Análise da visibilidade da revista Em Questão

Análise da visibilidade da revista
Maiara Bettio
Karen Ribeiro de Freitas Irizaga
Natascha Helena Franz Hoppen
Samile Andrea de Souza Vanz
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
6º Encontro Brasileiro de Bibliometria e Cientometria | Rio de Janeiro, Julho de 2018

“Revista de Biblioteconomia e Comunicação” (1986)
Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação
da UFRGS (2013-), foco em Ciência da Informação
Escopo nacional: idioma (por) e não indexação (WoS/Scopus)
Acesso aberto
Qualis A2 (2016)
A Em Questão

Avaliação de qualidade e credibilidade de revistas
(MEADOWS, 1999, PACKER; MENEGHINI, 2006)
Bases de dados tradicionais: limitações quanto a idioma,
revistas nacionais, temáticas locais e cobertura em Ciências
Sociais e Humanidades
(ARCHAMBAULT; LARIVIÈRE, 2010; CHAVARRO; TANG; RÀFOLS, 2017; COURA; WILLCOX, 2003; OLIVEIRA, 2005)
Uso de outras bases de dados para análise de revistas com
estas características
Métricas alternativas, através de ferramentas sociais da
internet
(SOUZA; ALMEIDA, 2013; CORRÊA; VANZ, 2016)
Visibilidade: citações

Análise da visibilidade da revista Em Questão, medida através
das citações em:
índices bibliométricos tradicionais - Web of Science e Scopus
bases de dados de abrangência regional - Scielo, BRAPCI,
Redalyc
índice de citação do Google Acadêmico
gerenciador de referências Mendeley
Objetivo do estudo

Coleta de dados: outubro a dezembro de 2017
WoS – todos os índices, pesquisa por referência citada, termo “Em
Questão” no campo de publicação citada, todos os anos; coleta de
dados e limpeza manual
Scopus – busca avançada, termo “Em Questão” no campo
references source titles; coleta de dados e limpeza manual; 2003-
Scielo – dados recebidos por e-mail, de 2000 a 2017
Google Acadêmico – criação de um perfil para a revista
Redalyc , BRAPCI e Mendeley – não oferecem dados de citação
Metodologia

Dificuldade na obtenção dos dados e, consequentemente, sua
cobertura restrita:
nenhuma base regional permite, atualmente, recuperar dados
de citação através da interface de usuário
as bases que permitem (WoS e Scopus) são “internacionais” e
demandam extenso trabalho manual para a estratégia de
busca (Scopus), download (WoS) e limpeza (WoS e Scopus)
dos dados
Limitações do estudo

WoS – 122 citações; 57 a um único artigo sobre Bibliometria (2006),
outro artigo mais citado (19) trata de análise de citações (2003);
principais citantes são USP (instituição) e Informação & Sociedade
(revista)
Scopus – 143 citações; dois artigos mais citados (52/11) são os
mesmos da WoS; principais revistas citantes são nacionais
Scielo – 67 citações; a Perspectivas em Ciência da Informação é a
principal revista citante, de um total de 38
Google Acadêmico – 2.333 citações, índice h=16; principais artigos
citados (880/109) são os mesmos de WoS e Scopus
Resultados

Gráfico 1 – Volume de citações recebidas pela EQ na WoS, Scopus, Scielo e Google Acadêmico
Resultados (continuação)
Fonte: dados da pesquisa.

Volume pequeno de citações em bases tradicionais (WoS e
Scopus), menor na Scielo e muito mais abrangente no Google
Acadêmico.
O volume aumenta ano a ano em todas as bases, especialmente a
partir de 2013 e 2014. Os periódicos citantes provém de várias
áreas do conhecimento e são majoritariamente nacionais.
A análise de visibilidade de revistas nacionais precisa de fontes
alternativas às bases internacionais e até mesmo à Scielo, cuja
abrangência é limitada para verificar a visibilidade de uma
publicação brasileira, de língua portuguesa e pertencente à área de
Ciências Sociais e Humanidades.
Conclusões

Disponibilizar índices de citação em bases de dados nacionais como
BRAPCI ou Scielo e Redalyc torna-se fundamental.
O Google Citation pode representar uma alternativa para controle
da visibilidade de revistas não contempladas pelos índices
tradicionais.
As próximas etapas visam a análise altmétrica com softwares que
possam abranger as menções no Mendeley e Facebook, uma nova
tentativa com dados de download da Redalyc, e atualizar a análise
dos documentos citantes.
Conclusões

ARCHAMBAULT, É.; LARIVIÈRE, V. The limits of bibliometrics for the analysis of the social sciences and humanities
literature. In: UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION. World social science
report: knowledge divides. Paris, 2010. p. 251-254.
CHAVARRO, D.; TANG, P.; RÀFOLS, I. Why researchers publish in non-mainstream journals. Research Policy,
Amsterdam, v. 46, n. 9, p. 1666-1680, 2017.
CORRÊA, M. V.; VANZ, S. A. S. A comunicação científica no contexto dos sites de redes sociais acadêmicas. In:
ROSÁRIO, N. M.; SILVA, A. R.(Org.). Pesquisa, comunicação e informação. Porto Alegre: Sulina, 2016. p. 47-69.
COURA, J. R.; WILLCOX, L. C. B. Fator de impacto, produção científica e qualidade das revistas médicas brasileiras.
Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 98, n. 3, p. 293-298, 2003.
MEADOWS, A. J. A comunicação científica. Brasília: Briquet de Lemos Livros, 1999.
PACKER, A. L.; MENEGHINI, R. Visibilidade da produção científica. In: POBLACIÓN, D. A.; WITTER, G. P.; SILVA, J. F. M.
Comunicação e produção científica: contexto, indicadores e avaliação. São Paulo: Angellara, 2006. p. 235-259.
SOUZA, A. V. P.; ALMEIDA, C. H. M. Introdução à altmetria: métricas alternativas da comunicação científica. In:
ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 14., 2013, Florianópolis. Anais... Florianópolis:
ANCIB, 2013.
Referências

maiara.bettio@ufrgs.br
Grupo de pesquisa em Comunicação Científica
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Obrigada!

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