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Estratégia das Tesouras - 1989
Material didático para a análise da série de documentários Teatro das Tesouras do Brasil Paralelo
1. Aspectos Conceituais:
Divisões internas na esquerda (estratégia das tesouras) são seu modo normal de atuação política.
No trecho abaixo, Trotski se refere a divisão na época da Revolução Russa de 1917 entre aqueles
da esquerda que projetavam a tomada imediata do poder e aqueles que pretendiam ainda esperar
por uma etapa econômica liberal. Da mesma forma, Trotski demonstra indiretamente a divisão,
após a revolução, entre sua intenção de fomentar a revolução comunista em todo mundo e a
proposta de Stalin de consolidar primeiro a revolução na URSS e conquistar apenas o apoio dos
intelectuais no ocidente. O comunismo é sempre um movimento que caminha por etapas, sejam
estas mais radicais ou moderadas.
“No momento da revolução de fevereiro de 1917, todos sem exceção, ocuparam as posições vulgares
da esquerda democrática. (...). Todos eles consideravam a orientação rumo a revolução socialista
como absurda ou, pior ainda, corno "trotskista". Foi nesse espírito que dirigiram o Partido até o
regresso de Lênin do estrangeiro e até à publicação de suas célebres teses de 4 de abril de 1917.
Depois disso, Kaménev, já em luta direta contra Lênin, procurou organizar abertamente a ala
democrática do bolchevismo. Zinoviev, que chegara com Lênin, dá-lhe logo, depois, sua adesão.
Stalin, muito comprometido por sua posição social-patriótica, pôs-se a margem. Deixando ao Partido
tempo para esquecer os lamentáveis artigos e discursos de sua autoria durante as semanas decisivas
de março, Stalin foi se aproximando, pouco a pouco, do ponto de vista de Lênin.” (Trotski, 1929).
Como, no Brasil, a direita conceitua a estratégia das tesouras?
“A articulação dos dois socialismos (Marxista e Fabiano ou Socialista e Social-Democrata) era
chamada por Stalin de “estratégia das tesouras”: consiste em fazer com que a ala aparentemente
inofensiva do movimento apareça como única alternativa à revolução marxista, ocupando o espaço
da direita de modo que esta, picotada entre duas lâminas, acabe por desaparecer. A oposição
tradicional de direita e esquerda é então substituída pela divisão interna da esquerda, de modo que a
completa homogenização socialista da opinião pública é obtida sem nenhuma ruptura aparente da
normalidade. A discussão da esquerda com a própria esquerda, sendo a única que resta, torna-se um
simulacro verossímil da competição democrática e é exibida como prova de que tudo está na mais
perfeita ordem.” (Olavo de Carvalho, 2002).
“Divisão do campo político entre duas partes da mesma força, uma moderada, outra radical. A ala
radical promove mudanças, a moderada finge ser oposição. Os holofotes se direcionam às duas faces
da mesma força e todo o resto sai de cena. É criada a ilusão de oposição e escolha política com o
objetivo de ampliar a hegemonia desta força. Aplicada por Lenin na União Soviética. Esta estratégia
chegou ao Brasil. E teve seu início no ano de 1989.” (Brasil Paralelo, 2018).
2. A Estratégia das Tesouras na eleição de 1989
A estratégia das tesouras foi proposta pelo campo da esquerda para a conquista, o controle e a
manutenção do poder político no Brasil após a Ditadura Militar (1964-1985). Com ela, a esquerda se
apresentava dividindo o debate público em linhas aparentemente divergentes que se criticavam
mutuamente e, assim, concentravam a disputa e dificultavam a popularidade nacional de outras
correntes. Esta estratégia foi introduzida no Brasil, primeiramente, na divisão entre PT e PDT nas
eleições de 1989, quando Lula e Brizola foram os principais expoentes do debate político e
disputaram o mesmo eleitorado. A estratégia serviu também para testar a popularidade das propostas
dos dois principais partidos de esquerda na época. A estratégia apresentou resultados: projetou
nacionalmente a esquerda como a principal força política, centralizou no campo da esquerda o debate
político e fez com que Collor fosse eleito com base, principalmente, no eleitorado que rejeitava Lula
ou o socialismo. Desse modo, a esquerda passa a predominar no cenário político e, na oposição,
assume o discurso da ética. Em 1994, a estratégia das tesouras começa a se delinear na oposição entre
PT e PSDB, ou seja, na disputa entre a corrente de esquerda socialista e a social-democrata.
3. Campos Políticos e Principais Correntes Políticas presentes no Brasil:
Esquerda Socialista: O objetivo estratégico é a eliminação gradual da propriedade privada e o
controle completo da economia pelo Estado através de planos econômicos de longo prazo. A cultura
é incorporada na propaganda dos objetivos imediatos e parciais da revolução comunista através do
controle da mídia, do sistema de ensino, etc., com um forte discurso de luta entre trabalhadores e
empresários, além de um forte sentimento antiamericano. Em termos morais, procura se eliminar
qualquer influência religiosa, principalmente cristã. A política fica bastante concentrada em um único
partido e suas oposições internas são resolvidas através do centralismo democrático. O Estado conta
com uma grande burocracia. A esquerda socialista sempre buscou aumentar sua influência
internacional. Neste último aspecto, como estratégia do movimento comunista internacional após a
II Guerra Mundial, no contexto da Guerra Fria, se adotou uma estratégia de fomentar o nacionalismo
para criar Estados centralizados e protecionistas nos países periféricos e em ex-territórios coloniais,
chamados de terceiro-mundo por esta estratégia, para que não entrassem na esfera de influência liberal
norte-americana.
Esquerda Diversitária: O objetivo estratégico é a criação de várias oposições na sociedade, além da
tradicional de classe entre trabalhadores e empresários. A partir da oposição entre diversos grupos,
nos quais alguns seriam incluídos e outros excluídos da sociedade, se busca direitos cada vez mais
específicos para os considerados excluídos. A cultura passa a se diluir em impressões subjetivas e
afetivas, cada grupo minoritário passa a construir uma estética própria, há uma crescente interferência
na espontaneidade da linguagem popular. A moralidade é vista como uma construção social que pode
ser desconstruída a qualquer momento. A ação política se concentra na busca de direitos e na
politização das diferenças de sexo, de preferência sexual, de raça, etc. Há também críticas genéricas
ao sistema capitalista, além de apresentar forte apelo ecológico. A ação de grupos diversitários tende
a ser coordenada internacionalmente através de ONG’s. Com mais direitos específicos se aumenta a
tributação e a burocracia do Estado, sua centralização e a normatização dos comportamentos.
Esquerda Social-Democrata: O objetivo estratégico é ampliar a participação do Estado na economia
através da implantação de uma série de direitos sociais. Em termos econômicos, a intervenção do
Estado acaba gerando uma série de regulamentos que acabam favorecendo a concentração do capital
em grandes empresas. A cultura passa a sofrer forte influência de agendas globais definidas por
agências internacionais e ONG’s. A moralidade se assenta em valores abstratos e absolutizados, tais
como: paz, amor, tolerância, respeito, ética, diversidade, etc. Na religião tende a ser cada vez mais
valorizado o ecumenismo. A ação política se volta para a ampliação da base tributária para sustentar
um aumento gradativo de direitos sociais. Além disso, procura-se diluir a soberania dos Estados
nacionais em organismos multinacionais e tecnocráticos.
Centro: O objetivo estratégico dos agentes políticos do centro é permanecer nas estruturas do Estado
ocupando cargos e postos políticos. Assim, sem uma ideologia definida, abraçam o discurso da
tecnocracia e da eficiência administrativa. O centro se caracteriza pela apresentação, dependendo do
contexto político e social, de políticas econômicas mais voltadas à social-democracia ou ao
liberalismo econômico, daí a caracterização de centro-direita e de centro-esquerda. Em termos
culturais, o centro tende a reproduzir a cultura hegemônica da sociedade ou a da social-democracia.
O centro tende a se vincular discursivamente com a moralidade predominante da sociedade. Na ação
política se volta para o rateio do orçamento público e para a construção de obras públicas em seus
redutos eleitorais. O centro normalmente se expressa através de grupos de interesse regionais e,
nacionalmente, tende a se aliar às forças políticas que estão no poder numa determinada conjuntura.
Direita Liberal: O objetivo estratégico é ampliar as oportunidades de compra e venda de mercadorias
e de trabalho sem a interferência do Estado, assim, com menos impostos, os agentes econômicos
teriam mais recursos. Na economia pretende reduzir ao mínimo a interferência do Estado, ou seja,
privatizar as empresas públicas, diminuir a carga tributária e as regulamentações. Além disso,
apostam na abertura comercial irrestrita entre as nações. Na cultura, a mensagem centra-se na
liberdade econômica e individual como condição fundamental para o desenvolvimento das
potencialidades humanas. Além da responsabilização pelos atos individuais, divulga-se o
empreendedorismo e a meritocracia. Em termos morais, os valores liberais traduzem-se na plena
liberdade de escolha humana, desde que não firam a autonomia do outro. Na ação política, os liberais
procuram limitar a interferência do Estado apenas na garantia da igualdade perante a lei, na
manutenção de um ambiente propício aos negócios e na segurança nacional. Os liberais também
pretendem descentralizar a administração pública, diminuindo o peso político da união e aumentado
o dos estados e municípios.
Direita Conservadora: O objetivo estratégico é impedir mudanças revolucionárias na sociedade que
concentrem poder político e econômico. Em termos econômicos, são muito próximos aos liberais,
porém acreditam que o Estado deve interferir para limitar a concentração de capital. No cenário
internacional tendem a privilegiar acordos bilaterais e não a abertura econômica irrestrita da economia
nacional. Na cultura, os conservadores tendem a privilegiar uma formação clássica, a divulgar o
legado da cultura greco-romana, a metafísica e a critica da mentalidade revolucionária. Além disso,
buscam preservar as tradições locais da influência de agendas globais. Em termos morais, abraçam
os valores cristãos e tem na família a célula natural da sociedade. Na política tendem a descentralizar
o poder tal como os liberais, a diminuir o tamanho do Estado e a fundamentarem as leis no direito
natural.
Direita Reacionária: O objetivo estratégico é restaurar um cenário político passado, ou seja, no
Brasil, esse grupo político se apresenta como saudosista da Ditadura Militar. Em termos econômicos,
defendem o modelo da Ditadura Militar com forte investimento público na economia e uma política
internacional mais protecionista e nacionalista. Na cultura, apresentam forte oposição a esquerda e
tendem a assumir posições técnico-científicas. Na moral, tendem a ser mais parecidos com os
conservadores. Na política, tendem a desejar um Estado centralizado que reaja ao crescimento da
influência da esquerda na sociedade.
4. Cenário Político-Eleitoral de 1989
Campo Político Corrente Candidatos e Percentual no 1° turno
Esquerda
Socialista Lula PT (17%); Brizola PDT (16%).
Diversitária Fernando Gabeira PV (- 1%)|.
Social-Democrata Mário Covas PSDB (11%).
Centro
Centro-Esquerda Silvio Santos, candidato outsider*, teve sua
candidatura impugnada.
Centro- Direita Fernando Collor PRN (30%); Paulo Maluf PDS
(8%).
Direita
Liberal Guilherme Afif Domingos PL (4%).
Conservadora Ronaldo Caiado PSD (- 1%).
Reacionária Eneas Carneiro PRONA (- 1%).
* Candidato que se apresenta numa eleição, mas que não tem origem ou participação anterior no sistema político -
partidário, sendo conhecido ou apresentado ao público semo descrédito de ser umpolítico profissional.
5. Conjuntura Brasileira: eleição de 1989
Política: As diferentes regiões do Brasil ainda eram bastante controladas por oligarquias. A eleição
de 1989 apresentou a disputa entre forças socialistas pela hegemonia da esquerda. Na esfera nacional,
o PT assume a centralidade política, já que Collor se elege praticamente com o voto anti-Lula. Após
a derrota eleitoral e com a queda do muro de Berlim, o PT busca articular todos os movimentos de
esquerda na América Latina. Com as denúncias contra Collor, O PT encabeça a luta por ética na
política e lidera o Fora Collor. O PDT passa a abraçar a pauta educacional. A nova constituição de
1988 legou ao Estado brasileiro o modelo social-democrata, com forte centralização de recursos no
governo federal presidencialista.
Cultural: Nenhum movimento político consegue pautar o debate nacional sem antes estar
representado na cultura do país. Quem controla o plano cultural, controla o imaginário popular. Desse
modo, a esquerda havia durante o Regime Militar (1964 – 1985) avançado na hegemonia do plano
cultural, através de um predomínio de suas correntes nas universidades e escolas com apoio
estudantil. Além disso, os principais romancistas e dramaturgos estavam alinhados com a esquerda,
além de um predomínio da esquerda nas redações dos jornais. Assim, houve o Cinema Novo, a
Tropicália, o Teatro do Oprimido, o Centro Popular de Cultura, etc. Na educação há a influência
crescente de Paulo Freire. No catolicismo, há a Teologia da Libertação e os Centros Eclesiais de Base.
Moral: Embora a cultura tenha forte hegemonia de esquerda, a moral vigente no Brasil ainda era de
matriz cristã. Porém, no plano moral, a esquerda assume a luta contra a corrupção. Embora, durante
o primeiro turno há denúncias de caixa 2 na campanha de Lula. No segundo turno, a campanha de
Collor apresenta a ex-mulher de Lula, que o denuncia por ter oferecido dinheiro para fazer aborto,
porém a denúncia teria sido paga pela campanha de Collor, segundo reportagem da Folha de São
Paulo. Após as eleições o “esquema PC” é desvendado e Collor sofre o processo de impeachment, há
mobilizações contra Collor, principalmente por jovens, que foram chamadas de “movimento dos
caras-pintadas”.
Economia: Inflação alta e descontrolada, baixo crescimento econômico, pobreza e concentração de
renda. Economia bastante protecionista. Muitas empresas estatais e monopólios. Debate eleitoral
bastante centrado na distribuição de renda pelo Estado.

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Estratégia das Tesouras - 1989: análise da divisão da esquerda

  • 1. Estratégia das Tesouras - 1989 Material didático para a análise da série de documentários Teatro das Tesouras do Brasil Paralelo 1. Aspectos Conceituais: Divisões internas na esquerda (estratégia das tesouras) são seu modo normal de atuação política. No trecho abaixo, Trotski se refere a divisão na época da Revolução Russa de 1917 entre aqueles da esquerda que projetavam a tomada imediata do poder e aqueles que pretendiam ainda esperar por uma etapa econômica liberal. Da mesma forma, Trotski demonstra indiretamente a divisão, após a revolução, entre sua intenção de fomentar a revolução comunista em todo mundo e a proposta de Stalin de consolidar primeiro a revolução na URSS e conquistar apenas o apoio dos intelectuais no ocidente. O comunismo é sempre um movimento que caminha por etapas, sejam estas mais radicais ou moderadas. “No momento da revolução de fevereiro de 1917, todos sem exceção, ocuparam as posições vulgares da esquerda democrática. (...). Todos eles consideravam a orientação rumo a revolução socialista como absurda ou, pior ainda, corno "trotskista". Foi nesse espírito que dirigiram o Partido até o regresso de Lênin do estrangeiro e até à publicação de suas célebres teses de 4 de abril de 1917. Depois disso, Kaménev, já em luta direta contra Lênin, procurou organizar abertamente a ala democrática do bolchevismo. Zinoviev, que chegara com Lênin, dá-lhe logo, depois, sua adesão. Stalin, muito comprometido por sua posição social-patriótica, pôs-se a margem. Deixando ao Partido tempo para esquecer os lamentáveis artigos e discursos de sua autoria durante as semanas decisivas de março, Stalin foi se aproximando, pouco a pouco, do ponto de vista de Lênin.” (Trotski, 1929). Como, no Brasil, a direita conceitua a estratégia das tesouras? “A articulação dos dois socialismos (Marxista e Fabiano ou Socialista e Social-Democrata) era chamada por Stalin de “estratégia das tesouras”: consiste em fazer com que a ala aparentemente inofensiva do movimento apareça como única alternativa à revolução marxista, ocupando o espaço da direita de modo que esta, picotada entre duas lâminas, acabe por desaparecer. A oposição tradicional de direita e esquerda é então substituída pela divisão interna da esquerda, de modo que a completa homogenização socialista da opinião pública é obtida sem nenhuma ruptura aparente da normalidade. A discussão da esquerda com a própria esquerda, sendo a única que resta, torna-se um simulacro verossímil da competição democrática e é exibida como prova de que tudo está na mais perfeita ordem.” (Olavo de Carvalho, 2002). “Divisão do campo político entre duas partes da mesma força, uma moderada, outra radical. A ala radical promove mudanças, a moderada finge ser oposição. Os holofotes se direcionam às duas faces da mesma força e todo o resto sai de cena. É criada a ilusão de oposição e escolha política com o objetivo de ampliar a hegemonia desta força. Aplicada por Lenin na União Soviética. Esta estratégia chegou ao Brasil. E teve seu início no ano de 1989.” (Brasil Paralelo, 2018).
  • 2. 2. A Estratégia das Tesouras na eleição de 1989 A estratégia das tesouras foi proposta pelo campo da esquerda para a conquista, o controle e a manutenção do poder político no Brasil após a Ditadura Militar (1964-1985). Com ela, a esquerda se apresentava dividindo o debate público em linhas aparentemente divergentes que se criticavam mutuamente e, assim, concentravam a disputa e dificultavam a popularidade nacional de outras correntes. Esta estratégia foi introduzida no Brasil, primeiramente, na divisão entre PT e PDT nas eleições de 1989, quando Lula e Brizola foram os principais expoentes do debate político e disputaram o mesmo eleitorado. A estratégia serviu também para testar a popularidade das propostas dos dois principais partidos de esquerda na época. A estratégia apresentou resultados: projetou nacionalmente a esquerda como a principal força política, centralizou no campo da esquerda o debate político e fez com que Collor fosse eleito com base, principalmente, no eleitorado que rejeitava Lula ou o socialismo. Desse modo, a esquerda passa a predominar no cenário político e, na oposição, assume o discurso da ética. Em 1994, a estratégia das tesouras começa a se delinear na oposição entre PT e PSDB, ou seja, na disputa entre a corrente de esquerda socialista e a social-democrata. 3. Campos Políticos e Principais Correntes Políticas presentes no Brasil: Esquerda Socialista: O objetivo estratégico é a eliminação gradual da propriedade privada e o controle completo da economia pelo Estado através de planos econômicos de longo prazo. A cultura é incorporada na propaganda dos objetivos imediatos e parciais da revolução comunista através do controle da mídia, do sistema de ensino, etc., com um forte discurso de luta entre trabalhadores e empresários, além de um forte sentimento antiamericano. Em termos morais, procura se eliminar qualquer influência religiosa, principalmente cristã. A política fica bastante concentrada em um único partido e suas oposições internas são resolvidas através do centralismo democrático. O Estado conta com uma grande burocracia. A esquerda socialista sempre buscou aumentar sua influência internacional. Neste último aspecto, como estratégia do movimento comunista internacional após a II Guerra Mundial, no contexto da Guerra Fria, se adotou uma estratégia de fomentar o nacionalismo para criar Estados centralizados e protecionistas nos países periféricos e em ex-territórios coloniais, chamados de terceiro-mundo por esta estratégia, para que não entrassem na esfera de influência liberal norte-americana. Esquerda Diversitária: O objetivo estratégico é a criação de várias oposições na sociedade, além da tradicional de classe entre trabalhadores e empresários. A partir da oposição entre diversos grupos, nos quais alguns seriam incluídos e outros excluídos da sociedade, se busca direitos cada vez mais específicos para os considerados excluídos. A cultura passa a se diluir em impressões subjetivas e afetivas, cada grupo minoritário passa a construir uma estética própria, há uma crescente interferência na espontaneidade da linguagem popular. A moralidade é vista como uma construção social que pode ser desconstruída a qualquer momento. A ação política se concentra na busca de direitos e na politização das diferenças de sexo, de preferência sexual, de raça, etc. Há também críticas genéricas ao sistema capitalista, além de apresentar forte apelo ecológico. A ação de grupos diversitários tende a ser coordenada internacionalmente através de ONG’s. Com mais direitos específicos se aumenta a tributação e a burocracia do Estado, sua centralização e a normatização dos comportamentos. Esquerda Social-Democrata: O objetivo estratégico é ampliar a participação do Estado na economia através da implantação de uma série de direitos sociais. Em termos econômicos, a intervenção do Estado acaba gerando uma série de regulamentos que acabam favorecendo a concentração do capital em grandes empresas. A cultura passa a sofrer forte influência de agendas globais definidas por agências internacionais e ONG’s. A moralidade se assenta em valores abstratos e absolutizados, tais como: paz, amor, tolerância, respeito, ética, diversidade, etc. Na religião tende a ser cada vez mais valorizado o ecumenismo. A ação política se volta para a ampliação da base tributária para sustentar um aumento gradativo de direitos sociais. Além disso, procura-se diluir a soberania dos Estados nacionais em organismos multinacionais e tecnocráticos.
  • 3. Centro: O objetivo estratégico dos agentes políticos do centro é permanecer nas estruturas do Estado ocupando cargos e postos políticos. Assim, sem uma ideologia definida, abraçam o discurso da tecnocracia e da eficiência administrativa. O centro se caracteriza pela apresentação, dependendo do contexto político e social, de políticas econômicas mais voltadas à social-democracia ou ao liberalismo econômico, daí a caracterização de centro-direita e de centro-esquerda. Em termos culturais, o centro tende a reproduzir a cultura hegemônica da sociedade ou a da social-democracia. O centro tende a se vincular discursivamente com a moralidade predominante da sociedade. Na ação política se volta para o rateio do orçamento público e para a construção de obras públicas em seus redutos eleitorais. O centro normalmente se expressa através de grupos de interesse regionais e, nacionalmente, tende a se aliar às forças políticas que estão no poder numa determinada conjuntura. Direita Liberal: O objetivo estratégico é ampliar as oportunidades de compra e venda de mercadorias e de trabalho sem a interferência do Estado, assim, com menos impostos, os agentes econômicos teriam mais recursos. Na economia pretende reduzir ao mínimo a interferência do Estado, ou seja, privatizar as empresas públicas, diminuir a carga tributária e as regulamentações. Além disso, apostam na abertura comercial irrestrita entre as nações. Na cultura, a mensagem centra-se na liberdade econômica e individual como condição fundamental para o desenvolvimento das potencialidades humanas. Além da responsabilização pelos atos individuais, divulga-se o empreendedorismo e a meritocracia. Em termos morais, os valores liberais traduzem-se na plena liberdade de escolha humana, desde que não firam a autonomia do outro. Na ação política, os liberais procuram limitar a interferência do Estado apenas na garantia da igualdade perante a lei, na manutenção de um ambiente propício aos negócios e na segurança nacional. Os liberais também pretendem descentralizar a administração pública, diminuindo o peso político da união e aumentado o dos estados e municípios. Direita Conservadora: O objetivo estratégico é impedir mudanças revolucionárias na sociedade que concentrem poder político e econômico. Em termos econômicos, são muito próximos aos liberais, porém acreditam que o Estado deve interferir para limitar a concentração de capital. No cenário internacional tendem a privilegiar acordos bilaterais e não a abertura econômica irrestrita da economia nacional. Na cultura, os conservadores tendem a privilegiar uma formação clássica, a divulgar o legado da cultura greco-romana, a metafísica e a critica da mentalidade revolucionária. Além disso, buscam preservar as tradições locais da influência de agendas globais. Em termos morais, abraçam os valores cristãos e tem na família a célula natural da sociedade. Na política tendem a descentralizar o poder tal como os liberais, a diminuir o tamanho do Estado e a fundamentarem as leis no direito natural. Direita Reacionária: O objetivo estratégico é restaurar um cenário político passado, ou seja, no Brasil, esse grupo político se apresenta como saudosista da Ditadura Militar. Em termos econômicos, defendem o modelo da Ditadura Militar com forte investimento público na economia e uma política internacional mais protecionista e nacionalista. Na cultura, apresentam forte oposição a esquerda e tendem a assumir posições técnico-científicas. Na moral, tendem a ser mais parecidos com os conservadores. Na política, tendem a desejar um Estado centralizado que reaja ao crescimento da influência da esquerda na sociedade.
  • 4. 4. Cenário Político-Eleitoral de 1989 Campo Político Corrente Candidatos e Percentual no 1° turno Esquerda Socialista Lula PT (17%); Brizola PDT (16%). Diversitária Fernando Gabeira PV (- 1%)|. Social-Democrata Mário Covas PSDB (11%). Centro Centro-Esquerda Silvio Santos, candidato outsider*, teve sua candidatura impugnada. Centro- Direita Fernando Collor PRN (30%); Paulo Maluf PDS (8%). Direita Liberal Guilherme Afif Domingos PL (4%). Conservadora Ronaldo Caiado PSD (- 1%). Reacionária Eneas Carneiro PRONA (- 1%). * Candidato que se apresenta numa eleição, mas que não tem origem ou participação anterior no sistema político - partidário, sendo conhecido ou apresentado ao público semo descrédito de ser umpolítico profissional. 5. Conjuntura Brasileira: eleição de 1989 Política: As diferentes regiões do Brasil ainda eram bastante controladas por oligarquias. A eleição de 1989 apresentou a disputa entre forças socialistas pela hegemonia da esquerda. Na esfera nacional, o PT assume a centralidade política, já que Collor se elege praticamente com o voto anti-Lula. Após a derrota eleitoral e com a queda do muro de Berlim, o PT busca articular todos os movimentos de esquerda na América Latina. Com as denúncias contra Collor, O PT encabeça a luta por ética na política e lidera o Fora Collor. O PDT passa a abraçar a pauta educacional. A nova constituição de 1988 legou ao Estado brasileiro o modelo social-democrata, com forte centralização de recursos no governo federal presidencialista. Cultural: Nenhum movimento político consegue pautar o debate nacional sem antes estar representado na cultura do país. Quem controla o plano cultural, controla o imaginário popular. Desse modo, a esquerda havia durante o Regime Militar (1964 – 1985) avançado na hegemonia do plano cultural, através de um predomínio de suas correntes nas universidades e escolas com apoio estudantil. Além disso, os principais romancistas e dramaturgos estavam alinhados com a esquerda, além de um predomínio da esquerda nas redações dos jornais. Assim, houve o Cinema Novo, a Tropicália, o Teatro do Oprimido, o Centro Popular de Cultura, etc. Na educação há a influência crescente de Paulo Freire. No catolicismo, há a Teologia da Libertação e os Centros Eclesiais de Base. Moral: Embora a cultura tenha forte hegemonia de esquerda, a moral vigente no Brasil ainda era de matriz cristã. Porém, no plano moral, a esquerda assume a luta contra a corrupção. Embora, durante o primeiro turno há denúncias de caixa 2 na campanha de Lula. No segundo turno, a campanha de Collor apresenta a ex-mulher de Lula, que o denuncia por ter oferecido dinheiro para fazer aborto, porém a denúncia teria sido paga pela campanha de Collor, segundo reportagem da Folha de São Paulo. Após as eleições o “esquema PC” é desvendado e Collor sofre o processo de impeachment, há mobilizações contra Collor, principalmente por jovens, que foram chamadas de “movimento dos caras-pintadas”. Economia: Inflação alta e descontrolada, baixo crescimento econômico, pobreza e concentração de renda. Economia bastante protecionista. Muitas empresas estatais e monopólios. Debate eleitoral bastante centrado na distribuição de renda pelo Estado.