individuais do que ideologia, e os eleitores apoiam mais candidatos do que partidos.
Interesse Nacional e Sistema de Partidos - Legitimidade Eleitoral, Legitimida...A. Rui Teixeira Santos
- comunicação do prof. doutor Rui Teixeira Santos na Conferência do 24º aniversário do Movimento para a Democracia (MpD) de Cabo Verde
Diáspora em Conferência (Lisboa, 15 de Março de 2014)
Interesse Nacional e Sistema de Partidos - Legitimidade Eleitoral, Legitimida...A. Rui Teixeira Santos
- comunicação do prof. doutor Rui Teixeira Santos na Conferência do 24º aniversário do Movimento para a Democracia (MpD) de Cabo Verde
Diáspora em Conferência (Lisboa, 15 de Março de 2014)
Social democracia. afunda-se ou renova-se (1ª parte)GRAZIA TANTA
A social-democracia tradicional surgiu como fórmula de gestão dos capitalismos nacionais, com o envolvimento dos trabalhadores nessa gestão. Hoje, não passa de uma técnica de gestão política e económica que pouco difere do liberalismo e do conservadorismo.
Material didático sobre a série do Brasil Paralelo - O Teatro das Tesouras. Neste material, se apresenta aspectos conceituais e conjunturais sobre a eleição presidencial de 1989.
PSB diz que não será 'oposição sistemática' a Bolsonaro; Siqueira critica PTPortal NE10
Em reunião da Executiva nacional nesta segunda-feira (5), o PSB aprovou um documento em que afirma que estará na oposição ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), mas que não fará isso de forma "sistemática". "Não será uma oposição sistemática, será em face de questões concretas e na defesa intransigente da democracia, da liberdade de imprensa e dos direitos sociais conquistados ao longo de 30 anos de democracia", afirmou o presidente do partido, Carlos Siqueira.
Social democracia. afunda-se ou renova-se (1ª parte)GRAZIA TANTA
A social-democracia tradicional surgiu como fórmula de gestão dos capitalismos nacionais, com o envolvimento dos trabalhadores nessa gestão. Hoje, não passa de uma técnica de gestão política e económica que pouco difere do liberalismo e do conservadorismo.
Material didático sobre a série do Brasil Paralelo - O Teatro das Tesouras. Neste material, se apresenta aspectos conceituais e conjunturais sobre a eleição presidencial de 1989.
PSB diz que não será 'oposição sistemática' a Bolsonaro; Siqueira critica PTPortal NE10
Em reunião da Executiva nacional nesta segunda-feira (5), o PSB aprovou um documento em que afirma que estará na oposição ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), mas que não fará isso de forma "sistemática". "Não será uma oposição sistemática, será em face de questões concretas e na defesa intransigente da democracia, da liberdade de imprensa e dos direitos sociais conquistados ao longo de 30 anos de democracia", afirmou o presidente do partido, Carlos Siqueira.
Quem é o seu líder e com quem eu negocio? Dilemas do defasado sistema políti...Marcelo Pilon
Nas manifestações de junho havia ondas de manifestantes com expectativas diferentes, uma grande obra coletiva, que não apenas carregavam cartazes; eles interpretavam e davam sentido a seus anseios.
O sistema político brasileiro desde a perspectiva da inclusão: Conquistas e d...Red Innovación
Como em outros países latino-americanos, o Brasil ainda tem muitos desafios no que se refere à democracia e um dos principais é a inclusão de grupos tidos como minoritários na esfera política. Nos últimos anos, estes grupos vêm pressionando por soluções que traduzam a grande diversidade que há na sociedade para o sistema político, forçando uma ampliação do debate público em torno do tema. Contudo, ainda se percebe um ambiente político que resiste às mudanças. As reformas políticas empreendidas no país parecem dissociadas do objetivo de melhora da qualidade democrática e da representação política da cidadania, centrando-se, não raras vezes, em razões pontuais, marginalizando a questão da inclusão. Com isso, o Poder Judiciário brasileiro vem exercendo um papel determinante nas estratégias desses grupos que buscam a sua inclusão na arena política. É nesse contexto de tensionamento que este artigo será apresentado.
Partindo de um panorama em que grupos tidos como minoritários buscam uma maior presença nas esferas de tomada de decisões via mobilização social ou Poder Judiciário, diante de uma classe política partidária que aparenta permanecer pouco sensível a tais demandas, este texto abordará os progressos referentes a cada um desses grupos em suas conquistas para mais reconhecimento político, centrando-se nas últimas eleições realizadas no Brasil (eleições municipais de 2020) que, mesmo tendo sido realizadas em meio a uma pandemia histórica, não deixou de mostrar os avanços e os pontos que ainda devem ser trabalhados.
Este estudo tem perfil jurídico-analítico e é feito com base no relatório parcial da Missão de Observação Eleitoral Nacional 2020 realizado pela organização Transparência Eleitoral Brasil, assim como dados oficiais sobre a presença destes grupos na política brasileira e estudos analíticos que abordam tais progressos. Ao final, são feitas algumas recomendações de como tornar, de fato, o ambiente político brasileiro mais ilustrativo da complexidade da população.
Política, manifestações e o pensamento conservador no Brasil - Parte IUFPB
As ações do Estado e dos diversos movimentos sociais não podem ser consideradas antagônicas, apesar de opostas, pois surgem em um cenário de interdependência entre si e são fruto do atual momento histórico e do arranjo de forças do capitalismo no Brasil e no mundo, com reverberações sócio culturais no campo da política. Essa não é uma provocação ao debate para aqueles que comemoram dados espetaculares e estatísticas em relação a outros países, que acham bacana a “corrida maluca” por índices como o de Gini ou PIB, os quais foram criados como forma de medir, ranquear e julgar o desenvolvimento capitalista dos “países em desenvolvimento” em relação aos “países desenvolvidos”.
Este trabalho pretende analisar a categoria de snacks, tendo como referência o produto Doritos e considerando, principalmente, os atributos apresentados nas ações comunicativas das marcas que disputam esse mercado.
Trabalho de conclusão do curso de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda da ECA-USP.
Esse trabalho se propõe a analisar o desenvolvimento da internet, suas influências na sociedade e no indivíduo, e por fim as consequências disso no ativismo, com o surgimento do ativismo digital.
CASES ANALISADOS
- Primavera Árabe
- Manifestações na Turquia
- Manifestações no Brasil
Esse trabalho se propõe a analisar o desenvolvimento da internet, suas influências na sociedade e no indivíduo, e por fim as consequências disso no ativismo, com o surgimento do ativismo digital.
O desenvolvimento do estudo ocorre inicialmente com um histórico da internet, desde seu surgimento até sua transformação como é hoje. Posteriormente, são apresentados os usos da internet ao longo do tempo e analisados estudos que mostram como as redes sociais refletem na formação do indivíduo moderno frente aos seus relacionamentos e persona frente a sociedade. A mudança dos processos de comunicação, a convergência midiática e a dualidade entre informação e conhecimento fecham os estudos sobre sociedade e indivíduo, abrindo o caminho para o reflexo sobre os efeitos dessas mudanças na forma de engajamento das pessoas e em como o ativismo foi potencializado por isso. Por fim, é feita uma análise do ativismo no ponto de vista pragmático, e o trabalho é finalizado com o estudo de diferentes casos relacionados ao ativismo digital que concretizam esse hábito moderno.
Análise sucinta das mudanças na forma das pessoas se comunicarem após a revolução digital, no reflexo disso nas relações sociais e por fim em casos que elucidam o ativismo digital hoje.
Case escrito para inscrição no Young Lions 2012. Conta de maneira breve e pessoal a campanha de lançamento da agência Router para o lançamento do maior jogo de PlayStation no ano, pela visão do planner responsável.
Análise do comportamento eleitoral e identidade ideológica do povo brasileiro
1. Aluno: Jean Michel Gallo Soldatelli
Nº USP – 6441052
Prova final – FLP0425 – Teorias do Comportamento Eleitoral e Identidade
Ideológica
Prof. André Singer – período noturno
Utilizando a bibliografia obrigatória do curso, exponha qual é, em sua visão, a lógica
do eleitorado brasileiro. Procure exemplificar seu ponto de vista com os casos
estudados.
Apesar da jovem democracia, a formação do pensamento do eleitorado
brasileiro vem se constituindo há tempos, antes mesmo de quando o mesmo
tinha poder de voto. Passando do populismo de Getúlio Vargas às Diretas, a
criação de um pensamento político estruturado na sociedade brasileira sempre
foi um desafio. Historicamente, eleitores se moldam de acordo com a situação
atual do país, deles próprios, ou de sua classe.
Iniciando as análises pelo populismo, que surgiu quando havia uma brecha de
comando após a queda da burguesia agrária, percebemos que Getúlio Vargas
se uniu a burguesia para um governo que através de uma série de direitos
coletivos cai nos braços do povo. Com essa idéia, percebemos que o proletário
faz um salto individual, e desta forma tem um pensamento individualista onde o
salto social tem uma menor importância.
O populismo não é de classe, é da massa. Afinal, a classe é organizada e
organiza o poder, prova disso são, por exemplo, as centrais sindicais que
posteriormente seriam um dos berços de um dos maiores partidos do país
atualmente. Já a massa é desorganizada, logo precisa de alguém para
organizá-la. Desta forma, podemos perceber que a sociedade via o governo
como uma necessidade, é o meio para que as melhorias possam acontecer.
Esta necessidade de um governo forte tem raízes ainda no coronelismo, onde
o coronel centralizava as necessidades e os benefícios em troca do controle
político. E hoje, revivemos um novo tipo de populismo, onde através do
enriquecimento do país uma série de medidas taxativas tornaram possíveis um
2. conjunto de benefícios as classes mais baixas da sociedade, voltando a lógica
do salto social.
Desta primeira análise podemos tirar uma hipótese interessante: uma grande
parte da população é massa, que vota de acordo com os benefícios adquiridos.
Portanto, a população tem como um padrão de voto baseado nas melhorias
econômicas: se a economia vai bem, a situação provavelmente fica no poder,
do contrário a oposição ganha. E como a grande maioria do eleitorado não
possuí um voto ideológico, se as coisas estiverem ruins a oposição irá ganhar,
independente de qual seja essa oposição.
Um dos pontos mais interessantes para analisarmos a lógica do eleitorado
brasileiro são as conexões que fazem na hora de compor o raciocínio e, com
isso, como se enquadram nos diferentes tipos grupos de votos. O problema é
que estas conexões demandam um alto nível de conhecimento não apenas
sobre política, mas econômicas, sociais, psicológicas, entre outras. E o povo
brasileiro, em sua grande parte, não possuí estes conhecimentos e muitas
vezes nem o interessa tê-los. Isso acontece por inúmeros motivos, que vão
desde fatores familiares (eu gosto de certo candidato pois minha família gosta)
até pela própria descrença no sistema de governo, o que torna o eleitor
acomodado e menos propenso a sequer estipular suas próprias opiniões.
Visto isso, podemos analisar o eleitorado brasileiro é usando como base a
separação nos grupos de votos: ideológico, quase-ideológicos, interesses de
grupo, nature of times e sem centralidade. A porcentagem dos grupos
considerados ideológico ou quase-ideológicos (aqueles que fazem todas ou
quase todas as conexões de idéias) não é suficiente para a eleição ou não de
alguém ou algum partido. Portanto, as decisões ficam nas mãos de três grupos:
aqueles que possuem interesses de grupo, e aí podemos incluir tanto raças,
religiões, níveis sociais, entre outros; aqueles que votam com um critério
comparativo, chamados de “nature of times”, ou seja, votam no Alckmin pois
acham que na época do FHC era melhor; e por último, e mais definitivo, os
“sem centralidade”, que decidem seus votos de acordo com critérios como
simpatia, e portanto são os mais atingidos pela propaganda política. Com isso,
podemos chegar em outra hipótese: o eleitorado brasileiro tem dificuldades ou
3. desinteresse em realizar conexões lógicas e não entende as ideologias como
um todo, e assim as decisões são moldadas de acordo com interesses
individuais ou propagandas políticas. Desta forma a coerência passa
despercebida, o que explica o alto número de promessas contraditórias feitas
apenas para angariar a maior fatia do eleitorado possível, como por exemplo o
aumento do bolsa família e a diminuição dos impostos.
Outro ponto que define a lógica do eleitorado brasileiro são os objetos de voto,
ou seja, os partidos. Nossos governantes são eleitos por votos majoritários, e
as eleições majoritárias tendem ao bipartidarismo. Porém, o caso brasileiro não
é tão maniqueísta como o americano pela presença de outros partidos que
forçam uma maior dispersão na linha do posicionamento político. Por exemplo,
a presença do PFL, partido visto como bem mais extremista do que o PSDB na
direita, acaba forçando este a tender mais para o centro. No outro lado isso não
é diferente, já que o PSOL por exemplo é bem mais extremista que o PT. A
diferença fica por conta do PMDB, que pelo menos nas décadas de 80/90
representavam os interesses do centro. A queda de popularidade do PMDB por
conta da falta de identificação sociológica com o povo acabou o empurrando
para a direita, apesar disso a herança do coronelismo preserva suas forças o
que o torna indispensável para o governo. Este deslocamento do PMDB abriu
espaço para dois movimentos: a abertura do espaço dominado pelo PT na
centro-esquerda e a tentativa de novos partidos (mas velhas figuras) de
abocanharem esta brecha de posicionamento, como acontece agora com o
PSD.
Assim temos um conjunto de partidos que se moldam ao perfil do consumidor e
que apesar de se posicionarem como de esquerda, centro, ou direita, abraçam
algumas mesmas causas em busca de popularidade. Isto reforça a menor
importância da ideologia frente o partido. Ou seja, a identificação partidária é
muito mais forte do que a identificação ideológica. Continuando o raciocínio, a
identificação com o candidato é por vezes maior que a identificação partidária,
pois se identificar com uma pessoa é muito mais fácil do que se identificar com
crenças e objetivos. Isso ajuda a explicar, por exemplo, a popularidade de Lula
mesmo no período onde seu partido sofreu com as acusações de corrupção,
ele usou a identificação pessoal e os benefícios propostos e se afastou da
4. característica partidária para ser eleito. Por outro lado, em cargos com menor
envolvimento pessoal, como deputados e vereadores, as decisões são
tomadas com grande influência partidária, o que indica a forte ligação partidária
frente a ideológica.
Portanto, na minha visão, podemos analisar o eleitorado brasileiro como um
eleitorado que ainda precisa amadurecer, ainda é bastante influenciado por
suas raízes históricas e possuí uma alta desinformação e descrença em
ideologias, o que o torna mais manipulável pelos partidos e candidatos.
Com tudo isso, podemos construir algumas hipóteses sobre a lógica do
eleitorado brasileiro.
A primeira é a de que as raízes da formação do pensamento do eleitor
brasileiro estão mais fortes na história do que nos fatos ou na ideologia dos
partidos.
Outra hipótese que podemos considerar é que o voto partidário é muito mais
forte do que o voto ideológico no Brasil.
Por último a fragilidade da conexões lógicas e da ideologia no eleitorado
brasileiro.
Por fim, a principal tese que consideraria é que o processo de decisão e a
conexão das idéias da maioria dos brasileiros é simples.
Voto retrospectivo, onde o eleitor está preocupado com os resultados e os
governantes são os meios, desta forma ele coloca a racionalidade no passado,
ou seja, ele não sabe como resolver mas sabe quem resolveu.
Voto prospectivo, ideológico, ou seja, pautado na equiparação de valores e na
busca de informações para que se faça uma conexão lógica que defina os
candidatos e partidos que mais se assemelham ao seu pensamento.